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Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
Unidade Curricular Sistemas Hipermédia



MESTRADO EM TECNOLOGIAS E METODOLOGIAS DE E-LEARNING 2011/2013
               DISCIPLINA: SISTEMAS HIPERMÉDIA
               TEMA:USABILIDADE DA WEB MÓVEL

Aluna: Sandra Margarida Moreira Novo, n.º 11177

Introdução
          “Não é o que considera sobre o seu site que conta, mas sim
          o que os utilizadores pensam dele.” Jakob Nielsen por
          Seara (n.d.)
       Penso que esta frase define de forma completa e resumida, o que é
usabilidade na web. Como nota introdutória, de referir a importância de
desenhar adequadamente projetos Web para os equipamentos móveis que se
encontram em constante evolução, no mundo das novas tecnologias e das
telecomunicações.
       Apesar de existir para um projeto Web móvel outros conceitos
associados ao seu desenvolvimento, como o design gráfico, a acessibilidade, o
conteúdo e ainda os custos do projeto, este trabalho cingir-se-á à usabilidade na
Web móvel.
       Em primeiro lugar, procuro definir um produto usável, depois quando
esse produto for um site quais as considerações adicionais a ter e por fim,
demonstrar como é ou deve ser um site na web móvel em termos de
usabilidade.


Contextualização

    Nos dias de hoje, a Internet e todos os serviços em rede são fonte de
informação muitas das vezes imprescindíveis no nosso dia-a-dia, no trabalho, no
entretenimento entre outras ocupações.
    Neste contexto, os equipamentos e os dispositivos móveis – ultraportáteis,
tablets PC’s, smartphones, PDA’s (assistentes digitais pessoais), telemóveis –
têm um lugar de destaque. A crescente utilização em massa destes dispositivos
e a proliferação de serviços móveis, através de múltiplos tipos de ligações
wireless locais (Bluetooth e 802.11 b/g/n) e rede (GPRS, EDGE, HSDPA) são uma
realidade. Desde a visualização de vídeos de alta definição, ouvir música, ler a
noticias do dia, jogar em rede são atividades que vão sendo cada vez mais
habituais e que pressupões uma utilização distinta de num computador. Em
ambientes mobile, existem diferentes formatos multimédia e diferentes
métodos de interação com o utilizador proporcionado pelas múltiplas
plataformas ou sistemas operativos existentes no mercado (Android, Symbian,


                                                1
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
Unidade Curricular Sistemas Hipermédia

Windows Mobile. O fator hardware também influência: existem dispositivos
móveis com ecrã reduzidos (telemóveis) e outros com ecrãs até 10 polegadas
(tablet PC’s e ultraportáteis)
   É necessário criar ambientes que facilitam a utilização dos dispositivos
móveis: fator usabilidade.


O que é USABILIDADE?

    A conceção de um qualquer produto, seja ele, físico ou virtual, desde uma
colher de pau a um software específico, pressupõe a sua utilidade. Mas saber o
que fazer com ele não chega; se não for usável deixa de ter sentido a sua
existência. Por isso, o conceito de usabilidade gira à volta de outros termos
como a simplicidade, a rentabilização, a otimização, o facilitismo, o
aperfeiçoamento, a aceleração, a flexibilidade e de maior interação (Seara, n.d.).
    Segundo a norma ISO 92411, na extensão 11 existe uma orientação para a
avaliação da usabilidade, na qual um produto ao ser utilizado por determinados
utilizadores deve alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e
satisfação num contexto particular de utilização (Bevan, 2006).
    O contexto, o conteúdo e o(s) público(s)-alvo de um projeto são
determinantes para uma experiência efetiva do utilizador.
    Segundo Peter Morville (2004), no seu modelo de User eXperience (UX), para
que um projeto tenha sucesso tem de interligar e cumprir as seguintes facetas,
conforme figura abaixo.




                                          Figura 1 – adaptação do modelo de UX proposto por
                                          Peter Morville (2004)




    A construção do conteúdo deve refletir necessidades reais de seus
utilizadores. Procura-se o equilíbrio entre a estratégia do site e a sua utilidade
para o público-alvo. O design gráfico cativa, reflete os valores e os requisitos do
projeto, e cria um ambiente de interação flexível e seguro. A acessibilidade é

1
  ISO 9241 é uma norma ou padrão da International Organization for Standardization (ISO), que abrange
a ergonomia da interação humano-computador


                                                 2
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
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uma exigência com legislação e referências específicas, sendo um elemento
estratégico do projeto.
    Existem um conjunto de regras básicas para usabilidade em rede que se
aplica também à Web (Seara, n.d.):
        • Clareza na arquitetura da informação – estrutura e organização dos
          dados;
        • Facilidade de navegação ;
        • Simplicidade da interface;
        • A importância do conteúdo;
        • Coerência da informação;
        • Rapidez de acesso e de carregamento das páginas;
        • Atenção nos utilizadores.
    Outra questão, é a avaliação da usabilidade que é definida por Nielsen (2003)
de onde consta cinco elementos:
        • Learnability, ou seja, capacidade de aprender que diz respeito à
          facilidade que o utilizador tem na realização de tarefas básicas na
          primeira vez que utiliza o design do projeto;
        • Efficiency, ou seja, eficiência que se concerne à seguinte questão:
          uma vez que os utilizadores aprenderam o design, com que rapidez
          conseguem eles executar tarefas?
        • Memorability, ou seja, memorização, que indica a capacidade que os
          utilizadores, após período prolongado de não utilização, conseguem
          novamente utilizar facilmente o projeto;
        • Errors, ou seja, determina que erros o utilizador faz, quantos, de que
          tipo, quão graves são estes erros, e como podem eles facilmente ser
          recuperados;
        • Satisfaction, ou seja, satisfação que indica o grau de agradabilidade
          que o utilizador tem ao usar o design.


Usabilidade na web

    A usabilidade na web preocupa-se sobretudo com as interfaces e como
estas devem ser desenvolvidas. Existem metodologias e padrões que devem ser
respeitados e utilizados para garantir a eficiência e a eficácia na utilização do
site. Deve ainda facilitar o acesso à informação e às funcionalidades, tendo
como objetivo único a satisfação do utilizador.
          “Um site tem, numa perspectiva optimista, entre 10 a 15
             segundos para convencer, por isso todos os elementos da
             página precisam de ser avaliados, pesados, medidos em
             termos de impacto.”(Seara, n.d.)




                                                3
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
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Usabilidade na web móvel

    Para além das recomendações de usabilidade tradicional, outros conceitos
de usabilidade se aplicam especificamente à interface da web móvel, tendo
principal a ver com a forma como os utilizadores interagem com os dispositivos
móveis (Pagani, 2011):
    • Reduzir cliques – reduzir o números de cliques em hiperligações e
        visualizar num só ecrã toda a informação necessária. Deverá deixar o
        conteúdo mais conciso, pois é importante para que a informação possa
        ser apresentada de modo objetivo e o menos fragmentada possível.
    • Reduzir funcionalidades - mantendo apenas as que são necessárias ao
        ambiente mobile, diminuindo a probabilidade dos utilizadores se
        confundirem diante de todas as possibilidades e opções oferecidas.
    • Reduzir conteúdo – atendendo ao reduzido tamanho dos ecrãs, o
        conteúdo deverá cingir-se ao essencial para o utilizador para que este
        não tenha de fazer muito scrool.
    • Proporcionar opções de escolhas ao utilizador – este poderá escolher
        entre aceder a um site em versão mobile ou versão integral do site
        (convencional)
    Segundo a W3C 2, existem dez regras básicas para fazer a Web móvel
aceitável e usável para o utilizador. Estas são:
1. Fazer um projeto para uma Web única
    - Deverá existir coerência entre a URL e o tema do site; este deverá mostrar
    as mesmas informações essenciais ao utilizador, independente do
    dispositivo usado; aproveitar as capacidades que os recursos dos dispositivos
    móveis podem proporcionar ao utilizador uma experiência de navegação
    mais rica, evitando problemas na implementação. Para evitá-los, teste o site
    em dispositivos móveis e emuladores.
2. Confiar nos padrões Web
    - Crie documentos que sejam válidos conforme a sintaxe formal amplamente
    conhecida - marcadores; envie o conteúdo num formato que seja
    compatível com o dispositivo e sempre que possível, o desejado pelo
    utilizador. A codificação de caracteres tem de ser compatível com o
    dispositivo e devidamente identificado; utilizar folhas de estilo para
    controlar o layout sempre que o dispositivo não aceite; utilizar as facilidades
    da linguagem de marcação para definir a estrutura lógica do documento.
    Evite os erros, mas garanta que as mensagens de erro sejam informativas e
    permitam regressar ao conteúdo anterior.
3. Evitar os riscos conhecidos
    - Um desenho de um site, que seja bem delineado e planeado auxilia na
    redução de problemas de usabilidade causados por ecrãs e teclados
    pequenos ou outras características dos dispositivos móveis, nomeadamente
2
    W3C - World Wide Web Consortium


                                                4
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
Unidade Curricular Sistemas Hipermédia

    a não ou reduzida e cuidada utilização dos seguintes elementos: frames,
    tabelas aninhadas, janelas pop-ups, layout com tabelas, imagens de espaço,
    imagens mapeadas.
4. Seja prudente com as limitações dos dispositivos
     - Na escolha de uma tecnologia Web em particular (scripts, tabelas, cookies),
    tem de se ter em conta a variação das características e capacidades distintas
    dos dispositivos móveis de modo a suportá-la.
5. Aperfeiçoe a navegação
    - A simplificação da navegação e do uso do teclado são fatores essenciais
    quando se utilizam ecrãs e teclados pequenos e se tem uma largura de
    banda limitada: centralizar a barra de navegação na parte superior da página
    e a reduza ao mínimo e utilize formas de navegação consistentes; deve-se
    identificar o destino de cada hiperligação com clareza, bem como o formato
    do ficheiro de destino; associar teclas de acesso rápido às hiperligações nos
    menus de navegação e nas funções mais utilizadas; manter as URIs curtas.
6. Teste antes os gráficos e cores
    - Atenção aos problemas de compatibilidade com alguns formatos de
    imagens e ao baixo contraste das cores e do estilo (colocar referências nas
    imagens, redimensioná-las).
7. Faça em tamanho reduzido
    - A redução do tamanho do site resultará em economia de tempo e redução
    de custos para os utilizadores: utilize folhas de estilo e tamanho reduzido de
    páginas web .
8. Economize o uso da rede
    - Utilize as funções dos protocolos Web podem melhorar a experiência do
    utilizador ao reduzir os espaços e tempo de espera na rede, com utilização
    da cache e redução de hiperligações externas.
9. Facilite a entrada dos dados
    - Nos dispositivos móveis, a utilização dos teclados e outras maneiras de
    entrar com dados devem ser reduzidos pois podem ser desconfortáveis para
    o utilizador, minimiza as suas dificuldades.
10. Pense nos utilizadores da Web móvel
    - Os utilizadores necessitam de informação resumida porque dispõem de
    pouco tempo e ao mesmo tempo se ocupam de muitas outras coisas.

                                                           Figura 2 – Bons exemplos
                                                           de design de layout e
                                                           usabilidade retirada de
                                                           http://hectaredigital.com
                                                           /blog/wp-
                                                           content/uploads/2010/05
                                                           /3.png




                                                5
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
Unidade Curricular Sistemas Hipermédia

    No entanto, existem problemas de usabilidade na web móvel provenientes
da utilização de aplicações/projetos web em dispositivos móveis, como o
reduzido visor do dispositivo; os mecanismos de entrada de dados limitados
(formulários de dados; login e palavras-passe); e contextos de uso elementos
dinâmicos (flash, scripts).
    Não esquecer das características dos equipamentos móveis – processador e
memória - que influenciam a performance e a usabilidade dos aplicativos
mobile, bem como a utilização de ecrãs multitoque que podem ser um
elemento vantajoso (ou não, no caso de utilizadores menos experientes), os
sistemas operativos (Windows Mobile, Symbian, Android, iOS, etc.) em termos
de compatibilidade com elementos dinâmicos que eventualmente possam
existir (como elemento obrigatório).
    Os browsers também devem ser capazes de interpretar a linguagem, a
sintaxe da programação para a web móvel. Os browsers mais conhecidos e
utilizados nestes ambientes são: Opera, Chrome, Firefox para Android entre
outros.


Avaliação da usabilidade da web móvel
    Em projetos web, existem várias metodologias para avaliar a usabilidade e
onde se procura conhecer os comportamentos dos utilizadores e obter
informações demográficas e identificar boas práticas demonstradas.
Questionários e entrevistas de grupo (focus group) são os principais elementos
para a avaliação da usabilidade de um site, já um site convencional ou na web
móvel (Krug, 2006).


Conclusão
    É notório a capacidade que os humanos têm em adaptarem-se a novas
situações. A utilização da Internet nos PDA’s, smarphones é crescente, e não se
aplicam apenas a contextos profissionais e de entretimento; o setor educação é
uma área que já esta a apostar em ensino à distância com recurso a dispositivos
mobile – m-learning. É mais uma razão para os investigadores de usabilidade na
web móvel, investirem na divulgação e promulgação de normas de usabilidade
e acessibilidade da Web móvel.


Referências

Bevan, N. (2006). International standards for HCI. Encyclopedia of human computer
    interaction, (May), 1-15. Retirado de
    http://books.google.com/books?hl=en&lr=&id=h9iZh_I1YREC&oi=f
    nd&pg=PA362&dq=International+Standards+for+HCI&ots=k84e1D
    dt86&sig=lyHBAn4yoMEqOuCvFd2L25GSGZg




                                                6
Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning
Unidade Curricular Sistemas Hipermédia

Forgue, M.C. (2008). Boas praticas em web móvel. W3C. Retirado a 19 de dezembro de
    2011 http://www.w3c.br/divulgacao/guia-boas-praticas2008/

Krug, S. (2006). Don’t Make Me Think! A common sense approach to web usability
     (Second edition). Berkeley, California: New Riders. Retirado de
     http://scholar.google.com/scholar?hl=en&btnG=Search&q=intitle:Don’t+Make+M
     e+Think:+a+common+sense+approach+to+web+usability#6

Morville, P. (2004). User Experience Design. Semantic Studios. Retirado a 20 de
    dezembro, 2011, de
    http://semanticstudios.com/publications/semantics/000029.php

Nielsen, J. (2003). Usability 101: Introduction to usability. Jakob Nielsen’s
     Alertbox,. Retirado a 19 de dezembro de 2011 em
     http://www.useit.com/alertbox/20030825.html.

Pagani, T. (2011). Usabilidade de interfaces para dispositivos móveis – parte I.
    Tableless. Retrieved from http://tableless.com.br/usabilidade-de-interfaces-para-
    dispositivos-moveis-parte1/

Seara. (n.d.). Usabilidade e comunicação na internet. Retirado a 20 de dezembro, 2011,
    em http://www.seara.com/fotos/editor2/Usabilidade.pdf




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Usabilidade Web Móvel em

  • 1. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia MESTRADO EM TECNOLOGIAS E METODOLOGIAS DE E-LEARNING 2011/2013 DISCIPLINA: SISTEMAS HIPERMÉDIA TEMA:USABILIDADE DA WEB MÓVEL Aluna: Sandra Margarida Moreira Novo, n.º 11177 Introdução “Não é o que considera sobre o seu site que conta, mas sim o que os utilizadores pensam dele.” Jakob Nielsen por Seara (n.d.) Penso que esta frase define de forma completa e resumida, o que é usabilidade na web. Como nota introdutória, de referir a importância de desenhar adequadamente projetos Web para os equipamentos móveis que se encontram em constante evolução, no mundo das novas tecnologias e das telecomunicações. Apesar de existir para um projeto Web móvel outros conceitos associados ao seu desenvolvimento, como o design gráfico, a acessibilidade, o conteúdo e ainda os custos do projeto, este trabalho cingir-se-á à usabilidade na Web móvel. Em primeiro lugar, procuro definir um produto usável, depois quando esse produto for um site quais as considerações adicionais a ter e por fim, demonstrar como é ou deve ser um site na web móvel em termos de usabilidade. Contextualização Nos dias de hoje, a Internet e todos os serviços em rede são fonte de informação muitas das vezes imprescindíveis no nosso dia-a-dia, no trabalho, no entretenimento entre outras ocupações. Neste contexto, os equipamentos e os dispositivos móveis – ultraportáteis, tablets PC’s, smartphones, PDA’s (assistentes digitais pessoais), telemóveis – têm um lugar de destaque. A crescente utilização em massa destes dispositivos e a proliferação de serviços móveis, através de múltiplos tipos de ligações wireless locais (Bluetooth e 802.11 b/g/n) e rede (GPRS, EDGE, HSDPA) são uma realidade. Desde a visualização de vídeos de alta definição, ouvir música, ler a noticias do dia, jogar em rede são atividades que vão sendo cada vez mais habituais e que pressupões uma utilização distinta de num computador. Em ambientes mobile, existem diferentes formatos multimédia e diferentes métodos de interação com o utilizador proporcionado pelas múltiplas plataformas ou sistemas operativos existentes no mercado (Android, Symbian, 1
  • 2. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia Windows Mobile. O fator hardware também influência: existem dispositivos móveis com ecrã reduzidos (telemóveis) e outros com ecrãs até 10 polegadas (tablet PC’s e ultraportáteis) É necessário criar ambientes que facilitam a utilização dos dispositivos móveis: fator usabilidade. O que é USABILIDADE? A conceção de um qualquer produto, seja ele, físico ou virtual, desde uma colher de pau a um software específico, pressupõe a sua utilidade. Mas saber o que fazer com ele não chega; se não for usável deixa de ter sentido a sua existência. Por isso, o conceito de usabilidade gira à volta de outros termos como a simplicidade, a rentabilização, a otimização, o facilitismo, o aperfeiçoamento, a aceleração, a flexibilidade e de maior interação (Seara, n.d.). Segundo a norma ISO 92411, na extensão 11 existe uma orientação para a avaliação da usabilidade, na qual um produto ao ser utilizado por determinados utilizadores deve alcançar objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação num contexto particular de utilização (Bevan, 2006). O contexto, o conteúdo e o(s) público(s)-alvo de um projeto são determinantes para uma experiência efetiva do utilizador. Segundo Peter Morville (2004), no seu modelo de User eXperience (UX), para que um projeto tenha sucesso tem de interligar e cumprir as seguintes facetas, conforme figura abaixo. Figura 1 – adaptação do modelo de UX proposto por Peter Morville (2004) A construção do conteúdo deve refletir necessidades reais de seus utilizadores. Procura-se o equilíbrio entre a estratégia do site e a sua utilidade para o público-alvo. O design gráfico cativa, reflete os valores e os requisitos do projeto, e cria um ambiente de interação flexível e seguro. A acessibilidade é 1 ISO 9241 é uma norma ou padrão da International Organization for Standardization (ISO), que abrange a ergonomia da interação humano-computador 2
  • 3. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia uma exigência com legislação e referências específicas, sendo um elemento estratégico do projeto. Existem um conjunto de regras básicas para usabilidade em rede que se aplica também à Web (Seara, n.d.): • Clareza na arquitetura da informação – estrutura e organização dos dados; • Facilidade de navegação ; • Simplicidade da interface; • A importância do conteúdo; • Coerência da informação; • Rapidez de acesso e de carregamento das páginas; • Atenção nos utilizadores. Outra questão, é a avaliação da usabilidade que é definida por Nielsen (2003) de onde consta cinco elementos: • Learnability, ou seja, capacidade de aprender que diz respeito à facilidade que o utilizador tem na realização de tarefas básicas na primeira vez que utiliza o design do projeto; • Efficiency, ou seja, eficiência que se concerne à seguinte questão: uma vez que os utilizadores aprenderam o design, com que rapidez conseguem eles executar tarefas? • Memorability, ou seja, memorização, que indica a capacidade que os utilizadores, após período prolongado de não utilização, conseguem novamente utilizar facilmente o projeto; • Errors, ou seja, determina que erros o utilizador faz, quantos, de que tipo, quão graves são estes erros, e como podem eles facilmente ser recuperados; • Satisfaction, ou seja, satisfação que indica o grau de agradabilidade que o utilizador tem ao usar o design. Usabilidade na web A usabilidade na web preocupa-se sobretudo com as interfaces e como estas devem ser desenvolvidas. Existem metodologias e padrões que devem ser respeitados e utilizados para garantir a eficiência e a eficácia na utilização do site. Deve ainda facilitar o acesso à informação e às funcionalidades, tendo como objetivo único a satisfação do utilizador. “Um site tem, numa perspectiva optimista, entre 10 a 15 segundos para convencer, por isso todos os elementos da página precisam de ser avaliados, pesados, medidos em termos de impacto.”(Seara, n.d.) 3
  • 4. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia Usabilidade na web móvel Para além das recomendações de usabilidade tradicional, outros conceitos de usabilidade se aplicam especificamente à interface da web móvel, tendo principal a ver com a forma como os utilizadores interagem com os dispositivos móveis (Pagani, 2011): • Reduzir cliques – reduzir o números de cliques em hiperligações e visualizar num só ecrã toda a informação necessária. Deverá deixar o conteúdo mais conciso, pois é importante para que a informação possa ser apresentada de modo objetivo e o menos fragmentada possível. • Reduzir funcionalidades - mantendo apenas as que são necessárias ao ambiente mobile, diminuindo a probabilidade dos utilizadores se confundirem diante de todas as possibilidades e opções oferecidas. • Reduzir conteúdo – atendendo ao reduzido tamanho dos ecrãs, o conteúdo deverá cingir-se ao essencial para o utilizador para que este não tenha de fazer muito scrool. • Proporcionar opções de escolhas ao utilizador – este poderá escolher entre aceder a um site em versão mobile ou versão integral do site (convencional) Segundo a W3C 2, existem dez regras básicas para fazer a Web móvel aceitável e usável para o utilizador. Estas são: 1. Fazer um projeto para uma Web única - Deverá existir coerência entre a URL e o tema do site; este deverá mostrar as mesmas informações essenciais ao utilizador, independente do dispositivo usado; aproveitar as capacidades que os recursos dos dispositivos móveis podem proporcionar ao utilizador uma experiência de navegação mais rica, evitando problemas na implementação. Para evitá-los, teste o site em dispositivos móveis e emuladores. 2. Confiar nos padrões Web - Crie documentos que sejam válidos conforme a sintaxe formal amplamente conhecida - marcadores; envie o conteúdo num formato que seja compatível com o dispositivo e sempre que possível, o desejado pelo utilizador. A codificação de caracteres tem de ser compatível com o dispositivo e devidamente identificado; utilizar folhas de estilo para controlar o layout sempre que o dispositivo não aceite; utilizar as facilidades da linguagem de marcação para definir a estrutura lógica do documento. Evite os erros, mas garanta que as mensagens de erro sejam informativas e permitam regressar ao conteúdo anterior. 3. Evitar os riscos conhecidos - Um desenho de um site, que seja bem delineado e planeado auxilia na redução de problemas de usabilidade causados por ecrãs e teclados pequenos ou outras características dos dispositivos móveis, nomeadamente 2 W3C - World Wide Web Consortium 4
  • 5. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia a não ou reduzida e cuidada utilização dos seguintes elementos: frames, tabelas aninhadas, janelas pop-ups, layout com tabelas, imagens de espaço, imagens mapeadas. 4. Seja prudente com as limitações dos dispositivos - Na escolha de uma tecnologia Web em particular (scripts, tabelas, cookies), tem de se ter em conta a variação das características e capacidades distintas dos dispositivos móveis de modo a suportá-la. 5. Aperfeiçoe a navegação - A simplificação da navegação e do uso do teclado são fatores essenciais quando se utilizam ecrãs e teclados pequenos e se tem uma largura de banda limitada: centralizar a barra de navegação na parte superior da página e a reduza ao mínimo e utilize formas de navegação consistentes; deve-se identificar o destino de cada hiperligação com clareza, bem como o formato do ficheiro de destino; associar teclas de acesso rápido às hiperligações nos menus de navegação e nas funções mais utilizadas; manter as URIs curtas. 6. Teste antes os gráficos e cores - Atenção aos problemas de compatibilidade com alguns formatos de imagens e ao baixo contraste das cores e do estilo (colocar referências nas imagens, redimensioná-las). 7. Faça em tamanho reduzido - A redução do tamanho do site resultará em economia de tempo e redução de custos para os utilizadores: utilize folhas de estilo e tamanho reduzido de páginas web . 8. Economize o uso da rede - Utilize as funções dos protocolos Web podem melhorar a experiência do utilizador ao reduzir os espaços e tempo de espera na rede, com utilização da cache e redução de hiperligações externas. 9. Facilite a entrada dos dados - Nos dispositivos móveis, a utilização dos teclados e outras maneiras de entrar com dados devem ser reduzidos pois podem ser desconfortáveis para o utilizador, minimiza as suas dificuldades. 10. Pense nos utilizadores da Web móvel - Os utilizadores necessitam de informação resumida porque dispõem de pouco tempo e ao mesmo tempo se ocupam de muitas outras coisas. Figura 2 – Bons exemplos de design de layout e usabilidade retirada de http://hectaredigital.com /blog/wp- content/uploads/2010/05 /3.png 5
  • 6. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia No entanto, existem problemas de usabilidade na web móvel provenientes da utilização de aplicações/projetos web em dispositivos móveis, como o reduzido visor do dispositivo; os mecanismos de entrada de dados limitados (formulários de dados; login e palavras-passe); e contextos de uso elementos dinâmicos (flash, scripts). Não esquecer das características dos equipamentos móveis – processador e memória - que influenciam a performance e a usabilidade dos aplicativos mobile, bem como a utilização de ecrãs multitoque que podem ser um elemento vantajoso (ou não, no caso de utilizadores menos experientes), os sistemas operativos (Windows Mobile, Symbian, Android, iOS, etc.) em termos de compatibilidade com elementos dinâmicos que eventualmente possam existir (como elemento obrigatório). Os browsers também devem ser capazes de interpretar a linguagem, a sintaxe da programação para a web móvel. Os browsers mais conhecidos e utilizados nestes ambientes são: Opera, Chrome, Firefox para Android entre outros. Avaliação da usabilidade da web móvel Em projetos web, existem várias metodologias para avaliar a usabilidade e onde se procura conhecer os comportamentos dos utilizadores e obter informações demográficas e identificar boas práticas demonstradas. Questionários e entrevistas de grupo (focus group) são os principais elementos para a avaliação da usabilidade de um site, já um site convencional ou na web móvel (Krug, 2006). Conclusão É notório a capacidade que os humanos têm em adaptarem-se a novas situações. A utilização da Internet nos PDA’s, smarphones é crescente, e não se aplicam apenas a contextos profissionais e de entretimento; o setor educação é uma área que já esta a apostar em ensino à distância com recurso a dispositivos mobile – m-learning. É mais uma razão para os investigadores de usabilidade na web móvel, investirem na divulgação e promulgação de normas de usabilidade e acessibilidade da Web móvel. Referências Bevan, N. (2006). International standards for HCI. Encyclopedia of human computer interaction, (May), 1-15. Retirado de http://books.google.com/books?hl=en&lr=&id=h9iZh_I1YREC&oi=f nd&pg=PA362&dq=International+Standards+for+HCI&ots=k84e1D dt86&sig=lyHBAn4yoMEqOuCvFd2L25GSGZg 6
  • 7. Mestrado de Tecnologias e Metodologias de E-Learning Unidade Curricular Sistemas Hipermédia Forgue, M.C. (2008). Boas praticas em web móvel. W3C. Retirado a 19 de dezembro de 2011 http://www.w3c.br/divulgacao/guia-boas-praticas2008/ Krug, S. (2006). Don’t Make Me Think! A common sense approach to web usability (Second edition). Berkeley, California: New Riders. Retirado de http://scholar.google.com/scholar?hl=en&btnG=Search&q=intitle:Don’t+Make+M e+Think:+a+common+sense+approach+to+web+usability#6 Morville, P. (2004). User Experience Design. Semantic Studios. Retirado a 20 de dezembro, 2011, de http://semanticstudios.com/publications/semantics/000029.php Nielsen, J. (2003). Usability 101: Introduction to usability. Jakob Nielsen’s Alertbox,. Retirado a 19 de dezembro de 2011 em http://www.useit.com/alertbox/20030825.html. Pagani, T. (2011). Usabilidade de interfaces para dispositivos móveis – parte I. Tableless. Retrieved from http://tableless.com.br/usabilidade-de-interfaces-para- dispositivos-moveis-parte1/ Seara. (n.d.). Usabilidade e comunicação na internet. Retirado a 20 de dezembro, 2011, em http://www.seara.com/fotos/editor2/Usabilidade.pdf 7