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O CINEMA NOVO
Sonia Chacaliaza C. e Luis Jorge Orcasitas P.
Dezembro 2016
A DÉCADA DE 1950 NO BRASIL
• Governo Getúlio Vargas (1951 -
24/08/1954).
• Nas eleições de 1955 foi eleito presidente
Juscelino Kubitchek, “JK”, (1956-1961).
• Lema: “Cinquenta anos de progresso em
cinco anos de governo”.
• Construção de Brasília. (Oscar Niemeyer)
• Essa etapa é conhecida como os “Anos
dourados”.
CINEMA NOVO
• O Brasil nos anos 50:
• O forte ritmo de desenvolvimento industrial
suavizou-se devido à queda dos preços do café no
mundo ao meados e final dos anos 1950.
• A inflação continuou, aumentando a agitação
social, o que levou a greves frequentes e motins
por trabalhadores e estudantes.
• Tempos sombrios estavam vindo para o Brasil
DESENVOLVIMENTO CULTURAL
NOS “ANOS DOURADOS”
• Consolidação da sociedade de massa no Brasil. A
sociedade urbana adota um novo estilo de vida
influenciado pela publicidade na mídia.
• Aumenta o consumo de foto e radionovelas.
• O teatro e o cinema também contribuíram no
processo, apresentando obras de fácil aceitação,
voltadas ao simples divertimento.
• No Teatro vai se destacar o “Teatro de Revista” e
no Cinema a “Cia. Atlântida Cinematográfica”.
Teatro de Revista - RJ
AS PRODUÇÕES DA CIA.
ATLÂNTIDA CINEMATOGRÁFICA
• Na década de 1940 e 1950 aparece a Companhia
Atlântida Cinematográfica que produz comédias
musicais de fácil compreensão pelo público,
obtendo grande aceitação e audiência.
• Os filmes produzidos pela Atlântida eram
popularmente conhecidos como “Chanchadas”.
AS CHANCHADAS
• As chanchadas foram
um gênero de filme
brasileiro. Eram
comédias musicais, que
misturavam elementos
de filmes policiais e
ficção científica com
arquétipos sociais
brasileiros.
Brasilina
OS PRIMÓRDIOS DO
CINEMA NOVO
• O Cinema Novo procurou dar
um perfil diferente para os
filmes brasileiros, numa tentativa
de renovação e com a intenção
de acabar com o populismo
excessivo das chanchadas.
• O filme “Rio 40 graus” de Nelson
Pereira dos Santos (1955) é
considerado o iniciador do
Cinema Novo.
OS INSTÁVEIS ANOS 60
• O governo de JK acabou em crise
econômica, pois a dívida externa do
país aumentou.
• Descontento das classes pobres que
sofriam as consequências da crise
econômica.
• O presidente eleito Jânio Quadros
renuncia aos poucos meses de ter sido
eleito.
• A Presidência é assumida por João
Goulart, “Jango”, em setembro de 1961
até 1964, ano do Golpe Militar que
durará até 1985.
A ARTE ENGAJADA COMO
RESPOSTA AO ENTRETENIMENTO
• Nos primeiros anos de 1960 aparecem artistas
(maioritariamente jovens intelectuais e universitários) que
vão propor novas formas artísticas em resposta à cultura
de massa desenvolvida na década anterior.
• Abordam-se temáticas ligadas aos estratos sociais menos
favorecidos e às regiões do país que foram esquecidas na
década anterior.
• Aparecem assim novos gêneros dentro das artes como a
Bossa Nova, a narrativa “brutalista’’ de Rubem Fonseca e
Dalton Trevisan e a Primeira Etapa do “Cinema Novo”.
CARATERÍSTICAS DO
CINEMA NOVO
• Influências da Nouvelle Vague e
do Neorrealismo italiano.
• Abordagem de questões nacionais.
• Cinema subdesenvolvido (direto,
desmistificado e austero ‘simples’).
CINEMA NOVO
•Características:
• Baixo custo de produção.
• A filmagem foi feita ao ar livre, especialmente nas favelas.
• Foram usados atores amadores, era comum ver as
pessoas dos mesmos favelas jogar os personagens.
• Improvisação era bem-vinda.
• A fotografia foi feita sob luz natural, e regularmente, com
a câmera na mão;som direto é usado.
PRIMEIRA ETAPA
1960-1964• As principais questões
abordadas foram:
1. A miséria dos
camponeses no Nordeste.
2. A fome e a violência
3. A marginalização
econômica.
4. A desigualdade e
exploração.
5. A mitologia e
alinhamento religioso.
Barravento (G. Rocha-1962)
PRIMEIROS ANOS DA
DITADURA MILITAR
• O 31 de março de 1964 se produz o Golpe Militar.
• No mesmo ano, o General Militar Castelo Branco
assume a presidência do Brasil e ficará no poder até
1967.
• Durante o governo de Castelo Branco se
estabeleceram quatro dos cinco Atos Institucionais
(AI).
• Castelo Branco será precedido por Costa e Silva
quem governará até 1969.
A EXPERIMENTAÇÃO NAS ARTES
COMO RESPOSTA AO GOLPE
• Com a instauração dos Atos Institucionais, as
artes tiveram que procurar novas formas para
manifestar a sua crítica à ditadura militar.
• Os artistas, na sua maioria de esquerda,
questionam o seu papel como intelectuais.
• Teatro: Opinião (1964) Augusto Boal.
• Música: Chico Buarque, Caetano Veloso,
Gilberto Gil, etc.
• Literatura: Quarup (1967) de Antônio Callado.
• Cinema: O desafio (1965) de Paulo César
Saraceni.
Augusto Boal
CINEMA NOVO
Cinema novo (G. Gil-C. Veloso)
GLAUBER ROCHA
“O Cinema Novo
sou eu”
SEGUNDA ETAPA
O Desafio
(Paulo Cezar Saraceni - 1965)
• De 1964 a 1968, em que o
Cinema Novo começa pela
primeira vez a se
reconsiderar.
• A maioria dos filmes
discutiram a nova política
situação, a actividade e os
erros da política ditadura e
desenvolvimento militar, e
a derrota da esquerda e
intelectuais.
OS ANOS DE “CHUMBO”
• O governo de Costa e Silva instaurará
o Ato Institucional N° 5, o mais
opressor de todos, pois outorgava
poderes absolutos ao Presidente.
• Em 1969 o General Emílio Garrastazu
Médici foi eleito por oficiais generais.
• A tortura e o assassinato se tornam
políticas de estado
• O mandato de Médici também é
conhecido como os “Anos de chumbo”
e se estenderá até inícios de 1974.
REPRESSÃO E CENSURA
• A censura instaurada a partir do AI-5
atingiu tanto os meios de
comunicação como as artes.
• Muitos artistas foram censurados,
perseguidos, foram a prisão e
torturados ou foram exiliados.
• Porém, muitos artistas (alguns
exiliados) continuaram criticando o
Governo Militar.
• Cildo Meireles: Quem matou Herzog
• O Pasquim: diversos cartunistas,
escritores, jornalistas,
CINEMA NOVO
TERCERA ETAPA
• De 1968 a 1972, o cinema
brasileiro, em geral, começa a
tomar um novo rumo. Por um
lado, o aumento do preço do
filme colorido traz um aumento
no custo de produção e, por
outro lado, a situação sócio-
política torna-se ainda mais
difícil pelo decreto de "Ato
Institucional No. 5" e também
em 1969 chega um novo chefe
militar, Emilio Medici, e piora a
repressão, a censura, os
desaparecimentos, etc.
Ditadura militar
Macunaima, Joaquim Pedro de Andrade, 1969

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Cinema novo I

  • 1. O CINEMA NOVO Sonia Chacaliaza C. e Luis Jorge Orcasitas P. Dezembro 2016
  • 2. A DÉCADA DE 1950 NO BRASIL • Governo Getúlio Vargas (1951 - 24/08/1954). • Nas eleições de 1955 foi eleito presidente Juscelino Kubitchek, “JK”, (1956-1961). • Lema: “Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo”. • Construção de Brasília. (Oscar Niemeyer) • Essa etapa é conhecida como os “Anos dourados”.
  • 3. CINEMA NOVO • O Brasil nos anos 50: • O forte ritmo de desenvolvimento industrial suavizou-se devido à queda dos preços do café no mundo ao meados e final dos anos 1950. • A inflação continuou, aumentando a agitação social, o que levou a greves frequentes e motins por trabalhadores e estudantes. • Tempos sombrios estavam vindo para o Brasil
  • 4. DESENVOLVIMENTO CULTURAL NOS “ANOS DOURADOS” • Consolidação da sociedade de massa no Brasil. A sociedade urbana adota um novo estilo de vida influenciado pela publicidade na mídia. • Aumenta o consumo de foto e radionovelas. • O teatro e o cinema também contribuíram no processo, apresentando obras de fácil aceitação, voltadas ao simples divertimento. • No Teatro vai se destacar o “Teatro de Revista” e no Cinema a “Cia. Atlântida Cinematográfica”.
  • 6. AS PRODUÇÕES DA CIA. ATLÂNTIDA CINEMATOGRÁFICA • Na década de 1940 e 1950 aparece a Companhia Atlântida Cinematográfica que produz comédias musicais de fácil compreensão pelo público, obtendo grande aceitação e audiência. • Os filmes produzidos pela Atlântida eram popularmente conhecidos como “Chanchadas”.
  • 7. AS CHANCHADAS • As chanchadas foram um gênero de filme brasileiro. Eram comédias musicais, que misturavam elementos de filmes policiais e ficção científica com arquétipos sociais brasileiros. Brasilina
  • 8.
  • 9. OS PRIMÓRDIOS DO CINEMA NOVO • O Cinema Novo procurou dar um perfil diferente para os filmes brasileiros, numa tentativa de renovação e com a intenção de acabar com o populismo excessivo das chanchadas. • O filme “Rio 40 graus” de Nelson Pereira dos Santos (1955) é considerado o iniciador do Cinema Novo.
  • 10. OS INSTÁVEIS ANOS 60 • O governo de JK acabou em crise econômica, pois a dívida externa do país aumentou. • Descontento das classes pobres que sofriam as consequências da crise econômica. • O presidente eleito Jânio Quadros renuncia aos poucos meses de ter sido eleito. • A Presidência é assumida por João Goulart, “Jango”, em setembro de 1961 até 1964, ano do Golpe Militar que durará até 1985.
  • 11. A ARTE ENGAJADA COMO RESPOSTA AO ENTRETENIMENTO • Nos primeiros anos de 1960 aparecem artistas (maioritariamente jovens intelectuais e universitários) que vão propor novas formas artísticas em resposta à cultura de massa desenvolvida na década anterior. • Abordam-se temáticas ligadas aos estratos sociais menos favorecidos e às regiões do país que foram esquecidas na década anterior. • Aparecem assim novos gêneros dentro das artes como a Bossa Nova, a narrativa “brutalista’’ de Rubem Fonseca e Dalton Trevisan e a Primeira Etapa do “Cinema Novo”.
  • 12. CARATERÍSTICAS DO CINEMA NOVO • Influências da Nouvelle Vague e do Neorrealismo italiano. • Abordagem de questões nacionais. • Cinema subdesenvolvido (direto, desmistificado e austero ‘simples’).
  • 13. CINEMA NOVO •Características: • Baixo custo de produção. • A filmagem foi feita ao ar livre, especialmente nas favelas. • Foram usados atores amadores, era comum ver as pessoas dos mesmos favelas jogar os personagens. • Improvisação era bem-vinda. • A fotografia foi feita sob luz natural, e regularmente, com a câmera na mão;som direto é usado.
  • 14. PRIMEIRA ETAPA 1960-1964• As principais questões abordadas foram: 1. A miséria dos camponeses no Nordeste. 2. A fome e a violência 3. A marginalização econômica. 4. A desigualdade e exploração. 5. A mitologia e alinhamento religioso. Barravento (G. Rocha-1962)
  • 15. PRIMEIROS ANOS DA DITADURA MILITAR • O 31 de março de 1964 se produz o Golpe Militar. • No mesmo ano, o General Militar Castelo Branco assume a presidência do Brasil e ficará no poder até 1967. • Durante o governo de Castelo Branco se estabeleceram quatro dos cinco Atos Institucionais (AI). • Castelo Branco será precedido por Costa e Silva quem governará até 1969.
  • 16. A EXPERIMENTAÇÃO NAS ARTES COMO RESPOSTA AO GOLPE • Com a instauração dos Atos Institucionais, as artes tiveram que procurar novas formas para manifestar a sua crítica à ditadura militar. • Os artistas, na sua maioria de esquerda, questionam o seu papel como intelectuais. • Teatro: Opinião (1964) Augusto Boal. • Música: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, etc. • Literatura: Quarup (1967) de Antônio Callado. • Cinema: O desafio (1965) de Paulo César Saraceni. Augusto Boal
  • 17. CINEMA NOVO Cinema novo (G. Gil-C. Veloso)
  • 18. GLAUBER ROCHA “O Cinema Novo sou eu”
  • 19. SEGUNDA ETAPA O Desafio (Paulo Cezar Saraceni - 1965) • De 1964 a 1968, em que o Cinema Novo começa pela primeira vez a se reconsiderar. • A maioria dos filmes discutiram a nova política situação, a actividade e os erros da política ditadura e desenvolvimento militar, e a derrota da esquerda e intelectuais.
  • 20. OS ANOS DE “CHUMBO” • O governo de Costa e Silva instaurará o Ato Institucional N° 5, o mais opressor de todos, pois outorgava poderes absolutos ao Presidente. • Em 1969 o General Emílio Garrastazu Médici foi eleito por oficiais generais. • A tortura e o assassinato se tornam políticas de estado • O mandato de Médici também é conhecido como os “Anos de chumbo” e se estenderá até inícios de 1974.
  • 21. REPRESSÃO E CENSURA • A censura instaurada a partir do AI-5 atingiu tanto os meios de comunicação como as artes. • Muitos artistas foram censurados, perseguidos, foram a prisão e torturados ou foram exiliados. • Porém, muitos artistas (alguns exiliados) continuaram criticando o Governo Militar. • Cildo Meireles: Quem matou Herzog • O Pasquim: diversos cartunistas, escritores, jornalistas,
  • 22. CINEMA NOVO TERCERA ETAPA • De 1968 a 1972, o cinema brasileiro, em geral, começa a tomar um novo rumo. Por um lado, o aumento do preço do filme colorido traz um aumento no custo de produção e, por outro lado, a situação sócio- política torna-se ainda mais difícil pelo decreto de "Ato Institucional No. 5" e também em 1969 chega um novo chefe militar, Emilio Medici, e piora a repressão, a censura, os desaparecimentos, etc. Ditadura militar Macunaima, Joaquim Pedro de Andrade, 1969