1) O documento estabelece ligações entre a história da comunicação e contextos educativos, traçando uma linha do tempo desde a comunicação interpessoal na pré-história até a comunicação em ambiente virtual na atualidade.
2) Ao longo da história, novas formas de comunicação surgiram e complementaram as anteriores, permitindo novos contextos educativos como a auto-educação e escolas paralelas.
3) A pirâmide apresentada sugere que nenhuma forma de comunicação substitui a anterior, mas antes complementa o processo
1. ESTABELECIMENTO DAS LIGAÇÕES ENTRE HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E CONTEXTOS EDUCATIVOS
Sandrina Valente
Instituto Piaget - Educação Socioprofissional
Aluna 43518
A característica de cumulatividade subjacente à história da comunicação foi aproveitada de forma a construir o
quadro seguinte, cuja leitura se sugere que seja feita de baixo para cima de forma a iniciar pelo aparecimento da
configuração comunicativa mais antiga. Assim, o triângulo que se apresenta sugere a pirâmide comunicacional,
sendo certo que nenhum tipo de comunicação substitui a antecedente, antes complementa-a num processo que
se supõe interminável, e que durará enquanto durar a história do próprio ser humano.
Configurações Comunicativas – História da Comunicação Contextos Educativos
Comunicação em Ambiente Virtual Comunidades de Aprendizagem
A actualidade caracteriza-se pela rede comunicacional global existente. O aperfeiçoamento dos
Actualidade
microprocessadores, as velocidades permitidas com o uso de fibra óptica e as oportunidades criadas pela
digitalização da informação deram azo ao aparecimento do virtual como forma de visualização e tratamento de
informações. As possibilidades daquela ligação em rede permitiram o aparecimento de comunidades que podem
localizar-se nos antípodas e ainda assim partilharem informação e moldarem-na conforme pretenderem, sem
constrangimentos espácio-temporais. Obviamente que a internet é uma das mais fortes ferramentas que existe a
este nível, com potencialidades reconhecidas e usadas por milhões de indivíduos.
Comunicação Individual Auto-Educação
A constante inovação tecnológica e a consequente banalização dos self-media (reprografia, audigrafia, fotografia,
Linha de tempo relativa ao aparecimento das diferentes formas de comunicar
videografia e multigrafia) permite ao indivíduo ter um acesso individual à comunicação, quer como emissor ou
como receptor, processando, neste caso, a informação. Aqui, portanto, os sujeitos adquirem a qualidade de
autodidactas, dada a facilidade em aceder a meios que permitem uma aprendizagem autónoma – a auto-
educação.
Comunicação de Massa Escola Paralela
Os mass-media são o marco da passagem de uma comunicação exclusiva de um número reduzido de
destinatários para um conjunto vasto de potenciais destinatários. Invenções como a imprensa, num primeiro
momento histórico, e o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, num segundo momento histórico, generalizam o
acesso aos receptores a um qualquer emissor que dela(s) se sirva, com a heterogeneidade e o vastíssimo número
do público que isso significa. Consequentemente, àquela escola mais formal junta-se uma escola, dita paralela,
composta pelo produto do uso todas aquelas inovações e dos acessos comunicacionais ilimitados que lhes
parecem ser inerentes.
Comunicação de Elite Escola
O aparecimento da escrita revolucionou as características comunicacionais de então. No entanto, poucos tinham
acesso ao conhecimento associado à utilização desta nova forma de comunicar. Só uma elite poderia ter acesso à
formação, que necessitava de um espaço e outras condições para funcionar – necessitava de uma escola.
Pressupunha-se que a mesma seria para quem possuísse tempo livre, o que não era manifestamente o caso dos
membros do povo, o que terá gerado desigualdades entre os habilitados e os não habilitados a ler e escrever.
Comunicação Interpessoal Família
Nos primórdios da vida do Homem, a comunicação só era possível quando realizada de forma imediata e
Pré-História
presencial. Através da fala e dos gestos, os saberes, estados de espírito, necessidades, crenças passavam entre
membros do grupo – família – exclusivamente. Essa comunicação exige a presença dos intervenientes no mesmo
espaço e ao mesmo tempo para que se efective. Aos poucos, o Homem inicia a utilização da representação
icónica. O uso desses símbolos anunciava o surgimento da escrita.