O documento discute fungos bioluminescentes. Resumidamente, (1) alguns fungos produzem luz através de reações bioquímicas, (2) a maioria são saprófitas que decompõem madeira e serrapilheira, e (3) acredita-se que a bioluminescência seja um subproduto dos processos metabólicos para decompor a lignina na madeira.
2. Bioluminiscência: Caso de estudo:
O que é? Fungos Perspetivas
Funções? bioluminiscentes futuras
Onde existe?
3. (palavra híbrida, do grego bios, que significa “vida”, e do latim lúmen, que
significa “luz”)
É a produção e emissão de luz por um organismo vivo, através de um reação
de oxidação biológica.
O processo de bioluminescência é extremamente rentável, sendo produzido
virtualmente até 100% luz ao contrário de uma lâmpada incandescente que
produz 10% luz e 90% calor.
4. • As reações bioluminescentes envolvem a oxidação de compostos orgânicos, as luciferinas,
por oxigénio molecular com a emissão de um foton.
• A chave para a eficiência destes processos é a sua natureza enzimática: são as enzimas (as
luciferases) que catalisam tais reações. A reacção é por vezes mediada por cofactores, como
iões de cálcio/magnésio e ATP (adenosina trifosfato).
Mecanismo de oxidação da luciferina (A) catalisada pela enzima luciferase e pelo oxigênio molecular, gerando a oxiluciferina (E) mais a luz (D).
A dioxetanona está como uma etapa intermediária (B e C).
5. Camuflagem por contrailuminação:
O animal ajusta a intensidade da sua bioluminescência de modo a igualar a
intensidade da luz ambiental superior, resultando numa invisibilidade do animal
quando visto de baixo. Ex. algumas espécies de lulas como Eupryma scolopes.
Mimetismo para atrair presas:
Usada para atrair presas. Ex. peixes de aguas profundas como Melanocetus
johnsonii e o tubarão Isistius brasiliensis.
Atrair parceiros
Ex. Pirilampo fêmea que pisca o seu abdómen no período de acasalamento para
atrair o macho – espécie Lampyris noctiluca.
Distração:
Uma nuvem de material luminescente é libertada, distraindo ou repelindo
predadores, enquanto fogem para segurança. Ex. algumas lulas e pequenos
crustáceos.
6. Repulsão:
Brilham para repelir predadores. (Ex . Larvas de todas as espécies de pirilampos)
Comunicação:
Usando pequenas moléculas segregadas para o ambiente extracelular, as
batérias são capazes de adaptarem o seu comportamento, acionando os genes
de produção de luz apenas quando se encontram em zonas de grande
quantidade de células.
Iluminação:
Permitir ver presas em ambientes normalmente invisíveis em ambientes de
oceanos profundos. Ex. peixes de águas profundas da família Stomiidae.
7.
8. As espécies de fungos bioluminescentes ocorrem em
ambientes florestais húmidos, e as emissões de luz são
esverdeadas, com comprimento de onda em torno de
530 nanómetros.
Muitas das espécies de fungos bioluminescentes emitem luz
apenas do micélio, enquanto outras exibem a
bioluminescência restrita ao cogumelo; raramente as duas
estruturas emitem luz na mesma espécie.
9. A maioria dos fungos bioluminescentes é saprófita;
Análises filogenéticas moleculares evidenciaram que os
fungos bioluminescentes são polifiléticos (representados por
algumas linhagens que, em certos casos, evoluíram de forma
independente em relação à emissão de luz);
Os fungos bioluminescentes estão distribuídos em três
linhagens.
10. A primeira delas é representada por espécies dos
gêneros Omphalotus e Neonothopanus, que abriga
12 espécies de fungos cujos cogumelos são
bioluminescentes, bastante visíveis e fáceis de
Neonothopanus nambi Neonothopanus gardneri encontrar, mas com micélios que emitem luz apenas
em alguns casos.
Algumas dessas espécies são comuns na Europa,
Estados Unidos, Japão e Austrália, onde têm nomes
populares, como ‘Jack da lanterna’, ‘fungo da noite
Omphalotus japonica Omphalotus oleariusa enluarada’ e ‘fungo fantasma’.
11. A segunda linhagem abriga cinco espécies do gênero
Armillaria e é bem conhecida porque contém
espécies que provocam doenças em raízes de plantas
em zonas temperadas.
Armillaria tabescens Armillaria solidipes
Os cogumelos dessa linhagem são em geral muito
apreciados na culinária, mas a bioluminescência
nesse grupo está restrita ao micélio: nunca se
encontrou um cogumelo do gênero Armillaria
bioluminescente.
Armillaria gallica Armillaria mellea
12. Por último temos uma terceira linhagem, que abriga
47 espécies, grande parte do género Mycena.
Muitos desses fungos exibem o cogumelo e/ou o
micélio bioluminescente.
Mycena chlorophos Mycena lux-coeli
Todas essas espécies vivem livremente, sendo
capazes de decompor madeira e serrapilheira, com
exceção de uma (Mycena citricolor), que é parasita e
provoca doenças em plantações de café.
Entre as 500 espécies conhecidas do gênero Mycena,
Mycena lucentipes Mycena silvanelucens 35 são bioluminescentes.
13. ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Marasmiaceae
GÉNERO: Omphalotus (6)
GÉNERO: Neonothopanus (3)
GÉNERO: Gerronena (1)
GÉNERO: Lampteromyces (1)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Gerronema viridilucens Sim Sim América do Sul
Lampteromyces luminescens ? Sim China
Neonothopanus gardneri Sim Sim América do Sul
Neonothopanus nambi ? Sim Australia, America do Sul e Central, Malásia
Nothopanus noctilucens ? Sim Japão
Omphalotus illudens Sim Sim Europa e América do Norte
Omphalotus japonicus Sim Sim Japão
Omphalotus mangensis ? Sim China
Omphalotus nidiformis ? Sim Australia
Omphalotus olearius Sim Sim Europa
Omphalotus olivascens Não Sim América do Norte
14. ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Physalacriaceae
GÉNERO: Armillaria (5)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Armillaria fuscipes Sim Não Malásia
Armillaria gallica Sim Não Europa e América do Norte
Armillaria mellea Sim Não Europa e América do Norte
Armillaria ostoyae Sim Não Europa e América do Norte
Armillaria tabescens Sim Não Europa e América do Norte
ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Tricholomataceae
GÉNERO: Filoboletus (3)
GÉNERO: Dictyopanus (2)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Dictyopanus foliicolus Sim Sim Japão
Dictyopanus pusillus var. sublamellatus ? Sim América do Sul
Filoboletus pallescens ? Sim Malásia
Filoboletus yunnanensis ? Sim China
Poromycena hanedai ? Sim Japão
15. ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Mycenaceae
GÉNERO: Mycena (37)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Mycena asterina Sim Sim América do Sul
Mycena citricolor Sim Não América do Sul e Central
Mycena chlorophos Sim Sim Malásia, Japão, Ilhas do Pacífico
Mycena daisyogunensis ? Sim Japão
Mycena discobasis ? Sim América do Sul e África
Mycena epipterygia Sim Não Europa, América do Norte e Japão
Mycena fera ? Sim América do Sul
Mycena galopus Sim Não Europa, América do Norte e Japão
Mycena haematopus Sim Sim Europa, América do Norte e Japão
Mycena illuminans ? Sim Malásia e Japão
Mycena inclinata Sim Não Europa, América do Norte e África
Mycena lacrimans ? Sim América do Sul
Mycena lamprospora Não Sim Malásia e Austrália
Mycena lucentipes Sim Sim América do Sul e Central
Mycena lux-coeli ? Sim Japão
Mycena luxaeterna Sim Sim América do Sul
Mycena luxarboricola Não Sim América do Sul
Mycena luxperpetua Sim Sim Porto Rico
Mycena maculata Sim ? Europa, América do Norte e África
Mycena manipularis Sim Sim Austrália, Malásia e ilhas do Pacífico
16. ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Mycenaceae
GÉNERO: Mycena (37)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Mycena manipularis var. microporus ? Sim Ilhas do Pacífico
Mycena noctilucens ? Sim Malásia e ilhas do Pacifico
Mycena noctilucens var. magnispora ? Sim Ilhas do Pacífico
Mycena olivaceomarginata Sim Não Europa e América do Norte
Mycena polygramma Sim Não África, Europa, América do Norte e Japão
Mycena pruinoso-viscida ? Sim Malásia
Mycena pruinoso-viscida var. rabaulensis ? Sim (esporos) Austrália
Mycena pseudostylobates Sim ? Japão
Mycena pura Sim Não Europa, América do Norte e Sul, Japão
Mycena rorida Sim Não Europa, América do Norte e Sul, Japão
Mycena rosea Sim Não Europa
Mycena sanguinolenta Sim Não Europa, América do Norte, Japão
Mycena silvaelucens ? Sim Malásia
Mycena singeri ? Não América do Sul e Central
Mycena stylobates Sim Não África, Europa, América do Norte e Japão
Mycena sublucens Não Sim Malásia
Mycena tintinnabulum Sim Não Europa
Mycena zephirus Sim Não Europa
17. ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Mycenaceae
GÉNERO: Panellus (4)
GÉNERO: Roridomyces (1)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Panellus gloeocystidiatus ? Sim Japão e Malásia
Panellus luminescens ? Sim Malásia
Panellus pusillus Sim Sim África, Austrália, América do Norte e Sul e Malásia
Panellus stipticus Sim Sim Austrália, Africa, Europa, América do Norte e Sul e Japão
Roridomyces irritans Não Sim Austrália
ORDEM: Agaricales
FAMÍLIA: Pleurotaceae
GÉNERO: Pleuorotus (2)
Bioluminiscência
Nome cientifico Distribuição
Micélio Corpo frutífero
Pleurotus decipiens ? Sim Malásia
Pleurotus eugrammus var. radicicolus Não Sim Japão e Malásia
18. Por que Fungos Emitem Luz?
Entre os organismos bioluminescentes, os fungos são os menos
conhecidos;
No início do século 20 emergiu a ideia de que a emissão de luz pelos
fungos poderia ajudar na dispersão de esporos.
Em 1981, o entomólogo John Sivinski, da Florida University, publicou
resultados de uma experiência em que avaliou se a bioluminescência de
cogumelos e do micélio estaria associada à atração de artrópodes, que
poderiam ajudar na dispersão de propágulos.
Segundo a experiência, um número maior de animais foram capturados em
armadilhas com fungos bioluminescentes do que em armadilhas de
controlo, que não continham micélio nem cogumelos emissores de luz.
Esses resultados indicam uma possível relação com a dispersão de
esporos.
19. Entretanto, apenas os cogumelos produzem esporos, e a experiência não
explica a atração de animais pela luz do micélio.
Adicionalmente, Sivinski sugeriu que a bioluminescência poderia ter a
função de alertar os predadores de suas defesas (função aposemática) –
afastando animais que comem fungos (conhecidos como fungívoros
noturnos) – ou, ainda, que a luz poderia atrair predadores desses animais
fungívoros, conferindo vantagens para os fungos bioluminescentes.
Mas essas ideias ainda não foram adequadamente testadas e, mesmo que
complementares, não têm muitas chances de explicar exclusivamente o
porquê da bioluminescência.
20. Outra linha de raciocínio tem grado cepticismo entre micólogos
apaixonados pelos fungos, mas envolve uma explicação bastante plausível.
Todos os fungos que emitem luz são saprófitos (decompõem matéria
orgânica).
Segundo essa hipótese fisiológica, a bioluminescência seria um
subproduto de processos metabólicos associados à destruição de lignina
para atingir a celulose.
A lignina (um polímero de glicose, como o amido) é a substância que forma
a base da madeira, e a emissão de luz pelos fungos poderia estar
associada a um efeito antioxidante, conferindo alta capacidade para
decompor esse substrato sem o problema da intoxicação pelas espécies
reactivas ao oxigénio entretanto geradas.
Nesse caso, a emissão de luz não teria uma função directa, mas seria
consequência do processo digestivo do fungo.
21. Atualmente, são realizados inúmeros estudos dos fungos bioluminescentes
a nível mundial com enorme potencial de gerar novos conhecimentos e
informações sobre o significado biológico e ecológico da sua emissão, como
por exemplo:
- Utilização de novas substâncias bioativas em extratos dos cogumelos;
- Desenvolvimento de bioensaios ecotoxicológicos;
- Biorremediação de solos contaminados;
- Biodegradação de resíduos industriais; e,
- Pesquisa médica usando imagiologia bioluminiscente.
22. APLICAÇÕES EM ESTUDO E APLICADAS PARA BIOLUMINISCÊNCIA:
• Árvores luminosas para iluminar estradas e poupar dinheiro gasto em
electricidade pelo governo;
• Árvores de natal que não precisam de luzes, reduzindo o perigo de
incêndios eléctricos;
• Culturas agrícolas e plantas domésticas que iluminam quando necessitam
de água;
• Novos métodos para detectar contaminação bacterial de carnes e outras
comidas;
• Bio identificadores para condenados e pacientes mentais;
• Detecção de espécies bacteriais em cadáveres suspeitos;
• Utilização como detectores de poluição orgânica da água (baterias
bioluminescentes);
• Utilização como biomarcadores no estudo de doenças como Alzheimer,
Parkinson ou alguns tipos de cancro;
• Uso dos pirilampos como indicadores de poluição luminosa;
• Utilização como genes reporteres no campo da engenharia genética; e,
• Animais de estimação que bioluminescem (coelhos, ratos, peixes, etc…)
Ferris Wheel 3-D transition effect and pictures(Basic)To reproduce the picture effects on this slide, do the following:On the Home tab, in the Slides group, click Layout, and then click Blank.On the Insert tab, in the Images group, click Picture. In the Insert Picture dialog box, select a picture and then click Insert.Select the picture. Under PictureTools, on the Format tab, in the Size group, click the Size and Position dialog box launcher. In the Format Picture dialog box, resize or crop the image so that the height is set to 3.86” and the widthis set to 5.79”. To crop the picture, click Crop in the left pane, and in the right pane, under Crop position, enter values into the Height, Width, Left, and Top boxes. 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On the Home tab, in the Drawing group, click Arrange, and then do the following:Point to Align, and then do the following:Click Align Selected Objects.Click Distribute Horizontally.Click Align Middle.Under Group Objects, click Group.To reproduce the text effects on the slide, do the following:On the Insert tab, in the Text group, click TextBox, and then on the slide drag to draw your text box.Enter text in the text box, and then select the text. On the Home tab, in the Font group, do the following:Select Cambria from the Font list.Select 24 pt. from the FontSize list.Click Font Color and then click White, Background 1.Click Italic.To reproduce the animation effects on this slide, do the following:On the slide, select the group of circles. On the Animations tab, in the Advanced Animation group, click Add Animation, and then click More Entrance Effects. In the Add Entrance Effect dialog box, under Moderate, click Float In.Also on the Animations tab, in the Timing group, do the following:In the Start list, select After Previous.In the Duration box, enter 1.00 seconds.Also on the Animations tab, in the Animation group, click Effect Options, and then click Float Down.On the slide, select the text box. On the Animations tab, in the Advanced Animation group, click Add Animation, and then click More Entrance Effects. In the Add Entrance Effect dialog box, under Moderate, click Float In.Also on the Animations tab, in the Timing group, do the following:In the Start list, select With Previous.In the Duration box, enter 1.00 seconds.Also on the Animations tab, in the Animation group, click Effect Options, and then click Float Up.To reproduce the transition effects on this slide, do the following:On the Transitions tab, in the Transition to This Slide group, click More, and then click Ferris Wheel.Also on the Transitions tab, in the Transition to This Slide, click Effect Options, and then click From Right. Also on the Transitions tab, in the Timing group, do the following:Clear the On Mouse Click box.Select After, and then in the After box enter 4.00 seconds.To create the second and third slides, do the following:Select the slide. On the Home tab, in the Slides group, click the arrow below New Slide, and then click Duplicate Selected Slides. 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