O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que haverá um debate tenso na reunião da Unasul sobre o uso de bases militares colombianas pelos EUA. Morales afirmou que o debate não será apenas sobre a Colômbia, mas sobre a soberania de toda a América do Sul. Os países da Unasul não concordam sobre qual posição tomar em relação ao acordo Colômbia-EUA.
1. Evo Morales antecipa duro debate na
Unasul por bases na Colômbia para
EUA
France Presse publicação: 24/08/2009 15:32
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta segunda-feira
que haverá um "duro debate" na Cúpula da Unasul, convocada
em caráter extraordinário para analisar o impacto do uso de de
bases militares colombianas pelos Estados Unidos.
"Haverá um duro debate, não apenas por um país (Colômbia), e
sim pela dignidade e soberania de toda a América do Sul",
afirmou Morales.
O governo boliviano admitiu ainda que não há acordo entre os
países sobre que posição assumir a respeito do acordo
Colômbia-EUA, mas afirmou que "as chancelarias pode
mavançar para buscar um acordo focado em frear qualquer base
militar que haja na América do Sul".
Morales reiterou que "é impossível recomendar, aceitar que o
presidente da Colômbia (Álvaro Uribe) instale bases militares na
Colômbia", acrescentando que estas serão utilizadas pelos
Estados Unidos para "conspirar" contra os países da região,
como - segundo ele - fez o Comando Sul em Honduras.
A reunião da Unasul acontecerá no dia 28 de agosto em
Bariloche, na Argentina.
3. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia –
Exército do Povo (em castelhano Fuerzas Armadas Revolucionarias de
Colombia–Ejército del Pueblo), também conhecidas pelo acrônimo FARC ou
FARC-EP, é uma organização de inspiração comunista,
autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que
opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas de guerrilha.
Lutam pela implantação do socialismo na Colômbia[1]. Apesar de
não ser membro do Foro de São Paulo, que congrega partidos de
esquerda da América Latina, as FARC já estiveram presentes em
suas reuniões. As FARC são consideradas uma
organização terrorista pelo proprio governo da Colômbia, pelo
governo dos Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. As
principais organizações internacionais como a ONU e os governos
de outros países latino-americanos, como Equador, Bolívia, Brasil,
Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O presidente
Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro
de 2008 e apelou à Colômbia como outros governos a um
reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto “força
beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a
renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a
Convenção de Genebra. Cuba e Venezuela adoptam o termo
“insurgentes” para as FARC.