O documento discute a teoria da Ecopedagogia no contexto da cibercultura. A Ecopedagogia enfatiza a interconexão entre todos os seres vivos e a educação voltada para a vida cotidiana e sustentabilidade. As tecnologias digitais podem ser usadas de forma a promover os princípios da Ecopedagogia, como pensamento global e consciência planetária.
1. As Teorias Pedagógicas Modernas ressignificadas
pelo debate contemporâneo na Educação e as suas
perspectivas na Cibercultura
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu de Novas Tecnologias
para o Ensino da Matemática
Disciplina: Informática Educativa I
Tutor: Jonas da Conceição Ricardo
Aluno: Sandro Alves de Azevedo
Governador Valadares-MG
29 de Agosto de 2014
2. Objetivo
Destacar uma das teorias pedagógicas citadas
no texto “As Teorias Pedagógicas Modernas
ressignificadas pelo debate contemporâneo na
Educação” de José Carlos Libâneo, no contexto
da Cibercultura, ou seja, como essas
tecnologias podem ser utilizadas na educação
segundo a teoria pedagógica escolhida.
Neste caso darei ênfase à Teoria da
Ecopedagogia da Corrente Holística.
4. CORRENTES “HOLÍSTICAS”
Na educação holística não é rejeitado o conhecimento
racional e outras formas de conhecimento, mas insiste
em considerar a vida como uma totalidade em que o
todo se encontra na parte, cada parte é um todo, porque
o todo está nela. Portanto visa trabalhar na totalidade em
que as partes integram, sendo o Universo considerado
como totalidade das dimensões interpenetrantes.
5. ECOPEDAGOGIA
É uma pedagogia que promove a aprendizagem do sentido das
coisas a partir da vida cotidiana; é no cotidiano que se
constrói a cultura da sustentabilidade, a cultura que valoriza a
vida, que promove o equilíbrio dinâmico entre seres viventes
e não viventes.
Os princípios da ecopedagogia acentuam a unidade de tudo o
que existe, a inter-relação e auto-organização dos diferentes
ecossistemas, o reconhecimento do global e do local na
perspectiva de uma cidadania planetária, a centralidade do ser
humano no processo educativo e a intersubjetividade, a
educação voltada para a vida cotidiana.
6. Princípios norteadores da
Ecopedagogia
O Movimento pela Ecopedagogia ganhou impulso sobretudo a partir do Primeiro
Encontro Internacional da Carta da Terra na Perspectiva da Educação, organizado pelo
Instituto Paulo, com o apoio do Conselho da Terra e da UNESCO, de 23 a 26 de agosto
de 1999, em São Paulo e do I Fórum Internacional sobre Ecopedagogia, realizado na
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal,
de 24 a 26 de março de 2000. Desses encontros surgiram os princípios orientadores
desse movimento contidos numa "Carta da Ecopedagogia". Eis alguns deles:
1. O planeta como uma única comunidade.
2. ATerra como mãe, organismo vivo e em evolução.
3. Uma nova consciência que sabe o que é sustentável, apropriado, o faz sentido para a
nossa existência.
4. A ternura para com essa casa. Nosso endereço é a Terra.
5. A justiça sócio-cósmica: a Terra é um grande pobre, o maior de todos os pobres.
6.Uma pedagogia biófila (que promove a vida): envolver-se, comunicar-se,
compartilhar, problematizar, relacionar-se entusiasmar-se.
7. Uma concepção do conhecimento que admite só ser integral quando compartilhado.
8. O caminhar com sentido (vida cotidiana).
9. Uma racionalidade intuitiva e comunicativa: afetiva, não instrumental.
10. Novas atitudes: reeducar o olhar, o coração.
11. Cultura da sustentabilidade: ecoformação. Ampliar nosso ponto de vista.
7. Saberes para a sustentabilidade e a paz
A Ecopedagogia como pedagogia apropriada ao
processo da Carta da Terra apropriada para um
momento de reconstrução paradigmática se
fundamenta num paradigma filosófico (Paulo Freire,
Leonardo Boff, Sebastião Salgado, Boaventura de
Sousa Santos, Milton Santos) emergente na educação
que propõe um conjunto de saberes/valores
interdependentes. Entre eles podemos destacar:
• 1º) Educar para pensar globalmente.
• 2º) Educar os sentimentos.
• 3º) Ensinar a identidade terrena.
• 4º) Formar para a consciência planetária.
• 5º) Formar para a compreensão.
• 6º) Educar para a simplicidade e para a quietude.
8. Tecnologia
As redes de comunicação tomam uma dimensão
irreversível com os sistemas tecnológicos
cada vez mais avançados e devem
ser aproveitadas pedagogicamente.
“As características promissoras da era das redes são, segundo muitos, a
hipertextualidade, a conectividade e a transversalidade. Trata-se de usá-las
em proveito da educação do desejo da solidariedade, porque a
bipolarização da sociedade entre “info-ricos” e “info-pobres” está em
contradição com as oportunidades oferecidas pelo próprio potencial
tecnológico. Agora é preciso trabalhar pedagogicamente o descompasso
dos seres humanos em relação às oportunidades contidas nas obras de
suas próprias mãos. O atraso passou a ser, sobretudo, das mentes e dos
corações.” (HUGO ASSMANN, 2001, p 21)
9. Redes integradas a educação
“A definição teórica e prática desta nova abordagem educativa deverá
privilegiar as abordagens complexas, em rede, centradas nas interações
ambiente-sociedade-economia (política-cultura)” (FREITAS, 2005c, p. 1480).
As regras da globalização são ditadas pelo capitalismo, e a nova economia está
sendo moldada pelas redes de comunicação, que, por sua vez, moldam a
cultura.
“Quando os sons e as imagens se combinam com o texto verbal, sob a forma
de hipertextos, se confundem os níveis de realidade ou se subvertem as
intencionalidades, tornando-se cada vez mais difícil distinguir o real do
virtual.” (FREITAS, 2005, p. 1474)
10. Cibercultura
A cibercultura é a cultura contemporânea
estruturada pelo uso das tecnologias digitais em
rede, “conectividade generalizada”, nos
espaços-tempo cotidianos de ensino-aprendizagem,
ou redes educativas ou espaços
multirreferenciais de aprendizagem, do
ciberespaço e das cidades.
11. Ciberespaço
O ciberespaço, mídia digital em rede, é
todo e qualquer espaço informacional
multidimensional permitindo ao usuário o
acesso, a manipulação, a transformação e o
intercâmbio de seus fluxos codificados de
informação.
12. Integração das Ciber...
O que muda com a cibercultura é que
temos a nosso favor a conectividade
com o ciberespaço e deste com as
cidades. A cibercultura é formativa;
afinal aprendemos em rede e o
ciberespaço é um espaço
multirreferencial
de aprendizagem.
13. Inclusão digital fundamentada
As tecnologias digitais em rede ampliam e
potencializam a nossa capacidade de
memória, armazenamento, processamento e
disponibilização de informações,
conhecimentos e opiniões, e, sobretudo, de
comunicação através da movimentação
social na rede.
14. Rede de comunicação
Com os avanços da internet e como a rede
mundial de computadores vem interagindo
com diversos espaços-tempo cotidianos,
isso contribui para nossos processos de
comunicação e de construção de
conhecimentos.
15. Metodologia moderna
Desenvolver e utilizar metodologias
integradoras, inclusivas e participantes,
nas quais todas as pessoas são sujeitos dos
processos educacionais dos quais
participam, simultaneamente, como
pesquisadoras e formadoras.
16. Conclusão
Convive-se, atualmente, com pluralidade de
possibilidades que as tecnologias podem oferecer à
educação através da rede de comunicação. Cabe, então
à escola inserir em seu projeto político pedagógico e no
planejamento escolar, objetivos e conteúdos curriculares
que sejam oriundos da prática cotidiana de sua clientela
para se tornarem significativos para os mesmos.
Precisamos otimizar e trabalhar pedagogicamente as
Novas Tecnologias como instrumentos de informações
que as redes de comunicação disponibilizam a favor da
educação, como meio promotor de diálogo e reflexões.
17. Consideração Final
“O importante é entender que a educação do século
XXI irá, a cada novo dia, incorporar novos recursos
tecnológicos ao cotidiano do aluno, e que as escolas
que não se propuserem a incorporar tais ferramentas
ao trabalho em sala de aula estarão se distanciando
de seus alunos, nativos digitais, e da sociedade
como um todo, estando, portanto, correndo grandes
riscos quanto a sua própria sobrevivência em um
mercado cada vez mais voraz por novos meios e
recursos que possibilitem uma melhor
aprendizagem.” (João Luís de Almeida Machado)
18. Referências da produção do trabalho
• Libâneo, José Carlos – As Teorias Pedagógicas modernas resignificadas
pelo debate contemporâneo na Educação, 2005.
• Santos, Edméa – A Cibercultura e a Educação em tempos de mobilidades e
redes sociais: Conversando com os cotidianos, (PROPED/UERJ), 2010.
Endereços eletrônicos consultados em 28 e 29 de Agosto de 2014:
• http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev21/moacir_gadotti.htm
• http://www.paulofreire.org/wp-content/uploads/2012/CCP_Mat_Ref/PECP-marco_
te%C3%B3rico.pdf
• file:///D:/BACKUP%20SANDRO%2011.04.2013/Sandro/Documents/pdf_e
b7ff15f20_0006949.pdf
• http://sistemapoliedro.com.br/sep/artigos/pdf/Artigo_O%20que%20s%C3%
A3o%20Tecnologias%20Educacionais_[Jo%C3%A3o%20Luiz%20Machad
o].pdf