O documento discute o obturador, um dispositivo mecânico que controla a quantidade de luz que incide no sensor da câmera. Ele explica como o obturador funciona e os diferentes valores de velocidade que pode assumir para controlar o tempo de exposição. Também apresenta técnicas fotográficas como congelar a ação, criar efeito de movimento e fotografia de longa exposição que usam diferentes configurações do obturador.
1. O Obturador
Professor Bruno Gonzalez
O que é o Obturador?
Obturador é um dispositivo mecânico que
controla a quantidade de luz que incide no
sensor através de uma "cortina". Ao acionarmos o
disparador, o obturador permite que a luz passe
e seja captada pelo sensor digital ou pelo filme,
por um tempo ajustável. Quanto maior o tempo,
mais luz alcançará o elemento sensível.
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2. Localização do Obturador
Obturador: A Pálpebra da Câmera
Numa analogia da câmera
fotográfica com o olho
fotográ
humano, teríamos: a
terí
pálpebra que corresponderia
ao obturador, a pupila seria
o diafragma controlando a
quantidade de luz o
cristalino seriam as lentes da
objetiva que trabalham em
conjunto focalizando as
imagens sobre a retina
fotossensível,que seria o
fotossensí
filme ou o sensor.
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3. O que são valores do Obturador?
Os valores da velocidade são indicados por
segundos, como 1s, 2s, 30s, etc.
Ou em frações de segundos: 1/2s, 1/4s, 1/8s, 1/15s,
1/30s, 1/60s, 1/125s, 1/250s, 1/500s, 1/1000s, 1/2000s.
Câmeras profissionais as velocidades passam de
1/4000s, 1/8000s.
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4. Mais é menos
Se você regular a velocidade em 1, a luz
entrará por um segundo; quando
mudar para 2, reduz o tempo para meio
segundo. Assim, se você regular a
velocidade para 60 (1/60 de segundo),
a luz entrará pela metade do tempo
que entraria em 30 (1/30 de segundo) e
assim sucessivamente.
Escala de valores do obturador
B, 30”, 20”, 15”, 10”, 8”, 6”, 4”,3”, 2”,1,5”, 1”
2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000,
4000, 8000
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5. Indicação de valor do obturador
O que significa as letras B e T?
As letras B e T são utilizadas para
tempos de exposição maiores que
exposiç
um segundo. Assim, use a B ou
Bulb, mantendo o botão do
Bulb,
obturador pressionado durante o
tempo que necessitar para a
exposição; a letra T exige que se
exposiç
pressione o botão do obturador
para abrir e depois para fechar.
No caso das letras B e T, a
câmera também deve estar no
també
tripé ou firmemente apoiada.
tripé
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6. Controle remoto
Prioridade ao obturador
Os modos de prioridade são modos semi-manuais (ou semi-
semi- semi-
automáticos), um recurso que está disponível em todas as
autom á está disponí
câmeras profissionais e em alguns outros modelos. Eles dão
a você certo controle e garantem que suas fotos fiquem
bem expostas, deixando que a câmera faça algumas
faç
decisões baseadas em seu ajuste. Por meio deste recurso,
tudo fica mais rápido e fácil. Normalmente indicado pelas
rá fá
letras ‘S’ (Nikon) ou ‘Tv’(Canon). Neste modo, você ajusta a
Nikon) Tv’ Canon)
velocidade que deseja usar e a câmera decide qual a
abertura do diafragma apropriada.
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9. O obturador no controle da luz
Umas principais funções do obturador é controlar a
incidência de luz no sensor.
No exemplo a seguir, as 2 fotografias foram tiradas no
mesmo dia, hora e posição. A grande diferença é que
a primeira foto teve um tempo de exposição de apenas
1 segundo, enquanto a segunda foto teve um tempo de
exposição de 10 segundos, ambas com a câmera
apoiada em uma superfície estável.
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10. Exposição de 1 segundo
Exposiç Exposição de 10 segundos
Exposiç
Velocidades Utilizadas:
30, 60, 125, 250,
500, 1000, 2000 e
4000
10
11. 30 500 4000
Superexposta Correta Subexposta
Efeitos Obtidos Através da
Manipulação do Obturador
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12. Congelando a Ação
O mais importante para congelar a ação é usar
uma velocidade alta, embora ela dependa do
tema e do ângulo em relação a ele. Uma pessoa
correndo não requer uma velocidade tão rápida
quanto um carro muito veloz.
A escolha das lentes também importa.
O tema se moverá menos no enquadramento de
uma grande-angular do que no de uma
teleobjetiva, portanto você deve usar uma
velocidade menor.
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16. Idéia de Movimento
Para criar o efeito de movimento, basta usar
baixas velocidades (30, 15 ou menos), deve-se
colocar a câmera em um tripé ou em outro
suporte firme para evitar que as fotos saiam
tremidas ou borradas. Se você desejar criar
uma sensação de movimento em sua foto
adicionando 'Motion Blur', irá escolher
uma velocidade mais baixa.
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20. A técnica Panning
A idéia do panning é movimentar a câmera
acompanhando o movimento do tema para que a
imagem resultante capte um tema nítido contra
um fundo sem nitidez. É mais fácil de ser feito em
situações de pouca luz. A velocidade de
exposição e a velocidade do panning dependem
tanto da velocidade usada quanto da distância
do assunto. A velocidade entre 1/4 e 1/30 de
segundo é um bom campo para o panning.
Como Fazer o Panning
Primeiro encontre o local, um ponto por onde você sabe
que seu tema passará e que tenha o fundo que deseja.
passará
Ajuste a velocidade e a abertura para a exposição
exposiç
correta. Enquadre a imagem, focando em algo próximo
pró
de onde seu tema estará. Então, gire apenas o corpo,
estará
sem mexer os pés, capte o tema na lente e siga-o,
siga-
apertando o botão do disparador assim que ele entrar
no local pré-definido. Não pare o movimento quando
pré
tiver soltado o disparador e continue acompanhando.
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21. Para quê serve o Panning?
Ele cria uma forte sensação de movimento e
velocidade, sem tirar o foco do assunto principal,
utilizando baixa velocidade de obturador. A idéia
é deixar o foco apenas no que interessa,
borrando os outros elementos da imagem.
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25. Zoom Panning
Foca-se o assunto principal, em seguida regula-se
o obturador para uma exposição lenta, dispare e
enquanto a fotografia estiver sendo captada
avance ou recue o zoom mecânico da objetiva e
pronto, sua foto com efeito zoom panning estará
registrada.
Lembre-se de manter a câmera estável em um
tripé e evite trepidações no momento em que
estiver manuseando o zoom.
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30. Fotografia de Longa Exposição
Quanto mais longo for o tempo que pressionarmos
o botão, se a máquina tiver este recurso, claro, mais
luz alcançará o filme ou o sensor e quando isso
acontece, conseguimos efeitos incríveis. E não só
aquele clássico de carros em movimento. Veja só o
que esses fotógrafos produziram:
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35. Lightgraff
Lightgraff é uma palavra formada pela junção de "light" (luz) e
junç "light"
"graff", abreviatura de graffiti, ou seja graffiti feito de luz. Trata-
graff", graffiti, Trata-
se de uma disciplina artística recente que combina e unifica a
artí
técnica da escrita caligráfica e da fotografia em atos únicos.
caligrá
O lightgraff é puro e espontâneo: não há truques, não há
há há
margem para erros, não há tratamento digital posterior para
há
correção. O artista não vê o que faz. Sente-o, quando muito, pois
correç Sente-
poderia fazê-lo de olhos fechados. É arte ao vivo. Ao contrário do
fazê- contrá
graffiti convencional não é intrusivo e não vandaliza. Não deixa
vandaliza.
marcas, apenas registros fotográficos. É imaterial e, ao mesmo
fotográ
tempo, tridimensional.
O princípio
Curiosamente esta expressão visual foi iniciada pelo
pintor Pablo Picasso. Recentemente tem vindo a ganhar
um número crescente de adeptos e executantes. Pincéis
nú Pincé
de luz feitos de lâmpadas de néon, LEDs
né
e lasers multicoloridos guiados por mãos precisas que
iluminam as noites das cidades. Os praticantes
autodenominam-se "calígrafos". Vestem-se de preto para
autodenominam- "calí Vestem-
que as câmaras fotográficas, reguladas para um tempo
fotográ
de exposição longo, captem apenas as suas
exposiç
coreografias e ritmos.
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41. Lapp
Light Art Performance Photography, conhecida
pela sigla LAPP, basicamente uma evolução
do Lightgraff, ou desenho com luz, e que contém
outros elementos como formas luminosas e cores
que, em conjunto com o ambiente em que se
situam, projetam no sensor da câmara uma
imagem particular. Todos as dimensões técnicas
entram em jogo para se conseguir obter uma
fotografia tecnicamente correta e esteticamente
harmonica.
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