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Confidencial
Vigilância Espacial
Erika Rossetto
erisouz@starone.com.br
Novembro de 2016
Confidencial
Sumário
 Histórico
 Cenário atual
 Desafios e perspectivas futuras
 Vigilância espacial na Star One
Histórico
Em 1945 publicou um artigo
idealizando a comunicação
por satélite
Esta ideia demorou cerca
de 2 décadas para ser
concretizada!
Histórico
• 1957: 1° objeto lançado ao espaço!
SPUTNIK (satélite Russo lançado em
1957): transmitiu sinais gerados na faixa
de 20 a 40 MHz
Lançamento Reentrada Período
(min)
Inc(°) Apogeu
(km)
Perigeu
(km)
04/10/195
7
03/01/1958 96.10 65.00 945 227
Em 1958 EUA lança seu primeiro satélite e descobre o
cinturão de Van Allen.
Histórico
Até 1960 apenas missões científicas e experimentais :
 URSS: 5 satélites Sputnik; 1 missão lunar;
 27 satélites americanos;
 Inicio das comunicações:
 Courier (lançado em 1960): primeiro satélite com
repetidor ativo – 1 transponder de 2 GHz
 TELSTAR (lançado em 1962): marcou o início dos
satélites comercias em banda C. Transponders ativos na
faixa de 6 GHz na recepção e 4 GHz na transmissão.
 Intelsat 4: utilizado pelo Brasil em 1974 no início do SBTS
(Sistema Brasileiro de Telecomunicações via Satélite).
Histórico
 Até o lançamento do Telstar havia 340 objetos
catalogados, sendo 116 payloads;
 Em 1963 é lançado o
primeiro satélite
geoestacionário.
 527 objetos catalogados,
sendo 167 payloads; Syncom I e II. Primeiros satélites
geoestacionários.
Fonte: NASA
 Em 1961, o satélite Transit-4 A explodiu 2 horas após o
lançamento, gerando quase 300 detritos rastreáveis.
 Em 1967 o primeiro acidente fatal espacial é registrado.
Morreram 3 astronautas da missão Apolo 1. No mesmo ano,
o astrononauta soviético Valdimir Mikhailovich Komarov
tornou-se o primeiro homem a morrer no espaço.
 Em 1969, 868 objetos haviam sido lançados, porém a
população espacial era de 2390 objetos rastreáveis.
 Em 1985 um satélite americano é destruído em órbita e
milhares de fragmentos foram gerados.
Primeiros acidentes
Outros acidentes
• Em 2003 o satélite TelStar sofreu uma falha e se
aproximou de vários satélites, inclusive do Brasilsat B3.
• Em junho de 2006 o TelStar passou pelo box do B4 e
foi realizada uma manobra de desvio orbital.
• Em 2007, a China fez um experimento e atingiu um
satélite desativado, gerando milhares de destroços;
• Em 19 de fevereiro de 2009 o satélite Cosmos (Russo)
chocou-se com o Iridium (USA), gerando milhares de
pequenos corpos.
Outros acidentes
Fonte: http://www.agi.com/media-center/multimedia/current-events/iridium-33-cosmos-2251-collision/default.aspx
Cenário atual
Payloads Debris Total
Em
órbita
Decaídos Ativos Total
Em
órbita
Decaídos Total
Em
órbita
Decaídos Total
4245 3187 1546 7432 13587 20800 34387 17832 23987 41819
Fonte: CELESTRACK em 18/10/2016
Cenário atual
Distribuição espacial de objetos
maiores que 1mm em função da
altitude orbital
Densidade espacial publicada
por Kessler em 1978.
Fonte: Relatório de NASA de 2011 para United Nations Office
for Outer Space Affairs (UNOOSA)
Fonte:JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH 1978
Fonte: catálogo da ESA de 2001
Cenário atual
Cenário atual
 Objetos que estão abaixo de 600 km caem na Terra dentro
de alguns anos.
 Os que estão na faixa de 800 km em algumas décadas.
 Acima de 1000 km, podem continuar circulando o planeta
por séculos.
 Em órbita GEO não há reentrada.
 Calcula-se que cada fragmento pode atingir até
52000km/h.
 O choque com um corpo em alta velocidade, por menor
que seja, pode ser fatal para um satélite!
• Em 1988, a NASA cria um comitê para criar normas sobre
lixo espacial.
• Em 1993, foi criado o IADC (Inter-Agency Space Debris
Coordination Committee).
• Cooperação e normas para reduzir o lixo espacial. Entre as
normas está o de-orbit.
• Altitude mínima para o de-orbit :
235 Km + 1000.CR.
• Os satélites de órbita baixa devem ter órbita de reentrada
prevista desde o lançamento.
Como diminuir o risco?
Cenário atual
Mesmo com essas normas, desde Julho/2016 já recebemos 5
notificações de acidentes.
Em órbita GEO o problema é mais complexo:
• Não há chance de
reentrada;
• A maioria dos
detritos é
resultado de falha
em órbita;
• Mesmo após o de-
orbit os objetos
cruzam o arco.
Fonte: Apresentação da Yahsat em “First
International CA Workshop em 2015.”
Monitoramento
JSpOC (Joint Space Operations Center): disponibiliza um catálogo
público de efemérides no formato TLE.
TLE pode alcançar
alguns quilômetros de
erro na determinação de
posição.
É possível obter dados mais precisos mediante um
acordo de cooperação.
Relatório do SDA para
Star One
Monitoramento
Mesmo com dados mais precisos é possível gerar falsos alertas.
Previsão feita sem dados do operador:
Fonte: Star One
Monitoramento
Mesmo com dados mais precisos é possível gerar falsos alertas.
Unsado dados do operador:
Fonte: Star One
É preciso usar dados dos operadores
para melhorar a previsão de
aproximação.
Monitoramento
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ISON: 35 observatórios, 84
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espacial do JSpOC.
Fonte: Apresentação de Vladimir Agapov e Igor Molotov para
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Fonte: http://www.stratcom.mil/fact_sheets/images/spacesurveillance.jpg
• Formação da SDA (Space Data Association) para melhorar o
compartilhamento de dados entre operadores.
 JSpOC mais flexível e cooperativo com outras organizações.
 Workshops e conferências técnicas dedicadas a discutir vigilância
espacial.
 Operadores de satélites mais dispostos a compartilhar
informações e trabalhar juntos.
 Desenvolvimento e melhoria de ferramentas para auxiliar as
atividades de vigilância espacial.
Como melhorar a vigilância
espacial
Cooperação entre operadores através da SDA.
35 operadores de satélites; 216 LEO e 274 GEO.
Como melhorar a vigilância
espacial
www.space-data.org
Fonte: SDA
Como melhorar a vigilância
espacial
O SDA recebe as efemérides e manobras planejadas das
empresas associadas. Calcula a distância mínima que os
objetos catalogados no space-track passarão de cada
satélite e envia relatórios com as informações relevantes.
Fonte: Star One
Fonte: sdc
Combinação dos dados disponíveis
para aumentar a precisão das
previsões.
Como melhorar a vigilância
espacial
Fonte: Star One
Fonte: Star One
Desafios
• Garantir segurança
mesmo com aumento da
demanda.
• Expandir a capacidade de
estimação de órbita para
objetos menores.
• Garantir o engajamento de
todos os operadores.
• Viabilizar projetos de
remoção de lixo espacial.
Fonte: SpaceNews 18 de Abril de 2016
Fonte: “EUTELSAT SATELLITE COLLOCATION”
AIAA, 01-317, 1996
Desafios
Perspecitiva do SDA
 Gerenciamento de catálogo próprio.
 Rastreio de todos objetos maiores que 30 cm.
 Utilização de dados mais precisos para satélites operacionais.
 Conseguir maior engajamento da comunidade.
Fonte: AGIFonte: AGI
O programa de Vigilância
espacial da Star One
Em Julho de 2000 a Star One passou a trocar informações
com a empresa americana Sirius a fim de evitar colisão
entre um dos satélites Sirius e outro Star One.
Órbita dos satélites
Sirius. Eles cruzavam
o box do Brasilsat B1 e
B2.
O programa de Vigilância
espacial da Star One
• Em 2008 a Star One associou-se ao SOCRATES.
• Toda previsão de aproximação menor do que 25 km era
registrada.
• Passagens abaixo de 10 km eram monitoradas e
analisadas com auxílio do STK.
• Se houvesse uma previsão de passagem menor do que
5 km confirmada, uma manobra desvio orbital é
planejada.
O programa de Vigilância
espacial da Star One
Em 2010 a Star One associou-se ao SDA.
Também temos um acordo de cooperação com o
Departamento de defesa americano, que nos permite
utilizar o serviço do JSpOC.
Técnicos do SDA tem acesso aos dados gerados pelo
JSpOC.
Todos os analistas orbitais assim como o centro de controle
acompanham as previsões diárias enviadas pelo SDA.
Antes de decidir executar uma manobra de desvio é feita
uma análise cuidadosa de sua real necessidade.
O programa de Vigilância
espacial da Star One
Instrução de trabalho para
auxiliar as atividades de
rotina.
Análise de casos específicos.
Resumo
• O problema do lixo espacial tem se tornado cada vez mais
grave.
• Porém existem medidas para minimizar o risco de colisão.
• A melhor alternativa para manter um satélite operacional em
segurança é associar-se as redes de vigilância espacial.
• Ainda há melhorias a serem implementadas para aumentar a
segurança espacial.
• A Star One participa ativamente dos programas disponíveis.

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  • 2. Sumário  Histórico  Cenário atual  Desafios e perspectivas futuras  Vigilância espacial na Star One
  • 3. Histórico Em 1945 publicou um artigo idealizando a comunicação por satélite Esta ideia demorou cerca de 2 décadas para ser concretizada!
  • 4. Histórico • 1957: 1° objeto lançado ao espaço! SPUTNIK (satélite Russo lançado em 1957): transmitiu sinais gerados na faixa de 20 a 40 MHz Lançamento Reentrada Período (min) Inc(°) Apogeu (km) Perigeu (km) 04/10/195 7 03/01/1958 96.10 65.00 945 227 Em 1958 EUA lança seu primeiro satélite e descobre o cinturão de Van Allen.
  • 5. Histórico Até 1960 apenas missões científicas e experimentais :  URSS: 5 satélites Sputnik; 1 missão lunar;  27 satélites americanos;  Inicio das comunicações:  Courier (lançado em 1960): primeiro satélite com repetidor ativo – 1 transponder de 2 GHz  TELSTAR (lançado em 1962): marcou o início dos satélites comercias em banda C. Transponders ativos na faixa de 6 GHz na recepção e 4 GHz na transmissão.  Intelsat 4: utilizado pelo Brasil em 1974 no início do SBTS (Sistema Brasileiro de Telecomunicações via Satélite).
  • 6. Histórico  Até o lançamento do Telstar havia 340 objetos catalogados, sendo 116 payloads;  Em 1963 é lançado o primeiro satélite geoestacionário.  527 objetos catalogados, sendo 167 payloads; Syncom I e II. Primeiros satélites geoestacionários. Fonte: NASA
  • 7.  Em 1961, o satélite Transit-4 A explodiu 2 horas após o lançamento, gerando quase 300 detritos rastreáveis.  Em 1967 o primeiro acidente fatal espacial é registrado. Morreram 3 astronautas da missão Apolo 1. No mesmo ano, o astrononauta soviético Valdimir Mikhailovich Komarov tornou-se o primeiro homem a morrer no espaço.  Em 1969, 868 objetos haviam sido lançados, porém a população espacial era de 2390 objetos rastreáveis.  Em 1985 um satélite americano é destruído em órbita e milhares de fragmentos foram gerados. Primeiros acidentes
  • 8. Outros acidentes • Em 2003 o satélite TelStar sofreu uma falha e se aproximou de vários satélites, inclusive do Brasilsat B3. • Em junho de 2006 o TelStar passou pelo box do B4 e foi realizada uma manobra de desvio orbital. • Em 2007, a China fez um experimento e atingiu um satélite desativado, gerando milhares de destroços; • Em 19 de fevereiro de 2009 o satélite Cosmos (Russo) chocou-se com o Iridium (USA), gerando milhares de pequenos corpos.
  • 10. Cenário atual Payloads Debris Total Em órbita Decaídos Ativos Total Em órbita Decaídos Total Em órbita Decaídos Total 4245 3187 1546 7432 13587 20800 34387 17832 23987 41819 Fonte: CELESTRACK em 18/10/2016
  • 11. Cenário atual Distribuição espacial de objetos maiores que 1mm em função da altitude orbital Densidade espacial publicada por Kessler em 1978. Fonte: Relatório de NASA de 2011 para United Nations Office for Outer Space Affairs (UNOOSA) Fonte:JOURNAL OF GEOPHYSICAL RESEARCH 1978 Fonte: catálogo da ESA de 2001
  • 13. Cenário atual  Objetos que estão abaixo de 600 km caem na Terra dentro de alguns anos.  Os que estão na faixa de 800 km em algumas décadas.  Acima de 1000 km, podem continuar circulando o planeta por séculos.  Em órbita GEO não há reentrada.  Calcula-se que cada fragmento pode atingir até 52000km/h.  O choque com um corpo em alta velocidade, por menor que seja, pode ser fatal para um satélite!
  • 14. • Em 1988, a NASA cria um comitê para criar normas sobre lixo espacial. • Em 1993, foi criado o IADC (Inter-Agency Space Debris Coordination Committee). • Cooperação e normas para reduzir o lixo espacial. Entre as normas está o de-orbit. • Altitude mínima para o de-orbit : 235 Km + 1000.CR. • Os satélites de órbita baixa devem ter órbita de reentrada prevista desde o lançamento. Como diminuir o risco?
  • 15. Cenário atual Mesmo com essas normas, desde Julho/2016 já recebemos 5 notificações de acidentes. Em órbita GEO o problema é mais complexo: • Não há chance de reentrada; • A maioria dos detritos é resultado de falha em órbita; • Mesmo após o de- orbit os objetos cruzam o arco. Fonte: Apresentação da Yahsat em “First International CA Workshop em 2015.”
  • 16. Monitoramento JSpOC (Joint Space Operations Center): disponibiliza um catálogo público de efemérides no formato TLE. TLE pode alcançar alguns quilômetros de erro na determinação de posição. É possível obter dados mais precisos mediante um acordo de cooperação. Relatório do SDA para Star One
  • 17. Monitoramento Mesmo com dados mais precisos é possível gerar falsos alertas. Previsão feita sem dados do operador: Fonte: Star One
  • 18. Monitoramento Mesmo com dados mais precisos é possível gerar falsos alertas. Unsado dados do operador: Fonte: Star One É preciso usar dados dos operadores para melhorar a previsão de aproximação.
  • 19. Monitoramento Alternativas ao JSpOC •ISON (International Scientific Optical Observation Network); •ESA; •Iniciativas privadas. Dados do ISON: •16 observatórios contando com 21 instrumentos ópticos. • os objetos GEO são divididos em duas classes: - magnitude até 15 (152 objetos observados) - magnitude maior que 15 (432 objetos observados) • 1800 objetos catalogados, sendo 700 desconhecidos (288 objetos na órbita GEO).
  • 20. Monitoramento Rede de observações do ISON: 35 observatórios, 84 telescópios em 15 países. Rede de vigilância espacial do JSpOC. Fonte: Apresentação de Vladimir Agapov e Igor Molotov para “First International CA Workshop em 2015” Fonte: http://www.stratcom.mil/fact_sheets/images/spacesurveillance.jpg
  • 21. • Formação da SDA (Space Data Association) para melhorar o compartilhamento de dados entre operadores.  JSpOC mais flexível e cooperativo com outras organizações.  Workshops e conferências técnicas dedicadas a discutir vigilância espacial.  Operadores de satélites mais dispostos a compartilhar informações e trabalhar juntos.  Desenvolvimento e melhoria de ferramentas para auxiliar as atividades de vigilância espacial. Como melhorar a vigilância espacial
  • 22. Cooperação entre operadores através da SDA. 35 operadores de satélites; 216 LEO e 274 GEO. Como melhorar a vigilância espacial www.space-data.org Fonte: SDA
  • 23. Como melhorar a vigilância espacial O SDA recebe as efemérides e manobras planejadas das empresas associadas. Calcula a distância mínima que os objetos catalogados no space-track passarão de cada satélite e envia relatórios com as informações relevantes. Fonte: Star One Fonte: sdc
  • 24. Combinação dos dados disponíveis para aumentar a precisão das previsões. Como melhorar a vigilância espacial Fonte: Star One Fonte: Star One
  • 25. Desafios • Garantir segurança mesmo com aumento da demanda. • Expandir a capacidade de estimação de órbita para objetos menores. • Garantir o engajamento de todos os operadores. • Viabilizar projetos de remoção de lixo espacial. Fonte: SpaceNews 18 de Abril de 2016 Fonte: “EUTELSAT SATELLITE COLLOCATION” AIAA, 01-317, 1996
  • 27. Perspecitiva do SDA  Gerenciamento de catálogo próprio.  Rastreio de todos objetos maiores que 30 cm.  Utilização de dados mais precisos para satélites operacionais.  Conseguir maior engajamento da comunidade. Fonte: AGIFonte: AGI
  • 28. O programa de Vigilância espacial da Star One Em Julho de 2000 a Star One passou a trocar informações com a empresa americana Sirius a fim de evitar colisão entre um dos satélites Sirius e outro Star One. Órbita dos satélites Sirius. Eles cruzavam o box do Brasilsat B1 e B2.
  • 29. O programa de Vigilância espacial da Star One • Em 2008 a Star One associou-se ao SOCRATES. • Toda previsão de aproximação menor do que 25 km era registrada. • Passagens abaixo de 10 km eram monitoradas e analisadas com auxílio do STK. • Se houvesse uma previsão de passagem menor do que 5 km confirmada, uma manobra desvio orbital é planejada.
  • 30. O programa de Vigilância espacial da Star One Em 2010 a Star One associou-se ao SDA. Também temos um acordo de cooperação com o Departamento de defesa americano, que nos permite utilizar o serviço do JSpOC. Técnicos do SDA tem acesso aos dados gerados pelo JSpOC. Todos os analistas orbitais assim como o centro de controle acompanham as previsões diárias enviadas pelo SDA. Antes de decidir executar uma manobra de desvio é feita uma análise cuidadosa de sua real necessidade.
  • 31. O programa de Vigilância espacial da Star One Instrução de trabalho para auxiliar as atividades de rotina. Análise de casos específicos.
  • 32. Resumo • O problema do lixo espacial tem se tornado cada vez mais grave. • Porém existem medidas para minimizar o risco de colisão. • A melhor alternativa para manter um satélite operacional em segurança é associar-se as redes de vigilância espacial. • Ainda há melhorias a serem implementadas para aumentar a segurança espacial. • A Star One participa ativamente dos programas disponíveis.