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Nome: Sergio Alfredo Macore / 2016
Contacto: +258 846458829
Email: Sergio.macore@gmail.com
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
A presente monografia é subordinada ao tema: Análise das demonstrações financeiras como
instrumento de verificação da situação financeira nas PE’s: Estudo de Caso da Water Sistem
Consulting, 2012-2014.
Através do tempo, vem sendo comprovado que a sociedade depende de registos
contabilísticos e económico-financeiro para obter bons desempenhos quer no campo
governamental, empresarial ou mesmo familiar. Hoje esses conceitos são fortes aliados aos
11
gestores financeiros, fornecendo aos mesmos relatórios que podem ser analisados e a partir
daí diagnosticar a situação financeira da empresa. Assim, a Gestão Financeira é fundamental
para que as empresas sejam bem-sucedidas e sustentáveis buscando a perpetuidade.
Um dos focos principais desse estudo é abordar a análise financeira das demonstrações
financeiras, seu papel dentro de uma empresa. Visto que, a análise por meio de índices
financeiros é ferramenta ideal para se ter o controlo mais adequado para as tomadas de
decisões nas empresas. Através dos indicadores financeiros é possível comparar uma
organização com outras do mesmo segmento e até de segmentos diferentes de mercado,
estabelecendo critérios de avaliação do desempenho entre as empresas. Os indicadores
também podem ser utilizados para comparar o desempenho da empresa.
Contudo, percebe-se que cada empresa tem por definida uma missão a qual é realizada através
do seu posicionamento competitivo no mercado. A estratégia da empresa centra-se
precisamente sobre estes posicionamentos.
Deste modo a estratégia competitiva pretende fazer com o crescimento da empresa seja, pelo
menos semelhante ao do mercado onde se encontra a competir, deste modo à taxa de
crescimento das vendas deve acompanhar ou exceder a taxa de crescimento esperada para o
mercado. Sendo viável o uso de projecção de vendas, a qual é a segunda componente de
análise deste trabalho.
1.2. Objectivos da pesquisa
1.2.1. Geral
 Evidenciar a importância da Gestão Financeira nas PE’s, através da análise financeira
das demonstrações financeiras para verificação da situação financeira.
1.2.2. Específicos
 Identificar as razões que levam muitas PE’s a não fazerem a análise das
demonstrações financeiras produzidas por elas;
12
 Descrever a importância que análise das demonstrações financeira desempenha na
verificação da situação financeira das PE’s;
 Fazer uma análise financeira das demonstrações financeiras para verificar a situação
financeira da Water Systmes Consulting.
1.3. Justificativa
A escolha do tema em estudo teve como pressupostos importância das informações geradas
pela análise financeira na tomada de decisões e também como elemento de análise do
desempenho financeiro das empresas em determinado período. Justifica-se também por
demonstrar a importância da análise financeira como instrumento que deve ser utilizado para
auxiliar às tomadas de decisões nas PE’s, uma vez que ajudam na verificação da situação da
empresa.
A escolha do tema também baseou-se no conhecimento adquirido durante a assistência das
aulas da cadeira de Gestão Financeira, quando se abordava sobre a Análise das
Demonstrações Financeiras, e também, deriva da grande importância que a análise financeira
tem no processo de tomada de decisão, pois ela é de suma importância para uma empresa que
pretende evoluir, uma vez que através dela obtêm-se informações importantes sobre sua
posição económica e financeira.
1.4. Problema de Pesquisa
No cenário moçambicano, muitas das PE’s não tem feito o uso das análises das
demonstrações financeiras, para que lhes auxiliem no processo de tomada de decisões. Muitos
dos proprietários bem como alguns gestores existentes nas PE’s alegam que fazer uma análise
financeira tem sido muito difícil, e requer muito tempo. E também nota-se que muitos dos
contabilistas que fazem ou elaboram as demonstrações financeiras nas PE’s, não tem feito
adicionalmente a análise financeira, por falta de domínio ou porque é de difícil interpretação
das informações geradas por este instrumento. Diante desses factos, a questão que se levanta é
a seguinte:
 Que contributo a análise financeira como instrumento de verificação de desempenho
pode trazer paras as PE’s?
1.5. Hipóteses
13
A análise de demonstrativos contabilísticos se caracteriza pela extracção, transformação e
condensação, usando-se diversas técnicas, de uma grande massa de dados em informações
úteis e relevantes ao processo de decisão. A análise das demonstrações financeiras deve ser
entendida dentro de suas possibilidades e limitações. De acordo com Iudícibus (1998), a
análise, por um lado, mais aponta problemas do que indica soluções e, por outro, pode se
transformar num painel de controlo a ser utilizado pela Administração. A análise limitada a
um exercício apenas é pouco reveladora. Assim, é interessante se ter também dados de
Exercícios anteriores.
Segundo a questão levantada, propõe-se as seguintes hipóteses:
 Analise financeira como instrumento de verificação de desempenho nas PE’s contribui
para que elas conheçam a sua posição económico-financeira actual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras.
 Analise financeira servem como identificadores que demonstram a potencialidade da
empresa, mostrando qual a liquidez da empresa de dispor de recursos para saldar suas
dívidas, qual o endividamento da empresa com terceiros, qual o retorno sobre os
investimentos.
1.6. Estrutura do Trabalho
O tema é explanado em cinco capítulos: O primeiro é a introdução que apresenta o contexto, a
problematização, os objectivos, as hipóteses e as questões de pesquisa. O capítulo
subsequente tem como título: Revisão da Literatura, nele procura-se definir os conceitos
chaves deste trabalho de modo a que o leitor seja capaz de seguir a discussão, tomando como
base a compreensão dos conceitos segundo o autor.
O terceiro capítulo, faz da metodologia usada para a realização do presente trabalho. Foca o
tipo de pesquisa, as técnicas utilizadas para a recolha de dados, o universo da pesquisa e a
amostra entre outros aspectos relevantes, que visualizam como o trabalho foi elaborado. O
quarto capítulo, aborda sobre a análise e interpretação de dados, através de um estudo de caso
da empresa Water Sistem Cnsulting. Neste capítulo, visualiza-se a compilação dos dados e a
análise dos mesmos para possível ilação de conclusões subjacentes ao tema em abordagem.
Finalmente, no quinto e último capitulo, são apresentadas as conclusões e as recomendações.
14
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Introdução
Nesta seção é apresentada a base teórica para fundamentar o estudo e propiciar melhor
compreensão sobre o tema.
2.2. Analise Financeira
2.2.1. Conceito de Analise Financeira
15
Analisar significa transformar as demonstrações contabilísticas em partes de forma que
melhor se interprete os seus elementos. Interessa conhecer primordialmente dois aspectos do
património, quais sejam, o económico e o financeiro. A situação económica diz respeito à
aplicação do capital e seu retorno e a situação económica diz como a empresa está em relação
a seus compromissos financeiros. (FRANCO 1992, p. 93).
Conforme entendimento de Silva (2010, p. 6), análise financeira “consiste num exame
minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições
endógenas e exógenas que a afectam financeiramente, com o objectivo de verificar sua
performance económico-financeira.”
Como dados financeiros disponíveis, pode-se incluir demonstrações contabilísticas,
programas de investimentos, projecções de vendas e projecção de fluxo de caixa, por
exemplo. Como condições endógenas, analisa-se estrutura organizacional, capacidade
gerencial e nível tecnológico da empresa. Como condições exógenas, relaciona-se os factores
de ordem política e económica, concorrência e fenómenos naturais, entre outros. Desse modo,
a análise financeira transcende as demonstrações contabilísticas.
As demonstrações contabilísticas são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo
como objectivo principal subsidiar a tomada de decisão. Estão implícitos que devemos
trabalhar com informações de boa qualidade para chegarmos a um relatório de análise com o
esmero necessário.
Análise das demonstrações contabilísticas, segundo Iudicibus (2009, p. 20) é: "a arte de saber
extrair relações úteis, para o objectivo económico que tivermos em mente, dos relatórios
contabilísticos tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso".
Para SA (1991, p. 16) "Análise contabilística é um estudo das partes dos demonstrativos para
conhecer-se uma situação ou diversas situações de uma empresa".
A análise das demonstrações contabilística é um processo que objectiva ultrapassar as
fronteiras dos dados e relatórios obtidos pela contabilidade, transformando dados em
informações úteis e de fácil entendimento, que possam facilitar a vida de empresários,
gerentes e demais gestores (MATARAZZO, 2003, p.18).
De acordo com Perez Junior e Begalli (2009, p.57) a “análise das demonstrações financeiras
extrai o máximo possível de informações, através da interpretação dos dados disponibilizados
16
pelas demonstrações contabilísticas e financeiras, tratadas em conformidade com as premissas
contabilísticas”. Sua principal finalidade é fornecer informações precisas para os credores e
investidores tomarem decisões.
Para Assaf Neto (2000, p. 35) “a análise de balanços visa relatar, com base nas informações
contabilísticas fornecidas pelas empresas, a posição económico-financeira actual, as causas
que determinaram a evolução apresentada e as tendências futura.”
Em outras palavras, através da análise de balanços extraem-se informações sobre a posição
passada, sobre a posição actual, e fornece subsídios para a projecção da posição futura da
empresa.
Matarazzo (2003, p. 1) afirma que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das
Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.” As demonstrações financeiras
fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contabilística. A Análise
de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto
melhores informações produzir.
A análise das Demonstrações Contabilísticas, portanto, têm por objectivo observar e
confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento
minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar
os factores antecedentes e determinantes da situação actual, e, também, servir de ponto de
partida para delinear o comportamento futuro da empresa.
Conforme Assaf Neto (2000) a principal característica que norteia a análise de balanços é a
comparação. Comparam-se valores obtidos em determinado período com aqueles levantados
em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins.
Quando uma conta ou grupo de contas é tratado isoladamente não retrata adequadamente a
importância do valor apresentado e menos ainda seu comportamento ao longo do tempo. A
esse processo de comparação, indispensável ao conhecimento da situação de uma empresa, é
representado pela análise horizontal e análise vertical.
A Análise das Demonstrações Contabilísticas tem como escopo verificar a evolução ou
involução das situações financeira e económica da entidade. Matarazzo (2003, p. 22) afirma
que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para
a tomada de decisões”. As Demonstrações Contabilísticas fornecem uma quantidade de dados
17
relativos a empresa e através da Análise de Balanços é possível transformar estes dados em
informações úteis aos usuários.
É importante ressaltar que a análise das demonstrações contabilística, amplamente aceite no
meio académico e empresarial, compreende duas categorias distintas:
 A Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa,
seu grau de liquidez e capacidade de solvência; e
 A Análise Económica, que possibilita a interpretação das variações do património e da
riqueza gerada por sua movimentação.
A análise económica e financeira consiste numa metodologia, ou conjunto de técnicas e
processos previamente determinados que apoiam o gestor no momento de definição de
políticas, acções e metas que compõem o planeamento estratégico da organização.
Tanto a análise financeira quanto a económica, são elaboradas e avaliadas sob vários pontos
de vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário.
Conforme Fernandes et al. (2012, p.23) Analise Financeira esta vocacionada para a recolha de
informação de cariz eminentemente económico-financeiro, para o seu tratamento e o seu
estudo, de forma a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base para a
tomada de decisões por parte dos gestores financeiros.
Por conseguinte, a análise visa determinar em que medida são conseguidos os objectivos
gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas integrantes da função
financeira. Quando feita internamente, é vista numa perspectiva previsional e voltada para o
controlo de gestão.
2.2.2. Utilizadores da Análise Financeira
O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das
empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio
à tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno
como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto
essencial de comunicação entre a empresa e o meio envolvente.
18
Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas
respectivas necessidades da informação:
 Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar
decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as
medidas corretoras da situação financeira ou económica financeira.
 Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o
risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe
proporciona. Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à
aquisição, manutenção, ou venda de uma determinada participação numa empresa.
 Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a
probabilidade de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes
adiantamentos ou estão muito dependentes de uma determinada empresa.
 Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo,
preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas
datas de vencimento.
 Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e
os obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da
empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.
 Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados
em analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na
capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar
oportunidades de emprego.
 Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais
(tributação) e para fins de elaboração de estatísticas.
2.2.3. Técnicas de Análise
A Análise das Demonstrações Contabilísticas surgiu por motivos práticos e alguns índices
surgiram e permanecem em uso até hoje. Com o passar dos tempos as técnicas foram
aprimoradas, e, hoje são utilizados modernos conhecimentos de estatística e matemática.
Segundo Matarazzo (2003), merecem especial atenção os estudos sobre o uso de Análise de
Balanços na previsão de insolvências.
19
A análise das demonstrações financeira, é feita essencialmente a partir da análise horizontal e
vertical e dos índices.
Conforme Ribeiro (2010) a Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser usadas em
conjunto e servem para complementar as observações efectuadas através da Análise por
Quocientes. Enquanto a Análise por Quocientes apresenta dados que resultam da comparação
entre itens ou grupos da DRE e BP, as Análises Vertical e Horizontal dão mais detalhes,
envolvem todos os itens das demonstrações, e revelam falhas responsáveis pelas situações de
anormalidade.
2.2.3.1. Análise Vertical
Conforme Ribeiro (2010, p. 173): A Análise Vertical, também denominada por alguns
analistas Análise por Coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um dos
elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a percentagem de
participação de cada elemento no conjunto.
De acordo Gitman (2010) a Análise Vertical tem por objectivo determinar a relevância de
cada uma das contas em relação ao total. No BP toma-se por base o capital total e calcula-se a
participação relativa de cada conta. Na DR o valor base é o valor da Receita Operacional
Líquida.
Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do
Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo.
Na análise do Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos
que estão ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a
base de calculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o
mesmo total que o Activo).
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu
das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas
Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados.
2.2.3.2. Análise Horizontal
20
A Análise horizontal para Gitman (2010, p.60) Tem por objectivo demonstrar o crescimento
ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contabilísticas em períodos
consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a
análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando se
horizontalmente ao longo dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores. A
Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta ao longo de períodos seguidos e permitir
conclusões a respeito da empresa.
2.2.3.3. Rácios Financeiros e Económicos
A análise Económica - financeira a partir do método dos rácios, consiste fundamentalmente
no estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações
financeiras. Ao estabelecer a relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação
bastante mais expressiva do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor
absoluto.
A análise das demonstrações financeiras dedica-se ao cálculo e interpretação dos índices, de
modo a avaliar o desempenho passado e presente das organizações, permitindo que sejam
feitas projecções. A partir da obtenção dos índices, pode-se compara-los com outros que
tenham relevância para a organização (concorrentes, estatísticos, financeiros).
A análise dos rácios permite aos empresários medir quais as fraquezas e as forças económicas
- financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas
(PINHO e TAVARES, 2005)
A seguir são apresentados alguns rácios que permitirão a análise das demonstrações
financeiras nas organizações:
2.2.3.3.1. Rácios Financeiros
Índices de Liquidez: Segundo Matarazzo (2003), os índices desse grupo mostram a base da
situação financeira da empresa. São índices que confrontam os Activos Circulantes com as
Dividas, procurando medir quão sólida é a base financeira da empresa.
21
Liquidez geral ou Índice de Liquidez corrente - expressa a capacidade da empresa satisfazer
as suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa
que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo. Um valor
inferior a 1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria para o pagamento das
obrigações. A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações
de curto prazo `a medida que vencem. Englobam o relacionamento entre contas do Balanço
Patrimonial; Mostram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos, principalmente
os de curto prazo.
Índice de Liquidez Seca: Elimina o risco associado à incerteza da venda de stocks. Ou seja
Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez
da empresa. Confronta o activo circulante com o passivo circulante, porém o activo circulante
não é considerado na sua totalidade. Os stocks são subtraídos. Esta subtracção é uma forma de
eliminar riscos de realização desse activo. Podemos considerá-lo como um índice mais rígido
e até com excesso de conservadorismo, pois os stocks foram avaliados adequadamente.
Solvabilidade total - expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos com
terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o valor do
património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa. Um valor inferior a 1,
significa que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus compromissos com
meios próprios.
Autonomia financeira - expressa a participação do capital próprio no financiamento da
empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais alheios.
Um valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira.
corrente)(PassivoCPdeDividas
CirculanteActivo
GeralLiquidez 
corrente)(PassivoCPdeDividas
Stocks-CirculanteActivo
SecaLiquidez 
TotalPassivo
ProprioCapital
TotaladeSolvabilid 
22
Dependência financeira ou endividamento geral - expressa a participação dos capitais alheios
no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de autonomia + Rácio
de dependência = 1
Índice de Cobertura de Juros: mede a capacidade de efectuar os pagamentos de juros
previstos em contrato.
2.2.3.3.2. Rácios Económicos
Na concepção de Gitman (2010), há inúmeras medidas de rentabilidade para uma empresa,
dessa maneira devem-se avaliar os lucros que a mesma obteve em relação as suas vendas,
activos ou investimentos dos proprietários. A empresa deve ter lucro, pois, se não tiver, ela
não atrairá capital externo.
Rendibilidade do capital próprio ou Retorno do Capital Próprio (ROE) - relaciona o lucro
obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao accionista
avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com outras
remunerações oferecidas no mercado de capitais.
Rendibilidade do activo total ou Retorno do Activo Total (ROA) - relaciona o lucro obtido
num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela
empresa por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do investimento
realizado.
LiquidoActivo
ProprioCapital
FinanceiraAutonomia 
TotalActivo
Passivo
FinanceiraaDependenci 
Juros
RendadeImpostoeJurosdeAntesJuros
JurosdeCoberturadeIndece 
ProprioCapital
LiquidoResultado
proprioCapitaldeadeRendibilid 
LiquidoActivo
LiquidoResultado
TotalActivodoadeRendibilid 
23
Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o valor
das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária de
vendas.
Rotação do activo total - relaciona o valor das vendas com o activo total da empresa. Mede o
grau de eficácia na utilização dos activos.
Margem de lucro Bruto- Relaciona o lucro bruto com as vendas líquidas. Evidencia
basicamente o percentual das vendas líquidas que não foi consumido pelos custos de produção
onde aquisição das mercadorias e serviços.
Segundo Hoji (2010, p. 92). “é utilizada para o controle dos custos e avalia a capacidade dos
sectores produtivos das empresas industriais e prestadoras de serviços e de compras e
armazenamento das empresas comerciais”.
Margem de Lucro Operacional - Confronta o lucro operacional com as vendas líquidas. Será
voltada para o controle do volume das despesas operacionais e para medida do desempenho
dos sectores de administração e de vendas.
Margem de Lucro Liquido - Confronta o lucro líquido do período com as vendas líquidas.
Nessa margem, além do resultado financeiro, também são incluídos os resultados não-
operacionais. Indica o quanto restou da receita gerada pela empresa após a dedução de todos
os custos, gastos e despesas incorridos pela empresa. Será a margem de lucro sobre as vendas.
Estabelece o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida.
Vendas
LiquidoResultado
VendadasadeRendibilid 
TotalActivo
Vendas
TotalActivodoRotacao 
VendasLucrobruto/
Vendas
vendidosProdutosdosCusto-Vendas
brutoLucrodeMargem 
Vendas
loperacionaLucro
lOperacionaLucrodeMargem 
Vendas
ordinariossaccionistaaosdisponivelLucro
LiquidoLucrodeMargem 
24
Lucro por Acção:
2.2.3.3.3. Rácios de Funcionamento
Prazo médio de pagamento, ou idade média das contas a pagar, é calculado da mesma
maneira que o prazo médio de recebimento.
Prazo médio de recebimentos: Uma forma simples de calcular o tempo médio de
recebimentos (medido em dias ou meses), consiste em dividir o valor que os clientes devem à
empresa num determinado momento pelo valor das vendas anuais. Para obter o rácio em dias
multiplica-se o valor por 365; para obter o valor em meses multiplicamos por 12. A fórmula
deste rácio é a seguinte:
No cálculo deste rácio, normalmente, o saldo de clientes obtido a partir dos dados da
contabilidade, inclui o IVA, enquanto, o valor das vendas é líquido deste imposto. Para
corrigir eventuais distorções no cálculo e análise deste rácio, devemos adicionar o IVA ao
denominador.
2.2.4. Instrumentos Base da Análise Financeira
É tarefa da Análise Económica e Financeira examinar, de forma detalhada, os dados
financeiros relativos a uma determinada empresa.
Os instrumentos base da análise financeira tende a ser essencialmente a informação financeira
divulgadas pelas empresas e de mais organizações, de natureza maioritariamente
contabilística, mas também de natureza extra contabilística, desde que se revele importante
para o objectivo pretendido.
Segundo Ribeiro (2010, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos
que contém dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema
OrdinariasAccoesdeNr
ordinariossaccionistaaosdisponivelLucro
(LPA)AccaoporLucro 
pagar/360)a(conpras:pagaraContas
MediasDiariasCompras
pagaraContas
pagamentodeMedioPrazo 
X365
Vendas
Clientes
oRecebimentdeMedioPrazo 
25
contabilístico de uma entidade.” Os registos contabilísticos realizados periodicamente pelas
empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações
Financeiras.
As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam suas
operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os
aspectos fortes e fracos apresentados em suas actividades operacionais e não operacionais,
bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão.
CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1. Introdução
Neste capítulo pretende-se destacar alguns aspectos importantes no que concerne a
metodologia usada na recolha dos dados, tal como o método e tipo de pesquisa, técnicas de
recolha de dados, local e período da pesquisa e o tratamento dos respectivos dados.
Lakatos e Marconi (2003, p. 83) destacam a importância dos métodos científicos, e afirmam
que sem os quais, não há ciência. Os autores definem método como “o conjunto das
actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o
objectivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista.
3.2. Tipo e Natureza de Pesquisa
Richardson et al. (1989, p.44) afirmam que, de forma ampla, pode-se classificar a pesquisa em
dois grandes métodos: o quantitativo e o qualitativo Acrescentam que esses métodos são
diferenciados pela forma de abordagem do problema e que para a escolha do método a ser
aplicado no estudo, o pesquisador deve considerar, principalmente, a natureza do problema e
o nível de aprofundamento a ser dado à pesquisa.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa é Quantitativa. Pois ela
considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas
26
estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão, etc.).
Seguindo a tipologia de pesquisa proposta por Gil (2007), esta pesquisa é classificada como
exploratória quanto aos seus objectivos, pois este estudo “ [...] tem como objectivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito [...]”.
A pesquisa exploratória possui um planeamento flexível e, geralmente, é desenvolvida através
da pesquisa bibliográfica, de entrevistas com pessoas que tiveram experiência relacionada ao
problema pesquisado e da análise de exemplos que facilitem a compreensão (GIL, 2007).
Ruiz (2009, p. 116) conceitua método como uma forma de seleccionar técnicas e de avaliar
alternativas para a acção científica. Assinala ainda que enquanto as técnicas aplicadas por um
pesquisador provêm das suas decisões, o modo pelo qual essas decisões são tomadas depende
das suas regras de decisão. Dessa forma, o autor considera que métodos são regras de escolha
e técnicas são as próprias escolhas.
Para Lakatos e Marconi (2003, p. 163), a selecção do instrumental metodológico relaciona-se
directamente relacionado ao problema a ser estudado e a sua escolha depende da natureza dos
fenómenos, o objecto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e demais
elementos que possam surgir ao longo do processo de investigação.
Fundamentando-se no objectivo geral da pesquisa, decidiu-se adoptar, como estratégia
investigativa, o estudo de caso, pois nessa estratégia, segundo Gil (2007, p. 38):
“O pesquisador explora profundamente um programa, um ou mais indivíduos, um evento, uma
actividade ou um processo. Os casos são relacionados pelo tempo e pela actividade, e os
pesquisadores colectam informações detalhadas usando vários procedimentos de colecta de
dados durante umperíodo de tempo prolongado.”
Trivinõs (1987, p. 67), defende que o estudo de caso é caracterizado pela análise profunda e
exaustiva de uma determinada realidade, de forma a possibilitar amplo e detalhado
conhecimento. O autor afirma que esse tipo de estudo talvez seja um dos mais relevantes para
a pesquisa qualitativa.
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3.3. Dados da Pesquisa
De acordo com Ruiz (2009:138) “técnica de recolhas de dados corresponde diversos
procedimentos ou a utilização de diversos recursos peculiares a cada objecto de pesquisa
dentro das diversas etapas, ou seja, a técnica, e a instrumentalização específica da acção”
Para Silva e Menezes (2001, p. 33), a definição do instrumento de colecta de dados dependerá
dos objectivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado.
Trivinõs (1987, p. 45) salienta que, independentemente da técnica de colecta de dados a ser
aplicada na pesquisa, para que os resultados tenham validade científica, eles devem atender às
seguintes condições: coerência, consistência, originalidade e objectivação.
Os dados e informações necessárias para a realização do estudo foram obtidos de fontes
primárias e secundárias. As fontes primárias compreenderam os documentos privados
produzidos pela empresa, especificamente os relatórios de demonstrações financeiras,
emitidos nos anos de 2012, 2013 e 2014. Os relatórios foram obtidos pelo pesquisador junto à
empresa, directamente no departamento de Contabilidade, sem imposição de limites ou
barreiras.
As fontes secundárias consistiram do levantamento bibliográfico realizado para estruturação e
elaboração do referencial teórico que ampara o estudo. Os dados bibliográficos foram
colectados de forma organizada e previamente planeada e são compostos por artigos
científicos publicados em revistas especializadas e periódicos, dissertações, teses,
publicações, livros.
As técnicas utilizadas ao longo de toda a pesquisa foram as análises documentais e de
conteúdo, baseadas nos objectivos propostos no estudo, na fundamentação teórica.
3.4. População e Tamanho da amostra
Para desenvolver o estudo de caso único escolheu-se uma Pequena empresa ligada a abertura
de furos de água, sediada na cidade de Nampula, onde o pesquisador pode obter rápido e fácil
acesso aos dados, visto que dessa forma pode-se chegar a uma maior profundidade nas
questões examinadas.
A amostra pode ser classificada como não probabilística por conveniência, contudo ressalta-se
que o pesquisador, julga que a empresa estudada é representativa no universo das PE’s, uma
28
vez que, esta encontra-se registada e legalmente constituída e actua no mercado há mais de 10
anos. Neste estudo não houve informante, pois a pesquisa concentrou-se nas análises dos
documentos privados produzidos pela empresa.
3.5. Ferramentas da Análise e Softwares Usados
De referir, que será usado como ferramentas de análise o método dos rácios, pois é um
instrumento de apoio a análise financeira e gestão financeira, que permite quantificar e
explicar os factos da vida de uma empresa, contribuindo para uma análise objectiva da sua
situação económico-financeira num determinado período de tempo. No que concerne a
softwares usados, as previsões serão determinadas a partir das resoluções de cálculos em
planilhas do software Excel.
CAPITULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Introdução
Esta sessão é destinada à análise dos dados obtidos através do estudo de caso da empresa
pesquisada. A pesquisa concentrou-se na análise dos relatórios financeiros da empresa,
emitidos nos anos de 2010, 2011 e 2012.
4.3. Analise Vertical e Horizontal das Demonstrações Financeiras
4.3.1. Analise Vertical do Balanço Patrimonial
Com base a análise vertical feita as demonstrações financeiras da empresa em estudo, neste
caso o balanço patrimonial, foi possível verificar que, em 2012 o activo liquido da empresa
compreendia a 30,34% do activo total sendo porém elevado para 33,59% em 2013 e 46,96%
para 2014 (Vide apêndice B). Em 2013, houve uma redução nas contas de existências e
consequente aumento de contas a receber.
Quanto ao activo permanente, não se pode dizer o mesmo, visto que durante os três anos em
análise, verificou-se uma redução geral. Para 2012, 2013 e 2014, as percentagens constatadas
mostram que activo era de 69,66%, 66,41% e 59,04% respectivamente (Vide Apêndice B). Há
que salientar que este facto é influenciado pelas amortizações feitas nos activos permanentes.
29
No passivo, notou-se uma ligeira diminuição de 58,82% em 2012 para 46,13% em 2013, o
mesmo também para 34,38% para o ano 2014. Esta redução é gerada pela amortização do
Empréstimo Bancário efectuado anualmente a uma taxa de 18% (Vide Anexo A).
4.3.2. Analise Horizontal do Balanço Patrimonial
Na análise horizontal feita, evidencia-se na estrutura do activo uma redução no ano 2013 para
95,48%, quando comparado com o ano base (ano 2012). Esta redução foi influenciada pela
amortização do activo permanente bem como a redução do activo corrente, nas rubricas
disponibilidades, aplicações financeiras e existências.
Em 2014, houve uma recuperação em 9,76%, passando a ter uma percentagem de 109,76% do
activo total em relação ao ano 2012. Esta situação foi gerada porque registou-se aumento nas
vendas, o que influenciou directamente no activo corrente em destaque na rubrica de
disponibilidades. (Vide apêndice B).
No passivo, verificou-se uma redução para os dois anos seguintes ao ano base, com os
seguintes indicadores, 86,66% e 74,25% para os respectivos anos (2013 e 2014).
3.2.3. Analise Vertical da Demonstração de Resultados
A análise vertical mostra que os custos das mercadorias apresentaram um comportamento
oscilante. Teve uma queda no ano 2013 (34,47%) e aumentou ligeiramente em 2014 para
35,52%. Com isso podemos concluir que as despesas vêm aumentando de acordo a receita.
(Vide Apêndice C).
O mesmo comportamento se verificou quanto as despesas operacionais. Mas para as despesas
financeiras, não houve nenhuma alteração. Importa salientar que o cenário descrito acima, se
repetiu para as demais rubricas. (Vide Apêndice C).
3.2.4. Analise Horizontal da Demonstração de Resultado
A análise horizontal feitas as demonstrações de resultados, mostra que as receitas aumentaram
no período em análise, sendo que em 2013 era de 101,12% que passou para 138,70% no ano
2014, quando comparado ao ano base.
O resultado das vendas impactou positivamente no lucro bruto, visto que em 2013 foi de
103,66% tendo superado em 3,66% em relação ao ano base. (vide apêndice C).
30
Em 2014, verificou-se uma superação do lucro bruto em 37,88% quanto comparado ao ano
base. Em contrapartida, as despesas apresentaram um comportamento decrescente no ano
2013 e crescente para o ano 2014. (vide apêndice C).
Quanto ao lucro antes de impostos, verificou-se que este sofreu um reflexo directo da
tendência tanto das despesas bem como das receitas, sendo que em 2013 registou-se uma
queda para 90,82%, cenário revertido no ano 2014 para 218,42.
3.3. Analise das Demonstrações Financeiras Através dos Índices Financeiros
3.3.1. Índices de Liquidez
 Índice de Liquidez Geral
Representa quanto a empresa possui no Activo Circulante e Realizável a Longo Prazo para
cada 1,00Mt de dívida total. Quanto maior for à liquidez geral, melhor é para a empresa.
Na visão de Hoji (2010) esse índice representa a capacidade que a empresa tem em pagar suas
dívidas a longo prazo. Se o resultado do índice for superior a 1,00Mt significa que ela possui
bens e direitos suficientes para liquidar seus compromissos financeiros. Porém se der menor
do que 1,00Mt, a empresa apresenta problemas financeiros no curto prazo.
Gráfico 1: Indices de Liquidez
31
Fonte: Elaborado pelo autor
Assim para a empresa em análise apresenta índices de liquidez geral menor que 1,00Mt,
sendo 0,60 para o ano 2012, 0,73 para o ano 2013 e uma marca de 1,37 para o ano 2014, o
que mostra que em termos de capacidade que as empresas têm a pagar suas dívidas a longo
prazo foi insuficiente para os anos 2012 e 2014, isto é, apresentaram problemas financeiros.
Mas, para o ano 2014, mostrou um equilibrou considerável com 0,37 acima do aceitável.
 Índice de Liquidez Seca
Representa quanto à empresa possui de Activo Líquido para cada 1,00Mt de Passivo
Circulante (dívidas a curto prazo). Quanto maior for o índice de liquidez seca, melhor é para a
empresa.
Conforme Begalli e Perez Jr. (2009) O Índice da Liquidez Seca é derivado da Liquidez
Corrente e demonstra a capacidade que a empresa tem de pagar suas dívidas a curto prazo,
mesmo que a empresa não consiga vender seus stocks. No caso se o quociente for 2,00Mt de
direitos para cada 1,00Mt de obrigações, significa que, mesmo sem vender seus stocks a
empresa consegue cumprir com suas obrigações de curto prazo.
O resultado encontrado através do Índice de Liquidez Seca indica que a empresas em estudo,
tem a capacidade de cumprirem com as suas obrigações de curto prazo, visto que tem o índice
de liquidez seca maior que 2,00Mt tanto em 2012 como em 2013 e 2014. Dai, conclui-se que
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
9.00
10.00
2012 2013 2014
LIQUIDEZ CORRENTE 9.13 6.30 8.89
LIQUIDEZ SECA 5.25 4.11 5.96
LIQUIDEZ GERAL 0.60 0.73 1.37
32
a situação financeira da empresa é boa, isso porque a mesma conseguem cumprir com todos
os seus compromissos financeiros de curto prazo.
3.3.2. Índices de Actividade
Foram constatados alguns aspectos quanto ao prazo médio de recebimento. Em 2012
rondavam em 42,48 dias após a concessão de credito aos seus clientes. Para o ano 2013,
verificou um aumento para 108,52 dias. Este cenário implicou muito na entrada de fluxo de
caixa da empresa. Para o ano 2014, o prazo médio de recebimento que havia disparado em
2013, veio a reduzir para 86,46 dias, o que influenciou na entrada de divisas para a empresa.
Gráfico 2: Indices de Actividade
Fonte: Elaborado pelo autor
Quanto ao prazo médio de pagamento, é considerável visto que em qualquer empresa para que
possa ter uma boa entrada de caixa, para que possa honrar com os seus compromissos. Assim
sendo, quanto ao prazo médio, embora seja verificado uma oscilação, a empresa encontra-se
com uma boa política, receber cedo e pagar tarde.
3.3.3. Índice de Endividamento e Estrutura do Capital
Os índices de endividamento mostram que a empresa utilizou em 2012 mais capital de
terceiros, do que em 2013 e 2014. Tanto a relerão capital de terceiros/capital próprio, quanto
ao endividamento geral, mostram aumento na utilização e dependência de recursos externos,
no ano 2012, cenário este revertido nos anos 2013 e 2014.
0.00
50.00
100.00
150.00
200.00
250.00
2012 2013 2014
PRAZO MEDIO DE RECEBIMENTO 42.48 108.52 86.46
PRAZO MEDIO DE PAGAMENTO 129.14 205.36 160.39
33
Gráfico 3: Indices de Endividamento e estrutura do Capital
Fonte: Elaborado pelo autor
Como é sabido, a utilização de capital de terceiros acarreta custos acrescidos para a empresa,
no pagamento ou amortização do capital emprestado. Nestas condições, é melhor usufruir do
capital de terceiros, não acima de 50% do seu capital próprio, para que no momento da falta
de liquidez, os seus activos possam cobrir as obrigações.
Para o imobilizado e recursos permanentes, verificou-se um decrescimento, causado pela
amortização dos activos.,
3.3.4. Índice de Rendibilidade
A margem de contribuição bruta decresceu de 2013 a 2014. Neste ano houve um grande nos
custos das vendas, influenciando negativamente o lucro bruto e, consequentemente a margem
bruta. Devido ao aumento das despesas operacionais, verificou-se uma queda no ano 2013 e
um aumento em 2014 do lucro operacional, o que influenciou muito na margem líquida, que
também teve o mesmo comportamento, conforme é representado no gráfico a seguir:
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
2012 2013 2014
Capital Terceiros/Capital proprio 103% 86% 52%
Endividamento Geral 51% 46% 34%
Imob. e Rec. Permanentes 142% 123% 81%
34
Gráfico 4: Indices de Rendibilidade
Fonte: Elaborado pelo autor
Quanto a rendibilidade do património líquido, verificou-se que para os anos 2012 e 2014,
manteve-se constante num percentual de 6%, sendo para o ano 2014, registado um aumento
para 10%. Em relação ao giro do activo total, registou-se um crescimento na ordem de 27%,
28% e 34% para os seguintes anos 2012, 2013 e 2014 respectivamente. Quanto a
rentabilidade do activo, em relação aos anos em análise, verificou-se que em 2013, registou-se
uma queda, causados pela redução dos activos durante o ano analisado.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2012 2013 2014
Margem Bruta 65% 67% 64%
Margem Operacional 49% 47% 50%
Margem Liquida 12% 11% 19%
Rent. Do Patrim. Liquido 6% 6% 10%
Giro do Activo Total 27% 28% 34%
Rent. Do Activo 10% 9% 13%
RENDIBILIDADE
35
CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO
5.1. Conclusão
Diante de mudanças tão rápidas no macro e microambiente em que as empresas estão
inseridas, os gestores precisam estar atentos e envolvidos na implementação de estratégias que
visam o alcance de objectivos e do crescimento organizacional. E, através da análise das
demonstrações financeiras, uma organização consegue fornecer aos seus gestores informações
técnicas importantes para o processo de tomada de decisões futuras e propor soluções para
melhorar o que não estiver de acordo com as metas financeiras inicialmente estabelecidas,
bem como diagnosticar possíveis pontos a serem melhorados.
Em vista do exposto, pode-se concluir que a análise das demonstrações contabilísticas, pode
ser utilizada como ferramenta de avaliação de desempenho das demonstrações financeiras de
uma empresa permitindo, dessa forma, que se possa avaliar a situação económica, financeira e
patrimonial da entidade, possibilitando dessa maneira, determinar o valor da mesma.
Evidentemente, existem outros modelos de projecção utilizados pelo mercado, que não foram
contemplados neste trabalho.
A análise dos indicadores financeiros de uma entidade pode contribuir com as decisões de
seus múltiplos usuários. Estes, pessoas de natureza física e/ou jurídica, como os acionistas, os
gestores, os fornecedores, os clientes, os credores, os concorrentes e o governo, possuem
necessidades diversas e buscam parâmetros adequados para direcionar suas decisões. Para
isso, as empresas precisam adotar indicadores que permitam interpretar os resultados de forma
objetiva, de maneira a auxiliar na formação de opinião pública, tanto interna como externa à
entidade. Porém, ressaltam que não é mais adequada a utilização de medidas financeiras
tradicionais de mensuração e de avaliação de desempenho, citando, dentre outros exemplos de
restrições mais evidentes, o foco quantitativo e centrado na realidade passada e a tentativa de
projeções do passado para o futuro. Complementam que a probabilidade de insucesso é
elevada e que é necessário o desenvolvimento de novas ferramentas para dar suporte à
medição de desempenho.
Assim, pelas peculiaridades e pela relevância desse setor na economia do país e pela
importância de retratar e verificar o comportamento dos indicadores financeiros desse ramo,
devido à alteração na legislação, o que pode auxiliar seus diversos usuários em suas tomadas
de decisão, esta pesquisa se justifica. Justifica-se ainda, pela necessidade de estabelecer
36
padrões que permitam fazer análises e comparações entre as empresas, por meio de um
referencial único. Esse setor também foi escolhido pela disponibilidade de informações da
fonte de dados utilizada neste trabalho
37
5.2. Sugestões
Depois de uma análise dos dados constatou-se que a empresa não tem feito a analise de
demonstracoes financeiras. Dai que, sugere-se a Water Sistem Consulting o seguinte:
 Depois de alaborar as demonstracoes financeiras, devem fazer uma analise financeira
para verificar o desempenho da empresa no periodo, o que permitirá comparar com os
exercicios anterios bem como com outras entidades do mesmo ramo.
Sendo um tema não esgotado na sua abordagem, para as futuras pesquisa, sugere-se o
seguinte:
 Abordar sobre instrumentos de análise financeira para as Pequenas empresas;
 Abordar sobre a relevância da análise financeira nas pequenas e media
empresas.
38
Bibliografia
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.
FERNANDES, Carla.; PEGUINHO, Cristina.; VIERA, Elisabete.; NEIVA, Joaquim. Analise
Financeira: Teoria e Pratica. 1. Ed. Lisboa, 2012
FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas,
1992.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2010.
HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada,
estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade. Técnicas de Pesquisa, 5ª Ed., São
Paulo, Atlas, 2003.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e
Gerencial. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PEREZ JUNIOR, J. H., BEGALLI, G. A. Elaboração e análise das demonstrações contábeis.
4ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PINHO, Carlos Santos, TAVARES, Susana. Análise Financeira e de Mercados. Lisboa: Área
editora, 2005.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 27º Ed. São Paulo: Saraiva 2010.
RICHARDSON, Robert Jarry e colaboradores, Pesquisa Social: Métodos e Técnicas, edição
revista aplicada, Atlas, 3ª edição, 1999.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica, 6ª ed. São Paulo, Editoras Atlas S.A 2009.
39
SÁ, António Lopes de. Introdução à Análise dos Balanços. 1. ed. Tecnoprint, 1991.
SILVA Edna Lúcia, e MENEZES Estera Muszkat, Metodologia da pesquisa e Elaboração da
Dissertação 3ª ed. revisada e actualizada, Florianopolis, Brasil 2001.
SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações
Contábeis. 2º Ed. São Paulo: Atlas 2010.
TRIVINOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas,
1987.

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Monografia análise das demonstrações financeiras como instrumento de verificação da situação financeira nas pe’s

  • 1. 10 Nome: Sergio Alfredo Macore / 2016 Contacto: +258 846458829 Email: Sergio.macore@gmail.com CAPITULO I: INTRODUÇÃO 1.1. Introdução A presente monografia é subordinada ao tema: Análise das demonstrações financeiras como instrumento de verificação da situação financeira nas PE’s: Estudo de Caso da Water Sistem Consulting, 2012-2014. Através do tempo, vem sendo comprovado que a sociedade depende de registos contabilísticos e económico-financeiro para obter bons desempenhos quer no campo governamental, empresarial ou mesmo familiar. Hoje esses conceitos são fortes aliados aos
  • 2. 11 gestores financeiros, fornecendo aos mesmos relatórios que podem ser analisados e a partir daí diagnosticar a situação financeira da empresa. Assim, a Gestão Financeira é fundamental para que as empresas sejam bem-sucedidas e sustentáveis buscando a perpetuidade. Um dos focos principais desse estudo é abordar a análise financeira das demonstrações financeiras, seu papel dentro de uma empresa. Visto que, a análise por meio de índices financeiros é ferramenta ideal para se ter o controlo mais adequado para as tomadas de decisões nas empresas. Através dos indicadores financeiros é possível comparar uma organização com outras do mesmo segmento e até de segmentos diferentes de mercado, estabelecendo critérios de avaliação do desempenho entre as empresas. Os indicadores também podem ser utilizados para comparar o desempenho da empresa. Contudo, percebe-se que cada empresa tem por definida uma missão a qual é realizada através do seu posicionamento competitivo no mercado. A estratégia da empresa centra-se precisamente sobre estes posicionamentos. Deste modo a estratégia competitiva pretende fazer com o crescimento da empresa seja, pelo menos semelhante ao do mercado onde se encontra a competir, deste modo à taxa de crescimento das vendas deve acompanhar ou exceder a taxa de crescimento esperada para o mercado. Sendo viável o uso de projecção de vendas, a qual é a segunda componente de análise deste trabalho. 1.2. Objectivos da pesquisa 1.2.1. Geral  Evidenciar a importância da Gestão Financeira nas PE’s, através da análise financeira das demonstrações financeiras para verificação da situação financeira. 1.2.2. Específicos  Identificar as razões que levam muitas PE’s a não fazerem a análise das demonstrações financeiras produzidas por elas;
  • 3. 12  Descrever a importância que análise das demonstrações financeira desempenha na verificação da situação financeira das PE’s;  Fazer uma análise financeira das demonstrações financeiras para verificar a situação financeira da Water Systmes Consulting. 1.3. Justificativa A escolha do tema em estudo teve como pressupostos importância das informações geradas pela análise financeira na tomada de decisões e também como elemento de análise do desempenho financeiro das empresas em determinado período. Justifica-se também por demonstrar a importância da análise financeira como instrumento que deve ser utilizado para auxiliar às tomadas de decisões nas PE’s, uma vez que ajudam na verificação da situação da empresa. A escolha do tema também baseou-se no conhecimento adquirido durante a assistência das aulas da cadeira de Gestão Financeira, quando se abordava sobre a Análise das Demonstrações Financeiras, e também, deriva da grande importância que a análise financeira tem no processo de tomada de decisão, pois ela é de suma importância para uma empresa que pretende evoluir, uma vez que através dela obtêm-se informações importantes sobre sua posição económica e financeira. 1.4. Problema de Pesquisa No cenário moçambicano, muitas das PE’s não tem feito o uso das análises das demonstrações financeiras, para que lhes auxiliem no processo de tomada de decisões. Muitos dos proprietários bem como alguns gestores existentes nas PE’s alegam que fazer uma análise financeira tem sido muito difícil, e requer muito tempo. E também nota-se que muitos dos contabilistas que fazem ou elaboram as demonstrações financeiras nas PE’s, não tem feito adicionalmente a análise financeira, por falta de domínio ou porque é de difícil interpretação das informações geradas por este instrumento. Diante desses factos, a questão que se levanta é a seguinte:  Que contributo a análise financeira como instrumento de verificação de desempenho pode trazer paras as PE’s? 1.5. Hipóteses
  • 4. 13 A análise de demonstrativos contabilísticos se caracteriza pela extracção, transformação e condensação, usando-se diversas técnicas, de uma grande massa de dados em informações úteis e relevantes ao processo de decisão. A análise das demonstrações financeiras deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limitações. De acordo com Iudícibus (1998), a análise, por um lado, mais aponta problemas do que indica soluções e, por outro, pode se transformar num painel de controlo a ser utilizado pela Administração. A análise limitada a um exercício apenas é pouco reveladora. Assim, é interessante se ter também dados de Exercícios anteriores. Segundo a questão levantada, propõe-se as seguintes hipóteses:  Analise financeira como instrumento de verificação de desempenho nas PE’s contribui para que elas conheçam a sua posição económico-financeira actual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras.  Analise financeira servem como identificadores que demonstram a potencialidade da empresa, mostrando qual a liquidez da empresa de dispor de recursos para saldar suas dívidas, qual o endividamento da empresa com terceiros, qual o retorno sobre os investimentos. 1.6. Estrutura do Trabalho O tema é explanado em cinco capítulos: O primeiro é a introdução que apresenta o contexto, a problematização, os objectivos, as hipóteses e as questões de pesquisa. O capítulo subsequente tem como título: Revisão da Literatura, nele procura-se definir os conceitos chaves deste trabalho de modo a que o leitor seja capaz de seguir a discussão, tomando como base a compreensão dos conceitos segundo o autor. O terceiro capítulo, faz da metodologia usada para a realização do presente trabalho. Foca o tipo de pesquisa, as técnicas utilizadas para a recolha de dados, o universo da pesquisa e a amostra entre outros aspectos relevantes, que visualizam como o trabalho foi elaborado. O quarto capítulo, aborda sobre a análise e interpretação de dados, através de um estudo de caso da empresa Water Sistem Cnsulting. Neste capítulo, visualiza-se a compilação dos dados e a análise dos mesmos para possível ilação de conclusões subjacentes ao tema em abordagem. Finalmente, no quinto e último capitulo, são apresentadas as conclusões e as recomendações.
  • 5. 14 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Introdução Nesta seção é apresentada a base teórica para fundamentar o estudo e propiciar melhor compreensão sobre o tema. 2.2. Analise Financeira 2.2.1. Conceito de Analise Financeira
  • 6. 15 Analisar significa transformar as demonstrações contabilísticas em partes de forma que melhor se interprete os seus elementos. Interessa conhecer primordialmente dois aspectos do património, quais sejam, o económico e o financeiro. A situação económica diz respeito à aplicação do capital e seu retorno e a situação económica diz como a empresa está em relação a seus compromissos financeiros. (FRANCO 1992, p. 93). Conforme entendimento de Silva (2010, p. 6), análise financeira “consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que a afectam financeiramente, com o objectivo de verificar sua performance económico-financeira.” Como dados financeiros disponíveis, pode-se incluir demonstrações contabilísticas, programas de investimentos, projecções de vendas e projecção de fluxo de caixa, por exemplo. Como condições endógenas, analisa-se estrutura organizacional, capacidade gerencial e nível tecnológico da empresa. Como condições exógenas, relaciona-se os factores de ordem política e económica, concorrência e fenómenos naturais, entre outros. Desse modo, a análise financeira transcende as demonstrações contabilísticas. As demonstrações contabilísticas são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo como objectivo principal subsidiar a tomada de decisão. Estão implícitos que devemos trabalhar com informações de boa qualidade para chegarmos a um relatório de análise com o esmero necessário. Análise das demonstrações contabilísticas, segundo Iudicibus (2009, p. 20) é: "a arte de saber extrair relações úteis, para o objectivo económico que tivermos em mente, dos relatórios contabilísticos tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso". Para SA (1991, p. 16) "Análise contabilística é um estudo das partes dos demonstrativos para conhecer-se uma situação ou diversas situações de uma empresa". A análise das demonstrações contabilística é um processo que objectiva ultrapassar as fronteiras dos dados e relatórios obtidos pela contabilidade, transformando dados em informações úteis e de fácil entendimento, que possam facilitar a vida de empresários, gerentes e demais gestores (MATARAZZO, 2003, p.18). De acordo com Perez Junior e Begalli (2009, p.57) a “análise das demonstrações financeiras extrai o máximo possível de informações, através da interpretação dos dados disponibilizados
  • 7. 16 pelas demonstrações contabilísticas e financeiras, tratadas em conformidade com as premissas contabilísticas”. Sua principal finalidade é fornecer informações precisas para os credores e investidores tomarem decisões. Para Assaf Neto (2000, p. 35) “a análise de balanços visa relatar, com base nas informações contabilísticas fornecidas pelas empresas, a posição económico-financeira actual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futura.” Em outras palavras, através da análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, sobre a posição actual, e fornece subsídios para a projecção da posição futura da empresa. Matarazzo (2003, p. 1) afirma que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.” As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contabilística. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto melhores informações produzir. A análise das Demonstrações Contabilísticas, portanto, têm por objectivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os factores antecedentes e determinantes da situação actual, e, também, servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa. Conforme Assaf Neto (2000) a principal característica que norteia a análise de balanços é a comparação. Comparam-se valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Quando uma conta ou grupo de contas é tratado isoladamente não retrata adequadamente a importância do valor apresentado e menos ainda seu comportamento ao longo do tempo. A esse processo de comparação, indispensável ao conhecimento da situação de uma empresa, é representado pela análise horizontal e análise vertical. A Análise das Demonstrações Contabilísticas tem como escopo verificar a evolução ou involução das situações financeira e económica da entidade. Matarazzo (2003, p. 22) afirma que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões”. As Demonstrações Contabilísticas fornecem uma quantidade de dados
  • 8. 17 relativos a empresa e através da Análise de Balanços é possível transformar estes dados em informações úteis aos usuários. É importante ressaltar que a análise das demonstrações contabilística, amplamente aceite no meio académico e empresarial, compreende duas categorias distintas:  A Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade de solvência; e  A Análise Económica, que possibilita a interpretação das variações do património e da riqueza gerada por sua movimentação. A análise económica e financeira consiste numa metodologia, ou conjunto de técnicas e processos previamente determinados que apoiam o gestor no momento de definição de políticas, acções e metas que compõem o planeamento estratégico da organização. Tanto a análise financeira quanto a económica, são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário. Conforme Fernandes et al. (2012, p.23) Analise Financeira esta vocacionada para a recolha de informação de cariz eminentemente económico-financeiro, para o seu tratamento e o seu estudo, de forma a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base para a tomada de decisões por parte dos gestores financeiros. Por conseguinte, a análise visa determinar em que medida são conseguidos os objectivos gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas integrantes da função financeira. Quando feita internamente, é vista numa perspectiva previsional e voltada para o controlo de gestão. 2.2.2. Utilizadores da Análise Financeira O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio à tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto essencial de comunicação entre a empresa e o meio envolvente.
  • 9. 18 Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas respectivas necessidades da informação:  Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as medidas corretoras da situação financeira ou económica financeira.  Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe proporciona. Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à aquisição, manutenção, ou venda de uma determinada participação numa empresa.  Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a probabilidade de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes adiantamentos ou estão muito dependentes de uma determinada empresa.  Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo, preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas datas de vencimento.  Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e os obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.  Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados em analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar oportunidades de emprego.  Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais (tributação) e para fins de elaboração de estatísticas. 2.2.3. Técnicas de Análise A Análise das Demonstrações Contabilísticas surgiu por motivos práticos e alguns índices surgiram e permanecem em uso até hoje. Com o passar dos tempos as técnicas foram aprimoradas, e, hoje são utilizados modernos conhecimentos de estatística e matemática. Segundo Matarazzo (2003), merecem especial atenção os estudos sobre o uso de Análise de Balanços na previsão de insolvências.
  • 10. 19 A análise das demonstrações financeira, é feita essencialmente a partir da análise horizontal e vertical e dos índices. Conforme Ribeiro (2010) a Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser usadas em conjunto e servem para complementar as observações efectuadas através da Análise por Quocientes. Enquanto a Análise por Quocientes apresenta dados que resultam da comparação entre itens ou grupos da DRE e BP, as Análises Vertical e Horizontal dão mais detalhes, envolvem todos os itens das demonstrações, e revelam falhas responsáveis pelas situações de anormalidade. 2.2.3.1. Análise Vertical Conforme Ribeiro (2010, p. 173): A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas Análise por Coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a percentagem de participação de cada elemento no conjunto. De acordo Gitman (2010) a Análise Vertical tem por objectivo determinar a relevância de cada uma das contas em relação ao total. No BP toma-se por base o capital total e calcula-se a participação relativa de cada conta. Na DR o valor base é o valor da Receita Operacional Líquida. Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo. Na análise do Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a base de calculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total que o Activo). Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados. 2.2.3.2. Análise Horizontal
  • 11. 20 A Análise horizontal para Gitman (2010, p.60) Tem por objectivo demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contabilísticas em períodos consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando se horizontalmente ao longo dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores. A Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta ao longo de períodos seguidos e permitir conclusões a respeito da empresa. 2.2.3.3. Rácios Financeiros e Económicos A análise Económica - financeira a partir do método dos rácios, consiste fundamentalmente no estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações financeiras. Ao estabelecer a relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação bastante mais expressiva do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor absoluto. A análise das demonstrações financeiras dedica-se ao cálculo e interpretação dos índices, de modo a avaliar o desempenho passado e presente das organizações, permitindo que sejam feitas projecções. A partir da obtenção dos índices, pode-se compara-los com outros que tenham relevância para a organização (concorrentes, estatísticos, financeiros). A análise dos rácios permite aos empresários medir quais as fraquezas e as forças económicas - financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas (PINHO e TAVARES, 2005) A seguir são apresentados alguns rácios que permitirão a análise das demonstrações financeiras nas organizações: 2.2.3.3.1. Rácios Financeiros Índices de Liquidez: Segundo Matarazzo (2003), os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa. São índices que confrontam os Activos Circulantes com as Dividas, procurando medir quão sólida é a base financeira da empresa.
  • 12. 21 Liquidez geral ou Índice de Liquidez corrente - expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo. Um valor inferior a 1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria para o pagamento das obrigações. A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo `a medida que vencem. Englobam o relacionamento entre contas do Balanço Patrimonial; Mostram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos, principalmente os de curto prazo. Índice de Liquidez Seca: Elimina o risco associado à incerteza da venda de stocks. Ou seja Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez da empresa. Confronta o activo circulante com o passivo circulante, porém o activo circulante não é considerado na sua totalidade. Os stocks são subtraídos. Esta subtracção é uma forma de eliminar riscos de realização desse activo. Podemos considerá-lo como um índice mais rígido e até com excesso de conservadorismo, pois os stocks foram avaliados adequadamente. Solvabilidade total - expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos com terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o valor do património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa. Um valor inferior a 1, significa que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus compromissos com meios próprios. Autonomia financeira - expressa a participação do capital próprio no financiamento da empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais alheios. Um valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira. corrente)(PassivoCPdeDividas CirculanteActivo GeralLiquidez  corrente)(PassivoCPdeDividas Stocks-CirculanteActivo SecaLiquidez  TotalPassivo ProprioCapital TotaladeSolvabilid 
  • 13. 22 Dependência financeira ou endividamento geral - expressa a participação dos capitais alheios no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de autonomia + Rácio de dependência = 1 Índice de Cobertura de Juros: mede a capacidade de efectuar os pagamentos de juros previstos em contrato. 2.2.3.3.2. Rácios Económicos Na concepção de Gitman (2010), há inúmeras medidas de rentabilidade para uma empresa, dessa maneira devem-se avaliar os lucros que a mesma obteve em relação as suas vendas, activos ou investimentos dos proprietários. A empresa deve ter lucro, pois, se não tiver, ela não atrairá capital externo. Rendibilidade do capital próprio ou Retorno do Capital Próprio (ROE) - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao accionista avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com outras remunerações oferecidas no mercado de capitais. Rendibilidade do activo total ou Retorno do Activo Total (ROA) - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do investimento realizado. LiquidoActivo ProprioCapital FinanceiraAutonomia  TotalActivo Passivo FinanceiraaDependenci  Juros RendadeImpostoeJurosdeAntesJuros JurosdeCoberturadeIndece  ProprioCapital LiquidoResultado proprioCapitaldeadeRendibilid  LiquidoActivo LiquidoResultado TotalActivodoadeRendibilid 
  • 14. 23 Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o valor das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária de vendas. Rotação do activo total - relaciona o valor das vendas com o activo total da empresa. Mede o grau de eficácia na utilização dos activos. Margem de lucro Bruto- Relaciona o lucro bruto com as vendas líquidas. Evidencia basicamente o percentual das vendas líquidas que não foi consumido pelos custos de produção onde aquisição das mercadorias e serviços. Segundo Hoji (2010, p. 92). “é utilizada para o controle dos custos e avalia a capacidade dos sectores produtivos das empresas industriais e prestadoras de serviços e de compras e armazenamento das empresas comerciais”. Margem de Lucro Operacional - Confronta o lucro operacional com as vendas líquidas. Será voltada para o controle do volume das despesas operacionais e para medida do desempenho dos sectores de administração e de vendas. Margem de Lucro Liquido - Confronta o lucro líquido do período com as vendas líquidas. Nessa margem, além do resultado financeiro, também são incluídos os resultados não- operacionais. Indica o quanto restou da receita gerada pela empresa após a dedução de todos os custos, gastos e despesas incorridos pela empresa. Será a margem de lucro sobre as vendas. Estabelece o percentual de lucro líquido em cada unidade monetária vendida. Vendas LiquidoResultado VendadasadeRendibilid  TotalActivo Vendas TotalActivodoRotacao  VendasLucrobruto/ Vendas vendidosProdutosdosCusto-Vendas brutoLucrodeMargem  Vendas loperacionaLucro lOperacionaLucrodeMargem  Vendas ordinariossaccionistaaosdisponivelLucro LiquidoLucrodeMargem 
  • 15. 24 Lucro por Acção: 2.2.3.3.3. Rácios de Funcionamento Prazo médio de pagamento, ou idade média das contas a pagar, é calculado da mesma maneira que o prazo médio de recebimento. Prazo médio de recebimentos: Uma forma simples de calcular o tempo médio de recebimentos (medido em dias ou meses), consiste em dividir o valor que os clientes devem à empresa num determinado momento pelo valor das vendas anuais. Para obter o rácio em dias multiplica-se o valor por 365; para obter o valor em meses multiplicamos por 12. A fórmula deste rácio é a seguinte: No cálculo deste rácio, normalmente, o saldo de clientes obtido a partir dos dados da contabilidade, inclui o IVA, enquanto, o valor das vendas é líquido deste imposto. Para corrigir eventuais distorções no cálculo e análise deste rácio, devemos adicionar o IVA ao denominador. 2.2.4. Instrumentos Base da Análise Financeira É tarefa da Análise Económica e Financeira examinar, de forma detalhada, os dados financeiros relativos a uma determinada empresa. Os instrumentos base da análise financeira tende a ser essencialmente a informação financeira divulgadas pelas empresas e de mais organizações, de natureza maioritariamente contabilística, mas também de natureza extra contabilística, desde que se revele importante para o objectivo pretendido. Segundo Ribeiro (2010, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contém dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema OrdinariasAccoesdeNr ordinariossaccionistaaosdisponivelLucro (LPA)AccaoporLucro  pagar/360)a(conpras:pagaraContas MediasDiariasCompras pagaraContas pagamentodeMedioPrazo  X365 Vendas Clientes oRecebimentdeMedioPrazo 
  • 16. 25 contabilístico de uma entidade.” Os registos contabilísticos realizados periodicamente pelas empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações Financeiras. As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam suas operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os aspectos fortes e fracos apresentados em suas actividades operacionais e não operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão. CAPITULO III: METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1. Introdução Neste capítulo pretende-se destacar alguns aspectos importantes no que concerne a metodologia usada na recolha dos dados, tal como o método e tipo de pesquisa, técnicas de recolha de dados, local e período da pesquisa e o tratamento dos respectivos dados. Lakatos e Marconi (2003, p. 83) destacam a importância dos métodos científicos, e afirmam que sem os quais, não há ciência. Os autores definem método como “o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. 3.2. Tipo e Natureza de Pesquisa Richardson et al. (1989, p.44) afirmam que, de forma ampla, pode-se classificar a pesquisa em dois grandes métodos: o quantitativo e o qualitativo Acrescentam que esses métodos são diferenciados pela forma de abordagem do problema e que para a escolha do método a ser aplicado no estudo, o pesquisador deve considerar, principalmente, a natureza do problema e o nível de aprofundamento a ser dado à pesquisa. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa é Quantitativa. Pois ela considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas
  • 17. 26 estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.). Seguindo a tipologia de pesquisa proposta por Gil (2007), esta pesquisa é classificada como exploratória quanto aos seus objectivos, pois este estudo “ [...] tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito [...]”. A pesquisa exploratória possui um planeamento flexível e, geralmente, é desenvolvida através da pesquisa bibliográfica, de entrevistas com pessoas que tiveram experiência relacionada ao problema pesquisado e da análise de exemplos que facilitem a compreensão (GIL, 2007). Ruiz (2009, p. 116) conceitua método como uma forma de seleccionar técnicas e de avaliar alternativas para a acção científica. Assinala ainda que enquanto as técnicas aplicadas por um pesquisador provêm das suas decisões, o modo pelo qual essas decisões são tomadas depende das suas regras de decisão. Dessa forma, o autor considera que métodos são regras de escolha e técnicas são as próprias escolhas. Para Lakatos e Marconi (2003, p. 163), a selecção do instrumental metodológico relaciona-se directamente relacionado ao problema a ser estudado e a sua escolha depende da natureza dos fenómenos, o objecto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e demais elementos que possam surgir ao longo do processo de investigação. Fundamentando-se no objectivo geral da pesquisa, decidiu-se adoptar, como estratégia investigativa, o estudo de caso, pois nessa estratégia, segundo Gil (2007, p. 38): “O pesquisador explora profundamente um programa, um ou mais indivíduos, um evento, uma actividade ou um processo. Os casos são relacionados pelo tempo e pela actividade, e os pesquisadores colectam informações detalhadas usando vários procedimentos de colecta de dados durante umperíodo de tempo prolongado.” Trivinõs (1987, p. 67), defende que o estudo de caso é caracterizado pela análise profunda e exaustiva de uma determinada realidade, de forma a possibilitar amplo e detalhado conhecimento. O autor afirma que esse tipo de estudo talvez seja um dos mais relevantes para a pesquisa qualitativa.
  • 18. 27 3.3. Dados da Pesquisa De acordo com Ruiz (2009:138) “técnica de recolhas de dados corresponde diversos procedimentos ou a utilização de diversos recursos peculiares a cada objecto de pesquisa dentro das diversas etapas, ou seja, a técnica, e a instrumentalização específica da acção” Para Silva e Menezes (2001, p. 33), a definição do instrumento de colecta de dados dependerá dos objectivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. Trivinõs (1987, p. 45) salienta que, independentemente da técnica de colecta de dados a ser aplicada na pesquisa, para que os resultados tenham validade científica, eles devem atender às seguintes condições: coerência, consistência, originalidade e objectivação. Os dados e informações necessárias para a realização do estudo foram obtidos de fontes primárias e secundárias. As fontes primárias compreenderam os documentos privados produzidos pela empresa, especificamente os relatórios de demonstrações financeiras, emitidos nos anos de 2012, 2013 e 2014. Os relatórios foram obtidos pelo pesquisador junto à empresa, directamente no departamento de Contabilidade, sem imposição de limites ou barreiras. As fontes secundárias consistiram do levantamento bibliográfico realizado para estruturação e elaboração do referencial teórico que ampara o estudo. Os dados bibliográficos foram colectados de forma organizada e previamente planeada e são compostos por artigos científicos publicados em revistas especializadas e periódicos, dissertações, teses, publicações, livros. As técnicas utilizadas ao longo de toda a pesquisa foram as análises documentais e de conteúdo, baseadas nos objectivos propostos no estudo, na fundamentação teórica. 3.4. População e Tamanho da amostra Para desenvolver o estudo de caso único escolheu-se uma Pequena empresa ligada a abertura de furos de água, sediada na cidade de Nampula, onde o pesquisador pode obter rápido e fácil acesso aos dados, visto que dessa forma pode-se chegar a uma maior profundidade nas questões examinadas. A amostra pode ser classificada como não probabilística por conveniência, contudo ressalta-se que o pesquisador, julga que a empresa estudada é representativa no universo das PE’s, uma
  • 19. 28 vez que, esta encontra-se registada e legalmente constituída e actua no mercado há mais de 10 anos. Neste estudo não houve informante, pois a pesquisa concentrou-se nas análises dos documentos privados produzidos pela empresa. 3.5. Ferramentas da Análise e Softwares Usados De referir, que será usado como ferramentas de análise o método dos rácios, pois é um instrumento de apoio a análise financeira e gestão financeira, que permite quantificar e explicar os factos da vida de uma empresa, contribuindo para uma análise objectiva da sua situação económico-financeira num determinado período de tempo. No que concerne a softwares usados, as previsões serão determinadas a partir das resoluções de cálculos em planilhas do software Excel. CAPITULO IV: ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 4.1. Introdução Esta sessão é destinada à análise dos dados obtidos através do estudo de caso da empresa pesquisada. A pesquisa concentrou-se na análise dos relatórios financeiros da empresa, emitidos nos anos de 2010, 2011 e 2012. 4.3. Analise Vertical e Horizontal das Demonstrações Financeiras 4.3.1. Analise Vertical do Balanço Patrimonial Com base a análise vertical feita as demonstrações financeiras da empresa em estudo, neste caso o balanço patrimonial, foi possível verificar que, em 2012 o activo liquido da empresa compreendia a 30,34% do activo total sendo porém elevado para 33,59% em 2013 e 46,96% para 2014 (Vide apêndice B). Em 2013, houve uma redução nas contas de existências e consequente aumento de contas a receber. Quanto ao activo permanente, não se pode dizer o mesmo, visto que durante os três anos em análise, verificou-se uma redução geral. Para 2012, 2013 e 2014, as percentagens constatadas mostram que activo era de 69,66%, 66,41% e 59,04% respectivamente (Vide Apêndice B). Há que salientar que este facto é influenciado pelas amortizações feitas nos activos permanentes.
  • 20. 29 No passivo, notou-se uma ligeira diminuição de 58,82% em 2012 para 46,13% em 2013, o mesmo também para 34,38% para o ano 2014. Esta redução é gerada pela amortização do Empréstimo Bancário efectuado anualmente a uma taxa de 18% (Vide Anexo A). 4.3.2. Analise Horizontal do Balanço Patrimonial Na análise horizontal feita, evidencia-se na estrutura do activo uma redução no ano 2013 para 95,48%, quando comparado com o ano base (ano 2012). Esta redução foi influenciada pela amortização do activo permanente bem como a redução do activo corrente, nas rubricas disponibilidades, aplicações financeiras e existências. Em 2014, houve uma recuperação em 9,76%, passando a ter uma percentagem de 109,76% do activo total em relação ao ano 2012. Esta situação foi gerada porque registou-se aumento nas vendas, o que influenciou directamente no activo corrente em destaque na rubrica de disponibilidades. (Vide apêndice B). No passivo, verificou-se uma redução para os dois anos seguintes ao ano base, com os seguintes indicadores, 86,66% e 74,25% para os respectivos anos (2013 e 2014). 3.2.3. Analise Vertical da Demonstração de Resultados A análise vertical mostra que os custos das mercadorias apresentaram um comportamento oscilante. Teve uma queda no ano 2013 (34,47%) e aumentou ligeiramente em 2014 para 35,52%. Com isso podemos concluir que as despesas vêm aumentando de acordo a receita. (Vide Apêndice C). O mesmo comportamento se verificou quanto as despesas operacionais. Mas para as despesas financeiras, não houve nenhuma alteração. Importa salientar que o cenário descrito acima, se repetiu para as demais rubricas. (Vide Apêndice C). 3.2.4. Analise Horizontal da Demonstração de Resultado A análise horizontal feitas as demonstrações de resultados, mostra que as receitas aumentaram no período em análise, sendo que em 2013 era de 101,12% que passou para 138,70% no ano 2014, quando comparado ao ano base. O resultado das vendas impactou positivamente no lucro bruto, visto que em 2013 foi de 103,66% tendo superado em 3,66% em relação ao ano base. (vide apêndice C).
  • 21. 30 Em 2014, verificou-se uma superação do lucro bruto em 37,88% quanto comparado ao ano base. Em contrapartida, as despesas apresentaram um comportamento decrescente no ano 2013 e crescente para o ano 2014. (vide apêndice C). Quanto ao lucro antes de impostos, verificou-se que este sofreu um reflexo directo da tendência tanto das despesas bem como das receitas, sendo que em 2013 registou-se uma queda para 90,82%, cenário revertido no ano 2014 para 218,42. 3.3. Analise das Demonstrações Financeiras Através dos Índices Financeiros 3.3.1. Índices de Liquidez  Índice de Liquidez Geral Representa quanto a empresa possui no Activo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada 1,00Mt de dívida total. Quanto maior for à liquidez geral, melhor é para a empresa. Na visão de Hoji (2010) esse índice representa a capacidade que a empresa tem em pagar suas dívidas a longo prazo. Se o resultado do índice for superior a 1,00Mt significa que ela possui bens e direitos suficientes para liquidar seus compromissos financeiros. Porém se der menor do que 1,00Mt, a empresa apresenta problemas financeiros no curto prazo. Gráfico 1: Indices de Liquidez
  • 22. 31 Fonte: Elaborado pelo autor Assim para a empresa em análise apresenta índices de liquidez geral menor que 1,00Mt, sendo 0,60 para o ano 2012, 0,73 para o ano 2013 e uma marca de 1,37 para o ano 2014, o que mostra que em termos de capacidade que as empresas têm a pagar suas dívidas a longo prazo foi insuficiente para os anos 2012 e 2014, isto é, apresentaram problemas financeiros. Mas, para o ano 2014, mostrou um equilibrou considerável com 0,37 acima do aceitável.  Índice de Liquidez Seca Representa quanto à empresa possui de Activo Líquido para cada 1,00Mt de Passivo Circulante (dívidas a curto prazo). Quanto maior for o índice de liquidez seca, melhor é para a empresa. Conforme Begalli e Perez Jr. (2009) O Índice da Liquidez Seca é derivado da Liquidez Corrente e demonstra a capacidade que a empresa tem de pagar suas dívidas a curto prazo, mesmo que a empresa não consiga vender seus stocks. No caso se o quociente for 2,00Mt de direitos para cada 1,00Mt de obrigações, significa que, mesmo sem vender seus stocks a empresa consegue cumprir com suas obrigações de curto prazo. O resultado encontrado através do Índice de Liquidez Seca indica que a empresas em estudo, tem a capacidade de cumprirem com as suas obrigações de curto prazo, visto que tem o índice de liquidez seca maior que 2,00Mt tanto em 2012 como em 2013 e 2014. Dai, conclui-se que 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 9.00 10.00 2012 2013 2014 LIQUIDEZ CORRENTE 9.13 6.30 8.89 LIQUIDEZ SECA 5.25 4.11 5.96 LIQUIDEZ GERAL 0.60 0.73 1.37
  • 23. 32 a situação financeira da empresa é boa, isso porque a mesma conseguem cumprir com todos os seus compromissos financeiros de curto prazo. 3.3.2. Índices de Actividade Foram constatados alguns aspectos quanto ao prazo médio de recebimento. Em 2012 rondavam em 42,48 dias após a concessão de credito aos seus clientes. Para o ano 2013, verificou um aumento para 108,52 dias. Este cenário implicou muito na entrada de fluxo de caixa da empresa. Para o ano 2014, o prazo médio de recebimento que havia disparado em 2013, veio a reduzir para 86,46 dias, o que influenciou na entrada de divisas para a empresa. Gráfico 2: Indices de Actividade Fonte: Elaborado pelo autor Quanto ao prazo médio de pagamento, é considerável visto que em qualquer empresa para que possa ter uma boa entrada de caixa, para que possa honrar com os seus compromissos. Assim sendo, quanto ao prazo médio, embora seja verificado uma oscilação, a empresa encontra-se com uma boa política, receber cedo e pagar tarde. 3.3.3. Índice de Endividamento e Estrutura do Capital Os índices de endividamento mostram que a empresa utilizou em 2012 mais capital de terceiros, do que em 2013 e 2014. Tanto a relerão capital de terceiros/capital próprio, quanto ao endividamento geral, mostram aumento na utilização e dependência de recursos externos, no ano 2012, cenário este revertido nos anos 2013 e 2014. 0.00 50.00 100.00 150.00 200.00 250.00 2012 2013 2014 PRAZO MEDIO DE RECEBIMENTO 42.48 108.52 86.46 PRAZO MEDIO DE PAGAMENTO 129.14 205.36 160.39
  • 24. 33 Gráfico 3: Indices de Endividamento e estrutura do Capital Fonte: Elaborado pelo autor Como é sabido, a utilização de capital de terceiros acarreta custos acrescidos para a empresa, no pagamento ou amortização do capital emprestado. Nestas condições, é melhor usufruir do capital de terceiros, não acima de 50% do seu capital próprio, para que no momento da falta de liquidez, os seus activos possam cobrir as obrigações. Para o imobilizado e recursos permanentes, verificou-se um decrescimento, causado pela amortização dos activos., 3.3.4. Índice de Rendibilidade A margem de contribuição bruta decresceu de 2013 a 2014. Neste ano houve um grande nos custos das vendas, influenciando negativamente o lucro bruto e, consequentemente a margem bruta. Devido ao aumento das despesas operacionais, verificou-se uma queda no ano 2013 e um aumento em 2014 do lucro operacional, o que influenciou muito na margem líquida, que também teve o mesmo comportamento, conforme é representado no gráfico a seguir: 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 140% 160% 2012 2013 2014 Capital Terceiros/Capital proprio 103% 86% 52% Endividamento Geral 51% 46% 34% Imob. e Rec. Permanentes 142% 123% 81%
  • 25. 34 Gráfico 4: Indices de Rendibilidade Fonte: Elaborado pelo autor Quanto a rendibilidade do património líquido, verificou-se que para os anos 2012 e 2014, manteve-se constante num percentual de 6%, sendo para o ano 2014, registado um aumento para 10%. Em relação ao giro do activo total, registou-se um crescimento na ordem de 27%, 28% e 34% para os seguintes anos 2012, 2013 e 2014 respectivamente. Quanto a rentabilidade do activo, em relação aos anos em análise, verificou-se que em 2013, registou-se uma queda, causados pela redução dos activos durante o ano analisado. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 2012 2013 2014 Margem Bruta 65% 67% 64% Margem Operacional 49% 47% 50% Margem Liquida 12% 11% 19% Rent. Do Patrim. Liquido 6% 6% 10% Giro do Activo Total 27% 28% 34% Rent. Do Activo 10% 9% 13% RENDIBILIDADE
  • 26. 35 CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO 5.1. Conclusão Diante de mudanças tão rápidas no macro e microambiente em que as empresas estão inseridas, os gestores precisam estar atentos e envolvidos na implementação de estratégias que visam o alcance de objectivos e do crescimento organizacional. E, através da análise das demonstrações financeiras, uma organização consegue fornecer aos seus gestores informações técnicas importantes para o processo de tomada de decisões futuras e propor soluções para melhorar o que não estiver de acordo com as metas financeiras inicialmente estabelecidas, bem como diagnosticar possíveis pontos a serem melhorados. Em vista do exposto, pode-se concluir que a análise das demonstrações contabilísticas, pode ser utilizada como ferramenta de avaliação de desempenho das demonstrações financeiras de uma empresa permitindo, dessa forma, que se possa avaliar a situação económica, financeira e patrimonial da entidade, possibilitando dessa maneira, determinar o valor da mesma. Evidentemente, existem outros modelos de projecção utilizados pelo mercado, que não foram contemplados neste trabalho. A análise dos indicadores financeiros de uma entidade pode contribuir com as decisões de seus múltiplos usuários. Estes, pessoas de natureza física e/ou jurídica, como os acionistas, os gestores, os fornecedores, os clientes, os credores, os concorrentes e o governo, possuem necessidades diversas e buscam parâmetros adequados para direcionar suas decisões. Para isso, as empresas precisam adotar indicadores que permitam interpretar os resultados de forma objetiva, de maneira a auxiliar na formação de opinião pública, tanto interna como externa à entidade. Porém, ressaltam que não é mais adequada a utilização de medidas financeiras tradicionais de mensuração e de avaliação de desempenho, citando, dentre outros exemplos de restrições mais evidentes, o foco quantitativo e centrado na realidade passada e a tentativa de projeções do passado para o futuro. Complementam que a probabilidade de insucesso é elevada e que é necessário o desenvolvimento de novas ferramentas para dar suporte à medição de desempenho. Assim, pelas peculiaridades e pela relevância desse setor na economia do país e pela importância de retratar e verificar o comportamento dos indicadores financeiros desse ramo, devido à alteração na legislação, o que pode auxiliar seus diversos usuários em suas tomadas de decisão, esta pesquisa se justifica. Justifica-se ainda, pela necessidade de estabelecer
  • 27. 36 padrões que permitam fazer análises e comparações entre as empresas, por meio de um referencial único. Esse setor também foi escolhido pela disponibilidade de informações da fonte de dados utilizada neste trabalho
  • 28. 37 5.2. Sugestões Depois de uma análise dos dados constatou-se que a empresa não tem feito a analise de demonstracoes financeiras. Dai que, sugere-se a Water Sistem Consulting o seguinte:  Depois de alaborar as demonstracoes financeiras, devem fazer uma analise financeira para verificar o desempenho da empresa no periodo, o que permitirá comparar com os exercicios anterios bem como com outras entidades do mesmo ramo. Sendo um tema não esgotado na sua abordagem, para as futuras pesquisa, sugere-se o seguinte:  Abordar sobre instrumentos de análise financeira para as Pequenas empresas;  Abordar sobre a relevância da análise financeira nas pequenas e media empresas.
  • 29. 38 Bibliografia ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. FERNANDES, Carla.; PEGUINHO, Cristina.; VIERA, Elisabete.; NEIVA, Joaquim. Analise Financeira: Teoria e Pratica. 1. Ed. Lisboa, 2012 FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas, 1992. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. HOJI, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2010. IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Mariana de Andrade. Técnicas de Pesquisa, 5ª Ed., São Paulo, Atlas, 2003. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. PEREZ JUNIOR, J. H., BEGALLI, G. A. Elaboração e análise das demonstrações contábeis. 4ed. São Paulo: Atlas, 2009. PINHO, Carlos Santos, TAVARES, Susana. Análise Financeira e de Mercados. Lisboa: Área editora, 2005. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 27º Ed. São Paulo: Saraiva 2010. RICHARDSON, Robert Jarry e colaboradores, Pesquisa Social: Métodos e Técnicas, edição revista aplicada, Atlas, 3ª edição, 1999. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica, 6ª ed. São Paulo, Editoras Atlas S.A 2009.
  • 30. 39 SÁ, António Lopes de. Introdução à Análise dos Balanços. 1. ed. Tecnoprint, 1991. SILVA Edna Lúcia, e MENEZES Estera Muszkat, Metodologia da pesquisa e Elaboração da Dissertação 3ª ed. revisada e actualizada, Florianopolis, Brasil 2001. SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações Contábeis. 2º Ed. São Paulo: Atlas 2010. TRIVINOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1987.