Um cenário das políticas dos repositórios temáticos brasileiros
1. Um cenário das políticas dos
repositórios temáticos brasileiros
Autores
Anderson Silva de Araujo – Bibliotecário e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Arthur Philipe Cremonez da Silva Vianna – Graduando em Biblioteconomia e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Bruna Beltrão Belinato – Bibliotecária e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Clarissa Cezario da Cunha – Bibliotecária e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Debora Vilar Melo – Bibliotecária e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Diego Martins Aragão da Silva – Bibliotecário e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Diogo Ramos Marinho – Bibliotecário e Bolsista de Pesquisa do Laboratório LICTS
Luis Guilherme Gomes de Macena - Bibliotecário e Bolsista de Pesquisa do Laboratório
1 a 4 de Outubro de 2019
Manaus - Amazonas
2.
3. Introdução
• A criação dos Repositórios Digitais (RD) tem contribuído para a
remodelagem das estruturas do conhecimento científico.
• Com a Declaração de Budapeste em 2002, alcançou um novo cenário
nas áreas de ensino e pesquisa na acessibilidade da produção
científica, objetivando alcançar as publicações científicas, no uso do
Repositório Institucional (RI).
• Além do RI que tem por objetivo disseminar a produção intelectual de
uma organização, há o Repositório Temático (RT) que reúne
documentos de uma(s) área(s) temática(s).
4. Introdução
• Kuramoto (2006, p. 83), afirma que os RTs “são um conjunto de
serviços oferecidos por uma sociedade, associação ou organização,
para gestão e disseminação da produção técnico-científica em meio
digital, de uma área ou subárea específica do conhecimento
• Sendo assim, a relevância temática, se bem tratada com uma
curadoria especializada, é uma das principais vantagens do RT pela
sua capacidade de reunir uma bibliografia de determinada disciplina,
que centraliza publicações.
5. Proposta
• O presente trabalho propõe-se a identificar os RTs brasileiros
cadastrados no diretório Directory of Open Access Repositories
(OpenDOAR), analisá-los quanto as características em consonância
com a literatura da Ciência da Informação, avaliar se os repositórios
cadastrados possuem políticas e qualifica-las quanto a sua tipologia.
• Apresentar o panorama dos repositórios cadastrados no OpenDOAR
e provocar uma reflexão sobre o cenário brasileiro das iniciativas de
RT.
6. Metodologia
• A princípio foi cogitado buscar a lista de Repositórios Brasileiros em
Acesso Aberto, disponibilizada pelo portal do Instituto Brasileiro de
Informação, Científica e Tecnológica - IBICT, entretanto a página
estava fora do ar, por isso recorreu-se ao OpenDOAR, um diretório
global de Acesso Aberto de Repositórios e suas políticas.
• A busca foi realizada em janeiro de 2019.
7. Metodologia
• Etapa 1: Busca e seleção de RDs registrados no diretório OpenDOAR com
o seguinte critério: delimitação geográfica, Brasil;
• Etapa 2: Elaboração de uma planilha com os dados dos repositórios, para
observar as seguintes características: tipologia, financiamento, software,
área de conhecimento, data do último depósito e existência de política
norteadora;
• Etapa 3: Análise dos repositórios para qualificar as características
apontadas na etapa anterior;
• Etapa 4: Observação dos tipos de políticas, quando disponível;
• Etapa 5: Análise e discussão dos resultados.
8. Resultados parciais
• Dentre os 99 repositórios cadastrados no OpenDOAR, que os
classifica como institucional, governamental e temático, somente 11
deles (11%) são classificados como disciplinares/temáticos.
• Pode-se considerar que apenas quatro deles (4 %) são realmente
RT, de acordo com Kuramoto (2006).
2
11 7
79
Aggregating Disciplinary Governmental Institutional
Tipologia
54%
46% Produção da instituição
Outras
Fonte: Própria pesquisa (2019).
9. Resultados parciais
• Em relação a política dos repositórios dois (2%) RTs possuem
políticas norteadoras e 98% (97 repositórios) não possuem políticas
norteadoras ou relacionadas a sua missão.
• Foi identificada uma questão importante, considerada ao longo da
pesquisa: ausência de curadoria da informação cadastrada no
OpenDOAR.
60
33
3 3
0
10
20
30
40
50
60
70
Não Sim Sem aceso Duplicado
Posssui política do
repositório? 55
25
3 3
Não Sim Duplicado Sem aceso
Possui outras políticas?
Fonte: Própria pesquisa (2019).
10. Resultados parciais
• Políticas norteadoras: É imprescindível que a política estabeleça: objetivo;
equipe, instâncias e atribuições; mandato e mecanismos de
acompanhamento; arquitetura da informação; gestão de coleções;
metadados; tipologias, formatos e tamanho de arquivos; direito autoral e
embargo (formas de acesso); formas de povoamento, fluxo de trabalho;
tratamento da informação; preservação digital e atualização.
• Até o momento do fechamento deste trabalho, foram identificados que 3
repositórios pertencem a esfera pública e 5 da esfera particular.
71
15
7
4 2
Institucionais Outros Sem acesso Temáticos Duplicado
Tipologia
69%
19%
3%
9%
Pública
Particular
Duplicado
Sem acesso
Fonte: Própria pesquisa (2019).
11. Considerações finais
• Apresentar o cenário de Repositórios classificados como temáticos, como
ferramenta de organização e disseminação da produção científica, necessita de
políticas norteadoras para o seu funcionamento.
• Diante dos preliminares apresentados, torna-se necessário questionar iniciativas
e repositórios que possuem políticas, e que não estão cadastrados na fonte de
pesquisa.
12. Considerações finais
• RTs têm seus vínculos conectados com a comunidade científica.
Espera-se que este trabalho possa contribuir para futuros estudos
sobre RTs.
• Busca reforçar também a importância da divulgação da missão dos
RTs, de suas políticas, e de diretrizes de funcionamento.
13. Referências
• BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE. Read the Budapest Open Access Initiative [sede Web]. Budapest, Hu: Open Society
Ins- titute; 2002. Disponível em: http://www. soros.org/openaccess/read. Acesso em: 20 jan. 2019.
• GUIMARÃES, Maria Cristina Soares, SILVA, Cícera Henrique da; NORONHA, Ilma Horsth. Los repositorios temáticos en la
estrategia de la iniciativa Open Access. Nutricion Hospitalaria, v. 27, supl. 2, nov. 2012. Disponível em:
http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-16112012000800005. Acesso em: 12 jan. 2019.
• GUIMARÃES, Maria Cristina Soares et al. Repositório temático na área de saúde mental: A contribuição brasileira em acesso livre.
In: Atas do VIII Encontro Ibérico EDICIC, 2017. p. 247-256. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6598962. Acesso em: 12 jan. 2019.
• KURAMOTO, Hélio. Informação científica: proposta de um novo modelo para o Brasil. Ciência da Informação, v. 35, n. 2, p. 91-
102, 2006. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1144/1305. Acesso em: 20 jan. 2019.
• MUELLER, Suzana Pinheiro Machado (Org.). Métodos para pesquisa em Ciência da Informação. Brasília: Thesaurus, 2007.
14. • Laboratório de Informação Científica e Tecnológica em Saúde - LICTS
• https://www.icict.fiocruz.br/
• https://repositorio.observatoriodocuidado.org/