Meios e Métodos de Treinamento ao Longo das Diversas Etapas de Competição prof. ms josé mário campeiz
1. Meios e Métodos de treinamento
ao longo das diversas etapas de
competição
Prof. Ms. José Mário Campeiz
2. Temática
¾¾Controle do treino e das competições;
zz Conceituar os Meios e Métodos de
Treinamento;
zz Conceituar e Classificar os Exercícios e sua
influência no organismo dos futebolistas;
zz Demonstrar os meios e conteúdos de treino nas
diferentes etapas de competição
3. PPRREEPPAARRAADDOORR FFÍÍSSIICCOO::
Dificuldades
1) Falta de estruturação adequada das capacidades
físicas durante o processo de formação do futebolista;
2) A busca de uma teoria de treinamento desportivo
com características específicas e metabólicas mais
pertinentes ao futebol
4. FUTEBOL: desporto complexo
➨ O futebol, apresenta exigências
competitivas complexas, exige o
aperfeiçoamento de muitas capacidades
motoras tais como: velocidade de reação e
de ação motora, velocidade de
deslocamento, força de aceleração e de
desaceleração, força rápida e explosiva,
resistência muscular local e especial
anaeróbia durante os esforços curtos,
intensos, repetidos e, resistência muscular
geral local aeróbia nas sucessivas pausas
de recuperação.
➨ Evidentemente, a estas capacidades devem
ser agregadas: flexibilidade, equilíbrio
dinâmico, agilidade, coordenação global,
técnica individual e tática coletiva (Golomazov e
Shirva, 1997).
5. O controle do Processo de
Treinamento e
Competições
Para o controle das atividades
competitivas, Bosco (1993)
afirmou que é necessário
conhecer a estrutura
competitiva e saber quais são
os seus aspectos quantitativos
e qualitativos e qual é a sua
influência sobre os sistemas
biológicos dos futebolistas
(Bangsbo,1994; Godik, 1996;
Godik e Popov, 1990).
6. Aspectos Quantitativos
9 Características do desporto e suas ações
motoras:
9 Aspectos quantitativos: (Volume e
intensidade)
9 - 98% dos deslocamentos são sem bola; 2% são
com bola;
9 - plano fisiológico é solicitado 13 a 15% da
duração da partida;
9 - 107 a 139 ações intensas, com duração de 1 a
5 segundos.
9 Distancias de sprints e corridas intensas: 3,5 –
60m, com media de 17,2 ± 0,9 m p/ sprints e 18
± 2m p/ corridas intensas;
¾¾ Numa partida de futebol, cada atleta realiza
cerca de 1000 a 1400 mudanças de direção, ou
seja, em média, uma a cada 4 seg. Stolen &
cols.,Sports Medicine 2005.
9 Capacidade de recuperação rápida entre 2 ou
mais ações intensas, torna-se uma exigência do
atleta, como conseqüência da evolução atual do
jogo (Carzola e Fahri, 1998; Bangsbo, 1997).
7. Distância percorrida e número de
piques de acordo com a posição
Distância percorrida e número de
piques de acordo com a posição
34,6
29,6
25,8
22,4
19,8
26,6
15
23,4
16,8
11,4
13,6
4,6
5,66
9
0-10m 10-20m 20-30m 30-40m 40-50m >50m
35
30
25
20
15
10
5
0
zagueiros
laterais
volantes
meias
atacantes
nº vezes
SÃO PAULO FC - CEMAFE VALQUER et al ,1998
8. Aspectos Qualitativos
¾ Perfil fisiológico dos
desportistas:
z Consumo Máximo de
Oxigênio;
z Limiar Anaeróbio;
z Freqüência Cardíaca;
z A produção de lactato .
z Carzola e Farhi (1998), Bangsbo
(1994); Silva et all.(1999,
1998abc, 1997, 1996); Ekblon
(1986); Godik (1996)
9. Ações durante o jogo e Avaliação do
Metabolismo requerido (Carzola e Fahri , 1998)
- Marcha e corrida lenta: Metabolismo aeróbio (AGL-Glicose);
recuperação ativa.
- Corrida Intensa: Metabolismo misto; aeróbio (Glicogênio);
VO2max.; Glicolise (lactato)
- Sprints + ações intensas e curtas: ATP- CP; ações
determinantes.
70,80%
14,30%
14,90%
Marcha e corrida lenta Corrida Intensa Sprints e ações intensas
10. Freqüência Cardíaca na Partida de Futebol
Valquer et al., 1998
>180
170/179 3%
24%
160/169
31%
140/149
12%
150/159
22%
130/139
6%
120/129
2%
Meia de ligação
11. Meios e Métodos de
treinamento ao longo das
diversas etapas de competição
12. Na linguagem desportiva
O que se utiliza Exercício
Como se utiliza os “meios”
Obtenção dos
Objetivos
Meio
Método
14. Meios Pedagógicos da preparação
desportiva
99 Denominam-se meios de treinamento todos os auxílios
no quadro dos métodos de treinamento aplicados que
servem ao desenvolvimento das capacidades de
rendimento (Barbanti, 1994).
99 Exercícios físicos;
99 Meios audiovisuais;
99 Autógenos;
99 Psicológicos;
99 Formas de medições;
99 Recuperação.
15. Classificação dos exercícios
(Gomes, 2002)
¾¾ De acordo com o regime de contração Muscular
no movimento:
•• Estática ou dinâmica (Schimidt, 1985)
¾¾ Em relação à estrutura do movimento:
•• Cíclicos; acíclicos ou misto (Zatsiorsky,1970)
¾¾ Dependendo do volume da massa muscular
ativa que participa do movimento:
•• Localizados, regionais e globais (Sudakov, 1984)
18. Classificação dos exercícios
(Barbanti, 1994)
¾¾ Dividem-se em 4 grupos:
¾¾ Não existe regras fixas quanto à participação de cada
um
Exercício
Preparatório
Geral
Exercício
Preparatório
Auxiliar
Exercício
Preparatório
Específico
Exercício
Competitivo
19. Futebol: desporto complexo
¾¾É necessário recorrer a outros tipos de
classificação dos exercícios (Godik, 1992);
¾¾ 2 grandes grupos:
Aperfeiçoamento dos
Aspectos preparação
técnico/tática
Desenvolvimento das
capacidades motoras
20. Meios de Treinamento
(Godik, 1992)
Exercício
Geral Específico Competitivo
Recuperativo
Desenvolvimento
Simples
Complexo
21. Exercício Geral
¾¾ Desenvolvimento
zz Meios de treino das
capacidades motoras;
zz Sem relação com o gesto
da modalidade;
zz Deve ser o mais próximo
das exigências fisiológicas
da modalidade
¾¾ Recuperativo
z Trotes, corridas
contínuas com
objetivo recuperação;
z pausas ativas,
alongamentos
22. Exercícios Específicos
¾¾ Simples
Treino técnico sem objetivar
marcação de gol;
Fundamentos específicos:
Treino Específico para as
diferentes posições
Domínio; passes; condução de
bola
¾¾ Complexos
Treino técnico com objetivo de
marcação ou impedimento de
gol (ataque x defesa);
Exercícios em campo reduzido;
Exercícios com superioridade
numérica
23. Exercícios Competitivos
(Friselli e Mantovani, 2002)
¾ Existe o confronto entre os
participantes, mas está
subordinado ao
desenvolvimento do exercício;
¾ Manifesta o complexo de
diversos hábitos e capacidades
motoras.
¾ Treino específico da
condição física com
utilização de meios de
treinamento especiais;
¾ Serve para treinamento
Resistência Aeróbia e
Anaeróbia;
¾ Meio de treino complexo, já que
condiciona todas as condições
especiais simultaneamente;
¾ Limitação : exige-se muito
controle e precisão cargas, é de
difícil dosagem.Representa alta
exigência do aparelho motor
passivo (ossos, cartilagens,
ligamentos, tendões), podendo
ocorrer queda da performance
específica (fadiga central).
24. Classificação dos exercícios, objetivos e tipo de treinamento
(Godik apud Frisselli e Mantovani, 1999)
Exercício Objetivo principal Tipo de treinamento
Geral: recuperativo;
desenvolvimento
(sem relação com o gesto
modalidade)
Capacidades funcionais Corridas, saltos, musculação
Musculação.avi
CCVV.avi
Específico simples:
(Aproximam-se ao máximo
do gesto desportivo)
Técnica simples Treino técnico sem objetivar marcação
de gol;
Passes, domínios e condução de bola
Exercícios Simples.avi
Específico Complexo
(Aproximam-se ao máximo do
gesto desportivo)
Técnica aplicada Treino técnico com objetivo de
marcação ou impedimento de gol
(ataque x defesa)
Exercícios Combinados.avi
Competitivo
(idêntico à competição)
Situação competitiva Coletivos e Jogos
25. Seqüência de utilização dos
exercícios de treinamento
Exerc. Gerais e
Específicos simples
Desenvolvimento
e/ou Restauração
da base funcional
Exercícios
Específicos
Complexos
Desenvolvimento
da performance
competitiva
¾¾ Frisselli e Mantovani (1999).
Exercícios
Competitivos
Manutenção da
Performance
Competitiva
26. Relação entre as capacidades motoras
determinantes no rendimento físico
(Gomes e Souza 2008)
Força
Velocidade
Resistência
Força
Explosiva
Resistência de
Velocidade
Resistência de força
Correlação entre as capacidades Motoras
27. Esquema geral sobre as formas de manifestações das
capacidades coordenativas (Hirtz et al., apud Weineck, 1999).
Capacidades Coordenativas
Sinônimo: Habilidade
Baseiam-se em
Fatores
Físicos
Repertório de
Movimentos
Capacidade de
Análise
E expressam-se por
Controle das Ações
Motoras
Aumento da Capacidade
Motora
28. Indicadores para o Treinamento
¾¾ Exercícios físicos diversificados, mas com condição de que a
execução destes esteja ligada à superação de dificuldades
significativas de coordenação.
¾¾ Exercícios sem a bola (saltitos; deslocamentos variados)
¾¾ Exercícios com bola (fundamentos)
¾¾ Exercícios de equilíbrio e precisão de movimentos.
29. Resistência:
Definições
¾¾ Sob resistência compreende-se em
geral a capacidade psicofísica do
esportista resistir à fadiga (Weineck,
1999);
¾¾ Segundo Frey apud Weineck (1999),
a resistência psíquica é a
capacidade do esportista suportar
um estímulo no seu limiar por um
determinado período de tempo e a
““resistência física””, é a tolerância do
organismo e de órgãos isolados ao
cansaço.
¾¾ Entende-se resistência motora, a
capacidade de executar um
movimento durante um longo tempo,
sem perda aparente da afetividade
do movimento (Barbanti, 1996).
30. Indicadores para o Treinamento
Capacidade
Motora
Meios de treinamento Intensidade de
treinamento
Volume de
treinamento
Resistência
Aeróbia
Corridas intervaladas
(distâncias curtas)
85-90% da FC max
80% do VO2max
3.000 –– 6.000 m
Treinamento com bola em
campo reduzido
Resistência
Especial
Corridas intervaladas
Treinamento em campo
reduzido
Corrida com variação
velocidade
85% do VO2max
do Limiar anaeróbio
85-90% da FC max
2.200 - 2.900 m
31. Velocidade:
Definições
¾¾ Qualidade física de executar, num
espaço de tempo mínimo, ações
motoras sob exigências dadas
(Zaciorsky, apud Barbanti, 1996);
¾¾ Máxima rapidez de movimento que
pode ser alcançada (Hollmann apud
Barbanti, 1996);
¾¾ Velocidade no esporte é a
capacidade de atingir maior rapidez
de reação e de movimento, de
acordo com o condicionamento
específico, baseada no processo
cognitivo, na força máxima de
vontade e no bom funcionamento
do sistema neuromuscular (Grosser,
apud Weineck, 1999).
32. ¾¾ ““ é exatamente a velocidade e
somente a velocidade, que ao
final determina o resultado
desportivo”” (Verkhoshansky, 1995).
¾¾ ““é um dos componentes mais
importantes do desempenho
esportivo. No entanto ela não
deve ser vista como uma
capacidade isolada”” (Stein, 2000).
¾¾ Ela é de importância primordial
para o sucesso em esportes
individuais e coletivos (Stein, 2000).
33. ¾¾ Segundo Bauer apud Weineck
(1992, 1999), a velocidade para os
atletas pode ser definida como
complexa, composta de diferentes
outras capacidades psicofísicas a
saber:
¾¾ Velocidade de percepção
¾¾ Velocidade de antecipação
¾¾ Velocidade de decisão
¾¾ Velocidade de reação
¾¾ Velocidade de movimento
cíclico e acíclico
¾¾ Velocidade de ação
¾¾ Velocidade de ajuste
34. Treinabilidade da velocidade
¾¾ É menos treinável do que a força ou a
resistência
¾¾ Adulto não treinado pode melhorar de 15
a 20% de seu tempo (100 m);
excepcionalmente esta melhoria pode ser
superior a 20% (Holmann, Hettinger, apud Weineck,
1999).
¾¾ As características puras ou elementares
de velocidade pode ser melhoradas
especialmente através do treinamento na
idade pré-escolar e na pré-adolescência
(Weineck, 1999); Já a força pode ser
desenvolvida mais tarde.
¾¾ A velocidade é um fator de desempenho
físico que sofre perdas visíveis com o
passar da idade (Weineck,1999).
35. Indicadores para o Treinamento da
velocidade
Capacidade
Motora
Meios de treinamento Intensidade de
treinamento
Volume de
treinamento
Velocidade
de
movimento
Corridas de curta duração
com pausas de
recuperação –– (5 a 20/30m)
velocidade maxima
24 km/h ou 6,5 m/s
600 –– 900
/1000m
Treinamento com bola em
campo reduzido
Resistência
Velocidade
Corridas intervaladas
Com pausas de sub -
recuperação (20 –– 50 m)
Corrida com variação
velocidade e mudanças de
direção
Velocidade sub-maxima
(19 - 22 km/h)
1.800 - 2.200 m
36. Flexibilidade
Definições
¾¾ É uma qualidade física integrante da
aptidão física para a saúde e para o
auto-rendimento, sendo importante
tanto para o atleta como para o
sedentário (Werlang, 1997);
¾¾ É a capacidade que cada articulação
tem de mover-se em amplitudes de
movimento específicas (Blanke,
1997; Werlang, 1997);
¾¾ Segundo Hollmann e Hettinger
(1989) flexibilidade ou mobilidade é o
movimento máximo de extensão
voluntária em uma ou mais
articulações
37. Indicadores para o treinamento da
flexibilidade (Weineck,1999).
¾¾ O treino deve ser diário e não sofrer grandes
interrupções;
¾¾ Dever ser executado após um bom aquecimento,
mas nunca após exercícios de resistência sob fadiga
muscular;
¾¾ As pausas devem ser utilizadas para exercícios de
relaxamento;
¾¾ Nos exercícios de alongamento, o limite máximo
deve ser atingido várias vezes e gradualmente
aumentado.
¾¾ A Flexibilidade atinge o auge na infância, piorando
em seguida se não for devidamente aumentada.
38. Força
¾¾ Capacidade que se manifesta
de diferentes formas e é
diferente em função das
necessidades de cada ação
motora (Gomes, 2008)
¾¾ Capacidade motora que esta
relacionada com a superação
da resistência externa e de
ação oposta a essa
resistência, por meio de
esforços musculares
(Zatsiorky, 1970; Matveev,
1991)
39. Indicadores para o treinamento
força
¾ Aceleração = força dinâmica
positiva = força concêntrica;
¾¾ Parada brusca ou mudança
de direção = força dinâmica
negativa = força excêntrica.
¾¾ Métodos:
¾¾ Treinamento Pliometria
(Squat-jump; Drop-Jump)
¾¾ Variações de Movimentos
(Distâncias)
¾¾ Tração
¾¾ Areia
¾¾ Treinamento com Pesos
¾¾ ..Meus documentosMeus
vídeosfilmes
musculaMOV03618.MPG
41. Modelo de Cargas Seletivas:
(Desportos coletivos) (Gomes, 2002)
¾¾ Caracteriza-se: individualidade cargas de treinamento;
¾¾ Concentração das cargas em períodos curtos e
profundo conhecimento do efeito do treinamento;
¾¾ Desenvolvimento consecutivo de capacidades utilizando
o efeito residual;
¾¾ Ênfase trabalho específico de treinamento (cargas
especiais);
¾¾ Exclui a palavra período por Etapas;
¾¾ Cargas concentradas de força.
42.
43. Etapas do Processo de Preparação
Cargas Seletivas
Periodização
Etapa de Preparação
Pré-temporada Etapa de Competição
Micros 1,2,3
2 jogos Preparatórios
(Amistosos)
Micros 4 à 49
Aproximadamente 75 jogos
3 competições: Regional; Brasileiro
Libertadores
44. Conteúdos das Etapas:
Pré –– Temporada (micros 1,2,3)
Objetivos:
Recuperação cárdio-circulatória e
respiratória
Adaptação Muscular Geral e
Especial
Desenvolvimento força, RML;
Desenvolvimento F. max. e
resistência força anaeróbia /
aeróbia.
Desenvolvimento da resistência
em regime de velocidade
Reatividade neuromuscular
Preparação p/ competição
Meios:
Testes de controle
Exercícios Gerais: Desenvolvimento e
Recuperação
Circuitos de fortalecimento geral;
Exerc. em máquinas de força
Exercícios visando o sistema aeróbio /
anaeróbio
Exercícios saltabilidade geral;
Exercícios de corrida com sobrecarga;
Exercícios Intervalados e
fracionados; Core
Exercícios Específicos Simples e
Complexos
Exercícios técnicos em áreas limitadas;
jogos de pequenos grupos;
Exercícios competitivos
Campos reduzidos; coletivos;Jogos treino
45. Etapa Competitiva
Objetivos:
Intensificação da carga através de
exercícios de competição;
Execução do exercício de
competição na maior velocidade
possível;
Aperfeiçoamento tático técnico
específico;
Adaptação específica de Força
rápida e Força especial.
Manutenção das Capacidades
adquiridas;
Recuperação
Meios:
Testes de controle;
Exercícios Gerais de Recuperação e
Desenvolvimento
Exercícios máquina de força;
Exercícios de saltos em profundidade
(pliometria), saltos variados;
Core
Exercícios Específicos Simples e
Complexos
Circuitos visando o metabolismo específico
anaeróbio alático;
Treinos táticos / técnicos específicos para as
devidas posições;
Mini-jogos
Exercícios competitivos
Jogos em grande área;
Jogos de controle e coletivos.
46. Estrutura de um microciclo de treinamento sem jogo
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
TN TF
(Pré-temporada)
TN
TN
TF TF
R
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Treinamento Neuromuscular
Força e Velocidade
Treinamento Funcional
Resistência Geral e Especial Recuperação
47. Distribuição percentual das capacidades de treinamento de
cada semana durante a pré-temporada.
Semanas 1 2 3 4
Resistência
Aeróbia
40% 40% 30% 30%
Resistência
Especial
(aeróbio/anaeróbio)
50% 50% 50% 50%
Resistência de
velocidade
10% 10% 20% 20%
Força Máxima e
Hipertrofia
60% 50% 30% 30%
Força Especial 30% 40% 50% 30%
Força e Velocidade
(Neuromuscular)
Velocidade 10% 10% 20% 40%
Resistência
Geral e
Especial
(Funcional)
48. Sugestão de um microciclo para a Etapa de Preparação (Pré-temporada) (sem jogo).
Dias Período Conteúdo do treinamento Meios
Manhã Treino Físico Força Especial (circuitos
coordenação/veloc/saltabilidade)
Tarde Treino Físico Força Geral e Coordenação: Core/Musculação e
exercícios de agilidade/coordenação
Manhã Treinamento Físico/técnico Exercícios Específicos simples e complexos:
jogos em campo reduzido e com superioridade
numérica
Tarde Treino técnico Específico Exercícios específicos simples e
complexos(Resist.veloc)
- Cruzamentos e Finalizações
Manhã Treino Físico Força Especial (circuitos
coordenação/veloc/saltabilidade)
Tarde Treino Físico Força Geral e Coordenação: Core/Musculação e
exercícios de agilidade/coordenação
Manhã Folga Geral
Tarde Treino Físico/ Técnico Exercícios Gerais desenvolvimento e
Específicos complexos (velocidade e
coordenação.
Manhã Treinamento Físico/técnico Exercícios Específicos simples e complexos:
jogos em campo reduzido e com superioridade
numérica
Tarde Treino técnico Específico Exercícios específicos simples e
complexos(Resist.veloc)
- Cruzamentos e Finalizações
Manhã Treino Físico Exercícios Gerais de Desenvolvimento (corrida
intervalada)
Tarde Treinamento Físico/técnico Exercícios Específicos simples e complexos:
jogos em campo reduzido e com superioridade
numérica
Manhã Folga Geral
2a.
3a.
4a.
5a.
6a.
Sábad
o
49. Estrutura de um microciclo de competição com um jogo por
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Livre
semana (Período de competição).
TN
TF
TN TF
TN
J
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Treinamento Neuromuscular
Força e Velocidade
Treinamento Funcional
Resistência Geral e Especial Jogo
50. Sugestão de um microciclo para a Etapa de Competição (um jogo).
Dias Período Conteúdo do treinamento Meios
Manhã Folga Geral
Tarde Treino recuperativo para os que jogaram
Exercícios competitivos para os que não jogaram
Recuperação: hidroterapia; massagens; trotes e
alongamentos
Treino coletivo x juniores
Manhã Treinamento Físico Exercícios gerais: em forma de circuito para
desenvolvimento força e velocidade
Tarde Treino técnico Específico Exercícios específicos simples e complexos
- Cruzamentos e Finalizações
Manhã Folga Geral
Tarde Treino Tático Titulares x reservas
Posicionamento
Manhã Folga Geral
Tarde Treino Físico/ Técnico Jogos em campo reduzido
Ataque x defesa
- Cruzamentos e finalizações
Manhã Folga Geral
Tarde Tático Titulares x reservas
Manhã Treino tático recreativo
Treino físico para não convocados
Jogadas de bola parada
Circuito físico/técnico
Tarde Folga Geral
Manhã Folga Geral
Tarde Jogo Oficial Campeonato
2a.
3a.
4a.
5a.
6a.
Sábado
Domingo
51. Estrutura de um microciclo de competição com dois jogos por semana
40
50
(Etapa de competição).
100
40
50
40
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
TN
TN
J
TF
TN
TN
J
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Treinamento Neuromuscular
Força e Velocidade
Treinamento Funcional
Resistência Geral e Especial
Jogo
%
52. Sugestão de um microciclo para a Etapa de Competição (dois jogos).
Dias Período Conteúdo do treinamento Meios
Manhã Folga Geral
Tarde Treino recuperativo para os que jogaram
Exercícios competitivos para os que não jogaram
Recuperação: hidroterapia; massagens; trotes e
alongamentos
Treino coletivo x juniores
Manhã Folga Geral
Tarde Treinamento Tático Musculação / Core
Exercícios complexos e/ou competitivos
Posicionamento
Manhã Convocados folga
Não convocados treino com juniores
Força Especial e Exercícios específicos simples
e complexos
- Cruzamentos e Finalizações
Tarde/noite Jogo oficial Campeonato
Manhã Folga Geral
Tarde Treino recuperativo para os que jogaram
Treino físico/técnico para os que não jogaram
Core, Hidro, massagens, trotes e alongamentos
Treino físico geral: coordenação; velocidade
Manhã Folga Geral
Tarde Treino Tático Exercícios de ataque x defesa; Posicionamento
Exercícios de velocidade
Manhã Treino tático recreativo
Treino físico para não convocados
Jogadas de bola parada
Circuito físico/técnico (Especifico simples e
complexo)
Tarde Folga Geral
Manhã Folga Geral
2a.
3a.
4a.
5a.
6a.
Sábado
Domingo Tarde Jogo Oficial Campeonato
53. Relação Volume (min)/Intensidade (%FC) de diferentes
meios de treinamento durante a temporada 2008
min % FC
805
6 j 8 j 7 j 5 j 5 j 8 j 7 j
145 135
66
185 120
0
375 362
280 335 290
0
522
265 310
505
405 385
0
458
275
430
155 105
0
877
744
860 835
1120
940 970
0
3287
1829 1762 1766
2575
2100
1900
0
310
625
290 320
300
115
76,89
73,01
82,26
80,84 80,98 81,20
78,41
80,05
3500
3250
3000
2750
2500
2250
2000
1750
1500
1250
1000
750
500
250
0
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto
100
98
96
94
92
90
88
86
84
82
80
78
76
74
72
70
68
66
64
62
60
T.G.Desenvolvimento T. G.Recuperaçao T. Esp. Simples T. Esp.Complexo T. Competitivo tempo total Intensidade Média
54. Distribuição dos meios de treinamento na temporada
MEIOS / MESES I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
Corrida continua com
+ + +
variação de ritmo
Corrida intervalada 80 –– 150
m
+ + + + +
Corrida intervalada 10 –– 50
m
+ + + + + + + + + + +
Corrida tracionada + + + + + + + + +
Saltos horizontais/ verticais + + + + +
Saltos Pliométricos + + + + + +
Corrida repetida de
velocidade 5 –– 40 m
+ + + + + + + + + + +
Preparação Força Máxima /
Hipertrofia
+ + + + + +
Preparação Força
Resistência
+ + + + +
Preparação Força
Explosiva/potência
+ + + + + + + + + + +
Alongamento /Flexibilidade + + + + + + + + + + +
Procedimentos
Recuperação e CORE
+ + + + + + + + + + +
Técnica/Tática + + + + + + + + + + +
Preparação Psicológica + + + + + + + + + + +
55. Interação treino x recuperação
¾ Segundo Wilmore
(1978), um fator
significativo para uma
diminuição da incidência
de lesões, é o aumento
do condicionamento
através do
fortalecimento, aumento
da flexibilidade, do
treino proprioceptivo e
do treino específico
para o desporto.
¾ Conexão corpo / mente
¾ Trabalho Funcional -
Final.avi
56. O heterocronismo da recuperação dos
sistemas energéticos mobilizados
¾¾ ““ Ritmo diferente com que o organismo recupera, face a
um determinado estímulo específico ““ (Raposo, 1989).
¾¾ O tipo de atividade, as repetições e os intervalos entre
estímulo forte e outro, são fatores que podem reduzir e
aumentar a vida útil de um atleta
¾¾ No momento de definir a periodização do treino, o
treinador deve dominar com segurança, não só a
alternância dos esforços (MF, F, M, Fr), como
igualmente especificar os objetivos de cada sessão.
57. O efeito da intensidade
do treino
¾¾ Para cada tipo de intensidade, o
nível de fadiga alcançado é bem
distinto um dos outros.
¾¾ Quanto ao tempo de recuperação,
ele irá ser diretamente proporcional
ao nível de fadiga alcançado.
¾¾ No planejamento não podemos
deixar de levar em consideração a
atenção que é preciso dispensar às
reações internas, à interação entre
a fadiga e a recuperação, à
transição dos efeitos de treino
Imediato para o Retardado e deste
para o Somativo.
58. Processos de recuperação
¾ Pós treino e Jogos:pausas ativas, alongamentos,
suplementação alimentar, dieta, reposição hídrica,
massagem, hidroginástica, turbilhão.
¾ Conscientização dos atletas dos fatores que afetam o
processo de recuperação:
¾ Idade; sexo;
Ð Fatores externos: fuso horário, altitude e clima frio
tendem a diminuir o processo de recuperação;
Ð Emoções negativas (medo, indecisão, falta de
confiança);
Ï Reposição de nutrientes Bompa e Cornacchia (2000); Weineck, (1999).
59. Diminuição lesões: recomendações
(Martin e Matsudo, 1995)
➨ Considerar os aspectos preventivos
como base nos programas de
treinamento;
➨ Estar atento ao alongamento e ao
aquecimento, que são fatores
importantes no aspecto preventivo;
➨ Fazer uma avaliação física completa
dos jogadores para uma adequação
e individualização dos treinos, para
melhorar a performance com menor
gasto energético;
➨ Fazer uma avaliação com relação ao
estado de saúde física, bucal,
nutricional e psíquica dos jogadores;
➨ Aprimorar o trabalho de base, para
que os atletas iniciantes possam
desempenhar sua função em campo
com mais segurança
60. Conclusão
O futebol pode ser definido como uma atividade atlética
de ações técnicas intermitentes breves e intensas,
freqüentes e aleatoriamente distribuídas em função
das circunstâncias impostas pelo jogo durante os 90
min. Cada vez mais o jogador deverá ser capaz de
repetir ações altamente técnicas em tempo e espaço
os mais reduzidos, o que evidentemente deveria trazer
uma profunda evolução, e redefinição não somente no
que concerne à sua preparação física, mas também de
sua formação e do conteúdo de seu aprendizado.
(Carzola, G.,Farhi,A ,1998)
..Meus documentosMeus vídeosVideo Pre Temporada.avi
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