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João Cabral de Melo 
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– dois afluentes poéticos: 
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Um galo sozinho não tece uma manhã: 
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E se encorpando em tela, entre todos, 
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Morte e Vida Severina, auto de 
natal pernambucano 
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Trajetória do Severino: 
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O meu nome é Severino, 
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vê-la brotar como há pouco 
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mesmo quando é uma explosão 
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João Cabral de Melo Neto e a poesia do Nordeste

  • 1. João Cabral de Melo Neto 3.ª GERAÇÃO DO MODERNISMO NO BRASIL rafabebum.blogspot.com
  • 3. rafabebum.blogspot.com – dois afluentes poéticos: poesia-construção (preocupação com a forma) e poesia-participação (preocupação social) Esta folha branca me proscreve o sonho, me incita ao verso nítido e preciso.
  • 4. rafabebum.blogspot.com Não a forma encontrada como uma concha, perdida nos frouxos areais como cabelos; não a forma obtida em lance santo ou raro, tiro nas lebres de vidro do invisível; mas a forma atingida como a ponta do novelo que a atenção, lenta, desenrola, aranha; como o mais extremo desse fio frágil, que se rompe ao peso, sempre, das mãos enormes.
  • 5. rafabebum.blogspot.com – João Cabral: o poeta-engenheiro – linguagem seca, agressiva – pratica o antilirismo Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos.
  • 6. rafabebum.blogspot.com E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão. – obra: O Engenheiro, Psicologia da Composição, O Cão sem Plumas, O Rio, A Educação Pela Pedra
  • 7. rafabebum.blogspot.com Uma educação pela pedra: por lições; Para aprender da pedra, frequentá-la; Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada; A de poética, sua carnadura concreta; A de economia, seu adensar-se compacta: Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma.
  • 8. rafabebum.blogspot.com – duas imagens: a pedra (referência à poesia compacta e à aridez do sertão do NE) o rio (anseio do sertanejo nordestino)
  • 10. rafabebum.blogspot.com Morte e Vida Severina, auto de natal pernambucano sertão → agreste → zona da mata → litoral Trajetória do Severino: rio Capibaribe
  • 11. rafabebum.blogspot.com Gil Vicente Autos: – medida velha: versos redondilhos – alegorias (representações)
  • 12. rafabebum.blogspot.com O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. (...) Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia (...) Severino: alegoria do sertanejo E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (...) Severina: adjetivo neológico
  • 13. rafabebum.blogspot.com Morte e Vida Severina, auto de natal pernambucano sertão → agreste → zona da mata → litoral Trajetória do Severino: rio Capibaribe
  • 14. rafabebum.blogspot.com Agreste: dois funerais (dois Severinos) — A quem estais carregando, irmãos das almas, embrulhado nessa rede? dizei que eu saiba. (...) — Severino Lavrador, irmão das almas, Severino Lavrador, mas já não lavra. uma carpideira
  • 16. rafabebum.blogspot.com Zona da mata: funeral de um lavrador — Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota menor que tiraste em vida. — é de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe neste latifúndio. — Não é cova grande. é cova medida, é a terra que querias ver dividida. (morte)
  • 17. rafabebum.blogspot.com Litoral: dois coveiros carpinteiro José — Seu José, mestre carpina, que diferença faria se em vez de continuar tomasse a melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida? nascimento de um menino vizinhos com presentes (morte) Estais aí conversando em vossa prosa entretida: não sabeis que vosso filho saltou para dentro da vida? (vida)
  • 18. rafabebum.blogspot.com Morte e Vida Severina, auto de natal pernambucano alegoria — Severino retirante, deixe agora que lhe diga: eu não sei bem a resposta da pergunta que fazia, se não vale mais saltar fora da ponte e da vida; nem conheço essa resposta, se quer mesmo que lhe diga; é difícil defender, só com palavras, a vida, ainda mais quando ela é esta que vê, severina; mas se responder não pude à pergunta que fazia, ela, a vida, a respondeu com sua presença viva.
  • 19. rafabebum.blogspot.com E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina.