SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 19
Downloaden Sie, um offline zu lesen
TEXTO DE APOIO SOBRE:
-A ANÁLISE SWOT            ÉVORA

-SELECÇÃO DE PRIORIDADES   MARÇO 2007
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




                                                                                                      FICHA TÉCNICA
 _____________________________________________________________________________________________________________________________


                CISA-
TEXTOS DE APOIO CISA-AS:

-A Análise SWOT
-Selecção de Prioridades


Equipa do Estudo:
Marcos Olímpio Gomes dos Santos (coord.)

Lúcia dos Prazeres Carvalhosa Sobreiro

Patrícia Isabel Mira Batista Calca
                                                                                                Évora, 01de Março de 2007




                                                                                                                                 1
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




                                                                                                            ÍNDICE
________________________________________________________________________________________________________________________

ABSTRAT                                                                                                                    3
INTRODUÇÃO                                                                                                                 3
I – ANÁLISE SWOT                                                                                                           5
DEFINIÇÃO DA ANÁLISE SWOT                                                                                                  6
FINALIDADE                                                                                                                 7
FACTORES POSITIVOS                                                                                                         7
1.1. Forças                                                                                                                7
1.2. Oportunidades                                                                                                         7
FACTORES NEGATIVOS                                                                                                         8
2.1.Debilidades                                                                                                            8
2.2. Ameaças                                                                                                               9
DUALIDADE ESTRUTURAL                                                                                                   10
OPERACIONALIZAÇÃO                                                                                                      11
II-
II- PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA SELECÇÃO DE PRIORIDADES                                                               13
INTRODUÇÃO                                                                                                             14
Proposta 1                                                                                                             14
Proposta 2                                                                                                             15
Proposta 3                                                                                                             16
CONSIDERAÇÕES FINAIS                                                                                                   17
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA                                                                                                           18




                                                                                                                               2
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




       ABSTRACT

O presente texto surgiu com a finalidade de dar apoio à realização de um Diagnóstico Social
e de um Plano de Desenvolvimento Social e, teve como destinatários os técnicos da
autarquia, membros do Conselho Local de Acção Social (CLAS) e outros intervenientes no
processo.

Para além das especificidades a que este documento se direccionou, pode servir de base a
outros casos        particulares,   desde que,   nesse âmbito sejam               considerada(s)          a(s)
singularidade(s) da(s) situação(ões) a que se dirige.

No “texto de apoio” surgem, pois, aspectos relevantes para o assunto em causa, sendo eles,
a) a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) e b) uma proposta de
metodologia para a selecção de prioridades.

Palavras- have:
Palavras-chave: Análise SWOT; Selecção de Prioridades


            INTRODUÇÃO


Tendo em atenção a metodologia adoptada para a realização da actualização de um
Diagnóstico Social e de um Plano de Desenvolvimento Social, afigurou-se como adequado à
equipa do Centro de Investigação em Sociologia e Antropologia “Augusto da Silva” CISA-AS
a elaboração de textos de apoio à feitura dos referidos documentos.

O presente texto inclui-se nesta demanda e, tem como finalidade primordial proporcionar aos
intervenientes (membros do CLAS e outros participantes) um conjunto de orientações e
propostas que lhes forneçam um quadro norteador das escolhas a adoptar e de
procedimentos a realizar neste âmbito.

Nas páginas seguintes constam indicações sobre os dois instrumentos supra-referidos e
aqui delineados:
        i) Análise SWOT (explicitam-se os traços e indicações considerados pertinentes ao
            conhecimento e compreensão desta técnica);
        ii) Metodologia para selecção de prioridades (apresentam-se um conjunto de
            propostas auxiliares na selecção da opção mais apropriada para um determinado
            fim).

Aguarda-se que os destinatários deste documento efectuem uma leitura crítica sobre o
respectivo conteúdo e apresentem à equipa do CISA-AS, as sugestões e recomendações
que considerarem de interesse para o aperfeiçoamento dos instrumentos em causa.



                                                                                                              3
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




Pretende-se, desta forma, que os resultados que vierem a ser obtidos no processo em curso
assentem em bases que garantam a validade e fiabilidade dos suportes utilizados. Assim
como, uma contínua actualização e evolução das linhas orientadoras deste “texto de apoio”
com o contributo e as experiências dos interessados. Por tal, consideramos este texto um
documento em aberto e em evolução, ou se se preferir, numa terminologia diferente, um
working paper.




                                                                                                          4
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




___________________________________




                    I – Análise
                        SWOT
___________________________________
           ANÁLISE SWOT




                                                                          5
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




           DEFINIÇÃO DA ANÁLISE SWOT


A análise SWOT consiste num exercício de disposição por quadrante das debilidades, das
ameaças (factores negativos), das forças e das oportunidades (factores positivos). Tal, é
percebido com base numa determinada circunstância e por parte de um grupo concreto.

Esta prática também pode ser definida como uma técnica analítica, do tipo check-list. De
acordo com o autor H. Weihrich (1982), o termo consiste na análise do ambiente externo
(Oportunidades e Ameaças) e interno (Forças e Debilidades) de uma organização ou
sistema. (Tavares, 2004).

Na figura seguinte procura-se ilustrar esta definição, apresentando uma conjugação dos
espaços de sentido (positivos e negativos) e dos espaços de proveniência (internos e
externos).

             Figura 1 – Espaços de sentido e de proveniência inerentes à Análise SWOT


                                        Factores

                                        Positivos




                            FORÇAS            OPORTUNIDADES
Vertente                                                                                   Vertente

Interna                                                                                     Externa
                          DEBILIDADES
                          DEBILIDADES               AMEAÇAS




                                        Factores

                                        Negativos




                                                                                                               6
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




         FINALIDADE


Este exercício proporciona, por um lado, a reflexão sobre factores positivos de que um
sistema beneficia (forças e oportunidades) e, por outro, a reflexão sobre os factores
negativos com que o sistema se defronta (debilidades e ameaças).

Decorrente do anterior, podemos afirmar que esta é uma técnica sintetizadora e
simplificadora de linhas de análise, assim como, de diagnóstico.



          FACTORES POSITIVOS


Não é sempre de fácil distinção uma força e uma oportunidade. Por isso, apresentam-se de
seguida as duas definições, tal como, exemplos de cada um desses tipos de factores no
sentido de auxiliar na sua detecção.

       1.1.   Forças
Dentro dos factores positivos, as forças (pontos fortes, potencialidades, trunfos ou
vantagens) são entendidas como elementos favoráveis e internos ao próprio sistema. São
exemplos de forças os seguintes traços ou características:

           Número satisfatório de equipamentos para a prática desportiva;
           Política municipal de apoio ao fomento da actividade desportiva;
           População jovem;
           Abundância de recursos hídricos;
           Concelho atractivo em termos culturais e de lazer;
           Actividades económicas com forte probabilidade de expansão;
           Disponibilidade por parte do município em garantir a rede de transportes fora do
           horários do período escolar;
           Dinâmica já existente do apoio domiciliário;
           Número razoável de colectividades no concelho, particularmente direccionadas
           para a actividade desportiva das camadas mais jovens.


       1.2.   Oportunidades
As oportunidades são provenientes do exterior, ou seja, são de carácter ou origem exógena
ao grupo. Como exemplo de oportunidades podem ser apontados:




                                                                                                             7
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




               Existência de fundos nacionais disponíveis para apoio a projectos de
               qualificação em novas tecnologias;
               Legislação favorável ao fomento do associativismo;
               Programas do INH para recuperação e construção habitacional;
               Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ);
               Plano Regional de Emprego para o Alentejo;
               Programas Agro-Agris, Ruris; Leader+;
               Programas nacionais de apoio à Educação e Formação ao longo da vida para
               adultos.



       FACTORES NEGATIVOS


Não raras vezes, a distinção entre as debilidades e as ameaças levanta dúvidas. Para
possibilitar que algumas dessas incertezas possam ser minimizadas, transcreve-se a
definição de cada um dos referidos tipos de factores, acompanhada de um pequeno número
de exemplos.


     2.1.      Debilidades
No que se refere às causas negativas, as debilidades (pontos fracos ou desvantagens) são
os factores ou circunstâncias internas de que enferma um sistema. De entre os exemplos de
debilidades podem referenciar-se as seguintes:

               Número significativo de habitações degradadas;
               Fraco espírito empresarial;
               População pouco qualificada;
               Solos com reduzida aptidão agrícola;
               Diminuição da taxa de natalidade;
               Tendência para a desertificação de algumas zonas rurais;
               Dependência física, psicológica e financeira da população idosa;
               Índice de Dependência de Idosos e de Dependência Total elevado;
               Elevado desemprego feminino;
               Inexistência de Centros de Noite;
               Falta de Apoio Domiciliário adequado aos vários níveis de dependência;
               Necessidade de reparação no interior e exterior de algumas habitações;
               Insuficiência de transportes colectivos urbanos e interurbanos;




                                                                                                              8
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




             Necessidades de realojamento de alguns agregados familiares;
             Insuficiente rede de transportes de acesso à sede de Concelho fora do período
             escolar;
             Falta de iniciativa por parte da quase totalidade das associações do concelho.
             Fraca interacção entre colectividades (instituições, associações, comunidade);
             Falta de actividades culturais, recreativas e desportivas, motivadoras e
             atractivas para a população;
             Falta de actividades para os jovens;
             Falta de actividades para os idosos;
             Ausência de respostas para desempregados e potenciais desempregados;
             Consumo precoce de drogas e álcool por parte de jovens do concelho;
             Zona histórica habitacional da sede do concelho envelhecida;
             Falta de loteamento para construção em algumas localidades do concelho;
             Elevados custos com a habitação;
             Número insuficiente de habitações a custos controlados;
             Situações de negligência e abandono infantil detectadas no âmbito da CPCJ;
             Deficiente articulação interinstitucional, nomeadamente ao nível da informação
             das acções desenvolvidas.


      2.2.   Ameaças
As ameaças (ou constrangimentos exógenos) são os factores ou circunstâncias
provenientes do exterior. Têm como principal característica a eventualidade de prejudicar o
sistema. Como exemplo de ameaças podem apontar-se:
              Diminuição de fundos disponíveis para apoio a projectos de inclusão social;
              Legislação restritiva sobre contratação de pessoal;
              Vantagens de localização para empresas oferecidas por municípios
              adjacentes;
              Conjuntura económico-social desfavorável;
              Política de Imigração pouco favorável à integração de estrangeiros;
              Falta de Incentivos Fiscais ou à Criação de Emprego;
              Aumento das taxas de juro para aquisição de habitação própria;
              Falta     de   medidas   nacionais   de     incentivo       ao    desenvolvimento             do
              associativismo;
              Fracos apoios à fixação de empresas no interior;
              Capacidade de atracção de população activa local pelo litoral e grandes
              centros urbanos;



                                                                                                              9
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




               Surgimento de novas drogas facilmente adquiridas pelos jovens;
               Falta de incentivos nacionais para a fixação no concelho de médicos e
               enfermeiros.



        DUALIDADE OU AMBIVALÊNCIA ESTRUTURAL


Para além das dúvidas anteriormente referenciadas, por vezes, surge uma outra situação.
Assim, verifica-se que um facto ou fenómeno pode originar, simultaneamente, factores
positivos e factores negativos.

Como exemplo do anterior, podemos aludir ao seguinte: uma população maioritariamente
idosa pode apresentar-se como uma debilidade em termos de análise (na medida em que
implica uma reduzida substituição de gerações associada, geralmente, a uma baixa taxa de
natalidade, e a alguma resistência à mudança), mas simultaneamente, pode constituir uma
potencialidade (caso essa população idosa for qualificada e apresentar condições para
poder participar activamente na gestão de organismos e colectividades locais como Juntas
de Freguesia, IPSS, Universidades para a 3ª Idade, de entre outras).

Outro exemplo pode ser uma auto-estrada que atravessa um território. Esta situação pode
originar factores positivos, neste caso uma oportunidade (para implantação de empresas e a
deslocação mais frequente de turistas) mas concomitantemente, originar uma ameaça que
consista na possibilidade do incremento da actividade criminosa (furto de viaturas, de
assaltos a estabelecimentos e, tráfico de estupefacientes).

No sentido de tornar mais perceptíveis estas dualidades/ambivalências, pode-se verificar
nas imagens seguintes, constantes da Figura 2 que há um dualismo decorrente de todos os
                                            2,
fenómenos que se podem estudar, isto é, todos os fenómenos sociais apresentam factores
negativos e factores positivos necessariamente. Obviamente, o grau destes poderá variar
em relação directa com as situações.

Ora vejamos, na situação a) os factores negativos encontram-se em clara e visível maioria,
por contraponto à situação c) em que a maior parte da área pertence aos factores negativos.
Contudo, um fenómeno pode encontrar em si um equilíbrio mais ou menos notável, caso
assinalado na situação b)
                       b).




                                                                                                          10
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




       Figura 2 - Ilustração da dualidade ou ambivalência estrutural de um fenómeno sob análise



  P
                                               P
                                                                                               P
               N                                       N
                                                                                                               N

a) Factores negativos em maioria;   b) Factores positivos e negativos             c) Factores positivos em maioria;
                                      em equilíbrio;
Legenda:
Factores positivos – P
Factores negativos - N




           OPERACIONALIZAÇÃO


Segundo Tim Hindle (2004, pág. 30), o processo de elaboração de uma matriz SWOT, por
norma, começa com uma listagem das diferentes, Forças, Fraquezas Oportunidades e
                                               Forças Fraquezas,
                                                            ezas
Ameaças.
Ameaças Decorrente do anterior, poderá ser atribuída a cada Força, Fraqueza,
Oportunidade ou Ameaça uma pontuação conforme a sua importância e/ou grau de
gravidade.

Numa fase posterior pode proceder-se a um cruzamento (mais minucioso ou, mais genérico
- conforme os propósitos) entre as diferentes variáveis identificadas anteriormente, tal vai
depender do número a que se tiver chegado. Para o efeito, as variáveis são dispostas numa
matriz para que através de uma pontuação (que pode ser de três ou cinco pontos) se
aquilatar o efeito das variáveis umas sobre as outras.

Na figura seguinte procura-se transmitir a influência, numa escala de cinco pontos, das
forças sobre as debilidades identificadas num sistema. O principal objectivo desta acção é a
possibilidade de resposta a uma questão prévia: Qual é o contributo de cada força para
minimizar ou erradicar cada debilidade?




                                                                                                                      11
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




                        Quadro 1 – Cruzamento das Forças e Debilidades

   Debilidades
                       D1              D2               D3                    Dn             Somatórios
Forças
F1                      0               2                5                    3                    10
F2                      1               0                2                    2                     5
F3                      4               2                3                    4                    13
Fn                      3               2                1                    1                     7
    Somatórios          8               6               11                    10                   35


De acordo com o anterior, o cruzamento de F1,D1 (=0) gera a seguinte leitura: a Força 1 em
nada contribui para contrariar a Debilidade 1.

Numa leitura por somatórios, pode-se constatar que, neste exemplo em concreto, a F3 é a
que mais contribui para minimizar as debilidades identificadas e que, a D3 é a que mais
pode ser atenuada pelas forças identificadas.




                                                                                                           12
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




___________________________________



                II – PROPOSTA DE
                    METODOLOGIA
                 PARA SELECÇÃO
                DE PRIORIDADES
___________________________________




                                                                        13
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




      INTRODUÇÃO


Num dado ponto, e tendo-se procedido à identificação dos factores positivos e dos factores
negativos de uma determinada conjuntura, ou seja, a um diagnóstico, o passo seguinte
consiste em seleccionar as prioridades da intervenção, em função, dos recursos humanos e
                                          intervenção
dos materiais, sejam estes escassos ou não.

                    seguintes:
As propostas são as seguintes:

Proposta 1
Assenta num único critério que possibilita a atribuição, por cada respondente, de um grau de
gravidade ou nível de prioridade a cada variável sob classificação.

As debilidades identificadas e referidas são, depois, dispostas por ordem decrescente de
pontuação total obtida. Deverão ser consideradas como mais prioritárias as que forem mais
pontuadas.


                         Quadro 2 – Exemplo da aplicação da Proposta 1


             Debilidade por população afectada e área geográfica de incidência

                             Identificação                                         Grau de gravidade
                                                                                            /
                                                                                       / Nível de
                                                                                      prioridade
                                                                                       Elevado (+3)
                                                                                       Mediano (+2)
                                                                                       Reduzido (+1)
Taxa de analfabetismo relativamente elevada (13% em 2001);                                    23
População com baixos níveis de instrução (29% com 1º ciclo do ensino                          24
básico);
Inexistência de oferta ao nível do ensino universitário/politécnico                           20
Insucesso escolar, sobretudo a partir do 3º ciclo do ensino básico, e                         30
ensino secundário (CE);
Abandono escolar, sobretudo a partir do ensino secundário (10º ano);                          30
Indisciplina;                                                                                 29

O anterior trata-se de um procedimento caracterizado pela simplicidade, aplicável em
                                                          simplicidade
situações nas quais participam intervenientes que ofereçam resistência à utilização de mais
do que um critério para ordenar as debilidades identificadas.




                                                                                                           14
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




Proposta 2

Esta proposta requer a atribuição, por um painel de respondentes, às duas seguintes
dimensões:
        O grau de gravidade (numa escala por exemplo de 3 pontos) das debilidades
        identificadas;
        A facilidade de implementação das propostas de actuação ou de solução.

Como nota deve-se sublinhar que os sub-totais, por cada debilidade, são somados por linha,
ou seja na horizontal, e as pontuações parcelares indicarão qual é a ordem de prioridade, de
acordo com a respectiva expressão numérica.


                            Quadro 3 – Exemplo da aplicação da Proposta 2
  Debilidade por população afectada e             Propostas de actuação ou de
     área geográfica de incidência                           solução
     Identificação           Grau de           Identificação das    Facilidade de
                            gravidade              propostas       implementação
                                                                                                Somatórios
                              Elevado (+3)                              Elevada (+3)
                              Mediano (+2)                              Mediano (+2)
                              Reduzido (+1)                             Reduzido (+1)
Taxa de analfabetismo               23                                          12
relativamente elevada
(13% em 2001);
População com baixos                24                                          12
níveis de instrução (29%
com 1º ciclo do ensino
básico);
Inexistência de oferta ao           20                                          10
nível do ensino
universitário/politécnico
Insucesso escolar,
sobretudo a partir do 3º            30                                          12
ciclo do ensino básico, e
ensino secundário (CE);
Abandono escolar,                   30                                          14
sobretudo a partir do
ensino secundário (10º
ano);
Indisciplina;                       29                                          12

Embora se possa considerar ainda um procedimento simples, exige a identificação das
propostas de solução a adoptar para que sejam minimizadas ou erradicadas as debilidades
referenciadas.




                                                                                                              15
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




Há pelo menos uma dificuldade a assinalar neste procedimento e que aqui devemos
sublinhar, a mesma decorre do facto de serem assinaladas em algumas debilidades, várias
propostas de actuação ou solução, o que implica a exigência de serem efectuados cálculos
suplementares para se obter o somatório referente a cada uma dessas debilidades.


Proposta 3
A terceira e última proposta incluia atribuição por um painel de respondentes às três
seguintes dimensões:
        Grau de gravidade / nível de prioridade (numa escala por exemplo de 3 pontos) às
        debilidades identificadas;
        Facilidade de implementação das propostas de actuação ou de solução;
        Contributo para a minimização ou resolução de outros problemas / impacto positivo
        no concelho.

                           Quadro 4 – Exemplo da aplicação da Proposta 3
 Debilidade por população            Propostas de actuação ou de            Contributo
 afectada e área geográfica                    solução                         para a
        de incidência                                                      minimização            Somatórios
                                                                           ou resolução
                                                                             de outros
                                                                           problemas /
                                                                              Impacto
                                                                            positivo no
                                                                             concelho
  Identificação         Grau de    Identificação    Facilidade de
                       gravidade        das        implementação           Elevado (+3)
                                     propostas                             Mediano (+2)
                       Elevado                      Elevada (+3)           Reduzido (+1)
                         (+3)                       Mediano (+2)            Nenhum (0)
                       Mediano                      Reduzido (+1)
                         (+2)
                       Reduzido
                         (+1)
Taxa de                   23                              12                       12
analfabetismo
relativamente
elevada (13% em
2001);
População com             24                              12                       14
baixos níveis de
instrução (29%
com 1º ciclo do
ensino básico);
Inexistência de           20                              10                       19
oferta ao nível do
ensino
universitário/polité
cnico




                                                                                                             16
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




Esta é, a proposta menos simples das três apresentadas para consideração, exigindo aos
intervenientes que associem à sua reflexão o critério acima referido e, designado por
“contributo para a minimização ou resolução de outros problemas / impacto positivo no
concelho”, que a solução preconizada para minimizar ou erradicar a debilidade pode
proporcionar.



      CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo este documento uma finalidade específica (o apoio à realização de uma pesquisa
aplicada), a preocupação subjacente pode ter prejudicado a noção das devidas proporções
em amplitude e profundidade.

Considera-se assim, que as propostas de base, incluídas neste texto só poderão contribuir
para a qualidade do processo de actualização do Diagnóstico Social e Plano de
Desenvolvimento Social em fase de elaboração, se forem analisadas criticamente pelos
destinatários, e beneficiarem das sugestões que estes apresentarem visando a clareza de
conteúdos, introdução dos aditamentos em falta, e adequação de procedimentos.




                                                                                                        17
TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades




BIBLIOGRAFIA


HINDLE, Tim (2004), Guia de ideias e técnicas de gestão, Lisboa, Editorial Caminho

SANTOS, Marcos Olímpio G. (2006), Texto de Apoio sobre a Análise SWOT, Évora,
Universidade de Évora (19 pp.), texto policopiado.

TAVARES, Maria Manuel Valadares (2004), Estratégia e Gestão por Objectivos, 2ª
ed., Lisboa, Universidade Lusíada Editora.

WEIHRICH, H. (1982), "The TOWS matrix - a tool for situational analysis", Journal of
Long Range Planning, Vol. 15, No. 2.




                                                                                                     18

Weitere ähnliche Inhalte

Ähnlich wie Texto apoio swot_prioridades_final

Ähnlich wie Texto apoio swot_prioridades_final (16)

03 cenários
03 cenários03 cenários
03 cenários
 
Um guia para definir o corpo de conhecimento para análise de negócios – BABOK...
Um guia para definir o corpo de conhecimento para análise de negócios – BABOK...Um guia para definir o corpo de conhecimento para análise de negócios – BABOK...
Um guia para definir o corpo de conhecimento para análise de negócios – BABOK...
 
Time de UX do PicPay
Time de UX do PicPayTime de UX do PicPay
Time de UX do PicPay
 
V8n2a07
V8n2a07V8n2a07
V8n2a07
 
Sistema Espaciais de Apoio à Decisão
Sistema Espaciais de Apoio à DecisãoSistema Espaciais de Apoio à Decisão
Sistema Espaciais de Apoio à Decisão
 
Tema 1 metodologia hermeneutica e transdisciplinar na pesquisa
Tema 1 metodologia hermeneutica e transdisciplinar na pesquisaTema 1 metodologia hermeneutica e transdisciplinar na pesquisa
Tema 1 metodologia hermeneutica e transdisciplinar na pesquisa
 
Lop guia prático de avaliação
Lop   guia prático de avaliaçãoLop   guia prático de avaliação
Lop guia prático de avaliação
 
E book - guia_rápido_análise swot
E book - guia_rápido_análise swotE book - guia_rápido_análise swot
E book - guia_rápido_análise swot
 
Elaborar um plano estratégico
Elaborar um plano estratégicoElaborar um plano estratégico
Elaborar um plano estratégico
 
Innovation sprint using design thinking
Innovation sprint using design thinkingInnovation sprint using design thinking
Innovation sprint using design thinking
 
Planejamento estratégico
Planejamento estratégicoPlanejamento estratégico
Planejamento estratégico
 
Modelo de porter e análise swot
Modelo de porter e análise swot Modelo de porter e análise swot
Modelo de porter e análise swot
 
Modelo de porter e análise swot doc
Modelo de porter e análise swot docModelo de porter e análise swot doc
Modelo de porter e análise swot doc
 
Analise SWOT.pdf
Analise SWOT.pdfAnalise SWOT.pdf
Analise SWOT.pdf
 
Analise SWOT.pdf
Analise SWOT.pdfAnalise SWOT.pdf
Analise SWOT.pdf
 
Análise SWOT
Análise SWOTAnálise SWOT
Análise SWOT
 

Mehr von Ruben Pereira

3.0 pressupostos técnicos nível 3
3.0 pressupostos técnicos nível 33.0 pressupostos técnicos nível 3
3.0 pressupostos técnicos nível 3Ruben Pereira
 
3.0 pressupostos técnicos nível 2
3.0 pressupostos técnicos nível 23.0 pressupostos técnicos nível 2
3.0 pressupostos técnicos nível 2Ruben Pereira
 
3.0 pressupostos técnicos nivel 1
3.0 pressupostos técnicos nivel 13.0 pressupostos técnicos nivel 1
3.0 pressupostos técnicos nivel 1Ruben Pereira
 
Pes – projecto educação para saúde
Pes – projecto educação para saúdePes – projecto educação para saúde
Pes – projecto educação para saúdeRuben Pereira
 
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦Ruben Pereira
 
Alimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosAlimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosRuben Pereira
 
Infocedi nº 24 bullying nas escolas
Infocedi nº 24 bullying nas escolasInfocedi nº 24 bullying nas escolas
Infocedi nº 24 bullying nas escolasRuben Pereira
 
2 plano desenvolvimento de força reactivo balística
2 plano desenvolvimento de força reactivo balística2 plano desenvolvimento de força reactivo balística
2 plano desenvolvimento de força reactivo balísticaRuben Pereira
 
2 planificação anual
2 planificação anual2 planificação anual
2 planificação anualRuben Pereira
 
2 planificação anual planning
2 planificação anual planning2 planificação anual planning
2 planificação anual planningRuben Pereira
 

Mehr von Ruben Pereira (13)

3.0 pressupostos técnicos nível 3
3.0 pressupostos técnicos nível 33.0 pressupostos técnicos nível 3
3.0 pressupostos técnicos nível 3
 
3.0 pressupostos técnicos nível 2
3.0 pressupostos técnicos nível 23.0 pressupostos técnicos nível 2
3.0 pressupostos técnicos nível 2
 
3.0 pressupostos técnicos nivel 1
3.0 pressupostos técnicos nivel 13.0 pressupostos técnicos nivel 1
3.0 pressupostos técnicos nivel 1
 
Pes – projecto educação para saúde
Pes – projecto educação para saúdePes – projecto educação para saúde
Pes – projecto educação para saúde
 
Casos para debater
Casos para debaterCasos para debater
Casos para debater
 
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦
Transpar+¬ncias fichas etc._9-¦ano 1-¦
 
Alimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exerciciosAlimenta dgs guia.com.exercicios
Alimenta dgs guia.com.exercicios
 
Infocedi nº 24 bullying nas escolas
Infocedi nº 24 bullying nas escolasInfocedi nº 24 bullying nas escolas
Infocedi nº 24 bullying nas escolas
 
2 plano desenvolvimento de força reactivo balística
2 plano desenvolvimento de força reactivo balística2 plano desenvolvimento de força reactivo balística
2 plano desenvolvimento de força reactivo balística
 
Conduta treino 3
Conduta treino 3Conduta treino 3
Conduta treino 3
 
2 planificação anual
2 planificação anual2 planificação anual
2 planificação anual
 
2 planificação anual planning
2 planificação anual planning2 planificação anual planning
2 planificação anual planning
 
Contrato atletas
Contrato atletasContrato atletas
Contrato atletas
 

Kürzlich hochgeladen

Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 

Texto apoio swot_prioridades_final

  • 1. TEXTO DE APOIO SOBRE: -A ANÁLISE SWOT ÉVORA -SELECÇÃO DE PRIORIDADES MARÇO 2007
  • 2. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades FICHA TÉCNICA _____________________________________________________________________________________________________________________________ CISA- TEXTOS DE APOIO CISA-AS: -A Análise SWOT -Selecção de Prioridades Equipa do Estudo: Marcos Olímpio Gomes dos Santos (coord.) Lúcia dos Prazeres Carvalhosa Sobreiro Patrícia Isabel Mira Batista Calca Évora, 01de Março de 2007 1
  • 3. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades ÍNDICE ________________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRAT 3 INTRODUÇÃO 3 I – ANÁLISE SWOT 5 DEFINIÇÃO DA ANÁLISE SWOT 6 FINALIDADE 7 FACTORES POSITIVOS 7 1.1. Forças 7 1.2. Oportunidades 7 FACTORES NEGATIVOS 8 2.1.Debilidades 8 2.2. Ameaças 9 DUALIDADE ESTRUTURAL 10 OPERACIONALIZAÇÃO 11 II- II- PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA SELECÇÃO DE PRIORIDADES 13 INTRODUÇÃO 14 Proposta 1 14 Proposta 2 15 Proposta 3 16 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA 18 2
  • 4. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades ABSTRACT O presente texto surgiu com a finalidade de dar apoio à realização de um Diagnóstico Social e de um Plano de Desenvolvimento Social e, teve como destinatários os técnicos da autarquia, membros do Conselho Local de Acção Social (CLAS) e outros intervenientes no processo. Para além das especificidades a que este documento se direccionou, pode servir de base a outros casos particulares, desde que, nesse âmbito sejam considerada(s) a(s) singularidade(s) da(s) situação(ões) a que se dirige. No “texto de apoio” surgem, pois, aspectos relevantes para o assunto em causa, sendo eles, a) a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) e b) uma proposta de metodologia para a selecção de prioridades. Palavras- have: Palavras-chave: Análise SWOT; Selecção de Prioridades INTRODUÇÃO Tendo em atenção a metodologia adoptada para a realização da actualização de um Diagnóstico Social e de um Plano de Desenvolvimento Social, afigurou-se como adequado à equipa do Centro de Investigação em Sociologia e Antropologia “Augusto da Silva” CISA-AS a elaboração de textos de apoio à feitura dos referidos documentos. O presente texto inclui-se nesta demanda e, tem como finalidade primordial proporcionar aos intervenientes (membros do CLAS e outros participantes) um conjunto de orientações e propostas que lhes forneçam um quadro norteador das escolhas a adoptar e de procedimentos a realizar neste âmbito. Nas páginas seguintes constam indicações sobre os dois instrumentos supra-referidos e aqui delineados: i) Análise SWOT (explicitam-se os traços e indicações considerados pertinentes ao conhecimento e compreensão desta técnica); ii) Metodologia para selecção de prioridades (apresentam-se um conjunto de propostas auxiliares na selecção da opção mais apropriada para um determinado fim). Aguarda-se que os destinatários deste documento efectuem uma leitura crítica sobre o respectivo conteúdo e apresentem à equipa do CISA-AS, as sugestões e recomendações que considerarem de interesse para o aperfeiçoamento dos instrumentos em causa. 3
  • 5. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Pretende-se, desta forma, que os resultados que vierem a ser obtidos no processo em curso assentem em bases que garantam a validade e fiabilidade dos suportes utilizados. Assim como, uma contínua actualização e evolução das linhas orientadoras deste “texto de apoio” com o contributo e as experiências dos interessados. Por tal, consideramos este texto um documento em aberto e em evolução, ou se se preferir, numa terminologia diferente, um working paper. 4
  • 6. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades ___________________________________ I – Análise SWOT ___________________________________ ANÁLISE SWOT 5
  • 7. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades DEFINIÇÃO DA ANÁLISE SWOT A análise SWOT consiste num exercício de disposição por quadrante das debilidades, das ameaças (factores negativos), das forças e das oportunidades (factores positivos). Tal, é percebido com base numa determinada circunstância e por parte de um grupo concreto. Esta prática também pode ser definida como uma técnica analítica, do tipo check-list. De acordo com o autor H. Weihrich (1982), o termo consiste na análise do ambiente externo (Oportunidades e Ameaças) e interno (Forças e Debilidades) de uma organização ou sistema. (Tavares, 2004). Na figura seguinte procura-se ilustrar esta definição, apresentando uma conjugação dos espaços de sentido (positivos e negativos) e dos espaços de proveniência (internos e externos). Figura 1 – Espaços de sentido e de proveniência inerentes à Análise SWOT Factores Positivos FORÇAS OPORTUNIDADES Vertente Vertente Interna Externa DEBILIDADES DEBILIDADES AMEAÇAS Factores Negativos 6
  • 8. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades FINALIDADE Este exercício proporciona, por um lado, a reflexão sobre factores positivos de que um sistema beneficia (forças e oportunidades) e, por outro, a reflexão sobre os factores negativos com que o sistema se defronta (debilidades e ameaças). Decorrente do anterior, podemos afirmar que esta é uma técnica sintetizadora e simplificadora de linhas de análise, assim como, de diagnóstico. FACTORES POSITIVOS Não é sempre de fácil distinção uma força e uma oportunidade. Por isso, apresentam-se de seguida as duas definições, tal como, exemplos de cada um desses tipos de factores no sentido de auxiliar na sua detecção. 1.1. Forças Dentro dos factores positivos, as forças (pontos fortes, potencialidades, trunfos ou vantagens) são entendidas como elementos favoráveis e internos ao próprio sistema. São exemplos de forças os seguintes traços ou características: Número satisfatório de equipamentos para a prática desportiva; Política municipal de apoio ao fomento da actividade desportiva; População jovem; Abundância de recursos hídricos; Concelho atractivo em termos culturais e de lazer; Actividades económicas com forte probabilidade de expansão; Disponibilidade por parte do município em garantir a rede de transportes fora do horários do período escolar; Dinâmica já existente do apoio domiciliário; Número razoável de colectividades no concelho, particularmente direccionadas para a actividade desportiva das camadas mais jovens. 1.2. Oportunidades As oportunidades são provenientes do exterior, ou seja, são de carácter ou origem exógena ao grupo. Como exemplo de oportunidades podem ser apontados: 7
  • 9. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Existência de fundos nacionais disponíveis para apoio a projectos de qualificação em novas tecnologias; Legislação favorável ao fomento do associativismo; Programas do INH para recuperação e construção habitacional; Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ); Plano Regional de Emprego para o Alentejo; Programas Agro-Agris, Ruris; Leader+; Programas nacionais de apoio à Educação e Formação ao longo da vida para adultos. FACTORES NEGATIVOS Não raras vezes, a distinção entre as debilidades e as ameaças levanta dúvidas. Para possibilitar que algumas dessas incertezas possam ser minimizadas, transcreve-se a definição de cada um dos referidos tipos de factores, acompanhada de um pequeno número de exemplos. 2.1. Debilidades No que se refere às causas negativas, as debilidades (pontos fracos ou desvantagens) são os factores ou circunstâncias internas de que enferma um sistema. De entre os exemplos de debilidades podem referenciar-se as seguintes: Número significativo de habitações degradadas; Fraco espírito empresarial; População pouco qualificada; Solos com reduzida aptidão agrícola; Diminuição da taxa de natalidade; Tendência para a desertificação de algumas zonas rurais; Dependência física, psicológica e financeira da população idosa; Índice de Dependência de Idosos e de Dependência Total elevado; Elevado desemprego feminino; Inexistência de Centros de Noite; Falta de Apoio Domiciliário adequado aos vários níveis de dependência; Necessidade de reparação no interior e exterior de algumas habitações; Insuficiência de transportes colectivos urbanos e interurbanos; 8
  • 10. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Necessidades de realojamento de alguns agregados familiares; Insuficiente rede de transportes de acesso à sede de Concelho fora do período escolar; Falta de iniciativa por parte da quase totalidade das associações do concelho. Fraca interacção entre colectividades (instituições, associações, comunidade); Falta de actividades culturais, recreativas e desportivas, motivadoras e atractivas para a população; Falta de actividades para os jovens; Falta de actividades para os idosos; Ausência de respostas para desempregados e potenciais desempregados; Consumo precoce de drogas e álcool por parte de jovens do concelho; Zona histórica habitacional da sede do concelho envelhecida; Falta de loteamento para construção em algumas localidades do concelho; Elevados custos com a habitação; Número insuficiente de habitações a custos controlados; Situações de negligência e abandono infantil detectadas no âmbito da CPCJ; Deficiente articulação interinstitucional, nomeadamente ao nível da informação das acções desenvolvidas. 2.2. Ameaças As ameaças (ou constrangimentos exógenos) são os factores ou circunstâncias provenientes do exterior. Têm como principal característica a eventualidade de prejudicar o sistema. Como exemplo de ameaças podem apontar-se: Diminuição de fundos disponíveis para apoio a projectos de inclusão social; Legislação restritiva sobre contratação de pessoal; Vantagens de localização para empresas oferecidas por municípios adjacentes; Conjuntura económico-social desfavorável; Política de Imigração pouco favorável à integração de estrangeiros; Falta de Incentivos Fiscais ou à Criação de Emprego; Aumento das taxas de juro para aquisição de habitação própria; Falta de medidas nacionais de incentivo ao desenvolvimento do associativismo; Fracos apoios à fixação de empresas no interior; Capacidade de atracção de população activa local pelo litoral e grandes centros urbanos; 9
  • 11. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Surgimento de novas drogas facilmente adquiridas pelos jovens; Falta de incentivos nacionais para a fixação no concelho de médicos e enfermeiros. DUALIDADE OU AMBIVALÊNCIA ESTRUTURAL Para além das dúvidas anteriormente referenciadas, por vezes, surge uma outra situação. Assim, verifica-se que um facto ou fenómeno pode originar, simultaneamente, factores positivos e factores negativos. Como exemplo do anterior, podemos aludir ao seguinte: uma população maioritariamente idosa pode apresentar-se como uma debilidade em termos de análise (na medida em que implica uma reduzida substituição de gerações associada, geralmente, a uma baixa taxa de natalidade, e a alguma resistência à mudança), mas simultaneamente, pode constituir uma potencialidade (caso essa população idosa for qualificada e apresentar condições para poder participar activamente na gestão de organismos e colectividades locais como Juntas de Freguesia, IPSS, Universidades para a 3ª Idade, de entre outras). Outro exemplo pode ser uma auto-estrada que atravessa um território. Esta situação pode originar factores positivos, neste caso uma oportunidade (para implantação de empresas e a deslocação mais frequente de turistas) mas concomitantemente, originar uma ameaça que consista na possibilidade do incremento da actividade criminosa (furto de viaturas, de assaltos a estabelecimentos e, tráfico de estupefacientes). No sentido de tornar mais perceptíveis estas dualidades/ambivalências, pode-se verificar nas imagens seguintes, constantes da Figura 2 que há um dualismo decorrente de todos os 2, fenómenos que se podem estudar, isto é, todos os fenómenos sociais apresentam factores negativos e factores positivos necessariamente. Obviamente, o grau destes poderá variar em relação directa com as situações. Ora vejamos, na situação a) os factores negativos encontram-se em clara e visível maioria, por contraponto à situação c) em que a maior parte da área pertence aos factores negativos. Contudo, um fenómeno pode encontrar em si um equilíbrio mais ou menos notável, caso assinalado na situação b) b). 10
  • 12. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Figura 2 - Ilustração da dualidade ou ambivalência estrutural de um fenómeno sob análise P P P N N N a) Factores negativos em maioria; b) Factores positivos e negativos c) Factores positivos em maioria; em equilíbrio; Legenda: Factores positivos – P Factores negativos - N OPERACIONALIZAÇÃO Segundo Tim Hindle (2004, pág. 30), o processo de elaboração de uma matriz SWOT, por norma, começa com uma listagem das diferentes, Forças, Fraquezas Oportunidades e Forças Fraquezas, ezas Ameaças. Ameaças Decorrente do anterior, poderá ser atribuída a cada Força, Fraqueza, Oportunidade ou Ameaça uma pontuação conforme a sua importância e/ou grau de gravidade. Numa fase posterior pode proceder-se a um cruzamento (mais minucioso ou, mais genérico - conforme os propósitos) entre as diferentes variáveis identificadas anteriormente, tal vai depender do número a que se tiver chegado. Para o efeito, as variáveis são dispostas numa matriz para que através de uma pontuação (que pode ser de três ou cinco pontos) se aquilatar o efeito das variáveis umas sobre as outras. Na figura seguinte procura-se transmitir a influência, numa escala de cinco pontos, das forças sobre as debilidades identificadas num sistema. O principal objectivo desta acção é a possibilidade de resposta a uma questão prévia: Qual é o contributo de cada força para minimizar ou erradicar cada debilidade? 11
  • 13. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Quadro 1 – Cruzamento das Forças e Debilidades Debilidades D1 D2 D3 Dn Somatórios Forças F1 0 2 5 3 10 F2 1 0 2 2 5 F3 4 2 3 4 13 Fn 3 2 1 1 7 Somatórios 8 6 11 10 35 De acordo com o anterior, o cruzamento de F1,D1 (=0) gera a seguinte leitura: a Força 1 em nada contribui para contrariar a Debilidade 1. Numa leitura por somatórios, pode-se constatar que, neste exemplo em concreto, a F3 é a que mais contribui para minimizar as debilidades identificadas e que, a D3 é a que mais pode ser atenuada pelas forças identificadas. 12
  • 14. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades ___________________________________ II – PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA SELECÇÃO DE PRIORIDADES ___________________________________ 13
  • 15. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades INTRODUÇÃO Num dado ponto, e tendo-se procedido à identificação dos factores positivos e dos factores negativos de uma determinada conjuntura, ou seja, a um diagnóstico, o passo seguinte consiste em seleccionar as prioridades da intervenção, em função, dos recursos humanos e intervenção dos materiais, sejam estes escassos ou não. seguintes: As propostas são as seguintes: Proposta 1 Assenta num único critério que possibilita a atribuição, por cada respondente, de um grau de gravidade ou nível de prioridade a cada variável sob classificação. As debilidades identificadas e referidas são, depois, dispostas por ordem decrescente de pontuação total obtida. Deverão ser consideradas como mais prioritárias as que forem mais pontuadas. Quadro 2 – Exemplo da aplicação da Proposta 1 Debilidade por população afectada e área geográfica de incidência Identificação Grau de gravidade / / Nível de prioridade Elevado (+3) Mediano (+2) Reduzido (+1) Taxa de analfabetismo relativamente elevada (13% em 2001); 23 População com baixos níveis de instrução (29% com 1º ciclo do ensino 24 básico); Inexistência de oferta ao nível do ensino universitário/politécnico 20 Insucesso escolar, sobretudo a partir do 3º ciclo do ensino básico, e 30 ensino secundário (CE); Abandono escolar, sobretudo a partir do ensino secundário (10º ano); 30 Indisciplina; 29 O anterior trata-se de um procedimento caracterizado pela simplicidade, aplicável em simplicidade situações nas quais participam intervenientes que ofereçam resistência à utilização de mais do que um critério para ordenar as debilidades identificadas. 14
  • 16. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Proposta 2 Esta proposta requer a atribuição, por um painel de respondentes, às duas seguintes dimensões: O grau de gravidade (numa escala por exemplo de 3 pontos) das debilidades identificadas; A facilidade de implementação das propostas de actuação ou de solução. Como nota deve-se sublinhar que os sub-totais, por cada debilidade, são somados por linha, ou seja na horizontal, e as pontuações parcelares indicarão qual é a ordem de prioridade, de acordo com a respectiva expressão numérica. Quadro 3 – Exemplo da aplicação da Proposta 2 Debilidade por população afectada e Propostas de actuação ou de área geográfica de incidência solução Identificação Grau de Identificação das Facilidade de gravidade propostas implementação Somatórios Elevado (+3) Elevada (+3) Mediano (+2) Mediano (+2) Reduzido (+1) Reduzido (+1) Taxa de analfabetismo 23 12 relativamente elevada (13% em 2001); População com baixos 24 12 níveis de instrução (29% com 1º ciclo do ensino básico); Inexistência de oferta ao 20 10 nível do ensino universitário/politécnico Insucesso escolar, sobretudo a partir do 3º 30 12 ciclo do ensino básico, e ensino secundário (CE); Abandono escolar, 30 14 sobretudo a partir do ensino secundário (10º ano); Indisciplina; 29 12 Embora se possa considerar ainda um procedimento simples, exige a identificação das propostas de solução a adoptar para que sejam minimizadas ou erradicadas as debilidades referenciadas. 15
  • 17. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Há pelo menos uma dificuldade a assinalar neste procedimento e que aqui devemos sublinhar, a mesma decorre do facto de serem assinaladas em algumas debilidades, várias propostas de actuação ou solução, o que implica a exigência de serem efectuados cálculos suplementares para se obter o somatório referente a cada uma dessas debilidades. Proposta 3 A terceira e última proposta incluia atribuição por um painel de respondentes às três seguintes dimensões: Grau de gravidade / nível de prioridade (numa escala por exemplo de 3 pontos) às debilidades identificadas; Facilidade de implementação das propostas de actuação ou de solução; Contributo para a minimização ou resolução de outros problemas / impacto positivo no concelho. Quadro 4 – Exemplo da aplicação da Proposta 3 Debilidade por população Propostas de actuação ou de Contributo afectada e área geográfica solução para a de incidência minimização Somatórios ou resolução de outros problemas / Impacto positivo no concelho Identificação Grau de Identificação Facilidade de gravidade das implementação Elevado (+3) propostas Mediano (+2) Elevado Elevada (+3) Reduzido (+1) (+3) Mediano (+2) Nenhum (0) Mediano Reduzido (+1) (+2) Reduzido (+1) Taxa de 23 12 12 analfabetismo relativamente elevada (13% em 2001); População com 24 12 14 baixos níveis de instrução (29% com 1º ciclo do ensino básico); Inexistência de 20 10 19 oferta ao nível do ensino universitário/polité cnico 16
  • 18. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades Esta é, a proposta menos simples das três apresentadas para consideração, exigindo aos intervenientes que associem à sua reflexão o critério acima referido e, designado por “contributo para a minimização ou resolução de outros problemas / impacto positivo no concelho”, que a solução preconizada para minimizar ou erradicar a debilidade pode proporcionar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo este documento uma finalidade específica (o apoio à realização de uma pesquisa aplicada), a preocupação subjacente pode ter prejudicado a noção das devidas proporções em amplitude e profundidade. Considera-se assim, que as propostas de base, incluídas neste texto só poderão contribuir para a qualidade do processo de actualização do Diagnóstico Social e Plano de Desenvolvimento Social em fase de elaboração, se forem analisadas criticamente pelos destinatários, e beneficiarem das sugestões que estes apresentarem visando a clareza de conteúdos, introdução dos aditamentos em falta, e adequação de procedimentos. 17
  • 19. TEXTO DE APOIO: a Análise SWOT e, a Selecção de Prioridades BIBLIOGRAFIA HINDLE, Tim (2004), Guia de ideias e técnicas de gestão, Lisboa, Editorial Caminho SANTOS, Marcos Olímpio G. (2006), Texto de Apoio sobre a Análise SWOT, Évora, Universidade de Évora (19 pp.), texto policopiado. TAVARES, Maria Manuel Valadares (2004), Estratégia e Gestão por Objectivos, 2ª ed., Lisboa, Universidade Lusíada Editora. WEIHRICH, H. (1982), "The TOWS matrix - a tool for situational analysis", Journal of Long Range Planning, Vol. 15, No. 2. 18