O documento discute medidas de saúde coletiva e indicadores epidemiológicos. Ele explica que medir a saúde de populações é importante para promover qualidade de vida e planejar ações de saúde pública. Descreve os principais indicadores como taxas de mortalidade, prevalência, incidência e letalidade, e como eles são calculados para fornecer informações sobre o estado de saúde de uma população.
2. Por que realizar medidas da saúde?
Saúde expressa qualidade de vida
Assim... mensurar a saúde significa promover
qualidade de vida
3. Importância
A quantificação de variáveis populacionais é uma
importante etapa da promoção da saúde.
Segundo a Constituição Federal 1988:
Art 3° - (...), a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, o acesso aos bens e
serviços essenciais.“
São as causas do binômio saúde-doença, assim A
Epidemiologia surge como o instrumental científico
capaz de analisar os diversos componentes desta
rede causal.
4. Histórico - Ontem
As estatísticas de saúde surgiram primeiramente como
uma forma de registrar e identificar os problemas de
saúde das comunidades, visando controlar as
doenças e os doentes, controle que melhoraria a
organização das cidades, a produção econômica e o
resguardo das classes sociais mais abastadas. As
estatísticas apontavam grupos e áreas de risco,
levando à exclusão social aqueles que se
encontrassem doentes
5. Hoje
Com a evolução do conceito de saúde e a
compreensão de promoção da saúde, as estatísticas
de saúde passaram a estar lado a lado com a
discussão social e clínica. Tomou-se claro que os
números não valeriam de nada sem a compreensão
de que a saúde depende de condições sociais.
6. Tendo em vista estes pressupostos...
Os indicadores de saúde se tornam construções
estatísticas que permitem:
1 - Avaliar o estado de saúde das populações
2 - Propor ações destinadas a melhorá-Ia, mantê-Ia
e/ou prevenir as doenças e suas complicações
3 - Planejar, administrar e avaliar as ações de
saúde;
4 - São um instrumento indispensável na concepção
do Sistema Único de Saúde no Brasil e, portanto, na
promoção do bem-estar de toda a população.
7. Como funciona....
Medir saúde é uma tarefa complicada, tendo em
vista as dificuldades de conceituá-la, de
acompanhá-Ia e de sistematizar parâmetros para
estas definições.
Por esta razão a Epidemiologia opta por medir a
saúde de forma indireta, pela não-saúde, ou seja,
pela ocorrência de doenças e de mortes
9. Valores absolutos
São indicadores de saúde construídos
estatisticamente com valores numéricos
absolutos.
Por exemplo, número de casos de AIDS, número de
gestantes, etc.
Estado
Casos de Dengue
Roraima
562
Amazonas
296
São Paulo
3697
Pará
482
Espírito Santo
11427
10. Valores Relativos
São indicadores de saúde construídos
estatisticamente a partir da relação entre dois fatos
ou eventos. Sua maior importância reside em
permitir comparações e levantamento de
prioridades
Se dividirmos o numero de casos pela população
temos:
Pará – 7,3 para 100.000
Roraima – 157,3 para 100.000
11. Principais indicadores
Taxa de Mortalidade
Taxa de Prevalência
Taxa de Incidência
Taxa de Letalidade
Taxa de Morbidade
12. Taxa de Mortalidade
Os coeficientes de mortalidade medem a
probabilidade que qualquer pessoa da população
tem de morrer, em determinado local e ano
Numero de obitos totais no tempo X e lugar Y
População total
Taxas elevadas podem estar associadas a baixas
condições socioeconômicas ou refletir elevada
proporção de pessoas idosas na população total.
14. Coeficiente de Mortalidade por
Causas
É o risco que uma pessoa de determinada
população tem de morrer por uma determinada
doença (sarampo, diabetes...), ou por
agrupamentos de causas (doenças do aparelho
digestivo, neoplasias...).
No total de mortos por uma causa
População na mesma área
15. Taxa de Prevalência
Índica a relação entre o número de casos
existentes de uma dada doença e a população,
num determinado período de tempo, independente
de serem casos novos ou antigos.
No Casos conhecidos de uma doença x 10n
População
16. Taxa de Prevalência
No Brasil, no ano de 1996, foram registrados
17.775 novos casos de AIDS e já estavam em
tratamento 109.168. Com uma população
estimada em 157 milhões qual a prevalência da
AIDS em 1996?
17. Taxa de Incidência
Mede a frequência de casos novos de tal
doença em determinado local e tempo.
No de casos de uma doença em determinada comunidade em
certo período de tempo
No de pessoas expostas ao risco de adquirir a doença no
referido período
23. Taxa de Letalidade
Mede o risco de morrer nas pessoas doentes;
avalia a capacidade que uma determinada doença
possui, de provocar a morte em indivíduos
acometidos por ela - mede, em outras palavras, a
gravidade da doença.
Dos 120 casos de cólera na região norte do Brasil
63 morreram, qual a taxa de letalidade?