- O ensino cirúrgico tradicionalmente usou um modelo artístico de mestre e aprendiz, com a cirurgia experimental sendo parte crítica para treinar procedimentos específicos em diferentes espécies.
- Partes de animais como línguas de boi são uma grande alternativa à cirurgia experimental completa e auxiliam no treino de habilidades.
- Novas ferramentas como simuladores e medidas de desempenho devem ser incorporadas a um currículo formal para orientar o treinamento cirúrgico.
1. Prof. Dr. Paolo SalvalaggioProf. Dr. Paolo Salvalaggio
Faculdade de Ciências Médicas da Santa CasaFaculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
São Paulo, 28 de junho de 2013São Paulo, 28 de junho de 2013
MODELOS DE ENSINO EMMODELOS DE ENSINO EM
CIRURGIACIRURGIA
2. OBJETIVOSOBJETIVOS
• Rever o ensino da cirurgiaRever o ensino da cirurgia
• Papel da cirurgia experimentalPapel da cirurgia experimental
• Cirurgia experimentalCirurgia experimental
- definiçãodefinição
- modelos utilizados e aplicaçõesmodelos utilizados e aplicações
- prós/contrasprós/contras
- AlternativasAlternativas
• Novos avanços em educação cirúrgicaNovos avanços em educação cirúrgica
• Perspectivas em educação cirúrgicaPerspectivas em educação cirúrgica
3. ENSINO DE CIRURGIAENSINO DE CIRURGIA
• Método de aprendizagemMétodo de aprendizagem
“artístico”: mestre para o“artístico”: mestre para o
aprendizaprendiz
••Formalizado na Europa porFormalizado na Europa por
séculosséculos
4. ““The orderly exposure ofThe orderly exposure of
graduated clinical experiencegraduated clinical experience
during several years underduring several years under
the tutelage of a dedicatedthe tutelage of a dedicated
senior surgeon…”senior surgeon…”
Halsted (1852-1922)Halsted (1852-1922)
5. Halsted (1852-1922)Halsted (1852-1922)
→→ Cirurgia experimental :Cirurgia experimental :
Cirurgiões necessitavam treinar eCirurgiões necessitavam treinar e
demonstrar habilidades antes de iniciardemonstrar habilidades antes de iniciar
processo de aprendizadoprocesso de aprendizado
6. ““Cirurgia experimentalCirurgia experimental é aquelaé aquela
praticada em animais depraticada em animais de
experimentação, definidos comoexperimentação, definidos como
sendo ossendo os VERTEBRADOSVERTEBRADOS
utilizados parautilizados para ensino, pesquisaensino, pesquisa
ou testesou testes””
(National Research Council, EUA)(National Research Council, EUA)
7. MODELOS DE ENSINO EMMODELOS DE ENSINO EM
CIRURGIA EXPERIMENTALCIRURGIA EXPERIMENTAL
• DIFERENTES ANIMAISDIFERENTES ANIMAIS
• DIFERENTES HABILIDADESDIFERENTES HABILIDADES
• DIFERENTES ESPECIALIDADESDIFERENTES ESPECIALIDADES
8. ROEDORESROEDORES
• Animais de experimentação maisAnimais de experimentação mais
utilizadosutilizados
• Ratos, camundongos, hamsteresRatos, camundongos, hamsteres
• Utilizados mais em pesquisas/testes eUtilizados mais em pesquisas/testes e
menos em ensinomenos em ensino
9. SUTURAS EM ROEDORESSUTURAS EM ROEDORES
• Técnicas básicas deTécnicas básicas de
suturasutura
•Uso de fios eUso de fios e
instrumentaisinstrumentais
•Prática de nósPrática de nós
10. ANIMAIS DE MÉDIO PORTEANIMAIS DE MÉDIO PORTE
• Animais de experimentação maisAnimais de experimentação mais
utilizados para ensinoutilizados para ensino
• Ovelhas, cães, suínos e primatasOvelhas, cães, suínos e primatas
12. SUÍNOSSUÍNOS
• Animais de escolha no nosso meioAnimais de escolha no nosso meio
• Anatomia muito semelhante aAnatomia muito semelhante a
humanahumana
• Cirurgias torácicas, abdominais,Cirurgias torácicas, abdominais,
acessos de emergênciaacessos de emergência
13. Cirurgia do Doador em SuínosCirurgia do Doador em Suínos
Técnica de Extração MultiorgânicaTécnica de Extração Multiorgânica
ClássicaClássica (Starzl,1984)(Starzl,1984)
Incisão mediana
tóraco-abdominal
23. PrimatasPrimatas
• Uso extremamente restrito emUso extremamente restrito em
pesquisa e ensino (<0.5%)pesquisa e ensino (<0.5%)
• Cirurgias cardíacas e novosCirurgias cardíacas e novos
procedimentos/produtosprocedimentos/produtos
25. CIRURGIA VASCULARCIRURGIA VASCULAR
• Sutura arterial e venosaSutura arterial e venosa
• Modelos de ateroscleroseModelos de aterosclerose
• Carrel-Premio NobelCarrel-Premio Nobel
28. OFTALMOOFTALMO
• Coelho, porco e cãoCoelho, porco e cão
• Estruturas delicadas comoEstruturas delicadas como
córnea e cristalinocórnea e cristalino
• Uso microscópioUso microscópio
30. USO DE PARTES DE ANIMAISUSO DE PARTES DE ANIMAIS
•Disponível fora horário de aulaDisponível fora horário de aula
•ReaproveitávelReaproveitável
•Baixo custo, regulamentaçãoBaixo custo, regulamentação
•fácil manuseio, transporte,fácil manuseio, transporte,
estocagem e eliminaçãoestocagem e eliminação
31. LÍNGUA DE BOILÍNGUA DE BOI
•Suturas, nós e retalhosSuturas, nós e retalhos
•Aluno tem que preparar aulaAluno tem que preparar aula
•2 alunos/kit+1preceptor até 152 alunos/kit+1preceptor até 15
alunosalunos
•Diferentes partes língua simulamDiferentes partes língua simulam
diferentes partes da pelediferentes partes da pele
35. COMPUTADORES, SIMULADORESCOMPUTADORES, SIMULADORES
E REALIDADE VIRTUALE REALIDADE VIRTUAL
• Poucos modelosPoucos modelos
• Difícil obter todas variáveisDifícil obter todas variáveis
com qualidadecom qualidade
• Bons resultados em Vídeo eBons resultados em Vídeo e
endoscopiaendoscopia
• 3D3D
36. CADÁVERESCADÁVERES
• Dissecções vasculares eDissecções vasculares e
anastomosesanastomoses
• Sequencia e tática cirúrgicaSequencia e tática cirúrgica
• Preservação pode ser empecilhoPreservação pode ser empecilho
• Mesmas dificuldades legais e deMesmas dificuldades legais e de
custo que cirurgia experimentalcusto que cirurgia experimental
• Não simula sangramento eNão simula sangramento e
alterações fisiológicasalterações fisiológicas
38. MODELOS SINTÉTICOSMODELOS SINTÉTICOS
• Para habilidades específicasPara habilidades específicas
• Dificuldade de simular: velocidadeDificuldade de simular: velocidade
de reação e profundidadede reação e profundidade
• Estoque, reposição,Estoque, reposição,
manutenção e customanutenção e custo
39. MUDANÇAS NO ENSINO EMMUDANÇAS NO ENSINO EM
CIRURGIACIRURGIA
• Centros cirúrgicos: maior produtividade,Centros cirúrgicos: maior produtividade,
melhores resultados e com processosmelhores resultados e com processos
mais eficientes/baratosmais eficientes/baratos
• Menos tolerante ao erro médicoMenos tolerante ao erro médico
• Novas tecnologias e doenças diferentesNovas tecnologias e doenças diferentes
• Cirurgias e pacientes mais complexosCirurgias e pacientes mais complexos
40. MUDANÇAS NO ENSINO EMMUDANÇAS NO ENSINO EM
CIRURGIACIRURGIA
• Uso de animais: não mais irrestritoUso de animais: não mais irrestrito
• Treinamento mais compactoTreinamento mais compacto
• Limite horas/semanaLimite horas/semana
43. MEDIR ADESTRAMENTO COMO PARTE DOMEDIR ADESTRAMENTO COMO PARTE DO
PROCESSO SELETIVO E DEPROCESSO SELETIVO E DE
LICENCIAMENTOLICENCIAMENTO
• Variáveis específicas que podemVariáveis específicas que podem
ser medidasser medidas
• Inserido no curriculum treinamentoInserido no curriculum treinamento
• Inserido em exames deInserido em exames de
especialistasespecialistas
• Necessidade de re-certificaçãoNecessidade de re-certificação
46. SUMÁRIOSUMÁRIO
• Modelo ARTÍSTICO de ensinoModelo ARTÍSTICO de ensino
cirúrgicocirúrgico
• Cirurgia experimental é parte crítica:Cirurgia experimental é parte crítica:
- Espécie/procedimento específicoEspécie/procedimento específico
- Partes de animais são grande alternativaPartes de animais são grande alternativa
• Medir performance e usar novasMedir performance e usar novas
ferramentas que formem umferramentas que formem um
curriculumcurriculum