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Atitude Criança Feliz!

Vale a pena pensar nisto…
“Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos
e, esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta”.
“Não devemos moldar os filhos de acordo com os nossos sentimentos / devemos
tê-los e amá-los do modo como nos foram dados por Deus.”
“Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educálos”.
A história de muitos Zés…
”Todos nós conhecemos rapazes assim. O Zé ainda não nasceu e já os pontapés são com
tal frequência e potencia, que a mãe fantasia um futuro na liga italiana. Ao ano de
idade, não anda, corre. Aos 4-5 anos é o terror do infantário. A vida social dos pais vai-se
restringindo cada vez mais, porque não é possível levá-lo ao café, onde não está parado
um segundo. Mesmo alguns familiares já claramente disseram que gostariam muito de
ter os pais para jantar, na certeza porém de que Zé ficava em casa. As “baby-sitter” vão
uma vez e não voltam. Até as avós, irmãs e cunhadas arranjam desculpas para não ficar
com o Zé, cuja actividade e impulsividade não lhes dá descanso. Ele trepa para cima dos
móveis, pula no sofá, sobe ao telhado e atravessa a rua subitamente, soltando-se da
mão do adulto num arranque brusco. Quantas vezes os pais tiveram um diálogo surdo,
apenas com trocas de olhar, por exemplo no supermercado, onde o Zé é impossível de
controlar. O olhar de um cliente, claramente traduz o seu pensamento: “Se fosse
comigo...umas palmadas a tempo...”. Não menos clara é a resposta da mãe, também
num olhar que fulmina: “ porque não experimenta ficar com ele um fim-de-semana?”. O
período escolar é dramático. Sucedem-se as queixas das professoras, os resultados
académicos são muito inferiores às capacidades do Zé que faz múltiplos erros por
distracção. Constantemente perde as réguas, lápis e borrachas, e responde a primeira
coisa que lhe vem à cabeça. Os pais já experimentaram tudo, até perceberem que a vida
do filho é uma série ininterrupta de castigos, e suspeitarem que o seu comportamento é
devido a uma força superior à vontade da criança.”
Como se manifesta nas crianças a Perturbação de
Hiperactividade com Deficit de Atenção (PHDA)?

As crianças com Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA)
apresentam um padrão comportamental caracterizado, essencialmente, por um
excesso de actividade (hiperactividade)e/ ou de impulsividade e por uma persistente
falta de atenção, desproporcionais à fase do desenvolvimento em que as mesmas se
encontram. Estes comportamentos poderão manifestar-se nos primeiros anos de vida
e persistir pela adolescência e mesmo adultícia.
Qual a prevalência desta perturbação…
• A PHDA é muito frequente na infância, atingindo, de acordo com os mais recentes

estudos, cerca de 4-6% da população das escolas primárias;
•Prevalências superiores a 20% têm sido descritas em crianças oriundas de meios
socioeconómicos menos favorecidos;
•Esta perturbação é, segundo a maioria dos autores, seis vezes mais frequente no

sexo masculino do que no sexo feminino.
Que tipo de factores se pensa estarem na génese desta
perturbação?

Poderão estar implicadas múltiplas causas, como:

• Factores genéticos (há uma muito maior incidência deste síndrome nos familiares
próximos das crianças atingidas);
• Factores orgânicos adquiridos ou constitucionais (por exemplo, é bem conhecida a
propensão que os bebés prematuros têm para este distúrbio comportamental);
• Factores ambientais (há, em algumas casuísticas, uma muito maior incidência desta
perturbação nas crianças com problemas relacionais, bem como nos elementos das
famílias com índices sócio-culturais mais baixos).
Manifestações comportamentais mais evidentes destas
crianças?
Manifestações comportamentais relacionadas com o défice de atenção:
• Não prestam atenção aos detalhes e cometem erros na escola ou em outras actividades
por desatenção ou descuido;
• Dificuldade em manter a atenção durante as tarefas ou jogos;
• Parecem não ouvir o que se lhes diz, mesmo quando interpelados de uma forma

directa;
• Com frequência, não seguem instruções e não terminam os trabalhos escolares;
• Poderão ter uma manifesta dificuldade na organização de tarefas e de actividades;
• Frequentemente, evitam, não gostam ou são relutantes em iniciar tarefas que

requeiram concentração (como trabalhos escolares, em casa ou na escola);
• Muitas vezes, perdem objectos importantes ou imprescindíveis a um adequado
desempenho em tarefas ou em jogos (brinquedos, livros, material escolar)
• Distraem-se facilmente com estímulos desinteressantes e irrelevantes.
Manifestações comportamentais relacionadas com a hiperactividade (ou
excesso de actividade):

• Mexem as mãos e os pés e não se mantêm sentados;

• Frequentemente, levantam-se na sala de aula ou em outras situações em que é
exigida a posição de sentado;
• Correm, saltam e trepam de uma forma excessiva, em situações inapropriadas;
• Frequentemente, têm dificuldade em participar em jogos ou em actividades de

uma forma calma; parecem ter uma energia inesgotável e estão sempre na
disposição de mudar;
• Falam demasiado.
Manifestações comportamentais relacionadas com a impulsividade:

• Facultam respostas a perguntas que não foram completadas;
• Podem ter dificuldade em esperar pela sua vez;
• Frequentemente, interrompem ou intrometem-se nas actividades dos outros (por
exemplo, interrompem conversas ou jogos).
A Intervenção … Como ajudar estas crianças?
O tratamento deve contemplar a intervenção psicológica (Terapia Cognitivo
Comportamental) e neuropediátrica, envolvendo necessariamente a família, a
escola e, principalmente, a criança no processo.
Algumas estratégias a adoptar com estas crianças em contexto escolar
INSTRUÇÕES : Por vezes, a razão porque não se acabou um determinado trabalho tem a
ver com o facto de não se ter compreendido as ordens. Muitas vezes uma criança com
défice de atenção não acaba o trabalho porque apenas ouviu o princípio e fim das
instruções, e perdeu o que foi dito no meio. Estas crianças têm grande dificuldade em
ordenar mais de uma ou duas ordens, pelo que uma longa lista de instruções os deixa
perdidos. É necessário dar ordens simples e directas, que lhes dizem o que devem fazer,
não o que não devem fazer. Quando dá as ordens, o professor deve estar em frente do
aluno, estabelecendo contacto ocular para garantir que ele o ouviu. É útil pedir ao
aluno que repita as instruções que acabou de ouvir. As instruções devem ser dadas
oralmente mas também visualmente. Deve-se verificar se as instruções escritas foram
copiadas correctamente e completamente compreendidas.
REFORÇOS: As crianças com deficit de atenção e hiperactividade não pensam no
futuro, e temos de lhes lembrar, constantemente, das datas dos testes e trabalhos
de casa, bem como do material necessário à aula.

RITMO: As crianças com défice de atenção têm o seu próprio ritmo. Se lhes é
permitido estabelecer o seu próprio horário para completar o trabalho, é útil
ensiná-los a dividir as tarefas em partes mais pequenas que podem ser
realizadas com sucesso.

PRIVACIDADE: Quanto mais as intervenções, (ajudas), possam passar
despercebidas dos colegas tanto melhor.
ELOGIO: O elogio tem um papel vital. A auto-estima de um estudante com défice de
atenção é pobre e frágil. Embora precisem mais de elogios do que a maioria, a
verdade é que recebem menos. Estão habituados ao falhanço. Reforço
positivo, mesmo do comportamento mais insignificante desde que correcto tem
muito significado. Não diga apenas que o trabalho está bem feito mas sublinhe a
forma como foi apresentado e o prazer que lhe deu o entusiasmo posto no esforço. A
ênfase deve ser nos aspectos positivos e não nos negativos. Quando se classifica um
teste deve-se sublinhar sobretudo as respostas correctas. Devem-se estabelecer
objectivos realistas, com um grande grau de probabilidade de que irão ser atingidos.
ACONSELHAMENTO DURANTE OS PERÍODOS DE TRANSIÇÃO: A passagem de um
ambiente com uma estrutura fixa como o que existe no ensino primário, para um
com uma estrutura mais instável como o ensino de 2º e 3º ciclos, pode ser difícil.
Mudar de sala de aula todas as horas pode ser complicado, e tudo é motivo de
distracção. Apoio “um-para-um” poderá ser útil nestas circunstâncias, o mesmo
acontece em actividades mais destruturadas e que fujam à rotina, como o caso das
visitas de estudo.
ESCAPES: Escapes físicos podem ser úteis. Estes jovens devem ser encorajados a
prosseguir uma actividade física diária.

ESTRUTURA: Consistência na rotina da sala de aula é importante. Rotinas que variam
criam confusão e insegurança. Um professor substituto pode agradar à alguns mas a
estes alunos por vezes pode gerar instabilidade.

INFORMAÇÕES PARA CASA: Informações semanais são melhores do que mensais ou
trimestrais e devem sublinhar os aspectos positivos. Relatórios diários ou semanais,
que apenas sublinham os aspectos negativos, tornam-se um pesadelo familiar.
FLEXIBILIDADE: As crianças com défice de atenção precisam de alguma flexibilidade
e tolerância quanto à data de entrega dos trabalhos. Não que se deva desculpar
quando os trabalhos não são realizados, mas reforço positivo e avisos frequentes
quanto à data de entrega dos trabalhos pode ajudar o aluno a assumir as suas
responsabilidades
PROVAS E TESTES: O fundamental é avaliar quais os conhecimentos da criança.
Por vezes isto é melhor determinado através de provas orais do que escritas.

EXPECTATIVAS: As expectativas e objectivos devem ser realistas. Estas crianças
têm grandes oscilações na forma como demonstram as suas capacidades.
Resultados excelentes numa semana nada garantem quanto à semana seguinte.
Estas crianças e jovens precisam de adultos nas suas vidas que sejam pacientes e
que estejam dispostos apoiá-los durante o longo processo do seu
desenvolvimento. O progresso não se mede em períodos curtos mas sim em
períodos longos.
Por fim não se pode esperar que estas crianças tenham mudanças rápidas de
comportamento, pois devido a toda a envolvência desta perturbação tal é
humanamente impossível. Deve-se sim começar por reforçar qualquer
comportamento positivo que a criança manifeste mesmo que aparentemente possa
ser insignificante. A abordagem não é: “ainda estás a copiar essa parte do texto” mas
sim “ boa já conseguiste chegar até ai, agora tenta ir mais além”
A Intervenção farmacológica
Há um grupo de medicamentos denominados por psico-estimulantes sendo o mais
utilizado para o efeito o metilfenidato (Ritalina). A aquisição deste medicamento,
obedece a normas extremamente rígidas (prescrição em receitas especiais). Estes
medicamentos são considerados seguros, com raros efeitos secundários indesejáveis (o
mais frequente é a falta de apetite nas primeiras semanas de terapêutica).
As reacções mais comuns são nervosismo, dificuldade em adormecer e perda de
apetite.
Alguns Efeitos Secundários poderão ser graves se tiver: febre alta súbita; cefaleias
severas ou confusão; o batimento do coração acelerado; dor de peito; contracções e
movimentos descontrolados; contusões hemorrágicas; contracções musculares ou
tiques; dor de garganta e febre ou arrepios; movimentos de torção incontroláveis dos
membros, face e/ou tronco; alucinações; convulsões; bolhas da pele ou comichão;
tiver marcas vermelhas na pele; inchaço dos lábios ou da língua, ou dificuldade em
respirar; rash cutâneo, urticária; febre, sudação; náuseas, vómitos, dor de estômago,
tonturas; cefaleias, humor deprimido, inquietação; cãibras musculares, boca seca,
visão turva, perda de peso, alterações na pressão arterial, perda de cabelo. Se um
aluno que esteja a ser medicado manifeste qualquer destes sintomas, tal deverá ser
comunicado com maior brevidade possível ao médico que acompanha o caso.
Os filhos são as âncoras que mantêm os pais agarrados à vida.

Fonte:
www.diferencas.net
www.cadin.net
http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=32230&tipo_doc=fi
http://www.psicologia.com.pt/profissional/formacao/ver_formacao.php?id=557&grupo=1

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Phad hiperatividade

  • 1. Atitude Criança Feliz! Vale a pena pensar nisto… “Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e, esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta”. “Não devemos moldar os filhos de acordo com os nossos sentimentos / devemos tê-los e amá-los do modo como nos foram dados por Deus.” “Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de criá-los e educálos”.
  • 2. A história de muitos Zés… ”Todos nós conhecemos rapazes assim. O Zé ainda não nasceu e já os pontapés são com tal frequência e potencia, que a mãe fantasia um futuro na liga italiana. Ao ano de idade, não anda, corre. Aos 4-5 anos é o terror do infantário. A vida social dos pais vai-se restringindo cada vez mais, porque não é possível levá-lo ao café, onde não está parado um segundo. Mesmo alguns familiares já claramente disseram que gostariam muito de ter os pais para jantar, na certeza porém de que Zé ficava em casa. As “baby-sitter” vão uma vez e não voltam. Até as avós, irmãs e cunhadas arranjam desculpas para não ficar com o Zé, cuja actividade e impulsividade não lhes dá descanso. Ele trepa para cima dos móveis, pula no sofá, sobe ao telhado e atravessa a rua subitamente, soltando-se da mão do adulto num arranque brusco. Quantas vezes os pais tiveram um diálogo surdo, apenas com trocas de olhar, por exemplo no supermercado, onde o Zé é impossível de controlar. O olhar de um cliente, claramente traduz o seu pensamento: “Se fosse comigo...umas palmadas a tempo...”. Não menos clara é a resposta da mãe, também num olhar que fulmina: “ porque não experimenta ficar com ele um fim-de-semana?”. O período escolar é dramático. Sucedem-se as queixas das professoras, os resultados académicos são muito inferiores às capacidades do Zé que faz múltiplos erros por distracção. Constantemente perde as réguas, lápis e borrachas, e responde a primeira coisa que lhe vem à cabeça. Os pais já experimentaram tudo, até perceberem que a vida do filho é uma série ininterrupta de castigos, e suspeitarem que o seu comportamento é devido a uma força superior à vontade da criança.”
  • 3. Como se manifesta nas crianças a Perturbação de Hiperactividade com Deficit de Atenção (PHDA)? As crianças com Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) apresentam um padrão comportamental caracterizado, essencialmente, por um excesso de actividade (hiperactividade)e/ ou de impulsividade e por uma persistente falta de atenção, desproporcionais à fase do desenvolvimento em que as mesmas se encontram. Estes comportamentos poderão manifestar-se nos primeiros anos de vida e persistir pela adolescência e mesmo adultícia.
  • 4. Qual a prevalência desta perturbação… • A PHDA é muito frequente na infância, atingindo, de acordo com os mais recentes estudos, cerca de 4-6% da população das escolas primárias; •Prevalências superiores a 20% têm sido descritas em crianças oriundas de meios socioeconómicos menos favorecidos; •Esta perturbação é, segundo a maioria dos autores, seis vezes mais frequente no sexo masculino do que no sexo feminino.
  • 5. Que tipo de factores se pensa estarem na génese desta perturbação? Poderão estar implicadas múltiplas causas, como: • Factores genéticos (há uma muito maior incidência deste síndrome nos familiares próximos das crianças atingidas); • Factores orgânicos adquiridos ou constitucionais (por exemplo, é bem conhecida a propensão que os bebés prematuros têm para este distúrbio comportamental); • Factores ambientais (há, em algumas casuísticas, uma muito maior incidência desta perturbação nas crianças com problemas relacionais, bem como nos elementos das famílias com índices sócio-culturais mais baixos).
  • 6. Manifestações comportamentais mais evidentes destas crianças? Manifestações comportamentais relacionadas com o défice de atenção: • Não prestam atenção aos detalhes e cometem erros na escola ou em outras actividades por desatenção ou descuido; • Dificuldade em manter a atenção durante as tarefas ou jogos; • Parecem não ouvir o que se lhes diz, mesmo quando interpelados de uma forma directa; • Com frequência, não seguem instruções e não terminam os trabalhos escolares; • Poderão ter uma manifesta dificuldade na organização de tarefas e de actividades; • Frequentemente, evitam, não gostam ou são relutantes em iniciar tarefas que requeiram concentração (como trabalhos escolares, em casa ou na escola); • Muitas vezes, perdem objectos importantes ou imprescindíveis a um adequado desempenho em tarefas ou em jogos (brinquedos, livros, material escolar) • Distraem-se facilmente com estímulos desinteressantes e irrelevantes.
  • 7. Manifestações comportamentais relacionadas com a hiperactividade (ou excesso de actividade): • Mexem as mãos e os pés e não se mantêm sentados; • Frequentemente, levantam-se na sala de aula ou em outras situações em que é exigida a posição de sentado; • Correm, saltam e trepam de uma forma excessiva, em situações inapropriadas; • Frequentemente, têm dificuldade em participar em jogos ou em actividades de uma forma calma; parecem ter uma energia inesgotável e estão sempre na disposição de mudar; • Falam demasiado.
  • 8. Manifestações comportamentais relacionadas com a impulsividade: • Facultam respostas a perguntas que não foram completadas; • Podem ter dificuldade em esperar pela sua vez; • Frequentemente, interrompem ou intrometem-se nas actividades dos outros (por exemplo, interrompem conversas ou jogos).
  • 9. A Intervenção … Como ajudar estas crianças? O tratamento deve contemplar a intervenção psicológica (Terapia Cognitivo Comportamental) e neuropediátrica, envolvendo necessariamente a família, a escola e, principalmente, a criança no processo.
  • 10. Algumas estratégias a adoptar com estas crianças em contexto escolar INSTRUÇÕES : Por vezes, a razão porque não se acabou um determinado trabalho tem a ver com o facto de não se ter compreendido as ordens. Muitas vezes uma criança com défice de atenção não acaba o trabalho porque apenas ouviu o princípio e fim das instruções, e perdeu o que foi dito no meio. Estas crianças têm grande dificuldade em ordenar mais de uma ou duas ordens, pelo que uma longa lista de instruções os deixa perdidos. É necessário dar ordens simples e directas, que lhes dizem o que devem fazer, não o que não devem fazer. Quando dá as ordens, o professor deve estar em frente do aluno, estabelecendo contacto ocular para garantir que ele o ouviu. É útil pedir ao aluno que repita as instruções que acabou de ouvir. As instruções devem ser dadas oralmente mas também visualmente. Deve-se verificar se as instruções escritas foram copiadas correctamente e completamente compreendidas.
  • 11. REFORÇOS: As crianças com deficit de atenção e hiperactividade não pensam no futuro, e temos de lhes lembrar, constantemente, das datas dos testes e trabalhos de casa, bem como do material necessário à aula. RITMO: As crianças com défice de atenção têm o seu próprio ritmo. Se lhes é permitido estabelecer o seu próprio horário para completar o trabalho, é útil ensiná-los a dividir as tarefas em partes mais pequenas que podem ser realizadas com sucesso. PRIVACIDADE: Quanto mais as intervenções, (ajudas), possam passar despercebidas dos colegas tanto melhor.
  • 12. ELOGIO: O elogio tem um papel vital. A auto-estima de um estudante com défice de atenção é pobre e frágil. Embora precisem mais de elogios do que a maioria, a verdade é que recebem menos. Estão habituados ao falhanço. Reforço positivo, mesmo do comportamento mais insignificante desde que correcto tem muito significado. Não diga apenas que o trabalho está bem feito mas sublinhe a forma como foi apresentado e o prazer que lhe deu o entusiasmo posto no esforço. A ênfase deve ser nos aspectos positivos e não nos negativos. Quando se classifica um teste deve-se sublinhar sobretudo as respostas correctas. Devem-se estabelecer objectivos realistas, com um grande grau de probabilidade de que irão ser atingidos.
  • 13. ACONSELHAMENTO DURANTE OS PERÍODOS DE TRANSIÇÃO: A passagem de um ambiente com uma estrutura fixa como o que existe no ensino primário, para um com uma estrutura mais instável como o ensino de 2º e 3º ciclos, pode ser difícil. Mudar de sala de aula todas as horas pode ser complicado, e tudo é motivo de distracção. Apoio “um-para-um” poderá ser útil nestas circunstâncias, o mesmo acontece em actividades mais destruturadas e que fujam à rotina, como o caso das visitas de estudo.
  • 14. ESCAPES: Escapes físicos podem ser úteis. Estes jovens devem ser encorajados a prosseguir uma actividade física diária. ESTRUTURA: Consistência na rotina da sala de aula é importante. Rotinas que variam criam confusão e insegurança. Um professor substituto pode agradar à alguns mas a estes alunos por vezes pode gerar instabilidade. INFORMAÇÕES PARA CASA: Informações semanais são melhores do que mensais ou trimestrais e devem sublinhar os aspectos positivos. Relatórios diários ou semanais, que apenas sublinham os aspectos negativos, tornam-se um pesadelo familiar. FLEXIBILIDADE: As crianças com défice de atenção precisam de alguma flexibilidade e tolerância quanto à data de entrega dos trabalhos. Não que se deva desculpar quando os trabalhos não são realizados, mas reforço positivo e avisos frequentes quanto à data de entrega dos trabalhos pode ajudar o aluno a assumir as suas responsabilidades
  • 15. PROVAS E TESTES: O fundamental é avaliar quais os conhecimentos da criança. Por vezes isto é melhor determinado através de provas orais do que escritas. EXPECTATIVAS: As expectativas e objectivos devem ser realistas. Estas crianças têm grandes oscilações na forma como demonstram as suas capacidades. Resultados excelentes numa semana nada garantem quanto à semana seguinte. Estas crianças e jovens precisam de adultos nas suas vidas que sejam pacientes e que estejam dispostos apoiá-los durante o longo processo do seu desenvolvimento. O progresso não se mede em períodos curtos mas sim em períodos longos.
  • 16. Por fim não se pode esperar que estas crianças tenham mudanças rápidas de comportamento, pois devido a toda a envolvência desta perturbação tal é humanamente impossível. Deve-se sim começar por reforçar qualquer comportamento positivo que a criança manifeste mesmo que aparentemente possa ser insignificante. A abordagem não é: “ainda estás a copiar essa parte do texto” mas sim “ boa já conseguiste chegar até ai, agora tenta ir mais além”
  • 17. A Intervenção farmacológica Há um grupo de medicamentos denominados por psico-estimulantes sendo o mais utilizado para o efeito o metilfenidato (Ritalina). A aquisição deste medicamento, obedece a normas extremamente rígidas (prescrição em receitas especiais). Estes medicamentos são considerados seguros, com raros efeitos secundários indesejáveis (o mais frequente é a falta de apetite nas primeiras semanas de terapêutica). As reacções mais comuns são nervosismo, dificuldade em adormecer e perda de apetite. Alguns Efeitos Secundários poderão ser graves se tiver: febre alta súbita; cefaleias severas ou confusão; o batimento do coração acelerado; dor de peito; contracções e movimentos descontrolados; contusões hemorrágicas; contracções musculares ou tiques; dor de garganta e febre ou arrepios; movimentos de torção incontroláveis dos membros, face e/ou tronco; alucinações; convulsões; bolhas da pele ou comichão; tiver marcas vermelhas na pele; inchaço dos lábios ou da língua, ou dificuldade em respirar; rash cutâneo, urticária; febre, sudação; náuseas, vómitos, dor de estômago, tonturas; cefaleias, humor deprimido, inquietação; cãibras musculares, boca seca, visão turva, perda de peso, alterações na pressão arterial, perda de cabelo. Se um aluno que esteja a ser medicado manifeste qualquer destes sintomas, tal deverá ser comunicado com maior brevidade possível ao médico que acompanha o caso.
  • 18. Os filhos são as âncoras que mantêm os pais agarrados à vida. Fonte: www.diferencas.net www.cadin.net http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=32230&tipo_doc=fi http://www.psicologia.com.pt/profissional/formacao/ver_formacao.php?id=557&grupo=1