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75 ANOS DE METODISMO AUTÔNOMO NO BRASIL
João Wesley Dornellas
No último dia 2 de setembro comemoramos os 75 anos de igreja autônoma. Aqui em nossa
Igreja de Vila Isabel, devido a celebração hoje dos 103 anos de organização da Sociedade de
Mulheres, vamos celebrar no próximo domingo, dia 11, um alegre e abençoado culto de
gratidão ao Senhor pelos 75 anos da Autonomia da Igreja Metodista no Brasilno dia. É tempo
de render muitas graças a Deus pelo que nossa Igreja tem feito e pelas vidas de todos aqueles
que, no passado, trabalharam muito para que nossa Igreja crescesse e obtivesse a
responsabilidade de ser autônoma. O século 20 encontrou a nossa igreja em franco progresso.
Em 1886 tínhamos deixado de ser missão para nos tornar a Igreja Metodista Episcopal do Sul.
O "Expositor Cristão" circulava 52 vezes por ano. Tínhamos igrejas nas cidades mais
importantes. Desde 1894 tínhamos a nossa Casa Publicadora, que passou, depois, a chamarse Imprensa Metodista. Para preparar os obreiros chamados para o ministério, foi criado um
curso teológico no Granbery, que se transformou na alma mater de alguns dos mais
expressivos nomes do metodismo brasileiro. Tínhamos também bons colégios e estávamos
plantando o metodismo em outras cidades estratégicas. Como conseqüência de tão operoso
trabalho, a igreja crescia. Em 1920 éramos 9.982 membros e, por ocasião da Autonomia, já
tínhamos crescido para 15.560. Da mesma forma, passamos de 177 escolas dominicais, com
8.176 alunos, para 323 escolas e 16.601 alunos. A Igreja era supervisionada por um dos bispos
da Igreja-Mãe que, infelizmente, não vinham aqui muito regularmente. De certa forma, a
maneira com que esses bispos presidiam nossa Igreja acabou sendo uma das grandes
motivações da Autonomia. Porque passavam aqui muito pouco tempo e nunca chegaram a
falar o nosso idioma, faltava comunicação. Normalmente, eles vinham para as conferências
(concílios) e se limitavam a visitar umas poucas igrejas. Em vista disto, muitos pastores já
aprovados para o diaconato ou presbiterado, acabavam não podendo ser consagrados. Houve
até o caso de um ministro ordenado numa viagem de trem... No interregno entre as viagens
episcopais, era bem difícil administrar a Igreja já que as questões importantes dependiam de
consulta epistolar, que demorava muito. A falta de agilidade na administração da Igreja, o
pequeno conhecimento dos problemas brasileiros pelos bispos americanos, a falta de
conversação deles com os pastores acabaram gerando certos descontentamentos que fizeram
certamente crescer a idéia e o sonho de uma igreja autônoma, dona do seu nariz. Outro motivo
para a Autonomia, foi a ausência de um órgão legislador para a Igreja. Nossas leis e nossa
organização já vinham prontas dos Estados Unidos. Por isto tínhamos uma estrutura muito
pesada, com muitos cargos e poucos recursos para exercê-los bem. O sustento próprio, como
se verá à frente, foi um dos grandes fatores de motivação dos brasileiros pela Autonomia,
especialmente por parte dos leigos. O Movimento Leigo A nossa Autonomia deve muito ao
Movimento Leigo, iniciado em 1911. Seu primeiro presidente foi Ataliba de Castro, da igreja de
Vila Isabel. Em 1915, ele foi substituído por Arino Ferreira de Moraes, de Juiz de Fora, que, em
1926, mediante eleição, devolveu a presidência a Ataliba. Esse Movimento Leigo, que tinha
como lema: "ninguém ocioso na Igreja", promoveu inúmeras reuniões, fazendo campanhas
bem agressivas pelo sustento próprio. O movimento alastrou-se por todo o Brasil metodista,
motivando reuniões, estudos e artigos que eram publicados no "Expositor". Por trás dos apelos
feitos estava bem clara a idéia da Autonomia Em 1924, na igreja do Brás em São Paulo, em
reunião promovida por seu pastor Guaracy Silveira, um grupo de pastores pede claramente a
Autonomia, cujo primeiro passo seria o sustento dos pregadores nacionais. A questão
começava a criar emoções novas. Naquele mesmo ano, Guaracy Silveira mostrava sua visão
nacionalista e apela enfaticamente: "Metodistas a postos! A Igreja e a Pátria esperam que cada
um cumpra o seu dever". Por sua vez, o futuro bispo César Dacorso Filho dizia: "seja o que for
que nos espera no futuro, a verdade é que, pouco a pouco, estágio por estágio, fase por fase, a
Igreja já provou que tem os méritos para protestar sua autonomia". O ano de 1926 foi muito
especial. A Igreja comemorou os 50 anos da chegada da missão Ransom e houve o primeiro
Congresso Geral dos Leigos. As reivindicações pela Autonomia tomam vulto. Uma comissão
brasileira esteve presente na Conferência Geral realizada no Tennessee. Não se conseguiu um
bispo residente mas passamos a ter conferências centrais, isto é, uma espécie de concílio
geral, apesar de suas limitações de poder. A Conferência Central se reuniu duas vezes, em
1927 e 1929. Em ambas, realizadas em São Paulo, as reivindicações de Autonomia tomaram
força e passaram a ser enfaticamente expostas. Os grandes líderes eram os pastores Guaracy
Silveira, César Dacorso Filho, José de Azevedo Guerra, Antônio de Campos Gonçalves,
Epaminondas Moura, Jorge Luiz Becker, Hugh C. Tucker, Paul E. Buyers, Walter Harvey Moore
e alguns outros, ao lado de leigos que tiveram também um papel muito importante. Alguns
missionários, no entanto, inclusive o bispo Cannon, se posicionaram contrariamente à
Autonomia na Conferência de 1927. O sonho realizado Finalmente, na Conferência central de
1929, o metodismo brasileiro pediu oficialmente a sua Autonomia à Igreja-Mãe, cuja
conferência geral seria realizada em Dallas, no Texas, no ano seguinte. As três conferências
brasileiras foram chamadas a pronunciar-se e também deram apoio à decisão. No memorial
dirigido à Igreja americana, era pedida a eleição de Tarboux como bispo do Brasil. Uma
comissão de três pastores e três leigos viajou aos Estados Unidos para entregar o pedido de
Autonomia. A Conferência Geral aprovou, ao mesmo tempo, a Autonomia das igrejas do Brasil,
México e Coréia. Infelizmente, por não termos suficiente lastro financeiro, o metodismo
brasileiro teria que suportar, durante longos anos, a convivência da Igreja-Mãe em suas
deliberações. Finalmente, aprovada a Autonomia, foram estabelecidas as bases em que ela se
tornaria realidade. Foi nomeada uma Comissão Constituinte, com cinco obreiros americanos e
15 da igreja brasileira, cinco de cada uma das conferências anuais, que se reuniram no dia 2
de setembro de 1930 para elaborar o texto da nossa Constituição. Naquela noite, no seu
templo, o bispo Edwin Dubose Mouzon subiu ao púlpito, na companhia de César Dacorso Filho
e Epaminondas Moura, e leu a proclamação da Autonomia e a Constituição da Igreja Metodista
do Brasil. Logo a seguir, subiu ao púlpito Guaracy Silveira, escolhido pelos brasileiros membros
da Comissão Constituinte, para recebê-la das mãos do bispo e presidir a primeira sessão do
Concílio Geral. No dia 4 de setembro de 1930 realizamos o sonho de ter um bispo. Para
demonstrar que não havia nenhuma hostilidade aos americanos, foi escolhido o Rev. John
William Tarboux, missionário que já havia se retirado do Brasil e vivia em Miami. Ele obteve 18
dos 29 votos, sendo eleito no primeiro escrutínio. Como ele não estava no Brasil, foi enviado
um cabograma e ele aceitou a escolha, com a data da consagração marcada para 12 de
outubro na Igreja do Catete, da qual já havia sido pastor. Ele foi consagrado por seus antigos
colegas de Missão, James L. Kennedy e Hugh C. Tucker, e outros ministros brasileiros. O culto
foi dirigido por Epaminondas Moura, com pregação de Afonso Romano Filho. Não havia bispo
para presidir a cerimônia. A escolha de Tarboux, que já havia se aposentado e retornado aos
Estados Unidos, até hoje ainda é motivo de curiosidade. Na realidade, ele tinha sido um dos
grandes heróis do trabalho metodista no Brasil. Apesar de ter decidido, por motivos de saúde, a
voltar à pátria logo depois do Concílio de 1934, foi reeleito por unanimidade. Nesse concílio, foi
eleito César Dacorso Filho, nosso primeiro bispo brasileiro, que assumiu sozinho a direção da
Igreja. Em 1938, Tarboux, foi reeleito mais uma vez, com 38 dos 39 votos. Faleceu em 2 de
maio de 1940. Finalmente, temos que dar muitas graças a Deus e, ao mesmo tempo, nos
preparar para os grandes desafios que hoje temos pela frente: crescer mais, plantar o
metodismo em milhares de cidades brasileiras que ainda não o conhecem e recuperar a nossa
identidade de doutrina e prática, que têm sido desgastadas pela influência de alguns
movimentos religiosos. Temos que resgatar o metodismo equilibrado na sua capacidade de
evitar, de um lado, o emocionalismo barato e desenfreado, que escandaliza e separa, e do
outro, o formalismo, a frieza religiosa e a religião sem frutos. E recuperar o ímpeto
evangelístico de João Wesley, que dizia que "nada temos a fazer a não ser salvar almas".

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75 anos Metodismo Brasil

  • 1. 75 ANOS DE METODISMO AUTÔNOMO NO BRASIL João Wesley Dornellas No último dia 2 de setembro comemoramos os 75 anos de igreja autônoma. Aqui em nossa Igreja de Vila Isabel, devido a celebração hoje dos 103 anos de organização da Sociedade de Mulheres, vamos celebrar no próximo domingo, dia 11, um alegre e abençoado culto de gratidão ao Senhor pelos 75 anos da Autonomia da Igreja Metodista no Brasilno dia. É tempo de render muitas graças a Deus pelo que nossa Igreja tem feito e pelas vidas de todos aqueles que, no passado, trabalharam muito para que nossa Igreja crescesse e obtivesse a responsabilidade de ser autônoma. O século 20 encontrou a nossa igreja em franco progresso. Em 1886 tínhamos deixado de ser missão para nos tornar a Igreja Metodista Episcopal do Sul. O "Expositor Cristão" circulava 52 vezes por ano. Tínhamos igrejas nas cidades mais importantes. Desde 1894 tínhamos a nossa Casa Publicadora, que passou, depois, a chamarse Imprensa Metodista. Para preparar os obreiros chamados para o ministério, foi criado um curso teológico no Granbery, que se transformou na alma mater de alguns dos mais expressivos nomes do metodismo brasileiro. Tínhamos também bons colégios e estávamos plantando o metodismo em outras cidades estratégicas. Como conseqüência de tão operoso trabalho, a igreja crescia. Em 1920 éramos 9.982 membros e, por ocasião da Autonomia, já tínhamos crescido para 15.560. Da mesma forma, passamos de 177 escolas dominicais, com 8.176 alunos, para 323 escolas e 16.601 alunos. A Igreja era supervisionada por um dos bispos da Igreja-Mãe que, infelizmente, não vinham aqui muito regularmente. De certa forma, a maneira com que esses bispos presidiam nossa Igreja acabou sendo uma das grandes motivações da Autonomia. Porque passavam aqui muito pouco tempo e nunca chegaram a falar o nosso idioma, faltava comunicação. Normalmente, eles vinham para as conferências (concílios) e se limitavam a visitar umas poucas igrejas. Em vista disto, muitos pastores já aprovados para o diaconato ou presbiterado, acabavam não podendo ser consagrados. Houve até o caso de um ministro ordenado numa viagem de trem... No interregno entre as viagens episcopais, era bem difícil administrar a Igreja já que as questões importantes dependiam de consulta epistolar, que demorava muito. A falta de agilidade na administração da Igreja, o pequeno conhecimento dos problemas brasileiros pelos bispos americanos, a falta de conversação deles com os pastores acabaram gerando certos descontentamentos que fizeram certamente crescer a idéia e o sonho de uma igreja autônoma, dona do seu nariz. Outro motivo para a Autonomia, foi a ausência de um órgão legislador para a Igreja. Nossas leis e nossa organização já vinham prontas dos Estados Unidos. Por isto tínhamos uma estrutura muito pesada, com muitos cargos e poucos recursos para exercê-los bem. O sustento próprio, como se verá à frente, foi um dos grandes fatores de motivação dos brasileiros pela Autonomia, especialmente por parte dos leigos. O Movimento Leigo A nossa Autonomia deve muito ao Movimento Leigo, iniciado em 1911. Seu primeiro presidente foi Ataliba de Castro, da igreja de Vila Isabel. Em 1915, ele foi substituído por Arino Ferreira de Moraes, de Juiz de Fora, que, em 1926, mediante eleição, devolveu a presidência a Ataliba. Esse Movimento Leigo, que tinha como lema: "ninguém ocioso na Igreja", promoveu inúmeras reuniões, fazendo campanhas bem agressivas pelo sustento próprio. O movimento alastrou-se por todo o Brasil metodista, motivando reuniões, estudos e artigos que eram publicados no "Expositor". Por trás dos apelos feitos estava bem clara a idéia da Autonomia Em 1924, na igreja do Brás em São Paulo, em reunião promovida por seu pastor Guaracy Silveira, um grupo de pastores pede claramente a Autonomia, cujo primeiro passo seria o sustento dos pregadores nacionais. A questão começava a criar emoções novas. Naquele mesmo ano, Guaracy Silveira mostrava sua visão nacionalista e apela enfaticamente: "Metodistas a postos! A Igreja e a Pátria esperam que cada um cumpra o seu dever". Por sua vez, o futuro bispo César Dacorso Filho dizia: "seja o que for que nos espera no futuro, a verdade é que, pouco a pouco, estágio por estágio, fase por fase, a Igreja já provou que tem os méritos para protestar sua autonomia". O ano de 1926 foi muito especial. A Igreja comemorou os 50 anos da chegada da missão Ransom e houve o primeiro Congresso Geral dos Leigos. As reivindicações pela Autonomia tomam vulto. Uma comissão brasileira esteve presente na Conferência Geral realizada no Tennessee. Não se conseguiu um bispo residente mas passamos a ter conferências centrais, isto é, uma espécie de concílio geral, apesar de suas limitações de poder. A Conferência Central se reuniu duas vezes, em 1927 e 1929. Em ambas, realizadas em São Paulo, as reivindicações de Autonomia tomaram força e passaram a ser enfaticamente expostas. Os grandes líderes eram os pastores Guaracy Silveira, César Dacorso Filho, José de Azevedo Guerra, Antônio de Campos Gonçalves, Epaminondas Moura, Jorge Luiz Becker, Hugh C. Tucker, Paul E. Buyers, Walter Harvey Moore
  • 2. e alguns outros, ao lado de leigos que tiveram também um papel muito importante. Alguns missionários, no entanto, inclusive o bispo Cannon, se posicionaram contrariamente à Autonomia na Conferência de 1927. O sonho realizado Finalmente, na Conferência central de 1929, o metodismo brasileiro pediu oficialmente a sua Autonomia à Igreja-Mãe, cuja conferência geral seria realizada em Dallas, no Texas, no ano seguinte. As três conferências brasileiras foram chamadas a pronunciar-se e também deram apoio à decisão. No memorial dirigido à Igreja americana, era pedida a eleição de Tarboux como bispo do Brasil. Uma comissão de três pastores e três leigos viajou aos Estados Unidos para entregar o pedido de Autonomia. A Conferência Geral aprovou, ao mesmo tempo, a Autonomia das igrejas do Brasil, México e Coréia. Infelizmente, por não termos suficiente lastro financeiro, o metodismo brasileiro teria que suportar, durante longos anos, a convivência da Igreja-Mãe em suas deliberações. Finalmente, aprovada a Autonomia, foram estabelecidas as bases em que ela se tornaria realidade. Foi nomeada uma Comissão Constituinte, com cinco obreiros americanos e 15 da igreja brasileira, cinco de cada uma das conferências anuais, que se reuniram no dia 2 de setembro de 1930 para elaborar o texto da nossa Constituição. Naquela noite, no seu templo, o bispo Edwin Dubose Mouzon subiu ao púlpito, na companhia de César Dacorso Filho e Epaminondas Moura, e leu a proclamação da Autonomia e a Constituição da Igreja Metodista do Brasil. Logo a seguir, subiu ao púlpito Guaracy Silveira, escolhido pelos brasileiros membros da Comissão Constituinte, para recebê-la das mãos do bispo e presidir a primeira sessão do Concílio Geral. No dia 4 de setembro de 1930 realizamos o sonho de ter um bispo. Para demonstrar que não havia nenhuma hostilidade aos americanos, foi escolhido o Rev. John William Tarboux, missionário que já havia se retirado do Brasil e vivia em Miami. Ele obteve 18 dos 29 votos, sendo eleito no primeiro escrutínio. Como ele não estava no Brasil, foi enviado um cabograma e ele aceitou a escolha, com a data da consagração marcada para 12 de outubro na Igreja do Catete, da qual já havia sido pastor. Ele foi consagrado por seus antigos colegas de Missão, James L. Kennedy e Hugh C. Tucker, e outros ministros brasileiros. O culto foi dirigido por Epaminondas Moura, com pregação de Afonso Romano Filho. Não havia bispo para presidir a cerimônia. A escolha de Tarboux, que já havia se aposentado e retornado aos Estados Unidos, até hoje ainda é motivo de curiosidade. Na realidade, ele tinha sido um dos grandes heróis do trabalho metodista no Brasil. Apesar de ter decidido, por motivos de saúde, a voltar à pátria logo depois do Concílio de 1934, foi reeleito por unanimidade. Nesse concílio, foi eleito César Dacorso Filho, nosso primeiro bispo brasileiro, que assumiu sozinho a direção da Igreja. Em 1938, Tarboux, foi reeleito mais uma vez, com 38 dos 39 votos. Faleceu em 2 de maio de 1940. Finalmente, temos que dar muitas graças a Deus e, ao mesmo tempo, nos preparar para os grandes desafios que hoje temos pela frente: crescer mais, plantar o metodismo em milhares de cidades brasileiras que ainda não o conhecem e recuperar a nossa identidade de doutrina e prática, que têm sido desgastadas pela influência de alguns movimentos religiosos. Temos que resgatar o metodismo equilibrado na sua capacidade de evitar, de um lado, o emocionalismo barato e desenfreado, que escandaliza e separa, e do outro, o formalismo, a frieza religiosa e a religião sem frutos. E recuperar o ímpeto evangelístico de João Wesley, que dizia que "nada temos a fazer a não ser salvar almas".