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NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 478 – ANO X Nº 42 – 02 de junho de 2014
A JABOTICABA, QUEM DIRIA!
A jaboticaba (ou jabuticaba), nossa pequena
notável!!! Fruta 100% brasileira.
É dela que vamos falar.
Discreta no quintal de nossa casa, ela contém
teores espantosos de substâncias protetoras
do peito.
Ganha até da uva, e provavelmente do vinho
que é festejado no mundo inteiro por evitar
infartos.
Você vai conhecer agora uma revelação
científica - e das boas - que acaba de cair do pé
Por Regina Pereira
A química Daniela Brotto Terci nem estava
preocupada com as coisas que se passam
com o coração. Tudo o que ela queria, em um
laboratório da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), no interior paulista, era
encontrar na natureza pigmentos capazes de
substituir os corantes artificiais usados na
indústria alimentícia.
E, claro, quando se fala em cores a jaboticaba
chama a atenção.
Roxa? Azulada? Cá entre nós, jaboticaba tem
cor de...jaboticaba.
Mas o que tingiria a sua casca?
A cientista quase deu um pulo para trás ao
conferir: "enormes porções de antocianinas",
foi a resposta.
Desculpe o palavrão, mas é como são
chamadas aquelas substâncias que, sim, são
pigmentos presentes nas uvas escuras e,
conseqüentemente, no vinho tinto, apontados
como grandes benfeitores das artérias.
Daniela jamais tinha suspeitado de que havia
tanta antocianina ali, na jaboticaba aliás, nem
ela nem ninguém.
"Os trabalhos a respeito dessa fruta são muito
escassos", tenta justificar a pesquisadora, que
também mediu a dosagem de antocianinas da
amora.
Ironia, o fruto da videira saiu perdendo no
ranking, enquanto o da jaboticabeira...
Dê só uma olhada (o número representa a
quantidade de miligramas das benditas
antocianinas por grama da fruta):
jaboticaba: 314
amora: 290
uva: 227.
As antocianinas dão o tom. "Se um fruto tem
cor arroxeada é porque elas estão ali",
entrega a nutricionista Karla Silva, da
Universidade Estadual do Norte Fluminense,
no Rio de Janeiro.
No reino vegetal, esse tingimento serve para
atrair os pássaros.
"E isso é importante para espalhar as
sementes e garantir a perpetuação da
espécie", explica Daniela Terci, da Unicamp.
Para a Medicina, o interesse nas antocianinas
é outro. "Elas têm uma potente ação
antioxidante", completa a pesquisadora de
Campinas. Ou seja, uma vez em circulação,
ajudam a varrer as moléculas instáveis de
radicais livres. Esse efeito, observado em
tubos de ensaio, dá uma pista para a gente
compreender por que a incidência de tumores
e problemas cardíacos é menor entre
consumidores de alimentos ricos no pigmento.
Ultimamente surgem estudos apontando uma
nova ligação: as tais substâncias
antioxidantes também auxiliariam a estabilizar
o açúcar no sangue dos diabéticos.
Se a maior concentração de antocianinas está
na casca, não dá para você simplesmente
cuspi-la. Tudo bem, engolir a capa preta
também é difícil. A saída, sugerida pelos
especialistas, é batê-la no preparo de sucos
ou usá-la em geléias. A boa notícia é que
altas temperaturas não degradam suas
substâncias benéficas.
Os sucos, particularmente, rendem
experiências bem coloridas. A nutricionista
Solange Brazaca, da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em
Piracicaba, interior paulista, dá lições que
parecem saídas da alquimia. "Misturar a
jaboticaba com o abacaxi resulta numa bebida
azulada", ensina. "Já algumas gotas de limão
deixam o suco avermelhado". As variações
ocorrem devido a diferenças de Ph e pela
união de pigmentos ácidos.
Mas vale lembrar a velha máxima saudável:
bateu, tomou. "Luz e oxigênio reagem com as
moléculas protetoras", diz a professora. Não é
só a saúde que sai perdendo: o líquido fica
com cor e sabor alterados.
Aliás, no caso da jaboticaba, há outro
complicador. Delicada, a fruta se modifica
assim que é arrancada da árvore. "Como tem
muito açúcar, a fermentação acontece no
mesmo dia da colheita", conta a engenheira
agrônoma Sarita Leonel, da Universidade
Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é
guardá-la em saco plástico e na geladeira.
Agora, para quem tem uma jabuticabeira, que
privilégio! A professora repete o que já diziam
os nossos avós: "Jabuticaba se chupa no pé".
O branco tem seu valor
A bioquímica Edna Amante, do laboratório de
frutas e hortaliças da Universidade Federal de
Santa Catarina, destaca alguns nutrientes da
parte branca e mais consumida da jaboticaba.
"É na polpa que a gente encontra ferro,
fósforo, vitamina C e boas doses de niacina,
uma vitamina do complexo B que facilita a
digestão e ainda nos ajuda a eliminar toxinas".
Ufa! E não só nessa polpa, mas também na
casca escura, você tem excelentes teores de
pectina. "Essa fibra tem sido muito indicada
para derrubar os níveis de colesterol, entre
outras coisas", conta a nutricionista Karla
Silva. A pectina, portanto, faz uma excelente
dobradinha com as antocianinas no fruto da
jabuticabeira. Daí o discurso inflamado dessa
especialista, fã de carteirinha: "A jabuticaba
deveria ser mais valorizada, consumida e
explorada".
Nós concordamos, e você?
A jaboticabeira
Nativa do Brasil, ela costuma medir entre 6 e
9 metros e é conhecida desde o período do
descobrimento. "A espécie é encontrada de
norte a sul, desde o Pará até o Rio Grande do
Sul", diz o engenheiro agrônomo João Alexio
Scarpare Filho, da Esalq. Segundo ele, a
palavra jabuticaba é tupi e quer dizer "fruto
em botão".
A invenção é esta: vinho de jabuticaba. O
nome não deixa de ser uma espécie de
licença poética, já que só pode ser
denominado vinho pra valer o que deriva das
uvas. Mas, sim, existe um fermentado feito de
jaboticaba que, aliás, já está sendo exportado.
"O concentrado da fruta passa um ano inteiro
em barris de carvalho," conta o farmacêutico-
bioquímico Marcos Antônio Cândido, da
Vinícola Jabuticabal, em Hidrolândia, Goiás.
A jaboticaba é a matéria-prima de delícias já
conhecidas, como a geléia e o licor, e também
de uma espécie de vinho. Quem provou a
bebida garante: é uma delícia.
Em 100 gramas ou 1 copo:
Calorias 51
Vitamina C 12 mg
Niacina 2,50 mg
Ferro 1,90 mg
Fósforo 14 g.
Tire proveito da jaboticaba
Atributos, para essa fruta tipicamente
brasileira, são o que não faltam. Vitaminas,
fibras e sais minerais aparecem nela ao
montes.
Agora, para melhorar ainda mais esse perfil
nutritivo, pesquisadores da Universidade
Estadual de Campinas descobriram que ela
está cheia de antocianinas, substâncias que
protegem o coração.
Mais uma razão para que a jaboticaba esteja
sempre em seu cardápio.
Fonte:
http://www.contandohistorias.com.br/histo
rias/2006566.php
CANA AMARGA
Paulo Mendes Campos
Um dia, o engenheiro Salgado estava aqui no
Rio, por acaso diante de um colégio na hora
da saída, quando uma irmã de caridade,
fungando desconfiança, perguntou-lhe:
— O senhor está esperando criança?
— Não, senhora, sou gordo assim mesmo;
distúrbio glandular, dizem os médicos.
Mas o diálogo insustentável de sua vida nada
teve a ver com o seu corpo enorme. Foi em
uma estrada de rodagem no interior de
Pernambuco. O caminho se adentrava em um
canavial, e Salgado, menino de engenho no
Ceará, sentiu vontade de chupar cana, parou
o carro, afastou os arames da cerca. Cortar
cana, enramá-la num feixe é coisa que todo
bom nordestino faz em um átimo. Com o
molho às costas, preparava-se de novo para
sair, quando ouviu uma voz cantada à
maneira da terra e de frieza metálica:
— Moço.
Entre os pés de uma touceira, espingarda na
mão, estava um caboclo de olhar tão
impessoal e gelado quanto a voz que o
chamara.
— Às suas ordens, conterrâneo.
— Que está fazendo aqui, moço?
— Ia passando de automóvel...
— Passando por onde, moço?
— Aí pela estrada.
— E o que está fazendo então aqui dentro, moço?
— O senhor queira me desculpar...
— Desculpar o que, moço?
— Eu ter entrado e apanhado um pouco de cana.
— A cana era sua, moço?
— Mas o senhor vai compreender...
— Compreender o que, moço?
— Estou indo pra casa de um irmão e meus
sobrinhos gostam muito de cana.
— Cana dos outros, moço?
— Um pouquinho de cana de nada...
— Como é que vai entrando em terra dos
outros pra roubar cana, moço?
— Bem, eu não queria roubar.
— Queria roubar, sim, moço.
— Ia procurar alguém e pagar.
— Mentira, moço.
— Pois então eu pago agora.
— Pagar o que, moço?
— A cana. Quanto é?
— Quanto é o que, moço?
— A cana.
— Quem está vendendo cana, moço?
— Ora, meu irmão, escute uma coisa: essa
conversa está ficando aborrecida, já não sou
mais criança, vou dar o fora. Pode ficar com a
cana.
— Espere aí, moço.
— Diga logo.
— Leve a cana, moço.
— Não quero cana.
— Leve a cana, moço.
— Só pagando.
— Não estou vendendo; leve a cana, moço.
— Então, muito obrigado, desculpe o mau
jeito.
— Não há de que, moço.
Texto extraído do livro "O cego de
Ipanema", Editora do Autor - Rio de
Janeiro, 1960, pág. 147
NÃO AGUENTO MAIS
Orlando Tejo
Eu saí da Paraíba,
Minha terra tão brejeira,
Pra fazer publicidade
Na Veneza Brasileira
Onde a comunicação
É toda em língua estrangeira.
É uma ingrizia só
O jeito de se falar,
O que a gente não compreende,
Passa o tempo a perguntar
E assim como é que eu vou
Poder me comunicar?
É bastante abrir-se a boca
O “inglês” fala no centro,
Nessa Torre de Babel
Eu morro e não me concentro…
Até parece que estamos
De Nova Iorque pra dentro!
Lá naquele fim de mundo
Esse negócio tem vez
Porque quem vive por lá
O jeito é falar inglês,
Mas, se estamos no Brasil
O jeito é falar Português!
Por que complicar a guerra
Em vez de se esclarecer?
E se “folder” é um folheto
Por que assim não dizer?…
Pois quem me pedir um “folder”
Eu vou mandar se folder.
Roteiro é “story board”
Nesse vai e vem estrangeiro,
Parece até palavrão
Que se evita o tempo inteiro…
Porque seus filhos das putas,
A gente não diz roteiro?
Estão todos precisando
Dos cuidados do Pinel
Será feia a nossa língua?
É chato nosso papel?
Por que esse tal de “out door”
Substituir painel?
É desrespeito à memória
De Camões que foi purista
E esse massacre ao vernáculo
Não aguenta o repentista
Pois chamam “lay out-man”
O homem que é desenhista!
Matuto da Paraíba,
Aqui juro que não fico,
Onde até se tem vergonha
De um idioma tão rico…
Por que se chamar de “free-lancer”
Um sujeito que faz bico?
Publicidade de rádio
Apelidaram de “spot”
E tem outras besteiradas
Que não cabem num pacote.
Acho que acabou o tempo
De acabar esse fricote!
Por exemplo: “body type”
“Midia”, ”top”, “merchandising”,
“Checking list”, “past up”
(Que se diga de passagem)
“Briffing”, “Top de Marketing”,
Tudo isso é viadagem!
Já é hora de parar
com esse festival grosso
Para que o nosso idioma
Saia do fundo do poço.
Para isso eu faço esse “raff”,
Isto é –perdão ! – esboço!
CONTAR AS BÊNÇÃOS
A natureza, caprichosa artesã, jamais repete
um alvorecer ou um pôr de sol.
A cada amanhecer o céu se veste com cores
e tons diferentes.
Há manhãs de sol e de muita luz, que nos
convidam a despertar sorrindo.
Há manhãs cinzentas, em que nuvens
escuras e densas cobrem sem piedade os
raios dourados do sol.
Há tardes em que o poente assume cores que
nem mesmo os mais criativos pintores jamais
arriscaram usar em seus trabalhos.
Há poentes em que a garoa fina domina a
paisagem, ocultando, em meio à bruma, até
mesmo as árvores mais próximas.
Há noites sem luar, quando as sombras invadem
nosso olhar e as estrelas distantes parecem
senhoras de um brilho ainda mais intenso.
Há dias de sol e há dias de chuva.
Assim também são os momentos de nossas vidas.
Nenhum minuto repete minutos anteriores.
Nenhum dia é igual a outro que já vivemos,
tampouco será idêntico a algum que ainda
vamos viver.
A vida é feita de experiências únicas que,
somadas, criam o arcabouço de nossa história.
Há momentos de alegria e momentos de dor.
Há conquistas que nos felicitam.
Há perdas que nos dilaceram.
Tudo que vivemos e aprendemos integra
nossas existências e forma o ser que somos
ou que um dia seremos.
É evidente que nem todos os momentos são
fáceis.
Há dificuldades que nos parecem
intransponíveis e dores infinitas.
Nesses momentos o desalento deita sobre
nós o peso do sofrimento e da angústia.
Curvamo-nos, incapazes de olhar o horizonte,
e só vislumbramos as pedras do caminho.
Não somos capazes de perceber a luz do sol
que brilha acima das nuvens.
Tampouco notamos a beleza das flores que
emolduram a nossa estrada.
Nessas ocasiões, lembremo-nos de contar as
bênçãos recebidas.
Enumeremos as dádivas que iluminam
nossos dias.
São tantas!
O corpo físico, instrumento bendito que nos
possibilita mais essa jornada terrestre;
A família, composta por amores do passado e
do presente, oportunizando-nos reconciliação
e crescimento conjunto;
Os amigos, presenças que nos fortalecem e
animam nas mais variadas situações;
O trabalho, fonte de recursos materiais a
sustentar-nos e engrandecer-nos;
A mensagem do Cristo, guiando nossos passos
por trilhas de luz, consolando-nos sempre.
A natureza exuberante, prova inequívoca da
existência e da presença de Deus em nossos dias.
Pense nisso!
Não deixe que as adversidades ocultem de
seus olhos as bênçãos que a vida lhe
concede.
Se a saúde lhe falta, se os amores se
afastaram, ou se os recursos materiais se
mostram escassos, não se entregue ao
desespero.
São apenas dias de chuva a preceder
manhãs de sol.
São situações passageiras e necessárias
para o aprendizado do espírito.
Valorize o que de bom você já conquistou.
As verdadeiras riquezas não são consumíveis
pelo tempo, nem podem ser corroídas pela
inveja alheia.
Ao contrário, elas integram e integrarão, para
sempre, a essência de cada ser,
completando-o.
Conte as bênçãos que já lhe chegaram às
mãos e que hão de fazer eternamente parte
da sua existência imortal.
Levante os olhos, seque as lágrimas e
prossiga sempre.
Fonte: Internet
A PIADA DA SEMANA
Perdão, aos 98 anos.
Na missa das seis horas do domingo
passado, na igreja de São Paulo apóstolo, em
Copacabana, o padre Eusébio perguntou aos
fieis, ao final da homilia:
- "quantos de vocês já conseguiram perdoar
seus inimigos?"
A maioria levantou a mão. Para reforçar a
visão do grupo, ele voltou a repetir a mesma
pergunta e então todos levantaram a mão,
menos uma pequena e frágil velhinha que
estava na segunda fileira, apoiada numa
enfermeira particular.
- "Dona Mariazinha? A senhora não está disposta
a perdoar seus inimigos ou suas inimigas?"
- "eu não tenho inimigos!" respondeu ela,
docemente.
- "Senhora Mariazinha, isto é muito raro!"
disse o sacerdote. E perguntou: "quantos
anos tem a senhora?
E ela respondeu: - "98 anos!"
A turma presente na igreja se levantou e
aplaudiu a idosa, entusiasticamente.
- "Doce senhora Mariazinha, será que poderia
vir contar para todos nós como se vive 98
anos e não se tem inimigos?"
- "com prazer", disse ela.
Aí aquela gracinha de velhinha se dirigiu
lentamente ao altar, amparada pela sua
acompanhante e ocupou o púlpito.. Virou-se
de frente para os fiéis, ajustou o microfone
com suas mãozinhas trêmulas e então disse
em tom solene olhando para os presentes,
todos visivelmente emocionados:
- "porque já morreram todos, aqueles
filhos das putas!"
oOo
Acessar: www.r2cpress.com.br
PS. JULHO, 10 ANOS DO AN, EDIÇÃO
COMEMORATIVA.

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478 an 02_junho_2014.ok

  • 1. AGRISSÊNIOR NOTICIAS Pasquim informativo e virtual. Opiniões, humor e mensagens EDITORES: Luiz Ferreira da Silva (luizferreira1937@gmail.com) e Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com) Edição 478 – ANO X Nº 42 – 02 de junho de 2014 A JABOTICABA, QUEM DIRIA! A jaboticaba (ou jabuticaba), nossa pequena notável!!! Fruta 100% brasileira. É dela que vamos falar. Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores espantosos de substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva, e provavelmente do vinho que é festejado no mundo inteiro por evitar infartos. Você vai conhecer agora uma revelação científica - e das boas - que acaba de cair do pé Por Regina Pereira A química Daniela Brotto Terci nem estava preocupada com as coisas que se passam com o coração. Tudo o que ela queria, em um laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, era encontrar na natureza pigmentos capazes de substituir os corantes artificiais usados na indústria alimentícia. E, claro, quando se fala em cores a jaboticaba chama a atenção. Roxa? Azulada? Cá entre nós, jaboticaba tem cor de...jaboticaba. Mas o que tingiria a sua casca? A cientista quase deu um pulo para trás ao conferir: "enormes porções de antocianinas", foi a resposta. Desculpe o palavrão, mas é como são chamadas aquelas substâncias que, sim, são pigmentos presentes nas uvas escuras e, conseqüentemente, no vinho tinto, apontados como grandes benfeitores das artérias. Daniela jamais tinha suspeitado de que havia tanta antocianina ali, na jaboticaba aliás, nem ela nem ninguém. "Os trabalhos a respeito dessa fruta são muito escassos", tenta justificar a pesquisadora, que também mediu a dosagem de antocianinas da amora. Ironia, o fruto da videira saiu perdendo no ranking, enquanto o da jaboticabeira... Dê só uma olhada (o número representa a quantidade de miligramas das benditas antocianinas por grama da fruta): jaboticaba: 314 amora: 290 uva: 227. As antocianinas dão o tom. "Se um fruto tem cor arroxeada é porque elas estão ali", entrega a nutricionista Karla Silva, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, no Rio de Janeiro. No reino vegetal, esse tingimento serve para atrair os pássaros. "E isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da espécie", explica Daniela Terci, da Unicamp. Para a Medicina, o interesse nas antocianinas é outro. "Elas têm uma potente ação antioxidante", completa a pesquisadora de Campinas. Ou seja, uma vez em circulação, ajudam a varrer as moléculas instáveis de radicais livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para a gente compreender por que a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre consumidores de alimentos ricos no pigmento.
  • 2. Ultimamente surgem estudos apontando uma nova ligação: as tais substâncias antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o açúcar no sangue dos diabéticos. Se a maior concentração de antocianinas está na casca, não dá para você simplesmente cuspi-la. Tudo bem, engolir a capa preta também é difícil. A saída, sugerida pelos especialistas, é batê-la no preparo de sucos ou usá-la em geléias. A boa notícia é que altas temperaturas não degradam suas substâncias benéficas. Os sucos, particularmente, rendem experiências bem coloridas. A nutricionista Solange Brazaca, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista, dá lições que parecem saídas da alquimia. "Misturar a jaboticaba com o abacaxi resulta numa bebida azulada", ensina. "Já algumas gotas de limão deixam o suco avermelhado". As variações ocorrem devido a diferenças de Ph e pela união de pigmentos ácidos. Mas vale lembrar a velha máxima saudável: bateu, tomou. "Luz e oxigênio reagem com as moléculas protetoras", diz a professora. Não é só a saúde que sai perdendo: o líquido fica com cor e sabor alterados. Aliás, no caso da jaboticaba, há outro complicador. Delicada, a fruta se modifica assim que é arrancada da árvore. "Como tem muito açúcar, a fermentação acontece no mesmo dia da colheita", conta a engenheira agrônoma Sarita Leonel, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. A dica é guardá-la em saco plástico e na geladeira. Agora, para quem tem uma jabuticabeira, que privilégio! A professora repete o que já diziam os nossos avós: "Jabuticaba se chupa no pé". O branco tem seu valor A bioquímica Edna Amante, do laboratório de frutas e hortaliças da Universidade Federal de Santa Catarina, destaca alguns nutrientes da parte branca e mais consumida da jaboticaba. "É na polpa que a gente encontra ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ainda nos ajuda a eliminar toxinas". Ufa! E não só nessa polpa, mas também na casca escura, você tem excelentes teores de pectina. "Essa fibra tem sido muito indicada para derrubar os níveis de colesterol, entre outras coisas", conta a nutricionista Karla Silva. A pectina, portanto, faz uma excelente dobradinha com as antocianinas no fruto da jabuticabeira. Daí o discurso inflamado dessa especialista, fã de carteirinha: "A jabuticaba deveria ser mais valorizada, consumida e explorada". Nós concordamos, e você? A jaboticabeira Nativa do Brasil, ela costuma medir entre 6 e 9 metros e é conhecida desde o período do descobrimento. "A espécie é encontrada de norte a sul, desde o Pará até o Rio Grande do Sul", diz o engenheiro agrônomo João Alexio Scarpare Filho, da Esalq. Segundo ele, a palavra jabuticaba é tupi e quer dizer "fruto em botão". A invenção é esta: vinho de jabuticaba. O nome não deixa de ser uma espécie de licença poética, já que só pode ser denominado vinho pra valer o que deriva das uvas. Mas, sim, existe um fermentado feito de jaboticaba que, aliás, já está sendo exportado. "O concentrado da fruta passa um ano inteiro em barris de carvalho," conta o farmacêutico- bioquímico Marcos Antônio Cândido, da Vinícola Jabuticabal, em Hidrolândia, Goiás. A jaboticaba é a matéria-prima de delícias já conhecidas, como a geléia e o licor, e também de uma espécie de vinho. Quem provou a bebida garante: é uma delícia. Em 100 gramas ou 1 copo: Calorias 51 Vitamina C 12 mg Niacina 2,50 mg Ferro 1,90 mg Fósforo 14 g. Tire proveito da jaboticaba Atributos, para essa fruta tipicamente brasileira, são o que não faltam. Vitaminas, fibras e sais minerais aparecem nela ao montes. Agora, para melhorar ainda mais esse perfil nutritivo, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas descobriram que ela está cheia de antocianinas, substâncias que protegem o coração. Mais uma razão para que a jaboticaba esteja sempre em seu cardápio. Fonte: http://www.contandohistorias.com.br/histo rias/2006566.php
  • 3. CANA AMARGA Paulo Mendes Campos Um dia, o engenheiro Salgado estava aqui no Rio, por acaso diante de um colégio na hora da saída, quando uma irmã de caridade, fungando desconfiança, perguntou-lhe: — O senhor está esperando criança? — Não, senhora, sou gordo assim mesmo; distúrbio glandular, dizem os médicos. Mas o diálogo insustentável de sua vida nada teve a ver com o seu corpo enorme. Foi em uma estrada de rodagem no interior de Pernambuco. O caminho se adentrava em um canavial, e Salgado, menino de engenho no Ceará, sentiu vontade de chupar cana, parou o carro, afastou os arames da cerca. Cortar cana, enramá-la num feixe é coisa que todo bom nordestino faz em um átimo. Com o molho às costas, preparava-se de novo para sair, quando ouviu uma voz cantada à maneira da terra e de frieza metálica: — Moço. Entre os pés de uma touceira, espingarda na mão, estava um caboclo de olhar tão impessoal e gelado quanto a voz que o chamara. — Às suas ordens, conterrâneo. — Que está fazendo aqui, moço? — Ia passando de automóvel... — Passando por onde, moço? — Aí pela estrada. — E o que está fazendo então aqui dentro, moço? — O senhor queira me desculpar... — Desculpar o que, moço? — Eu ter entrado e apanhado um pouco de cana. — A cana era sua, moço? — Mas o senhor vai compreender... — Compreender o que, moço? — Estou indo pra casa de um irmão e meus sobrinhos gostam muito de cana. — Cana dos outros, moço? — Um pouquinho de cana de nada... — Como é que vai entrando em terra dos outros pra roubar cana, moço? — Bem, eu não queria roubar. — Queria roubar, sim, moço. — Ia procurar alguém e pagar. — Mentira, moço. — Pois então eu pago agora. — Pagar o que, moço? — A cana. Quanto é? — Quanto é o que, moço? — A cana. — Quem está vendendo cana, moço? — Ora, meu irmão, escute uma coisa: essa conversa está ficando aborrecida, já não sou mais criança, vou dar o fora. Pode ficar com a cana. — Espere aí, moço. — Diga logo. — Leve a cana, moço. — Não quero cana. — Leve a cana, moço. — Só pagando. — Não estou vendendo; leve a cana, moço. — Então, muito obrigado, desculpe o mau jeito. — Não há de que, moço. Texto extraído do livro "O cego de Ipanema", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147 NÃO AGUENTO MAIS Orlando Tejo Eu saí da Paraíba, Minha terra tão brejeira, Pra fazer publicidade Na Veneza Brasileira Onde a comunicação É toda em língua estrangeira. É uma ingrizia só O jeito de se falar, O que a gente não compreende, Passa o tempo a perguntar E assim como é que eu vou Poder me comunicar? É bastante abrir-se a boca O “inglês” fala no centro, Nessa Torre de Babel Eu morro e não me concentro…
  • 4. Até parece que estamos De Nova Iorque pra dentro! Lá naquele fim de mundo Esse negócio tem vez Porque quem vive por lá O jeito é falar inglês, Mas, se estamos no Brasil O jeito é falar Português! Por que complicar a guerra Em vez de se esclarecer? E se “folder” é um folheto Por que assim não dizer?… Pois quem me pedir um “folder” Eu vou mandar se folder. Roteiro é “story board” Nesse vai e vem estrangeiro, Parece até palavrão Que se evita o tempo inteiro… Porque seus filhos das putas, A gente não diz roteiro? Estão todos precisando Dos cuidados do Pinel Será feia a nossa língua? É chato nosso papel? Por que esse tal de “out door” Substituir painel? É desrespeito à memória De Camões que foi purista E esse massacre ao vernáculo Não aguenta o repentista Pois chamam “lay out-man” O homem que é desenhista! Matuto da Paraíba, Aqui juro que não fico, Onde até se tem vergonha De um idioma tão rico… Por que se chamar de “free-lancer” Um sujeito que faz bico? Publicidade de rádio Apelidaram de “spot” E tem outras besteiradas Que não cabem num pacote. Acho que acabou o tempo De acabar esse fricote! Por exemplo: “body type” “Midia”, ”top”, “merchandising”, “Checking list”, “past up” (Que se diga de passagem) “Briffing”, “Top de Marketing”, Tudo isso é viadagem! Já é hora de parar com esse festival grosso Para que o nosso idioma Saia do fundo do poço. Para isso eu faço esse “raff”, Isto é –perdão ! – esboço! CONTAR AS BÊNÇÃOS A natureza, caprichosa artesã, jamais repete um alvorecer ou um pôr de sol. A cada amanhecer o céu se veste com cores e tons diferentes. Há manhãs de sol e de muita luz, que nos convidam a despertar sorrindo. Há manhãs cinzentas, em que nuvens escuras e densas cobrem sem piedade os raios dourados do sol. Há tardes em que o poente assume cores que nem mesmo os mais criativos pintores jamais arriscaram usar em seus trabalhos. Há poentes em que a garoa fina domina a paisagem, ocultando, em meio à bruma, até mesmo as árvores mais próximas. Há noites sem luar, quando as sombras invadem nosso olhar e as estrelas distantes parecem senhoras de um brilho ainda mais intenso. Há dias de sol e há dias de chuva. Assim também são os momentos de nossas vidas. Nenhum minuto repete minutos anteriores. Nenhum dia é igual a outro que já vivemos, tampouco será idêntico a algum que ainda vamos viver. A vida é feita de experiências únicas que, somadas, criam o arcabouço de nossa história. Há momentos de alegria e momentos de dor. Há conquistas que nos felicitam. Há perdas que nos dilaceram. Tudo que vivemos e aprendemos integra nossas existências e forma o ser que somos ou que um dia seremos. É evidente que nem todos os momentos são fáceis. Há dificuldades que nos parecem intransponíveis e dores infinitas. Nesses momentos o desalento deita sobre nós o peso do sofrimento e da angústia. Curvamo-nos, incapazes de olhar o horizonte, e só vislumbramos as pedras do caminho. Não somos capazes de perceber a luz do sol que brilha acima das nuvens. Tampouco notamos a beleza das flores que emolduram a nossa estrada. Nessas ocasiões, lembremo-nos de contar as bênçãos recebidas. Enumeremos as dádivas que iluminam nossos dias. São tantas! O corpo físico, instrumento bendito que nos possibilita mais essa jornada terrestre;
  • 5. A família, composta por amores do passado e do presente, oportunizando-nos reconciliação e crescimento conjunto; Os amigos, presenças que nos fortalecem e animam nas mais variadas situações; O trabalho, fonte de recursos materiais a sustentar-nos e engrandecer-nos; A mensagem do Cristo, guiando nossos passos por trilhas de luz, consolando-nos sempre. A natureza exuberante, prova inequívoca da existência e da presença de Deus em nossos dias. Pense nisso! Não deixe que as adversidades ocultem de seus olhos as bênçãos que a vida lhe concede. Se a saúde lhe falta, se os amores se afastaram, ou se os recursos materiais se mostram escassos, não se entregue ao desespero. São apenas dias de chuva a preceder manhãs de sol. São situações passageiras e necessárias para o aprendizado do espírito. Valorize o que de bom você já conquistou. As verdadeiras riquezas não são consumíveis pelo tempo, nem podem ser corroídas pela inveja alheia. Ao contrário, elas integram e integrarão, para sempre, a essência de cada ser, completando-o. Conte as bênçãos que já lhe chegaram às mãos e que hão de fazer eternamente parte da sua existência imortal. Levante os olhos, seque as lágrimas e prossiga sempre. Fonte: Internet A PIADA DA SEMANA Perdão, aos 98 anos. Na missa das seis horas do domingo passado, na igreja de São Paulo apóstolo, em Copacabana, o padre Eusébio perguntou aos fieis, ao final da homilia: - "quantos de vocês já conseguiram perdoar seus inimigos?" A maioria levantou a mão. Para reforçar a visão do grupo, ele voltou a repetir a mesma pergunta e então todos levantaram a mão, menos uma pequena e frágil velhinha que estava na segunda fileira, apoiada numa enfermeira particular. - "Dona Mariazinha? A senhora não está disposta a perdoar seus inimigos ou suas inimigas?" - "eu não tenho inimigos!" respondeu ela, docemente. - "Senhora Mariazinha, isto é muito raro!" disse o sacerdote. E perguntou: "quantos anos tem a senhora? E ela respondeu: - "98 anos!" A turma presente na igreja se levantou e aplaudiu a idosa, entusiasticamente. - "Doce senhora Mariazinha, será que poderia vir contar para todos nós como se vive 98 anos e não se tem inimigos?" - "com prazer", disse ela. Aí aquela gracinha de velhinha se dirigiu lentamente ao altar, amparada pela sua acompanhante e ocupou o púlpito.. Virou-se de frente para os fiéis, ajustou o microfone com suas mãozinhas trêmulas e então disse em tom solene olhando para os presentes, todos visivelmente emocionados: - "porque já morreram todos, aqueles filhos das putas!" oOo Acessar: www.r2cpress.com.br PS. JULHO, 10 ANOS DO AN, EDIÇÃO COMEMORATIVA.