Secretaria Municipal da Educação de Marília - SP
Curso: "O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL"
Professora Doutora - Silvana Paulina de Souza
Audição da música “Take on me”
-A-Há
Leitura do livro
“Não é uma caixa” -Antoniette
Portis
SOBRE O CURSO
Carga horária: 30 horas.
Público alvo: professores de EMEI, EMEF e
EMEFEI.
Horário: das 18h00 às 21h00
Dias: 14, 28 de abril; 05, 12,19 e 26 de
maio; 02, 09 e 16 de junho.
Frequência necessária: 75%
Faltas permitidas: 3
Obs.:
1. Personalizar os cadernos e pastas.
2. Enviaremos por e-mail às escolas os textos,
os slides, as gravuras e demais materiais
digitais utilizados durante o curso.
3. Proposta de fechamento do curso – Excursão
à São Paulo para visita ao Masp e ao Teatro
Municipal. Fazer o levantamento de quantas
pessoas gostariam/poderiam ir. Prever o dia: um
sábado de junho ou um dia de semana do
recesso?
• OBJETIVOS GERAIS DO CURSO
- aproximar as realidades de EMEI e EMEF,
pensando as possibilidades das crianças no contato
com a arte e as mediações possíveis;
- oferecer condições para a vivência artística dos
educadores incluindo as dimensões: apreciar/
fruição estética, refletir e fazer/ criação/ produção a
fim de que se recupere a dimensão inventiva e
descobridora, pois só desta forma é possível ofertar
às crianças possibilidades para a ampliação de sua
sensibilidade, cognição e afeto;
- proporcionar atividades de apreciação, análise, leitura e
releitura de obras, na perspectiva de que é por meio do outro
que eu me construo, através da produção do outro que eu
construo a minha;
- proporcionar aos educadores o contato com “máximas
possibilidades artísticas”, o que deve ser feito também com as
crianças na escola, ampliando o repertório e possibilitando a
criação da “necessidade da arte”;
- promover reflexões sobre a prática dos educadores e oferecer
elementos para a superação dos “automatismos pedagógicos”;
- atender à solicitação dos professores de EMEI e EMEF de
cursos nessa área.
Manet inscreveu “Almoço na Relva” no Salão dos
Artistas Franceses, em Paris, em 1863, porém a obra foi
recusada, devido a perfil conservador do salão. Mas
Almoço na Relva foi exposto no Salão dos Recusados,
destinado às obras recusadas no salão oficial.
• A obra que observamos permite que
perpassemos pelas diferentes épocas da
história da arte, suas modificações e
adaptações ao longo do tempo.
• Os diferentes processos permitiram a produção
de um novo discurso em cima de um discurso
prévio (Roland Barthes).
“A releitura não é uma „homenagem‟ à
verdade do passado, mas a construção
inteligente do presente, pois ela não tem
como fim revelar o sentido da primeira
obra, mas produzir uma nova estrutura que
transmita novos sentidos”
(Maria Lúcia Kern para o museu de arte do Rio Grande do Sul).
LEITURA E RELEITURA
• Na educação da criança a releitura permite que ela
entre em contato com a arte e expresse seus
sentimentos, medos e frustrações.
• Na leitura da imagem de uma obra de arte, ocorre a
percepção dos seus elementos compositivos, da sua
estruturação formal e da temática desenvolvida pelo
artista.
Na releitura é possível conhecer
obras de arte em profundidade e, ao
mesmo tempo, usar ao máximo a
criatividade ao tentar recriá-las.
O que é constante nas obras do artista
• Deve-se ressaltar que a modificação inserida
pela releitura é apenas parcial, a constante que
dá identidade à obra é preservada.
• A releitura sempre carrega consigo a
lembrança do seu precedente.
• O artista que fará a releitura, escolhe os
aspectos a serem mantidos.
LEITURA DE OBRA DE ARTE
Arte - é preciso ensinar
a ler textos sem
palavras
• Para explorar fotografias, pinturas, ilustrações e charges, é
preciso saber a gramática própria que rege a linguagem visual
e contextualizar as condições de produção de cada obra
estudada.
• Os grafites nas ruas, os comerciais da TV e as pinturas em
livros e obras de arte são formados por sinais que precisam
ser decodificados, lidos, para serem compreendidos.
• A regra geral de boa parte das escolas é colocar os alunos para
produzir sem que eles tenham um conhecimento adequado das
obras artísticas.
• A ansiedade para pôr a mão na massa, faz surgir atividades
sem nenhuma contextualização.
As expressões artísticas possuem
características próprias, que precisam
ser discutidas com a turma para que as
obras sejam realmente lidas e não
"adivinhadas“.
A clássica atividade de mostrar um
quadro e mandar, logo de cara, a
pergunta "o que o artista quis dizer?".
Um mergulho mais profundo deve ser realizado
nas descrições (a desconstrução da imagem),
análise (a investigação sobre os meios
utilizados) e interpretação (hipóteses sobre o
significado da obra, considerando a vida do
artista e as condições em que a obra foi
produzida, ou seja, as informações de
contexto).
Para iniciar o trabalho de análise da obra:
Obs.: Não falar sobre o artista antes e não perguntar o que o artista quis dizer
com a obra.
Após questionamento:
• Apresentar o contexto de produção da pintura;
• Falar sobre o artista;
• Apresentar mais obras do artista;
• Se for adequado, falar sobre o movimento
artístico;
• Em que época da história da arte essa obra foi
produzida?
Pintor Surrealista, Miró, trabalha com
imagens que parecem vir do mundo
dos sonhos, com tendência abstrata, –
não se compreende muito bem as
formas. Seus trabalhos de arte são
muitas vezes brincalhão, espontâneo e
do mundo dos sonhos. Obras de arte
são muito simples e cheio de cores
brilhantes.
• Com aparente simplicidade que assemelha a produção
de uma criança, sua maneira rica e própria de
interpretar o mundo. Sua forma expressiva de utilizar
os símbolos preenche completamente grande parte dos
seus quadros, onde tudo é mostrado unicamente através
de traços e símbolos, elementos riquíssimos presente
nas crianças.
• Para compreender Miró é preciso imaginação e
criatividade.
• Para compreender o mundo e as coisas do mundo é
preciso que se mobilize seus conhecimentos e crie,
principalmente, se estivermos falando de arte sem
limites e sem regras universais. Seus trabalhos são
mágicos e únicos. Ele conseguiu criar outro mundo de
formas em seus desenhos, totalmente desvinculados do
mundo real, com grande talento e imaginação.
Miró valorizava o desenho das crianças
por serem livres e verdadeiramente
criativas, por isso fazia desenhos
parecidos com desenhos de crianças.
Valorizando as produções infantis,
valorizamos o ser humano que aprende
a interpretar e observar tudo ao seu
redor.
• O artista nasceu no dia 20 de abril de 1893, na
Espanha. Miro estudou arte na Escola de Belas
Artes, em La Llotja na academia de Francisco
Gali em Barcelona, na Espanha.
• Em 1919, Miro viajou para Paris, que era então
o mundo da arte. Ele era amigo de Pablo
Picasso e Max Ernst. É onde Miro desenvolveu
estilo único, que mais tarde o tornou famoso.
Miro viveu até aos 90 anos de idade. Faleceu
em 25 de dezembro de 1983.
INSTALAÇÃO
É uma forma de manifestação artística
contemporânea, ligada as artes plásticas, e se
caracteriza por elementos organizados em um
ambiente e o espectador participa da obra.
Uma instalação pode ser multimídia e provocar
sensações: táteis, térmicas, odoríficas, auditivas,
visuais entre outras.
Onde montar uma instalação na escola:
um quadro com cabos de vassoura,
quadro, biombo, batente da porta para a
delimitação de espaço.
Materiais para composição:
tecidos, linhas e outros materiais.
ESCULTURAS
A arte de moldar ou talhar determinados materiais
como, por exemplo, madeira, argila (barro), pedra,
metais, entre outros.
Por meio de técnicas, como: a cinzelação, entalhe, a
fundição e a moldagem o artista cria volumes, formas e
define espaços numa escultura.
Cincelação é a escultura em pedra para alcançar a
formação de objetos em três dimensões.
O entalhe é a arte de cortar ou entalhar a madeira.
COLAGEM
Composição montada a partir do uso de
materiais de uma única textura, ou de diversas,
superpostas ou colocadas lado a lado, na criação
de uma imagem.