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16                      www.diariodominho.pt                        Entrevista                                                                                               Diário do Minho
                                                                                                                                                           SEGUNDA-FEIRA, 19 de março de 2012




Entrevista Diário do Minho/Rádio FF ao presidente da Junta de S. Victor

Ninguém nos apanha a choramingar
                                                                                                                                                                  DR
   A entrevista a Firmino          ação social e a solidariedade,                                                                                                      cendo o nosso passado, pro-
Marques afirma o dinamis-          a cultura, mesmo o despor-                                                                                                          jetando o futuro, mas viven-
mo empreendedor da Jun-            to, não têm fronteiras, embo-                                                                                                       do intensamente o presente.
ta de Freguesia de S. Vic-         ra façamos uma planificação                                                                                                         É uma fórmula que respon-
                                   muito objetiva para a nossa                                                                                                         de aos que dizem que não é
tor. Ninguém nos apanha
                                   comunidade.                                                                                                                         possível cumprir este plano
a choramingar – garante.
                                                                                                                                                                       com tão pouco dinheiro. Ain-
Em vez de lamentações, a           LM   Em questões de educa-                                                                                                          da nos sobra vontade, força
Junta concretiza obras nos         ção, por exemplo.                                                                                                                   e até dinheiro para fazermos
domínios da educação, do            FM Nós trabalhamos com as                                                                                                          mais, no ano seguinte.
desporto, do âmbito social,        escolas básicas e jardins de
nomeadamente no apoio à            infância. O ensino básico 1 e                                                                                                        LM Isso é que é um exem-

família, o que leva a gerir,       os jardins de infância depen-                                                                                                       plo..
com todo o rigor, os recur-        dem financeiramente das jun-                                                                                                         FM De facto. Ninguém nos

                                   tas de freguesia, para mate-                                                                                                        apanha a choramingar. Esta-
so disponíveis. Daí o prémio
                                   rial, limpeza e expediente. É                                                                                                       mos num momento de gran-
de boas práticas administra-
                                   assim que esta consignado                                                                                                           de crise, mas as dificuldades
tivas que lhe foi atribuído        em lei. Quando se acrescen-                                                                                                         geram sempre boas oportu-
pelo anterior Governo.             tou esta responsabilidade às                                                                                                        nidades e respostas. Queria
                                                                    Firmino Marques destacou contributo que as juntas podem dar à comunidade
   A entrevista pode ser ou-       juntas de freguesia, o acrés-                                                                                                       dizer-lhe que nós fazemos
vida integralmente no site         cimo, em termos verbas, ci-      grande cumplicidade entre       na freguesia, embora não seja   FM   É um desafio que deixo        questão de celebrar a vida,
da Rádio FF, www.facfil.bra-       frou-se em mais 150%.            agentes educativos, famílias    natural de S. Vítor, o nosso    sempre aos membros das as-         ao contrário do que se con-
ga.ucp.pt                                                           e a junta de freguesia.         amigo Luís de Matos. Uma        sembleias das freguesias que       sagrou em lei ao institucio-
                                   LM   Foi um grande desa-                                         capa de um plano de ativi-      se vêm sucedendo desde             nalizar a possibilidade de
   Luís da Silva Pereira           fio...                           LM   Sei que a junta de fre-    dades absolutamente arroja-     2002: lerem o que fizemos          abortar. Por cada nascimen-
   Luísa Magalhães/FF               FM Foi um grande desafio e      guesia tem algumas ativi-       da feita por um artista que     ou não fizemos. Ficamos sem-       to na freguesia de S. Vítor,
                                   um gesto de reconhecimen-        dades ligadas à ocupação        respondeu ao nosso desafio,     pre por cima, porque ainda         oferecemos um enxoval para
Luísa Magalhães (LM) – Sr.         to da importância que estes      dos tempos livres, excur-       que era provocar um impac-      acrescentamos mais ativida-        bebé. Se forem gémeos, ofe-
Firmino Marques, como é            estabelecimentos de ensino       sões, campos de férias...       to de imagem sobre a reali-     des às que nos propomos fa-        recemos dois ou três, confor-
que tem desenvolvido o             têm. Mas trabalhamos tam-         FM Procuramos fundir na        zação dos nosso sonhos. Pen-    zer. O que é preciso é ter von-    me a situação. Esta é uma
seu trabalho autárquico,           bém com as escolas secun-        mesma ação todos esses ob-      samos que é possível sonhar,    tade, servir as pessoas e dei-     forma diferente de estar na
que projetos gostaria de           dárias EB 2/3 Francisco San-     jetivos, na área de interven-   mas mais do que isso, é pos-    xá-las felizes.                    política.
ver desenvolvidos no fu-           ches, a de Lamaçães, a esco-     ção social e também lúdica/     sível concretizar esses so-
turo próximo, quais os me-         la secundária Carlos Amaran-     cultural/patrimonial.           nhos. Esta imagem consegue      LM  Não quer referir algu-         LM   É um grande incenti-
lhores projetos que já acon-       te, a Universidade Católica e                                    comunicar que é possível, a     mas dessas atividades?             vo...
teceram...                         a Universidade do Minho.         LM  Como é que isso se          partir de pouco, produzir        FM Uma das atividades que          FM Praticamente todas as se-

Firmino Marques (FM) –                                              faz?                            muito. Conseguimos fazer        mais repercussão têm é “res-       manas, oferecemos enxovais
Quero agradecer terem-se           LM   E têm-se dado bem?           FM Primeiro, tendo vontade     muito com pouco. Quem           pirar feliz em S. Vítor”. Envol-   de bebés. Primeiro, socorría-
lembrado daqueles que eu           FM   Damo-nos muito bem. Se      de fazer as coisas. A nossa     aprecia este plano e o nosso    ve atividades dos jovens, in-      mo-nos da Associação Famí-
chamo operários da demo-           perguntar a qualquer uma         produtividade advém daqui-      orçamento diz que não é pos-    cluindo o património. Aco-         lias. Neste momento, somos
cracia, porque mais próxi-         destas escolas, facilmente re-   lo que planificámos. Aprovei-   sível concretizar o que pro-    lhemos mais de 30 jovens du-       nós que lhe oferecemos todos
mos do poder local. O tra-         conhecerá o trabalho que se      to para lhe mostrar a capa      pomos.                          rante o mês de julho, em par-      os anos um megaenxoval. Te-
balho que fazem e que não          tem feito. Ajudamos estes es-    do plano de atividades para                                     ceria com a Jovemcoop, e co-       mos ajuda para todos os que
se vê é merecedor dos maio-        tabelecimentos de ensino,        2012. É uma obra de arte fei-   LM  Isso é um verdadeiro de-    locamo-los a aprender a gos-       venham a ser pais, seja qual
res encómios. Houve um volta       mas vamos muito mais além        ta por um artista residente     safio                           tar do que é nosso, conhe-         for a condição social. Devemos
muito grande na forma de fa-       das necessidades em mate-                                                                                                           preocupar-nos em dar condi-
zer política a nível das juntas    riais, limpeza e expediente.                                                                                                        ções para que haja mais nata-



                                                                    “
de freguesia, pelo contributo      Colocamos também nessa ru-                                                                                                          lidade. Se não tivermos nasci-
que estas instituições podem       brica outros projetos de in-                                                                                                        mentos, estamos falidos. É nes-
                                   teresse educativo, desde a
                                                                      Temos ajuda para todos os que venham a ser pais,                                                 sa perspetiva também que
dar à comunidade. E não só
nas comunidades onde se in-        prevenção rodoviária à sema-
                                                                     seja qual for a condição social. Devemos preocupar-                                               queremos dar um contributo
tegram. Em muitas interven-        na da matemática, que reu-             nos com dar condições para que haja mais                                                     para a economia do país.
ções das juntas de freguesia       niu mais de 1.500 alunos. Isto          natalidade. Se não tivermos nascimentos,


                                                                                                                                                             ”
não pode haver fronteiras. A       só se pode conseguir com                             estamos falidos.                                                                          Continua na página 17
Diário do Minho
SEGUNDA-FEIRA, 19 de março de 2012                                                     Entrevista                                                     www.diariodominho.pt                                 17


Com quatro cêntimos,
fazemos mais que o Estado com dez
                                                                                                                                       DR
Continuação da página 16            vidade ao seu trabalho. A As-                                                                            bém, desde que se evitem             FM   É o que falta fazer no con-
                                    sembleia Municipal de Lisboa                                                                             desperdícios. Não é conce-           celho, e no país. Muitos dos
LM   É um risco que o Esta-         tem preparado já uma redu-                                                                               bível uma freguesia de um            projetos que gostaríamos de
do Social corre e a junta de        ção de cerca de 50%. Mas o                                                                               lado de um rio ter um equi-          ver implementados nunca fo-
freguesia procura contrariar        conceito de freguesia do sul                                                                             pamento desportivo para              ram respondidos. Quando
de forma eficaz.                    para o norte varia bastante.                                                                             uma comunidade de cem                entra em equação a cor po-
FM Muito eficaz. Quanto à Ca-       Em Lisboa, a associação está                                                                             pessoas e do outro lado ha-          lítica de quem está a gerir, a
pital Europeia da Juventude         mais ligada aos bairros do                                                                               ver o mesmo equipamento              objetividade cai por terra.
2012, S. Vítor vai colaborar        que às freguesias. De manei-                                                                             para outra comunidade de             Não pode acontecer. Não se
com a fundação Bracara Au-          ra que é mais fácil conseguir                                                                            cem pessoas. Isto acontece           corresponde ao que a União
gusta que é quem gere toda          um acerto nessas regiões do                                                                              por vício dos autarcas que           Europeia exige, que é trans-
a programação. A nossa com-         que a norte. A norte são mi-                                                                             não têm o sentido da utili-          parência, independência e
ponente desportiva está dis-        lhares as freguesias organiza-                                                                           dade das coisas para as co-          competência. Se estes três
ponível para poderem apre-          das.                                                                                                     munidades.                           fatores fossem aplicados, al-
ciar o que é Braga na área da                                                                                                                                                     guns dos nossos projetos já
ginástica artística. Temos um       LM   Por vezes, ligadas à or-                                                                            LM   Tem que haver maximi-           estariam, pelo menos, com
excelente centro de formação        ganização religiosa...                                                                                   zação das valências.                 meias respostas.
desportiva na área da ginás-         FM Há situações onde isso
                                                                       Firmino Marques salienta a importância do trabalho em rede
                                                                                                                                              FM Dois equipamentos po-

tica que é o Centro de For-         acontece. Temos ligadas qua-                                                                             diam reduzir-se a um só. Falo        LM  Dê-me um exemplo
mação da Escola Secundária          tro paróquias à nossa fregue-      tra. Há pequenas freguesias        LM  E facilitará a gestão?         deste exemplo, mas podia fa-         FM  O fórum cívico, que é ab-
Alberto Sampaio, um nosso           sia. É possível maximizar o        que se justificam, porque têm      FM  A situação económica do        lar de milhares. A grande res-       solutamente necessário. Nós
parceiro insubstituível.            trabalho concertadamente           na junta a única ligação es-      país não enferma da boa ges-        ponsabilidade do desperdí-           já o temos, mas sem estru-
                                    com as paróquias. Há objeti-       trutural ao Estado. Não falo      tão que foi feita a nível das       cio está nas câmaras munici-         tura física para funcionar
LM  Pergunto-lhe, agora,            vos que podem ser comuns.          de Braga, mas de uma fre-         autarquias. Se fizermos con-        pais, que autorizam e fazem          como serviço público acessí-
qual é a posição da junta           O trabalho em rede dá me-          guesia do interior que per-       tas entre o deve e o haver          a gestão dos dinheiros públi-        vel às pessoas e instituições.
em relação à redução do             lhores resultados. Não estou       deu tudo: os centros de saú-      do trabalho por elas produ-         cos. O bom exemplo deveria           Este fórum cívico de S. Vítor,
número de freguesias.               contra a reorganização admi-       de, as escolas... Se perde a      zido, o saldo é altamente po-       começar logo aí. É necessá-          que vimos reclamando há
FM A minha posição, e a po-         nistrativa do país. Penso que      freguesia, perde tudo. E é pos-   sitivo. Com quatro cêntimos,        rio fazer pedagogia.                 muitos anos, daria respostas
sição institucional da ANA-         será pacífica a reorganização      sível também reorganizar as       fazemos mais que o Estado                                                sociais, culturais e até eco-
FRE, é reconhecer que é pos-        no plano eleitoral, nas em-        freguesias onde for essa a        com dez.                            LM  Dr. Firmino Marques es-          nómicas. Não sabemos o que
sível reorganizar melhor o Es-      presas municipais, na sua ren-     vontade das comunidades. É                                            tamos a aproximarmo-nos              é que o município pensa. Há
tado a partir da base. É pos-       tabilidade e eficácia. Quanto      muito mais fácil fazer esse        LMA relação de proximida-          do final. Vou perguntar-lhe          sonhos que não podemos
sível haver associação de fre-      à supressão das freguesias a       trabalho, de forma pacífica,      de é muito maior.                   o que é que falta fazer em           concretizar sem meios físicos
guesias e dar maior produti-        régua e esquadro, sou con-         nos centros urbanos.              FM E o grau de eficácia tam-        S. Vítor.                            em condições.




     Um prémio de boas práticas administrativas fala por si
      LM Um dos maiores problemas da Junta de Freguesia, pelo que       LM   Pode citar algumas?                                            com o karaté e o basquetebol, que tem que pegar em malas e
     ouço, são as instalações...                                        FM   Por exemplo, a Associação Musical Sinfonieta de Braga, que     bagagens e ir para outras freguesias treinar. Temos o Monabolei
      FM A estrutura física da junta de freguesia é pequena demais      tem coro e orquestra e a que faltam condições infraestruturais      que se dedica à formação em andebol. Temos também as esco-
     para tanto que fazemos. Temos que alargar este fórum que           para fazer um serviço melhor. Temos a Estudantina de Braga,         las de formação como as dos Águias, dos Alegrienses. Se tivessem
     pretende ser uma resposta na área da prestação de serviços         uma tuna que junta músicos de várias faculdades. Temos pintu-       as condições doutras freguesias, os índices de progressão seriam
     complementares de saúde às pessoas com mais dificuldades.          ra, temos o grupo de mulheres Cantares do Minho, que ali ensaia     muito melhores. Também está prometido um pavilhão na rua
     Nós até já fazemos rastreios pela freguesia. Mas era possível      todas as semanas, o grupo de cavaquinhos, a escola de viola.        de S. José. Neste momento é um desperdício de dinheiros pú-
     ter um local onde as pessoas se pudessem dirigir mais              Temos 7 cursos a funcionar. As instalações é que são poucas.        blicos, porque é um espaço desportivo descoberto. Queremos
     facilmente...                                                      Justificamos, pelo trabalho que temos desenvolvido, melhores        repartir com a Câmara Municipal a construção deste pavilhão
                                                                        condições físicas para caberem os nossos sonhos.                    desportivo, participando com algum valor. Tenho fundadas es-
     LM   Poderia descongestionar o centro de saúde.                                                                                        peranças de que estas questões possam levar uma volta.
     FM   Exatamente. Temos um excelente centro, o Carandá Mais,        LM  E em termos de equipamentos desportivos?
     que dá boas respostas. Este gabinete serviria também de pro-       FM  Tem faltado resposta. Por exemplo, um equipamento des-          LM  Vamos ver se a partir do nosso Periscópio e com a parceria
     moção do que temos como oferta dentro do Serviço Nacional          portivo que possibilite às instituições desportivas praticarem      que estabelecemos com o Diário do Minho podemos chegar a
     de Saúde e aliviaria o serviço que lá se presta. Depois estou a    desporto, em salas cobertas. Temos boas instituições a fazerem      alguém.
     falar de muitas instituições que têm como teto a junta de fre-     formação sem condições nenhumas. Têm que ir para outras             FM Só para concluir. A atribuição a S. Vítor, pelo Governo anterior,

     guesia.                                                            freguesias. Estou a falar de Sporting Clube Leões das Enguardas,    de um prémio de boas práticas administrativas fala por si...

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S. Victor

  • 1. 16 www.diariodominho.pt Entrevista Diário do Minho SEGUNDA-FEIRA, 19 de março de 2012 Entrevista Diário do Minho/Rádio FF ao presidente da Junta de S. Victor Ninguém nos apanha a choramingar DR A entrevista a Firmino ação social e a solidariedade, cendo o nosso passado, pro- Marques afirma o dinamis- a cultura, mesmo o despor- jetando o futuro, mas viven- mo empreendedor da Jun- to, não têm fronteiras, embo- do intensamente o presente. ta de Freguesia de S. Vic- ra façamos uma planificação É uma fórmula que respon- muito objetiva para a nossa de aos que dizem que não é tor. Ninguém nos apanha comunidade. possível cumprir este plano a choramingar – garante. com tão pouco dinheiro. Ain- Em vez de lamentações, a LM Em questões de educa- da nos sobra vontade, força Junta concretiza obras nos ção, por exemplo. e até dinheiro para fazermos domínios da educação, do FM Nós trabalhamos com as mais, no ano seguinte. desporto, do âmbito social, escolas básicas e jardins de nomeadamente no apoio à infância. O ensino básico 1 e LM Isso é que é um exem- família, o que leva a gerir, os jardins de infância depen- plo.. com todo o rigor, os recur- dem financeiramente das jun- FM De facto. Ninguém nos tas de freguesia, para mate- apanha a choramingar. Esta- so disponíveis. Daí o prémio rial, limpeza e expediente. É mos num momento de gran- de boas práticas administra- assim que esta consignado de crise, mas as dificuldades tivas que lhe foi atribuído em lei. Quando se acrescen- geram sempre boas oportu- pelo anterior Governo. tou esta responsabilidade às nidades e respostas. Queria Firmino Marques destacou contributo que as juntas podem dar à comunidade A entrevista pode ser ou- juntas de freguesia, o acrés- dizer-lhe que nós fazemos vida integralmente no site cimo, em termos verbas, ci- grande cumplicidade entre na freguesia, embora não seja FM É um desafio que deixo questão de celebrar a vida, da Rádio FF, www.facfil.bra- frou-se em mais 150%. agentes educativos, famílias natural de S. Vítor, o nosso sempre aos membros das as- ao contrário do que se con- ga.ucp.pt e a junta de freguesia. amigo Luís de Matos. Uma sembleias das freguesias que sagrou em lei ao institucio- LM Foi um grande desa- capa de um plano de ativi- se vêm sucedendo desde nalizar a possibilidade de Luís da Silva Pereira fio... LM Sei que a junta de fre- dades absolutamente arroja- 2002: lerem o que fizemos abortar. Por cada nascimen- Luísa Magalhães/FF FM Foi um grande desafio e guesia tem algumas ativi- da feita por um artista que ou não fizemos. Ficamos sem- to na freguesia de S. Vítor, um gesto de reconhecimen- dades ligadas à ocupação respondeu ao nosso desafio, pre por cima, porque ainda oferecemos um enxoval para Luísa Magalhães (LM) – Sr. to da importância que estes dos tempos livres, excur- que era provocar um impac- acrescentamos mais ativida- bebé. Se forem gémeos, ofe- Firmino Marques, como é estabelecimentos de ensino sões, campos de férias... to de imagem sobre a reali- des às que nos propomos fa- recemos dois ou três, confor- que tem desenvolvido o têm. Mas trabalhamos tam- FM Procuramos fundir na zação dos nosso sonhos. Pen- zer. O que é preciso é ter von- me a situação. Esta é uma seu trabalho autárquico, bém com as escolas secun- mesma ação todos esses ob- samos que é possível sonhar, tade, servir as pessoas e dei- forma diferente de estar na que projetos gostaria de dárias EB 2/3 Francisco San- jetivos, na área de interven- mas mais do que isso, é pos- xá-las felizes. política. ver desenvolvidos no fu- ches, a de Lamaçães, a esco- ção social e também lúdica/ sível concretizar esses so- turo próximo, quais os me- la secundária Carlos Amaran- cultural/patrimonial. nhos. Esta imagem consegue LM Não quer referir algu- LM É um grande incenti- lhores projetos que já acon- te, a Universidade Católica e comunicar que é possível, a mas dessas atividades? vo... teceram... a Universidade do Minho. LM Como é que isso se partir de pouco, produzir FM Uma das atividades que FM Praticamente todas as se- Firmino Marques (FM) – faz? muito. Conseguimos fazer mais repercussão têm é “res- manas, oferecemos enxovais Quero agradecer terem-se LM E têm-se dado bem? FM Primeiro, tendo vontade muito com pouco. Quem pirar feliz em S. Vítor”. Envol- de bebés. Primeiro, socorría- lembrado daqueles que eu FM Damo-nos muito bem. Se de fazer as coisas. A nossa aprecia este plano e o nosso ve atividades dos jovens, in- mo-nos da Associação Famí- chamo operários da demo- perguntar a qualquer uma produtividade advém daqui- orçamento diz que não é pos- cluindo o património. Aco- lias. Neste momento, somos cracia, porque mais próxi- destas escolas, facilmente re- lo que planificámos. Aprovei- sível concretizar o que pro- lhemos mais de 30 jovens du- nós que lhe oferecemos todos mos do poder local. O tra- conhecerá o trabalho que se to para lhe mostrar a capa pomos. rante o mês de julho, em par- os anos um megaenxoval. Te- balho que fazem e que não tem feito. Ajudamos estes es- do plano de atividades para ceria com a Jovemcoop, e co- mos ajuda para todos os que se vê é merecedor dos maio- tabelecimentos de ensino, 2012. É uma obra de arte fei- LM Isso é um verdadeiro de- locamo-los a aprender a gos- venham a ser pais, seja qual res encómios. Houve um volta mas vamos muito mais além ta por um artista residente safio tar do que é nosso, conhe- for a condição social. Devemos muito grande na forma de fa- das necessidades em mate- preocupar-nos em dar condi- zer política a nível das juntas riais, limpeza e expediente. ções para que haja mais nata- “ de freguesia, pelo contributo Colocamos também nessa ru- lidade. Se não tivermos nasci- que estas instituições podem brica outros projetos de in- mentos, estamos falidos. É nes- teresse educativo, desde a Temos ajuda para todos os que venham a ser pais, sa perspetiva também que dar à comunidade. E não só nas comunidades onde se in- prevenção rodoviária à sema- seja qual for a condição social. Devemos preocupar- queremos dar um contributo tegram. Em muitas interven- na da matemática, que reu- nos com dar condições para que haja mais para a economia do país. ções das juntas de freguesia niu mais de 1.500 alunos. Isto natalidade. Se não tivermos nascimentos, ” não pode haver fronteiras. A só se pode conseguir com estamos falidos. Continua na página 17
  • 2. Diário do Minho SEGUNDA-FEIRA, 19 de março de 2012 Entrevista www.diariodominho.pt 17 Com quatro cêntimos, fazemos mais que o Estado com dez DR Continuação da página 16 vidade ao seu trabalho. A As- bém, desde que se evitem FM É o que falta fazer no con- sembleia Municipal de Lisboa desperdícios. Não é conce- celho, e no país. Muitos dos LM É um risco que o Esta- tem preparado já uma redu- bível uma freguesia de um projetos que gostaríamos de do Social corre e a junta de ção de cerca de 50%. Mas o lado de um rio ter um equi- ver implementados nunca fo- freguesia procura contrariar conceito de freguesia do sul pamento desportivo para ram respondidos. Quando de forma eficaz. para o norte varia bastante. uma comunidade de cem entra em equação a cor po- FM Muito eficaz. Quanto à Ca- Em Lisboa, a associação está pessoas e do outro lado ha- lítica de quem está a gerir, a pital Europeia da Juventude mais ligada aos bairros do ver o mesmo equipamento objetividade cai por terra. 2012, S. Vítor vai colaborar que às freguesias. De manei- para outra comunidade de Não pode acontecer. Não se com a fundação Bracara Au- ra que é mais fácil conseguir cem pessoas. Isto acontece corresponde ao que a União gusta que é quem gere toda um acerto nessas regiões do por vício dos autarcas que Europeia exige, que é trans- a programação. A nossa com- que a norte. A norte são mi- não têm o sentido da utili- parência, independência e ponente desportiva está dis- lhares as freguesias organiza- dade das coisas para as co- competência. Se estes três ponível para poderem apre- das. munidades. fatores fossem aplicados, al- ciar o que é Braga na área da guns dos nossos projetos já ginástica artística. Temos um LM Por vezes, ligadas à or- LM Tem que haver maximi- estariam, pelo menos, com excelente centro de formação ganização religiosa... zação das valências. meias respostas. desportiva na área da ginás- FM Há situações onde isso Firmino Marques salienta a importância do trabalho em rede FM Dois equipamentos po- tica que é o Centro de For- acontece. Temos ligadas qua- diam reduzir-se a um só. Falo LM Dê-me um exemplo mação da Escola Secundária tro paróquias à nossa fregue- tra. Há pequenas freguesias LM E facilitará a gestão? deste exemplo, mas podia fa- FM O fórum cívico, que é ab- Alberto Sampaio, um nosso sia. É possível maximizar o que se justificam, porque têm FM A situação económica do lar de milhares. A grande res- solutamente necessário. Nós parceiro insubstituível. trabalho concertadamente na junta a única ligação es- país não enferma da boa ges- ponsabilidade do desperdí- já o temos, mas sem estru- com as paróquias. Há objeti- trutural ao Estado. Não falo tão que foi feita a nível das cio está nas câmaras munici- tura física para funcionar LM Pergunto-lhe, agora, vos que podem ser comuns. de Braga, mas de uma fre- autarquias. Se fizermos con- pais, que autorizam e fazem como serviço público acessí- qual é a posição da junta O trabalho em rede dá me- guesia do interior que per- tas entre o deve e o haver a gestão dos dinheiros públi- vel às pessoas e instituições. em relação à redução do lhores resultados. Não estou deu tudo: os centros de saú- do trabalho por elas produ- cos. O bom exemplo deveria Este fórum cívico de S. Vítor, número de freguesias. contra a reorganização admi- de, as escolas... Se perde a zido, o saldo é altamente po- começar logo aí. É necessá- que vimos reclamando há FM A minha posição, e a po- nistrativa do país. Penso que freguesia, perde tudo. E é pos- sitivo. Com quatro cêntimos, rio fazer pedagogia. muitos anos, daria respostas sição institucional da ANA- será pacífica a reorganização sível também reorganizar as fazemos mais que o Estado sociais, culturais e até eco- FRE, é reconhecer que é pos- no plano eleitoral, nas em- freguesias onde for essa a com dez. LM Dr. Firmino Marques es- nómicas. Não sabemos o que sível reorganizar melhor o Es- presas municipais, na sua ren- vontade das comunidades. É tamos a aproximarmo-nos é que o município pensa. Há tado a partir da base. É pos- tabilidade e eficácia. Quanto muito mais fácil fazer esse LMA relação de proximida- do final. Vou perguntar-lhe sonhos que não podemos sível haver associação de fre- à supressão das freguesias a trabalho, de forma pacífica, de é muito maior. o que é que falta fazer em concretizar sem meios físicos guesias e dar maior produti- régua e esquadro, sou con- nos centros urbanos. FM E o grau de eficácia tam- S. Vítor. em condições. Um prémio de boas práticas administrativas fala por si LM Um dos maiores problemas da Junta de Freguesia, pelo que LM Pode citar algumas? com o karaté e o basquetebol, que tem que pegar em malas e ouço, são as instalações... FM Por exemplo, a Associação Musical Sinfonieta de Braga, que bagagens e ir para outras freguesias treinar. Temos o Monabolei FM A estrutura física da junta de freguesia é pequena demais tem coro e orquestra e a que faltam condições infraestruturais que se dedica à formação em andebol. Temos também as esco- para tanto que fazemos. Temos que alargar este fórum que para fazer um serviço melhor. Temos a Estudantina de Braga, las de formação como as dos Águias, dos Alegrienses. Se tivessem pretende ser uma resposta na área da prestação de serviços uma tuna que junta músicos de várias faculdades. Temos pintu- as condições doutras freguesias, os índices de progressão seriam complementares de saúde às pessoas com mais dificuldades. ra, temos o grupo de mulheres Cantares do Minho, que ali ensaia muito melhores. Também está prometido um pavilhão na rua Nós até já fazemos rastreios pela freguesia. Mas era possível todas as semanas, o grupo de cavaquinhos, a escola de viola. de S. José. Neste momento é um desperdício de dinheiros pú- ter um local onde as pessoas se pudessem dirigir mais Temos 7 cursos a funcionar. As instalações é que são poucas. blicos, porque é um espaço desportivo descoberto. Queremos facilmente... Justificamos, pelo trabalho que temos desenvolvido, melhores repartir com a Câmara Municipal a construção deste pavilhão condições físicas para caberem os nossos sonhos. desportivo, participando com algum valor. Tenho fundadas es- LM Poderia descongestionar o centro de saúde. peranças de que estas questões possam levar uma volta. FM Exatamente. Temos um excelente centro, o Carandá Mais, LM E em termos de equipamentos desportivos? que dá boas respostas. Este gabinete serviria também de pro- FM Tem faltado resposta. Por exemplo, um equipamento des- LM Vamos ver se a partir do nosso Periscópio e com a parceria moção do que temos como oferta dentro do Serviço Nacional portivo que possibilite às instituições desportivas praticarem que estabelecemos com o Diário do Minho podemos chegar a de Saúde e aliviaria o serviço que lá se presta. Depois estou a desporto, em salas cobertas. Temos boas instituições a fazerem alguém. falar de muitas instituições que têm como teto a junta de fre- formação sem condições nenhumas. Têm que ir para outras FM Só para concluir. A atribuição a S. Vítor, pelo Governo anterior, guesia. freguesias. Estou a falar de Sporting Clube Leões das Enguardas, de um prémio de boas práticas administrativas fala por si...