REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
Cromatografia de Adsorção em Camada Fina
1. C R O M A T O G R A F I A
D E A D S O R Ç Ã O E M
C A M A D A F I N A
Química Orgânica I
Trabalho realizado por:
Ana Salgadinho; Bárbara Vitória; Vitória Ramos
2022/2023
2. ÍNDICE
I – INTRODUÇÃO …………………………………………………………………………………………..................................................................................................................3
1.1 O que é a Cromatografia em camada fina (TLC)……………………………………………………………..........................................................................................3
1.2 Aplicações Da TLC…………………………………………………………………………………………………………………………………………….………………………………………………..4
1.3 Tipos de Cromatografia………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………5
1.4 Materiais e Reagentes……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………....6
II – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ……………………………………………………………………………………......................................................................................7
2.1 Preparação da amostra …………………………………………………..…………………………………………….........................................................................................8
2.2 Aplicação da amostra na placa, marcando a linha de base…………………………………………………………………………...........................................................9
2.3 Desenvolvimento do cromatograma…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………10
2.3.1 Secagem da placa numa hotte ……………………………………………………………………………………………..........................................................................10
2.3.2 Revelação do cromatograma à luz UV ……………………………………………………………………………………………………………..............................................10
2.3.3 Exposição a vapores de iodo…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………......10
2.4 Determinação do fator de retenção Rf ……………………………………………………………………………………………..……............................................................11
2.5 Dicussão de Resultados…………………………………………………………………………………………...............................................................................................12
III – PRECAUÇÕES E POSSÍVEIS ERROS …………………………………………………………………………………………...............................................................................13
IV- VANTAGENS E LIMITAÇÕES………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….14
V-CONCLUSÃO…………………………………………………..………………………………….........................................................................................................................15
VI-BIBLIOGRAFIA……..……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….16
3. I N T R O D U Ç Ã O
O que é a Cromatografia em camada fina (TLC)?
É uma técnica que permite separar, identificar e analisar
componentes moleculares de uma mistura homogénea com base
nas suas diferentes afinidades.
A TLC é realizada sobre uma camada fina de material (fase
estacionária) onde a mistura da amostra é aplicada numa placa de
vidro.
A placa é colocada em um solvente (fase móvel) que irá migrar por
capilaridade, permitindo a separação dos componentes da mistura
Conceitos a ter em conta…
Fase móvel- Conjunto de solventes que flui:
Clorofórmio/Acetona/Tolueno/Ácido acético) através de um
suporte sólido inerte(vidro, metal, plático)
Fase estacionária/ Fixa- Camada fina de material
pulverizado/absorvente (gel de sílica, óxido de alumínio, celulose)
aderente a um suporte inerte.
Objetivo
Identificação de
analgésicos por
cromatografia de
absorção em
camada fina
4. I N T R O D U Ç Ã O
Aplicações da TLC
Utilizada em indústria alimentar, farmacêutica e
ambiental para análises qualitativas e quantitativas
entre as quais:
• Separação de componentes de uma mistura (Fig1);
• Determinação a pureza de uma amostra;
• Determinação a concentração de um composto da
amostra (Fig.2);
• Análise de drogas (ciência forense), pesticidas,
vitaminas e outros componentes orgânicos.
Fig.1
Fig.2
5. Cromatografia
Em camada
fina (TLC)
Em coluna
(CC)
Gás-
Líquido
(GC)
Líquida de
alta
pressão
(HPLC)
Flash
Tipos de Cromatografia
Fig.5- HPLC
Fig.3- CC
Fig.4- Flash
6. M AT E R I A I S
• Almofariz (Fig.9)
• Placas pré-revestidas de sílica
gel
• Tina de Cromatografia saturada
com o desenvolvente (Fig.7)
• Pinça
• Funil
• Algodão
• Pipeta
• Câmara de revelação de iodo
(Fig.6)
• Câmara de revelação de luz UV
(Fig.8)
R E A G E N T E
S
• Soluções padrão: Aspirina e
Paracetamol
• Amostra em estudo
• Eluentes:
Clorofórmio/Acetona/Tolueno/Ácid
o acético
• Etanol
Fig.6
Fig.7
Fig.8
Fig.9
7. P R O C E D I M E N T O E X P E R I M E N TA L / T É C N I C A
1- Preparação da amostra
2- Aplicação da amostra na placa, marcando a linha de base
3- Desenvolvimento do cromatograma, deixando o solvente subir por capilaridade
3.1- Secagem da placa numa hotte
3.2- Revelação do cromatograma à luz UV
3.3- Exposição a vapores de iodo
4- Determinação do fator de retenção Rf
5- Dicussão de Resultados
8. I . P R E PA R A Ç Ã O D A A M O S T R A
1. Num almofariz triture meio comprimido do fármaco em estudo
2. Adicione 5 mL de etanol ao pó obtido
3. Filtre para um tubo de ensaio um funil com algodão
9. I I . A P L I C A Ç Ã O D A A M O S T R A N A P L A C A
4. Marcar suavemente com o auxílio de um lápis, uma linha na extremidade da
placa, onde serão aplicadas as soluções padrão (A e B) e a amostra da
cromatografia;
5. Tocar com a extremidade do capilar na camada de sílica utilizando um
aplicador verticalmente;
6. Secagem da amostra.
Atenção:
- Cada mancha não pode ter mais do que 3 mm;
- As manchas têm que estar separadas entre si cerca de 5 mm;
- Têm que estar equidistantes das extremidades laterais cerca de 1 cm.
10. I I I . D E S E N V O L V I M E N T O D O C R O M A T O G R A M A
7. Colocar a placa na tina que deve estar previamente saturada com o desenvolvente;
8. Aguardar para que o solvente suba por capilaridade cerca de 12 a 15 cm na placa;
9. Retirar a placa da tina;
10. Marcar a linha de frente do solvente como representado na figura;
11. Deixar secar a placa ao ar numa hotte;
12. Observar e marcar as manchas coradas (caso existam);
13. Examinar a placa num revelador de luz UV e marcar as manchas coradas;
14. Expor a placa aos vapores de iodo e aguardar uns minutos até que seja
possível marcar o observado.
Linha da
frente do
solvente
11. I V. D E T E R M I N A Ç Ã O D O F AT O R D E R E T E N Ç Ã O R F
15- Medir a distância (ds1, ds2 e dm), com
o auxílio de uma régua;
16- Calcular o fator de retenção (Rf) usando
a seguinte fórmula.
= distância percorrida pelo composto
= distância percorrida pela frente do
solvente
12. V. D I S C U S S Ã O D O S R E S U LTA D O S
• Após a realização da revelação do cromatograma, formaram-se três manchas
com os seguintes fatores de retenção:
𝑅𝑓(𝐶) =
5,3𝑐𝑚
7,4𝑐𝑚
= 0,72 𝑅𝑓(𝑃) =
3,8𝑐𝑚
7,4𝑐𝑚
= 0,51 𝑅𝑓(𝐴) =
5,3𝑐𝑚
7,4𝑐𝑚
= 0,72
• Nesta técnica, as manchas que têm valores de Rf semelhantes correspondem à
mesma substância.
• O fator de retenção do padrão correspondente à aspirina, 𝑅𝑓(𝐴), é igual ao da
amostra, enquanto que o fator de retenção do padrão correspondente ao
paracetamol, 𝑅𝑓(𝑃), está muito afastado.
• Comparando os resultados, a substância presente na amostra é a aspirina.
Fig.10
13. P R E C A U Ç Õ E S E P O S S Í V E I S E R R O S
Precauções Possíveis erros
• Evitar tocar com os dedos na placa;
• Manusear o material com cuidado;
• O clorofórmio e o acetato de etilo
devem ser manuseados na hotte para
que não haja risco de contaminação.
• Garantir que a fase móvel utilizada é
incompatível com o solvente de
armazenamento para evitar interações
indesejadas.
14. VA N TA G E N S E L I M I TA Ç Õ E S D A T L C
Vantagens
• Método simples e barato;
• Identifica rapidamente uma substância
de uma amostra e de forma confiável;
• Não envolve o uso de compostos
químicos perigosos;
• Pode recorrer-se a esta técnica para a
identificação de diversos tipos de
amostras;
• É necessária baixa quantidade de uma
substância para a sua identificação.
Limitações
• A TLC não é a mais indicada para a
análise de compostos voláteis;
• É menos sensível comparativamente a
outras técnicas de cromatografia;
• Não deve ser usada para compostos
insolúveis no solvente;
• Para misturas muito complexas, pode
apresentar dificuldade em separar os
componentes.
Método com grande adesão
15. C O N C L U S Ã O
A cromatografia em camada fina é simples e versátil. Esta técnica permite identificar
e separar analiticamente componentes de uma mistura, de acordo com a sua
polaridade. Apresenta diversas vantagens, nomeadamente rapidez e baixo custo, tem
uma grande utilidade e adesão na indústria.
Através desta técnica, foi-nos possível separar por capilaridade e identificar
analgésicos (paracetamol ou aspirina) a partir de uma amostra inicial, tenho utilizado
a filtração como método de purificação e a luz UV para análise de espectros. A
câmara de revelação de iodo permito-nos, posteriormente, calcular o fator de
retenção através das distâncias marcadas na placa de cromatografia.
16. B I B L I O G R A F I A
• C. Afonso, D. Simão, L. Ferreira, M. Serra e M. Raposo, 100 Experiências de Química
Orgânica, IST Press, 2011.
• D.L. Reger, S.R.Goode, E.E.Mercer, G.V.Kelvin (1997) Química: Princípios e Aplicação, Av. de
Berna-Lisboa.