SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 42
A CULTURA DA CATEDRAL
CONTEXTO HISTÓRICO
A SOCIEDADE DOS SÉCS. XII A XIV
Pol de Limburgo, pormenor de página iluminada do Livro de
Horas do Duquede Berry, século XV
 Desenvolvimento das actividades mercantis (agricultura excedentária)
 Reacendimento dos mercados internos e externos;
 Aparecimento das actividades financeiras (seguros);
 Formação de um novo grupo social – a burguesia:
 Composta por artesãos, mercadores, lojistas e letrados.
Uma rua de comércio num burgo medieval (iluminura francesa do
século XIII)
O crescimento das cidades a partir do século
XII ficou bem exposto no alargamento do
espaço urbano fruto da actividade económica
protagonizada pelas feiras e pelo
desenvolvimento agrícola. Além do crescimento
das cidades existentes, novos espaços surgem
como resultado dos factores mencionados.
Geografia das principais cidades europeias
e a sua população até meados do século
XIV
As cidades medievais foram planeadas de acordo com a
localização de alguns edifícios importantes como a
catedral, o palácio de administração e a casa das
corporações. As casas de habitação estavam agrupadas
por profissões ao longo de ruas estreitas e tortuosas.
A cidade medieval de Carcassone, França
Os pelourinhos simbolizavam
a autoridade administrativa
local.
Filosofia escolástica:
Nome dado ao conjunto de doutrinas teológico-filosóficas
que se ensinavam nas escolas e universidades medievais.
resumia-se ao estudo e comentário da filosofia clássica
(Platão, Aristóteles entre outros) e dos escritos dos principais
autores cristãos – doutores da Igreja – como Santo
Agostinho.
O ensino praticado era livresco e teórico, baseado na
autoridade do mestre, que nunca poderia ser refutado.
Uma aula numa universidade medieval (iluminura da época)
O renascimento urbano fez desenvolver uma nova cultura popular:
- Cantares e danças;
- Florescimento das línguas nacionais (poesia trovadoresca);
- Conforto e luxo dos grandes (nobres e eclesiásticos);
- jogos guerreiros e saraus palacianos;
- Desenvolvimento do mecenato:
- Apoio a artistas (alojamento e financiamento das obras elaboradas);
- Códigos de etiqueta (regras de comportamento e postura) nas cortes régias.
Dante Alighieri
Dante Alighieri cortou com a
tradição medieval de usar o latim na
escrita dos livros. Em substituição
desta língua, usou a língua italiana, o
que permitiu o seu aperfeiçoamento.
RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA OBRA
“DIVINA COMÉDIA”
 O título original é A Comédia – foi alterado mais tarde
para Divina Comédia pelo estatuto que Dante adquiriu
como poeta;
 Consiste na viagem que um homem (consensualmente
julgado como sendo o próprio Dante) realiza pelos três
estádios pós-morte: o Inferno, o Purgatório e o
Paraíso;
 Essa “viagem” foi o subterfúgio poético de que se
serviu para analisar a vida humana (particularmente a
da sua cidade) e expor o seu pensamento no campo
da filosofia e da teologia.
A Peste Negra propaga-se na Europa a
partir de 1347-48 (chega a Portugal em
1348).
O contágio fazia-se geralmente pela
picada de pulga ou pela mordidela de
rato. Esta pandemia trouxe
consequências demográficas e
económicas muito graves.
OS SINTOMAS DA PESTE
“As úlceras apareciam sob as axilas e nas virilhas e a
morte sobrevinha ao terceiro dia. Por vezes, os doentes
morriam sufocados pelo próprio sangue. O pavor era tal
que, logo que apareciam feridas no corpo de um doente,
todos o abandonavam, até os parentes: o pai deixava o
filho a agonizar no seu catre e o filho deixava o pai. (...)
Assim, faleciam por falta de cuidados muitos que, de outra
forma, poderiam sobreviver; outros, quando atingidos,
eram logo considerados condenados, levados para a vala
e sepultados antes de terem dado o último suspiro.”
Relatos de Bulize em Vidas dos Papas de Avinhão
A CULTURA DA CATEDRAL
A ARQUITETURA GÓTICA
PARA ESCLARECER
 A palavra gótico tem como referência original o
povo godo, de origem germânica, cujo idioma
era o gótico.
 A denominação gótica foi criada em jeito de
crítica por oposição ao estilo românico. Seja
como for, a sua designação manteve-se
inalterada até aos dias de hoje.
A ARTE GÓTICA
A arte gótica nasceu no Ocidente europeu – mais
propriamente na Île de France, coração de França – por
meados do século XII, perdurando pelos séculos XIII e XIV na
Itália, até ao século XV na França e para além deste século
nos países mais ao norte onde deixou duradoiras tradições.
ARCO OGIVAL
OS DIFERENTES TIPOS DE
ABÓBADA
Abóbada de leque
Abóbada de cruzaria de ogivas
Abóbada estrelada
Arcobotantes
2. Corpo principal com 5 naves
3. Transepto com 5 naves
4. Duplo Deambulatório
Nesta perspectiva é possível observar todas
as inovações arquitectónicas do Gótico:
abóbadas de cruzaria ogival com nervuras;
arcobotantes duplos que possibilitaram que
as paredes se tornassem mais altas e mais
finas; trifório encimado por um alto clerestório
(sem galeria, portanto); e grandes vidraças
que dissolvem as paredes em luz.
Perspetiva, em secção, da Catedral
de Amiens, França, século XII
AS INOVAÇÕES DA
ARQUITECTURA
GÓTICA
A nível interior:
-No transepto, que passa a ser menos, ou nada, saliente, tornando a cruz
latina menos explícita na planta.
-Na cabeceira, que se tornou mais complexa e aumentou de tamanho,
chegando a ocupar cerca de um terço da área total da igreja;
-E na altura da nave central, que foi sendo progressivamente maior,
concretizando o ideal de verticalidade da estética gótica.
Catedral de Notre-Dame de Chartres
Planta da Catedral de Amiens
INOVAÇÕES A NÍVEL EXTERIOR
 O portal oeste passa a ser triplo;
 As arquivoltas tornam-se mais esguias;
 A verticalidade é impulsionada pela
implementação de torres sineiras ladeando os
portais, em cima de cruzeiros ou adossadas no
transepto.
 As torres sineiras tinham um telhado cónico ou
em agulha;
 Uso de pináculos rendilhados;
 Decoração estatuária em contraste com o
interior, em tímpanos, cornijas e botaréus.
Catedral de Notre-Dame de Reims, França
O portal Oeste passou a ser
triplo estando de acordo com a
estrutura interior.
A noção de verticalidade foi
reforçada com a construção de
torres sineiras.
Perspetiva do lado este – exterior do
Mosteiro de Santa Maria da Vitória,
Batalha
CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA GÓTICA
EM PORTUGAL
 Edifícios de dimensões mais modestas, com
verticalidade menos acentuada;
 Persistência da influência do Românico na estrutura
e na planta do edifício;
 Janelas mais pequenas e em menor número;
 Uso de coberturas em madeira e pedra, mantiveram
as abóbadas e contrafortes românicos;
 Decoração menos rica presente em cabeceiras e nos
capitéis das arcadas, com motivos vegetalistas e
quase sem figuração;
 No gótico em Portugal, a grande exceção é o
Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
A ESCULTURA GÓTICA
De acessório à liberdade
Escultura
Gótica
Conhece uma
maior
afirmação na
arte gótica
Emancipação
em relação à
arquitetura
Abundância
de altos
relevos em
diferentes
locais
Mísula
A escultura figurativa
encontra-se
adossada
a colunelos ou
botaréus
Estátuas colunas, portal
ocidental, Catedral de
Chartres, 1134-1200
Eckehard e Uta, Catedral de Naumburg, c. 1260
As figuras ganham maior realismo e
naturalismo (gestos e formas)
As figuras ganham expressividade
(transmitem sentimentos e emoções)
Pietá do Mosteiro de Sceon, Salzburgo, Alemanha, c. 1400
A morte e os temas
escatológicos tornaram-se
populares:
- a Descida da Cruz,
- as pietás ou a morte
personificada irromperam nas
artes francesa, flamenga e
germânica como temas
dominantes.
A partir do século XIV, as esculturas
são marcadas pela posição em “S”
dado por um balanceado requebro da
anca.
Virgem da Sainte-Chapelle, Paris, princípios
do século XIV, marfim, 41 cm de altura
TEMÁTICAS
 Valorização do papel da mulher através as
representações das Senhoras do Leite e das
Senhoras do Ó, que também marcaram a tradição
portuguesa (representações de Nossa Senhora de
esperanças e a amamentar o Menino Jesus,
respetivamente);
 Temas ligados à história, à fábula, ao mundo
animal e às diversas ciências e uma série de
motivos vegetalistas simples, de grande verismo e
naturalismo.
A Morte da Virgem, tímpano do portal do transepto sul da Catedral de Reims,
França
Reaparecimento da prática do retrato
TÚMULO DE D. PEDRO I, SÉC. XV, CALCÁRIO
(PATENTE NA IGREJA DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA)
Roda da Fortuna, símbolo da
incerteza do destino humano.
OS VITRAIS NO GÓTICO
Vitrais – Mosteiro de Santa Maria da Vitória
VITRAIS
 Aproveitavam a luz natural para proporcionar um
ambiente celestial propício ao espírito religioso da
época;
 Representavam cenas dos ofícios onde figuravam
reis, bispos e nobres que constituíam os
encomendadores destes painéis;
 Os vitrais assumiam uma função documental e
simbólica.
COMO ERAM ELABORADOS?
 Cortavam-se placas de vidro colorido em pequenos
pedaços com um desenho devidamente
estabelecido por um pintor;
 Esses pedaços eram unidos por filetes de chumbo
cujos contornos eram definidos com uma tinta
escura junto ao chumbo;
 As figuras são alongadas e bidimensionais (com
altura e largura, sem profundidade espacial);
 A expressividade é visível nos gestos das figuras.
EXEMPLOS DE
VITRAIS GÓTICOS

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie A cultura da catedral na Europa medieval

Catedral de notre dame paris
Catedral de notre dame parisCatedral de notre dame paris
Catedral de notre dame parisAmadeu Wolff
 
Catedral de Notre Dame Paris
Catedral de Notre Dame ParisCatedral de Notre Dame Paris
Catedral de Notre Dame Pariscristinasousaprof
 
Cultura,arte e religião
Cultura,arte e religiãoCultura,arte e religião
Cultura,arte e religiãoTeresa Maia
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoPrivada
 
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de Versalhes
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de VersalhesArte Barroca, Luís XIV, Palácio de Versalhes
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de VersalhesTânia Domingos
 
Cap06 classicismo
Cap06 classicismoCap06 classicismo
Cap06 classicismowhybells
 
7 hist da art artegótic
7 hist da art   artegótic7 hist da art   artegótic
7 hist da art artegóticAndré Figundio
 
3.3 a produção cultural humanismo e renascimento
3.3 a produção cultural  humanismo e renascimento3.3 a produção cultural  humanismo e renascimento
3.3 a produção cultural humanismo e renascimentoMaria Cristina Ribeiro
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugalAna Barreiros
 
Arte Gótica - por Maísa da Silva Fernandes
Arte Gótica - por  Maísa da Silva FernandesArte Gótica - por  Maísa da Silva Fernandes
Arte Gótica - por Maísa da Silva FernandesMaísa Fernandes
 
7o. ano- - Arte Românica
7o. ano-  - Arte Românica7o. ano-  - Arte Românica
7o. ano- - Arte RomânicaArtesElisa
 
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdf
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdfBarroco e Arcadismo em Portugal (1).pdf
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdfLanaPanou
 

Ähnlich wie A cultura da catedral na Europa medieval (20)

Catedral de notre dame paris
Catedral de notre dame parisCatedral de notre dame paris
Catedral de notre dame paris
 
Arte Gótica
Arte GóticaArte Gótica
Arte Gótica
 
Catedral de notre dame
Catedral de notre dameCatedral de notre dame
Catedral de notre dame
 
Catedral de Notre Dame Paris
Catedral de Notre Dame ParisCatedral de Notre Dame Paris
Catedral de Notre Dame Paris
 
Cultura,arte e religião
Cultura,arte e religiãoCultura,arte e religião
Cultura,arte e religião
 
Arquitetura gotica.pptx
Arquitetura gotica.pptxArquitetura gotica.pptx
Arquitetura gotica.pptx
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e Científico
 
Romanico 3
Romanico 3Romanico 3
Romanico 3
 
A arte gótica
A arte góticaA arte gótica
A arte gótica
 
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de Versalhes
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de VersalhesArte Barroca, Luís XIV, Palácio de Versalhes
Arte Barroca, Luís XIV, Palácio de Versalhes
 
Arte gótica 2014
Arte gótica 2014Arte gótica 2014
Arte gótica 2014
 
Cap06 classicismo
Cap06 classicismoCap06 classicismo
Cap06 classicismo
 
7 hist da art artegótic
7 hist da art   artegótic7 hist da art   artegótic
7 hist da art artegótic
 
3.3 a produção cultural humanismo e renascimento
3.3 a produção cultural  humanismo e renascimento3.3 a produção cultural  humanismo e renascimento
3.3 a produção cultural humanismo e renascimento
 
O gótico em portugal
O gótico em portugalO gótico em portugal
O gótico em portugal
 
Arte Gótica - por Maísa da Silva Fernandes
Arte Gótica - por  Maísa da Silva FernandesArte Gótica - por  Maísa da Silva Fernandes
Arte Gótica - por Maísa da Silva Fernandes
 
7o. ano- - Arte Românica
7o. ano-  - Arte Românica7o. ano-  - Arte Românica
7o. ano- - Arte Românica
 
Cultura medieval
Cultura medievalCultura medieval
Cultura medieval
 
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdf
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdfBarroco e Arcadismo em Portugal (1).pdf
Barroco e Arcadismo em Portugal (1).pdf
 
Arte Românica
Arte RomânicaArte Românica
Arte Românica
 

Kürzlich hochgeladen

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusVini Master
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...LuisCSIssufo
 
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.ppt
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.pptSistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.ppt
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.pptMrciaVidigal
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoAlessandraRaiolDasNe
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoEduardoBarreto262551
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGabbyCarvalhoAlves
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 

Kürzlich hochgeladen (18)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...
NORMAS PARA PRODUCAO E PUBLICACAO UNIROVUMA - CAPACITACAO DOCENTE II SEMESTRE...
 
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.ppt
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.pptSistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.ppt
Sistema _ Endocrino_ hormonios_8_ano.ppt
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 

A cultura da catedral na Europa medieval

  • 1. A CULTURA DA CATEDRAL CONTEXTO HISTÓRICO A SOCIEDADE DOS SÉCS. XII A XIV
  • 2. Pol de Limburgo, pormenor de página iluminada do Livro de Horas do Duquede Berry, século XV  Desenvolvimento das actividades mercantis (agricultura excedentária)  Reacendimento dos mercados internos e externos;  Aparecimento das actividades financeiras (seguros);  Formação de um novo grupo social – a burguesia:  Composta por artesãos, mercadores, lojistas e letrados.
  • 3. Uma rua de comércio num burgo medieval (iluminura francesa do século XIII)
  • 4. O crescimento das cidades a partir do século XII ficou bem exposto no alargamento do espaço urbano fruto da actividade económica protagonizada pelas feiras e pelo desenvolvimento agrícola. Além do crescimento das cidades existentes, novos espaços surgem como resultado dos factores mencionados.
  • 5. Geografia das principais cidades europeias e a sua população até meados do século XIV
  • 6. As cidades medievais foram planeadas de acordo com a localização de alguns edifícios importantes como a catedral, o palácio de administração e a casa das corporações. As casas de habitação estavam agrupadas por profissões ao longo de ruas estreitas e tortuosas. A cidade medieval de Carcassone, França
  • 7. Os pelourinhos simbolizavam a autoridade administrativa local.
  • 8.
  • 9. Filosofia escolástica: Nome dado ao conjunto de doutrinas teológico-filosóficas que se ensinavam nas escolas e universidades medievais. resumia-se ao estudo e comentário da filosofia clássica (Platão, Aristóteles entre outros) e dos escritos dos principais autores cristãos – doutores da Igreja – como Santo Agostinho. O ensino praticado era livresco e teórico, baseado na autoridade do mestre, que nunca poderia ser refutado. Uma aula numa universidade medieval (iluminura da época)
  • 10. O renascimento urbano fez desenvolver uma nova cultura popular: - Cantares e danças; - Florescimento das línguas nacionais (poesia trovadoresca); - Conforto e luxo dos grandes (nobres e eclesiásticos); - jogos guerreiros e saraus palacianos; - Desenvolvimento do mecenato: - Apoio a artistas (alojamento e financiamento das obras elaboradas); - Códigos de etiqueta (regras de comportamento e postura) nas cortes régias.
  • 11. Dante Alighieri Dante Alighieri cortou com a tradição medieval de usar o latim na escrita dos livros. Em substituição desta língua, usou a língua italiana, o que permitiu o seu aperfeiçoamento.
  • 12. RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA OBRA “DIVINA COMÉDIA”  O título original é A Comédia – foi alterado mais tarde para Divina Comédia pelo estatuto que Dante adquiriu como poeta;  Consiste na viagem que um homem (consensualmente julgado como sendo o próprio Dante) realiza pelos três estádios pós-morte: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso;  Essa “viagem” foi o subterfúgio poético de que se serviu para analisar a vida humana (particularmente a da sua cidade) e expor o seu pensamento no campo da filosofia e da teologia.
  • 13. A Peste Negra propaga-se na Europa a partir de 1347-48 (chega a Portugal em 1348). O contágio fazia-se geralmente pela picada de pulga ou pela mordidela de rato. Esta pandemia trouxe consequências demográficas e económicas muito graves.
  • 14. OS SINTOMAS DA PESTE “As úlceras apareciam sob as axilas e nas virilhas e a morte sobrevinha ao terceiro dia. Por vezes, os doentes morriam sufocados pelo próprio sangue. O pavor era tal que, logo que apareciam feridas no corpo de um doente, todos o abandonavam, até os parentes: o pai deixava o filho a agonizar no seu catre e o filho deixava o pai. (...) Assim, faleciam por falta de cuidados muitos que, de outra forma, poderiam sobreviver; outros, quando atingidos, eram logo considerados condenados, levados para a vala e sepultados antes de terem dado o último suspiro.” Relatos de Bulize em Vidas dos Papas de Avinhão
  • 15. A CULTURA DA CATEDRAL A ARQUITETURA GÓTICA
  • 16. PARA ESCLARECER  A palavra gótico tem como referência original o povo godo, de origem germânica, cujo idioma era o gótico.  A denominação gótica foi criada em jeito de crítica por oposição ao estilo românico. Seja como for, a sua designação manteve-se inalterada até aos dias de hoje.
  • 17. A ARTE GÓTICA A arte gótica nasceu no Ocidente europeu – mais propriamente na Île de France, coração de França – por meados do século XII, perdurando pelos séculos XIII e XIV na Itália, até ao século XV na França e para além deste século nos países mais ao norte onde deixou duradoiras tradições.
  • 19. OS DIFERENTES TIPOS DE ABÓBADA Abóbada de leque Abóbada de cruzaria de ogivas Abóbada estrelada
  • 20. Arcobotantes 2. Corpo principal com 5 naves 3. Transepto com 5 naves 4. Duplo Deambulatório
  • 21. Nesta perspectiva é possível observar todas as inovações arquitectónicas do Gótico: abóbadas de cruzaria ogival com nervuras; arcobotantes duplos que possibilitaram que as paredes se tornassem mais altas e mais finas; trifório encimado por um alto clerestório (sem galeria, portanto); e grandes vidraças que dissolvem as paredes em luz. Perspetiva, em secção, da Catedral de Amiens, França, século XII
  • 22. AS INOVAÇÕES DA ARQUITECTURA GÓTICA A nível interior: -No transepto, que passa a ser menos, ou nada, saliente, tornando a cruz latina menos explícita na planta. -Na cabeceira, que se tornou mais complexa e aumentou de tamanho, chegando a ocupar cerca de um terço da área total da igreja; -E na altura da nave central, que foi sendo progressivamente maior, concretizando o ideal de verticalidade da estética gótica. Catedral de Notre-Dame de Chartres
  • 23.
  • 24. Planta da Catedral de Amiens
  • 25. INOVAÇÕES A NÍVEL EXTERIOR  O portal oeste passa a ser triplo;  As arquivoltas tornam-se mais esguias;  A verticalidade é impulsionada pela implementação de torres sineiras ladeando os portais, em cima de cruzeiros ou adossadas no transepto.  As torres sineiras tinham um telhado cónico ou em agulha;  Uso de pináculos rendilhados;  Decoração estatuária em contraste com o interior, em tímpanos, cornijas e botaréus.
  • 26. Catedral de Notre-Dame de Reims, França O portal Oeste passou a ser triplo estando de acordo com a estrutura interior. A noção de verticalidade foi reforçada com a construção de torres sineiras.
  • 27. Perspetiva do lado este – exterior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
  • 28. CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA GÓTICA EM PORTUGAL  Edifícios de dimensões mais modestas, com verticalidade menos acentuada;  Persistência da influência do Românico na estrutura e na planta do edifício;  Janelas mais pequenas e em menor número;  Uso de coberturas em madeira e pedra, mantiveram as abóbadas e contrafortes românicos;  Decoração menos rica presente em cabeceiras e nos capitéis das arcadas, com motivos vegetalistas e quase sem figuração;  No gótico em Portugal, a grande exceção é o Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
  • 29. A ESCULTURA GÓTICA De acessório à liberdade
  • 30. Escultura Gótica Conhece uma maior afirmação na arte gótica Emancipação em relação à arquitetura Abundância de altos relevos em diferentes locais
  • 31. Mísula A escultura figurativa encontra-se adossada a colunelos ou botaréus Estátuas colunas, portal ocidental, Catedral de Chartres, 1134-1200
  • 32. Eckehard e Uta, Catedral de Naumburg, c. 1260 As figuras ganham maior realismo e naturalismo (gestos e formas) As figuras ganham expressividade (transmitem sentimentos e emoções)
  • 33. Pietá do Mosteiro de Sceon, Salzburgo, Alemanha, c. 1400 A morte e os temas escatológicos tornaram-se populares: - a Descida da Cruz, - as pietás ou a morte personificada irromperam nas artes francesa, flamenga e germânica como temas dominantes.
  • 34. A partir do século XIV, as esculturas são marcadas pela posição em “S” dado por um balanceado requebro da anca. Virgem da Sainte-Chapelle, Paris, princípios do século XIV, marfim, 41 cm de altura
  • 35. TEMÁTICAS  Valorização do papel da mulher através as representações das Senhoras do Leite e das Senhoras do Ó, que também marcaram a tradição portuguesa (representações de Nossa Senhora de esperanças e a amamentar o Menino Jesus, respetivamente);  Temas ligados à história, à fábula, ao mundo animal e às diversas ciências e uma série de motivos vegetalistas simples, de grande verismo e naturalismo.
  • 36. A Morte da Virgem, tímpano do portal do transepto sul da Catedral de Reims, França
  • 37. Reaparecimento da prática do retrato TÚMULO DE D. PEDRO I, SÉC. XV, CALCÁRIO (PATENTE NA IGREJA DO MOSTEIRO DE ALCOBAÇA) Roda da Fortuna, símbolo da incerteza do destino humano.
  • 38. OS VITRAIS NO GÓTICO
  • 39. Vitrais – Mosteiro de Santa Maria da Vitória
  • 40. VITRAIS  Aproveitavam a luz natural para proporcionar um ambiente celestial propício ao espírito religioso da época;  Representavam cenas dos ofícios onde figuravam reis, bispos e nobres que constituíam os encomendadores destes painéis;  Os vitrais assumiam uma função documental e simbólica.
  • 41. COMO ERAM ELABORADOS?  Cortavam-se placas de vidro colorido em pequenos pedaços com um desenho devidamente estabelecido por um pintor;  Esses pedaços eram unidos por filetes de chumbo cujos contornos eram definidos com uma tinta escura junto ao chumbo;  As figuras são alongadas e bidimensionais (com altura e largura, sem profundidade espacial);  A expressividade é visível nos gestos das figuras.