3. • Ficou estabelecido, pelo Decreto-Lei n° 2457, de
31 de março de 1947 a atual bandeira. No centro
da bandeira está inserida uma esfera azul
simbolizando o céu e as cinco estrelas do
Cruzeiro do Sul ordenadas pela posição em que
se encontravam no dia 29 de agosto de 1853,
data em que o imperador D. Pedro assinou a Lei
de criação da Província do Paraná.
• Cortando a esfera, abaixo da estrela superior, há
uma faixa branca com a inscrição "Paraná" em
letras verdes. Ao redor da esfera cruzam-se dois
ramos verdes, um de pinheiro-do-paraná
(Araucaria angustifolia) à direita e um de erva-
mate (Ilex paraguariensis) à esquerda.
8. As terras que hoje pertencem
ao Estado do Paraná eram
habitadas, durante a época do
descobrimento do Brasil, pelos
Carijós, do grupo Tupi e pelos
Caingangues do grupo Jê.
9. Carijós
• Carijós são índios que ocupavam o território que
ia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS).
Vistos como "o melhor gentio da costa", foram
receptivos à catequese. Isso não impediu sua
escravização em massa por parte dos colonos de
São Vicente.
• Eram os carijós índios dóceis, trabalhadores e
bem intencionados. Pertenciam ao ramo Guarani
e efetuaram uma marcha migratória do Paraguai
para o sul do litoral brasileiro.
10. Kaingang
Os Kaingang ou Caingangue, ou ainda
Kanhgág, são um povo indígena do
Sul do Brasil. Sua língua pertencente à
família linguística do Tronco Macro-Jê.
Sua cultura desenvolveu-se à sombra
dos pinheirais (Araucaria brasiliensis),
ocupando a região sudeste/sul do atual
território brasileiro.
11.
12. As primeiras expedições
exploradoras
• Durante o século XVI, a região do atual
Estado do Paraná ficou abandonada
por Portugal. Aproveitando-se disto,
inúmeras expedições de outros países
visitaram-na. Muitas delas vinham em
busca de madeiras de lei. As mais
importantes foram as espanholas, que
chegaram a criar núcleos de
povoamento no oeste paranaense.
13. A colonização espanhola
• Os espanhóis utilizaram o chamado
Caminho de Peabiru, que seguia o
seguinte traçado: partia da Capitania de
São Vicente, em São Paulo e
constituía-se numa vasta rede de
caminhos em direção Leste-Oeste,
atravessando todo o território do
Paraná em direção ao Oceano Pacífico.
14. • O povoamento da região paranaense
desenvolveu-se muito lentamente e só
se efetivou no século XX. Os espanhóis
foram os pioneiros na exploração e
ocupação do Paraná. Em 1553, o
governador do Paraguai,
Domingos Martinez de Irala, explorou o
rio Paraná. No ano seguinte,
Garcia Rodriguez de Vergara fundou a
povoação de Ontiveros, próximo de
Sete Quedas.
15. • Em 1557, Ruy Diaz Melgarejo fundou a
povoação de Ciudad Real del Guairá, junto
à foz do rio Piquiri.
• Em 1576, Melgarejo criou a Villa Rica del
Espiritu Santo, na confluência dos rios Ivaí
e Corumbataí. Estes foram o primeiros
núcleos estáveis de povoamento do Paraná
e a região onde se localizaram recebeu o
nome de Guairá. Neles, a partir de 1610, os
padres espanhóis organizaram missões ou
reduções (aldeamentos de indígenas
cristianizados) jesuíticas.
16.
17. Entradas e bandeiras
• Somente no início do século XVII, com a
descoberta de ouro de aluvião no território
paranaense e a necessidade de índios para
escravizar e que os luso-brasileiros começaram a
ocupar a região, através de bandeiras que partiam
de São Vicente.
• Em 1602, a bandeira de Nicolau Barreto, que tinha
a autorização do governador para procurar ouro e
prata, desceu os rios Tietê e Paraná e atingiu o
Guaira, onde aprisionou numerosos indígenas.
Inutilmente, os espanhóis do Paraguai protestaram
junto a dom Francisco de Sousa, então governador
do Brasil naquela época.
18. • Em 1611, quando os índios já estavam aldeados
nas missões jesuíticas, nova bandeira dirigiu-se ao
Guairá. Seu chefe era Pedro Vaz de Barros, que
voltou outras vezes à região.
• Entre os ávidos predadores (caçadores de índios)
que, durante a segunda e terceira décadas do
século XVII, freqüentaram o Guairá, estão
Sebastião Preto e seu irmão Manuel Preto. Mas foi
a bandeira de Antônio Raposo Tavares, organizada
em 1628, que de fato inaugurou o ciclo de caça ao
índio.
• O bandeirante paulista Raposo Tavares atacou as
missões jesuíticas e aprisionou milhares de índios
aldeados, levando-os para São Vicente.
19. • Em 1631, os vicentinos destruíram Ciudad Real del
Guairá e Villa Rica del Espiritu Santo, que foram
abandonadas pelos habitantes. Sem condições de
resistir aos ataques dos bandeirante, os jesuítas
resolveram abandonar o Guairá, e migraram para
regiões mais distantes com os indígenas que restaram.
• A destruição das missões, contudo, não foi seguida de
imediato povoamento da região pelos luso-brasileiros.
Em meados do século XVII, com o desenvolvimento da
mineração, o alemão Heliodoro Eobanos, guia de vários
bandeirantes, fundou a povoação de Paranaguá.
• Com a chegada de muitos moradores, Paranaguá, em
1648 foi elevada à categoria de vila. No mesmo período
e também devido à mineração surgiu outra povoação:
Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, atual
Curitiba, elevada a vila em 1693.
20.
21. Exploração do ouro
• Caminho da Graciosa: caminho
primeiramente utilizado por indígenas, foi o
traçado utilizado por aqueles que
procuravam ouro no planalto. No segundo
momento, foi utilizado para o trânsito de
muares, sendo considerado Estrada apenas
no século XIX – liga Curitiba com Morretes.
22. • Por alguns anos, os exploradores
conseguiram retirar alguma quantidade de
ouro, com muito trabalho e pouco
rendimento. A partir do descobrimento do
ouro das Minas Gerais pelos paulistas, no
final do século XVII, a reduzida mineração
do Paraná perdeu a importância. A
população de Paranaguá passou a viver
somente da agricultura, e nos campos de
Curitiba, permaneceu a criação de gado.
23.
24. Tropeirismo
• Para atender às necessidades de
alimentação e transporte dos
mineradores das Minas Gerais, ocorreu
uma grande procura de vacas, cavalos
e mulas. Os campos de Curitiba e do
atual Rio Grande do Sul, onde o gado
se espalhava em grande quantidade,
eram territórios muito favoráveis à
pecuária.
25. • Por volta de 1720, os paulistas começaram a
buscar o gado do Rio Grande do Sul. Alguns anos
depois, foi aberto o Caminho Viamão-Sorocaba
Era um caminho que levava o gado das margens
do rio da Prata e da lagoa dos Patos, no Sul, à
feira de Sorocaba, em São Paulo, passando por
Curitiba. Com isso, a região de Curitiba ganhou
novo impulso e intensificou-se a ocupação de
áreas de campos naturais dos planaltos
paranaenses. Ampliava-se assim a conquista do
interior.
• Muitos paranaenses, passaram a dedicar-se ao
rendoso negócio de comprar gado no Sul, engordá-
lo em suas fazendas e vendê-lo em Sorocaba.
26. • No final do século XVIII, quando o rendimento do
ouro de Minas Gerais, Mato Grosso, e Goiás
tornou-se reduzidíssimo, os moradores de Curitiba
instalaram novas fazendas de gado, começando a
povoar o norte, sul e oeste do atual Paraná. O
primeiro passo foi a conquista do vale do rio Tibagi
.
• Em 1770, começou a exploração dos campos de
Guarapuava, definitivamente colonizados só na
metade do século XIX. Nessa época colonizaram-
se os campos de Palmares. A ocupação dos
campos naturais do oeste, pela criação de mulas,
coincidiu com a expansão, também para o oeste,
da lavoura cafeeira em São Paulo, que exigia cada
vez maior número de animais para o transportes.
27. • Sempre como conseqüência da expansão dos
currais de gado, nasceram então as cidades dos
campos: Castro, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa,
Guarapuava e Palmas, todas do século XIX.
• Mas a ocupação das terras paranaenses só se
completaria efetivamente no século XX:
– com a imigração européia;
– o desenvolvimento da extração da madeira;
– o avanço das plantações de café de São Paulo
para o setentrião do Paraná;
– as correntes de migração interna originárias dos
Estados limítrofes de Santa Catarina e do Rio
Grande do Sul.
28.
29. Comarca de Paranaguá e
Curitiba
• Em 19 de novembro de 1811, foi criada a
Comarca de Paranaguá e Curitiba, como
território integrado à
Capitania Geral de São Paulo. Em 6 de julho do
mesmo ano, a Câmara Municipal de Paranaguá
apelou ao príncipe regente, Dom João IV,
solicitando a emancipação da comarca e a
criação da capitania do Paraná, independente
de São Paulo. Mesmo após a
Independência do Brasil, porém, os
paranaenses continuaram submetidos a
São Paulo.
30. • Dois episódios tornaram evidente a importância
política e estratégica da região: a
Guerra dos Farrapos e as Revoluções Liberais
de 1842.
• A Guerra dos Farrapos (1835 a 1845), que
começou no Rio Grande do Sul e se espalhou
pela Província de Santa Catarina, era contra a
centralização política imposta pelas exigências
e o encarecimento dos produtos da pecuária
sulina.
• As Revoluções Liberais de 1842, em
Minas Gerais e São Paulo, foram promovidas
pelo Partido Liberal, contra o ato de
31. • Em 6 de fevereiro de 1842, uma lei
provincial de São Paulo, elevou Curitiba
à categoria de cidade.
• Nesse período, a economia paranaense
expandia-se com a produção local da
erva-mate, exportada para os mercados
argentino, uruguaio, paraguaio e chileno
, além do comércio de gado. O mate era
o principal produto de exportação do
Paraná.
32.
33. Província do Paraná
• Em 29 de agosto de 1853, foi aprovado o projeto
de criação da Província do Paraná, por força da lei
imperial nº 704, assinada por Dom Pedro II.
• Embora a lei fosse aprovada, o fato de que a
Emancipação política do Paraná ocorreu, isso
demorou quatro meses para se concretizar. Como
resultado da lei imperial, em 19 de dezembro de
1853, a Província do Paraná se separou da
Província de São Paulo, deixando de ser a 5ª
Comarca de São Paulo.
34. • Curitiba foi escolhida como capital da
nova província e, na mesma data da
emancipação política da província,
chegou à capital
Zacarias de Góis e Vasconcelos, o
primeiro presidente da Paraná, declarou
logo que todos os seus problemas de
administração poderiam ser resumidos em
um só: povoar um território de 200.000
km² que contava com apenas 60.626 hab.
Essa população estava situada
principalmente nas cidades de Curitiba e
Paranaguá.
35.
36. Desenvolvimento econômico
• A partir de então, um programa oficial de
imigração européia contribuiu para a expansão
do povoamento e o aparecimento de novas
atividades econômicas. As maiores levas de
imigrantes que chegaram foram os poloneses,
ucranianos, alemães e italianos e, os menores
contingentes, suíços, franceses e ingleses. Para
receber os novos habitantes para a região,
foram fundados núcleos coloniais,
principalmente no Planalto de Curitiba. Iniciou-
se a exploração da madeira
37. • O novo impulso de desenvolvimento
ocorreu com a implantação de ferrovias
na Província. Em 1880, iniciavam-se as
obras de construção da
Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá,
atravessando um dos trechos mais
íngremes da Serra do Mar. Entre picos
abruptos e abismos, engenheiros
brasileiros construíram uma das obras-
primas da engenharia mundial. Em 1885,
os trens passaram a correr pela primeira
vez entre Paranaguá e Curitiba.
38. • A indústria madeireira desenvolveu-se
com o aparecimento de outras ferrovias,
ligando as regiões das
Mata de Araucárias aos portos,
principalmente de Paranaguá, e à
São Paulo. Grande número de serrarias ia
acompanhando as ferrovias em direção
ao interior do Estado. Com o avanço das
estradas de ferro que acompanhavam a
expansão do café de São Paulo, o
transporte com mulas foi desaparecendo.
O declínio do comércio de muares
acarretou uma crise na sociedade pastoril
paranaense.
39.
40. Transformação em Estado
• Embora contasse com alguns clubes e
dois jornais republicanos, Livre Paraná,
em Paranaguá e a A República, em
Curitiba, o movimento em favor das idéias
republicanas foi muito fraco. Na
Assembléia Provincial existia apenas um
republicano,
Vicente Machado da Silva Lima, que se
destacaria na política paranaense nos
primeiros anos da República.
41. • A partir da Proclamação da República, em
1889, intensificou-se o povoamento do
Paraná. Já nesse ano, a
Estrada de Ferro Sorocabana atingia
Botucatu e avançava em direção ao vale
do rio Paranapanema, onde estavam as
terras roxas do norte paranaense. Com a
estrada aumentou a penetração de
cafeicultores mineiros e paulistas, que
fundavam fazendas e criavam cidades
nos vales dos rios Paranapanema, Cinzas
e Jataí.
42. Cerco da Lapa
• A Revolução Federalista, que pretendia depor o
chefe da nação, Floriano Peixoto, e o então
governador do Rio Grande do Sul,
Júlio de Castilhos, e a Revolta da Armada, rebelião
deflagrada no Rio de Janeiro também contra
Floriano Peixoto, alastraram-se pelo sul do país e
repercutiram no Paraná. Em 1894, os federalistas
reuniram-se aos contingentes da
Revolta da Armada, que rumaram para o sul e
tomaram Curitiba, Tijucas do Sul, Lapa, Paranaguá
e Antonina. Numerosos combates foram travados
no Paraná entre os revoltosos e as forças
legalistas, que sufocaram as duas revoltas.
43.
44. Guerra do Contestado
• Em 1912, iniciou-se a Guerra do Contestado,
um movimento armado que opôs os habitantes
pobres da região situada entre os rios Uruguai,
Pelotas, Iguaçu e Negro às forças oficiais. Os
rebeldes eram liderados por
José Maria de Santo Agostinho, um curandeiro
tido por santo. Além disso, a região era
disputada por Santa Catarina e pelo Paraná, daí
o nome de Contestado. As divergências entre os
dois Estados e a luta dos sertanejos só
terminaram em 1916.
45. Questões agrárias
• Em 1920, o Paraná ocupava o 13º lugar em
população no Brasil, com cerca de 700.000
habitantes; em 1960, o estado havia passado para
o quinto lugar, com mais de 4,2 milhões de
habitantes. Esse aumento não se deveu apenas ao
crescimento natural, mas a intensas correntes
migratórias internas, pelas quais se deslocaram
habitantes de outros estados para áreas até então
incultas do Paraná
• Desde o final do século XIX, lavradores paulistas e
mineiros iniciaram a formação de fazendas de café
no norte do estado, rico em terras roxas. A esse
tipo de ocupação veio juntar-se a colonização
dirigida, tanto oficial como particular.
46.
47. • Acorreram também novas levas de colonos,
notadamente japoneses e, com a experiência
de empreendimentos semelhantes na Austrália
e na África, em 1924, Lord Lovat visitou o
Paraná e três anos depois obteve do governo
uma concessão de 500.000 alqueires de terra
no norte do estado. Fundou então a Paraná
Plantation Ltda. que, ao lado da
Companhia de Terras do Norte do Paraná e
da
Companhia Ferroviária do Norte do Paraná,
executou o plano de colonização dessa zona.
O eixo da operação foi Londrina, que a partir
48. • Na região dos rios Iguaçu e Paraná, as
matas eram há muito exploradas por
empresas que comercializavam madeira e
mate. Desde a década de 1920 ocorria ali
a ocupação espontânea por colonos
gaúchos e catarinenses, em geral
descendentes de alemães e italianos.
Após a revolução de 1930, anuladas
numerosas concessões de terras, passou-
se, por iniciativa do governo estadual e de
particulares, à ocupação organizada,
dirigida para a agricultura variada e a
criação de animais de pequeno porte.
49.
50. Revolução de 1930 e Intervenção
• Deflagrada a revolução em outubro de 1930, já no
dia 5 do mesmo mês seus partidários, com apoio de
forças militares, apossaram-se do governo estadual
paranaense, instalaram um governo provisório e
substituíram as autoridades no interior. As finanças
públicas estavam em completo desequilíbrio e a
economia em crise. Havia ainda a grave questão das
terras devolutas do estado. O general
Mário Tourinho, primeiro interventor, foi substituído
no governo por Manuel Ribas. Este, eleito em 1935,
foi confirmado como interventor pelo Estado Novo,
em 1937, e permaneceu no cargo até 1945.
51. • Na década de 1960, todas as terras do Paraná já
estavam ocupadas, mas, em seu processo de
ocupação, a par do colono que comprava um ou
mais lotes, surgiu também a figura do "posseiro",
que tendia a se instalar no terreno que julgava do
estado ou sem dono. Passou a ocorrer também a
venda múltipla, a compra do "não dono" e a
"grilagem" em grande escala. Assim, a época foi
também de conflitos e lutas agrárias, que se
prolongaram por toda a segunda metade do
século XX, sem qualquer solução duradoura no
meio dos avanços da economia e da sociedade.
52.
53. História Recente
• À medida que o governo estadual procurava
tornar o Paraná o celeiro agrícola do país e um
produtor de madeira capaz de levar a efeito
amplos reflorestamentos, os conflitos fundiários
não só continuaram como cresceram em
intensidade. Centenas de milhares de pequenos
proprietários rurais e trabalhadores sem terra
encenaram um êxodo rural que provocou um
esvaziamento demográfico em mais de
cinqüenta municípios.
54. • Mais tarde, porém, a soja aumentou
sensivelmente o espaço que ocupava. Em 1980,
a colheita de soja atingia o recorde de 2.500kg
por hectare, maior do que a marca americana até
então alcançada, enquanto a de trigo colocava o
Paraná no primeiro lugar nacional, com 57% da
produção de todo o país. Também a indústria
dava saltos expressivos, como a instalação, em
1976, de uma fábrica de ônibus e caminhões em
Curitiba e o início do funcionamento, em 1977, da
refinaria Presidente Getúlio Vargas. Realizaram-
se ainda nessa época os primeiros grandes
melhoramentos que fizeram da capital
paranaense um modelo de novas soluções
urbanísticas: inaugurou-se a primeira parte das
ciclovias da cidade e surgiu o sistema de ônibus
expressos.
55. • Aumentaram, no entanto, as disputas de
terra, até mesmo em reservas indígenas,
assim como denúncias de graves
perturbações ambientais causadas pelo
crescente número de barragens para
construção de usinas hidrelétricas--nos
rios Iguaçu, Paranapanema, Capivari e
Paraná. Em 1982, o desaparecimento do
salto de Sete Quedas, imposto pela
necessidade de formar o imenso
reservatório da represa de Itaipu,
provocou intenso movimento de protesto.
56. • Nos últimos anos do século XX, o estado
do Paraná exibia um bom quadro social e
econômico, com estabilização
populacional e modernização agrícola e
industrial, com destaque para a instalação
de montadoras de veículos automotores
no estado, ao mesmo tempo em que a
economia paranaense procurava tirar
partido das oportunidades oferecidas pelo
Mercosul.
57.
58. Paranaense - povo de pouca história
e muita geografia
Não houve ciclos hegemônicos. O Paraná teve
ciclos regionais e muito curtos, insuficientes
para formar a nata e deixar história:
- Madeira de lei nos primórdios;
- Pequena quantidade de ouro encontrada;
- Entreposto das tropas;
- Erva-mate: deu origem a primeira oligarquia;
- Café no norte pioneiro;
59. Nem 150 anos de emancipação
• Sem luta. Sem sangue. Sem glórias. O Barão de
Antonina, de pouquíssimas letras, mas de muita
astúcia e muito dinheiro, era o maior interessado
na instalação da Província. Foi ao Rio e
convenceu a maioria no parlamento do Império.
• De Nabuco a Feijó todos eram contrários ao
desmembramento da 5a Comarca. Venceu o
Barão de Antonina e o Paraná surgiu sem
empreendimento ou luta, a não ser diplomacia
política.
60. Depois do mate, o desmatamento
• Há 100 anos o Paraná era imenso território
inexplorado. Tinha apenas 34 municípios e 324 mil
habitantes. Começou então a abandonar o
extrativismo e a descobrir sua vocação agropecuária.
• O café saltou as fronteiras de São Paulo e desceu até
onde a geada e a fragilidade dos solos o fez recuar.
Outra breve idade do ouro. O café enriqueceu o
Norte, fez brotar cidades, quadruplicou a população
do Estado em duas décadas. Pela primeira vez a
riqueza era produzida pelo trabalho e não pela
predação, pela extração, como nos ciclos anteriores.
61. Anos 50, o Sudoeste recebeu colonos
do Rio Grande do Sul
• Gaúchos descendentes de italianos e alemães que
formaram uma sociedade baseada no minifúndio. Muita
guerra para garantir a propriedade.
• Nos anos 60, no Oeste, gente do Sul, gente do Nordeste,
gente de todas as partes ocupou as terras e estendeu a
monocultura da soja e trigo até as barrancas do rio
Paraná.
• Nos anos 70 o Estado passou a represar os rios e a
construir grandes hidrelétricas. Desapareceu as Sete
Quedas e as terras mais férteis do extremo-Oeste. Foram
expulsa a população para o Paraguai e para o Norte. Alto
preço para passar à condição de grande produtor de
energia.