Este documento discute a dinâmica populacional mundial e brasileira ao longo do tempo. Apresenta as três fases da transição demográfica por que passaram os países, caracterizadas inicialmente por altas taxas de natalidade e mortalidade, depois por queda da mortalidade e aumento populacional, e atualmente por baixas taxas de ambas. Fornece também dados sobre a população de Santa Catarina e as principais teorias que explicam o crescimento demográfico.
1. Dinâmica Populacional
"As disparidades não são pequenas, as mudanças foram grandes, e o mundo já não é mais o mesmo."
Professora: Simone Hilgert Nalin
Geografia
3. Santa Catarina
• Densidade demográfica de 64
hab/quilômetro quadrado.
• A população total do Estado é
de 6.118.743 habitantes.
• 40,63% das pessoas vivem no
campo e 59,37% habitam os
centros urbanos.
•No ranking dos Estados mais
populosos, Santa Catarina ocupa
11º lugar, correspondendo a 3,15%
de toda população do país.
4. Santa Catarina
• Município mais populoso
• Joinville - 497.331 hab
• Município menos populoso
• Santiago do Sul 1.450 hab
8. População Mundial
- Até 1650: alta natalidade e mortalidade devido a fome,
guerras e doenças;
- Entre 1650 e 1850: Revolução Industrial provocou
diminuição da mortalidade nos países europeus;
- Entre 1850 e 1950: diminuição da natalidade nos países
desenvolvidos (Europa);
- A partir de 1950: explosão demográfica nos países
subdesenvolvidos.
9. CRESCIMENTO
POPULACIONAL
As estatísticas mostram que a população
mundial tem crescido de modo contínuo ao
longo do tempo, porém com intensidades e
proporções diferentes. De acordo com
estimativas publicadas pelo IBGE, neste
ano, a população mundial já ultrapassou os
6,8 bilhões de habitantes.
10. Evolução Demográfica
Mundial(1900-2025)
Pode-se dizer que o crescimento populacional foi dividido em 3 fases. Essas
três fases, decorrem da chamada transição demográfica que explica a
tendência da população mundial a se equilibrar à medida que caem as taxas de
natalidade e mortalidade.
11. Primeira Fase Segunda Fase
Ou fase de Ou fase de
crescimento lento crescimento rápido
País Taxa de Taxa de Crescimento
Natalidade Mortalidade Vegetativo
(%o) (%o) (%o)
Alemanha 39,0 27,2 1,1
(1871)
Inglaterra 35,0 21,4 1,3
(1871)
Butão 43,0 31,0 1,2
(1965)
Serra 48,0 33,0 1,5
Leoa
(1965)
Embora, no início dos tempos até o final do Esta fase caracteriza-se por elevadas
século XVIII, a taxa de natalidade tenha sido taxas de natalidade, baixas taxas de
elevada , a taxa de mortalidade também era mortalidade e grande crescimento
elevada, justificando o baixo índice de populacional. É válido salientar, que tantos
crescimento demográfico do período. A nos países desenvolvidos quantos nos
expectativa de vida era baixa; e a a alta subdesenvolvidos, o crescimento
mortalidade devia-se, primordialmente, às demográfico resultou, principalmente, da
precárias condições de higiene, às guerras e à redução da mortalidade.
fome.
12. Segunda Fase
Nos países Nos países
desenvolvidos subdesenvolvidos
Os países desenvolvidos iniciaram essa fase
Por outro lado, os países subdesenvolvidos, que
com a Revolução Industrial; o advento das
atualmente encontram-se ainda nessa fase,
máquinas contribuiu para a melhoria das
iniciaram essa etapa após a Segunda Guerra
condições higiênico-sanitárias, o desempenho
Mundial; a diminuição da mortalidade foi muito
médico-hospitalar e para o aumento da
grande e rápida, pois já se conheciam as
produção de alimento de modo que a redução
técnicas a ser utilizadas.
da mortalidade se deu de forma gradativa e em
um grande intervalo de tempo.
13. Terceira Fase
Ou fase de baixíssimo
crescimento ou estagnação
Caracterizada pela
ocorrência de baixas taxas
de natalidade, de
fecundidade (em torno de
1,5 filho por mulher) e de
mortalidade, resultando
em níveis muito baixos e
até mesmo estagnação do
crescimento demográfico.
As causas são diversas
como: a urbanização, o
aumento da escolarização e
a incorporação da mulher Os países desenvolvidos já se encontram nessa
ao mercado de trabalho. fase com taxas de crescimento próximas de
Esta fase caracteriza o zero, algumas sendo até negativas.
fim da transição
demográfica.
14. Teorias
Demográficas
O crescimento demográfico foi, ao longo do tempo, explicado a partir de teorias.
15. Teoria de
Malthus
Teoria demográfica mais conhecida foi elaborada por Thomas Robert
Malthus que a expôs em sua famosa obra Um ensaio sobre o princípio da
população.
A teoria de Malthus se baseava nos seguintes princípios:
1º) caso não seja detida por obstáculos (guerras ou epidemias), a população
tende a crescer segundo uma progressão geométrica (2,4,8,16,32...),
duplicando a cada 25 anos.
2º)os meios de subsistência (alimentos), na melhor das hipóteses, só podem
aumentar segundo uma progressão aritmética (2,4,6,8,10...).
Ele propunha a erradicação da pobreza e da fome por meio de uma política
antinatalista, para evitar o caos mundial.
16. Teoria de Neomalthusiana
A explosão demográfica após a Segunda Guerra Mundial ressuscitou as idéias de Malthus.
Os neomalthusianos ou alarmistas aprimoraram a teoria adotando novas posturas:
* Atribuíam a culpa pela situação de miséria dos países subdesenvolvidos ao acelerado
crescimento populacional;
* Concordavam que a agricultura era capaz de produzir alimentos suficientes para todos;
* Defendiam programas rígidos e oficiais de controle de natalidade.
Concordando com os alarmistas, alguns países como a Índia, o Egito e o México passaram a
investir mais em políticas demográficas do que em políticas econômicas para resolver o
problema da pobreza e da desigualdade, entretanto não obtiveram os resultados
esperados.
17. Teoria Reformista
Os reformistas ou marxistas, em oposição aos
neomalthusianos, consideram a própria miséria
causa do acelerado crescimento demográfico.
Eles propõem uma melhor distribuição de renda
Karl Marx
e de alimentos, o aumento da escolaridade que
ocasionariam num planejamento familiar
espontâneo e conseqüente queda da natalidade e
do crescimento populacional.
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22. Transição Demográfica
A idéia principal desta teoria do ano de 1929 é que todo país em algum
momento de sua história chegaria ao equilíbrio populacional, pois haveria
redução das taxas de natalidade e de mortalidade da sua população.
23. O conceito de transição demográfica
A transição demográfica foi proposta pelo americano Warren Thompson em 1929
com o termo original “Demographic Transition Model”que pode ser traduzido
livremente como a forma de estudar as modificações que acontecem nas
populações humanas desde o período das “altas taxas de nascimento (natalidade)
e altas taxas de mortalidade” para o período das “baixas taxas de nascimento
(natalidade) e baixas taxas de mortalidade”. Thompson já parte do princípio de
que as taxas de nascimento e de mortalidade nunca foram constantes no tempo e
que há leis ou regras gerais que se aplicam a todas as populações, que seriam as
fases da transição demográfica. O demógrafo americano estipulou quatro fases: a
pré-moderna, a moderna, a industrial madura e a pós-industrial.
24. A fase I ou pré-moderna acontece em sociedades rurais com
taxas de natalidade e mortalidade altas. Há oscilação rápida
da população dependendo de eventos naturais como, por
exemplo, uma seca prolongada e doenças. Como
conseqüência há uma grande população jovem. No Brasil
essa fase já foi ultrapassada, mas ainda é a fase de vários
países da África.
Na fase II ou moderna estão as sociedades onde houve melhora nas técnicas
agrícolas, maior acesso à tecnologia e educação. Nesse momento, as taxas de
mortalidade caem rapidamente devido à maior oferta de alimentos e de condições
sanitárias. Como conseqüência há aumento da sobrevida e redução das doenças
infecto-parasitárias. Por outro lado há aumento da taxa de nascimento com
aumento da população. Essa fase também já foi praticamente ultrapassada no
Brasil, e somente em algumas áreas do país se observa aumento da natalidade.
Um exemplo de país da fase II é a China: a mortalidade caiu, mas a natalidade
ainda não.
25. A fase III ou industrial madura é caracterizada pela urbanização, acesso a
contracepção, melhora da renda, redução da agricultura de subsistência,
melhora da posição feminina na sociedade e queda da taxa de nascimentos.
Em conseqüência há um número inicial grande de crianças, cuja proporção cai
rapidamente porque há aumento na proporção de jovens concentrados em
cidades, com o decorrente aumento da violência juvenil. O saldo desse
período é a tendência à estabilização da população. O Brasil está no ciclo final
dessa fase, já próximo do seguinte.
A fase IV ou pós-industrial é o momento de taxas baixas de natalidade e
mortalidade e com taxas de fecundidade que ficam abaixo do taxa de reposição
populacional. Há três conseqüências: aumento da proporção de idosos;
encolhimento da população e necessidade de imigrantes para trabalhar nos
empregos de mais baixo salário. É uma situação bastante comum em países da
Europa como Itália e Portugal. No Brasil, a cidade de São Paulo é o exemplo típico
dessa situação,