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POLUIÇÃO RADIOATIVA
Prof. Domingos Angelo Lammoglia

A tecnologia nuclear passou a ser desenvolvida a partir do momento em que o homem
percebeu que para manter suas atividades precisava de mais energia. Embora, inicialmente, usada
para a destruição, como a bomba atômica, em Hiroxima, em 1945, a energia nuclear passou a ser
usada para outros fins.
As perspectivas de que a energia atômica seria uma alternativa para o futuro da
humanidade, levaram o homem a explorá-la mais racionalmente. Muitas usinas nucleares foram
construídas. Aqui no Brasil, as usinas de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, evidenciam esse
crescimento. A preocupação com esse crescimento, a existência de armas atômicas e de usinas
nucleares, operando em algumas partes do mundo, leva-nos a perguntar: quais as implicações desse
fato? A mais séria é a com a poluição ambiental. Fala-se em poluição radioativa, isto é, a presença de
elementos radioativos no meio ambiente em quantidades não controladas.
As emissões radioativas provocam alterações no material genético dos seres vivos, além
de determinar mudanças nas reações orgânicas, em função da intensidade e do tempo de exposição a
elas.
A radioatividade, até certas doses, é tolerável pelos seres vivos. Todavia, em altas
intensidades passa a ser prejudicial aos organismos vivos. Assim, o contato com a radioatividade, tal
como aconteceu em Hiroxima, pode provocar queimaduras e mortes. Os que sobreviveram passaram a
manifestar câncer e posteriormente a morte. E, finalmente, os que se encontravam em regiões
próximas tiveram modificações no seu material genético, também, desenvolveram câncer e, o que foi
mais lamentável, ao se reproduzirem tiveram descendentes com graves deformações de natureza
genética.
Em 26 de abril de 1986, ocorreu a explosão de um reator atômico da central de
Chernobyl, situado na Ucrânia, a 700 km de Moscou. Entre as conseqüências se destacam: várias
pessoas morreram; um grande número de outras pessoas foi hospitalizada, intoxicadas pela
radioatividade, algumas com queimaduras e outras lesões; num raio de 30Km da usina, cerca de 100
mil pessoas foram retiradas; Como conseqüência da explosão, formou-se uma nuvem radioativa que se
espalhou por toda a Europa; essa mesma nuvem contaminou animais e alimentos que,
respectivamente, tiveram que se sacrificados e que não puderam ser consumidos.
Em setembro de 1998, na cidade de Goiânia, também, ocorreu um acidente envolvendo
radioatividade. Uma bomba de césio 137, usada numa clínica para tratamento de câncer, foi parar
num ferro-velho. Essa bomba foi aberta a marretada e seu núcleo gerador de radiações, contendo o
césio 137, ficou exposto durante vários dias. Um número razoável de pessoas foi contaminada.
Algumas acabaram morrendo.
O estrôncio 90 é o produto das explosões atômicas e o lixo das usinas nucleares. A
contaminação por esse elemento radioativo pode levar a anemia e leucemia, pois ele se comporta no
nosso organismo como o cálcio. É incorporado pelo sistema ósseo, cuja medula é responsável pela
produção das nossas células sanguíneas.
Os iodos 129 e 131 alojam-se na tireóide, reduzindo sua atividade, podendo provocar
câncer.
O césio 137 pode-se incorporar aos músculos, provocando distrofia muscular, ao fígado,
ao baço, a medula óssea, alem de causar queimaduras, queda de cabelos e até a morte.
Uma observação final vale a pena ser destacada: o césio 137 pode ser colocado a serviço
do homem no tratamento de câncer. Isto implica dizer que a radioatividade, quando bem usada, pode
ser muito útil para o homem.

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