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CONEXÃO 
FILIADO À 
E3DIÇÃO SE4AS EXCESSIVAS 
CARGAS HORÁRIAS 
NA ENFERMAGEM 
#34 | 2º MESTRE DE 2014 ARTIGO CIENTÍFICO 
Educação a distância no 
contexto da graduação em 
Enfermagem 
SEESP EM CAMPO 
Homenagem ao Dia do 
Enfermeiro, Mesas de 
Negociação, entre outros 
PERFIL 
Enfermeira Ritsuko Tanida
ARTIGO CIENTÍFICO A
EDITORIAL 
SEESP EM CAMPO 04 
JURÍDICO 08 CARREIRA 20 
PERFIL 10 
REPORTAGEM 17 
CIDADANIA 14 
MOBILIZAÇÃO 24 
ARTIGO CIENTÍFICO 
( DESTACÁVEL ) 
CONEXÃO 
ÍNDICE 
Caro(a) leitor(a), 
Receber salários justos, que supre as 
necessidades, e com isso, abram as portas da 
dignidade, não é um luxo, é um direito o qual 
todos os homens têm garantido por lei. 
“Quem trabalha tem direito a uma 
remuneração equitativa e satisfatória, que 
lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e 
completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social”, Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, artigo 23. 
Ter uma remuneração adequada é criar caminhos para que os trabalhadores 
possam ter uma vida confortável, colhendo os frutos do empenho do exercício 
da sua profissão. Por isso, O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São 
Paulo (SEESP), juntamente de seus diretores, segue com a campanha salarial 
2014/2015, que possui, além de outras várias reivindicações, um aumento real 
de 10% sobre o salário já corrigido. 
Somos contra a visão de uma remuneração não meritória, onde o trabalhador é 
visto apenas como um gasto necessário. O profissional é a essência de qualquer 
empresa. Na saúde, os enfermeiros são protagonistas indispensáveis para que 
haja qualidade no tratamento e assistência ao paciente. E para conquistar salários 
mais justos e compatíveis, o SEESP negocia incessantemente acordos com os 
sindicatos patronais garantindo melhorias e mais benefícios. 
Nesta campanha, destaca-se também a importância da regulamentação da 
jornada de trabalho em 30 horas semanais. Precisamos combater as cargas de 
trabalho excessivas as quais os profissionais estão sendo submetidos. 
Não podemos deixar os enfermeiros à mercê de um mercado de trabalho que 
marginaliza e sucateia a mão de obra. Por isso, lutamos para unir os profissionais. 
Juntos, somos mais fortes para batalhar por salários justos, pela jornada de 
trabalho de 30h e cobrar das autoridades os nossos direitos. A luta da categoria 
não pode enfraquecer! 
Um forte abraço, 
Solange Caetano 
DIRETORIA 
PRESIDENTA 
SOLANGE CAETANO 
SECRETARIA GERAL 
ELAINE LEONI 
SECRETARIA DE FINANÇAS 
JOSEFA BEZERRA DO VALE 
SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS 
ANA LUCIA FIRMINO 
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA 
NATANAEL COSTA 
WWW.SEESP.COM.BR 
PRESIDENCIA@SEESP.COM.BR 
SEDE SÃO PAULO 
RUA RONDINHA, 72 – CHÁCARA INGLESA 
CEP 04140-010 | (11) 2858-9500 
SUBSEDE BAURU 
RUA XV DE NOVEMBRO, 3-70 – CENTRO 
CEP 17015-010 90 | (14) 3227-7867 
SUBSEDE RIBEIRÃO PRETO 
RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 868 – CENTRO 
CEP 14010-100 | (16) 3234-9500 
SUBSEDE TAUBATÉ 
RUA SILVA JARDIM, 366 – CENTRO 
CEP 12030-090 | (12) 3631-4485 
SUDSEDE SOROCABA 
RUA CESÁRIO MOTA, 482- CENTRO 
CEP 18035-200 | (15) 3233-1115 
SUBSEDE PRESIDENTE PRUDENTE 
R. ULISSES RAMOS DE CASTRO, 268 – BOSQUE 
CEP 019010-100 | (18) 3222-5248 
SUBSEDE SANTOS 
EM REVITALIZAÇÃO 
JORNALISTA RESPONSÁVEL 
VANESSA RIBOLDI - MTB 58463 / SP 
PROJETO GRÁFICO 
AGÊNCIA MOVI BRASIL 
DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL 
VANESSA RIBOLDI 
REDAÇÃO 
VANESSA RIBOLDI 
JANDERSON DIFANTI 
ASSESSORIA GRÁFICA 
THYL PRODUÇÃO GRÁFICA 
TIRAGEM: 40 MIL EXEMPLARES
SEESP EM CAMPO 
HOMENAGEM AO DIA DO ENFERMEIRO E A SEMANA DA 
4 
SEESP REALIZA TRADICIONAL ATO SOLENE EM 
Sindicato dos Enfermeiros 
do Estado de São Paulo 
(SEESP) realizou, em maio, mais uma 
edição do tradicional Ato Solene em 
Homenagem ao Dia do Enfermeiro 
e a Semana da Enfermagem, na 
Assembleia Legislativa do Estado de 
São Paulo. 
Com apoio da deputada 
estadual Sarah Munhoz 
(PCdoB-SP), o evento lotou o 
Auditório Franco Montoro de 
profissionais de enfermagem, 
ENFERMAGEM 
familiares e amigos que foram 
prestigiar os homenageados 
da noite. 
A mesa de abertura, 
composta pelas deputadas 
estaduais Sarah Munhoz 
(PCdoB-SP), Leci Brandão 
(PCdoB-SP), pelo chefe de 
gabinete do deputado estadual 
Marcos Martins (PT-SP), 
Amauri Lima, pela diretora 
da Federação Nacional dos 
Enfermeiros (FNE), Elisabete 
Guse, pelo diretor da 
Confederação Nacional dos 
Trabalhadores em Seguridade 
Social (CNTSS), Ademir Portilho 
Proni e pela presidente do 
Sindicato dos Enfermeiros do 
Estado de São Paulo (SEESP) 
e presidente da FNE, Solange 
Caetano, teve unanimidade no 
discurso sobre importância do 
trabalhador da enfermagem 
nos atendimentos de saúde 
e, principalmente, nas árduas 
lutas pela categoria, em 
especial, a regulamentação 
da jornada de trabalho em 30 
horas semanais. 
Homenageados: 44 
profissionais foram agraciados 
pelo SEESP com Prêmio Anna 
Nery, por sua dedicação a 
enfermagem e histórias de vida 
e carreira com destaque nos 
hospitais em que trabalham. 
Os músicos Janos Babicsak 
e Sandro fizeram uma 
apresentação musical também 
em prestígio aos presentes. 
“Muitas vezes o enfermeiro 
não imagina que seu trabalho 
é reconhecido, pois a correria 
do dia-a-dia não permite que 
esse profissional perceba o 
quanto sua dedicação garante 
a satisfação e alegria do 
paciente e de seus familiares. 
Ver no rosto de cada um desses 
profissionais, a surpresa e 
a emoção de receber uma 
singela homenagem, faz 
com que tenhamos a certeza 
que representa-lo e lutar por 
seus direitos é a nossa maior 
missão. E temos o maior 
orgulho disso!”, finalizou 
Solange Caetano. 
O SEESP entende que os 
profissionais de enfermagem 
devem ser valorizados por 
sua dedicação incansável na 
construção de uma saúde mais 
digna para todos os brasileiros. 
O
SEESP EM CAMPO 
5 
CONFIRA OS HOMENAGEADOS DE 2014 
Hospital Santa Catarina 
Euclydes D. Garcia Florentino 
Hospital Estadual de 
Sapopemba 
Cyntia Kakiuchi Muhlpointner 
Hospital do Servidor 
Público Municipal 
Beatriz Fátima Preto 
Hospital Municipal 
Pimentas Bonsucesso 
Nanci Danielle de Sá 
Hospital Municipal Doutor 
José Soares Hungria 
Ruthléa de Deus Teixeira 
Hospital Estadual de 
Franco da Rocha 
Bruna Coimbra Rodrigues 
Hospital Municipal de 
Barueri 
Carlos Alberto Araujo 
Hospital Geral de 
Pedreira 
Adriana Maria Moreira 
Hospital Estadual Mario 
Covas de Santo André 
Quitéria C. da Silva Torres 
Hospital Santa Virgínia 
Emilia Maria Gomes Dantas 
Hospital Sírio Libanês 
Jeovah Jerônimo Ferreira 
Hospital Municipal São 
Luiz Gonzaga 
Evelyn Custódio Gama 
Hospital A.C. Camargo 
Paula Christina de S.Simões 
Hospital do Servidor 
Público Municipal 
Alice Moreira de C. Silva 
Hospital Geral de Itapevi 
Adalha M. de Jesus Barbosa 
Hospital Municipal Doutor 
Arthur Ribeiro de Saboya 
Cleonice Costa Novais 
Hospital Beneficência 
Portuguesa de São Paulo 
Cleide Maria F. da Silva Zorze 
Hospital Municipal de 
Jandira 
Hiroko Iwahashi Seraphim 
Hospital Oswaldo Cruz 
Lindolfo de Oliveira Santos 
Conjunto Hospitalar do 
Mandaqui 
Neusa Aparecida Cardoso 
Santa Casa de São Paulo 
Carmen Lúcia Cleto Arneiro 
Hospital Sírio Libanês 
Dayse Maioli Garcia 
Hospital Anchieta 
Maria Vanusa de S.Lemos 
Hospital Geral de 
Pirajussara 
Ana Maria da Silva 
Hospital São Vicente de 
Paula 
Valéria Regina Martins 
Hospital Sírio Libanês 
Maria Bernadete M.Souza 
Hospital Beneficência 
Portuguesa de São 
Caetano do Sul 
Teresa Cristina S.Papini 
Hospital Cruz Azul 
Marcia Maria Gasperini Melo 
Hospital São Cristóvão 
Andressa Lopes Bernardo 
Hospital Municipal 
Carmino Carichio 
Joana de Lourdes da Silva 
Hospital Santa Marcelina 
Andréia Alves da S. Soncini 
Fundação ABC/HMU 
Maria Ap. Riva de Andrade 
Hospital Maternidade 
Leonor Mendes de Barros 
Irene Batista dos Santos 
Pró Saúde de Campo 
Limpo Paulista 
Mônica de Paula M. Silva 
Santa Casa de Suzano 
Aline Cristina M. da Silva 
Hospital Vila Maria 
Edimara Dias 
Hospital Maternidade 
Leonor Mendes de Barros 
Maria Isabel Mota da Silva 
Hospital de Clínicas 
Municipal de São 
Bernardo do Campo 
Adriano Rodrigues de Sousa 
Complexo Hospitalar 
Edmundo Vasconcelos 
Jacqueline Siqueira Mendes 
Ambrozi 
Instituto do Coração do 
Hospital das Clínicas 
Ritsuko Tanida 
Hospital Estadual de 
Diadema 
Maria Inês da Costa 
Hospital Municipal 
Carmino Carichio 
Maria Paula Vitale Fragoso 
Hospital Geral do 
Guaianazes 
Vanli Araujo de Oliveira 
SPDM 
Hosana Alves Moreira
SEESP EM CAMPO 
6 
PALESTRAS SEMANA DE ENFERMAGEM 
CAMPANHA SALARIAL: O SEESP REALIZA REUNIÕES 
COM OS ENFERMEIROS 
Sindicato dos Enfer-meiros 
do Estado de 
São Paulo (SEESP) já deflagrou 
mais uma campanha salarial 
realizando assembleias com 
os enfermeiros em todo o Es-tado 
para debater as 93 cláu-sulas 
que poderão ser firma-das 
em Convenção Coletiva 
de Trabalho (CCT) com vigên-cia 
2014/2015. 
Entre as cláusulas já 
comumente asseguradas, 
o SEESP pleiteia o aumento 
real de 10% sobre o salário 
já corrigido e a jornada 
máxima de trabalho em 30 
horas semanais. Adicionou-se 
também o item que garante 
aos enfermeiros e enfermeiras 
o direito a dispensa de, pelo 
menos, ½ dia de trabalho 
por ano para realização de 
exames de prevenção ao 
câncer de próstata e mama, 
respectivamente. 
A data-base dos 
enfermeiros – período em que 
os sindicatos dos trabalhadores 
e os patronais firmam as CCTs 
e que também é utilizada 
como referência na aplicação 
dos direitos acordados – é 1º 
de setembro. 
É importante ressaltar 
que, de acordo com a Lei 
nº 7.238/84, o empregado 
que foi dispensado sem justa 
causa no mês que antecedeu 
a sua data-base tem direito 
a receber o valor de 01 (um) 
salário contratual como 
indenização. 
“Os enfermeiros precisam 
ficar atentos aos seus direitos. 
Caso não haja o cumprimento 
por parte da instituição 
os trabalhadores devem 
procurar o Sindicato para 
que possamos orienta-los e, 
se for necessário, ingressar 
com ação judicial”, reforçou 
Solange Caetano, presidente 
do SEESP. 
SEESP participou das 
comemorações da 
Semana de Enfermagem em 
vários municípios do Estado, 
levando para as instituições 
assuntos que foram apresentados 
em diversas palestras. 
Os profissionais de enfermagem 
acompanharam discussões de 
temas como: assédio moral, luta 
pela regulamentação da jornada 
de trabalho em 30 horas semanais, 
qualidade do exercício profissional 
e apresentações sobre o trabalho 
desenvolvido pelo SEESP. Este 
ano, os debates procuraram 
abranger temas que levassem ao 
conhecimento dos profissionais os 
seus direitos trabalhistas. 
“Nesta semana tão importante 
para a Enfermagem, o SEESP 
buscou levar para os trabalhadores 
informações e dicas para melhorar 
a qualidade do trabalho, novidades 
e conscientização dos seus deveres 
e direitos”, lembrou Péricles 
Cristiano Flores, diretor do SEESP. 
“É preciso que os Enfermeiros 
se apoderem dos mesmos para 
saber o quê, como, quando, e 
onde reivindicar. Devemos lembrar 
que são os Sindicatos as entidades 
criadas para fazer a defesa dos 
profissionais”, ressaltou Péricles. 
Caso você tenha dúvidas 
trabalhistas, entre em contato com o 
SEESP pelo telefone: (11) 2858-9500. 
O 
O
7 
SEESP EM CAMPO 
SEESP APRESENTA REIVINDICAÇÕES 
À PREFEITURA DE SÃO PAULO 
A cordos sobre Plano 
de Cargos, Carreiras 
e Salários (PCCS) e da 
valorização dos profissionais de 
saúde são assuntos debatidos 
com a prefeitura através da 
Mesa Setorial de Negociação 
Permanente da Secretaria 
Municipal da Saúde de São 
Paulo, que objetiva contribuir 
para a democratização das 
relações de trabalho, realizando 
fóruns de debates entre gestores, 
prestadores de serviços privados 
e entidades sindicais, como o 
Sindicato dos Enfermeiros do 
Estado de São Paulo (SEESP). 
Há uma batalha pela 
aprovação de um Projeto de 
Lei que altera o regime de 
trabalho do emprego público 
da Autarquia Hospitalar 
Municipal (AHM) e do Hospital 
do Servidor Público Municipal 
(HSPM) para o regime 
estatutário, que reorganize 
o quadro dos colaboradores 
da saúde do Nível Superior e 
Técnico, e que crie um regime 
de remuneração por subsídio. 
O secretário municipal de 
Saúde, José Filippi Junior, já 
participou de reuniões com o 
intuito de ouvir as considerações 
dos profissionais a respeito do 
funcionalismo público. 
“É importante ter a 
participação dos trabalhadores 
nas negociações, pois eles 
sabem os problemas existentes e 
podem construir soluções para as 
questões apresentadas”, lembra 
Ana Firmino, diretora do SEESP. 
Trabalhadores da saúde 
municipal já chegaram a paralisar 
suas atividades por conta de não 
verem evolução das negociações 
e nenhuma modificação 
significativa do Projeto de Lei. 
O SEESP está visitando as 
autarquias da cidade, debatendo 
com os enfermeiros o PL que cria 
o PCCS no município. Se você 
tem alguma dúvida, envie um 
e-mail para presidencia@seesp. 
com.br ou entre em contato pelo 
telefone: (11) 2858-9500 
“Estamos debatendo um PL 
digno para o nosso setor, não 
podemos esmorecer agora. A 
luta é constante e precisamos 
batalhar arduamente para obter 
conquistas por melhorias”, 
completou Ana Firmino. 
SEESP NEGOCIA 24H DO 
SAMU EM SÃO PAULO 
Há muitos anos, enfermeiros 
do Serviço de Atendimento Móvel 
de Urgência (SAMU), trabalham 
24 horas semanais com plantões 
complementares distribuídos 
ao longo do ano para que se 
complete a carga de 30 horas. Só 
que esta forma de escalonamento 
pode não ser mais praticada. 
Subitamente, os profissionais 
foram informados que não seria 
mais permitida esta jornada, o 
que se realmente for proibido, irá 
desestabilizar a organização do 
serviço. 
O SEESP foi acionado para que 
pudesse intervir nesta mudança. 
Como entidade representativa na 
mesa de negociação da Prefeitura 
de São Paulo, o Sindicato entrou com 
discussões jurídicas e pesquisas de 
outros municípios que já adotaram e 
regulamentaram as 24h. 
“Conquistamos por meio de 
uma mesa de negociação, que 
não fosse alterada as escalas”, 
ressaltou Solange Caetano, 
presidente do SEESP. 
O SEESP propõe que este 
modelo de jornada realizada 
por enfermeiros do SAMU seja 
legalmente regulamentada. 
“Nossos argumentos provam 
que os escalonamentos e jornadas 
de 24 horas são práticas seguras 
e que organizam a assistência 
aos pacientes, finalizou Solange.
JURÍDICO 
8 
SEESP CONSEGUE ACORDO 
COLETIVO COM FAMESP 
A o perceber que a 
Convenção Coletiva 
de Trabalho (CCT) em 
vigência não estava sendo 
cumprida devidamente 
pela Fundação Para O 
Desenvolvimento Médico 
Hospitalar – FAMESP, que 
tem como unidade própria 
o SAE de Infectologia 
Domingo Alves Meira e 
convênios intervenientes 
com o Hospital das Clínicas 
de Botucatu, Hospital 
Estadual Bauru, Hospital 
Estadual Manoel de Abreu 
Bauru, UTI do Hospital Geral 
de Promissão, e os AME’s - 
Bauru, Tupã, Itapetininga e 
Ourinhos, o Sindicato dos 
Enfermeiros do Estado de 
São Paulo (SEESP) procurou 
a empresa para poder 
regulamentar a situação. 
Após assembleia com 
enfermeiros realizada pelo 
diretor Natanael da Costa, e 
várias mesas de negociação 
o SEESP conseguiu firmar 
um acordo coletivo por 
trabalho que é relacionado 
ao período de vigência de 
01de setembro 2013 a 31 de 
agosto 2014, estabelecendo 
correção salarial, piso para a 
categoria, adicional noturno, 
hora extra, entre outros 
benefícios. 
“O SEESP garantiu aos 
Enfermeiros que seus 
direitos fossem cumpridos. 
Este é o nosso papel, estar 
do lado do trabalhador. 
Em qualquer lugar do 
Estado que as Convenções 
não estiverem sendo 
cumpridas vamos batalhar 
para que o profissional 
não saia prejudicado”, 
comentou Solange 
Caetano, presidente do 
SEESP. 
SEESP FIRMA 
ACORDO COM 
SANTA CASA 
O Sindicato dos Enfermeiros 
do Estado de São Paulo (SEESP) 
realizou reunião de conciliação 
com a administração da 
Santa Casa de Misericórdia 
de Santo Amaro para discutir 
o cumprimento dos plantões 
realizados em feriados. 
De acordo com a Súmula 444, 
do Tribunal Superior do Trabalho, 
dispõe que “é válida, em caráter 
excepcional, a jornada de 12x36, 
prevista em lei ou ajustada 
exclusivamente mediante 
acordo coletivo de trabalho ou 
convenção coletiva de trabalho, 
assegurada a remuneração em 
dobro dos feriados trabalhados”, 
porém, esse direito não vinha 
sendo cumprido. 
Após acordo, determinou-se 
o ajuste das horas laboradas 
a partir de setembro 2013 e 
também estabeleceu-se que as 
homologações serão realizadas 
somente pelo SEESP (antes 
realizadas na DRT). O SEESP 
ainda analisou os demonstrativos 
apresentados pela Santa Casa 
referentes a regularização do 
depósito do FGTS. 
“Continuaremos em contato 
com os enfermeiros para garantir 
que os valores das horas extras 
sejam pagos e os demais direitos 
sejam cumpridos. Mas é de 
extrema importância que os 
profissionais entrem em contato 
conosco sempre que tiverem 
dúvidas trabalhistas e até mesmo 
sociais. O papel do SEESP é 
garantir que os enfermeiros 
estejam em condições adequadas 
para laborar”, finalizou Péricles 
Batista, diretor do SEESP.
JURÍDICO 
STF APROVA SÚMULA QUE GARANTE APOSENTADORIA 
Para o colaborador provar que trabalhou 
por 25 anos em alguma atividade considerada 
prejudicial à saúde é necessário apresentar 
o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), 
documento que faz a distinção das funções 
exercidas e os fatores nocivos dos quais o 
trabalhador foi exposto. CPF, documento 
de identidade e comprovante de residência 
também são solicitados. 
“O SEESP conta com uma equipe jurídica 
preparada para atender qualquer enfermeiro 
que sinta dificuldades com a solicitação e 
reconhecimento do benefício. É válido lembrar 
que, antes mesmo da súmula ser aprovada pelo 
STF, o SEESP já ingressava com ações desse tipo 
e conquistou esse direito para os enfermeiros do 
setor público”, afirmou Elaine Leoni, secretaria 
geral do SEESP. 
Caso você, enfermeiro da administração 
pública, esteja em tempo de se aposentar, procure 
o SEESP para ingressarmos com uma ação. 
9 
ESPECIAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS 
ministro Gilmar Mendes do Superior 
Tribunal Federal (STF) aprovou a 
O 
Proposta da Súmula Vinculante n.33, que agiliza 
o processo de aposentadoria especial decorrida 
de atividades consideradas insalubres para os 
servidores públicos. 
A Lei 8.213/91 já previa a aposentadoria 
especial para os profissionais do setor privado. 
Já os funcionários públicos tinham que ingressar 
com processo judicial, em que o poder público 
era obrigado a examinar a solicitação para 
poder conceder o benefício. 
Com a Súmula Vinculante 33, será possível 
garantir maior agilidade nas decisões a favor 
dos servidores. Caso o trabalhador ganhe o 
pedido de aposentadoria na primeira instância 
da Justiça e a administração pública recorra 
à decisão, a segunda instância vai negar a 
apelação, argumentando que a Corte máxima 
do Judiciário já tem um entendimento pacificado 
acerca do assunto.
ENFERMEIRA 
RITSUKO TANIDA 
CARISMA, AMOR PELA PROFISSÃO E ENTENDIMENTO POLÍTICO E TRABALHISTA 
SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ENFERMEIRA DOUTORA RITSUKO 
TANIDA. 
Brasileira, mas com leve sotaque japonês, ela foi 
homenageada pelo SEESP no Ato Solene em 
Homenagem ao Dia do Enfermeiro e a Semana da Enfermagem 
realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tem 
46 anos de profissão e não pensa em parar. 
Saiba mais sobre sua carreira no setor de pediatria do 
Instituto do Coração (InCor) e fatos marcantes da sua vida 
nessa entrevista. 
CONEXÃO SEESP – Por que você escolheu ser enfermeira? 
RITSUKO TANIDA – A vontade de ser enfermeira vem desde 
criança, de menina. Nós brincávamos muito, fazia curativo e a 
partir daí surgiu a vontade fazer enfermagem. Eu fazia o colegial 
e prestei o vestibular, passei e me formei em 1968. E na época, 
foi um ano de revolução social e política que nós vivemos uma 
ditatura militar, com o AI5*, etc. 
Logo que me formei, a diretora do Instituto Central (o InCor 
11 
QUANDO 
VOCÊ SAI DA 
FACULDADE TEM 
QUE “CORTAR 
O CORDÃO 
UMBILICAL”, MAS 
TEM AQUELE 
MEDO 
PERFIL
PERFIL 
ainda não existia), chamou 
as formandas, e eu falo 
formandas porque não tinha 
nenhum homem na turma, e 
prestamos um concurso. Eu fui 
direto para a terapia de diálise 
e era o primeiro aparelho de 
hemodiálise que tinha chegado 
no Hospital das Clínicas. E 
eu pensei: será que vou dar 
conta? Porque quando você sai 
da faculdade tem que “cortar 
o cordão umbilical”, mas tem 
aquele medo. Depois de um 
período eu fui para a unidade 
terapia intensiva de coronárias. 
12 
E avaliando hoje como 
que nós dávamos conta! Era 
uma enfermeira para seis 
pacientes! Depois na clínica, 
eram 91 leitos, sendo 6 de UTI, 
9 de pediatria e todos os demais 
divididos em clínica médica, 
cardiologia, pneumologia. 
CONEXÃO SEESP – E 
com relação a especialização? 
RITSUKO TANIDA – Eu 
sempre achei importante 
estarmos nos atualizando, 
fazendo cursos, porque a 
Enfermagem é uma profissão 
que você não pode parar. 
Todo profissional, na minha 
opinião, precisa ter uma visão 
ampla das coisas, não só ler 
sobre enfermagem. 
Eu sempre tive esse 
pensamento porque, por 
exemplo, se você pega uma 
criança desnutrida enquanto 
está no hospital recebe a 
dieta, os cuidados, e quando 
for pra casa? Por que ela é 
desnutrida? Essa visão que o 
profissional precisa ter. 
CONEXÃO SEESP 
– Como foi o seu contato 
com outros profissionais no 
decorrer da carreira? 
RITSUKO TANIDA – Na 
época, tinha muito preconceito. 
O atendente é atendente, 
auxiliar é auxiliar, o enfermeiro 
é enfermeiro. Não podia ter 
contato, discutindo entre os 
profissionais. Mas pra mim essa 
interação sempre foi muito 
normal, e eu aprendi muito com 
os faxineiros, os atendentes, os 
pacientes, os médicos, com os 
enfermeiros. Eu aprendi com 
todos os profissionais. 
CONEXÃO SEESP – As 
relações trabalhistas sempre 
foram assuntos inerentes na 
sua vida profissional. Conte-nos 
um pouco sobre isso. 
RITSUKO TANIDA – Eu 
sou filiada da Associação de 
Servidores do HC, depois 
veio o sindicato e começamos 
a nos mobilizar. A primeira 
greve aconteceu em 1978. E 
organizar greve em um hospital 
é muito complicado! Porque 
precisa ter uma organização 
para não ter negligências no 
pronto socorro, por exemplo, 
precisa manter o atendimento 
mínimo exigido por lei. 
E as vezes eu ouço 
pelos corredores o pessoal 
reclamando do “vale 
coxinha” (risos) e falo para 
o pessoal que se eles estão 
reclamando precisam ir 
batalhar porque eu fui uma 
das autoras desse benefício. 
CONEXÃO SEESP – Essa 
greve surgiu por conta de 
quais reivindicações? 
RITSUKO TANIDA – 
Salário e melhores condições 
de trabalho. Inclusive ainda 
tínhamos resquício da 
ditadura, a associação foi 
cercada por policiais. 
Foi uma greve total, 
todos aderiram, os funcionários 
do Hospital das Clínicas e os 
Servidores Públicos Estaduais, 
desde alunos até os médicos. 
CONEXÃO SEESP – 
Qual a sua opinião sobre 
o envolvimento político e 
sindical dos profissionais de 
enfermagem atualmente? 
RITSUKO TANIDA – Eu 
tenho a impressão que não há 
uma educação política desde a 
formação do profissional. 
Eu fui formada em uma 
época em que o país vivia 
esse movimento político, 
então talvez tenha facilitado 
no meu caso. Mas hoje em dia 
eu vejo que as pessoas vão 
do hospital pra casa, da casa 
para o hospital. 
Veja, a mãe que tem 
filho, ela tem direito a creche 
ou o auxílio financeiro. Quando 
eu tive filho, nós chamamos o 
coordenador da pediatria e 
um representante do Governo 
para reestruturar a creche, 
pois ela estava em situação 
precária. Nós panfletamos 
aqui no hospital chamando 
as mães a participarem desse 
projeto, de 100 mães, apenas 
3 ou 4 iam nas reuniões. 
Às vezes nem para o 
próprio benefício há o interesse. 
Enquanto o profissional 
está na liderança ele tem 
obrigação de saber e 
esclarecer. Em coisas simples, 
como uma compensação de 
atraso, por exemplo. Eu busco 
no dia-a-dia, nas situações 
corriqueiras, apresentar aos
PERFIL 
trabalhadores o que são seus 
direitos e deveres. 
CONEXÃO SEESP – 
Sobre a regulamentação da 
jornada de trabalho em 30 
horas semanais, a senhora 
tem acompanhado a luta pela 
aprovação do PL 2295/00? 
RITSUKO TANIDA – Eu 
acho muito importante. No 
dia da homenagem, quando 
foi abordado esse assunto, eu 
pensei o quanto isso vai mexer 
com os hospitais particulares. 
Porque muitos representantes 
no Poder Público são donos 
de hospitais. 
É muito cansativo, muito 
estressante. E no caso da 
mulher, ainda tem a jornada 
em casa. 
Agora, seis horas eu 
acho ideal. Mais do isso é 
muito estressante. Em uma 
terapia intensiva, aonde você 
assiste a questão da morte, por 
exemplo. E nós também não 
temos um apoio psicológico. 
Eu ouvi muito que “ah, 
você é enfermeira”, “você vai 
se tornar uma pessoa fria”. 
Quem disse que nós vamos 
nos tornando pessoas rígidas? 
Claro que não! Nós seguimos 
com a mesma sensibilidade. 
Se o pai perde um filho, se a 
mãe perde um filho, eu choro 
junto com eles. Tem coisa mais 
triste que isso? 
Mas lembrando que não 
só a regulamentação da jornada 
é importante, mas também a 
questão do piso salarial. 
CONEXÃO SEESP – E 
as atuações como enfermeira 
fora do Brasil? 
RITSUKO TANIDA – 
Em 2007, eu fui convidada 
pela Japan International 
Cooperation Agency (JICA) para 
trabalhar em Angola em uma 
parceria tripartite entre Angola, 
Japão e Brasil realizando um 
treinamento dos profissionais 
no Hospital Josina Machel 
depois da reestruturação física 
do hospital. 
Eu fui homenageada 
pela Embaixada de Relações 
Exteriores e no Centenário da 
Imigração Japonesa por conta 
desse trabalho. 
CONEXÃO SEESP – Com 
tantos anos de profissão a 
senhora deve ter histórias muito 
especiais com os pacientes. 
RITSUKO TANIDA – Eu 
prezo sempre pelo cuidado 
diferenciado. O paciente às 
vezes esquece meu nome, 
lembra da ‘enfermeira 
japonesa’ (risos), mas cria 
um envolvimento. 
Tive um paciente 
paraguaio, que foi 
transplantado do coração com 
menos de um ano de vida que 
me encontrou aqui no InCor 
com 19 anos e super saudável. 
Eles mandam fotos, 
cartas, e-mails, voltam para 
nos visitar. 
CONEXÃO SEESP – E a 
senhora pensa em parar? 
RITSUKO TANIDA – Sei 
que em algum momento eu 
vou ter que parar, mas não 
penso nisso. Não sei o que eu 
faria fora daqui. 
1978: Ritsuko conversa com os trabalhadores durante a assembleia 
EU TENHO A 
IMPRESSÃO 
QUE NÃO HÁ 
UMA EDUCAÇÃO 
POLÍTICA DESDE 
A FORMAÇÃO DO 
PROFISSIONAL
ENFERMAGEM ENTRA 
EM CAMPO NA COPA 
No mundial da FiFA que aconteceu em nosso país, 
apenas 0,2% dos 3,4 milhões de torcedores 
precisaram de cuidados médicos, segundo dados 
divulgados pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas 
da Saúde Nacional (CIOCS), do Ministério da Saúde. Quem 
foi conferir a competição pôde contar com assistência 
dentro e fora dos gramados de um time de profissionais 
em plantão durante todos os dias de jogos. 
Em São Paulo, grupos de resgates e emergências realizaram 
atividades e atendimentos no plano de contingência organizado 
pela Secretaria Estadual de Saúde. Unidades móveis de 
socorro e hospitais foram disponibilizados para atender 
a demanda e contaram com uma equipe especializada e 
treinada para tratar pessoas com possíveis acidentes, doenças, 
intoxicação por produtos nocivos, inclusive vítimas de ataques 
bioterrorista, ou terrorismo químico-biológico, como também 
é conhecido o ato de liberar de forma intencional e maldosa 
produtos químicos ou agentes infecciosos prejudiciais. Esses 
cuidados foram tidos pela visibilidade do evento, mesmo aqui 
CIDADANIA 
AFINAL DE 
CONTAS, SEM 
ENFERMAGEM 
NÃO SE FAZ SAÚDE 
14
CIDADANIA 
15 
sendo um país sem histórico 
de ataques deste tipo. 
Solange Babolin Stöger, 
enfermeira há cinco anos, 
foi selecionada por meio de 
uma empresa de eventos para 
realizar avaliações de saúde 
representando uma empresa 
patrocinadora do mundial. 
Solange trabalhou em todos 
os jogos que aconteceram na 
Arena Corinthians, no bairro 
de Itaquera. Todo o serviço 
oferecido ao paciente era 
organizado por um grupo 
de colaboradores, que após 
analisarem o estado do 
paciente, entregava um kit com 
produtos de higiene pessoal. 
“Tínhamos um local 
apropriado, chegávamos bem 
cedo, e nos disponibilizávamos 
até 1 hora do início dos jogos. 
Filas eram organizadas por 
senha. Os serviços iam desde 
Avaliação de IMC (Peso / Altura/ 
Índice de Gordura Corporal); 
Verificação de Pressão Arterial; 
Avaliação de Saúde Bucal 
à Mensuração da Glicemia 
Capilar”, comenta Solange. 
Todo o trabalho foi 
remunerado, segundo 
a profissional que 
paralelamente laborou como 
gestora de Enfermagem no 
seu emprego oficial. 
O ministro da Saúde, Arthur 
Chioro, afirmou que o balanço 
durante o megaevento foi 
positivo. No geral, dos 7.055 
pacientes que precisaram de 
socorros nas arenas, somente 
192 foram transportados para 
instituições de emergência. O 
restante dos casos foi resolvido 
no próprio lugar. Dor de 
cabeça, hipertensão, mal 
estar, lesões e quedas foram 
as maiores reclamações. 
“Havia temores de epidemia 
de dengue, de casos de ebola, 
sarampo. Não registramos 
nenhum evento de saúde 
pública digno de registro. 
Inclusive houve redução de 
65% dos óbitos causados por
CIDADANIA 
dengue em relação ao mesmo 
período do ano passado”, 
analisou o ministro. 
16 
Muitos enfermeiros 
participaram de cursos e 
preparações para atender 
adequadamente os turistas 
e torcedores. Em São 
Paulo, por exemplo, os 
colaboradores além de 
capacitações, contaram com 
um dicionário de 11 idiomas 
contendo as principais 
doenças e seus sintomas 
para que não houvesse 
problemas na comunicação, 
e por consequência, erros em 
diagnósticos e tratamentos. 
Além dos atendimentos 
emergenciais, a prevenção 
de doenças sexualmente 
transmissíveis também ganhou 
destaque na Copa do Brasil. 
A campanha Projeta o Gol, 
promoveu ações para chamar 
a atenção da importância do 
uso do preservativo em todos 
os tipos de relações sexuais. 
Milhares de camisinhas foram 
distribuídas nas 12 sedes e 
municípios que abrigaram 
os centros de treinamento, 
juntamente de panfletos com 
textos educativos sobre HIV-DST. 
“O papel da Enfermagem 
é de extrema importância 
em campanhas como essa. 
Nossos companheiros de 
profissão são líderes e 
supervisores de uma equipe 
que se dedica para prestar o 
melhor amparo à população”, 
comenta Solange Caetano, 
presidente do Sindicato dos 
Enfermeiros do Estado de São 
Paulo (SEESP). 
Durante todo o período da 
competição, os apaixonados 
pelo futebol puderam fazer 
voluntariamente testes de 
HIV disponibilizados pelo 
Ministério da Saúde nas Fan- 
Fests. Aconselhamentos com 
o objetivo de conscientizar 
homens e mulheres, 
principalmente os jovens, 
sobre os riscos do sexo 
desprotegido, também foi 
foco da iniciativa. 
“O Enfermeiro possui 
em suas mãos, além de 
responsabilidades técnicas e 
de liderança, o papel social e 
educativo. O mundo todo pôde 
conferir a importância deste 
profissional para que fosse 
possível oferecer um suporte 
aos pacientes com qualidade”, 
lembrou Solange. 
O Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência (SAMU) 
também se manteve ativo 
durante todos os dias em que 
a bola rolou no gramado. Para 
atender a demanda sem que 
os procedimentos rotineiros 
fossem prejudicados, em 
muitos estados que receberam 
os jogos, escalas dos socorristas 
foram intensificadas. As 
equipes também passaram por 
diversas preparações especiais 
para manter a qualidade e 
agilidade nas ocorrências. 
“Todas as formas de 
assistência precisaram 
contar com o desempenho 
qualificado dos enfermeiros. 
Outro grande evento está 
por chegar, as Olimpíadas de 
2016, que irá acontecer no 
Rio de Janeiro e será outra 
oportunidade de mostrar que 
nossa classe é indispensável no 
cuidado com o próximo, afinal 
de contas, sem Enfermagem 
não se faz saúde”, completou 
Solange Caetano. 
Enfermeira Solange Babolin
JUVENAL TADEU CANAS PRADO 
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO 
CONTEXTO DA GRADUAÇÃO 
EM ENFERMAGEM 
01 
R E S U M O 
Desenvolveu-se uma reflexão acerca dos benefícios 
e malefícios que uma formação de Bacharel em 
Enfermagem na modalidade exclusivamente 
à distância pode sofrer em detrimento do 
afastamento deste acadêmico das atividades 
práticas nos semestres iniciais, ressalvando 
os dois últimos semestres, quando ocorrem o 
estagio curricular obrigatório. A enfermagem 
tem, por princípio, o cuidado do próximo. O 
contato humano é fator primordial para um 
atendimento com qualidade e excelência exigindo, 
por sua vez, o conhecimento das características e 
individualidades de cada paciente. 
A B T R AC T 
Developed a reflection about the benefits 
and disadvantages that a formation of a 
Bachelor’s Degree in Nursing at modality 
exclusively distance can suffer at the expense 
of the remoteness of this academic in practical 
activities in the initial semesters, apart 
from the last two semesters, when occur the 
maturation required curriculum. Nursing has, 
in principle, the care with others. 
The human contact is a key factor for a service 
with quality and excellence by requiring, in 
turn, the knowledge of the characteristics and 
personalities of each patient. 
K E Y-WO R D S 
Distance Learning, Nursing; Learning. 
PA L AV R A S C H AV E 
Ensino à Distância; Enfermagem; Aprendizagem. 
ARTIGO CIENTÍFICO 
ESTE ARTIGO INTEGRA UMA SÉRIE DE TEXTOS CIENTÍFICOS PRESENTES 
NAS EDIÇOES DE CONEXÃO SEESP. DESTAQUE E COLECIONE. 
1 
2 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ARTIGO CIENTÍFICO 
INTRODUÇÃO 
Atualmente estamos vivendo um período 
de reflexão sobre a prática da enfermagem 
por parte de todas as instituições envolvidas, 
sejam elas conselhos profissionais, sindicato, 
associações, órgão de formação e contratantes 
de uma maneira geral. 
É notável o crescimento que a Educação 
Superior no Brasil vem tomando desde os últimos 
anos. Tal cenário coloca-nos diante de uma 
crescente complexificação da educação superior 
e dos processos de avaliação que a mesma 
demanda, bem como diante das alterações nas 
políticas de regulação e de gestão entre o ensino 
privado e o ensino público. (PRADO, 2006) 
Hoje se discute carga horária de formação 
e quais os conteúdos a serem ensinados a este 
futuro enfermeiro, mas não podemos deixar de 
considerar que as diretrizes curriculares nacionais 
de enfermagem sugerem um eixo norteador, 
dando margem para adaptações regionais. 
Já está se tornando natural pensarmos 
na educação como um processo cada vez 
mais informatizado e integrado às novas 
tecnologias. Tanto as famosas tecnologias de 
informação e comunicação (TIC) quanto às 
outras novas teorias (como a de sistemas, por 
exemplo), hoje, estão se unindo para modificar 
nossa reflexão e entendimento acerca do 
processo de ensino e aprendizagem. 
A educação à distância (EAD) tem sido 
desenvolvida e utilizada em diversas áreas 
profissionais e acadêmicas com várias abordagens 
e não sendo diferente para a Enfermagem. 
Destaca-se que aumentou o interesse no EAD pelas 
instituições de ensino superior (IES), após a aprovação 
da Lei de Diretrizes e Base (LDB) da Educação 
Brasileira em 1996 que regulamentou os cursos à 
distância e permitiu assim a oferta de 20% da carga 
horária aos cursos presenciais já regulamentados pelo 
sistema. (RODRIGUES; PERES, 2008) 
A EAD é uma alternativa pedagógica que se 
utiliza e se incorpora às novas tecnologias como 
um meio para alcançar os objetivos das práticas 
educativas tendo em vista as concepções do 
homem e sociedade assumidos e considerando as 
necessidades das populações a que se pretende 
servir. Portanto, a EAD, é um conjunto de 
métodos, técnicas e recursos à disposição dos 
estudantes dotados de maturidade e motivação 
suficiente para a autoaprendizagem, de modo 
a adquirir conhecimento e/ou qualificação a 
qualquer nível. (PRESTI, 2005). 
Assim, o debate acerca do uso crescente da 
educação à distância toma corpo, não podendo 
as instituições formadoras e as instituições 
reguladoras do exercício profissional da 
enfermagem ficarem fora desta discussão. 
Ora, não se trata apenas de posicionar-se a 
favor ou contra esta tendência mundial, mas sim, 
de avaliar as consequências de sua massificação 
na formação de Enfermeiros Bacharéis. 
Portanto cabe aqui ressaltar que não se defende 
a não utilização do EAD na formação do Bacharel 
em Enfermagem, até porque seria minimamente 
inocência e despreparo deste autor, no tocante da 
realidade brasileira e mundial. Questiona-se qual o 
limite desta estratégia na formação crítica e reflexiva 
do Enfermeiro, que necessita em sua formação, de 
um arsenal de competências, habilidades e atitudes 
que são construídas ao longo de sua formação inicial 
no Bacharelado e consequentemente continuam 
em sua trajetória profissional. 
Isto posto é logico que devo considerar que 
a organização dos conteúdos selecionados no 
currículo e materializado em componentes 
curriculares específicos, que vão desde aulas 
teóricas, aulas teórico-prática, aulas somente 
práticas em laboratórios, ensino clinico e estágios 
supervisionados, podem em seus determinados 
momentos serem constituídos presencialmente 
e a distância, sendo assim previsto na legislação 
a parcela de 20% da carga horária aos cursos 
presenciais, na modalidade EAD, cuja maioria 
das instituições já utiliza esta estratégia, que 
pessoalmente acredito ser válida se levarmos 
em conta quais os componentes curriculares são 
trabalhados à distância. Vale ressaltar que o EAD 
é extremamente útil em caráter complementar, 
proporcionando atividades que favoreçam 
o domínio da competência para aprender a 
aprender, entre as quais aquelas realizadas a 
distância, valorizando a iniciativa do educando de 
buscar complementação para o seu aprendizado. 
Os professores Enfermeiros sabem e 
vivenciam, seja em instituições publicas e/ 
ou particulares, que alguns conteúdos como: 
técnicas básicas de enfermagem, anatomia, 
2
ARTIGO CIENTÍFICO 
semiologia e técnicas avançadas de enfermagem, 
para uma adequada assimilação e apropriação 
dos conhecimentos pelo discente, requerem além 
de recursos audiovisuais, laboratórios adequados, 
instrumental adequado, didática adequada; 
requerem uma mediação imediata e constante do 
docente no desenvolvimento da técnica associada 
à fundamentação científica. 
São inegáveis os avanços alcançados nas 
diversas áreas do conhecimento onde os 
esforços do indivíduo associado ao mundo 
de possibilidades do espaço virtual produzem 
aprendizado significativo capaz de conduzir 
a ação segura e eficaz. Não obstante, as 
ciências da saúde, entre as quais as ciências 
da Enfermagem exigem outros espaços 
e técnicas de aprendizagem diferentes, 
alicerçadas na relação direta insubstituível 
entre o ser que aprende o ser que ensina 
e o ser que é objeto direto e imediato do 
processo ensino aprendizagem: a pessoa em 
situação de cuidado. Tal relação somente 
pode ser garantida quando o instrutor que 
ensina a teoria é o mesmo que acompanha a 
prática, capaz de promover as aproximações 
e adaptações necessárias para atender 
solidária e humanamente as necessidades de 
cuidados do outro, com todas as imprecisões 
que o ser humano pode apresentar, com 
toda a capacidade de tomada de decisão 
que o enfermeiro precisa ter. (CONSELHO 
FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2012) 
Tenho noção e conhecimento que os 
entusiastas do EAD, poderiam neste momento 
apontar que em ambientes virtuais com 
tecnologias realísticas, superariam facilmente 
esta situação, mas questiono e a relação da 
sensibilidade e da humanização? 
Como o EAD, mesmo com um esquema 
perfeito de tutoria (o que não é sempre verdade, 
pois as instituições de Ensino Superior (IES) 
utilizam do EAD, para diminuírem custos com 
os docentes e com laboratórios presenciais), 
retratariam ao discente as relações conflitantes 
no desenvolvimento do processo de cuidar? 
“Não se pode esquecer, porém, que novas 
tecnologias e informações não tornam os 
docentes dispensáveis, mas modificam o papel 
destes em relação ao processo de aprendizagem, 
e que o diálogo permanente transforma a 
informação em conhecimento e compreensão 
passa a ser fundamental.” (UNESCO, 2005) 
A complexidade das ações necessárias para 
o alcance do perfil desejado do egresso de 
enfermagem, não podem ser desenvolvidas em 
sua essência exclusivamente na modalidade 
EAD. O contato com o usuário/paciente/cliente 
é fundamental e necessário para o aprendizado 
do acadêmico em todas as modalidades do 
processo de cuidar. Como a modalidade EAD, vai 
proporcionar ao acadêmico uma situação de uma 
abordagem em crise em um paciente psiquiátrico? 
Como a modalidade EAD vai realisticamente 
proporcionar um contato com a morte e o morrer 
no cotidiano da assistência? 
Em que seja apontado que estas situações não 
serão prejudicadas, pois os estágios curriculares 
supervisionados nos dois últimos semestres 
serão preservados, questiono: o acadêmico vai 
teorizar e simular em situações hipotéticas em 
oito semestres e nos dois últimos colocará em 
pratica tudo de uma vez só? 
Na modalidade presencial, já enfrentamos 
parte desta situação, pois algumas IES, 
principalmente as privadas, procuram evitar 
ao máximo as atividades práticas fora de salas 
de aula, para reduzirem custos, pois nestes 
componentes curriculares a relação quantitativa 
de alunos por professor deve ser menor, para 
viabilizar a atividade nos campos cedentes de 
práticas e nos laboratórios da própria instituição. 
Mas por outro lado conseguimos nas IES 
sérias e com uma proposta pedagógica adequada, 
fazer com que os acadêmicos tenham aulas 
teóricas, práticas e desenvolvam as vivências 
nas práticas clinicas, desde o primeiro semestre 
até os semestres que antecedem o estagio 
curricular obrigatório, onde o acadêmico vai 
procurar correlacionar, integrar e vivenciar todos 
os conceitos assistenciais, administrativos e 
educativos de sua formação na realidade. 
Fica neste momento posto o grande desafio: Como 
organizar o processo de aprendizagem alternando e 
integrando a aula física e a aula on-line? 
Devemos ter em mente que a EAD não é 
milagrosa e os alunos devem desempenhar 
um papel ativo na construção de seu próprio 
conhecimento. Entrando em contato com seus 
3
ARTIGO CIENTÍFICO 
potenciais são estimulados a desenvolvê-los e, ao 
mesmo tempo, superar dificuldades e deficiências. 
Por outro lado os docentes devem também estar 
aptos e com condições de trabalho adequadas para 
desenvolver esta modalidade de ensino. 
• CARVALHO, Líscia Divana Pachêco. Enfermagem 
: passado x presente x futuro.,2006, disponível em 
http://www.jornalpequeno.com.br/200007546/6/26/. 
Acesso em 10 de janeiro de 2013. 
• CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Minuta 
de recomendação ao Ministério da Educação, 
Brasília, 2012. Disponível em www.cofen.gov.br 
• PRADO, J.T.C. Prescrição e realização do 
currículo:percepções de docentes e discentes 
sobre o componente curricular estagio 
supervisionado na graduação em Enfermagem. 
Santos, Universidade Católica de Santos, 2006. 
Dissertação de Mestrado, 112p. 
• PRESTI, O. – Educação a distância: uma prática 
educativa mediadora e mediatizada. Brasília 2005. 
Acessado: 30/10/09. Disponível em:http://www. 
dai.cefetma.br/cicero/Ensino/ED/5.pdf. 
• RODRIGUES, R.C.V.; PERES, H.H.C. Panorama 
brasileiro do ensino de Enfermagem On-line. 
Rev. esc. enferm. USP. Vl. 42, n.2, SP Junho/2008 
[periódico na Internet]. 42(2): 298-304. 
Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp. 
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 
62342008000200013&lng=pt. 
• UNESCO-Organização das nações unidades para 
educação, ciências e cultura. Declaração Mundial 
sobre educação superior no Século XXI: visão 
e ação. Brasília (DF)1998, disponível em http// 
interlegis.gov.br/processos_legislativos/copy_ 
of_20020319150521/200015478547 
REFERÊNCIAS 
1 ARTIGO ORIGINADO DA RELEITURA DE UM TRABALHO 
DE CONCLUSÃO DE CURSO INTITULADO ADESÃO E 
DESEMPENHO DOS GRADUANDOS DO CURSO DE 
ENFERMAGEM SUBMETIDOS A EAD, APROVADO PELO 
COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA DA UNIVERSIDADE 
PAULISTA COM O PROTOCOLO Nº 416/09CEP/ICS/UNIP 
2 ENFERMEIRO, MESTRE EM EDUCAÇÃO NA ÁREA DE 
CONCENTRAÇÃO EM EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PELA 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS, DOCENTE DA 
UNIVERSIDADE PAULISTA, CAMPUS SANTOS.II DA ESCOLA 
DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. 
4 
Não obstante é primordial destacar que 
o problema do sucesso na relação de ensino/ 
aprendizagem não está somente no fato do 
ensino ser presencial ou à distância e sim, na 
metodologia utilizada pelos professores em 
ambas às modalidades, pois temos o desafio de 
conseguirmos ultrapassar a realidade imposta na 
atualidade, que é a de alunos passivos, imaturos, 
consumistas de informação pronta. 
CONCLUSÃO 
Cabem às autoridades educacionais em 
consonâncias com os órgãos formadores e as 
entidades de classe da Enfermagem Brasileira 
repensar os formatos e limites do ensino à distância, 
para a graduação em Enfermagem. Aspectos políticos 
e econômicos não podem interferir na montagem 
da estrutura que irá embasar essa alternativa para a 
formação dos nossos profissionais. Devemos fugir de 
uma formação tecnocrática, autoritária, centralizadora 
e com qualidade questionável. A polêmica acerca 
dessa questão é positiva, pois deve gerar uma reflexão 
para que a modalidade EAD não seja um problema 
para a formação do Bacharel em Enfermagem. 
Fica a pergunta como os Órgãos reguladores 
da educação e as Entidades de classe da 
Enfermagem dividirão a responsabilidade 
com a qualidade do profissional ENFERMEIRO 
entregue a sociedade brasileira?
REPORTAGEM 
AS EXCESSIVAS 
CARGAS HORÁRIAS DA 
ENFERMAGEM 
6h, 8h, 12h e até 24h. Diversas são as jornadas de trabalho 
que os profissionais de enfermagem realizam em seus 
plantões. E, além disso, não é raro encontrar trabalhadores 
que atuam em duas, até três instituições cumprindo plantões 
seguidos e, consequentemente, dobrando suas jornadas diárias. 
Sabe-se que qualquer excesso de trabalho, independente da 
profissão, é prejudicial à saúde física e mental do ser humano, 
uma vez que o corpo fica desgastado e a sua capacidade de 
atuar com qualidade e eficiência fica prejudicada. 
No caso da enfermagem, além dos prejuízos físicos, como dores 
musculares e de cabeça, doenças de pele e problemas respiratórios, 
há também o impacto psicológico uma vez que a equipe está 
diariamente convivendo com o linear da vida e da morte. Altas 
cargas de trabalho podem acarretar em Síndrome de Burnout, 
distúrbio psíquico que pode levar a depressão devido a um estado 
17
REPORTAGEM 
de esgotamento mensal e físico. 
18 
Por vezes são noticiados 
fatos de procedimentos 
realizados de forma incorreta 
por enfermeiros, técnicos ou 
auxiliares de enfermagem que 
podem causar sequelas ou, 
infelizmente, levar a morte do 
paciente. Quando a situação 
em que o erro aconteceu é 
analisada deve se levar em 
consideração alguns pontos 
como formação inadequada, 
estrutura de atendimento 
precária e desgaste fisico-psicológico 
devido ao cansaço 
para apurar os fatos antes de 
condenar o profissional. 
“É de suma importância que 
todas as circunstâncias sejam 
avaliadas de forma justa, e cabe 
ao COREN fazer o julgamento 
ético visando a defesa da 
sociedade, enquanto ao Sindicato 
cabe o amparo ao profissional 
de forma justa e buscando a 
segurança na atenção a saúde”, 
comenta Solange Caetano, 
presidente do SEESP. 
Em 1993, a II Conferência 
Nacional de Recursos Humanos 
para a Saúde considerou que 
a jornada dos profissionais 
de enfermagem não deve 
ultrapassar 30 horas semanais; 
a 12ª Conferência Nacional de 
Saúde, 3ª Conferência Nacional 
de Gestão do Trabalho e 
Educação na Saúde, também 
concluíram que tal jornada 
é a mais adequada. Na 13ª 
Conferência Nacional de Saúde 
foi aprovada por unanimidade 
uma moção em prol da aprovção 
do Projeto de Lei nº 2.295/00 
que regulamenta esta jornada. 
A Organização Internacional 
do Trabalho (OIT) defende que, 
pela natureza da atividade, não 
se deve ultrapassar as 30 horas. 
Mas esta não é a realidade 
contemporânea, no Brasil 
as 30 horas ainda não foi 
regulamentada, há apenas 
pouquíssimos municípios que 
oferecem aos seus servidores 
esta carga horária. Por isso, 
desde o ano de 2000 transita 
em Brasília o Projeto de 
Lei 2295/2000, que exige 
legalmente a regulamentação 
da jornada de trabalho em 30 
horas semanais. 
“Já completou mais de 14 
anos desde a criação do PL 
2295/00. Avançamos muito 
pouco por tanto tempo de 
luta. Médicos, terapeutas 
ocupacionais, assistentes sociais 
e fisioterapeutas já gozam deste 
benefício em várias regiões 
do país. Não vamos parar de 
pressionar nossos governantes 
até que a Enfermagem consiga 
as 30 horas. Somos os únicos 
profissionais que se fazem 
presentes 24 horas por dia, e 
cujas ações visam a promoção, 
proteção e recuperação do 
paciente, além da administração 
e de todo o planejamento 
hospitalar também. A luta 
não acabará enquanto não 
alcançarmos nossos objetivos”, 
lembrou Solange. 
A Enfermagem é 
predominantemente exercida 
por mulheres, sabemos há 
um aumento de homens que 
entram para a enfermagem 
ano após ano, mas ainda 
tomos majoritariamente o sexo 
feminino como grande parte 
dos profissionais. 
Muitas destas enfermeiras 
enfrentam dupla ou até tripla 
jornada de trabalho, o que 
acaba comprometendo a 
saúde desta trabalhadora que 
ainda se divide com funções 
de casa, filhos e casamentos. 
“Além de ter um desgaste 
físico e psicológico, estas 
enfermeiras não conseguem 
ter tempo para passar com 
seus filhos, familiares, nem 
se especializar. As 30 horas 
já não é um benefício, é uma 
emergência. Não dá mais para 
estas profissionais se dedicarem 
para a profissão e perderem 
grande parte de suas vidas sem 
poder gozar do fruto do seu 
trabalho ao lado de pessoas 
que ama, ou se preparando 
ainda mais para enfrentar as 
adversidades da arte do cuidar 
em enfermagem”, comentou 
Solange Caetano. 
O perigo das cansativas 
jornadas acaba trazendo 
consequências para fora do 
ambiente de trabalho também. 
Muitos enfermeiros, após 
longas horas laboradas, ainda 
enfrentam trânsito, cursos, 
entre outros afazeres que ficam 
totalmente comprometidos. 
O profissional que após 
trabalhar em longas jornadas 
ainda se dispõe a estudar 
pode ter o seu rendimento 
intelectual comprometido. O 
cansaço interfere no processo 
de aprendizagem, no humor e 
na percepção. 
Em 2012, a técnica de 
enfermagem Jaqueline de 
Lima, na época com 25 anos, 
cumpria plantão de 12h e 
conciliava seus afazeres com a 
Faculdade de Enfermagem que 
cursava no período da manhã. 
Jaqueline trabalhava em 
uma UTI Adulto, e tinha como 
rotina, atenção em manusear 
medicamentos e suas
REPORTAGEM 
UNICAMP APROVA JORNADA DE 
30 HORAS SEMANAIS PARA 5O 
CATEGORIAS PROFISSIONAIS DA 
ÁREA DA SAÚDE 
A reivindicação pela jornada de 30 horas semanais para os 
profissionais que atuam nas atividades de assistência vem desde 1982, 
quando foi criada a Comissão de Funcionários do Hospital de Clínicas. 
Muito embora as 30h fossem à prática corrente, os contratos 
de trabalho previam 40h semanais. Mas em cumprimento à 
determinação do Ministério Público do Trabalho, foi aprovada 
a Deliberação CAD-A-03/2005, que adequou as jornadas de 
trabalho aos contratos, o que causou insatisfação por parte dos 
servidores envolvidos. 
Após meses de negociação, foi aprovada pela CAD 
a Deliberação-A-003/2006, que estabeleceu jornadas 
diferenciadas para a área da saúde, entretanto, observando a 
jornada contratual de 40h semanais. 
Em março de 2013, o então candidato a reitor, Prof. Dr. José 
Tadeu Jorge, assumiu o compromisso de viabilizar a implantação 
da jornada de 30 h, e em maio de 2013, através da Portaria 
GR-046 de 22/05/2013, designou membros para compor o 
Grupo de Trabalho para analisar e propor as providências para 
a implantação das 30h. 
Sob a presidência do Enfº Adilton Dorival Leite, o GT se 
debruçou sobre a questão atual que envolve os aspectos 
relacionados à preservação da saúde dos trabalhadores, e as 
consequências e impactos da redução da jornada nos indicativos 
de qualidade dos serviços de saúde prestados pela Universidade. 
O Consu aprovou no dia 5 de agosto a proposta para efetivar 
a jornada de 30h. O objetivo é efetivar a medida a partir de 
1º de dezembro de 2014 para os servidores que optarem pela 
nova jornada. Por conta disso, 291 novas vagas abrangendo 
51 categorias serão abertas. As vagas serão ocupadas por 
19 
profissionais concursados. 
“A jornada de 30h atende 
uma demanda histórica dos 
trabalhadores da saúde da 
Unicamp, além de ser instrumento 
para preservação da saúde do 
trabalhador, constitui condição 
necessária para uma assistência 
segura e de qualidade“, lembrou 
o coordenador do GT, Enfermeiro 
Adilton Dorival Leite. 
aplicações, além de grandes 
esforços físicos para garantir 
à assistência de qualidade 
aos pacientes. Após findar 
sua jornada de trabalho, 
ainda tinha que cumprir 
mais de 5 horas diariamente 
em seu estágio. E foi em 
um desses dias, de plantão, 
e estágio que a Técnica ao 
retornar para a sua casa, 
dormiu ao volante e sofreu 
um sério acidente. 
“Naquele dia, eu estava 
exausta, e só me lembro de estar 
dirigindo e de repente acordar 
com muitas pessoas ao meu 
redor perguntando se eu estava 
bem, comentou Jaqueline. Por 
sorte, a profissional não sofreu 
graves lesões. 
“Conheço outros parceiros 
da Enfermagem que também 
já sofreram acidentes por 
estarem cansados. Se a 
jornada de trabalho em 30 
horas semanais já tivesse sido 
regulamentada, com certeza 
esse tipo de problema seria 
evitado”, completou. 
“Há uma cultura na 
Enfermagem de múltiplos 
empregos para poder ter 
uma renda melhor. Por isso, 
os trabalhadores precisam 
unir força nesta luta pela 
aprovação do PL 2295/00, 
para que, além das 30h 
semanais, a categoria também 
garanta um piso salarial 
nacional digno. Desta forma, 
o enfermeiro terá mais tempo 
para dedicar exclusivamente 
no seu trabalho com um salário 
que não o obrigue a ter vários 
empregos, e também terá 
tempo para família, estudos, 
especialização e lazer”, 
finalizou Solange Caetano.
CARREIRA 
ENSINO A DISTÂNCIA PODE NÃO 
SER A MELHOR OPÇÃO PARA O 
APRENDIZADO DA ENFERMAGEM 
OS CURSOS, NO 
GERAL, DÃO O 
ALICERCE, A BASE 
QUE O ACADÊMICO 
NECESSITA PARA 
DESENVOLVER 
SUAS ATIVIDADES 
PROFISSIONAIS 
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC): 
‘educação a distância é a modalidade educacional na 
qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino 
e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias 
de informação e comunicação, com estudantes e professores 
desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos 
diversos’, regulamentada a partir do Decreto 5.622, de 19 de 
dezembro de 2005. 
As instituições que oferecem esse tipo de modalidade 
precisam estar credenciadas ao MEC e ter os cursos reconhecidos. 
Especificamente os cursos de direito, medicina, odontologia 
e psicologia devem também ser submetidos a avaliação do 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do 
Conselho Nacional de Saúde, respectivamente. 
No caso da Enfermagem, há, no Brasil, mais de 700 cursos 
de graduação contemplados em 685 universidades. Desses, 469 
são ministrados no modelo de educação a distância (considera-se 
que, em apenas uma universidade pode haver mais de um 
polo de EAD). 
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi a primeira 
instituição a oferecer esse tipo de curso. Hoje possui sete opções 
21
de curso de graduação entre 
ciências, humanas e exatas, e 
nove cursos de pós-graduação, 
que fazem parte do programa 
Universidade Aberta do 
Brasil (UAB), que pretende 
melhorar a qualidade de 
ensino nas regiões atendidas 
por Polos de Apoio Presencial 
da UAB parceiros da UFJF e, 
consequentemente, formar 
profissionais para o mercado 
de trabalho. 
No Brasil, há muito que se 
fazer em prol da educação, 
acesso à informação e ao 
conhecimento. Cursos de 
longa distância estão sendo 
uma ferramenta social capaz 
de levar o conhecimento, 
principalmente para as pessoas 
mais afastadas dos polos 
educacionais. Entretanto, este 
método não é o mais indicado 
para quem deseja se formar 
em alguma área da saúde, 
como na enfermagem. 
Por mais que vários cursos 
já tenham sido reconhecidos 
pelo MEC, o Conselho 
Federal de Enfermagem 
(COFEN) já chegou a mandar 
recomendações ao MEC 
para não reconhecerem as 
graduações de Enfermagem 
à distância, e sugeriu 
que sejam revisadas as 
autorizações que já tivessem 
sido concedidas para cursos 
desta modalidade. 
Várias organizações 
da Enfermagem estão, ao 
longo dos anos, buscando 
diversas formas de aumentar 
a qualidade na forma de 
qualificar adequadamente a 
formação dos enfermeiros. É 
uma função da qual merece 
uma grande atenção pelo 
peso da responsabilidade 
em seu exercício na prática, 
principalmente por ter como 
objeto de trabalho a vida do 
próximo. 
“Os cursos no geral dão 
o alicerce, a base que o 
acadêmico necessita para 
desenvolver suas atividades 
profissionais, mas, o processo 
de formação é permanente” 
, afirma Rosemere Rosemira 
da Silva Pegas, Enfermeira e 
Docente. 
Não tem como negar que 
ao longo dos anos houve um 
grande avanço nas diversas 
áreas do conhecimento, e que 
o indivíduo pode ser capaz de 
exercer uma ação de maneira 
segura e com eficácia por 
um aprendizado adquirido à 
distância. Entretanto, o motivo 
da preocupação dentro da 
área da Enfermagem, é pelo 
fato de que muitas técnicas do 
ensino da saúde necessitam de 
uma abordagem diferenciada, 
presencial. 
“As disciplinas práticas 
necessitam da presença do 
professor, pois ele não ensina 
somente como fazer, mas qual 
a forma mais adequada em 
cada situação, além de reforçar 
o relacionamento interpessoal 
tão necessário na formação do 
Enfermeiro”, explica Rosemere. 
A natureza imprecisa 
do homem impossibilita 
prescrições prévias das quais 
as reações e manifestações 
ao se cuidar de um paciente 
podem acontecer. O homem 
é um ser ímpar, não se segue 
premeditações acerca das 
suas ações. Por isso, o curso 
de Enfermagem, tal como 
outros cursos que envolvem a 
área da saúde, não pode ser 
considerado uma boa opção 
para ser cursado à distância. 
Há uma grande complexidade 
dentro das ações das quais um 
estudante e futuro enfermeiro 
irá exercer que não podem e 
não devem ficar apenas no 
ambiente virtual teórico. 
O aperfeiçoamento de 
algumas matérias, assim 
como alguns cursos de pós-graduação 
na área da saúde 
e cursos de extensão, não 
exige desempenho presencial. 
Muitas matérias são de 
competência administrativa 
ou de conhecimento específico 
com abordagem acerca 
de raciocínios lógicos em 
diagnósticos ou tratamentos 
previamente já vistos em 
graduação. Obviamente, 
há cursos de extensão e 
graduação, que divide sua 
carga horária de forma 
semipresencial, separando 
assim, a teoria da prática em 
diferentes momentos do curso. 
Esta metodologia não é 
tão prejudicial ao exercício 
da função, se o básico, o 
necessário e o indispensável, 
dentro da graduação, forem 
ensinados de maneira correta 
e adequada. 
“Algumas disciplinas podem 
utilizar a modalidade à distância, 
por ter seu conteúdo totalmente 
teórico, e as disciplinas práticas 
podem usar aulas à distância 
como reforço do aprendizado. 
Mas, desenvolver todo o currículo 
do curso na modalidade à 
distância vai comprometer 
a qualidade da assistência 
de Enfermagem” , completa 
Rosemere. 
Segundo dados do COFEN 
CARREIRA 
22
há, no Brasil, indicadores que 
provam que a quantidade de 
cursos presenciais oferecidos 
supre a demanda de procura. 
Este é mais um fator que faz 
com que a entidade defenda 
esse tipo de graduação. 
“Um enfermeiro é formado 
por um conjunto de fatores 
que vão desde o conhecimento 
científico ao conhecimento 
prático. Um bom profissional 
é aquele que domina não só 
o conhecimento teórico, mas 
a melhor maneira de tratar 
o seu paciente, a quem deve 
se dedicar de forma integral 
para realizar um trabalho de 
qualidade. A prática, o próprio 
nome já diz, se aprende 
fazendo. Esse é o melhor 
método, onde o professor 
passa adiante técnicas e 
habilidades de como se 
relacionar com um paciente”, 
lembra Solange Caetano, 
presidente do Sindicato dos 
Enfermeiros do Estado de São 
Paulo (SEESP). 
O SEESP indica aos 
estudantes da área da 
saúde, tanto de cursos 
técnicos, graduações e 
pós-graduação, que se 
atentem sobre a instituição 
e modalidade de curso que 
irão cursar. Acreditamos que 
buscar a excelência na área 
da Enfermagem significa 
disposição para aprender a 
teoria com total empenho 
e aplicá-la com eficiência 
na prática aos cuidados dos 
pacientes. 
É importante ressaltar 
que as ações no dia a dia de 
trabalho de um profissional de 
enfermagem atingem graus de 
complexidade que, somente 
com um conhecimento prático, 
são resolvidas com a atenção 
necessária, por isso, o SEESP 
é contra o aprendizado não 
presencial em uma profissão 
em que o preservar da vida é 
o seu maior objetivo. 
CARREIRA 
A ESCOLHA DE 
UM MÉTODO DE 
QUALIDADE, QUE 
PROPORCIONE 
CONTATO COM 
TEORIA E PRÁTICA, 
SEMPRE SERÁ UMA 
23 
BOA ESCOLHA 
“Acredito que os cidadãos 
não se sentiriam seguros 
ao saber que o enfermeiro, 
técnico ou auxiliar de 
enfermagem aprendeu a fazer 
uma simples coleta de sangue 
ou aplicação de medicamento 
virtualmente, sem sequer ter 
feito tal procedimento em 
um boneco ou simulador de 
procedimentos médicos. Por 
isso, estudar em um modelo 
de ensino de qualidade, que 
proporcione contato com 
teoria e prática, sempre será 
uma boa escolha para formar 
um profissional de qualidade. 
É urgente a necessidade das 
entidades representativas da 
enfermagem se unirem contra 
este modelo de formação que 
não proporciona segurança 
no atendimento a sociedade, 
e que ainda poderá trazer 
efeitos nefastos ao mercado 
de trabalho num curto 
intervalo de tempo”, finaliza 
Solange Caetano.
24 
MOBILIZAÇÃO 
ATO NO DIA MUNDIAL DA SAÚDE CONTA COM 
REINVINDICAÇÕES E ATIVIDADES CULTURAIS 
Movimentos populares, 
a União Geral dos 
Trabalhadores (UGT) e 
entidades sindicais, como o 
Sindicato dos Enfermeiros do 
Estado de São Paulo (SEESP), 
celebraram em São Paulo o 
Ato Unificado pelo Dia Mundial 
da Saúde, visando cobrar do 
Estado a responsabilidade de 
garantir o acesso universal à 
saúde e criação de políticas 
públicas que viabilizam um 
Sistema Único de Saúde (SUS) 
humanizado com qualidade. 
Uma caminhada que partiu 
da Praça da Sé objetivou alertar 
a forma de privatização que o 
setor vem sofrendo por meio 
da atuação das Organizações 
Sociais (OS’s), contratadas 
pelo governo estadual que 
acaba eliminando concursos 
públicos, submetendo os 
profissionais da saúde às 
contratações com diminuição 
de direitos trabalhistas e 
salários diferenciados dos 
servidores concursados. 
“O Estado precisa investir 
em concursos para aumentar 
seu quadro de profissionais, 
precisamos sempre estar 
atentos e cobrar isso do 
governo”, disse Ana Firmino, 
diretora do SEESP. 
Além dos debates, houve 
atividades culturais. A Tenda 
Paulo Freire foi uma das atrações, 
com apresentações, malabarismo 
e outras intervenções lúdicas. 
Em comemoração aos 
avanços e conquistas, no mesmo 
dia, deu-se início a Semana 
de Humanização do SUS. O 
encerramento das atividades 
da apelidada HumanizaSUS 
aconteceu na Praça Júlio Prestes. 
CENTRAIS REALIZAM MARCHA NA CAPITAL PAULISTA 
POR PAUTA DE REIVINDICAÇÕES TRABALHISTAS 
Em abril, aconteceu a 
8ª Marcha da Classe 
Trabalhadora, na Praça da Sé, 
no centro de São Paulo, em 
passeata até o Vão Livre do MASP. 
Forças sindicais e movimentos 
trabalhistas se uniram com o 
objetivo de cobrar maior atenção 
para reivindicações pendentes 
que esperam uma tratativa pelo 
Executivo e pelo Legislativo. 
Mais de 40 mil pessoas 
participaram da manifestação 
organizada por seis centrais: CGTB, 
CTB, CUT, Força Sindical, Nova 
Central e UGT, que levou para 
as ruas bancários, metalúrgicos, 
profissionais da construção 
civil, químicos, professores, 
colaboradores da saúde, servidores 
públicos, integrantes do movimento 
dos sem-terra e sem-teto. 
A pauta foi aprovada em 
2010 e entregue aos então 
candidatos à Presidência da 
República, incluindo a atual 
presidenta Dilma. Dentre vários 
itens, destacam-se o pedido 
pelo fim do fator previdenciário, 
arquivamento do Projeto de 
Lei 4.330, sobre terceirização, 
regulamentação das convenções 
151 (direito de greve e 
negociação coletiva no setor 
público) e 158 (contra demissão 
imotivada) da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), 
pedidos de correção da tabela 
do Imposto de Renda, reajuste 
das aposentadorias, melhores 
investimentos em saúde, mais 
educação, segurança e melhoria 
do transporte público. 
“Unir forças é a melhor 
forma de cobrar um maior 
comprometimento com a agenda 
sindical. Estávamos juntos de 
outras classes, lutando pelos 
ideais da Enfermagem, e também 
por um Brasil mais justo com 
os trabalhadores”, lembrou 
Elaine Leoni, secretaria geral do 
Sindicato dos Enfermeiros do 
Estado de São Paulo (SEESP).
( ) Enfermeiro / Capital - R$20,00 
( ) Enfermeiro / Interior - R$15,00 
25 
Sindicalização Atualização 
Dados Pessoais: 
Nome: 
Endereço: 
Bairro: Cidade: UF: 
CEP: Telefone: 
RG: CPF: COREN: 
E-mail: 
Data de Nascimento: 
Sexo: ( ) Masc ( ) Fem 
Dados Profissionais: 
Razão Social: 
Endereço: 
Cargo: Telefone: 
Opções de Pagamento: 
( ) Boleto Bancário - Mensal 
( ) Anuidade - Estudantes 
( ) Holerite* 
Valores: 
( ) Sócio Especial - R$12,00 
*Autorizo o desconto mensal em holerite ( ) Estudantes - Taxa Anual 
no valor selecionado a favor da Entidade 
consignatária em referência. 
Dependentes: 
Deseja cadastrar dependentes: ( ) Sim ( ) Não 
Nome: Nasc. Parentesco: 
Nome: Nasc. Parentesco: 
Nome: Nasc. Parentesco: 
Local: Data: 
Assinatura:
26 
DOBRE AQUI 
CARTA - RESPOSTA 
NÃO É NECESSÁRIO SELAR 
O SELO SERÁ PAGO POR: 
SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SEESP 
AC SÃO MIGUEL PAULISTA 
08010-999 - São Paulo - SP 
DOBRE AQUI 
COLE AQUI
ANÚNCIO SITE SEESP
Edição nº 34 1º semestre 2014

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Edição nº 34 1º semestre 2014

  • 1. CONEXÃO FILIADO À E3DIÇÃO SE4AS EXCESSIVAS CARGAS HORÁRIAS NA ENFERMAGEM #34 | 2º MESTRE DE 2014 ARTIGO CIENTÍFICO Educação a distância no contexto da graduação em Enfermagem SEESP EM CAMPO Homenagem ao Dia do Enfermeiro, Mesas de Negociação, entre outros PERFIL Enfermeira Ritsuko Tanida
  • 3. EDITORIAL SEESP EM CAMPO 04 JURÍDICO 08 CARREIRA 20 PERFIL 10 REPORTAGEM 17 CIDADANIA 14 MOBILIZAÇÃO 24 ARTIGO CIENTÍFICO ( DESTACÁVEL ) CONEXÃO ÍNDICE Caro(a) leitor(a), Receber salários justos, que supre as necessidades, e com isso, abram as portas da dignidade, não é um luxo, é um direito o qual todos os homens têm garantido por lei. “Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de proteção social”, Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 23. Ter uma remuneração adequada é criar caminhos para que os trabalhadores possam ter uma vida confortável, colhendo os frutos do empenho do exercício da sua profissão. Por isso, O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), juntamente de seus diretores, segue com a campanha salarial 2014/2015, que possui, além de outras várias reivindicações, um aumento real de 10% sobre o salário já corrigido. Somos contra a visão de uma remuneração não meritória, onde o trabalhador é visto apenas como um gasto necessário. O profissional é a essência de qualquer empresa. Na saúde, os enfermeiros são protagonistas indispensáveis para que haja qualidade no tratamento e assistência ao paciente. E para conquistar salários mais justos e compatíveis, o SEESP negocia incessantemente acordos com os sindicatos patronais garantindo melhorias e mais benefícios. Nesta campanha, destaca-se também a importância da regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais. Precisamos combater as cargas de trabalho excessivas as quais os profissionais estão sendo submetidos. Não podemos deixar os enfermeiros à mercê de um mercado de trabalho que marginaliza e sucateia a mão de obra. Por isso, lutamos para unir os profissionais. Juntos, somos mais fortes para batalhar por salários justos, pela jornada de trabalho de 30h e cobrar das autoridades os nossos direitos. A luta da categoria não pode enfraquecer! Um forte abraço, Solange Caetano DIRETORIA PRESIDENTA SOLANGE CAETANO SECRETARIA GERAL ELAINE LEONI SECRETARIA DE FINANÇAS JOSEFA BEZERRA DO VALE SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS ANA LUCIA FIRMINO SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA NATANAEL COSTA WWW.SEESP.COM.BR PRESIDENCIA@SEESP.COM.BR SEDE SÃO PAULO RUA RONDINHA, 72 – CHÁCARA INGLESA CEP 04140-010 | (11) 2858-9500 SUBSEDE BAURU RUA XV DE NOVEMBRO, 3-70 – CENTRO CEP 17015-010 90 | (14) 3227-7867 SUBSEDE RIBEIRÃO PRETO RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 868 – CENTRO CEP 14010-100 | (16) 3234-9500 SUBSEDE TAUBATÉ RUA SILVA JARDIM, 366 – CENTRO CEP 12030-090 | (12) 3631-4485 SUDSEDE SOROCABA RUA CESÁRIO MOTA, 482- CENTRO CEP 18035-200 | (15) 3233-1115 SUBSEDE PRESIDENTE PRUDENTE R. ULISSES RAMOS DE CASTRO, 268 – BOSQUE CEP 019010-100 | (18) 3222-5248 SUBSEDE SANTOS EM REVITALIZAÇÃO JORNALISTA RESPONSÁVEL VANESSA RIBOLDI - MTB 58463 / SP PROJETO GRÁFICO AGÊNCIA MOVI BRASIL DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL VANESSA RIBOLDI REDAÇÃO VANESSA RIBOLDI JANDERSON DIFANTI ASSESSORIA GRÁFICA THYL PRODUÇÃO GRÁFICA TIRAGEM: 40 MIL EXEMPLARES
  • 4. SEESP EM CAMPO HOMENAGEM AO DIA DO ENFERMEIRO E A SEMANA DA 4 SEESP REALIZA TRADICIONAL ATO SOLENE EM Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) realizou, em maio, mais uma edição do tradicional Ato Solene em Homenagem ao Dia do Enfermeiro e a Semana da Enfermagem, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Com apoio da deputada estadual Sarah Munhoz (PCdoB-SP), o evento lotou o Auditório Franco Montoro de profissionais de enfermagem, ENFERMAGEM familiares e amigos que foram prestigiar os homenageados da noite. A mesa de abertura, composta pelas deputadas estaduais Sarah Munhoz (PCdoB-SP), Leci Brandão (PCdoB-SP), pelo chefe de gabinete do deputado estadual Marcos Martins (PT-SP), Amauri Lima, pela diretora da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Elisabete Guse, pelo diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Ademir Portilho Proni e pela presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) e presidente da FNE, Solange Caetano, teve unanimidade no discurso sobre importância do trabalhador da enfermagem nos atendimentos de saúde e, principalmente, nas árduas lutas pela categoria, em especial, a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais. Homenageados: 44 profissionais foram agraciados pelo SEESP com Prêmio Anna Nery, por sua dedicação a enfermagem e histórias de vida e carreira com destaque nos hospitais em que trabalham. Os músicos Janos Babicsak e Sandro fizeram uma apresentação musical também em prestígio aos presentes. “Muitas vezes o enfermeiro não imagina que seu trabalho é reconhecido, pois a correria do dia-a-dia não permite que esse profissional perceba o quanto sua dedicação garante a satisfação e alegria do paciente e de seus familiares. Ver no rosto de cada um desses profissionais, a surpresa e a emoção de receber uma singela homenagem, faz com que tenhamos a certeza que representa-lo e lutar por seus direitos é a nossa maior missão. E temos o maior orgulho disso!”, finalizou Solange Caetano. O SEESP entende que os profissionais de enfermagem devem ser valorizados por sua dedicação incansável na construção de uma saúde mais digna para todos os brasileiros. O
  • 5. SEESP EM CAMPO 5 CONFIRA OS HOMENAGEADOS DE 2014 Hospital Santa Catarina Euclydes D. Garcia Florentino Hospital Estadual de Sapopemba Cyntia Kakiuchi Muhlpointner Hospital do Servidor Público Municipal Beatriz Fátima Preto Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso Nanci Danielle de Sá Hospital Municipal Doutor José Soares Hungria Ruthléa de Deus Teixeira Hospital Estadual de Franco da Rocha Bruna Coimbra Rodrigues Hospital Municipal de Barueri Carlos Alberto Araujo Hospital Geral de Pedreira Adriana Maria Moreira Hospital Estadual Mario Covas de Santo André Quitéria C. da Silva Torres Hospital Santa Virgínia Emilia Maria Gomes Dantas Hospital Sírio Libanês Jeovah Jerônimo Ferreira Hospital Municipal São Luiz Gonzaga Evelyn Custódio Gama Hospital A.C. Camargo Paula Christina de S.Simões Hospital do Servidor Público Municipal Alice Moreira de C. Silva Hospital Geral de Itapevi Adalha M. de Jesus Barbosa Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya Cleonice Costa Novais Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo Cleide Maria F. da Silva Zorze Hospital Municipal de Jandira Hiroko Iwahashi Seraphim Hospital Oswaldo Cruz Lindolfo de Oliveira Santos Conjunto Hospitalar do Mandaqui Neusa Aparecida Cardoso Santa Casa de São Paulo Carmen Lúcia Cleto Arneiro Hospital Sírio Libanês Dayse Maioli Garcia Hospital Anchieta Maria Vanusa de S.Lemos Hospital Geral de Pirajussara Ana Maria da Silva Hospital São Vicente de Paula Valéria Regina Martins Hospital Sírio Libanês Maria Bernadete M.Souza Hospital Beneficência Portuguesa de São Caetano do Sul Teresa Cristina S.Papini Hospital Cruz Azul Marcia Maria Gasperini Melo Hospital São Cristóvão Andressa Lopes Bernardo Hospital Municipal Carmino Carichio Joana de Lourdes da Silva Hospital Santa Marcelina Andréia Alves da S. Soncini Fundação ABC/HMU Maria Ap. Riva de Andrade Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros Irene Batista dos Santos Pró Saúde de Campo Limpo Paulista Mônica de Paula M. Silva Santa Casa de Suzano Aline Cristina M. da Silva Hospital Vila Maria Edimara Dias Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros Maria Isabel Mota da Silva Hospital de Clínicas Municipal de São Bernardo do Campo Adriano Rodrigues de Sousa Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos Jacqueline Siqueira Mendes Ambrozi Instituto do Coração do Hospital das Clínicas Ritsuko Tanida Hospital Estadual de Diadema Maria Inês da Costa Hospital Municipal Carmino Carichio Maria Paula Vitale Fragoso Hospital Geral do Guaianazes Vanli Araujo de Oliveira SPDM Hosana Alves Moreira
  • 6. SEESP EM CAMPO 6 PALESTRAS SEMANA DE ENFERMAGEM CAMPANHA SALARIAL: O SEESP REALIZA REUNIÕES COM OS ENFERMEIROS Sindicato dos Enfer-meiros do Estado de São Paulo (SEESP) já deflagrou mais uma campanha salarial realizando assembleias com os enfermeiros em todo o Es-tado para debater as 93 cláu-sulas que poderão ser firma-das em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com vigên-cia 2014/2015. Entre as cláusulas já comumente asseguradas, o SEESP pleiteia o aumento real de 10% sobre o salário já corrigido e a jornada máxima de trabalho em 30 horas semanais. Adicionou-se também o item que garante aos enfermeiros e enfermeiras o direito a dispensa de, pelo menos, ½ dia de trabalho por ano para realização de exames de prevenção ao câncer de próstata e mama, respectivamente. A data-base dos enfermeiros – período em que os sindicatos dos trabalhadores e os patronais firmam as CCTs e que também é utilizada como referência na aplicação dos direitos acordados – é 1º de setembro. É importante ressaltar que, de acordo com a Lei nº 7.238/84, o empregado que foi dispensado sem justa causa no mês que antecedeu a sua data-base tem direito a receber o valor de 01 (um) salário contratual como indenização. “Os enfermeiros precisam ficar atentos aos seus direitos. Caso não haja o cumprimento por parte da instituição os trabalhadores devem procurar o Sindicato para que possamos orienta-los e, se for necessário, ingressar com ação judicial”, reforçou Solange Caetano, presidente do SEESP. SEESP participou das comemorações da Semana de Enfermagem em vários municípios do Estado, levando para as instituições assuntos que foram apresentados em diversas palestras. Os profissionais de enfermagem acompanharam discussões de temas como: assédio moral, luta pela regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais, qualidade do exercício profissional e apresentações sobre o trabalho desenvolvido pelo SEESP. Este ano, os debates procuraram abranger temas que levassem ao conhecimento dos profissionais os seus direitos trabalhistas. “Nesta semana tão importante para a Enfermagem, o SEESP buscou levar para os trabalhadores informações e dicas para melhorar a qualidade do trabalho, novidades e conscientização dos seus deveres e direitos”, lembrou Péricles Cristiano Flores, diretor do SEESP. “É preciso que os Enfermeiros se apoderem dos mesmos para saber o quê, como, quando, e onde reivindicar. Devemos lembrar que são os Sindicatos as entidades criadas para fazer a defesa dos profissionais”, ressaltou Péricles. Caso você tenha dúvidas trabalhistas, entre em contato com o SEESP pelo telefone: (11) 2858-9500. O O
  • 7. 7 SEESP EM CAMPO SEESP APRESENTA REIVINDICAÇÕES À PREFEITURA DE SÃO PAULO A cordos sobre Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e da valorização dos profissionais de saúde são assuntos debatidos com a prefeitura através da Mesa Setorial de Negociação Permanente da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, que objetiva contribuir para a democratização das relações de trabalho, realizando fóruns de debates entre gestores, prestadores de serviços privados e entidades sindicais, como o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP). Há uma batalha pela aprovação de um Projeto de Lei que altera o regime de trabalho do emprego público da Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) e do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) para o regime estatutário, que reorganize o quadro dos colaboradores da saúde do Nível Superior e Técnico, e que crie um regime de remuneração por subsídio. O secretário municipal de Saúde, José Filippi Junior, já participou de reuniões com o intuito de ouvir as considerações dos profissionais a respeito do funcionalismo público. “É importante ter a participação dos trabalhadores nas negociações, pois eles sabem os problemas existentes e podem construir soluções para as questões apresentadas”, lembra Ana Firmino, diretora do SEESP. Trabalhadores da saúde municipal já chegaram a paralisar suas atividades por conta de não verem evolução das negociações e nenhuma modificação significativa do Projeto de Lei. O SEESP está visitando as autarquias da cidade, debatendo com os enfermeiros o PL que cria o PCCS no município. Se você tem alguma dúvida, envie um e-mail para presidencia@seesp. com.br ou entre em contato pelo telefone: (11) 2858-9500 “Estamos debatendo um PL digno para o nosso setor, não podemos esmorecer agora. A luta é constante e precisamos batalhar arduamente para obter conquistas por melhorias”, completou Ana Firmino. SEESP NEGOCIA 24H DO SAMU EM SÃO PAULO Há muitos anos, enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), trabalham 24 horas semanais com plantões complementares distribuídos ao longo do ano para que se complete a carga de 30 horas. Só que esta forma de escalonamento pode não ser mais praticada. Subitamente, os profissionais foram informados que não seria mais permitida esta jornada, o que se realmente for proibido, irá desestabilizar a organização do serviço. O SEESP foi acionado para que pudesse intervir nesta mudança. Como entidade representativa na mesa de negociação da Prefeitura de São Paulo, o Sindicato entrou com discussões jurídicas e pesquisas de outros municípios que já adotaram e regulamentaram as 24h. “Conquistamos por meio de uma mesa de negociação, que não fosse alterada as escalas”, ressaltou Solange Caetano, presidente do SEESP. O SEESP propõe que este modelo de jornada realizada por enfermeiros do SAMU seja legalmente regulamentada. “Nossos argumentos provam que os escalonamentos e jornadas de 24 horas são práticas seguras e que organizam a assistência aos pacientes, finalizou Solange.
  • 8. JURÍDICO 8 SEESP CONSEGUE ACORDO COLETIVO COM FAMESP A o perceber que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigência não estava sendo cumprida devidamente pela Fundação Para O Desenvolvimento Médico Hospitalar – FAMESP, que tem como unidade própria o SAE de Infectologia Domingo Alves Meira e convênios intervenientes com o Hospital das Clínicas de Botucatu, Hospital Estadual Bauru, Hospital Estadual Manoel de Abreu Bauru, UTI do Hospital Geral de Promissão, e os AME’s - Bauru, Tupã, Itapetininga e Ourinhos, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) procurou a empresa para poder regulamentar a situação. Após assembleia com enfermeiros realizada pelo diretor Natanael da Costa, e várias mesas de negociação o SEESP conseguiu firmar um acordo coletivo por trabalho que é relacionado ao período de vigência de 01de setembro 2013 a 31 de agosto 2014, estabelecendo correção salarial, piso para a categoria, adicional noturno, hora extra, entre outros benefícios. “O SEESP garantiu aos Enfermeiros que seus direitos fossem cumpridos. Este é o nosso papel, estar do lado do trabalhador. Em qualquer lugar do Estado que as Convenções não estiverem sendo cumpridas vamos batalhar para que o profissional não saia prejudicado”, comentou Solange Caetano, presidente do SEESP. SEESP FIRMA ACORDO COM SANTA CASA O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) realizou reunião de conciliação com a administração da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro para discutir o cumprimento dos plantões realizados em feriados. De acordo com a Súmula 444, do Tribunal Superior do Trabalho, dispõe que “é válida, em caráter excepcional, a jornada de 12x36, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados”, porém, esse direito não vinha sendo cumprido. Após acordo, determinou-se o ajuste das horas laboradas a partir de setembro 2013 e também estabeleceu-se que as homologações serão realizadas somente pelo SEESP (antes realizadas na DRT). O SEESP ainda analisou os demonstrativos apresentados pela Santa Casa referentes a regularização do depósito do FGTS. “Continuaremos em contato com os enfermeiros para garantir que os valores das horas extras sejam pagos e os demais direitos sejam cumpridos. Mas é de extrema importância que os profissionais entrem em contato conosco sempre que tiverem dúvidas trabalhistas e até mesmo sociais. O papel do SEESP é garantir que os enfermeiros estejam em condições adequadas para laborar”, finalizou Péricles Batista, diretor do SEESP.
  • 9. JURÍDICO STF APROVA SÚMULA QUE GARANTE APOSENTADORIA Para o colaborador provar que trabalhou por 25 anos em alguma atividade considerada prejudicial à saúde é necessário apresentar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), documento que faz a distinção das funções exercidas e os fatores nocivos dos quais o trabalhador foi exposto. CPF, documento de identidade e comprovante de residência também são solicitados. “O SEESP conta com uma equipe jurídica preparada para atender qualquer enfermeiro que sinta dificuldades com a solicitação e reconhecimento do benefício. É válido lembrar que, antes mesmo da súmula ser aprovada pelo STF, o SEESP já ingressava com ações desse tipo e conquistou esse direito para os enfermeiros do setor público”, afirmou Elaine Leoni, secretaria geral do SEESP. Caso você, enfermeiro da administração pública, esteja em tempo de se aposentar, procure o SEESP para ingressarmos com uma ação. 9 ESPECIAL PARA SERVIDORES PÚBLICOS ministro Gilmar Mendes do Superior Tribunal Federal (STF) aprovou a O Proposta da Súmula Vinculante n.33, que agiliza o processo de aposentadoria especial decorrida de atividades consideradas insalubres para os servidores públicos. A Lei 8.213/91 já previa a aposentadoria especial para os profissionais do setor privado. Já os funcionários públicos tinham que ingressar com processo judicial, em que o poder público era obrigado a examinar a solicitação para poder conceder o benefício. Com a Súmula Vinculante 33, será possível garantir maior agilidade nas decisões a favor dos servidores. Caso o trabalhador ganhe o pedido de aposentadoria na primeira instância da Justiça e a administração pública recorra à decisão, a segunda instância vai negar a apelação, argumentando que a Corte máxima do Judiciário já tem um entendimento pacificado acerca do assunto.
  • 10.
  • 11. ENFERMEIRA RITSUKO TANIDA CARISMA, AMOR PELA PROFISSÃO E ENTENDIMENTO POLÍTICO E TRABALHISTA SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ENFERMEIRA DOUTORA RITSUKO TANIDA. Brasileira, mas com leve sotaque japonês, ela foi homenageada pelo SEESP no Ato Solene em Homenagem ao Dia do Enfermeiro e a Semana da Enfermagem realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tem 46 anos de profissão e não pensa em parar. Saiba mais sobre sua carreira no setor de pediatria do Instituto do Coração (InCor) e fatos marcantes da sua vida nessa entrevista. CONEXÃO SEESP – Por que você escolheu ser enfermeira? RITSUKO TANIDA – A vontade de ser enfermeira vem desde criança, de menina. Nós brincávamos muito, fazia curativo e a partir daí surgiu a vontade fazer enfermagem. Eu fazia o colegial e prestei o vestibular, passei e me formei em 1968. E na época, foi um ano de revolução social e política que nós vivemos uma ditatura militar, com o AI5*, etc. Logo que me formei, a diretora do Instituto Central (o InCor 11 QUANDO VOCÊ SAI DA FACULDADE TEM QUE “CORTAR O CORDÃO UMBILICAL”, MAS TEM AQUELE MEDO PERFIL
  • 12. PERFIL ainda não existia), chamou as formandas, e eu falo formandas porque não tinha nenhum homem na turma, e prestamos um concurso. Eu fui direto para a terapia de diálise e era o primeiro aparelho de hemodiálise que tinha chegado no Hospital das Clínicas. E eu pensei: será que vou dar conta? Porque quando você sai da faculdade tem que “cortar o cordão umbilical”, mas tem aquele medo. Depois de um período eu fui para a unidade terapia intensiva de coronárias. 12 E avaliando hoje como que nós dávamos conta! Era uma enfermeira para seis pacientes! Depois na clínica, eram 91 leitos, sendo 6 de UTI, 9 de pediatria e todos os demais divididos em clínica médica, cardiologia, pneumologia. CONEXÃO SEESP – E com relação a especialização? RITSUKO TANIDA – Eu sempre achei importante estarmos nos atualizando, fazendo cursos, porque a Enfermagem é uma profissão que você não pode parar. Todo profissional, na minha opinião, precisa ter uma visão ampla das coisas, não só ler sobre enfermagem. Eu sempre tive esse pensamento porque, por exemplo, se você pega uma criança desnutrida enquanto está no hospital recebe a dieta, os cuidados, e quando for pra casa? Por que ela é desnutrida? Essa visão que o profissional precisa ter. CONEXÃO SEESP – Como foi o seu contato com outros profissionais no decorrer da carreira? RITSUKO TANIDA – Na época, tinha muito preconceito. O atendente é atendente, auxiliar é auxiliar, o enfermeiro é enfermeiro. Não podia ter contato, discutindo entre os profissionais. Mas pra mim essa interação sempre foi muito normal, e eu aprendi muito com os faxineiros, os atendentes, os pacientes, os médicos, com os enfermeiros. Eu aprendi com todos os profissionais. CONEXÃO SEESP – As relações trabalhistas sempre foram assuntos inerentes na sua vida profissional. Conte-nos um pouco sobre isso. RITSUKO TANIDA – Eu sou filiada da Associação de Servidores do HC, depois veio o sindicato e começamos a nos mobilizar. A primeira greve aconteceu em 1978. E organizar greve em um hospital é muito complicado! Porque precisa ter uma organização para não ter negligências no pronto socorro, por exemplo, precisa manter o atendimento mínimo exigido por lei. E as vezes eu ouço pelos corredores o pessoal reclamando do “vale coxinha” (risos) e falo para o pessoal que se eles estão reclamando precisam ir batalhar porque eu fui uma das autoras desse benefício. CONEXÃO SEESP – Essa greve surgiu por conta de quais reivindicações? RITSUKO TANIDA – Salário e melhores condições de trabalho. Inclusive ainda tínhamos resquício da ditadura, a associação foi cercada por policiais. Foi uma greve total, todos aderiram, os funcionários do Hospital das Clínicas e os Servidores Públicos Estaduais, desde alunos até os médicos. CONEXÃO SEESP – Qual a sua opinião sobre o envolvimento político e sindical dos profissionais de enfermagem atualmente? RITSUKO TANIDA – Eu tenho a impressão que não há uma educação política desde a formação do profissional. Eu fui formada em uma época em que o país vivia esse movimento político, então talvez tenha facilitado no meu caso. Mas hoje em dia eu vejo que as pessoas vão do hospital pra casa, da casa para o hospital. Veja, a mãe que tem filho, ela tem direito a creche ou o auxílio financeiro. Quando eu tive filho, nós chamamos o coordenador da pediatria e um representante do Governo para reestruturar a creche, pois ela estava em situação precária. Nós panfletamos aqui no hospital chamando as mães a participarem desse projeto, de 100 mães, apenas 3 ou 4 iam nas reuniões. Às vezes nem para o próprio benefício há o interesse. Enquanto o profissional está na liderança ele tem obrigação de saber e esclarecer. Em coisas simples, como uma compensação de atraso, por exemplo. Eu busco no dia-a-dia, nas situações corriqueiras, apresentar aos
  • 13. PERFIL trabalhadores o que são seus direitos e deveres. CONEXÃO SEESP – Sobre a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais, a senhora tem acompanhado a luta pela aprovação do PL 2295/00? RITSUKO TANIDA – Eu acho muito importante. No dia da homenagem, quando foi abordado esse assunto, eu pensei o quanto isso vai mexer com os hospitais particulares. Porque muitos representantes no Poder Público são donos de hospitais. É muito cansativo, muito estressante. E no caso da mulher, ainda tem a jornada em casa. Agora, seis horas eu acho ideal. Mais do isso é muito estressante. Em uma terapia intensiva, aonde você assiste a questão da morte, por exemplo. E nós também não temos um apoio psicológico. Eu ouvi muito que “ah, você é enfermeira”, “você vai se tornar uma pessoa fria”. Quem disse que nós vamos nos tornando pessoas rígidas? Claro que não! Nós seguimos com a mesma sensibilidade. Se o pai perde um filho, se a mãe perde um filho, eu choro junto com eles. Tem coisa mais triste que isso? Mas lembrando que não só a regulamentação da jornada é importante, mas também a questão do piso salarial. CONEXÃO SEESP – E as atuações como enfermeira fora do Brasil? RITSUKO TANIDA – Em 2007, eu fui convidada pela Japan International Cooperation Agency (JICA) para trabalhar em Angola em uma parceria tripartite entre Angola, Japão e Brasil realizando um treinamento dos profissionais no Hospital Josina Machel depois da reestruturação física do hospital. Eu fui homenageada pela Embaixada de Relações Exteriores e no Centenário da Imigração Japonesa por conta desse trabalho. CONEXÃO SEESP – Com tantos anos de profissão a senhora deve ter histórias muito especiais com os pacientes. RITSUKO TANIDA – Eu prezo sempre pelo cuidado diferenciado. O paciente às vezes esquece meu nome, lembra da ‘enfermeira japonesa’ (risos), mas cria um envolvimento. Tive um paciente paraguaio, que foi transplantado do coração com menos de um ano de vida que me encontrou aqui no InCor com 19 anos e super saudável. Eles mandam fotos, cartas, e-mails, voltam para nos visitar. CONEXÃO SEESP – E a senhora pensa em parar? RITSUKO TANIDA – Sei que em algum momento eu vou ter que parar, mas não penso nisso. Não sei o que eu faria fora daqui. 1978: Ritsuko conversa com os trabalhadores durante a assembleia EU TENHO A IMPRESSÃO QUE NÃO HÁ UMA EDUCAÇÃO POLÍTICA DESDE A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL
  • 14. ENFERMAGEM ENTRA EM CAMPO NA COPA No mundial da FiFA que aconteceu em nosso país, apenas 0,2% dos 3,4 milhões de torcedores precisaram de cuidados médicos, segundo dados divulgados pelo Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde Nacional (CIOCS), do Ministério da Saúde. Quem foi conferir a competição pôde contar com assistência dentro e fora dos gramados de um time de profissionais em plantão durante todos os dias de jogos. Em São Paulo, grupos de resgates e emergências realizaram atividades e atendimentos no plano de contingência organizado pela Secretaria Estadual de Saúde. Unidades móveis de socorro e hospitais foram disponibilizados para atender a demanda e contaram com uma equipe especializada e treinada para tratar pessoas com possíveis acidentes, doenças, intoxicação por produtos nocivos, inclusive vítimas de ataques bioterrorista, ou terrorismo químico-biológico, como também é conhecido o ato de liberar de forma intencional e maldosa produtos químicos ou agentes infecciosos prejudiciais. Esses cuidados foram tidos pela visibilidade do evento, mesmo aqui CIDADANIA AFINAL DE CONTAS, SEM ENFERMAGEM NÃO SE FAZ SAÚDE 14
  • 15. CIDADANIA 15 sendo um país sem histórico de ataques deste tipo. Solange Babolin Stöger, enfermeira há cinco anos, foi selecionada por meio de uma empresa de eventos para realizar avaliações de saúde representando uma empresa patrocinadora do mundial. Solange trabalhou em todos os jogos que aconteceram na Arena Corinthians, no bairro de Itaquera. Todo o serviço oferecido ao paciente era organizado por um grupo de colaboradores, que após analisarem o estado do paciente, entregava um kit com produtos de higiene pessoal. “Tínhamos um local apropriado, chegávamos bem cedo, e nos disponibilizávamos até 1 hora do início dos jogos. Filas eram organizadas por senha. Os serviços iam desde Avaliação de IMC (Peso / Altura/ Índice de Gordura Corporal); Verificação de Pressão Arterial; Avaliação de Saúde Bucal à Mensuração da Glicemia Capilar”, comenta Solange. Todo o trabalho foi remunerado, segundo a profissional que paralelamente laborou como gestora de Enfermagem no seu emprego oficial. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou que o balanço durante o megaevento foi positivo. No geral, dos 7.055 pacientes que precisaram de socorros nas arenas, somente 192 foram transportados para instituições de emergência. O restante dos casos foi resolvido no próprio lugar. Dor de cabeça, hipertensão, mal estar, lesões e quedas foram as maiores reclamações. “Havia temores de epidemia de dengue, de casos de ebola, sarampo. Não registramos nenhum evento de saúde pública digno de registro. Inclusive houve redução de 65% dos óbitos causados por
  • 16. CIDADANIA dengue em relação ao mesmo período do ano passado”, analisou o ministro. 16 Muitos enfermeiros participaram de cursos e preparações para atender adequadamente os turistas e torcedores. Em São Paulo, por exemplo, os colaboradores além de capacitações, contaram com um dicionário de 11 idiomas contendo as principais doenças e seus sintomas para que não houvesse problemas na comunicação, e por consequência, erros em diagnósticos e tratamentos. Além dos atendimentos emergenciais, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis também ganhou destaque na Copa do Brasil. A campanha Projeta o Gol, promoveu ações para chamar a atenção da importância do uso do preservativo em todos os tipos de relações sexuais. Milhares de camisinhas foram distribuídas nas 12 sedes e municípios que abrigaram os centros de treinamento, juntamente de panfletos com textos educativos sobre HIV-DST. “O papel da Enfermagem é de extrema importância em campanhas como essa. Nossos companheiros de profissão são líderes e supervisores de uma equipe que se dedica para prestar o melhor amparo à população”, comenta Solange Caetano, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP). Durante todo o período da competição, os apaixonados pelo futebol puderam fazer voluntariamente testes de HIV disponibilizados pelo Ministério da Saúde nas Fan- Fests. Aconselhamentos com o objetivo de conscientizar homens e mulheres, principalmente os jovens, sobre os riscos do sexo desprotegido, também foi foco da iniciativa. “O Enfermeiro possui em suas mãos, além de responsabilidades técnicas e de liderança, o papel social e educativo. O mundo todo pôde conferir a importância deste profissional para que fosse possível oferecer um suporte aos pacientes com qualidade”, lembrou Solange. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também se manteve ativo durante todos os dias em que a bola rolou no gramado. Para atender a demanda sem que os procedimentos rotineiros fossem prejudicados, em muitos estados que receberam os jogos, escalas dos socorristas foram intensificadas. As equipes também passaram por diversas preparações especiais para manter a qualidade e agilidade nas ocorrências. “Todas as formas de assistência precisaram contar com o desempenho qualificado dos enfermeiros. Outro grande evento está por chegar, as Olimpíadas de 2016, que irá acontecer no Rio de Janeiro e será outra oportunidade de mostrar que nossa classe é indispensável no cuidado com o próximo, afinal de contas, sem Enfermagem não se faz saúde”, completou Solange Caetano. Enfermeira Solange Babolin
  • 17. JUVENAL TADEU CANAS PRADO EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NO CONTEXTO DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 01 R E S U M O Desenvolveu-se uma reflexão acerca dos benefícios e malefícios que uma formação de Bacharel em Enfermagem na modalidade exclusivamente à distância pode sofrer em detrimento do afastamento deste acadêmico das atividades práticas nos semestres iniciais, ressalvando os dois últimos semestres, quando ocorrem o estagio curricular obrigatório. A enfermagem tem, por princípio, o cuidado do próximo. O contato humano é fator primordial para um atendimento com qualidade e excelência exigindo, por sua vez, o conhecimento das características e individualidades de cada paciente. A B T R AC T Developed a reflection about the benefits and disadvantages that a formation of a Bachelor’s Degree in Nursing at modality exclusively distance can suffer at the expense of the remoteness of this academic in practical activities in the initial semesters, apart from the last two semesters, when occur the maturation required curriculum. Nursing has, in principle, the care with others. The human contact is a key factor for a service with quality and excellence by requiring, in turn, the knowledge of the characteristics and personalities of each patient. K E Y-WO R D S Distance Learning, Nursing; Learning. PA L AV R A S C H AV E Ensino à Distância; Enfermagem; Aprendizagem. ARTIGO CIENTÍFICO ESTE ARTIGO INTEGRA UMA SÉRIE DE TEXTOS CIENTÍFICOS PRESENTES NAS EDIÇOES DE CONEXÃO SEESP. DESTAQUE E COLECIONE. 1 2 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
  • 18. ARTIGO CIENTÍFICO INTRODUÇÃO Atualmente estamos vivendo um período de reflexão sobre a prática da enfermagem por parte de todas as instituições envolvidas, sejam elas conselhos profissionais, sindicato, associações, órgão de formação e contratantes de uma maneira geral. É notável o crescimento que a Educação Superior no Brasil vem tomando desde os últimos anos. Tal cenário coloca-nos diante de uma crescente complexificação da educação superior e dos processos de avaliação que a mesma demanda, bem como diante das alterações nas políticas de regulação e de gestão entre o ensino privado e o ensino público. (PRADO, 2006) Hoje se discute carga horária de formação e quais os conteúdos a serem ensinados a este futuro enfermeiro, mas não podemos deixar de considerar que as diretrizes curriculares nacionais de enfermagem sugerem um eixo norteador, dando margem para adaptações regionais. Já está se tornando natural pensarmos na educação como um processo cada vez mais informatizado e integrado às novas tecnologias. Tanto as famosas tecnologias de informação e comunicação (TIC) quanto às outras novas teorias (como a de sistemas, por exemplo), hoje, estão se unindo para modificar nossa reflexão e entendimento acerca do processo de ensino e aprendizagem. A educação à distância (EAD) tem sido desenvolvida e utilizada em diversas áreas profissionais e acadêmicas com várias abordagens e não sendo diferente para a Enfermagem. Destaca-se que aumentou o interesse no EAD pelas instituições de ensino superior (IES), após a aprovação da Lei de Diretrizes e Base (LDB) da Educação Brasileira em 1996 que regulamentou os cursos à distância e permitiu assim a oferta de 20% da carga horária aos cursos presenciais já regulamentados pelo sistema. (RODRIGUES; PERES, 2008) A EAD é uma alternativa pedagógica que se utiliza e se incorpora às novas tecnologias como um meio para alcançar os objetivos das práticas educativas tendo em vista as concepções do homem e sociedade assumidos e considerando as necessidades das populações a que se pretende servir. Portanto, a EAD, é um conjunto de métodos, técnicas e recursos à disposição dos estudantes dotados de maturidade e motivação suficiente para a autoaprendizagem, de modo a adquirir conhecimento e/ou qualificação a qualquer nível. (PRESTI, 2005). Assim, o debate acerca do uso crescente da educação à distância toma corpo, não podendo as instituições formadoras e as instituições reguladoras do exercício profissional da enfermagem ficarem fora desta discussão. Ora, não se trata apenas de posicionar-se a favor ou contra esta tendência mundial, mas sim, de avaliar as consequências de sua massificação na formação de Enfermeiros Bacharéis. Portanto cabe aqui ressaltar que não se defende a não utilização do EAD na formação do Bacharel em Enfermagem, até porque seria minimamente inocência e despreparo deste autor, no tocante da realidade brasileira e mundial. Questiona-se qual o limite desta estratégia na formação crítica e reflexiva do Enfermeiro, que necessita em sua formação, de um arsenal de competências, habilidades e atitudes que são construídas ao longo de sua formação inicial no Bacharelado e consequentemente continuam em sua trajetória profissional. Isto posto é logico que devo considerar que a organização dos conteúdos selecionados no currículo e materializado em componentes curriculares específicos, que vão desde aulas teóricas, aulas teórico-prática, aulas somente práticas em laboratórios, ensino clinico e estágios supervisionados, podem em seus determinados momentos serem constituídos presencialmente e a distância, sendo assim previsto na legislação a parcela de 20% da carga horária aos cursos presenciais, na modalidade EAD, cuja maioria das instituições já utiliza esta estratégia, que pessoalmente acredito ser válida se levarmos em conta quais os componentes curriculares são trabalhados à distância. Vale ressaltar que o EAD é extremamente útil em caráter complementar, proporcionando atividades que favoreçam o domínio da competência para aprender a aprender, entre as quais aquelas realizadas a distância, valorizando a iniciativa do educando de buscar complementação para o seu aprendizado. Os professores Enfermeiros sabem e vivenciam, seja em instituições publicas e/ ou particulares, que alguns conteúdos como: técnicas básicas de enfermagem, anatomia, 2
  • 19. ARTIGO CIENTÍFICO semiologia e técnicas avançadas de enfermagem, para uma adequada assimilação e apropriação dos conhecimentos pelo discente, requerem além de recursos audiovisuais, laboratórios adequados, instrumental adequado, didática adequada; requerem uma mediação imediata e constante do docente no desenvolvimento da técnica associada à fundamentação científica. São inegáveis os avanços alcançados nas diversas áreas do conhecimento onde os esforços do indivíduo associado ao mundo de possibilidades do espaço virtual produzem aprendizado significativo capaz de conduzir a ação segura e eficaz. Não obstante, as ciências da saúde, entre as quais as ciências da Enfermagem exigem outros espaços e técnicas de aprendizagem diferentes, alicerçadas na relação direta insubstituível entre o ser que aprende o ser que ensina e o ser que é objeto direto e imediato do processo ensino aprendizagem: a pessoa em situação de cuidado. Tal relação somente pode ser garantida quando o instrutor que ensina a teoria é o mesmo que acompanha a prática, capaz de promover as aproximações e adaptações necessárias para atender solidária e humanamente as necessidades de cuidados do outro, com todas as imprecisões que o ser humano pode apresentar, com toda a capacidade de tomada de decisão que o enfermeiro precisa ter. (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2012) Tenho noção e conhecimento que os entusiastas do EAD, poderiam neste momento apontar que em ambientes virtuais com tecnologias realísticas, superariam facilmente esta situação, mas questiono e a relação da sensibilidade e da humanização? Como o EAD, mesmo com um esquema perfeito de tutoria (o que não é sempre verdade, pois as instituições de Ensino Superior (IES) utilizam do EAD, para diminuírem custos com os docentes e com laboratórios presenciais), retratariam ao discente as relações conflitantes no desenvolvimento do processo de cuidar? “Não se pode esquecer, porém, que novas tecnologias e informações não tornam os docentes dispensáveis, mas modificam o papel destes em relação ao processo de aprendizagem, e que o diálogo permanente transforma a informação em conhecimento e compreensão passa a ser fundamental.” (UNESCO, 2005) A complexidade das ações necessárias para o alcance do perfil desejado do egresso de enfermagem, não podem ser desenvolvidas em sua essência exclusivamente na modalidade EAD. O contato com o usuário/paciente/cliente é fundamental e necessário para o aprendizado do acadêmico em todas as modalidades do processo de cuidar. Como a modalidade EAD, vai proporcionar ao acadêmico uma situação de uma abordagem em crise em um paciente psiquiátrico? Como a modalidade EAD vai realisticamente proporcionar um contato com a morte e o morrer no cotidiano da assistência? Em que seja apontado que estas situações não serão prejudicadas, pois os estágios curriculares supervisionados nos dois últimos semestres serão preservados, questiono: o acadêmico vai teorizar e simular em situações hipotéticas em oito semestres e nos dois últimos colocará em pratica tudo de uma vez só? Na modalidade presencial, já enfrentamos parte desta situação, pois algumas IES, principalmente as privadas, procuram evitar ao máximo as atividades práticas fora de salas de aula, para reduzirem custos, pois nestes componentes curriculares a relação quantitativa de alunos por professor deve ser menor, para viabilizar a atividade nos campos cedentes de práticas e nos laboratórios da própria instituição. Mas por outro lado conseguimos nas IES sérias e com uma proposta pedagógica adequada, fazer com que os acadêmicos tenham aulas teóricas, práticas e desenvolvam as vivências nas práticas clinicas, desde o primeiro semestre até os semestres que antecedem o estagio curricular obrigatório, onde o acadêmico vai procurar correlacionar, integrar e vivenciar todos os conceitos assistenciais, administrativos e educativos de sua formação na realidade. Fica neste momento posto o grande desafio: Como organizar o processo de aprendizagem alternando e integrando a aula física e a aula on-line? Devemos ter em mente que a EAD não é milagrosa e os alunos devem desempenhar um papel ativo na construção de seu próprio conhecimento. Entrando em contato com seus 3
  • 20. ARTIGO CIENTÍFICO potenciais são estimulados a desenvolvê-los e, ao mesmo tempo, superar dificuldades e deficiências. Por outro lado os docentes devem também estar aptos e com condições de trabalho adequadas para desenvolver esta modalidade de ensino. • CARVALHO, Líscia Divana Pachêco. Enfermagem : passado x presente x futuro.,2006, disponível em http://www.jornalpequeno.com.br/200007546/6/26/. Acesso em 10 de janeiro de 2013. • CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Minuta de recomendação ao Ministério da Educação, Brasília, 2012. Disponível em www.cofen.gov.br • PRADO, J.T.C. Prescrição e realização do currículo:percepções de docentes e discentes sobre o componente curricular estagio supervisionado na graduação em Enfermagem. Santos, Universidade Católica de Santos, 2006. Dissertação de Mestrado, 112p. • PRESTI, O. – Educação a distância: uma prática educativa mediadora e mediatizada. Brasília 2005. Acessado: 30/10/09. Disponível em:http://www. dai.cefetma.br/cicero/Ensino/ED/5.pdf. • RODRIGUES, R.C.V.; PERES, H.H.C. Panorama brasileiro do ensino de Enfermagem On-line. Rev. esc. enferm. USP. Vl. 42, n.2, SP Junho/2008 [periódico na Internet]. 42(2): 298-304. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080- 62342008000200013&lng=pt. • UNESCO-Organização das nações unidades para educação, ciências e cultura. Declaração Mundial sobre educação superior no Século XXI: visão e ação. Brasília (DF)1998, disponível em http// interlegis.gov.br/processos_legislativos/copy_ of_20020319150521/200015478547 REFERÊNCIAS 1 ARTIGO ORIGINADO DA RELEITURA DE UM TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO INTITULADO ADESÃO E DESEMPENHO DOS GRADUANDOS DO CURSO DE ENFERMAGEM SUBMETIDOS A EAD, APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA DA UNIVERSIDADE PAULISTA COM O PROTOCOLO Nº 416/09CEP/ICS/UNIP 2 ENFERMEIRO, MESTRE EM EDUCAÇÃO NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PELA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS, DOCENTE DA UNIVERSIDADE PAULISTA, CAMPUS SANTOS.II DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. 4 Não obstante é primordial destacar que o problema do sucesso na relação de ensino/ aprendizagem não está somente no fato do ensino ser presencial ou à distância e sim, na metodologia utilizada pelos professores em ambas às modalidades, pois temos o desafio de conseguirmos ultrapassar a realidade imposta na atualidade, que é a de alunos passivos, imaturos, consumistas de informação pronta. CONCLUSÃO Cabem às autoridades educacionais em consonâncias com os órgãos formadores e as entidades de classe da Enfermagem Brasileira repensar os formatos e limites do ensino à distância, para a graduação em Enfermagem. Aspectos políticos e econômicos não podem interferir na montagem da estrutura que irá embasar essa alternativa para a formação dos nossos profissionais. Devemos fugir de uma formação tecnocrática, autoritária, centralizadora e com qualidade questionável. A polêmica acerca dessa questão é positiva, pois deve gerar uma reflexão para que a modalidade EAD não seja um problema para a formação do Bacharel em Enfermagem. Fica a pergunta como os Órgãos reguladores da educação e as Entidades de classe da Enfermagem dividirão a responsabilidade com a qualidade do profissional ENFERMEIRO entregue a sociedade brasileira?
  • 21. REPORTAGEM AS EXCESSIVAS CARGAS HORÁRIAS DA ENFERMAGEM 6h, 8h, 12h e até 24h. Diversas são as jornadas de trabalho que os profissionais de enfermagem realizam em seus plantões. E, além disso, não é raro encontrar trabalhadores que atuam em duas, até três instituições cumprindo plantões seguidos e, consequentemente, dobrando suas jornadas diárias. Sabe-se que qualquer excesso de trabalho, independente da profissão, é prejudicial à saúde física e mental do ser humano, uma vez que o corpo fica desgastado e a sua capacidade de atuar com qualidade e eficiência fica prejudicada. No caso da enfermagem, além dos prejuízos físicos, como dores musculares e de cabeça, doenças de pele e problemas respiratórios, há também o impacto psicológico uma vez que a equipe está diariamente convivendo com o linear da vida e da morte. Altas cargas de trabalho podem acarretar em Síndrome de Burnout, distúrbio psíquico que pode levar a depressão devido a um estado 17
  • 22. REPORTAGEM de esgotamento mensal e físico. 18 Por vezes são noticiados fatos de procedimentos realizados de forma incorreta por enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem que podem causar sequelas ou, infelizmente, levar a morte do paciente. Quando a situação em que o erro aconteceu é analisada deve se levar em consideração alguns pontos como formação inadequada, estrutura de atendimento precária e desgaste fisico-psicológico devido ao cansaço para apurar os fatos antes de condenar o profissional. “É de suma importância que todas as circunstâncias sejam avaliadas de forma justa, e cabe ao COREN fazer o julgamento ético visando a defesa da sociedade, enquanto ao Sindicato cabe o amparo ao profissional de forma justa e buscando a segurança na atenção a saúde”, comenta Solange Caetano, presidente do SEESP. Em 1993, a II Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde considerou que a jornada dos profissionais de enfermagem não deve ultrapassar 30 horas semanais; a 12ª Conferência Nacional de Saúde, 3ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, também concluíram que tal jornada é a mais adequada. Na 13ª Conferência Nacional de Saúde foi aprovada por unanimidade uma moção em prol da aprovção do Projeto de Lei nº 2.295/00 que regulamenta esta jornada. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) defende que, pela natureza da atividade, não se deve ultrapassar as 30 horas. Mas esta não é a realidade contemporânea, no Brasil as 30 horas ainda não foi regulamentada, há apenas pouquíssimos municípios que oferecem aos seus servidores esta carga horária. Por isso, desde o ano de 2000 transita em Brasília o Projeto de Lei 2295/2000, que exige legalmente a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais. “Já completou mais de 14 anos desde a criação do PL 2295/00. Avançamos muito pouco por tanto tempo de luta. Médicos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e fisioterapeutas já gozam deste benefício em várias regiões do país. Não vamos parar de pressionar nossos governantes até que a Enfermagem consiga as 30 horas. Somos os únicos profissionais que se fazem presentes 24 horas por dia, e cujas ações visam a promoção, proteção e recuperação do paciente, além da administração e de todo o planejamento hospitalar também. A luta não acabará enquanto não alcançarmos nossos objetivos”, lembrou Solange. A Enfermagem é predominantemente exercida por mulheres, sabemos há um aumento de homens que entram para a enfermagem ano após ano, mas ainda tomos majoritariamente o sexo feminino como grande parte dos profissionais. Muitas destas enfermeiras enfrentam dupla ou até tripla jornada de trabalho, o que acaba comprometendo a saúde desta trabalhadora que ainda se divide com funções de casa, filhos e casamentos. “Além de ter um desgaste físico e psicológico, estas enfermeiras não conseguem ter tempo para passar com seus filhos, familiares, nem se especializar. As 30 horas já não é um benefício, é uma emergência. Não dá mais para estas profissionais se dedicarem para a profissão e perderem grande parte de suas vidas sem poder gozar do fruto do seu trabalho ao lado de pessoas que ama, ou se preparando ainda mais para enfrentar as adversidades da arte do cuidar em enfermagem”, comentou Solange Caetano. O perigo das cansativas jornadas acaba trazendo consequências para fora do ambiente de trabalho também. Muitos enfermeiros, após longas horas laboradas, ainda enfrentam trânsito, cursos, entre outros afazeres que ficam totalmente comprometidos. O profissional que após trabalhar em longas jornadas ainda se dispõe a estudar pode ter o seu rendimento intelectual comprometido. O cansaço interfere no processo de aprendizagem, no humor e na percepção. Em 2012, a técnica de enfermagem Jaqueline de Lima, na época com 25 anos, cumpria plantão de 12h e conciliava seus afazeres com a Faculdade de Enfermagem que cursava no período da manhã. Jaqueline trabalhava em uma UTI Adulto, e tinha como rotina, atenção em manusear medicamentos e suas
  • 23. REPORTAGEM UNICAMP APROVA JORNADA DE 30 HORAS SEMANAIS PARA 5O CATEGORIAS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE A reivindicação pela jornada de 30 horas semanais para os profissionais que atuam nas atividades de assistência vem desde 1982, quando foi criada a Comissão de Funcionários do Hospital de Clínicas. Muito embora as 30h fossem à prática corrente, os contratos de trabalho previam 40h semanais. Mas em cumprimento à determinação do Ministério Público do Trabalho, foi aprovada a Deliberação CAD-A-03/2005, que adequou as jornadas de trabalho aos contratos, o que causou insatisfação por parte dos servidores envolvidos. Após meses de negociação, foi aprovada pela CAD a Deliberação-A-003/2006, que estabeleceu jornadas diferenciadas para a área da saúde, entretanto, observando a jornada contratual de 40h semanais. Em março de 2013, o então candidato a reitor, Prof. Dr. José Tadeu Jorge, assumiu o compromisso de viabilizar a implantação da jornada de 30 h, e em maio de 2013, através da Portaria GR-046 de 22/05/2013, designou membros para compor o Grupo de Trabalho para analisar e propor as providências para a implantação das 30h. Sob a presidência do Enfº Adilton Dorival Leite, o GT se debruçou sobre a questão atual que envolve os aspectos relacionados à preservação da saúde dos trabalhadores, e as consequências e impactos da redução da jornada nos indicativos de qualidade dos serviços de saúde prestados pela Universidade. O Consu aprovou no dia 5 de agosto a proposta para efetivar a jornada de 30h. O objetivo é efetivar a medida a partir de 1º de dezembro de 2014 para os servidores que optarem pela nova jornada. Por conta disso, 291 novas vagas abrangendo 51 categorias serão abertas. As vagas serão ocupadas por 19 profissionais concursados. “A jornada de 30h atende uma demanda histórica dos trabalhadores da saúde da Unicamp, além de ser instrumento para preservação da saúde do trabalhador, constitui condição necessária para uma assistência segura e de qualidade“, lembrou o coordenador do GT, Enfermeiro Adilton Dorival Leite. aplicações, além de grandes esforços físicos para garantir à assistência de qualidade aos pacientes. Após findar sua jornada de trabalho, ainda tinha que cumprir mais de 5 horas diariamente em seu estágio. E foi em um desses dias, de plantão, e estágio que a Técnica ao retornar para a sua casa, dormiu ao volante e sofreu um sério acidente. “Naquele dia, eu estava exausta, e só me lembro de estar dirigindo e de repente acordar com muitas pessoas ao meu redor perguntando se eu estava bem, comentou Jaqueline. Por sorte, a profissional não sofreu graves lesões. “Conheço outros parceiros da Enfermagem que também já sofreram acidentes por estarem cansados. Se a jornada de trabalho em 30 horas semanais já tivesse sido regulamentada, com certeza esse tipo de problema seria evitado”, completou. “Há uma cultura na Enfermagem de múltiplos empregos para poder ter uma renda melhor. Por isso, os trabalhadores precisam unir força nesta luta pela aprovação do PL 2295/00, para que, além das 30h semanais, a categoria também garanta um piso salarial nacional digno. Desta forma, o enfermeiro terá mais tempo para dedicar exclusivamente no seu trabalho com um salário que não o obrigue a ter vários empregos, e também terá tempo para família, estudos, especialização e lazer”, finalizou Solange Caetano.
  • 24.
  • 25. CARREIRA ENSINO A DISTÂNCIA PODE NÃO SER A MELHOR OPÇÃO PARA O APRENDIZADO DA ENFERMAGEM OS CURSOS, NO GERAL, DÃO O ALICERCE, A BASE QUE O ACADÊMICO NECESSITA PARA DESENVOLVER SUAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS De acordo com o Ministério da Educação e Cultura (MEC): ‘educação a distância é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares e tempos diversos’, regulamentada a partir do Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005. As instituições que oferecem esse tipo de modalidade precisam estar credenciadas ao MEC e ter os cursos reconhecidos. Especificamente os cursos de direito, medicina, odontologia e psicologia devem também ser submetidos a avaliação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou do Conselho Nacional de Saúde, respectivamente. No caso da Enfermagem, há, no Brasil, mais de 700 cursos de graduação contemplados em 685 universidades. Desses, 469 são ministrados no modelo de educação a distância (considera-se que, em apenas uma universidade pode haver mais de um polo de EAD). A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi a primeira instituição a oferecer esse tipo de curso. Hoje possui sete opções 21
  • 26. de curso de graduação entre ciências, humanas e exatas, e nove cursos de pós-graduação, que fazem parte do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), que pretende melhorar a qualidade de ensino nas regiões atendidas por Polos de Apoio Presencial da UAB parceiros da UFJF e, consequentemente, formar profissionais para o mercado de trabalho. No Brasil, há muito que se fazer em prol da educação, acesso à informação e ao conhecimento. Cursos de longa distância estão sendo uma ferramenta social capaz de levar o conhecimento, principalmente para as pessoas mais afastadas dos polos educacionais. Entretanto, este método não é o mais indicado para quem deseja se formar em alguma área da saúde, como na enfermagem. Por mais que vários cursos já tenham sido reconhecidos pelo MEC, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) já chegou a mandar recomendações ao MEC para não reconhecerem as graduações de Enfermagem à distância, e sugeriu que sejam revisadas as autorizações que já tivessem sido concedidas para cursos desta modalidade. Várias organizações da Enfermagem estão, ao longo dos anos, buscando diversas formas de aumentar a qualidade na forma de qualificar adequadamente a formação dos enfermeiros. É uma função da qual merece uma grande atenção pelo peso da responsabilidade em seu exercício na prática, principalmente por ter como objeto de trabalho a vida do próximo. “Os cursos no geral dão o alicerce, a base que o acadêmico necessita para desenvolver suas atividades profissionais, mas, o processo de formação é permanente” , afirma Rosemere Rosemira da Silva Pegas, Enfermeira e Docente. Não tem como negar que ao longo dos anos houve um grande avanço nas diversas áreas do conhecimento, e que o indivíduo pode ser capaz de exercer uma ação de maneira segura e com eficácia por um aprendizado adquirido à distância. Entretanto, o motivo da preocupação dentro da área da Enfermagem, é pelo fato de que muitas técnicas do ensino da saúde necessitam de uma abordagem diferenciada, presencial. “As disciplinas práticas necessitam da presença do professor, pois ele não ensina somente como fazer, mas qual a forma mais adequada em cada situação, além de reforçar o relacionamento interpessoal tão necessário na formação do Enfermeiro”, explica Rosemere. A natureza imprecisa do homem impossibilita prescrições prévias das quais as reações e manifestações ao se cuidar de um paciente podem acontecer. O homem é um ser ímpar, não se segue premeditações acerca das suas ações. Por isso, o curso de Enfermagem, tal como outros cursos que envolvem a área da saúde, não pode ser considerado uma boa opção para ser cursado à distância. Há uma grande complexidade dentro das ações das quais um estudante e futuro enfermeiro irá exercer que não podem e não devem ficar apenas no ambiente virtual teórico. O aperfeiçoamento de algumas matérias, assim como alguns cursos de pós-graduação na área da saúde e cursos de extensão, não exige desempenho presencial. Muitas matérias são de competência administrativa ou de conhecimento específico com abordagem acerca de raciocínios lógicos em diagnósticos ou tratamentos previamente já vistos em graduação. Obviamente, há cursos de extensão e graduação, que divide sua carga horária de forma semipresencial, separando assim, a teoria da prática em diferentes momentos do curso. Esta metodologia não é tão prejudicial ao exercício da função, se o básico, o necessário e o indispensável, dentro da graduação, forem ensinados de maneira correta e adequada. “Algumas disciplinas podem utilizar a modalidade à distância, por ter seu conteúdo totalmente teórico, e as disciplinas práticas podem usar aulas à distância como reforço do aprendizado. Mas, desenvolver todo o currículo do curso na modalidade à distância vai comprometer a qualidade da assistência de Enfermagem” , completa Rosemere. Segundo dados do COFEN CARREIRA 22
  • 27. há, no Brasil, indicadores que provam que a quantidade de cursos presenciais oferecidos supre a demanda de procura. Este é mais um fator que faz com que a entidade defenda esse tipo de graduação. “Um enfermeiro é formado por um conjunto de fatores que vão desde o conhecimento científico ao conhecimento prático. Um bom profissional é aquele que domina não só o conhecimento teórico, mas a melhor maneira de tratar o seu paciente, a quem deve se dedicar de forma integral para realizar um trabalho de qualidade. A prática, o próprio nome já diz, se aprende fazendo. Esse é o melhor método, onde o professor passa adiante técnicas e habilidades de como se relacionar com um paciente”, lembra Solange Caetano, presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP). O SEESP indica aos estudantes da área da saúde, tanto de cursos técnicos, graduações e pós-graduação, que se atentem sobre a instituição e modalidade de curso que irão cursar. Acreditamos que buscar a excelência na área da Enfermagem significa disposição para aprender a teoria com total empenho e aplicá-la com eficiência na prática aos cuidados dos pacientes. É importante ressaltar que as ações no dia a dia de trabalho de um profissional de enfermagem atingem graus de complexidade que, somente com um conhecimento prático, são resolvidas com a atenção necessária, por isso, o SEESP é contra o aprendizado não presencial em uma profissão em que o preservar da vida é o seu maior objetivo. CARREIRA A ESCOLHA DE UM MÉTODO DE QUALIDADE, QUE PROPORCIONE CONTATO COM TEORIA E PRÁTICA, SEMPRE SERÁ UMA 23 BOA ESCOLHA “Acredito que os cidadãos não se sentiriam seguros ao saber que o enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem aprendeu a fazer uma simples coleta de sangue ou aplicação de medicamento virtualmente, sem sequer ter feito tal procedimento em um boneco ou simulador de procedimentos médicos. Por isso, estudar em um modelo de ensino de qualidade, que proporcione contato com teoria e prática, sempre será uma boa escolha para formar um profissional de qualidade. É urgente a necessidade das entidades representativas da enfermagem se unirem contra este modelo de formação que não proporciona segurança no atendimento a sociedade, e que ainda poderá trazer efeitos nefastos ao mercado de trabalho num curto intervalo de tempo”, finaliza Solange Caetano.
  • 28. 24 MOBILIZAÇÃO ATO NO DIA MUNDIAL DA SAÚDE CONTA COM REINVINDICAÇÕES E ATIVIDADES CULTURAIS Movimentos populares, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e entidades sindicais, como o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP), celebraram em São Paulo o Ato Unificado pelo Dia Mundial da Saúde, visando cobrar do Estado a responsabilidade de garantir o acesso universal à saúde e criação de políticas públicas que viabilizam um Sistema Único de Saúde (SUS) humanizado com qualidade. Uma caminhada que partiu da Praça da Sé objetivou alertar a forma de privatização que o setor vem sofrendo por meio da atuação das Organizações Sociais (OS’s), contratadas pelo governo estadual que acaba eliminando concursos públicos, submetendo os profissionais da saúde às contratações com diminuição de direitos trabalhistas e salários diferenciados dos servidores concursados. “O Estado precisa investir em concursos para aumentar seu quadro de profissionais, precisamos sempre estar atentos e cobrar isso do governo”, disse Ana Firmino, diretora do SEESP. Além dos debates, houve atividades culturais. A Tenda Paulo Freire foi uma das atrações, com apresentações, malabarismo e outras intervenções lúdicas. Em comemoração aos avanços e conquistas, no mesmo dia, deu-se início a Semana de Humanização do SUS. O encerramento das atividades da apelidada HumanizaSUS aconteceu na Praça Júlio Prestes. CENTRAIS REALIZAM MARCHA NA CAPITAL PAULISTA POR PAUTA DE REIVINDICAÇÕES TRABALHISTAS Em abril, aconteceu a 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, em passeata até o Vão Livre do MASP. Forças sindicais e movimentos trabalhistas se uniram com o objetivo de cobrar maior atenção para reivindicações pendentes que esperam uma tratativa pelo Executivo e pelo Legislativo. Mais de 40 mil pessoas participaram da manifestação organizada por seis centrais: CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT, que levou para as ruas bancários, metalúrgicos, profissionais da construção civil, químicos, professores, colaboradores da saúde, servidores públicos, integrantes do movimento dos sem-terra e sem-teto. A pauta foi aprovada em 2010 e entregue aos então candidatos à Presidência da República, incluindo a atual presidenta Dilma. Dentre vários itens, destacam-se o pedido pelo fim do fator previdenciário, arquivamento do Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização, regulamentação das convenções 151 (direito de greve e negociação coletiva no setor público) e 158 (contra demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), pedidos de correção da tabela do Imposto de Renda, reajuste das aposentadorias, melhores investimentos em saúde, mais educação, segurança e melhoria do transporte público. “Unir forças é a melhor forma de cobrar um maior comprometimento com a agenda sindical. Estávamos juntos de outras classes, lutando pelos ideais da Enfermagem, e também por um Brasil mais justo com os trabalhadores”, lembrou Elaine Leoni, secretaria geral do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP).
  • 29. ( ) Enfermeiro / Capital - R$20,00 ( ) Enfermeiro / Interior - R$15,00 25 Sindicalização Atualização Dados Pessoais: Nome: Endereço: Bairro: Cidade: UF: CEP: Telefone: RG: CPF: COREN: E-mail: Data de Nascimento: Sexo: ( ) Masc ( ) Fem Dados Profissionais: Razão Social: Endereço: Cargo: Telefone: Opções de Pagamento: ( ) Boleto Bancário - Mensal ( ) Anuidade - Estudantes ( ) Holerite* Valores: ( ) Sócio Especial - R$12,00 *Autorizo o desconto mensal em holerite ( ) Estudantes - Taxa Anual no valor selecionado a favor da Entidade consignatária em referência. Dependentes: Deseja cadastrar dependentes: ( ) Sim ( ) Não Nome: Nasc. Parentesco: Nome: Nasc. Parentesco: Nome: Nasc. Parentesco: Local: Data: Assinatura:
  • 30. 26 DOBRE AQUI CARTA - RESPOSTA NÃO É NECESSÁRIO SELAR O SELO SERÁ PAGO POR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO SEESP AC SÃO MIGUEL PAULISTA 08010-999 - São Paulo - SP DOBRE AQUI COLE AQUI