O documento resume as principais concepções éticas de diferentes períodos históricos, destacando Aristóteles, Santo Agostinho e Immanuel Kant. Aristóteles defendia que a felicidade é o fim último do ser humano e que a virtude é alcançada por meio da razão. Santo Agostinho introduziu a ideia de livre-arbítrio e que cada um pode escolher entre o bem e o mal. Kant defendia que a razão humana pode elaborar normas universais e que um ato só é moral quando praticado por dever.
2. INTRODUÇÃO
Vejamos de forma resumida, algumas das reflexões éticas que marcaram
os grandes períodos históricos.
Daremos destaque às concepções de Aristóteles, na Antiguidade, Santo
Agostinho, na Idade Média, Immanuel Kant, na Idade Moderna.
3. Antiguidade: ética grega
Os sofistas – concepção da ética relativista ou subjetivista.
Sócrates – moral universal – ética racionalista. O ser humano é
essencialmente razão. E é na razão que devem ser fundamentadas as
normas e costumes morais.
Platão – racionalismo ético – dualismo (corpo e alma). Defendeu a
depuração do mundo material para alcançar a ideia de bem.
4. Aristóteles – procurou construir uma ética mais realista, mais próxima do
indivíduo concreto.
• Para tanto perguntou-se sobre o fim do último do ser humano. Para que
tendemos? E respondeu: para a felicidade.
• Essa felicidade última e maior se encontra na vida teórica.
• O homem que se desenvolve no plano teórico, pode compreender a
essência da felicidade e, de forma consciente, guiar sua conduta.
• Agir corretamente seria praticar virtudes.
5. Idade Média: ética cristã
Abandono da visão mundana: centrou a busca da perfeição moral no
amor a Deus.
Emergência da subjetividade: tratou a moral do ponto de vista
estritamente pessoal, como uma relação entre cada indivíduo e Deus,
isolando-o de sua condição social.
Santo Tomás de Aquino (séc. XIII) recuperou da ética aristotélicas a ideia
de felicidade como fim último do ser humano, mas cristianizou essa noção
ao identificar Deus como a fonte dessa felicidade.
6. Ética do livre-arbítrio:
Santo Agostinho (354-430):
- necessidade de elevação ascética para compreender os desígnios de
Deus.
- ideia da imortalidade da alma.
- Introduziu a ideia de liberdade como livre-arbítrio, isto é, noção de que
cada indivíduo tem a possibilidade de escolher como agir, de acordo
com sua própria vontade.
- O indivíduo pode optar por aproximar-se de Deus ou por afastar-se Dele.
- O indivíduo pode escolher entre o bem e o mal.
7. Idade Moderna: ética antropocêntrica
Com o final da Idade Média, o homem torna-se novamente o centro de
interesse por meio do humanismo.
No Iluminismo, essa orientação fica mais evidente, pois os filósofos passam
a defender a ideia de que a moral deve ser fundamentada não mais em
valores religiosos, e sim naqueles oriundos da compreensão do que é a
natureza humana.
8. Ética do dever
• Immanuel Kant (1724-1804) aponta a razão humana como uma razão
legisladora, capaz de elaborar normas universais.
• A noção kantiana de dever confunde-se com a própria noção de
liberdade.
• Um ato só pode ser considerado moral quando praticado de forma
autônoma, consciente e por dever. Essa exigência é denominada por Kant
de imperativo categórico.
• A ética kantiana é uma ética formal.