3. Sobre a mostra
A jornada do surgimento da guitarra é tão cosmopolita e
transgressora quanto o seu som! Ela - como a conhecemos -
tem como antecessores os seguintes instrumentos: o violão, a
guitarra barroca, o ud, a gitara, a cítara e a cozba, dentre muitos
outros. A cumplicidade com as regiões por onde passa é outra
de suas marcas registradas: do Egito a Itália, da Espanha aos
Estados Unidos e Japão, a guitarra sempre estabeleceu estreitos
laços de parceria!
A II Mostra Guitarras do Brasil dá continuidade à primeira edição
do evento, realizada de 03 de novembro a 07 de dezembro de
2010 e tem como objetivo contar a história do instrumento no
país, reforçando a valiosa e fundamental contribuição de nossos
músicos em sua história mundial.
Com patrocínio da Sociedade da Cerveja e apoio institucional do
Governo do Estado de São Paulo por meio do Programa de Ação
Cultural da Secretaria de Cultura, realização da Rhadar Cultural
e produção executiva do guitarrista Mauricio Cailet, o projeto II
Mostra Guitarras do Brasil apresentará 10 shows imperdíveis
para quem é fã de guitarra e de boa música.
Saiba mais acessando www.guitarrasdobrasil.com.br
4. Nos Estados Unidos, a empresa Rickenbacker começou a
fabricar as primeiras guitarras nos primeiros anos da década de
30. O primeiro modelo de guitarra elétrica a ser comercializado
foi a “Electro Spanish”, também conhecida como “frying pan”
(frigideira). Contudo, o principal responsável pela produção
em massa e popularização do instrumento foi Leo Fender,
criador da mais tradicional fabricante de guitarras que leva seu
AGuitarra
5. sobrenome e inventor da mais lendária das guitarras,
na opinião de muitos: a Fender Broadcaster. Outra
marca emblemática foi a Gibson, que fabricava
mandolins, banjos e outros instrumentos de
cordas desde 1902 e na década de 50 deu
início a produção de seu mais famoso modelo
de corpo sólido, a Les Paul.
Após a Segunda Guerra Mundial a guitarra
se popularizou. Nos anos 50 e 60 foi
nítido o enorme espaço que ganhou
no mundo da música. Hoje em dia,
estima-se que existam cerca de 100
milhões de guitarristas em todo o
mundo.
6. Universal por natureza
O mais popular e versátil instrumento do mundo se originou a
partir da “vilhuela”, instrumento musical espanhol. E este, por
sua vez, surgiu a partir de dois outros instrumentos mais antigos
ainda: o “ud”, com cinco cordas, muito popular no Oriente
Médio; e a “cozba”, um instrumento musical romano. O violão
ou guitarra clássica surgiu na Itália, em 1870, e a guitarra elétrica
foi uma modificação do próprio violão. As guitarras elétricas
surgiram em 1930. Geravam um som muito suave e baixo,
bem diferente do que conhecemos atualmente. Para ampliar
a potência sonora do instrumento - que não tinha volume
suficiente em seu formato
acústico para se destacar
dos demais instrumentos de
sopro nas Big Bands, usou-
se captadores magnéticos,
que funcionavam como
microfones e alimentavam
amplificadores com o timbre
do instrumento.
Porém, esta amplificação do
sinal dos captadores fazia os
bojos das guitarras vibrarem,
provocando a famosa
alteração sonora chamada
“feedback” ou “microfonia”.
Para solucionar esse
problema, o corpo maciço foi
a saída e esta invenção tem
sua autoria pleiteada pelo
7. famoso norte-americano Les Paul e também pela incansável
e criativa dupla baiana Dodô e Osmar, enriquecendo ainda
mais a história da evolução do instrumento. Por outro lado,
quem popularizou os processos de fabricação, montagem e
vendas das guitarras sólidas foi a Fender, na época a marca
preferida por diversos guitarristas norte-americanos e ingleses.
Fender e Gibson adotavam diversos diferenciais na concepção
e construção de seus instrumentos, porém o corpo sólido era
ponto comum entre as concorrentes.
8. AGuitarra no Brasil
A história do instrumento no Brasil é uma excelente
demonstração do espírito de cumplicidade cultural que o
violão e a guitarra assumem com inúmeras regiões em que
estão presentes! E por se tratar de uma história brasileira, é
natural que os elementos que a formem sejam pitorescos e
contenham figuras genuinamente populares.
Nos anos 30 já existiam
indícios de instrumentos
musicais elétricos em
bailes de importantes
salões de dança de São
Paulo, animados ao som
de Big Bands. Segundo os
registros de empresas de
fabricação de instrumentos
e importantes luthielerias, os
primeiros violões elétricos
(ou guitarras) brasileiros
foram fabricados nesta
década. Assim, assume-se
esta data como a oficial no
surgimento do instrumento
no Brasil, já com a adoção
de corpo maciço.
Nos anos 50 em São Paulo
surgiram algumas das
principais marcas e modelos
de instrumentos, bem
como os principais luthiers
9. Os pioneiros
e empresas. O primeiro luthier a montar guitarra elétrica no
Brasil foi Victório Quintillio, ou Sr. Vitório, como era chamado
pelos guitarristas. Após 25 anos trabalhando na fábrica de
violões “Del Vecchio”, passou a atender seus clientes em seu
simpático atelier, onde construiu verdadeiras relíquias.
A Del Vecchio e a Tranquillo Gianinni dominavam o mercado
nacional, ao mesmo tempo em que outros fabricantes e
luthiers também tentavam produzir modelos de guitarra de
maneira artesanal ou em série, surgindo marcas como Phelpa
e Begher. Nos anos 70 a Snake e Ookpik foram as mais
relevantes. Na década de 80 as marcas mais emblemáticas
eram Gianinni e Dolphin, que praticamente dominavam o
mercado, e em 90 temos o surgimento da Phill.
O estudo comprometido do instrumento também foi
largamente impulsionado pelo rock and roll, mas muitos
outros gêneros musicais e movimentos culturais contribuíram
com a formação de excelentes guitarristas brasileiros.
Do Choro e Frevo, fomos presenteados com Dodô e Osmar. Da
Jovem Guarda surgiram Gato (da Banda Jet Blacks), Aladdin
(dos Jordans), Risonho e Mingo (dos Clevers, que depois se
tornou Incríveis), para falar de alguns. Do tropicalismo e o rock,
Sérgio Dias Batista e Lanny Gordin. De outros gêneros, temos
Poly , Bola 7 (que é considerado nos EUA pelos estudiosos
do assunto o principal guitarrista de Jazz da sua época na
América do Sul) , Zé Menezes , o Alemão (Olmir Stocker – um
grande representante da guitarra Brasileira) Edgar Gianullo ,
entre outros.
Vamos conhecer, década a década, o resultado dessa troca
entre este instrumento e a brasilidade, nas performances de
músicos que fazem parte desta história!
10. Anos 40
Não se conta a história da guitarra brasileira sem se contar a
história da dupla Dodo e Osmar.
Osmar Álvares Macêdo (22 de março 1923 - 30 de junho de
1997) e Adolfo Antônio Dodô Nascimento (10 de novembro
1920 - 15 de junho de 1978) faziam parte do cenário musical
de Salvador desde os anos 1930. Dodô havia ajudado a
fundar o conjunto Três e Meio, do qual fazia parte Dorival
Caymmi. Após a saída de Caymmi, Dodô chamou Osmar para
substituí-lo.
A divulgação do show “Benedito Chaves e seu Violão Elétrico”
chamou muito a atenção da nova dupla, que ficou curiosa
em saber o que seria o “violão elétrico”. Osmar acreditava,
inclusive, que pudesse se tratar de um violão que tocava
sozinho!
Ao final do show, extasiados, foram em busca de informação e
Benedito Chaves permitiu, prontamente, que eles conferissem
a construção e a parte elétrica do instrumento. A formação
de rádio técnico de Dodô permitiu uma análise tão minuciosa
que em poucos dias a dupla, agora “Dupla Elétrica”, já se
apresentava com o novo instrumento.
Contudo, mesmo com o sucesso, o problema da microfonia
(também sentido pelos norte-americanos) não havia sido
resolvido. Após um ano de tentativas e erros, Osmar percebeu
que o barulho estridente diminuía quando colocavam uma
toalha no bojo do violão ou se cobriam sua frente e deduziram
que o problema estaria no corpo oco do violão.
Há duas versões para o teste final que comprovaria a tese.
Uma - mais comportada - diz que após a dedução, Dodô
prendeu as cordas do violão na bancada de sua oficina, com
11. um parafuso em cada extremidade. Colocou o microfone em
uma das extremidades e ao tocar ouviu um som límpido.
Já a segunda versão, mais apimentada, conta que Dodô,
depois da descoberta, foi até a uma loja de instrumentos
musicais de Salvador e pediu um violão e um cavaquinho,
quebrou os bojos dos dois instrumentos e ficou só com os
braços, pagou pelos dois sem nenhuma explicação, deixando
todos os presentes assustados e curiosos. De volta para a
oficina, Dodô montou cada braço numa tábua, colocou as
cordas, ligou o som, e assim nasceu o pau elétrico!
Outro ponto confuso diz respeito a real nacionalidade da
invenção do corpo maciço, reivindicada pelos Estados Unidos,
que afirmam ter solucionado o problema da microfonia antes
dos baianos. Esta é uma peleja sem fim que os documentos e
registros da época não ajudam a esclarecer!
Mas, independente do
resultado, pode-se afirmar
duas coisas: Dodô e Osmar
fizeram o pau elétrico sem
os norte-americanos e o
mais importante: a dupla
abriu caminho tanto para
a criação de um novo
instrumento a partir do pau
elétrico, a guitarra baiana,
quanto para verdadeiros
mestres como Armandinho
Macêdo, Aroldo Macedo,
Fred Menendez, Vicente
Santana e muitos outros
que abrilhantaram a música
popular brasileira.
12. Anos 50
Em 1958, o guitarrista Link Wray, primeiro a usar efeitos
como distorção e feedback, fez sucesso com a instrumental
“Rumble”. Era um fato inédito, pois foi a primeira vez que
uma música instrumental de guitarra entra nas paradas de
sucesso. Alguns anos antes, o Rock também fervia em terras
brasileiras. As primeiras gravações foram feitas por cantores
populares. Por exemplo, em 1955, Nora Ney lançou um disco
de 78 rpm, pela Continental, a gravação em inglês de “Rock
Around the Clock”. Até Cauby Peixoto chegou a gravar nos
EUA com versões orquestradas e usando outros nomes
artísticos. Em 1957, ele lançou a música “Rock and Roll em
Copacabana”. Mas a guitarra no Brasil dos anos 50 não viveu
apenas de rock...
Incansáveis criativos, a dupla “Dodô e Osmar” marcou
presença também na década de 50 não só na história da
guitarra no Brasil, mas também por terem revolucionado e
transformando o carnaval, além de demarcar a Bahia como
seu território genuíno.
E, mais uma vez, foi de uma profunda troca de experiências
sonoras que outro processo inovador teve início: o trio elétrico!
Dias antes do início do carnaval de 1951, Dodô e Osmar
testemunharam a invasão do frevo na cidade de Salvador
com o desfile do Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas do
Recife, que fazia uma parada na cidade em meio uma turnê
nacional.
Com calorosa e volumosa platéia, o desfile reuniu inúmeras
pessoas numa folia nunca vista, inspirando a dupla a preparar
seu Ford 29, chamado de Fobica pelos soteropolitanos da
época, para poder executar clássicos do frevo pernambucano
13. com seus exóticos paus elétricos em alto volume durante os
festejos carnavalescos.
O Fobica foi equipado com gerador de 2 quilowatts, alto-
falantes nas partes traseira e dianteira, e devidamente
decorado para o domingo de carnaval! Dodô, Osmar e mais
seis percussionistas juntaram-se ao corso de automóveis do
desfile oficial na famosa Praça Castro Alves, sendo seguidos
por muitas pessoas.
Segundo registros, esta foi a primeira vez que o carnaval
popular da Bahia conquistou espaço na parte oficial de seus
festejos que, embora público, eram reservados exclusivamente
às atividades das elites.
A Dupla Elétrica se tornou Trio Elétrico no ano seguinte,
quando Dodô e Osmar substituíram a Fobica por uma pickup
Chrysler Fargo e mudaram a formação de duo para trio,
adicionando um triolim (violão tenor) eletrificado, tocado pelo
amigo Temístocles Aragão.
Os anos seguintes foram de evolução, aperfeiçoamento e
difusão de um novo jeito de fazer carnaval: em cima de um
automóvel e tocando paus elétricos em alto volume!
14. Anos 60
O olhar mais politiza-
do da década de
60 trouxe conceitos
que influenciaram a
estética de diversas
linguagens artísticas
brasileiras, que as-
sumiram compro-
misso com a valori-
zação, divulgação e
resgate de elementos
nacionais nas artes
plásticas, na litera-
tura, no teatro e, sem
dúvida, na música.
As propostas foram
marcadas por uma
re-interpretação de
influências estrangei-
ras sob a ótica da
brasilidade.
Assim, o rock and
roll, que foi o grande
responsável por difundir mundialmente a guitarra elétrica e
no Brasil trouxe como frutos bandas e movimentos culturais
autênticos e genuínos, com a Jovem Guarda e o Tropicalismo.
No repertório da música instrumental brasileira verificou-se
também uma maior presença de gêneros regionais, com maior
ênfase à música nordestina.
15. Algumas características pontuais podem ser observadas
nesse período da consolidação da guitarra elétrica como um
grande desenvolvimento do instrumento em seu espectro
harmônico e a criação de algumas linguagens originais para
improvisar novas melodias no instrumento. O repertório para
a guitarra elétrica com certos idiomatismos foi ampliado e,
apesar de todos os instrumentistas tocarem violão, a guitarra
elétrica finalmente se dissocia desse instrumento, adquirindo
contornos bem específicos.
16. Anos 70
A década de 70 pode ser vista como os anos de amadureci-
mento musical dos experimentos estéticos musicais iniciados
nas décadas anteriores. As bandas e os guitarristas passam a
despontar no cenário internacional.
Neta década, a guitarra foi definitivamente incorporada a nova
música popular brasileira, e um dos primeiros guitarristas que
se destacou nesse cenário foi Sérgio Dias, do grupo Mutantes.
O músico e seu irmão Cláudio Dias construíram e desenvolv-
eram guitarras, pedais e amplificadores que contribuíram de-
cisivamente na identidade do som tocado por Sérgio. O estilo
de sua guitarra elétrica reflete um refinamento de alguns riffs
influenciado por guitar-
ristas estrangeiros como
George Harrison, dos
Beatles.
Outro guitarrista impor-
tante e que acompanhou
vários músicos da Trop-
icália foi Lanny Gordin.
O músico iniciou sua
trajetória atuando em ca-
sas noturnas na capital
paulistana como a boate
Stardust, que era de
propriedade de seu pai.
Neste local se apresen-
tava ao lado do músico
Hermeto Paschoal to-
cando música instrumen-
17. tal e acompanhando cantores. O estilo da guitarra elétrica de
Lanny é inovador em contraste com seus contemporâneos,
pois soube incorporar influências como Jimi Hendrix com um
refinamento harmônico presente em alguns guitarristas e vio-
lonistas brasileiros desde a década de 30.
O instrumentista Pepeu Gomes também marcou a época,
adotando um estilo voltado para o rock com influência da
música brasileira, principalmente, do choro. Como integrante
do grupo Novos Baianos, dedicou-se a outros instrumentos
de corda como bandolim, cavaquinho e violão. Seu estilo na
guitarra elétrica, verificado em suas improvisações, se carac-
teriza por adaptações de células rítmicas oriundas do choro,
misturadas a influência do timbre e linguagem estilística do
guitarrista Jimi Hendrix.
18. Anos 80
No mundo, as guitarras estavam em fúria com a consolida-
ção do heavy metal como gênero musical admirado por uma
grande massa de jovens. No Brasil esta década tem muitos
destaques, que vão do surgimento da primeira banda de car-
reira internacional deste gênero (Sepultura), ao surgimento
considerável de guitarristas profissionais, comparado as
décadas anteriores. Tal crescimento foi proporcionado por
uma mistura das inúmeras escolas de ensino livre, já que as
universidades se abrirão para o instrumento somente nos
anos 90.
Os anos 80 não são dos mais marcantes em inovações so-
noras ou técnicas, todavia é muito rica na estética, formato,
aporte de equipamentos de nível profissional e na pre-
sença maciça da guitarra em gêneros musicais tipicamente
brasileiros, da bossa nova ao sertanejo, do forró a lambada.
Nos anos 80 tivemos o movimento Rock Brasil (ou BRock
segundo Nelson Motta), de onde surgiram bandas com al-
guns guitarristas de
destaque no rock e
pop, tais como: Wan-
der Taffo (Rádio Táxi),
Herbert Vianna (Para-
lamas do Sucesso),
Edgard Scandurra
(Ira !), Roberto Frejat
(Barão Vermelho),
Lulu Santos, dentre
tantos outros nomes
no jazz e blues.
19. Anos 90 e 2000
As músicas eletrônicas saem do experimentalismo e chegam
maciçamente às rádios, festas e gravadoras. Junto aos diver-
sos outros gêneros musicais, este novo jeito de fazer música,
usando somente computadores, fez com que a guitarra di-
vidisse as atenções com os computadores. Mas a paixão dos
guitarristas pelo instrumento ainda é responsável pelo expo-
nencial aumento dos seus usuários, que cada vez mais apre-
ndem a tocar o instrumento diretamente, sem passar por uma
fase introdutória com o violão.
No Brasil, o estudo do instrumento ganha cadeiras nas uni-
versidades de música e renomadas instituições de ensino da
música popular. A imagem dos guitarristas ganha em prestí-
gio e reconhecimento social e novos formatos e experimentos
tornam-se corriqueiros, como a presença da guitarra em for-
mações clássicas como sinfônicas e cameratas.
A guitarra passou a ser entendida como um instrumento que
não celebra apenas a rebeldia, mas que pode encontrar um
teor de nobreza relevante ao século 21.
Outro sintoma da profissionalização e aceitação do instru-
mento é o surgimento da figura do “sideman” (instrumentista
que acompanha determinado artista), devido principalmente
ao uso de arranjos de guitarras distorcidas no sertanejo, algo
antes impensável já que distorção (em níveis moderados) só
cabia nas bandas de rock, blues e eventualmente no pop.
23. Olmir Stocker
Minha vida de músico começou quando aos 6 anos tive o primeiro
contato com o violão. Depois aos 10 anos o Cavaquinho, aos 17 anos
a primeira Guitarra, mas antes já ouvia por radio o Oscar Alemán, um
Guitarrista de Jazz Argentino através da Radio Belgrano de Buenos
Aires. Quando veio em 1956 a febre do Rock ‘n’ Roll, também fui
cúmplice desse movimento, muito mais pelas meninas da época que
propriamente pela música... Quando ouvi pela primeira vez a cantora
de jazz Julie London, e o som daquela guitarra com aqueles acordes,
fiquei logo com a certeza de que era aquela música que eu queria.
O Guitarrista era Barney Kessel, que foi meu ídolo por muito tempo.
Logo depois, comecei a ouvir Jazz e outros guitarristas, e também
outros instrumentistas. Em 1958 com o surgimento da Bossa Nova,
vi que tinha uma música Brasileira de alto nível. Já me apresentei em
mais de 23 países, passando pelos cinco continentes em mais de 160
concertos, inclusive no Festival de Jazz de Montreal, tocando minhas
composições nos ritmos brasileiros (samba, xaxado, baião, choro, valsa
e vários outros) com jazz. Com o tempo vi a evolução da nossa musica
em geral, onde assumi a minha Brasilidade com a certeza de que a
nossa musica e os nossos músicos estão entre os melhores do mundo.
Olmir “Alemão” Stocker
25. Cheguei no Brasil em dezembro de 1964. Sou primo de Cláudio Slon,
baterista Argentino com enorme importância na MPB. Gravou, entre
outras jóias o “LP” Wave de Tom Jobim e o segundo de Jobim com
Sinatra, tocou 11 anos com Sérgio Mendes, etc...portanto a música
sempre esteve muito presente em minha vida. Comecei a tocar aos
12 anos de idade, e aos 13 fui assistir o show “Gal Fatal” no teatro
Thereza Rachel, com o Lanny Gordin na guitarra. Não dá pra descrever
o que senti e ouvi, mas a história da guitarra no Brasil, pra mim é essa:
de Wes Montgomery a Hendrix em meio segundo! É o que o Lanny
fazia, incluindo todo o nosso Brasil em seu tocar. Nosso país sempre
foi vanguarda em tudo, e na guitarra também. As misturas da América
do Sul geram este tipo de músico, portanto não precisamos nos
“embasbacar” com os gringos (o Lanny nasceu na China!).
Depois de estudar aí em “Sampa” no CLAM (do Zimbo Trio, ótima
escola), fiz um curso de verão na Berklee e retornei ao Rio de Janeiro
em 1977. Alfredo Dias Gomes - tremendo batera - me apresentou ao
saudoso Márcio Montarroyos, que achou muito interessante o que
eu já fazia na época. No Brasil você tinha ou um Sérgio Dias ou um
Hélio Delmiro e eu, modestamente, já misturava os dois. Acho que fui
o primeiro guitarrista a misturar rock e jazz, não com pitadas, mas com
formação completa nos dois estilos. Nesse mesmo ano o Márcio me
levou pra gravar com o Luiz Melodia (Mico de Circo). Comecei a gravar
intensamente devido a minha versatilidade e a tocar ao vivo também.
Creio que influenciei com meus discos toda uma geração, os que
gostam da guitarra fraseada. Depois vieram outros estilos (Steve Vai,
etc...) que prefiro não comentar...Gravei e toquei com toda a “fina flor”
da MPB e nomes internacionais como: Manhattan Transfer, Lee Konitz,
Steve Hackett, Andy Summers (02 CDs, em duo), John Hiseman, John
Patitucci, Vicente Amigo, entre outros.
Victor Biglione
Victor Biglione
27. Nasci e cresci no bairro da Pompéia em São Paulo, que não por acaso
é considerado o berço do Rock Brasileiro. Na mesma rua moravam
os garotos dos Mutantes (Arnaldo e Sérgio Dias Baptista) e os irmãos
Celso e Oswaldo Vecchione (da banda Made In Brazil). Quando pequeno
ganhei um compacto dos Beatles que não saía de perto de mim...
Eu andava com o compacto, dormia com o compacto! Logo depois
descobri os Rolling Stones e Keith Richards é um dos meus ídolos até
hoje, junto a Johnny Winter. Após a saída de Rita Lee dos Mutantes, ela
procurou uma banda e coincidentemente todos nós éramos vizinhos.
Pois é, a banda que a acompanharia já existia, mas ainda não era
conhecida como Tutti Frutti. A banda chamava “Lisergia” antes de ser
batizada pelo teatrólogo Antônio Bivar em 1973, num dos ensaios no
Teatro Ruth Escobar. Na década de 70 as maiores bandas de Rock do
Brasil eram justamente essas 3 da Pompéia ! Quando a banda gravou o
disco “Fruto Proibido” em 1975- o quarto de Rita Lee e o segundo com
o Tutti Frutti - eu era novo, praticamente começando minha carreira. A
música “Ovelha Negra” já estava praticamente finalizada, mas eu ouvia
aquele final em fade out e sentia que era uma bela base para um solo.
Certo dia acordei com o solo na cabeça e fui até o estúdio. Tentei
convencer o produtor (Andy Mills) que queria gravá-lo no final daquela
música, mas recebi um sonoro “não”. Imagine um garoto cabeludo,
guitarrista, querendo “inventar” numa música já finalizada...Depois de
muita insistência, Andy disse: “ok, toque o solo pra eu ouvir”. Entrei na
sala, pluguei uma Gibson Les Paul num Fender Twin, pedir pra soltar
a base e toquei o solo que surgiu na minha mente na noite anterior.
Quando voltei pra técnica, ele disse: “pode ir... já gravei e ficou ótimo!”.
Foi um solo em take único, que ficou perpetuado na história do Rock
Brasileiro.
Luiz Carlini
Luiz Carlini
29. Bom, o meu pai me deu o nome de Mozart! Eu bem que tentei ser
engenheiro civil, mas não consegui...
Tudo começou na segunda metade dos anos 60. A minha irmã me
apresentou um compacto duplo de 4 ingleses de Liverpool e então a
minha vida nunca mais foi a mesma. Com 13 anos eu já tocava aos
domingos na TV, na “Mini” Guarda! Governos militares se sucederam
e de repente virei músico. Conseguir qualquer livro ou publicação
específica para guitarra era muito difícil...o jeito foi botar a mão na
massa e organizar algum material para estudar. De repente virei
professor! Lá se vão 37 anos...rockeiro dos anos 70(Graças a Deus!),
rockeiro progressivo, violonista erudito, músico de baile, cover,
sideman, gravações, shows, música instrumental, cursos, workshops,
livros, revistas, DVDs,CDs...a tal da carreira solo?! E muitas, muitas
gerações de alunos. Honestamente falando: Continuo professor...
eterno estudante!
Acredito que na nossa breve passagem por esse planeta temos todos
uma certeza: servir ao próximo, cada um da maneira que puder!
Seguindo essa idéia acho tenho um trabalho por fazer. É como se
tivesse alguém “lá em cima” me cobrando. Quando tenho um pedido
de curso no Amapá, um pedido de compra do DVD “Fusion” feito há
25 anos atrás,um novo livro de harmonia para um país europeu, um
ex-aluno na capa de uma revista, uma sessão de fotos e autógrafos
após um “curso”, terminar 3 novos livros e correr atrás de possíveis
patrocínios ou o simples prazer de compartilhar música numa aula...
poder viajar em pesquisas sem compromisso com resultados. Tenho
a verdadeira noção da responsabilidade e a preocupação do tanto por
fazer e nenhuma dúvida em relação a tudo isso!
Mozart Mello
Mozart Mello
31. Eu tinha sete ou oito anos e me lembro dos bailinhos que minhas
irmãs íam na casa das amigas, vizinhas do bairro. Lá tocava na vitrola
The Shadows e eu nem sabia que o guitarrista era Hank B. Marvin,
influência dos meus ídolos Jeff Beck, Ritchie Blackmore, Eric Clapton,
Jimi Hendrix, entre outros. Sempre achei a guitarra um instrumento
tipicamente americano ou inglês assim como o violão é para a nossa
música. Sem preconceito, adoro todo tipo de música. Desde que seja
boa, não importa de onde vem. Cresci ouvindo The Beatles e todos
esses guitarristas já citados aqui.
Não sou do tipo que fica tentando descobrir novos estilos... Eu
simplesmente procuro tocar os já existentes, sempre com um toque
pessoal. Eu escuto os blues de doze compassos (e existem milhões
deles) e um soa diferente do outro. Essa é a grande magia quando se
toca com emoção e se adquire um estilo próprio.
Na década de 80 entrei firme no instrumental tocando na banda do
contrabaixista Celso Pixinga – a banda TNT (Todas Na Trave). Em 1990
gravei meu primeiro disco, o “Nevoeiro”, em 1994 o “Stratosfera”, em
2003 o “Bend” e em 2012 o “No Smoking”.
O meu estilo é uma mistura de rock, country, jazz e blues. Desde aquela
época eu sigo com minha carreira solo, fazendo shows com o Faiska
Trio. Isso trouxe um interesse muito grande pelo meu estilo por parte
dos guitarristas e acabei, por convite, gravando seis vídeo-aulas e um
songbook.
Lecionando já preparei muitos guitarristas que hoje estão no cenário
musical acompanhando artistas em shows (sideman) e também em
gravações.
Faiska
Faiska
33. Venho de uma família muito musical, minha mãe Bárbara Ardanuy foi
cantora profissional e eu e meus irmãos mais velhos Átila e Marcus nos
envolvemos com musica muito cedo.
Tocar guitarra é a minha vida, consigo me expressar melhor tocando
do que falando e não saberia o que fazer se não pudesse tocar. Na
realidade, o Rock e seus grandes ícones como Jimi Hendrix, Deep
Purple, Led Zeppelin e Van Halen (entre outros) foram os responsáveis
por despertar meu interesse pela guitarra e quando me dei conta, isso
já era minha profissão.
Acho que minha principal importância na história da guitarra brasileira
foi levantar a bandeira do Rock e mostrar que tocar bem um instrumento
não depende de nacionalidade e sim de talento e dedicação. Optei
por um estilo discriminado pela mídia e até por uma boa parte dos
músicos brasileiros, mas fiz porque amo a guitarra e a forma como ela
se expressa no Rock’n’Roll. Acabei me tornando uma referência para a
nova geração de guitarristas que levam a guitarra a sério e amam o rock
e suas vertentes, assim como eu.
Edu Ardanuy
Edu Ardanuy
35. A guitarra foi sem dúvida a maior descoberta da minha vida. Quando
percebi que podia dizer algo tocando guitarra e que a música decodificava
os meus sentimentos nunca mais parei de tocar e a vontade de conhecer
diversas linguagens musicais só aumentou.
Passei boa parte da minha juventude estudando guitarra, trancado no meu
quarto ou até mesmo no banheiro, onde achava um reverb mais natural
e confortável para tocar com o instrumento desligado, principalmente
durante a noite.
Sempre fui ligado ao rock e até hoje é o estilo musical que fala mais alto
entre as minhas escolhas. Quando vi Jimi Hendrix tocando tive certeza
de que a música tem uma alquimia capaz de proporcionar possibilidades
amplas. Vi que podia trabalhar formas e sonoridades a partir da
comunicação entre estilos musicais diversificados, como por exemplo:
fazer de um blues um baião e de um baião um blues sem nenhum tipo de
estigma, pois as intenções modais são iguais (mixolídio). O fato de poder
experimentar livremente foi o que me aproximou da música. E a liberdade
que a guitarra proporciona em um mundo tão desgastado por certos
padrões fez da música minha paixão.
A minha importância como músico é criar composições com liberdade
e transmitir meu conhecimento e experiência com dedicação aos meus
alunos. Em 25 anos de carreira contribuí com a formação de inúmeros
alunos, proporcionando a eles técnica aliada a liberdade de improvisação.
Toquei com vários músicos aqui no Brasil e tive a oportunidade de tocar
acompanhando Mark Boals (ex-vocal do Malmsteen) em São Paulo,
Argentina e Uruguai. Toquei com o ex-batera do Extreme - Rodrigo Leal
- em Lisboa. Participo da Expo Music desde 2009, trabalhando com
empresas renomadas no seguimento musical. Faço workshops, shows,
jingles para agências de publicidade, palestras sobre música, vida, carreira
e dou aulas particulares de guitarra.
Considero importante plantar a semente da arte com bom gosto e senso
estético, independente do ritmo, melodia ou estilo. Já toquei forró, um
pouco de jazz, muito blues, muito rock e sempre me senti bem tocando de
tudo. A arte está acima das preferências pessoais.
Hard Alexandre
Hard Alexandre
37. Comecei a tocar guitarra em 1986 sob a influência do meu irmão mais
velho. Nessa época estavam pintando bandas como o Metallica e An-
thrax e esse era o meu som. Fui estudar com o Fernando Piu (guitarrista
de destaque na cena heavy metal na época, com sua banda “Vírus”,
e com uma forma de tocar que lembrava muito Ritchie Blackmore) e
com Marcelo Araújo. Fiz aquela busca natural e acabei chegando no
Blues. No começo dos anos 90 minha primeira banda profissional foi o
“Tomate Inglês”, depois veio o “Cheap Tequila” (onde gravei um CD) e
foi quando cai de cabeça na viola caipira! Descobri que esse universo
do blues que eu escutava tinha um braço aqui muito forte, daí veio o
“Matuto Moderno” em 99. Temos quatro CDs lançados e graças a estas
gravações viajamos muito e nos consolidamos no mercado, até que
eu conheci o também violeiro Zé Helder - um parceiro com as mesmas
vivências e influências que eu. Montamos o duo “Moda de Rock” como
uma brincadeira, mas que se tornou séria, com uma extensa agenda
de shows pelo país e participação em diversos programas de televisão,
pois tocar um repertório de clássicos do rock com um duo de violeiros
não é algo que se vê com muita freqüência... É o tipo de surpresa so-
nora que só foi possível devido as diversas referências de músicos que
ouviram muito rock, blues e as tradicionais modas de viola. Já fizemos
centenas de shows por todo Brasil e nos EUA e atualmente o Zé Hel-
der também faz parte do Matuto Moderno. Tive a sorte de aprender
muito com os músicos que toquei, principalmente o violeiro Índio Ca-
choeira (do qual produzi três CDs, um DVD e muitos shows), os norte-
americanos Woody Mann e Bob Brozman, o gaitista Sérgio Duarte, o
multi-instrumentista Christiaan Oyens, as cantoras Katya Teixeira, So-
corro Lira e Maria Dapaz e os guitarristas Pepeu Gomes e Kiko Loureiro.
Todo esse pessoal me influencia diretamente nos mais de 50 CDs que
participei até hoje.
Ricardo Vignini
Ricardo Vignini
39. Toco violão desde os seis anos, mas ganhei minha primeira guitarra
elétrica justamente na época em que me apaixonei pelo blues: aos
doze. Por consequência me viciei em música e descobri que queria
fazer isso pelo o resto da vida. Admito ser tarefa complicada falar sobre
a importância da guitarra na minha vida, pois praticamente não vivi
sem ela, mas certamente ela é parte de mim e me traz apenas alegrias!
Espero que o público também sinta isso!
Não saberia dizer o quanto posso ter atingido outras pessoas com a
minha música. Talvez sejam necessários mais anos de estrada para
que eu possa mensurar, ou talvez simplesmente terei que viver sem
essa resposta. Em contrapartida, me contento com as amostras
dessa influência que aparecem no caminho. É uma satisfação saber
ter estimulado outros músicos a perseguirem um alto nível na guitarra,
que, para mim nada mais é do que uma simples mistura: técnica e
coração. E falando em coração, não poderia deixar passar o velho
Blues, que procuro tocar estampando minha personalidade...Assim
misturo influências como o rock’n’roll, jazz e country, estilos que estudei
e também gosto bastante. Nas composições próprias busco sempre
apresentar elementos originais possibilitando trazer algo de novo ao
ouvinte e além disso, faço questão de explorar bastante o slide guitar,
usando essa técnica em boa parte do repertório com a guitarra em
afinações variadas.
Ao lado de outros “Blueseiros”, acredito fazer minha contribuição
disseminando esse estilo que, apesar de não ser brasileiro, é certamente
muito bem vindo para se mesclar a outros estilos característicos de
nosso país. Além disso, é de grande riqueza conhecer e vivenciar o
estilo musical que deu origem a tantos outros estilos populares como o
rock’n’roll, a soul music e o Jazz. Assim, influência atrás de influência,
esses estilos aparecem para temperar a história musical de nosso país,
influenciando guitarristas brasileiros do passado e do presente.
Celso Salim
Celso Salim
41. A guitarra e a música foram decisivas na minha vida...Comecei a
tocar violão aos 13 anos e aos 18 comprei minha primeira guitarra.
Tocando por hobby até aos 27 anos, decidi estudar e viver de música
profissionalmente, e hoje sei que foi o melhor caminho que tomei.
Ouvi e ouço de tudo, sem preconceitos, mas tive uma base de música
brasileira e rock na adolescência, de Gilberto Gil a Deep Purple. A
música instrumental veio aos poucos mas acabei me aprofundando
mais nesse estilo. Hoje misturo em minhas composições e improvisos
vertentes vindas do jazz, frevo, bossa, tango e influências do violão
brasileiro.
Acredito que influencio novos músicos através da minha vivência com o
instrumento, pois sou professor a 14 anos do IG&T (Instituto de Guitarra
e Tecnologia, da Escola de música e Tecnologia – EM&T) e passo o que
aprendi e ainda aprendo aos guitarristas de uma nova geração..
Tecnicamente, atualmente estudo ritmos brasileiros como o frevo e
choro e tento adaptar para a guitarra...não é nada novo, mas estou
gostando bastante dessa mistura !
Edu Letti
Edu Letti
43. Oprodutor
MAURICIO CAILET
Paulistano, nascido em 1972, começou seus estudos ao violão com 6
anos de idade, optando pela guitarra aos 11. Seu aprendizado musical
teve início com sua madrinha (professora de violão). Após este período
(dos 6 aos 16 anos) iniciou aprendizado autodidata. Em 1987 participou
de uma das formações da banda de heavy-metal paulistana Harppia
durante um curto período. De 1995 até 1998 gravou para diversas
duplas sertanejas como músico contratado. Foi o primeiro guitarrista
e um dos membros fundadores da banda Eterna. Em 1997 formou,
ao lado de Ciro Visconti, Heraldo Paarmann e Márcio Alvez o primeiro
quarteto de guitarras da América Latina a executar obras eruditas, o
Quadrivium, que foi sucesso de crítica na Expomusic de 1997, sendo
assunto principal de diversas matérias televisivas sobre o evento. Neste
mesmo ano começou a tocar no circuito de country music e fez parte
da formação de diversas bandas famosas no meio. Entre 1998 e 2001
foi transcritor da revista Cover Guitarra. Paralelamente ao Quadrivium e
as bandas country, montou seu trio instrumental autoral - Time’s Up –
que inclusive gravou um tema para o Filme “Lara” (2002), sob a batuta
de Dori Caymmi e fez vários workshops entre 1999 e 2002, além de
gravar alguns discos como banda de apoio. Como produtor executivo
trabalhou na equipe técnica dos grupos do Ultraje a Rigor, Ira e Lobão,
além de produzir musicalmente diversas bandas e artistas nos estúdios
Paarmman, Creative Sound e Stúdio 11. Foi gerente e programador
musical e artístico do Mr. Blues Bar, lendário bar em São Paulo que
sempre apoiou o blues, jazz e música instrumental. Atualmente toca em
diversas bandas na noite paulistana, colabora com desenvolvimento de
produtos de alguns fabricantes nacionais de equipamentos musicais
(Fire Custom Shop, cabos Tecniforte e Jam Cases), continua gravando
trilhas e jingles para emissoras de rádio e televisão e foi produtor
executivo da “I Mostra Guitarras do Brasil” (2010).
Acesse o site
www.guitarrasdobrasil.com.br
e veja a programação completa
47. RAFIA MATERIAIS IMPRESSOS
art Mello - foto por MRossi (livreto) • 03 - Eduardo Ardanuy - foto por MRossi (banner e livreto)
ação (livreto) • 06 - Faiska - foto por MRossi (livreto físico) / foto por RBragaglia (livreto online/banner)
to) • 08 - Hard Alex - foto por Wagner Camoleze (banner e livreto)
uel Mello (banner e livreto) • 11 - Mauricio Cailet - foto por Laki Petineris (livreto)
48. idealização e realização
produção executiva
design imprensa e redes sociais
Projeto Apoiado pelo Governo de São Paulo, Secretária do
Estado da Cultura, Programa de Ação Cultiral