SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 12
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Uma síntese conceitual acerca de competências individuais e
        organizacionais que podem influenciar o desempenho de
                             pesquisadores

                  Carlos Fernando Jung (PPGEP/UFRGS) carlosfernandojung@gmail.com
                Fernando Gonçalves do Amaral (PPGEP/UFRGS) amaral@producao.ufrgs.br
                          Alexandre Weindorfer (FACCAT) weindorfer@faccat.br
                 Carla Schwengber ten Caten (PPGE/UFRGS) tencaten@producao.ufrgs.br



Resumo:
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade elaborar uma síntese
conceitual sobre competências individuais e organizacionais com o propósito de contribuir para um
melhor entendimento acerca do tema por parte de gestores institucionais, coordenadores e
pesquisadores de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Como resultado foi elaborado e
proposto um modelo sistêmico que representa as interações entre os subsistemas Organizacional,
Técnico, Social, Ambiente Externo e os elementos que compõem as competências. O estudo mostra
que é fundamental conhecer e desenvolver as competências dos recursos humanos envolvidos, já que a
eficácia do processo de pesquisa e desenvolvimento é resultante de um fenômeno sistêmico.
Palavras chave: Gestão de Competências, Pesquisa e Desenvolvimento, Habilidades, Tecnologia



       A conceptual synthesis about individual and organizational
     competencies that can influence the performance of researchers

Abstract
This paper presents the results of a research that aimed to develop a conceptual synthesis of individual
and organizational competencies in order to contribute to a better understanding of the subject by
institutional managers, engineers and researchers in R & D projects The result was drafted and
proposed a systemic model that represents the interactions between subsystems Organizational,
Technical, Social and External Environment, and the elements that make up competencies. The study
shows that it is essential to understand and develop the competence of human resources involved,
since the effectiveness of the process of research and development is the result of a systemic
phenomenon.
Key-words: Competence Management, Research and Development, Ability, Technology.
1 Introdução
Um projeto pode ser entendido como um sistema que engloba recursos humanos, materiais,
financeiros e atividades que devem atender o objetivo pretendido dentro de um determinado
prazo (REID e BRETANI, 2004), e é executado em um contexto organizacional onde
interagem competências e habilidades (MAXIMIANO, 1997). As atividades exigem
desenvolvimento e o gerenciamento de fornecedores (pessoas e as correspondentes
competências) internos e externos. Assim, administrar um projeto é uma atividade coletiva,
que exige a habilidade de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos orientando-os para a
realização das metas propostas (DANNEELS e KLEINSCHMIDT, 2001).
Lima (1999) afirma que em ambientes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) existem
questões fundamentais que devem ser levadas em conta, para um satisfatório desenvolvimento
de projetos, por exemplo: (i) a infra-estrutura operacional da instituição que será utilizada nas
atividades de P&D; (ii) os resultados que podem ser obtidos nos projetos e nos processos das
pesquisas tecnológicas; (iii) a visão sistêmica do gestor e pesquisadores em relação ao
gerenciamento dos projetos; e (iv) a política de gestão de recursos humanos aplicada e
desenvolvida nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento.
A equipe que compõe um projeto de pesquisa e desenvolvimento normalmente é formada por
um coordenador/pesquisador, pesquisadores, auxiliares de pesquisa e auxiliares
administrativos. Uma das principais dificuldades é que tanto o coordenador do projeto como
os demais pesquisadores pela sua formação, quase que exclusivamente acadêmica, se
qualificaram muito mais a trabalhar com infra-estruturas tecnológicas (materiais e
equipamentos) do que com os recursos humanos (YUSUF, 2007).
Corroborando com este cenário, Rabechini Jr., Carvalho e Laurindo (2002) afirmam que em
pesquisa realizada sobre a gestão de projetos de P&D , a maioria dos entrevistados (63%)
revelou que não receberam nenhum treinamento, pela organização, para desempenhar suas
funções de forma adequada nos projetos em que trabalharam. Na mesma pesquisa, estes
autores constataram que a principal habilidade para obter sucesso na gestão de projetos está
relacionada à capacidade de gerenciar as relações humanas, resolvendo conflitos e
estimulando as pessoas.
Em recente pesquisa publicada por Jung et al. (2009) que teve por finalidade analisar e
sintetizar os problemas que afetam as competências de pesquisadores e ocasionam casos de
insucesso em (P&D) no Programa de Pólos de Inovação Tecnológica do RS, os resultados
evidenciaram que as causas são sistêmicas e multidimensionais. Os autores afirmam que as
competências dos pesquisadores podem ser afetadas pelas condições físicas infra-estruturais,
como, também, pelas condições psicológicas de trabalho. O estudo demonstrou que são
múltiplos os fatores que podem estar afetando as competências dos pesquisadores dos Pólos
de Inovação. No entanto, existem também fatores externos ao Programa que podem
influenciar no desempenho, não sendo possível atribuir apenas às competências humanas os
casos de insucesso em P&D.
Este artigo tem por finalidade elaborar uma síntese conceitual sobre competências com a
finalidade de contribuir para um melhor entendimento por parte de gestores institucionais,
coordenadores e pesquisadores de projetos de P&D acerca das especificidades e
peculiaridades deste tema. O trabalho aborda, em especial, as teorias propostas por Spearman
(1927), Thurstone (1938), Guilford (1967), Cattell (1971), Carroll (1993) e McGrew e
Flanagan (1998) que tratam de explicar os tipos e características das habilidades individuais
que podem contribuir como fatores determinantes nos resultados das atividades humanas. O
artigo está organizado de seguinte forma: a seção 2 apresenta o referencial teórico, na seção 3
é proposta uma discussão do referencial e a seção 4 traz as conclusões.
2 Referencial teórico
2.1 Competências
Em virtude do cenário competitivo atual os setores empresariais têm cada vez mais investido
no desenvolvimento das competências. A gestão de competências passou a ser um
instrumento estratégico para se obter vantagem competitiva, papel antes dado quase que
exclusivamente a tecnologia (LICHTENTHALER e LICHTENTHALER, 2004).
Pucik, Thichy e Barnett (1992), Prahalad e Hamel (1990) e Bartlett e Ghoshal (1987) referem
que os meios de vantagem competitiva, tais como tecnologia e mão-de-obra de baixo custo,
não mais se revelam suficientes para se obter uma posição de destaque no mercado. Os
indivíduos e as correspondentes competências passam a ser enfatizados como elementos de
diferenciação estratégica na gestão de projetos.
As competências devem ser desenvolvidas levando-se em conta o indivíduo como um ser
sistêmico (MIRABILE, 1997). Formar uma equipe com elevado desempenho para atividades
de pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas não é investir somente no processo
de aprendizagem de novos conhecimentos acadêmicos (CONDE, 2001), mas, também
identificar e promover o desenvolvimento das habilidades cognitivas pessoais (MOEHRLE et
al., 2005).
Fleury e Fleury (2004) afirmam que competências organizacionais são um conjunto de
conhecimentos, comportamentos, habilidades e tecnologias que uma organização possui em
um determinado período e devem ser canalizadas de maneira integrada à produção e relação
com o mercado visando melhorar a produtividade e rentabilidade. Corroborando, Paquay et
al. (2001) referem que em uma organização as competências profissionais representam um
conjunto formado por conhecimentos, posturas, e atitudes necessárias ao satisfatório exercício
das atividades profissionais.
As competências organizacionais são estratificadas por Fleury e Fleury (2004) em quatro
dimensões, são elas: (i) competências essenciais, (ii) competências distintas (diferencial
reconhecido pelo cliente), (iii) competências organizacionais ou coletivas e (iv) competências
individuais, Figura 1.

                              Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo,
        Competências
                              que são a chave para a sobrevivência da empresa e centrais para
        Essenciais            sua estratégia.

                              Competências e atividades que os clientes reconhecem como
        Competências          diferenciadores de seus concorrentes e que provêm vantagens
        Distintivas           competitivas.

        Competências          Competências coletivas associadas ás atividades -meios e às
        Organizacionais       atividades-fins.

                              Saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar,
        Competências          integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que
        Individuais           agreguem valor econômico à organização e valor social ao
                              indivíduo.

           Figura 1 – Dimensões da competência organizacional segundo Fleury e Fleury (2004)
No entanto, Ruas (2001) considera que as competências organizacionais são compostas pelas
essenciais, funcionais (ambas coletivas) e pelas individuais, conforme pode ser visto na
Figura 2.
Dimensões                  Descrição                              Dimensões
                         São as competências que                Devem estar presentes em todas as
                         diferenciam a empresa perante          áreas, grupos e pessoas da
       Essenciais
                         concorrentes e clientes e constituem   organização, embora em níveis
                         a razão de sua sobrevivência.          diferenciados.
                         São as competências específicas a
                         cada uma das áreas vitais da           Estão presentes entre os grupos e
       Funcionais
                         empresa (vender, produzir,             pessoas de cada área.
                         conceber, por exemplo).
                                                             Apesar da dimensão individual,
                         São as competências individuais e   podem exercer importante
       Individuais       compreendem as competências         influência no desenvolvimento das
                         gerenciais.                         competências dos grupos ou até
                                                             mesmo da organização.
               Figura 2 – Dimensões da competência organizacional segundo Ruas (2001)
Prahalad e Hamel (1990) dizem que competência é algo que deve ser percebido pelo cliente,
são habilidades que permitem à empresa oferecer um benefício fundamental ao cliente, sendo
tudo aquilo que possa representar um diferencial em relação aos concorrentes. Giacobbo et al.
(2004) consideram também que as competências essenciais podem a longo prazo viabilizar
uma expansão baseada na busca por novos produtos e serviços a partir de um produto ou
serviço já existente.
Corroborando, Mirabile (1997) diz que estas competências possuem um caráter estratégico e
são abrangentes. As competências essenciais podem fomentar ações que culminem no sucesso
da organização, viabilizando condições para competitividade tão necessárias para a
sobrevivência das empresas (RUAS, 2001). Segundo Parry (1996), a competência é formada
por um conjunto de conhecimentos obtidos formalmente ou não, habilidades e atitudes que
influenciam e determinam a maioria das atividades realizadas por um indivíduo, como
também, determinam o resultado de uma tarefa. Para esse autor a competência pode ser
mensurada quando comparada com padrões aprovados e validados e, pode ser aperfeiçoada
através do desenvolvimento das habilidades.
Já para Alves, Bomtempo e Coutinho (2005) os estudos e conceitos existentes sobre as
competências são bastante apropriados para compreender a dinâmica da inovação dentro de
um cenário voltado para a aprendizagem e a geração de conhecimento. No entanto, referem
que a identificação precisa das competências nas empresas e a conseqüente utilização
estratégica ainda apresentam problemas práticos. Aponta Durand (2000) que estes problemas
centram-se na ausência de metodologias operacionais que permitam a aplicação concreta do
conceito de competências.
Para Santos (2001), competência não é apenas um conjunto de conhecimentos e habilidades
para a realização de uma atividade (saber fazer), mas também atitudes, valores e
características individuais vinculadas a obtenção de um satisfatório desempenho no trabalho
(saber agir e querer fazer). Neste caso, Perrenoud (2000) salienta que a competência é a
capacidade de processar, mobilizar e gerenciar diversos recursos para enfrentar um
determinado tipo de situação gerada em determinada atividade profissional. Corroborando,
Rodriguez et al. (2002) e Carvalho (2002) afirmam que competência é a capacidade de
articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o
desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho.
Este conceito baseado também na “eficaz” solução das tarefas é fundamento por Hipólito
(2001) quando refere que o conceito de competência ampliou-se. Além de considerar o
conjunto de conhecimentos adquiridos, habilidades e atitudes de um indivíduo, considera
também que os resultados da produção são decorrentes da própria mobilização, isto é,
incorpora o valor adicionado pelo indivíduo ao empreendimento ou produto final.
Refere Ubeda (2003) que existem duas linhas de pensamentos sobre o termo “competência”: a
linha americana sob a denominação “competency” e a linha européia sob a denominação
“competence”. A principal diferença entre os estudos sobre competência refere-se à forma
com que é vista: como inputs (conhecimentos) ou outputs (resultados) do comportamento
humano (MANFREDI, 1998). Neste caso Ubeda (2003) diz que no Reino Unido as
competências são consideradas como outputs porque os indivíduos são avaliados por “graus
de competência”, conforme os resultados obtidos ou, o quanto estes superam os padrões de
trabalho existentes.
Dejours (1997) salienta que a competência do indivíduo depende do contexto social, é
dependente tanto de um indivíduo quanto do outro, ou seja, depende do coletivo. A
competência deve ser vista como um fator sistêmico antes de ser entendida ao nível
individual. Para esse autor o fator humano não pode ser totalmente conceituado pela ciência e
possui três dimensões a serem levadas em consideração: (i) a biológica que procura conhecer
as exigências e os limites do funcionamento (fisiologia); (ii) a social que se refere ao trabalho
coletivo e supõe conhecer as ações coordenadas de indivíduos que se compreendem,
discordam entre si ou concordam, não somente a partir de princípios técnicos, mas também
sociais; (iii) a subjetiva que inclui entender o processo de mobilização e interação das
personalidades e das inteligências dos indivíduos nas atividades profissionais.
Já para Le Boterf (1995) a competência é formada por três diferentes contextos: (i) o
indivíduo em si através da própria imagem e experiências pessoais ao longo do tempo e a
correspondente socialização; (ii) a situação funcionalista-estrutural representada pela
organização e (iii) a situação profissional em que este indivíduo se encontra. Esse autor refere
que a competência é um “saber agir” responsável e reconhecido, que se traduz em diferentes
aspectos como saber entender, mobilizar, integrar, gerir e transferir recursos, conhecimentos e
aptidões a um determinado contexto produtivo. Zarifian (2001) propõe uma abordagem mais
ampla sobre competência, referindo que deve-se incluir no conceito fatores como: (i) a
interação do indivíduo com o meio-ambiente; (ii) o reconhecimento e recompensa como um
ser habilidoso; (iii) a inteligência aplicada às situações de trabalho. Já Rabaglio (2001) define
competências como atitudes comportamentais compatíveis com as atribuições profissionais a
serem desempenhadas.
Autores como Sant'anna, Moraes e Kilimnik (2005) também reforçam esta percepção de que a
competência é uma resultante da combinação de múltiplos fatores: saber, saber-fazer, saber-
agir e querer-fazer, sendo capazes de propiciarem respostas efetivas aos desafios advindos do
contexto social e profissional. Contribuindo com esta afirmativa pode-se ainda referir que
autores como Spencer e Spencer (1993), Boyatzis (1982), Mcclelland e Dailey (1972),
Zarifian, (2001) e Le Bortef (1995) através de estudos científicos validaram tal perspectiva.
2.2 Habilidades
Habilidade, enquanto conceito caracteriza-se pelas ações e reações advindas do sistema
cognitivo para tratar com situações e problemas (ALMEIDA, 1998). Estas podem ser de
diferentes naturezas e não é absoluto o campo conceitual para tratar a questão. As habilidades
cognitivas são capacidades que contribuem para tornar o indivíduo competente, permitindo a
interação simbólica deste com o ambiente (VERNON, 1950).
Gatti (1997) afirma que as habilidades formam a estrutura fundamental do que se poderia
chamar de competência cognitiva da pessoa humana permitindo discriminar entre objetos,
fatos ou estímulos, identificar e classificar conceitos, levantar e/ou construir problemas,
aplicar regras e resolver problemas. As habilidades estão na base dos processos mentais cada
vez mais complexos na direção da construção/reconstrução de estratégias cognitivas.
Na área da psicologia, afirma Lima (1990) que o estudo de habilidades parte de três grandes
correntes científicas. A primeira compreende os estudos realizados no campo da psicologia do
desenvolvimento, que visa conhecer o processo de desenvolvimento psicológico do ser
humano e os seus principais produtos, ou seja, as características psicológicas do ser humano,
em suas diversas idades, ao longo de seu ciclo vital (OLIVEIRA et al., 2005).
Afirma Primi (1995) que a mais atual abordagem propõe o estudo do processamento humano
de informações que a partir da década de 60 originou diversas pesquisas que investigaram
detalhadamente os processos cognitivos relacionados à solução de testes tradicionais
utilizados pela corrente da psicometria e, que vem gradualmente integrando os estudos da
neurociência cognitiva. Spearman (1927) é autor da primeira teoria da inteligência baseada na
análise estatística dos resultados obtidos a partir de testes. Segundo Carroll (1993) esta análise
parte do princípio de que quando se identifica duas variáveis, que representam diferenças
entre dois indivíduos, sendo substancialmente correlacionadas, há a possibilidade de que uma
única habilidade ou um conjunto unitário de habilidades cognitivas esteja subjacente a estas
variáveis.
No entanto, quando duas variáveis não estão correlacionadas é bem provável que duas
habilidades distintas estejam subjacentes a estas. Assim, os estudos psicométricos até quase o
final do século XX eram baseados na aplicação de testes, e empregavam a análise fatorial
objetivando descobrir como estes testes se correlacionavam a fim de definir a partir dos
agrupamentos formados as estruturas da inteligência (fatores, habilidades, aptidões). Um dos
principais problemas identificados neste tipo de abordagem referia-se ao modo de
interpretação dos resultados a partir dos modelos existentes, até então, o da existência de uma
única habilidade geral definida como “fator g” (Teoria do Fator Geral) proposta por Spearman
e, a do modelo que explicava as correlações considerando a existência de várias habilidades
(aptidões primárias) propostas por Thurstone (1938), Guilford (1967) e Horn (1991).
A proposta de Thurstone (1938) consiste na existência de um determinado número de aptidões
independentes entre si, e que explicariam o desempenho intelectual dos indivíduos. Este autor
referiu que o fator geral é um indicativo estatístico que descreve a estrutura da inteligência de
uma forma muito simplificada e nem sempre observável, a saber: (i) Espacial, (ii) Velocidade
Perceptiva, (ii) Numérica, (iv) Compreensão Verbal, (v) Fluência Verbal, (vi) Memória, e
(vii) Raciocínio - assimilar e aplicar princípios fundamentais.
Após inúmeras pesquisas realizadas, foi proposto também por Guilford (1967) um modelo
explicativo baseado na inteligência formada por várias aptidões. O modelo representa uma
importante diferencial face os resultados obtidos a partir dos modelos anteriores, partindo de
um quadro teórico prévio para o trabalho experimental e não da exploração fatorial de dados
para a teoria. Este modelo recorre a três componentes para uma definição das diferentes
habilidades: operação mental, conteúdo e produto (resultado final da informação).
Esta concepção, segundo Gatti (1997), levou em conta a classificação das várias habilidades
em uma “grade tridimensional de operações” composta por três dimensões, sendo que a
primeira dimensão corresponde ao tipo de processo ou operação que os indivíduos utilizam,
correspondendo: (i) cognição, (ii) memória, (iii) pensamento divergente, (iv) pensamento
convergente, e (v) avaliação.. A segunda dimensão refere-se ao tipo de conteúdo que está
envolvido e presente para o processamento das informações. A terceira dimensão classifica as
habilidades em função do tipo de produto envolvido na aplicação de um determinado tipo de
operação.
Uma outra proposta de modelo dos fatores primários foi concebida por Cattell (1971) que
baseava-se na teoria da inteligência fluída e cristalizada. A partir da década de 90 Carrol
(1993) desenvolveu um modelo baseado em uma meta análise de praticamente todos os
principais estudos sobre as habilidades, publicados de 1920 até 1980. Este trabalho resultou
no modelo hierárquico de três estratos proposto por Carroll (1993) e representa os níveis
gerais das habilidades.
As habilidades ou fatores abrangentes propostos são: (i) Inteligência Fluída, que são
habilidades de raciocínio em situações novas minimamente dependentes de conhecimentos
adquiridos e para resolver problemas novos, relacionar idéias, induzir conceitos abstratos,
compreender implicações; (ii) Inteligência Cristalizada, associada à manutenção de
informação na consciência por um curto espaço de tempo para poder recuperá-las logo em
seguida e, também associada à quantidade de informação retida após exposição a uma
situação de aprendizagem; (iii) Memória e Aprendizagem, associada à manutenção de
informação na consciência por um curto espaço de tempo para poder recuperá-las logo em
seguida; (iv) Percepção Visual, habilidade de gerar, reter e manipular imagens visuais
abstratas; (v) Recepção Auditiva, associada à percepção e discriminação de padrões sonoros;
(vi) Habilidade de Recuperação, associada à extensão e fluência que itens de informação ou
conceitos são recuperados da memória de longo prazo por associação; e (vii) Velocidade de
Processamento Cognitivo, associada à taxa de rapidez de processamento cognitivo em tarefas
cognitivas simples (CARROL, 1993).
Posteriormente, McGrew e Flanagan (1998) propuseram uma integração das teorias de Catell
(1971), Horn (1991) e dos Três Estratos de Carrol (1993) propondo a Teoria de Cattell-Horn-
Carroll (CHC) das Habilidades Cognitivas resultando em uma visão hierárquica
multidimensional da inteligência organizando-a em dez fatores amplos, veja a Figura 3.
          HABILIDADES                                        SIGNIFICADOS
    Conhecimento Quantitativo      Compreender conceitos e relações quantitativas; manipular símbolos
                                   numéricos .
                                   Raciocinar rapidamente frente a novas situações; reorganizar,
    Inteligência Fluída            transformar e interagir com informações; induzir e deduzir conceitos;
                                   observar e compreender implicações.
    Inteligência Cristalizada      Representa a profundidade e quantidade de experiência e
                                   conhecimentos adquiridos em processos de aprendizagem
    Memória a Curto Prazo          Recordar uma informação adquirida em curto prazo
    Armazenamento e                Ter fluência ou facilidade de recuperar idéias ou conceitos da
    Recuperação a Longo Prazo      memória de longo prazo por associação

    Leitura e Escrita              Compreender a linguagem escrita e ter a capacidade de expressão de
                                   pensamentos pelo ato de escrever
    Processamento Visual           Gerar, perceber, armazenar, analisar, manipular e transformar
                                   imagens visuais
    Processamento Auditivo         Perceber, analisar, distinguir e sintetizar padrões sonoros; perceber
                                   nuances sonoras em estruturas musicais complexas
    Velocidade de                  Realizar rapidamente tarefas comuns em um espaço de tempo pré-
    Processamento                  determinado
    Velocidade de                  Rapidez em fornecer respostas corretas de problemas de compreensão
    Decisão/Reação                 e raciocínio
     Figura 3 – Habilidades segundo a Teoria de Cattell-Horn-Carroll - CHC das Habilidades Cognitivas
                                  Fonte: Adaptado de Primi et al (2001)
2.3 Subsistemas que afetam as competências: a abordagem macroergonômica
A abordagem macroergonômica amplia a visão acerca das relações do homem com o meio e
permite uma análise sistêmica a partir dos subsistemas que podem afetar as competências, a
saber: (i) Ambiente Externo, que abrange todos os elementos externos aos limites da
organização que variam de meio para meio; (ii) Social, constituído por grupos informais -
comunidade e família, e formais - colegas de trabalho, fornecedores, clientes etc., sendo que
dessas relações surge o senso de identidade e o propósito do trabalho, seleção e trocas a partir
dos comportamentos; (iii) Técnico, formado pela infra-estrutura física, equipamentos,
instrumentos, informações científicas e tecnológicas, recursos e insumos existentes em níveis:
individual, setorial e organizacional; e (iv) Organizacional, que é definida a partir dos outros
três e pela interação entre eles, sendo considerados como elementos constituintes: a natureza
do trabalho, a forma e peculiaridades do processo de gestão, a variedade das atividades e
tarefas e suas respectivas significâncias (TRIST, 1978; PASMORE, 1988; HENDRICK e
KLEINER, 2000).
3 Discussão
O referencial permite inferir que as competências são compostas por quatro importantes
elementos, a saber: (i) conhecimentos (adquiridos de maneira formal e informal), (ii)
habilidades cognitivas (Teoria Cattel-Horn-Carrol), (iii) Atitudes, e (iv) Resultados (produção
resultante das ações). Tal afirmação encontra sustentação na análise dos conceitos propostos
pelos vários autores citados neste trabalho. Para tanto, foi formulada uma síntese onde se pode
verificar que os autores em seus estudos referem como partes constitutivas das competências
estes elementos, veja a Figura 4.
                                  AUTORES                                            ELEMENTOS
   Le Boterf (1995); Parry (1996); Perrenoud (2000); Zafirian (2001);
   Hipólito (2001); Santos (2001); Conde (2001); Paquay et al. (2001);         Conhecimentos (saber)
   Rodriguez et al. (2002);Carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004)
   Thurstone (1938); Guilford (1967); Cattel (1971); Prahalad e Hamel
   (1990); Horn (1991); Carroll (1993); Le Boterf (1995); Parry (1996);
   Dejours (1997); McGrew e Flanagan (1998); Perrenoud (2000); Zafirian Habilidades (saber fazer)
   (2001); Hipólito (2001); Santos (2001); Conde (2001); Rodriguez et al.
   (2002); carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004); Moehrle et al. (2005)
   Parry (1996); Perrenoud (2000); Zafirian (2001); Paquay et al. (2001);
   Hipólito (2001); Rabaglio (2001); Santos (2001); Rodriguez et al.           Atitudes (saber e querer agir)
   (2002); Carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004)
   Hipólito (2001); Santos (2001); Ubeda (2003); Fleury e Fleury (2004)        Resultados (obter resultados)
  Figura 4 – Síntese que relaciona os estudos de vários autores aos elementos que constituem as competências
A partir das propostas conceituais de Hipólito (2001), Santos (2001) e, Fleury e Fleury (2004)
pode-se dizer que a competência humana é a soma de conhecimentos, habilidades, atitudes e
resultados. Os estudos propostos por Thurstone (1938), Guilford (1967), Cattel (1971), Horn
(1991); Carroll (1993) e, McGrew e Flanagan (1998) contribuem de forma importante para o
entendimento das peculiaridades que influenciam o processo de aquisição de conhecimentos e
desempenho humano.
Com base no referencial gerenciar competências de pesquisadores, a infra-estrutura
tecnológica e os procedimentos metodológicos de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) significa transformar satisfatoriamente, através das próprias habilidades do gestor e
pesquisadores os objetivos e metas em resultados (THIEME, SONG e SHIN, 2003; LIMA,
1999 e D’ALKAINE, 1992). Neste caso, Moehrle et al. (2005) afirmam que a prática tem
demonstrado que a maior dificuldade para um gestor de projetos de P&D tem sua origem nas
pessoas.
Ao considerar a influência dos subsistemas Organizacional, Técnico, Social e Ambiente
Externo (HENDRICK e KLEINER, 2000) no desenvolvimento das competências e processos
de gestão e execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), bem como, a
interação com o somatório dos conhecimentos, habilidades, atitudes e resultados dos
pesquisadores é possível constatar que a eficácia é um fenômeno sistêmico, veja a Figura 5.


                                              Conhecimentos
   Subsistema                                                                               Subsistema
   Organizacional                                                                              Técnico

             Efetividade



                           Atitudes           Competências              Habilidades


                                                  Eficácia


   Subsistema                                                                               Subsistema
   Ambiente Externo                              Resultados
                                                                                                 Social




Figura 5 – Modelo sistêmico que representa as interações entre os subsistemas e os elementos que constituem as
           competências para obtenção da eficácia de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D)

Para Checkland (1994), um sistema é um todo estruturado em níveis e etapas que se inter-
relacionam pela ação, comunicação e controle que viabilizam a adaptação a um ambiente em
constante processo de mudança. Senge (2004) considera que um modelo sistêmico pode
identificar inter-relacionamentos para ver padrões de mudança, em vez de recortes
instantâneos.
Para Marinho e Façanha (2001) e Radner (1992) a efetividade se refere ao cumprimento e
aprimoramento de objetivos. Organizações são efetivas quando seus critérios decisórios e suas
realizações apontam para objetivos, metas e regras de conduta confiáveis e dotadas de
credibilidade para quem integra a organização e para seu contexto de atuação. Para Kreps
(1990) a eficiência relaciona-se ao custo versus benefício e seria semelhante à efetividade
organizacional, pois ambas são dimensões organizacionais amplas. A eficácia significa
produzir os efeitos desejados, sendo importante reconhecer que a efetividade e a eficiência
(ou seja, efetividade organizacional) dos programas são ingredientes indispensáveis da
eficácia, inclusive para fins de conhecimento dos resultados pretendidos. Desta forma, um
projeto somente será eficaz se forem antes efetivas e eficientes as estratégias e ações das
organizações (MARINHO e FAÇANHA, 2001).
4 Conclusões
Este artigo apresentou os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade elaborar uma
síntese conceitual sobre competências com a finalidade de contribuir para um melhor
entendimento por parte de gestores institucionais, coordenadores e pesquisadores de projetos
de P&D acerca das especificidades e peculiaridades deste tema.
Como resultado foi proposto um modelo sistêmico que representa as interações entre os
subsistemas Organizacional, Técnico, Social e Ambiente Externo, e os elementos que
compõem as competências humanas.
Foi possível compreender que a gestão de projetos implica no conhecimento do contexto
organizacional, bem como, das variáveis internas e externas a que os projetos estão sujeitos,
devido a esta atividade contemplar o gerenciamento das questões organizacionais, os recursos
humanos e materiais, e os requisitos de cada projeto a ser desenvolvido.
O estudo mostra que o gerenciamento de projetos envolve a integração de todos os recursos
envolvidos (financeiros, materiais e humanos) com o objetivo de, no prazo acordado e com a
verba proposta, atingir as metas propostas, primordialmente com êxito em todos os sentidos.
Por fim, uma questão fundamental que deverá permear todas as fases de um projeto é
conhecer e desenvolver as competências dos recursos humanos envolvidos, já que a eficácia
do processo de pesquisa e desenvolvimento é resultante de um fenômeno sistêmico.
Referências
ALMEIDA, L. S. Teorias da inteligência. Porto: Edições Jornal de Psicologia, 1998.
ALVES, F. C.; BONTEMPO, J. V.; COUTINHO, P. L. A. Competências para inovar na indústria petroquímica
brasileira. Revista Brasileira de Inovação, v. 4, n. 2, p. 301-327, 2005.
BARTLETT, C. A.; GHOSHAL, S. The myth of the generic manager: new personal competencies for new
management roles. California Management Review, v. 40, n. 1, p. 93-116, 1987.
BOYATZIS, R. E. The competent manager: a model for effective performance. New York: John Wiley, 1982.
CARVALHO, H. A. Implantação da gestão da qualidade em projetos de pesquisa e desenvolvimento em
instituições de ensino superior. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em
Tecnologia - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2002.
CARROLL, J. B. Humann cognitive abilities: a survey of factor analytic studies. New York: Cambridge
University Press, 1993.
CATTEL, R. B. Abilities: their structure, growth and action. Boston: Houghton Mifflin, 1971.
CONDE, L. P. Gestão de competências como prática de recursos humanos nas organizações: estudo de caso em
uma empresa de tecnologia da informação. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Economia
e Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
CHECKLAND, P. Varieties of systems thinking: the case of soft systems methodogy. Systems Dynamic
Review, 1994.
DANNEELS, E.; KLEINSCHMIDT, E. J. Product innovativeness from the firm’s perspective: its dimensions
and their relation with project selection and performance. Journal of Product Innovation Management, 18, 6,
357–373, 2001.
DEJOURS, C. O fator humano. Rio de janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.
DURAND, Th. “L’alchimie de la compétence”. Revue Française de Gestion, jan./fev., p.84-102, France, 2000.
D’ALKAINE, C. V. Gestão de projetos em centros de P&D na América Latina. Anais. XVII Simpósio Nacional
da Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo, 1992.
FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça
caleidoscópico da indústria brasileira. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
GATTI, B. A. Habilidades cognitivas e competências sociais. Santiago: LLECE, OREALC/UNESCO, 1997.
GIACOBBO, E.; ELIZABETH, M.; ELIZABETH, M.; FRANCISCO, A. C.; PILATTI, L. A. Competindo
através da competência essencial. Anais. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP.
Florianópolis, 2004.
GUILFORD, J. P. The nature of humann intelligence. New York: McGraw-Hill, 1967.
HENDRICK, H.; KLEINER, B. Macroergonomics: An introduction to work system design. London: Human
Factors & Ergonomics Society, 2000.
HIPÓLITO, J. A. M. Tendências no campo da remuneração para o novo milênio. In: DUTRA, J. S. (Coord.)
Gestão por competências. São Paulo: Gente, 2001.
HORN, J. H. Measurement of intellectual capabilities: a rewiew of theory. In: McGrew K. S.; Werder. Wood-
cock WJ-R Technical Manual. Allen, TX: DLM, 1991.
JUNG, C. F. ; GUIMARAES, L. B. M. ; RIBEIRO, J. L. D. ; CATEN, C. S. T. . Fatores que Impactam o
Desempenho de um Programa Estadual de Inovação Tecnológica sob o Enfoque Macroergonômico. Espacios
(Caracas), v. 30, p. 19-21, 2009.
KREPS, D. Corporate culture and economic theory. In: ALT, J., SHAPSLE, K. (eds.). Perspectives on positive
political economy. New York: Cambridge University Press, p. 90-143, 1990.
KRUGLIANSKAS, I. Finalização de projetos tecnológicos. Anais. VII Seminário Latino Americano de Gestion
Tecnológica. México – DF, 1997.
LANGERAK, F.; HULTINK, E. J.; ROBBEN, H. S. J. The role of predevelopment activities in the relationship
between market orientation and performance. R&D Management, 34, 3, 295–309, 2004.
LE BOTERF, G. De la competence. France: Editions D’Organizations, 1995.
LIMA, E. S. Do indivíduo e do aprender: Algumas considerações a partir da perspectiva interacionista, Belo
Horizonte: Edu, 1990.
LIMA, I.A. Gestão de projetos de pesquisa e desenvolvimento no âmbito da cooperação escola-empresa.
Dissertação (Mestrado em Tecnologia) - Programa de Pós-Graduação em Tecnologia – CEFET-PR. Curitiba,
1999.
LICHTENTHALER, U.; LICHTENTHALER, E. Alliance functions: implications of the international multi-
R&D-alliance perspective. Technovation, v. 24, n. 7, July, 541-552, 2004.
MANFREDI, S. M. Trabalho, qualificação e competência profissional: das dimensões conceituais e políticas.
Educação e Sociedade. v.19, n.64, Set. 1998, Campinas, 1998.
MARINHO, A.; FAÇANHA, L. O. Programas sociais: Efetividade, eficiência e eficácia como dimensões
operacionais da avaliação. Rio de janeiro: IPEA, 2001.
MAXIMIANO, A. C. A. Gestão de projetos. São Paulo: Atlas, 1997.
MIRABILE, R. J. Everything You Wanted to Know About Competency Modeling. Trainning & Development,
vol. 51. n. 8, 1997.
MOEHRLE, M. G.; WALTER, L.; GERITZ, A.; MULLER, S. Patent-based inventor profiles as a basis for
human resource decisions in research and development. R&D Management. V. 35, Issue 5, November, p. 513-
524, 2005.
McCLELLAND, D. C.; DAILEY, C. Improving officer selection for the foreign service. Boston: McBer,
1972.
MCGREW, K. S.; FLANAGAN, D. P. The intelligence test desk reference (ITDR): Gf-Gc cross-battery
assessment. Needham Heihts: Allyn & Bacon, 1998.
VERNON, P. E. The structure of human abilities. London: Methuen, 1950.
OLIVEIRA, K. L.; NORONHA, A. P. P.; DANTAS, M. A.; SANTAREM, E. M. O psicólogo comportamental e
a utilização de técnicas e instrumentos psicológicos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, 2005.
PAQUAY, L.; LEOPLOD, P.; PERRENOUD, P.; ALTET, M. Formando professores profissionais: quais
estratégias? quais competências? 2 ed.. PortoAlegre: Artmed, 2001.
PARRY, S. B. The quest for competencies: Training and Development. London, 1996.
PASMORE, W. A. Designing effective organizations: The sociotechnical systems perspective. NY: Wiley,
1988.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Q. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68,
n. 3, p. 79-91, May./June, 1990.
PRIMI, R. Inteligência, processamento de informação e teoria gestalt: um estudo experimental. Dissertação
(Mestrado em Psicologia). Departamento de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de
Campinas, Campinas, 1995.
PRIMI, R.; SANTOS, A. A. A.; VENDRAMINI, C. M.; TAXA, F.; MULLER, F. A.; LUKJANENKO, M. F.;
SAMPAIO, I. S. Competências e habilidades cognitivas: diferentes definições dos mesmos construtos.
Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 17, n. 2, p. 151-159, Mai/Ago, São Paulo, 2001.
PUCIK, W.; THICHY, N. M.; BARNETT, C. K. Globalization and human resource Management: creating
and leading the competitive organization. New York: John Wiley, 1992.
RABAGLIO, M. O. Ferramentas de avaliação de performance com foco em competências. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2001.
RABECHINI JR., R.; CARVALHO, M. M.; LAURINDO, F. J. B. Fatores críticos para implementação de
gerenciamento por projetos: o caso de uma organização de pesquisa. Revista Produção. v. 12. n. 2. 28-41, 2002.
RADNER, R. Hierarchy: the economics of managing. Journal of Economic Literature, v. 30, n. 1, p. 382-415,
Sep. 1992.
REID, S. E.; BRENTANI, U. The fuzzy front end of new product development for discontinuous innovation: a
theoretical model. Journal of Product Innovation Management, 21, 3, 170–184, 2004.
RODRIGUEZ, D.; PATEL, R.; BRIGHT, A.; GREGORY D.; GOWING, M. K. Developing competency models
to promote integrated human resource practices. Resource Management. v. 41, n. 3 , 309 – 324, 2002.
RUAS, R. Desenvolvimento de Competências Gerenciais e Contribuição da Aprendizagem Organizacional. In:
Fleury, M.T.L.; Oliveira Jr., M.M. Gestão Estratégica do Conhecimento: Integrando aprendizagem,
Conhecimento e Competências. São Paulo: Atlas, 2001.
SANT’ANNA, A. S.; MORAES, L. F. R.; KILIMNIK, Z. M. Competências individuais, modernidade
organizacional e satisfação no trabalho: um estudo de diagnóstico comparativo. RAE. v.4, n.1, São Paulo,
jan./jun, 2005.
SANTOS, A. C. O uso do método Delphi na criação de um modelo de competências. Revista de Administração
de Empresas. São Paulo, v. 36, n. 2, abr/jun, 2001.
SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 16 ed. (Trad.) OP Traduções. São
Paulo: Ed. Nova Cultural, 2004.
SHERMAN, J. D., BERKOWITZ, D.; SOUDER, W.E. New product development performance and the
interaction of cross-functional integration and knowledge management. Journal of Product Innovation
Management, 22, 5, 399–411, 2005.
SPENCER, L. M; SPENCER, S. Competence at work. New York: John Wiley, 1993.
SPEARMAN, C. The abilities of man: their nature and measurement. New York: Macmillan, 1927.
STERNBERG, R. J. Toward a unified theory of humann reasoning. Intelligence. n. 10, 1986.
THIEME, R. J., SONG, X. M.; SHIN, G. C. Project management characteristics and new product survival.
Journal of Product Innovation Management, 20, 2, 104–119, 2003.
TRIST, E. L. On Socio-technical Systems. In: William A. Pasmore and John J. Sherwood (eds), Socio-
Technical Systems: A Sourcebook, LaJolla CA:University Associates Inc., 43-57, 1978.
THURSTONE, L. L. Primary mental abilities. Chicago: University Chicago Press, 1938.
UBEDA, C. L. A gestão de competências em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2003.
ZAFIRIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.
YUSUF, S. “University-Industry Links, Policy Dimensions,” in Shahid Y. and K. Nabeshima, eds. How
Universities Promote Economic Growth, Directions in Development Human Development, The World
Bank, Washington, v. 1, 1-23, 2007.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9
Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9
Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9Ariela
 
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entrega
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entregaArtigo: Vinculando Competência à Capacidade de entrega
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entregaCaput Consultoria
 
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...Alexandre Zappelloni
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...A. Rui Teixeira Santos
 
Do desenvolvimento organizacional
Do   desenvolvimento organizacionalDo   desenvolvimento organizacional
Do desenvolvimento organizacionalXerife Pecas
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...A. Rui Teixeira Santos
 
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administração
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administraçãoAula 05 e 06 - Organização do trabalho e administração
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administraçãoAdriely Negrine Azevedo
 
Gestão de pessoas
Gestão de pessoas Gestão de pessoas
Gestão de pessoas Moacir Silva
 
Material de apoio - Hangout Execução de Estratégias
Material de apoio - Hangout Execução de EstratégiasMaterial de apoio - Hangout Execução de Estratégias
Material de apoio - Hangout Execução de EstratégiasFundação Dom Cabral - FDC
 
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...Adriano Pereira
 
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competências
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competênciasComo as empresas ganham ao adotar a gestão por competências
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competênciasRicardo Silva Coqueiro
 
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças Desejáveis
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças DesejáveisContrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças Desejáveis
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças DesejáveisJoaquim Colôa
 
Apostila administracao
Apostila administracaoApostila administracao
Apostila administracaoThiago Lages
 
Gestão de Pessoas
Gestão de PessoasGestão de Pessoas
Gestão de PessoasIFGe
 
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...Robson Fernando da Costa
 
Identificação de competencias chave para funções
Identificação de competencias chave para funçõesIdentificação de competencias chave para funções
Identificação de competencias chave para funçõesFilipe Simão Kembo
 
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...Felipe Guedes Pinheiro
 

Was ist angesagt? (20)

Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9
Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9
Slides da aula_03_estratégias_de_rh_adm_c9
 
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entrega
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entregaArtigo: Vinculando Competência à Capacidade de entrega
Artigo: Vinculando Competência à Capacidade de entrega
 
RH1
RH1RH1
RH1
 
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...
Gestão de pessoas e sua aplicação imprescindível junto às metodologias para g...
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 
Do desenvolvimento organizacional
Do   desenvolvimento organizacionalDo   desenvolvimento organizacional
Do desenvolvimento organizacional
 
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e... Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
Comportamento humano nas Organizações: atitude comportamental, organização e...
 
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administração
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administraçãoAula 05 e 06 - Organização do trabalho e administração
Aula 05 e 06 - Organização do trabalho e administração
 
Ambientes Trissetoriais
Ambientes TrissetoriaisAmbientes Trissetoriais
Ambientes Trissetoriais
 
Gestão de pessoas
Gestão de pessoas Gestão de pessoas
Gestão de pessoas
 
Material de apoio - Hangout Execução de Estratégias
Material de apoio - Hangout Execução de EstratégiasMaterial de apoio - Hangout Execução de Estratégias
Material de apoio - Hangout Execução de Estratégias
 
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE INTERVENÇÕES PARA MELHORIA DE AMBIENTE...
 
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competências
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competênciasComo as empresas ganham ao adotar a gestão por competências
Como as empresas ganham ao adotar a gestão por competências
 
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças Desejáveis
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças DesejáveisContrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças Desejáveis
Contrangimentos e forças das Equipas de Intervenção Precoce: Mudanças Desejáveis
 
Apostila administracao
Apostila administracaoApostila administracao
Apostila administracao
 
Gestão de Pessoas
Gestão de PessoasGestão de Pessoas
Gestão de Pessoas
 
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...
Com foco na inovação disrupitiva como podemos diferenciar o gerente técnico x...
 
Identificação de competencias chave para funções
Identificação de competencias chave para funçõesIdentificação de competencias chave para funções
Identificação de competencias chave para funções
 
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...
Contribuições aos modelos de maturidade em gestão por processos e de excelênc...
 
Apostila introdução a administração de empresas 2012.1
Apostila introdução a administração de empresas 2012.1Apostila introdução a administração de empresas 2012.1
Apostila introdução a administração de empresas 2012.1
 

Ähnlich wie Uma síntese conceitual acerca de competências individuais e organizacionais que podem influenciar o desempenho de pesquisadores

Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetos
Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetosHabilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetos
Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetosHelena Gregório
 
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeis
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeisUma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeis
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeiss4nx
 
Organizacoes aprendentes
Organizacoes aprendentesOrganizacoes aprendentes
Organizacoes aprendentesRogerio Macie
 
ARTIGO KAREN GIMENEZ
ARTIGO KAREN GIMENEZARTIGO KAREN GIMENEZ
ARTIGO KAREN GIMENEZKaren Gimenez
 
Uma AnáLise Rh Estrategico
Uma AnáLise Rh EstrategicoUma AnáLise Rh Estrategico
Uma AnáLise Rh EstrategicoLuciano Fotim
 
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimento
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimentoComo medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimento
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimentoNegrao Alexandre
 
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...Vandre Ramos, MSc, MBA, CSM
 
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdf
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdfApresentação Competência de gestores de projeto.pdf
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdfssuser8451c6
 
Adm Geral Parte 1
Adm Geral Parte 1Adm Geral Parte 1
Adm Geral Parte 1kilma lima
 
Apostila gestão estratégica de rh
 Apostila gestão estratégica de rh Apostila gestão estratégica de rh
Apostila gestão estratégica de rhRizia Santos
 
Novos paradigmas na gestão de recursos humanos
Novos paradigmas na gestão de recursos humanosNovos paradigmas na gestão de recursos humanos
Novos paradigmas na gestão de recursos humanosclaudiamendes
 
Novos paradigmas na gesto de recursos humanos
Novos paradigmas na gesto de recursos humanosNovos paradigmas na gesto de recursos humanos
Novos paradigmas na gesto de recursos humanosclaudiamendes
 
Mba lean it - competências 13 08 2010
Mba   lean it - competências 13 08 2010Mba   lean it - competências 13 08 2010
Mba lean it - competências 13 08 2010zeusi9iuto
 
Tarefa 2 semana_6
Tarefa 2 semana_6Tarefa 2 semana_6
Tarefa 2 semana_6dvarduin
 

Ähnlich wie Uma síntese conceitual acerca de competências individuais e organizacionais que podem influenciar o desempenho de pesquisadores (20)

Apostila adm rh
Apostila adm rhApostila adm rh
Apostila adm rh
 
Apostila adm rh
Apostila adm rhApostila adm rh
Apostila adm rh
 
Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetos
Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetosHabilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetos
Habilidades e-competencias-em-favor-da-gestao-de-projetos
 
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeis
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeisUma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeis
Uma análise sobre gestão de pessoas baseada nos métodos ágeis
 
Organizacoes aprendentes
Organizacoes aprendentesOrganizacoes aprendentes
Organizacoes aprendentes
 
ARTIGO KAREN GIMENEZ
ARTIGO KAREN GIMENEZARTIGO KAREN GIMENEZ
ARTIGO KAREN GIMENEZ
 
Uma AnáLise Rh Estrategico
Uma AnáLise Rh EstrategicoUma AnáLise Rh Estrategico
Uma AnáLise Rh Estrategico
 
Histórico de recursos humanos
Histórico de recursos humanosHistórico de recursos humanos
Histórico de recursos humanos
 
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimento
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimentoComo medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimento
Como medir-a-eficacia-dos-programas-de-treinamento-e-desenvolvimento
 
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...
Competências dos profissionais de TI: Um estudo de caso de como as competênci...
 
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdf
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdfApresentação Competência de gestores de projeto.pdf
Apresentação Competência de gestores de projeto.pdf
 
Adm Geral Parte 1
Adm Geral Parte 1Adm Geral Parte 1
Adm Geral Parte 1
 
Apostila gestão estratégica de rh
 Apostila gestão estratégica de rh Apostila gestão estratégica de rh
Apostila gestão estratégica de rh
 
Novos paradigmas na gestão de recursos humanos
Novos paradigmas na gestão de recursos humanosNovos paradigmas na gestão de recursos humanos
Novos paradigmas na gestão de recursos humanos
 
Novos paradigmas na gesto de recursos humanos
Novos paradigmas na gesto de recursos humanosNovos paradigmas na gesto de recursos humanos
Novos paradigmas na gesto de recursos humanos
 
Adm rh
Adm rhAdm rh
Adm rh
 
Adm rh
Adm rhAdm rh
Adm rh
 
Adm rh
Adm rhAdm rh
Adm rh
 
Mba lean it - competências 13 08 2010
Mba   lean it - competências 13 08 2010Mba   lean it - competências 13 08 2010
Mba lean it - competências 13 08 2010
 
Tarefa 2 semana_6
Tarefa 2 semana_6Tarefa 2 semana_6
Tarefa 2 semana_6
 

Mehr von Carlos Fernando Jung

Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014
Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014
Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014Carlos Fernando Jung
 
Projetos de Pesquisa: Concepção e Elaboração
Projetos de Pesquisa: Concepção e ElaboraçãoProjetos de Pesquisa: Concepção e Elaboração
Projetos de Pesquisa: Concepção e ElaboraçãoCarlos Fernando Jung
 
Artigos Científicos: Análise e Elaboração
Artigos Científicos: Análise e ElaboraçãoArtigos Científicos: Análise e Elaboração
Artigos Científicos: Análise e ElaboraçãoCarlos Fernando Jung
 
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracao
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracaoProjetos de pesquisa: guia rapido para elaboracao
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracaoCarlos Fernando Jung
 
Desenvolvimento de habilidades para inovar
Desenvolvimento de habilidades para inovarDesenvolvimento de habilidades para inovar
Desenvolvimento de habilidades para inovarCarlos Fernando Jung
 
Processo de inovação técnicas para inovar
Processo de inovação   técnicas para inovarProcesso de inovação   técnicas para inovar
Processo de inovação técnicas para inovarCarlos Fernando Jung
 

Mehr von Carlos Fernando Jung (20)

Relatório Anual 2015
Relatório Anual 2015Relatório Anual 2015
Relatório Anual 2015
 
Relatório Anual 2014
Relatório Anual 2014Relatório Anual 2014
Relatório Anual 2014
 
Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014
Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014
Fundamentos de Antenas para Tecnologia RFID - 2014
 
Projetos de Pesquisa: Concepção e Elaboração
Projetos de Pesquisa: Concepção e ElaboraçãoProjetos de Pesquisa: Concepção e Elaboração
Projetos de Pesquisa: Concepção e Elaboração
 
Artigos Científicos: Análise e Elaboração
Artigos Científicos: Análise e ElaboraçãoArtigos Científicos: Análise e Elaboração
Artigos Científicos: Análise e Elaboração
 
Relatório Anual 2013
Relatório Anual 2013Relatório Anual 2013
Relatório Anual 2013
 
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracao
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracaoProjetos de pesquisa: guia rapido para elaboracao
Projetos de pesquisa: guia rapido para elaboracao
 
Relatório anual 2012
Relatório anual 2012Relatório anual 2012
Relatório anual 2012
 
Relatório anual 2011
Relatório anual 2011Relatório anual 2011
Relatório anual 2011
 
Relatório anual 2010
Relatório anual 2010Relatório anual 2010
Relatório anual 2010
 
Relatório anual 2009
Relatório anual 2009Relatório anual 2009
Relatório anual 2009
 
Relatório anual 2008
Relatório anual 2008Relatório anual 2008
Relatório anual 2008
 
Relatório anual 2007
Relatório anual 2007Relatório anual 2007
Relatório anual 2007
 
Relatório anual 2006
Relatório anual 2006Relatório anual 2006
Relatório anual 2006
 
Relatório anual 2005
Relatório anual 2005Relatório anual 2005
Relatório anual 2005
 
Relatório anual 2004
Relatório anual 2004Relatório anual 2004
Relatório anual 2004
 
Relatório anual 2003
Relatório anual 2003Relatório anual 2003
Relatório anual 2003
 
Desenvolvimento de habilidades para inovar
Desenvolvimento de habilidades para inovarDesenvolvimento de habilidades para inovar
Desenvolvimento de habilidades para inovar
 
Processo de inovação técnicas para inovar
Processo de inovação   técnicas para inovarProcesso de inovação   técnicas para inovar
Processo de inovação técnicas para inovar
 
Análise de produtos para inovar
Análise de produtos para inovarAnálise de produtos para inovar
Análise de produtos para inovar
 

Uma síntese conceitual acerca de competências individuais e organizacionais que podem influenciar o desempenho de pesquisadores

  • 1. Uma síntese conceitual acerca de competências individuais e organizacionais que podem influenciar o desempenho de pesquisadores Carlos Fernando Jung (PPGEP/UFRGS) carlosfernandojung@gmail.com Fernando Gonçalves do Amaral (PPGEP/UFRGS) amaral@producao.ufrgs.br Alexandre Weindorfer (FACCAT) weindorfer@faccat.br Carla Schwengber ten Caten (PPGE/UFRGS) tencaten@producao.ufrgs.br Resumo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade elaborar uma síntese conceitual sobre competências individuais e organizacionais com o propósito de contribuir para um melhor entendimento acerca do tema por parte de gestores institucionais, coordenadores e pesquisadores de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Como resultado foi elaborado e proposto um modelo sistêmico que representa as interações entre os subsistemas Organizacional, Técnico, Social, Ambiente Externo e os elementos que compõem as competências. O estudo mostra que é fundamental conhecer e desenvolver as competências dos recursos humanos envolvidos, já que a eficácia do processo de pesquisa e desenvolvimento é resultante de um fenômeno sistêmico. Palavras chave: Gestão de Competências, Pesquisa e Desenvolvimento, Habilidades, Tecnologia A conceptual synthesis about individual and organizational competencies that can influence the performance of researchers Abstract This paper presents the results of a research that aimed to develop a conceptual synthesis of individual and organizational competencies in order to contribute to a better understanding of the subject by institutional managers, engineers and researchers in R & D projects The result was drafted and proposed a systemic model that represents the interactions between subsystems Organizational, Technical, Social and External Environment, and the elements that make up competencies. The study shows that it is essential to understand and develop the competence of human resources involved, since the effectiveness of the process of research and development is the result of a systemic phenomenon. Key-words: Competence Management, Research and Development, Ability, Technology.
  • 2. 1 Introdução Um projeto pode ser entendido como um sistema que engloba recursos humanos, materiais, financeiros e atividades que devem atender o objetivo pretendido dentro de um determinado prazo (REID e BRETANI, 2004), e é executado em um contexto organizacional onde interagem competências e habilidades (MAXIMIANO, 1997). As atividades exigem desenvolvimento e o gerenciamento de fornecedores (pessoas e as correspondentes competências) internos e externos. Assim, administrar um projeto é uma atividade coletiva, que exige a habilidade de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos orientando-os para a realização das metas propostas (DANNEELS e KLEINSCHMIDT, 2001). Lima (1999) afirma que em ambientes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) existem questões fundamentais que devem ser levadas em conta, para um satisfatório desenvolvimento de projetos, por exemplo: (i) a infra-estrutura operacional da instituição que será utilizada nas atividades de P&D; (ii) os resultados que podem ser obtidos nos projetos e nos processos das pesquisas tecnológicas; (iii) a visão sistêmica do gestor e pesquisadores em relação ao gerenciamento dos projetos; e (iv) a política de gestão de recursos humanos aplicada e desenvolvida nos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. A equipe que compõe um projeto de pesquisa e desenvolvimento normalmente é formada por um coordenador/pesquisador, pesquisadores, auxiliares de pesquisa e auxiliares administrativos. Uma das principais dificuldades é que tanto o coordenador do projeto como os demais pesquisadores pela sua formação, quase que exclusivamente acadêmica, se qualificaram muito mais a trabalhar com infra-estruturas tecnológicas (materiais e equipamentos) do que com os recursos humanos (YUSUF, 2007). Corroborando com este cenário, Rabechini Jr., Carvalho e Laurindo (2002) afirmam que em pesquisa realizada sobre a gestão de projetos de P&D , a maioria dos entrevistados (63%) revelou que não receberam nenhum treinamento, pela organização, para desempenhar suas funções de forma adequada nos projetos em que trabalharam. Na mesma pesquisa, estes autores constataram que a principal habilidade para obter sucesso na gestão de projetos está relacionada à capacidade de gerenciar as relações humanas, resolvendo conflitos e estimulando as pessoas. Em recente pesquisa publicada por Jung et al. (2009) que teve por finalidade analisar e sintetizar os problemas que afetam as competências de pesquisadores e ocasionam casos de insucesso em (P&D) no Programa de Pólos de Inovação Tecnológica do RS, os resultados evidenciaram que as causas são sistêmicas e multidimensionais. Os autores afirmam que as competências dos pesquisadores podem ser afetadas pelas condições físicas infra-estruturais, como, também, pelas condições psicológicas de trabalho. O estudo demonstrou que são múltiplos os fatores que podem estar afetando as competências dos pesquisadores dos Pólos de Inovação. No entanto, existem também fatores externos ao Programa que podem influenciar no desempenho, não sendo possível atribuir apenas às competências humanas os casos de insucesso em P&D. Este artigo tem por finalidade elaborar uma síntese conceitual sobre competências com a finalidade de contribuir para um melhor entendimento por parte de gestores institucionais, coordenadores e pesquisadores de projetos de P&D acerca das especificidades e peculiaridades deste tema. O trabalho aborda, em especial, as teorias propostas por Spearman (1927), Thurstone (1938), Guilford (1967), Cattell (1971), Carroll (1993) e McGrew e Flanagan (1998) que tratam de explicar os tipos e características das habilidades individuais que podem contribuir como fatores determinantes nos resultados das atividades humanas. O artigo está organizado de seguinte forma: a seção 2 apresenta o referencial teórico, na seção 3 é proposta uma discussão do referencial e a seção 4 traz as conclusões.
  • 3. 2 Referencial teórico 2.1 Competências Em virtude do cenário competitivo atual os setores empresariais têm cada vez mais investido no desenvolvimento das competências. A gestão de competências passou a ser um instrumento estratégico para se obter vantagem competitiva, papel antes dado quase que exclusivamente a tecnologia (LICHTENTHALER e LICHTENTHALER, 2004). Pucik, Thichy e Barnett (1992), Prahalad e Hamel (1990) e Bartlett e Ghoshal (1987) referem que os meios de vantagem competitiva, tais como tecnologia e mão-de-obra de baixo custo, não mais se revelam suficientes para se obter uma posição de destaque no mercado. Os indivíduos e as correspondentes competências passam a ser enfatizados como elementos de diferenciação estratégica na gestão de projetos. As competências devem ser desenvolvidas levando-se em conta o indivíduo como um ser sistêmico (MIRABILE, 1997). Formar uma equipe com elevado desempenho para atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas não é investir somente no processo de aprendizagem de novos conhecimentos acadêmicos (CONDE, 2001), mas, também identificar e promover o desenvolvimento das habilidades cognitivas pessoais (MOEHRLE et al., 2005). Fleury e Fleury (2004) afirmam que competências organizacionais são um conjunto de conhecimentos, comportamentos, habilidades e tecnologias que uma organização possui em um determinado período e devem ser canalizadas de maneira integrada à produção e relação com o mercado visando melhorar a produtividade e rentabilidade. Corroborando, Paquay et al. (2001) referem que em uma organização as competências profissionais representam um conjunto formado por conhecimentos, posturas, e atitudes necessárias ao satisfatório exercício das atividades profissionais. As competências organizacionais são estratificadas por Fleury e Fleury (2004) em quatro dimensões, são elas: (i) competências essenciais, (ii) competências distintas (diferencial reconhecido pelo cliente), (iii) competências organizacionais ou coletivas e (iv) competências individuais, Figura 1. Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, Competências que são a chave para a sobrevivência da empresa e centrais para Essenciais sua estratégia. Competências e atividades que os clientes reconhecem como Competências diferenciadores de seus concorrentes e que provêm vantagens Distintivas competitivas. Competências Competências coletivas associadas ás atividades -meios e às Organizacionais atividades-fins. Saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, Competências integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que Individuais agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Figura 1 – Dimensões da competência organizacional segundo Fleury e Fleury (2004) No entanto, Ruas (2001) considera que as competências organizacionais são compostas pelas essenciais, funcionais (ambas coletivas) e pelas individuais, conforme pode ser visto na Figura 2.
  • 4. Dimensões Descrição Dimensões São as competências que Devem estar presentes em todas as diferenciam a empresa perante áreas, grupos e pessoas da Essenciais concorrentes e clientes e constituem organização, embora em níveis a razão de sua sobrevivência. diferenciados. São as competências específicas a cada uma das áreas vitais da Estão presentes entre os grupos e Funcionais empresa (vender, produzir, pessoas de cada área. conceber, por exemplo). Apesar da dimensão individual, São as competências individuais e podem exercer importante Individuais compreendem as competências influência no desenvolvimento das gerenciais. competências dos grupos ou até mesmo da organização. Figura 2 – Dimensões da competência organizacional segundo Ruas (2001) Prahalad e Hamel (1990) dizem que competência é algo que deve ser percebido pelo cliente, são habilidades que permitem à empresa oferecer um benefício fundamental ao cliente, sendo tudo aquilo que possa representar um diferencial em relação aos concorrentes. Giacobbo et al. (2004) consideram também que as competências essenciais podem a longo prazo viabilizar uma expansão baseada na busca por novos produtos e serviços a partir de um produto ou serviço já existente. Corroborando, Mirabile (1997) diz que estas competências possuem um caráter estratégico e são abrangentes. As competências essenciais podem fomentar ações que culminem no sucesso da organização, viabilizando condições para competitividade tão necessárias para a sobrevivência das empresas (RUAS, 2001). Segundo Parry (1996), a competência é formada por um conjunto de conhecimentos obtidos formalmente ou não, habilidades e atitudes que influenciam e determinam a maioria das atividades realizadas por um indivíduo, como também, determinam o resultado de uma tarefa. Para esse autor a competência pode ser mensurada quando comparada com padrões aprovados e validados e, pode ser aperfeiçoada através do desenvolvimento das habilidades. Já para Alves, Bomtempo e Coutinho (2005) os estudos e conceitos existentes sobre as competências são bastante apropriados para compreender a dinâmica da inovação dentro de um cenário voltado para a aprendizagem e a geração de conhecimento. No entanto, referem que a identificação precisa das competências nas empresas e a conseqüente utilização estratégica ainda apresentam problemas práticos. Aponta Durand (2000) que estes problemas centram-se na ausência de metodologias operacionais que permitam a aplicação concreta do conceito de competências. Para Santos (2001), competência não é apenas um conjunto de conhecimentos e habilidades para a realização de uma atividade (saber fazer), mas também atitudes, valores e características individuais vinculadas a obtenção de um satisfatório desempenho no trabalho (saber agir e querer fazer). Neste caso, Perrenoud (2000) salienta que a competência é a capacidade de processar, mobilizar e gerenciar diversos recursos para enfrentar um determinado tipo de situação gerada em determinada atividade profissional. Corroborando, Rodriguez et al. (2002) e Carvalho (2002) afirmam que competência é a capacidade de articular, mobilizar e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. Este conceito baseado também na “eficaz” solução das tarefas é fundamento por Hipólito (2001) quando refere que o conceito de competência ampliou-se. Além de considerar o conjunto de conhecimentos adquiridos, habilidades e atitudes de um indivíduo, considera
  • 5. também que os resultados da produção são decorrentes da própria mobilização, isto é, incorpora o valor adicionado pelo indivíduo ao empreendimento ou produto final. Refere Ubeda (2003) que existem duas linhas de pensamentos sobre o termo “competência”: a linha americana sob a denominação “competency” e a linha européia sob a denominação “competence”. A principal diferença entre os estudos sobre competência refere-se à forma com que é vista: como inputs (conhecimentos) ou outputs (resultados) do comportamento humano (MANFREDI, 1998). Neste caso Ubeda (2003) diz que no Reino Unido as competências são consideradas como outputs porque os indivíduos são avaliados por “graus de competência”, conforme os resultados obtidos ou, o quanto estes superam os padrões de trabalho existentes. Dejours (1997) salienta que a competência do indivíduo depende do contexto social, é dependente tanto de um indivíduo quanto do outro, ou seja, depende do coletivo. A competência deve ser vista como um fator sistêmico antes de ser entendida ao nível individual. Para esse autor o fator humano não pode ser totalmente conceituado pela ciência e possui três dimensões a serem levadas em consideração: (i) a biológica que procura conhecer as exigências e os limites do funcionamento (fisiologia); (ii) a social que se refere ao trabalho coletivo e supõe conhecer as ações coordenadas de indivíduos que se compreendem, discordam entre si ou concordam, não somente a partir de princípios técnicos, mas também sociais; (iii) a subjetiva que inclui entender o processo de mobilização e interação das personalidades e das inteligências dos indivíduos nas atividades profissionais. Já para Le Boterf (1995) a competência é formada por três diferentes contextos: (i) o indivíduo em si através da própria imagem e experiências pessoais ao longo do tempo e a correspondente socialização; (ii) a situação funcionalista-estrutural representada pela organização e (iii) a situação profissional em que este indivíduo se encontra. Esse autor refere que a competência é um “saber agir” responsável e reconhecido, que se traduz em diferentes aspectos como saber entender, mobilizar, integrar, gerir e transferir recursos, conhecimentos e aptidões a um determinado contexto produtivo. Zarifian (2001) propõe uma abordagem mais ampla sobre competência, referindo que deve-se incluir no conceito fatores como: (i) a interação do indivíduo com o meio-ambiente; (ii) o reconhecimento e recompensa como um ser habilidoso; (iii) a inteligência aplicada às situações de trabalho. Já Rabaglio (2001) define competências como atitudes comportamentais compatíveis com as atribuições profissionais a serem desempenhadas. Autores como Sant'anna, Moraes e Kilimnik (2005) também reforçam esta percepção de que a competência é uma resultante da combinação de múltiplos fatores: saber, saber-fazer, saber- agir e querer-fazer, sendo capazes de propiciarem respostas efetivas aos desafios advindos do contexto social e profissional. Contribuindo com esta afirmativa pode-se ainda referir que autores como Spencer e Spencer (1993), Boyatzis (1982), Mcclelland e Dailey (1972), Zarifian, (2001) e Le Bortef (1995) através de estudos científicos validaram tal perspectiva. 2.2 Habilidades Habilidade, enquanto conceito caracteriza-se pelas ações e reações advindas do sistema cognitivo para tratar com situações e problemas (ALMEIDA, 1998). Estas podem ser de diferentes naturezas e não é absoluto o campo conceitual para tratar a questão. As habilidades cognitivas são capacidades que contribuem para tornar o indivíduo competente, permitindo a interação simbólica deste com o ambiente (VERNON, 1950). Gatti (1997) afirma que as habilidades formam a estrutura fundamental do que se poderia chamar de competência cognitiva da pessoa humana permitindo discriminar entre objetos, fatos ou estímulos, identificar e classificar conceitos, levantar e/ou construir problemas,
  • 6. aplicar regras e resolver problemas. As habilidades estão na base dos processos mentais cada vez mais complexos na direção da construção/reconstrução de estratégias cognitivas. Na área da psicologia, afirma Lima (1990) que o estudo de habilidades parte de três grandes correntes científicas. A primeira compreende os estudos realizados no campo da psicologia do desenvolvimento, que visa conhecer o processo de desenvolvimento psicológico do ser humano e os seus principais produtos, ou seja, as características psicológicas do ser humano, em suas diversas idades, ao longo de seu ciclo vital (OLIVEIRA et al., 2005). Afirma Primi (1995) que a mais atual abordagem propõe o estudo do processamento humano de informações que a partir da década de 60 originou diversas pesquisas que investigaram detalhadamente os processos cognitivos relacionados à solução de testes tradicionais utilizados pela corrente da psicometria e, que vem gradualmente integrando os estudos da neurociência cognitiva. Spearman (1927) é autor da primeira teoria da inteligência baseada na análise estatística dos resultados obtidos a partir de testes. Segundo Carroll (1993) esta análise parte do princípio de que quando se identifica duas variáveis, que representam diferenças entre dois indivíduos, sendo substancialmente correlacionadas, há a possibilidade de que uma única habilidade ou um conjunto unitário de habilidades cognitivas esteja subjacente a estas variáveis. No entanto, quando duas variáveis não estão correlacionadas é bem provável que duas habilidades distintas estejam subjacentes a estas. Assim, os estudos psicométricos até quase o final do século XX eram baseados na aplicação de testes, e empregavam a análise fatorial objetivando descobrir como estes testes se correlacionavam a fim de definir a partir dos agrupamentos formados as estruturas da inteligência (fatores, habilidades, aptidões). Um dos principais problemas identificados neste tipo de abordagem referia-se ao modo de interpretação dos resultados a partir dos modelos existentes, até então, o da existência de uma única habilidade geral definida como “fator g” (Teoria do Fator Geral) proposta por Spearman e, a do modelo que explicava as correlações considerando a existência de várias habilidades (aptidões primárias) propostas por Thurstone (1938), Guilford (1967) e Horn (1991). A proposta de Thurstone (1938) consiste na existência de um determinado número de aptidões independentes entre si, e que explicariam o desempenho intelectual dos indivíduos. Este autor referiu que o fator geral é um indicativo estatístico que descreve a estrutura da inteligência de uma forma muito simplificada e nem sempre observável, a saber: (i) Espacial, (ii) Velocidade Perceptiva, (ii) Numérica, (iv) Compreensão Verbal, (v) Fluência Verbal, (vi) Memória, e (vii) Raciocínio - assimilar e aplicar princípios fundamentais. Após inúmeras pesquisas realizadas, foi proposto também por Guilford (1967) um modelo explicativo baseado na inteligência formada por várias aptidões. O modelo representa uma importante diferencial face os resultados obtidos a partir dos modelos anteriores, partindo de um quadro teórico prévio para o trabalho experimental e não da exploração fatorial de dados para a teoria. Este modelo recorre a três componentes para uma definição das diferentes habilidades: operação mental, conteúdo e produto (resultado final da informação). Esta concepção, segundo Gatti (1997), levou em conta a classificação das várias habilidades em uma “grade tridimensional de operações” composta por três dimensões, sendo que a primeira dimensão corresponde ao tipo de processo ou operação que os indivíduos utilizam, correspondendo: (i) cognição, (ii) memória, (iii) pensamento divergente, (iv) pensamento convergente, e (v) avaliação.. A segunda dimensão refere-se ao tipo de conteúdo que está envolvido e presente para o processamento das informações. A terceira dimensão classifica as habilidades em função do tipo de produto envolvido na aplicação de um determinado tipo de operação.
  • 7. Uma outra proposta de modelo dos fatores primários foi concebida por Cattell (1971) que baseava-se na teoria da inteligência fluída e cristalizada. A partir da década de 90 Carrol (1993) desenvolveu um modelo baseado em uma meta análise de praticamente todos os principais estudos sobre as habilidades, publicados de 1920 até 1980. Este trabalho resultou no modelo hierárquico de três estratos proposto por Carroll (1993) e representa os níveis gerais das habilidades. As habilidades ou fatores abrangentes propostos são: (i) Inteligência Fluída, que são habilidades de raciocínio em situações novas minimamente dependentes de conhecimentos adquiridos e para resolver problemas novos, relacionar idéias, induzir conceitos abstratos, compreender implicações; (ii) Inteligência Cristalizada, associada à manutenção de informação na consciência por um curto espaço de tempo para poder recuperá-las logo em seguida e, também associada à quantidade de informação retida após exposição a uma situação de aprendizagem; (iii) Memória e Aprendizagem, associada à manutenção de informação na consciência por um curto espaço de tempo para poder recuperá-las logo em seguida; (iv) Percepção Visual, habilidade de gerar, reter e manipular imagens visuais abstratas; (v) Recepção Auditiva, associada à percepção e discriminação de padrões sonoros; (vi) Habilidade de Recuperação, associada à extensão e fluência que itens de informação ou conceitos são recuperados da memória de longo prazo por associação; e (vii) Velocidade de Processamento Cognitivo, associada à taxa de rapidez de processamento cognitivo em tarefas cognitivas simples (CARROL, 1993). Posteriormente, McGrew e Flanagan (1998) propuseram uma integração das teorias de Catell (1971), Horn (1991) e dos Três Estratos de Carrol (1993) propondo a Teoria de Cattell-Horn- Carroll (CHC) das Habilidades Cognitivas resultando em uma visão hierárquica multidimensional da inteligência organizando-a em dez fatores amplos, veja a Figura 3. HABILIDADES SIGNIFICADOS Conhecimento Quantitativo Compreender conceitos e relações quantitativas; manipular símbolos numéricos . Raciocinar rapidamente frente a novas situações; reorganizar, Inteligência Fluída transformar e interagir com informações; induzir e deduzir conceitos; observar e compreender implicações. Inteligência Cristalizada Representa a profundidade e quantidade de experiência e conhecimentos adquiridos em processos de aprendizagem Memória a Curto Prazo Recordar uma informação adquirida em curto prazo Armazenamento e Ter fluência ou facilidade de recuperar idéias ou conceitos da Recuperação a Longo Prazo memória de longo prazo por associação Leitura e Escrita Compreender a linguagem escrita e ter a capacidade de expressão de pensamentos pelo ato de escrever Processamento Visual Gerar, perceber, armazenar, analisar, manipular e transformar imagens visuais Processamento Auditivo Perceber, analisar, distinguir e sintetizar padrões sonoros; perceber nuances sonoras em estruturas musicais complexas Velocidade de Realizar rapidamente tarefas comuns em um espaço de tempo pré- Processamento determinado Velocidade de Rapidez em fornecer respostas corretas de problemas de compreensão Decisão/Reação e raciocínio Figura 3 – Habilidades segundo a Teoria de Cattell-Horn-Carroll - CHC das Habilidades Cognitivas Fonte: Adaptado de Primi et al (2001)
  • 8. 2.3 Subsistemas que afetam as competências: a abordagem macroergonômica A abordagem macroergonômica amplia a visão acerca das relações do homem com o meio e permite uma análise sistêmica a partir dos subsistemas que podem afetar as competências, a saber: (i) Ambiente Externo, que abrange todos os elementos externos aos limites da organização que variam de meio para meio; (ii) Social, constituído por grupos informais - comunidade e família, e formais - colegas de trabalho, fornecedores, clientes etc., sendo que dessas relações surge o senso de identidade e o propósito do trabalho, seleção e trocas a partir dos comportamentos; (iii) Técnico, formado pela infra-estrutura física, equipamentos, instrumentos, informações científicas e tecnológicas, recursos e insumos existentes em níveis: individual, setorial e organizacional; e (iv) Organizacional, que é definida a partir dos outros três e pela interação entre eles, sendo considerados como elementos constituintes: a natureza do trabalho, a forma e peculiaridades do processo de gestão, a variedade das atividades e tarefas e suas respectivas significâncias (TRIST, 1978; PASMORE, 1988; HENDRICK e KLEINER, 2000). 3 Discussão O referencial permite inferir que as competências são compostas por quatro importantes elementos, a saber: (i) conhecimentos (adquiridos de maneira formal e informal), (ii) habilidades cognitivas (Teoria Cattel-Horn-Carrol), (iii) Atitudes, e (iv) Resultados (produção resultante das ações). Tal afirmação encontra sustentação na análise dos conceitos propostos pelos vários autores citados neste trabalho. Para tanto, foi formulada uma síntese onde se pode verificar que os autores em seus estudos referem como partes constitutivas das competências estes elementos, veja a Figura 4. AUTORES ELEMENTOS Le Boterf (1995); Parry (1996); Perrenoud (2000); Zafirian (2001); Hipólito (2001); Santos (2001); Conde (2001); Paquay et al. (2001); Conhecimentos (saber) Rodriguez et al. (2002);Carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004) Thurstone (1938); Guilford (1967); Cattel (1971); Prahalad e Hamel (1990); Horn (1991); Carroll (1993); Le Boterf (1995); Parry (1996); Dejours (1997); McGrew e Flanagan (1998); Perrenoud (2000); Zafirian Habilidades (saber fazer) (2001); Hipólito (2001); Santos (2001); Conde (2001); Rodriguez et al. (2002); carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004); Moehrle et al. (2005) Parry (1996); Perrenoud (2000); Zafirian (2001); Paquay et al. (2001); Hipólito (2001); Rabaglio (2001); Santos (2001); Rodriguez et al. Atitudes (saber e querer agir) (2002); Carvalho (2002); Fleury e Fleury (2004) Hipólito (2001); Santos (2001); Ubeda (2003); Fleury e Fleury (2004) Resultados (obter resultados) Figura 4 – Síntese que relaciona os estudos de vários autores aos elementos que constituem as competências A partir das propostas conceituais de Hipólito (2001), Santos (2001) e, Fleury e Fleury (2004) pode-se dizer que a competência humana é a soma de conhecimentos, habilidades, atitudes e resultados. Os estudos propostos por Thurstone (1938), Guilford (1967), Cattel (1971), Horn (1991); Carroll (1993) e, McGrew e Flanagan (1998) contribuem de forma importante para o entendimento das peculiaridades que influenciam o processo de aquisição de conhecimentos e desempenho humano. Com base no referencial gerenciar competências de pesquisadores, a infra-estrutura tecnológica e os procedimentos metodológicos de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) significa transformar satisfatoriamente, através das próprias habilidades do gestor e pesquisadores os objetivos e metas em resultados (THIEME, SONG e SHIN, 2003; LIMA, 1999 e D’ALKAINE, 1992). Neste caso, Moehrle et al. (2005) afirmam que a prática tem demonstrado que a maior dificuldade para um gestor de projetos de P&D tem sua origem nas pessoas.
  • 9. Ao considerar a influência dos subsistemas Organizacional, Técnico, Social e Ambiente Externo (HENDRICK e KLEINER, 2000) no desenvolvimento das competências e processos de gestão e execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), bem como, a interação com o somatório dos conhecimentos, habilidades, atitudes e resultados dos pesquisadores é possível constatar que a eficácia é um fenômeno sistêmico, veja a Figura 5. Conhecimentos Subsistema Subsistema Organizacional Técnico Efetividade Atitudes Competências Habilidades Eficácia Subsistema Subsistema Ambiente Externo Resultados Social Figura 5 – Modelo sistêmico que representa as interações entre os subsistemas e os elementos que constituem as competências para obtenção da eficácia de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) Para Checkland (1994), um sistema é um todo estruturado em níveis e etapas que se inter- relacionam pela ação, comunicação e controle que viabilizam a adaptação a um ambiente em constante processo de mudança. Senge (2004) considera que um modelo sistêmico pode identificar inter-relacionamentos para ver padrões de mudança, em vez de recortes instantâneos. Para Marinho e Façanha (2001) e Radner (1992) a efetividade se refere ao cumprimento e aprimoramento de objetivos. Organizações são efetivas quando seus critérios decisórios e suas realizações apontam para objetivos, metas e regras de conduta confiáveis e dotadas de credibilidade para quem integra a organização e para seu contexto de atuação. Para Kreps (1990) a eficiência relaciona-se ao custo versus benefício e seria semelhante à efetividade organizacional, pois ambas são dimensões organizacionais amplas. A eficácia significa produzir os efeitos desejados, sendo importante reconhecer que a efetividade e a eficiência (ou seja, efetividade organizacional) dos programas são ingredientes indispensáveis da eficácia, inclusive para fins de conhecimento dos resultados pretendidos. Desta forma, um projeto somente será eficaz se forem antes efetivas e eficientes as estratégias e ações das organizações (MARINHO e FAÇANHA, 2001). 4 Conclusões Este artigo apresentou os resultados de uma pesquisa que teve por finalidade elaborar uma síntese conceitual sobre competências com a finalidade de contribuir para um melhor entendimento por parte de gestores institucionais, coordenadores e pesquisadores de projetos de P&D acerca das especificidades e peculiaridades deste tema.
  • 10. Como resultado foi proposto um modelo sistêmico que representa as interações entre os subsistemas Organizacional, Técnico, Social e Ambiente Externo, e os elementos que compõem as competências humanas. Foi possível compreender que a gestão de projetos implica no conhecimento do contexto organizacional, bem como, das variáveis internas e externas a que os projetos estão sujeitos, devido a esta atividade contemplar o gerenciamento das questões organizacionais, os recursos humanos e materiais, e os requisitos de cada projeto a ser desenvolvido. O estudo mostra que o gerenciamento de projetos envolve a integração de todos os recursos envolvidos (financeiros, materiais e humanos) com o objetivo de, no prazo acordado e com a verba proposta, atingir as metas propostas, primordialmente com êxito em todos os sentidos. Por fim, uma questão fundamental que deverá permear todas as fases de um projeto é conhecer e desenvolver as competências dos recursos humanos envolvidos, já que a eficácia do processo de pesquisa e desenvolvimento é resultante de um fenômeno sistêmico. Referências ALMEIDA, L. S. Teorias da inteligência. Porto: Edições Jornal de Psicologia, 1998. ALVES, F. C.; BONTEMPO, J. V.; COUTINHO, P. L. A. Competências para inovar na indústria petroquímica brasileira. Revista Brasileira de Inovação, v. 4, n. 2, p. 301-327, 2005. BARTLETT, C. A.; GHOSHAL, S. The myth of the generic manager: new personal competencies for new management roles. California Management Review, v. 40, n. 1, p. 93-116, 1987. BOYATZIS, R. E. The competent manager: a model for effective performance. New York: John Wiley, 1982. CARVALHO, H. A. Implantação da gestão da qualidade em projetos de pesquisa e desenvolvimento em instituições de ensino superior. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, Curitiba, 2002. CARROLL, J. B. Humann cognitive abilities: a survey of factor analytic studies. New York: Cambridge University Press, 1993. CATTEL, R. B. Abilities: their structure, growth and action. Boston: Houghton Mifflin, 1971. CONDE, L. P. Gestão de competências como prática de recursos humanos nas organizações: estudo de caso em uma empresa de tecnologia da informação. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Economia e Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. CHECKLAND, P. Varieties of systems thinking: the case of soft systems methodogy. Systems Dynamic Review, 1994. DANNEELS, E.; KLEINSCHMIDT, E. J. Product innovativeness from the firm’s perspective: its dimensions and their relation with project selection and performance. Journal of Product Innovation Management, 18, 6, 357–373, 2001. DEJOURS, C. O fator humano. Rio de janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997. DURAND, Th. “L’alchimie de la compétence”. Revue Française de Gestion, jan./fev., p.84-102, France, 2000. D’ALKAINE, C. V. Gestão de projetos em centros de P&D na América Latina. Anais. XVII Simpósio Nacional da Gestão da Inovação Tecnológica. São Paulo, 1992. FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópico da indústria brasileira. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2004. GATTI, B. A. Habilidades cognitivas e competências sociais. Santiago: LLECE, OREALC/UNESCO, 1997. GIACOBBO, E.; ELIZABETH, M.; ELIZABETH, M.; FRANCISCO, A. C.; PILATTI, L. A. Competindo através da competência essencial. Anais. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP. Florianópolis, 2004. GUILFORD, J. P. The nature of humann intelligence. New York: McGraw-Hill, 1967. HENDRICK, H.; KLEINER, B. Macroergonomics: An introduction to work system design. London: Human
  • 11. Factors & Ergonomics Society, 2000. HIPÓLITO, J. A. M. Tendências no campo da remuneração para o novo milênio. In: DUTRA, J. S. (Coord.) Gestão por competências. São Paulo: Gente, 2001. HORN, J. H. Measurement of intellectual capabilities: a rewiew of theory. In: McGrew K. S.; Werder. Wood- cock WJ-R Technical Manual. Allen, TX: DLM, 1991. JUNG, C. F. ; GUIMARAES, L. B. M. ; RIBEIRO, J. L. D. ; CATEN, C. S. T. . Fatores que Impactam o Desempenho de um Programa Estadual de Inovação Tecnológica sob o Enfoque Macroergonômico. Espacios (Caracas), v. 30, p. 19-21, 2009. KREPS, D. Corporate culture and economic theory. In: ALT, J., SHAPSLE, K. (eds.). Perspectives on positive political economy. New York: Cambridge University Press, p. 90-143, 1990. KRUGLIANSKAS, I. Finalização de projetos tecnológicos. Anais. VII Seminário Latino Americano de Gestion Tecnológica. México – DF, 1997. LANGERAK, F.; HULTINK, E. J.; ROBBEN, H. S. J. The role of predevelopment activities in the relationship between market orientation and performance. R&D Management, 34, 3, 295–309, 2004. LE BOTERF, G. De la competence. France: Editions D’Organizations, 1995. LIMA, E. S. Do indivíduo e do aprender: Algumas considerações a partir da perspectiva interacionista, Belo Horizonte: Edu, 1990. LIMA, I.A. Gestão de projetos de pesquisa e desenvolvimento no âmbito da cooperação escola-empresa. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) - Programa de Pós-Graduação em Tecnologia – CEFET-PR. Curitiba, 1999. LICHTENTHALER, U.; LICHTENTHALER, E. Alliance functions: implications of the international multi- R&D-alliance perspective. Technovation, v. 24, n. 7, July, 541-552, 2004. MANFREDI, S. M. Trabalho, qualificação e competência profissional: das dimensões conceituais e políticas. Educação e Sociedade. v.19, n.64, Set. 1998, Campinas, 1998. MARINHO, A.; FAÇANHA, L. O. Programas sociais: Efetividade, eficiência e eficácia como dimensões operacionais da avaliação. Rio de janeiro: IPEA, 2001. MAXIMIANO, A. C. A. Gestão de projetos. São Paulo: Atlas, 1997. MIRABILE, R. J. Everything You Wanted to Know About Competency Modeling. Trainning & Development, vol. 51. n. 8, 1997. MOEHRLE, M. G.; WALTER, L.; GERITZ, A.; MULLER, S. Patent-based inventor profiles as a basis for human resource decisions in research and development. R&D Management. V. 35, Issue 5, November, p. 513- 524, 2005. McCLELLAND, D. C.; DAILEY, C. Improving officer selection for the foreign service. Boston: McBer, 1972. MCGREW, K. S.; FLANAGAN, D. P. The intelligence test desk reference (ITDR): Gf-Gc cross-battery assessment. Needham Heihts: Allyn & Bacon, 1998. VERNON, P. E. The structure of human abilities. London: Methuen, 1950. OLIVEIRA, K. L.; NORONHA, A. P. P.; DANTAS, M. A.; SANTAREM, E. M. O psicólogo comportamental e a utilização de técnicas e instrumentos psicológicos. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, 2005. PAQUAY, L.; LEOPLOD, P.; PERRENOUD, P.; ALTET, M. Formando professores profissionais: quais estratégias? quais competências? 2 ed.. PortoAlegre: Artmed, 2001. PARRY, S. B. The quest for competencies: Training and Development. London, 1996. PASMORE, W. A. Designing effective organizations: The sociotechnical systems perspective. NY: Wiley, 1988. PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Q. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79-91, May./June, 1990.
  • 12. PRIMI, R. Inteligência, processamento de informação e teoria gestalt: um estudo experimental. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Departamento de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 1995. PRIMI, R.; SANTOS, A. A. A.; VENDRAMINI, C. M.; TAXA, F.; MULLER, F. A.; LUKJANENKO, M. F.; SAMPAIO, I. S. Competências e habilidades cognitivas: diferentes definições dos mesmos construtos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. 17, n. 2, p. 151-159, Mai/Ago, São Paulo, 2001. PUCIK, W.; THICHY, N. M.; BARNETT, C. K. Globalization and human resource Management: creating and leading the competitive organization. New York: John Wiley, 1992. RABAGLIO, M. O. Ferramentas de avaliação de performance com foco em competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. RABECHINI JR., R.; CARVALHO, M. M.; LAURINDO, F. J. B. Fatores críticos para implementação de gerenciamento por projetos: o caso de uma organização de pesquisa. Revista Produção. v. 12. n. 2. 28-41, 2002. RADNER, R. Hierarchy: the economics of managing. Journal of Economic Literature, v. 30, n. 1, p. 382-415, Sep. 1992. REID, S. E.; BRENTANI, U. The fuzzy front end of new product development for discontinuous innovation: a theoretical model. Journal of Product Innovation Management, 21, 3, 170–184, 2004. RODRIGUEZ, D.; PATEL, R.; BRIGHT, A.; GREGORY D.; GOWING, M. K. Developing competency models to promote integrated human resource practices. Resource Management. v. 41, n. 3 , 309 – 324, 2002. RUAS, R. Desenvolvimento de Competências Gerenciais e Contribuição da Aprendizagem Organizacional. In: Fleury, M.T.L.; Oliveira Jr., M.M. Gestão Estratégica do Conhecimento: Integrando aprendizagem, Conhecimento e Competências. São Paulo: Atlas, 2001. SANT’ANNA, A. S.; MORAES, L. F. R.; KILIMNIK, Z. M. Competências individuais, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: um estudo de diagnóstico comparativo. RAE. v.4, n.1, São Paulo, jan./jun, 2005. SANTOS, A. C. O uso do método Delphi na criação de um modelo de competências. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 36, n. 2, abr/jun, 2001. SENGE, P. M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 16 ed. (Trad.) OP Traduções. São Paulo: Ed. Nova Cultural, 2004. SHERMAN, J. D., BERKOWITZ, D.; SOUDER, W.E. New product development performance and the interaction of cross-functional integration and knowledge management. Journal of Product Innovation Management, 22, 5, 399–411, 2005. SPENCER, L. M; SPENCER, S. Competence at work. New York: John Wiley, 1993. SPEARMAN, C. The abilities of man: their nature and measurement. New York: Macmillan, 1927. STERNBERG, R. J. Toward a unified theory of humann reasoning. Intelligence. n. 10, 1986. THIEME, R. J., SONG, X. M.; SHIN, G. C. Project management characteristics and new product survival. Journal of Product Innovation Management, 20, 2, 104–119, 2003. TRIST, E. L. On Socio-technical Systems. In: William A. Pasmore and John J. Sherwood (eds), Socio- Technical Systems: A Sourcebook, LaJolla CA:University Associates Inc., 43-57, 1978. THURSTONE, L. L. Primary mental abilities. Chicago: University Chicago Press, 1938. UBEDA, C. L. A gestão de competências em uma empresa de pesquisa e desenvolvimento. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. ZAFIRIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001. YUSUF, S. “University-Industry Links, Policy Dimensions,” in Shahid Y. and K. Nabeshima, eds. How Universities Promote Economic Growth, Directions in Development Human Development, The World Bank, Washington, v. 1, 1-23, 2007.