O documento discute a ética e sua definição filosófica ao longo da história, desde os gregos até pensadores modernos. Aborda como Sócrates, Platão, Aristóteles, Kant e outros debateram o tema e desenvolveram ideias sobre virtudes e dever moral. Explica também a diferença entre ética e moral.
1. ESBOÇO DE ARTIGO CIENTÍFICO
LIVRO: O QUE É ÉTICA
AUTOR: ÁLVARO L. M. VALLS
Disciplina: Legislação e Ética no Jornalismo
Prof(a). : Vânia Tajra
Aluno: Raimundo Machado
FA7 – Jornalismo - Manhã
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2. A ética pode ser refletida de forma científica ou filosófica e, em muitos casos,
até como uma ciência teológica afirma Valls. De forma mais abrangente, podemos
considerar a palavra em questão como: o estudo das ações ou costumes de uma
sociedade.
“A ética não seria por si só uma simples listagem das convenções sociais
provisórias? Não seria nada mais do que um comportamento adequado aos costumes
vigentes, e enquanto vigentes, isto é, enquanto estes costumes tivessem força para
coagir moralmente, o que aqui quer dizer, socialmente.” (Valls, Álvaro – O que é ética –
pág. 10).
Os valores e as condutas das pessoas vão mudando constantemente. Max Weber,
pensador alemão do início do nosso século, mostra que a ética não era, em todo caso,
simples, clara e acessível para todos. Isso em relação, principalmente, a ética religiosa.
“Embora os gregos não gostassem dos questionamentos, Sócrates foi chamado,
muitos séculos depois, “o fundador da moral”, porque a sua ética (e a palavra moral é
sinônimo de ética, acentuando talvez apenas o aspecto de interiorização das normas)
não se baseava simplesmente nos costumes do povo e dos ancestrais, assim como nas
leis exteriores, mas sim na convicção pessoal, adquirida através de um processo de
consulta aos seu “demônio interior” (como ele dizia), na tentativa de compreender a
justiça das leis.” (Valls, Álvaro – O que é ética – pág. 17)
Outro pensador veio a acrescentar e estudar as formas de compreensão deste
termo em específico. Trata-se do estudioso Kant, em que dizia que uma ética se
prevalece através da igualdade fundamental entre os homens. Este era um crítico que
acreditava na ideia de que a moralidade deve ser única e racional para todos.
Segundo Kant, a moral é a racionalidade do sujeito, portanto ele age de acordo
com o dever e somente por respeito ao dever: porque é dever, e o único motivo válido
da ação moral.
Platão e Aristóteles entre os anos 500 e 300 a.C, desenvolveram muitas ideias
relacionadas a este campo de pesquisa. O contexto religioso é onde podemos encontrar
o nascer de muitas ideias éticas.
Para o Platão, Deus é a medida de todas as coisas. Para ele, as principais virtudes
são as seguintes:
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3. Ø “Justiça (dike), a virtude geral, que ordena e harmoniza, e assim nos
assemelha ao invisível, divino, imoral e sábio.
Ø Prudência ou sabedoria é a virtude própria da alma racional, a
racionalidade como o divino homem: orientar-se para os bens divinos.
Esta virtude, que para Platão equivale à vida filosófica como uma música
mais elevada, é aquela que põe ordem, também, nos nossos pensamentos.
Ø Fortaleza ou valor (andreia) é a que faz com que as paixões mais nobres
predominem, e que o prazer se subordine ao dever;
Ø Temperança (sofrosine) é a virtude da serenidade, equivalente ao
autodomínio, à harmonia individual.
(Valls, Álvaro – O que é ética – pág. 27)
A ética aristotélica é finalista e eudemonista, quer dizer, marcada pelos fins que
devem ser alcançados para que atinja a felicidade.
Segundo Aristóteles, as virtudes são importantes para o viver racionalmente.
Para ele, a felicidade verdadeira é conquistada pela virtude. Sendo esta virtude uma
espécie de segunda natureza adquirida pela razão livre.
O autor também aborda questões relacionadas a outras tendências que, por si só,
conseguiram ser difundidas como, podemos citar, o pragmatismo. Onde, de certo modo,
ele quer questionar que, em muitas situações, resultados teóricos são concluídos com
experiências, aliás, resultados do tipo prático. É nesse processo que, segundo Valls, os
humanos conseguem entrar, digamos assim, em uma estabilidade profissional e, por que
não ético.
A consciência moral é um processo que, conforme Valls exemplifica, deve ou,
pelo menos, deveria ser uma espécie de critério a ser levado como imediato. Com esse
pensamento, este diz que devemos agir com nossa própria consciência. O ego é algo
particular, mas a ética deve ser vista como algo coletivo. Ele até deixa uma pergunta em
questão para nível de reflexão, trata-se exatamente sobre o que seria ideal para nós,
entenda-se como cidadãos, podermos se tornar dignos de respeito e termos uma vida
ética.
Hoje em dia, os grandes problemas da ética se encontram em três da eticidade
(família, sociedade civil e Estado), e uma ética concreta não pode ignorá-los. Segundo
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4. Hegel, as figuras tradicionais, paterna e materna, sofreram transformações histórico-
sociais que exigem hoje reformulações nas doutrinas tradicionais éticas sobre o
relacionamento dos pais com os filhos.
Em relação à sociedade civil, continua a forma histórica da sociedade burguesa,
ou seja, os problemas atuais ainda referem-se ao trabalho e a propriedade.
“Em relação ao Estado, os problemas éticos são muito ricos e complexos. A
ética política revisou, entre outros, os ideais de um cosmopolitismo indeterminado de
um Kant, e soube reconhecer as análises de um Hegel a respeito do significado da
nacionalidade e da organização estatal como o ápice do edifício da liberdade. A
liberdade do indivíduo só e completa como liberdade do cidadão de um Estado livre e
de direito.”
Acredito que, o autor tem o intuito demonstrar e deixar claro um posicionamento
o qual deve ser refletido e analisado cuidadosamente. Já que em muitos casos deixamos
de ser éticos, para podermos conseguir uma notícia. Os jornalistas que tem uma mente
apurada, costumam em muitas situações, fazer algo que, na opinião dele, é correto mas
que, para uma sociedade como a nossa, pode (aquela situação) ser vista como
desrespeitosa. Logo, fica o questionamento: até que ponto, somos levados a sério e
merecemos ganhar créditos?
Em determinado período do texto, o autor comenta que sermos ético é também,
termos liberdade de expressar nossos sentimentos e os fatos de uma maneira verídica e
sem que agrida a moral, a privacidade e até mesmo, os aspectos sociais e culturais de
certo ser ou instituição.
Ser ético nem sempre significa ser responsável. Até porque muitas vezes, um
responsável deixa de levar a sério a questão ideológica ou o aspecto temperamental de
determinada pessoa. Pois o determinismo e o ato de ser responsável, segundo diz Valls,
é algo completo e que muitas vezes vem de forma automática. A pessoa torna-se
responsável e com capacidade de ministrar sua ética, a partir do momento em que ela
consegue enxergar os métodos de ação e do modo de agir de cada ser.
Os idealistas subjetivos procuravam que qualquer sujeito por mais puro que ele
fosse, deveria ser somente racional, infinito e livre. Porém, sabemos que nos dias atuais
não é bem assim. Um ser livre, não significa exatamente que ele tenha a capacidade de
falar o que quer, na hora que quer e, no momento que em bem entender. É necessário ter
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5. um pequeno tempo, digamos assim, para uma autocrítica e compreensão daquilo que
este irá expor em nível de acabar tornando suas palavras, algo que podemos chamar de
público aos demais. Liberdade nem sempre significa estar apto a escrever o que pensa.
É necessário, portanto, a ponderação.
Em resumo, podemos finalizar este texto e definir ambos os termos estudos:
ética e moral, através da seguinte citação:
“Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em
sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo
cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo
anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.
Já a palavra Ética, Motta (1984), defini como um “conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive,
garantindo, igualmente, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem
deve se comportar no seu meio social.
(FIRMINO, THIAGO – COLA DA WEB, - SEÇÃO DE FILOSOFIA)
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