SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
JEAN JACQUES ROUSSEAU
Por Rogério Terra de Oliveira


Os contratualistas estão inseridos no contexto de formação e consolidação
dos estados nacionais. Isto significa que historicamente presenciam e
discutem as relações turbulentas que acometiam a nobreza e a realeza.
Regra geral, os reis ocupavam o governo enquanto os nobres ocupavam o
parlamento.



Presenciamos o crescimento da burguesia como um poder econômico que
pretende se libertar do controle estatal. Daí a origem do pensamento liberal.



O debate entre católicos e protestantes serviam para amplificar os conflitos
políticos e econômicos que de fato motivavam toda a luta pelo poder

FUNDO DE CENA


As Revoluções burguesas ou Revoluções liberais ocorreram por toda a Europa com
momentos e características especificas dependendo da região. As principais são a
Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688), Revolução Americana e a Revolução
Francesa (1789).



A motivação da Revolução Francesa foi essencialmente a desigualdade social e os
problemas econômicos do país que enfrentava uma crise de abastecimento com
falta de alimentos em função de secas, baixa produção e crescimento
populacional, assim como a convivência com uma elite nobre insensível e que vivia
de maneira luxuriosa e esbanjadora.



No meio do movimento de revolta edificou-se o lema “igualdade, liberdade e
fraternidade”. Efetivamente a liberdade para o mercado e o fim da desigualdade
que garantia privilégios aos membros da nobreza e da realeza. Fraternidade nunca
saiu do papel.



Apesar de favorecer o capitalismo com a derrubada da monarquia, a Revolução
Francesa serviu para propagar o ideário do pensamento socialista que já percorria a
Europa desde a publicação do livro Utopia de Tomas Morus em 15--

CONTINUAÇÃO
Desde o processo de cercamento dos campos e da revolução comercial a
expansão de uma economia capitalista, de uma economia de mercado,
acarretou num desmanche radical e violento da organização do mundo feudal,
ampliando a desigualdade social e gerando inúmeros problemas como
criminalidade e miséria.
A crítica dessa sociedade foi se organizando no pensamento socialista que
advogava uma vida comunitária e mais igualitária em oposição ao
individualismo possessivo do capitalismo.
A critica a acumulação da riqueza e a propriedade privada eram frequentes,
mas uma sistematização do pensamento socialista só chegará a sua forma mais
acaba no século XIX com Karl Marx. Nesse momento, Rousseau será um dos seus
principais articuladores e por isso foi considerado o ideólogo da Revolução
Francesa pois muitos queriam de fato construir uma nova sociedade, mais justa
e mais humana (humanismo). No final a nova sociedade capitalista substituiu a
sociedade feudal.

O SOCIALISMO


O século de Rousseau, século XVIII, considerado século das luzes (iluminismo),
representou o ideal da modernidade por toda a crença no poder transformador
que a ciência humana poderia trazer para o desenvolvimento da humanidade.
Entretanto, Rousseau via essa euforia com um certo ceticismo. A ciência muitas
vezes era feita com vaidade e permeada de interesses privados. A verdadeira
ciência fonte de conhecimento e mudança não existia. Apesar do avanço a
desigualdade social era um exemplo do seu fracasso.



Por isso, mais do que enaltecer essa sociedade capitalista, Rousseau será um dos
seus maiores críticos e ele fará sua critica no seu livro: ´do Contrato Social´.

A MODERNIDADE


Para Rousseau, o ser humano tem uma natureza boa é a sociedade que o
corrompe. Se tivesse de escolher o homem iria preferir viver de maneira cordial e
harmônica com as outras pessoas, mas se passa fome é impelido a roubar, se
está ameaçado por um competidor pode mata-lo ou agir desonestamente. A
vida numa sociedade como a dele promove o que há de pior no ser humano.



Daí sua imagem de que no estado de natureza as pessoas viviam
colaborativamente em comunidade (comunitarismo) com um “bom selvagem”
antes da criação do contrato social e da sociedade.



Cada qual trabalhava e usufruía do fruto do seu trabalho possuindo uma vida
melhor ou pior do que os outros. A desigualdade natural surge do trabalho e das
habilidade que cada qual imprimia aos seus projetos.

ESTADO DE NATUREZA E NATUREZA
HUMANA


A desigualdade natural poderia despertar a inveja ou a ambição dos mais
pobres em relação aos mais ricos. Estes temendo a perda de seus bens
propõem o pacto sob o argumento de que este criaria o Estado, garantindo a
propriedade e promovendo a justiça e a igualdade. Entretanto, o ato contínuo
da criação do Estado é a instituição da propriedade privada e assim
estabelecem a Desigualdade social.



Desigualdade natural surgem a partir das diferenças entre as pessoas no Estado
de natureza.



Desigualdade social é aquela assegurada pela lei que é a positivação da
vontade do homem.



“Unamo-nos para defender os fracos da opressão, conter os ambiciosos e
assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence”



“Fora preciso muito menos do que o equivalente desse discurso para arrastar
homens grosseiros , fáceis de seduzir, [...] Todos correram ao encontro de seus
grilhões, crendo assegurar sua liberdade.”

CONTRATO SOCIAL


A criação do Estado através do contrato social foi um golpe,
uma artimanha para subjugar o homem livre a um poder
centralizador. Rousseau diria no início de sua obra: “o homem
nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros.” Preso a seus
compromissos, responsabilidades e a leis que lhe são impostas
contra sua vontade.

CARÁTER DO CONTRATO SOCIAL


A liberdade é um direito natural inalienável e constituidor da nossa condição
humana. Diferente de Hobbes, Rousseau reconheceu a vida como um direito
natural, mas sem liberdade não somos verdadeiramente humanos.



Daí sua defesa da democracia direta pois, “a lei que se prescreve a si mesmo é
um ato de liberdade.” Mas, a lei que nos é imposta por representantes não nos
subordina. Qualquer tipo de democracia representativa limita o ser humano.



O ser humano pleno, emancipado, deve ser capaz faz as escolhas necessárias
a boa convivência social. Este é um tema que merece se aprofundado em
momento posterior. Em certo sentido as lei criadas pelas gerações passadas
determinam como devemos proceder no presente. Nossa comunidade precisa
de leis que respondam as necessidades atuais. Contudo, não temos condição
de atualizar o tempo todo nossa legislação.

LEI E LIBERDADE


O homem é livre, vive em comunidade e não pode abrir mão da sua liberdade.
Impasse difícil de ser resolvido. Seria o mesmo que dizer que eu sou livre e posso
fumar em locais fechados. Como ficaria a liberdade das outras pessoas?



Rousseau reconhece que a vontade de um povo corresponde a sua vontade
geral. A vontade geral é mais do que a soma das vontades individuais. Ela
representa o poder soberano que representa o povo como um todo (tanto a
maioria quanto as minorias)



A vontade geral não pode ser a ditadura da maioria e muito menos o
instrumento de dominação de uma minoria. No entanto ele observa: “Assim
como a vontade particular age sem cessar contra a vontade geral, o governo
despende um esforço contínuo contra o soberano.”

VONTADE GERAL E
VONTADE INDIVIDUAL

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (20)

Apresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - RousseauApresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - Rousseau
 
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato SocialJean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
Jean-Jacques Rousseau - Do Contrato Social
 
Rosseau
RosseauRosseau
Rosseau
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
07 contrato social - rousseau
07  contrato social - rousseau07  contrato social - rousseau
07 contrato social - rousseau
 
Do contrato social Vol. 1
Do contrato social Vol. 1 Do contrato social Vol. 1
Do contrato social Vol. 1
 
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
Natureza Humana   Hobbes E RousseauNatureza Humana   Hobbes E Rousseau
Natureza Humana Hobbes E Rousseau
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
 
Contrato social 2
Contrato social 2Contrato social 2
Contrato social 2
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Schopenhauer: a vontade irrracional
Schopenhauer: a vontade irrracionalSchopenhauer: a vontade irrracional
Schopenhauer: a vontade irrracional
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
As origens do totalitarismo de hannah arendt
As origens do totalitarismo de hannah arendtAs origens do totalitarismo de hannah arendt
As origens do totalitarismo de hannah arendt
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
Montesquieu
Montesquieu Montesquieu
Montesquieu
 
John Locke
John LockeJohn Locke
John Locke
 
Contratualismo e Hobbes
Contratualismo e HobbesContratualismo e Hobbes
Contratualismo e Hobbes
 
Adam smith
Adam smithAdam smith
Adam smith
 
Adam Smith - História.
Adam Smith - História.Adam Smith - História.
Adam Smith - História.
 

Andere mochten auch (15)

Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-RousseauTrabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
Trabalho sobre Jean Jacques-Rousseau
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
BIOGRAFIA DE ROUSSEAU
BIOGRAFIA DE ROUSSEAUBIOGRAFIA DE ROUSSEAU
BIOGRAFIA DE ROUSSEAU
 
Emilio rousseau
Emilio rousseauEmilio rousseau
Emilio rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em RousseauConhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
 
Aula desigualdade social e jean jacques rousseau
Aula   desigualdade social e jean jacques rousseauAula   desigualdade social e jean jacques rousseau
Aula desigualdade social e jean jacques rousseau
 
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & RousseauCiência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
Ciência política [1o gq] Locke, Montesquieu & Rousseau
 
Programa de Cidadania Judiciária - Alexandre Cialdini
Programa de Cidadania Judiciária - Alexandre CialdiniPrograma de Cidadania Judiciária - Alexandre Cialdini
Programa de Cidadania Judiciária - Alexandre Cialdini
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Presentation1
Presentation1Presentation1
Presentation1
 
Fichamento rawls como o liberalismo político é possível
Fichamento  rawls    como o liberalismo político é possívelFichamento  rawls    como o liberalismo político é possível
Fichamento rawls como o liberalismo político é possível
 

Ähnlich wie Jean jacques rousseau

Ähnlich wie Jean jacques rousseau (20)

Egi
EgiEgi
Egi
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e Locke
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídica
 
O Iluminismo
O IluminismoO Iluminismo
O Iluminismo
 
Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...
 
I seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacionalI seminário da disciplina estado e política educacional
I seminário da disciplina estado e política educacional
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
A igreja e_o_estado
A igreja e_o_estadoA igreja e_o_estado
A igreja e_o_estado
 
Concepções de Estado 02
Concepções  de Estado 02Concepções  de Estado 02
Concepções de Estado 02
 
Concepções do Estado....
Concepções do Estado.... Concepções do Estado....
Concepções do Estado....
 
Direitos e cidadania
Direitos e cidadaniaDireitos e cidadania
Direitos e cidadania
 
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdfSlides Ciências Sociais Unidade I.pdf
Slides Ciências Sociais Unidade I.pdf
 
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade -  nosso tempoFilosofia da razão à modernidade -  nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
 
Filosofia para-o-enem-8ª-semana
Filosofia para-o-enem-8ª-semanaFilosofia para-o-enem-8ª-semana
Filosofia para-o-enem-8ª-semana
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
áRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãOáRea De IntegraçãO
áRea De IntegraçãO
 
Prefacio de Marcelo Centenaro
Prefacio de Marcelo CentenaroPrefacio de Marcelo Centenaro
Prefacio de Marcelo Centenaro
 
Palestra Prof. Sérgio Adorno
Palestra Prof. Sérgio AdornoPalestra Prof. Sérgio Adorno
Palestra Prof. Sérgio Adorno
 

Mehr von Rogerio Terra

Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Rogerio Terra
 
Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Rogerio Terra
 
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Rogerio Terra
 
Conhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoConhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoRogerio Terra
 
Conhecendo o cliente
Conhecendo o clienteConhecendo o cliente
Conhecendo o clienteRogerio Terra
 
Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Rogerio Terra
 
Desenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraDesenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraRogerio Terra
 
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Rogerio Terra
 
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoDivisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoRogerio Terra
 
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Rogerio Terra
 
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaCanvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaRogerio Terra
 
Empreendedorismo social
Empreendedorismo socialEmpreendedorismo social
Empreendedorismo socialRogerio Terra
 
Políticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialPolíticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialRogerio Terra
 
Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Rogerio Terra
 
Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Rogerio Terra
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaRogerio Terra
 
Exercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaExercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaRogerio Terra
 

Mehr von Rogerio Terra (20)

Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Validação e prototipagem
Validação e prototipagem
 
Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018
 
Pitch
Pitch Pitch
Pitch
 
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
 
Conhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoConhecendo o mercado
Conhecendo o mercado
 
Conhecendo o cliente
Conhecendo o clienteConhecendo o cliente
Conhecendo o cliente
 
Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2
 
Desenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraDesenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de Carreira
 
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
 
Regras do Time
Regras do TimeRegras do Time
Regras do Time
 
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoDivisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
 
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
 
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaCanvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
 
Canvas social
Canvas socialCanvas social
Canvas social
 
Empreendedorismo social
Empreendedorismo socialEmpreendedorismo social
Empreendedorismo social
 
Políticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialPolíticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço social
 
Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5
 
Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadania
 
Exercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaExercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadania
 

Kürzlich hochgeladen

QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 

Kürzlich hochgeladen (20)

QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 

Jean jacques rousseau

  • 1. JEAN JACQUES ROUSSEAU Por Rogério Terra de Oliveira
  • 2.  Os contratualistas estão inseridos no contexto de formação e consolidação dos estados nacionais. Isto significa que historicamente presenciam e discutem as relações turbulentas que acometiam a nobreza e a realeza. Regra geral, os reis ocupavam o governo enquanto os nobres ocupavam o parlamento.  Presenciamos o crescimento da burguesia como um poder econômico que pretende se libertar do controle estatal. Daí a origem do pensamento liberal.  O debate entre católicos e protestantes serviam para amplificar os conflitos políticos e econômicos que de fato motivavam toda a luta pelo poder FUNDO DE CENA
  • 3.  As Revoluções burguesas ou Revoluções liberais ocorreram por toda a Europa com momentos e características especificas dependendo da região. As principais são a Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688), Revolução Americana e a Revolução Francesa (1789).  A motivação da Revolução Francesa foi essencialmente a desigualdade social e os problemas econômicos do país que enfrentava uma crise de abastecimento com falta de alimentos em função de secas, baixa produção e crescimento populacional, assim como a convivência com uma elite nobre insensível e que vivia de maneira luxuriosa e esbanjadora.  No meio do movimento de revolta edificou-se o lema “igualdade, liberdade e fraternidade”. Efetivamente a liberdade para o mercado e o fim da desigualdade que garantia privilégios aos membros da nobreza e da realeza. Fraternidade nunca saiu do papel.  Apesar de favorecer o capitalismo com a derrubada da monarquia, a Revolução Francesa serviu para propagar o ideário do pensamento socialista que já percorria a Europa desde a publicação do livro Utopia de Tomas Morus em 15-- CONTINUAÇÃO
  • 4. Desde o processo de cercamento dos campos e da revolução comercial a expansão de uma economia capitalista, de uma economia de mercado, acarretou num desmanche radical e violento da organização do mundo feudal, ampliando a desigualdade social e gerando inúmeros problemas como criminalidade e miséria. A crítica dessa sociedade foi se organizando no pensamento socialista que advogava uma vida comunitária e mais igualitária em oposição ao individualismo possessivo do capitalismo. A critica a acumulação da riqueza e a propriedade privada eram frequentes, mas uma sistematização do pensamento socialista só chegará a sua forma mais acaba no século XIX com Karl Marx. Nesse momento, Rousseau será um dos seus principais articuladores e por isso foi considerado o ideólogo da Revolução Francesa pois muitos queriam de fato construir uma nova sociedade, mais justa e mais humana (humanismo). No final a nova sociedade capitalista substituiu a sociedade feudal. O SOCIALISMO
  • 5.  O século de Rousseau, século XVIII, considerado século das luzes (iluminismo), representou o ideal da modernidade por toda a crença no poder transformador que a ciência humana poderia trazer para o desenvolvimento da humanidade. Entretanto, Rousseau via essa euforia com um certo ceticismo. A ciência muitas vezes era feita com vaidade e permeada de interesses privados. A verdadeira ciência fonte de conhecimento e mudança não existia. Apesar do avanço a desigualdade social era um exemplo do seu fracasso.  Por isso, mais do que enaltecer essa sociedade capitalista, Rousseau será um dos seus maiores críticos e ele fará sua critica no seu livro: ´do Contrato Social´. A MODERNIDADE
  • 6.  Para Rousseau, o ser humano tem uma natureza boa é a sociedade que o corrompe. Se tivesse de escolher o homem iria preferir viver de maneira cordial e harmônica com as outras pessoas, mas se passa fome é impelido a roubar, se está ameaçado por um competidor pode mata-lo ou agir desonestamente. A vida numa sociedade como a dele promove o que há de pior no ser humano.  Daí sua imagem de que no estado de natureza as pessoas viviam colaborativamente em comunidade (comunitarismo) com um “bom selvagem” antes da criação do contrato social e da sociedade.  Cada qual trabalhava e usufruía do fruto do seu trabalho possuindo uma vida melhor ou pior do que os outros. A desigualdade natural surge do trabalho e das habilidade que cada qual imprimia aos seus projetos. ESTADO DE NATUREZA E NATUREZA HUMANA
  • 7.  A desigualdade natural poderia despertar a inveja ou a ambição dos mais pobres em relação aos mais ricos. Estes temendo a perda de seus bens propõem o pacto sob o argumento de que este criaria o Estado, garantindo a propriedade e promovendo a justiça e a igualdade. Entretanto, o ato contínuo da criação do Estado é a instituição da propriedade privada e assim estabelecem a Desigualdade social.  Desigualdade natural surgem a partir das diferenças entre as pessoas no Estado de natureza.  Desigualdade social é aquela assegurada pela lei que é a positivação da vontade do homem.  “Unamo-nos para defender os fracos da opressão, conter os ambiciosos e assegurar a cada um a posse daquilo que lhe pertence”  “Fora preciso muito menos do que o equivalente desse discurso para arrastar homens grosseiros , fáceis de seduzir, [...] Todos correram ao encontro de seus grilhões, crendo assegurar sua liberdade.” CONTRATO SOCIAL
  • 8.  A criação do Estado através do contrato social foi um golpe, uma artimanha para subjugar o homem livre a um poder centralizador. Rousseau diria no início de sua obra: “o homem nasce livre e em toda parte encontra-se a ferros.” Preso a seus compromissos, responsabilidades e a leis que lhe são impostas contra sua vontade. CARÁTER DO CONTRATO SOCIAL
  • 9.  A liberdade é um direito natural inalienável e constituidor da nossa condição humana. Diferente de Hobbes, Rousseau reconheceu a vida como um direito natural, mas sem liberdade não somos verdadeiramente humanos.  Daí sua defesa da democracia direta pois, “a lei que se prescreve a si mesmo é um ato de liberdade.” Mas, a lei que nos é imposta por representantes não nos subordina. Qualquer tipo de democracia representativa limita o ser humano.  O ser humano pleno, emancipado, deve ser capaz faz as escolhas necessárias a boa convivência social. Este é um tema que merece se aprofundado em momento posterior. Em certo sentido as lei criadas pelas gerações passadas determinam como devemos proceder no presente. Nossa comunidade precisa de leis que respondam as necessidades atuais. Contudo, não temos condição de atualizar o tempo todo nossa legislação. LEI E LIBERDADE
  • 10.  O homem é livre, vive em comunidade e não pode abrir mão da sua liberdade. Impasse difícil de ser resolvido. Seria o mesmo que dizer que eu sou livre e posso fumar em locais fechados. Como ficaria a liberdade das outras pessoas?  Rousseau reconhece que a vontade de um povo corresponde a sua vontade geral. A vontade geral é mais do que a soma das vontades individuais. Ela representa o poder soberano que representa o povo como um todo (tanto a maioria quanto as minorias)  A vontade geral não pode ser a ditadura da maioria e muito menos o instrumento de dominação de uma minoria. No entanto ele observa: “Assim como a vontade particular age sem cessar contra a vontade geral, o governo despende um esforço contínuo contra o soberano.” VONTADE GERAL E VONTADE INDIVIDUAL