Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Apresentação sobre economia brasileira, de Carlos Thadeu, da CNC, na Fecomercio PE
1. Carlos Thadeu de Freitas Gomes
Recife, 4 de setembro de 2014
Conjuntura econômica atual e seus reflexos no desempenho do varejo: análise e perspectivas
2. Cenário externo:
•EUA:
–Crescimento mais sustentado, com recuperação do mercado de trabalho.
–Perspectiva de normalização da política monetária mais rápido que o esperado.
•Europa:
–Heterogeneidade da recuperação entre os países da Europa e do Euro.
–Dilema da Zona do Euro: risco ainda substancial de deflação e atividade ainda fraca vs. moeda mais forte.
–Japanização da dívida europeia: redução dos prêmios de risco sem os ajustes necessários .
–Moderação da atividade econômica na região aumenta a probabilidade de uma nova rodada de alívio monetário a ser adotada pelo Banco Central Europeu.
–Essa recente frustração com o desempenho da economia europeia, em grande medida, está refletindo as tensões que ainda persistem na Ucrânia, que impactam a confiança e as exportações.
–Ao mesmo tempo, a retomada do mercado de trabalho segue bastante lenta, limitando a expansão da demanda doméstica.
•China:
–Desaceleração e incertezas relacionadas à transição do modelo de crescimento econômico.
–Os índices PMIs da indústria de transformação mostraram queda na passagem de julho para agosto, sugerindo alguma moderação da atividade econômica no período, após expressiva recuperação no segundo trimestre.
–De modo geral, esses resultados sugerem que a recuperação da economia chinesa segue frágil e reflete a desaceleração do setor imobiliário, ainda bastante dependente de estímulos.
3. EUA: Economia se recupera e o ajuste monetário se aproxima
Jul/14
6,2
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
jan-00
dez-00
nov-01
out-02
set-03
ago-04
jul-05
jun-06
mai-07
abr-08
mar-09
fev-10
jan-11
dez-11
nov-12
out-13
Taxa de Desemprego (%)
Taxa de desemprego -
EUA (%)
Média histórica (5,8%)
10000
11000
12000
13000
14000
15000
16000
17000
18000
jan-00
jan-01
jan-02
jan-03
jan-04
jan-05
jan-06
jan-07
jan-08
jan-09
jan-10
jan-11
jan-12
jan-13
jan-14
PIB EUA x PIB potencial
PIB a preços de 2009 - Com ajuste
sazonal
PIB potencial a preços de 2009
8,0%
4,7%
Fonte: Fred – Federal Reserve St. Louis.
4. Índice Dollar spot Bloomberg O índice Dollar spot Bloomberg monitora o desempenho de uma cesta das dez principais moedas mundiais em relação ao dólar americano.
Fonte: Bloomberg
900
920
940
960
980
1000
1020
1040
1060
julho-10
julho-11
julho-12
julho-13
julho-14
6. Retorno à vista das moedas % acumulado no ano
Fonte: Bloomberg
O Real é a moeda com maior variação dentre os emergentes.
-22,13
-10,46
-1,51
-3,96
0,03
-1,63
0,49
0,55
0,5
0,95
1,18
6,44
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
Peso argentino
Peso chileno
Renminbi chinês
Euro
Rand sul-africano
Novo Soles(Peru)
Peso mexicano
Lira turca
Iene
Libra esterlina
Peso colombiano
Real
7. Retorno dos juros % acumulado no ano
Fonte: Bloomberg
Gráfico referente a uma aplicação teórica de janeiro a agosto de 2014. A taxa de juros brasileira é a que tem o maior retorno
0,04
0,15
0,34
1,26
1,94
2,28
2,67
2,72
3,7
5,81
6,97
7,22
0,00%
100,00%
200,00%
300,00%
400,00%
500,00%
600,00%
700,00%
800,00%
Iene
Euro
Libra esterlina
Renminbi chinês
Peso mexicano
Peso colombiano
Peso chileno
Novo Soles(Peru)
Rand sul-africano
Rublo russo
Lira turca
Real
8. Cenário interno
•Crescimento
–Mesmo após o retorno às condições normais no pós-Copa, a atividade econômica ainda não mostrou sinais convincentes de recuperação.
–A recessão por que passa a economia brasileira - confirmada pela divulgação do segundo trimestre consecutivo de queda no Produto Interno Bruto (PIB) – deverá ter reflexos sobre a atividade além de 2014.
–A queda do PIB foi muito influenciada pelo investimento, pois a formação bruta de capital fixo caiu expressivos 5,3% no 2ºT, a quarta queda seguida, segundo dados divulgados pelo IBGE.
•Câmbio
–No curto prazo, o Banco Central deverá continuar a ajustar a rolagem dos swaps cambiais de forma a evitar movimentos bruscos no mercado de câmbio.
–O aumento das taxa de juros nos EUA e a situação do balanço de pagamentos do país devem pressionar por maior depreciação cambial até o final do ano.
9. •Inflação
–Produtos agrícolas tem contribuído para desacelerar o ritmo de alta dos preços.
–Queda recente nos alimentos traz alívio temporário.
•Mercado de trabalho
–Continua a apresentar contrastes entre seus diferentes termômetros. O CAGED teve o pior resultado para o mês julho desde 1999, com crescimento de cerca de 11,8 mil empregos formais.
–No entanto, os resultados da PME, restritos a quatro regiões metropolitanas devido à greve do IBGE, mostram a menor taxa de desemprego de julho da série histórica: 4,5%, a mesma de junho.
•Contas públicas
–O superávit primário segue em queda. O resultado convencional acumulado em doze meses recuou de 1,4% do PIB em junho para 1,2% em julho.
–A dívida líquida do setor público subiu de 34,9% do PIB em junho para 35,1% em julho. No acumulado no ano, a dívida líquida subiu 1,5 ponto percentual do PIB.
Cenário interno
10. -4,0
-3,5
-3,0
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
jan/04
jun/04
nov/04
abr/05
set/05
fev/06
jul/06
dez/06
mai/07
out/07
mar/08
ago/08
jan/09
jun/09
nov/09
abr/10
set/10
fev/11
jul/11
dez/11
mai/12
out/12
mar/13
ago/13
jan/14
jun/14
nov/14
Transações Correntes/ PIB em 12 meses (%)
Fonte: Banco Central do Brasil
Desequilíbrios macro: déficit em conta corrente
11. 0
1
2
3
4
5
6
7
nov/02
abr/03
set/03
fev/04
jul/04
dez/04
mai/05
out/05
mar/06
ago/06
jan/07
jun/07
nov/07
abr/08
set/08
fev/09
jul/09
dez/09
mai/10
out/10
mar/11
ago/11
jan/12
jun/12
nov/12
abr/13
set/13
fev/14
jul/14
Resultado Primário e Nominal – Setor público consolidado
Déficit Nominal do Setor público consolidado acumulado em 12 meses/ PIB - %
Resultado primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses/ PIB - %
Fonte: Banco Central do Brasil.
Desequilíbrios macro: Necessidade de financiamento público
14. -2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
PIB Total, Serviços e Consumo das Famílias
SERVIÇOS
PIB total
Consumo das Famílias
Fonte: IBGE
Consumo desacelera para o menor nível desde 2003
15. -10,0%
-8,0%
-6,0%
-4,0%
-2,0%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
fev/04
jun/04
out/04
fev/05
jun/05
out/05
fev/06
jun/06
out/06
fev/07
jun/07
out/07
fev/08
jun/08
out/08
fev/09
jun/09
out/09
fev/10
jun/10
out/10
fev/11
jun/11
out/11
fev/12
jun/12
out/12
fev/13
jun/13
out/13
fev/14
jun/14
Massa de rendimentos
Massa de rendimentos ajustada (86%)
Massa de rendimentos Total
Fonte: IBGE
Condicionantes da demanda interna: massa de renda real (emprego, salários e preços)
16. 0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
mar/08
jun/08
set/08
dez/08
mar/09
jun/09
set/09
dez/09
mar/10
jun/10
set/10
dez/10
mar/11
jun/11
set/11
dez/11
mar/12
jun/12
set/12
dez/12
mar/13
jun/13
set/13
dez/13
mar/14
jun/14
Recursos livres - Pessoas físicas - Var.% anual
Recursos direcionados - Pessoas físicas - Var.% anual
Fonte: Banco Central do Brasil
Condicionantes da demanda interna: crédito às famílias
17. 30
32
34
36
38
40
42
44
mar/11
jun/11
set/11
dez/11
mar/12
jun/12
set/12
dez/12
mar/13
jun/13
set/13
dez/13
mar/14
jun/14
Taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Total - % a.a.
42
43
44
45
46
47
48
49
mar/11
jun/11
set/11
dez/11
mar/12
jun/12
set/12
dez/12
mar/13
jun/13
set/13
dez/13
mar/14
jun/14
Prazo médio das concessões de crédito com recursos livres - Pessoas físicas - Total - Meses
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
jan/05
ago/05
mar/06
out/06
mai/07
dez/07
jul/08
fev/09
set/09
abr/10
nov/10
jun/11
jan/12
ago/12
mar/13
out/13
Endividamento
10
12
14
16
18
20
22
24
jan/05
ago/…
mar/…
out/06
mai/…
dez/…
jul/08
fev/09
set/09
abr/10
nov/…
jun/11
jan/12
ago/…
mar/…
out/13
Comprometimento de renda
Fonte: Banco Central do Brasil
Endividamento e condições de crédito
19. Perspectivas para 2014 e 2015
•Economia quase estagnada.
–Taxas de juros altas.
–Vendas fracas.
–Inflação ainda elevada.
–Dólar em ascensão.
•Consequências:
•Não acumular estoques desnecessários dado que para carregá-los custa muito caro, além do custo de oportunidade de tirar proveito dos juros altos no mercado de capitais.