1. Ebola e outros vírus de febre hemorrágica
Ecologia de Populações
Prof. Dr. Harold Gordon Fowler
popecologia@hotmail.com
2. –Vírus de RNA
–São de zoonose (o reservatório natural é um artrópode ou outro hospedeiro animal)
–A doença se restringe ao habitat do hospedeiro
–O Homem se infecta com o contato com o hospedeiro
–Alguns vírus podem ser transmitidos entre pessoas
A transmissão ao Homem depende do vírus específico
–Pelo contato com urina, saliva ou sangue de roedores
–De picada de mosquito ou carrapata
–Pelo contato com animais infectados de vetores
As febres hemorrágicas virais são:
3. Febre, fatiga, tontura, mialgias, e prostração
Os signos de sangramento variam desde hemorragia conjuntiva, hipotensão leve, erupção cutânea, ao choque e hemorragia generalizada da membrana mucosa e evidencia de disfunção pulmonária, hematopoiética, e neurológica
A insuficiência renal é proporcional ao compromisso cardiovascular co exceção da Febre Hemorrágica e o Síndrome Renal nas quais faz parte integral da doença
Sintomas
4. –O órgão de alvo é a rede vascular.
–Os atributos clínicos dominantes se devem aos danos microvasculares e mudanças da permeabilidade vascular
–Na maioria dos casos da febre hemorrágica viral, a patologia da coagulação é multifatorial, incluindo: Danos hepáticos Coagulação intravascular disseminada Dano primário do marrow nos megakariocitas
Patofisiológia
5. Informação epidemiológica geralmente transmite mais dicas sobre a doença.
oFebres hemorrágicas da Vale do Rift, Congo-Crimea, Marburg, e Ebola, e febre amarela: Amarelamento e hepatite dominam o quadro clínico.
oDoença da Floresta de Kyasanur e febre hemorrágica de Omsk: Doença bifásica com sintomas pulmonárias seguido por problemas do sistema nervoso central.
oFebre de Lassa: Edema periférica severa sem hemorragia significante.
oFebre hemorrágica de Congo-Crimea: Hemorragia severa e transmissão nosocomial.
oHantavírus: Síndrome de Destreza Respiratório Adulto.
Síndromes Clínicos
6. Agente
Sintomas
Infecção
Vacina
Varíola
Em 12 dias após exposição, começa febre alta, fatiga, e dores de costa, seguido em 2 a 3 dias por a rash e lesões da face, braços e pernas.
Até 30% das pessoas infectadas morrem, usualmente durante as primeiras duas semanas da doença.
As vacinações rotinas terminaram em 1972, mas ainda existem 15 milhões de does e mais em produção.
Febre hemorrágica Viral
Dependo do vírus, (Ebola, Marburg, etc.) sintomas como febre alta, dores musculares, calafrios e diahrea começam dentro de poucos dias, seguido por dores peitorais agudos, choque e sangramento.
Essas doenças não sempre resultam na morte, mas Ebola registra até 90% fatal em alguns surtos, com a morte após uma semana após a infecção.
Não existem vacinas para as feres hemorrágicas, com exceção de febre amarela e febre hemorrágica argentina.
7. Vacinação
A única vacina licenciada disponível é para a febre amarela VACINE-SE!
Uma vacina experimental para a febre hemorrágica argentina está sob avaliaçao
Controle de populações de roedores
Controle de populações de insetos e outros artrópodes
Prevenção
8. Os pacientes de febre hemorrágica, com a exceção de infecções de hantavírus e febre do dengue, têm vírus infeccioso significante na sangue e secreções corporais
Isolamento e quarentena
Precauções padrões severas
Manter os pacientes isolados
Uso de batas, luvas, mascaras, e proteção dos olhos
9. Filovírus Febre hemorrágica de Ebola Febre hemorrágica de Marburg
Bunyavírus Febre hemorrágica de Crimea-Congo Febre do Vale do Rift Síndrome Pulmonária do Hantavírus Febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS)
Flavivírus Encefalite induzida por carrapatas Doença Florestal de Kyasanur Febre hemorrágica de Omsk VEEV, EEEV & WEEV
Arenavírus Febre hemorrágica argentina Febre hemorrágica boliviana Febre hemorrágica associada a Sabia Febre de Lassa Coriomeningite linfática Febre hemorrágica venezuelana
Famílias das Febres Hemorrágicas Virais
10. Desde o ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos, a localidade desse vírus ficou menos isolada com o crescimento das ameaças de bioterrorismo.
O vírus da febre hemorrágica de Ebola está classificada como prioridade para o desenvolvimento de vacinas.
Experimentos foram feitos para demonstrar como o vírus da febre hemorrágica de Ebola poderia ser usado como arma biológica.
Surtos e Bioterrorismo
11. Varíola
Febre hemorrágica viral (Ebola, Marburg, e outros)
Influenza A
Vírus e bioterrorismo potencial
12. As “vantagens" de armas biológicas: relativamente baratas, mais fáceis de esconder do que as armas convencionais, potencialmente mais fáceis de disseminar, têm o potencial de causar pânico amplo, exemplos sofisticados foram desenvolvidos pelos militares em países como a Rússia e Estados Unidos.
As desvantagens de armas biológicas: difíceis de obter, mais fáceis atingir os usuários, armamento não testado que pode não funcionar, facilmente rastejável a fonte original pelo sequenciamento gênico do DNA.
Bioterrorismo
13. Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças formularam uma lista de "Agentes Seletos" possíveis de bioterrorismo. Critérios:
–Altamente infecciosos ou extremamente tóxicos
–Têm o potencial de causar mortalidade alta devido a infecção ou veneno
–Têm consequências após a exposição que dificilmente podem ser lidado medicalmente
–Vacinas, antivirais, ou drogas quimofilaticas não são facilmente disponíveis para a maioria desses agentes.
Os terroristas podem adquirir esses agentes de várias maneiras:
–Produzir os agentes – requer conhecimento microbiológico, laboratórios e equipamento
–Obter de estados "renegados”, que desenvolveram armas biológicas e químicas, e mantém estoques. A União Soviética tinha uma atividade principal nessa área, mas não sabemos se existem estoques.
–Furto de agentes existentes de laboratórios, hospitais e outros locais.
As regulações tentam controlar o acesso a esses agentes seletos para prevenir que os terroristas obtêm e usam esses agentes num ataque.
Agentes Seletos: Critérios
14. O agente infeccioso é o vírus Variola major. Altamente infeccioso – 10 a 100 partículas podem causar uma infecção.
Erradicado oficialmente no mundo em 1980
A Varíola tem potencial infeccioso como aerossol.
Período de incubação de 7 a 17 dias, e o vírus multiplica no trato respiratório, e depois ataca a sangue e linfa.
Vírus de Varíola
15. Varíola
Varíola numa criança: Observe o progresso e distribuição das lesões do dia 1 ate o dia 7.
16. O grau de infecção do vírus foi evidenciado em 1970
Um alemão retornou do Paquistão, após contrair o vírus.
Foi hospitalizado, e ainda que ele nunca saiu do apartamento, ele infectou quatro pacientes no andar onde foi internado, oito pessoas no andar superior, e nove em dois andares superiores.
Uma pessoa infectada simplesmente visitou o hospital e nunca chegou a 10 metros do apartamento do paciente
Varíola: altamente infecciosa
17. Na década de 1970 as autoridades soviéticas acharam que a assinatura da Convenção por quase todos os países de mundo apresentou uma oportunidade única para que a União Soviética de obter uma vantagem importante na Guerra Fria.
Por isso, começou uma expansão extensa de pesquisa e produção de armas biológicas.
Em 1980 a liderança soviética embarcou num programa agressivo de criação de armas de varíola e sua produção em escala grande.
Até 1990, a produção do vírus de varíola em quantidades de toneladas existia.
Existiam a possibilidade de ser transportado em mísseis balísticos intercontentais e de ser dispersado efetivamente como um aerossol após atingir o alvo.
Os estoques russos de varíola: onde estão?
18. O laboratório grande de pesquisa e desenvolvimento de armas biológicas foi chamado VECTOR, localizado em Koltsovo na Sibéria Central.
Centros Russos de armas biológicas
19. VECTOR continua em atividade e realiza pesquisas com muitos vírus exóticos, incluindo Ebola, Marburg, e encefalite equina venezuelana, e varíola.
O laboratório da OMS em Moscou que colaborou com a erradicação da varíola foi fechado, e seu estoque de vírus foi transferido a Koltsovo.
O laboratório principal da produção do vírus de varíola acredita-se ficar num local próximo a Moscou, operado pelo Ministério de Defesa.
Esse laboratório nunca foi inspecionado.
Centros Russos de armas biológicas
20. O vírus da varíola existe em pelo menos dois locais na Rússia.
A segurança dos estoques é desconhecida, especialmente dado as condições econômicas atuais na Rússia, e o fato do que os salários dos cientistas são baixos ou inexistentes.
Muitos cientistas migraram a outros países.
As evidencias confiáveis indicam que pelo menos dez países praticam o desenvolvimento de armas biológicas e alguns recrutam os cientistas na Rússia.
A Rússia Atual
21. A vacinação não existe no Brasil por mais de 30 anos.
Atualmente poucas pessoas têm imunidade devido a infecção anterior ou vacinação.
Assim, nenhuma pessoa com menos de 30 anos foi vacinada, e dentro das pessoas mais velhos, poucas agora têm imunidade suficiente para se proteger contra a infecção.
A varíola como arma
22. A varíola de forma de aerossol é muito estável, e num ambiente fresco e seco poderia sobreviver pelo menos 24 horas.
Transmitido no ar, seria não detectável.
Começando com a exposição de 50 a 100 pessoas, essas pessoas experimentaram uma doença aguda severa após de duas semanas.
Seriam atendidos por médicos sem experiência com a varíola, e a diagnose demoraria várias dias. Entre tanto, cada paciente teria contato com várias outras pessoas. Uma segunda onda de casos ocorria dentro de duas semanas com 10 ou mais infecções novas para cada caso da primeira onda, ou, em outras palavras, 500 a 1000 cases totais.
A varíola como arma
23. Complicando o problema seria o fato de que talvez outros tantos pacientes apresentariam uma doença desconhecida com erupções cutâneas e febre, como catapora ou uma reação adversa a drogas, e seriam tratados para varíola até a diagnose de confirmação.
Porque o risco da transmissão do vírus nos hospitais, os pacientes precisaram ser confinados em apartamentos sob pressão negativa e o ar de exausto teria que ser filtrado. Existem poucas instalações desse tipo no mundo.
A varíola como arma
24. A varíola foi oficialmente erradicado como resultado de uma vacinação mundial e medidas de quarentena. O último caso registrado ocorreu na década de 1970, com exceção de um técnico de laboratório infectado depois.
Porém, estoques ainda existem nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta, USA, e no Instituto de Pesquisas para a Preparação de Vírus em Moscou na Rússia.
Possivelmente outros estoques existem.
Em 2010, a França confessou que mantive estoques de varíola. Quem mais tem?
Precisa ter armas biológicas para ser ameaça? E o ISIS?
Varíola: o único vírus erradicado?
25. Filoviridae ou “Filovirus”
Grupo de vírus misterioso
Patogênese não bem entendida
Ebola
–Historia natural e reservatórios não conhecidos
–Existem no mundo inteiro
–Endêmica a África
–Vírus filamentoso ssRNA-
Imagem do Centers for Disease Control
26. A Febre Hemorrágica deEbola
Em 26 de agosto de 1976 em Yambuku, um vilarejo no norte de Zaire, um professor de 44 anos retornou de um passeio breve. Foi ao médico e por apresentar uma febre alta recebeu uma injeção de quinina que funciona com malaria.
Após uma semana, ele vomitou sem controle, problemas de respirar e sangramento do nariz, boca, e anus.
Ele morreu ~14 dias após o começo dos sintomas.
Começou uma epidemia que matou 280 das 313 pessoas infectadas (88%).
28. O Vírus da Ebola
Apareceu pela primeira vez em África em 1976
“Febre Hemorrágica Africana”
–Doença aguda geralmente fatal
–Induz o “estouro” dos vasos sanguíneos
–Sistêmica (todos os órgãos e tecidos)
–O Homem e os primatas não humanos
Excluindo o surto de 2000
–> 7.500 casos
–Mais de 1.000 mortes
29. Habitat Natural = Africa
Zaire (República Democrática do Congo)
–Ebola-Zaire
Sudan
–Ebola-Sudan
Gabon
Costa de Marfim
–Ebola-Cote d’Ivoire
Uganda
Republica do Congo (não a RDC)
30. Taxonomia da Ebola
Classificação Taxonômica
Ordem: Mononegavirales
Família: Filoviridae
Gênero: Viroses parecidos a Ebola
Espécie: Ebola
Subtipos
Ebola-Zaire, Ebola-Sudão, Ebola-Costa de Marfim Doenças do Homem
–Ebola-Reston Doenças dos primatas não humanos
31. Família Filoviridae
4 cepas ou subtipos:
Ebola-Zaire (ZEBOV)
Ebola-Sudão (SEBOV)
Ebola-Costa de Marfim (ICEBOV)
Ebola-Reston (REBOV)
Nome vulgar: Ebola
Causa a Febre hemorrágica de Ebola
Classificado como níveo 4 de Segurança Biológica (maior risco ao Homem)
Taxonomia da Ebola
32. Patogênese da Ebola
Entra o sistema sanguíneo
– pele, membranas, feridas abertas
Ao nível celular
– junta com as membranas celulares
RNA viral
–Liberado na citoplasma
–Produção de proteínas virais ou matéria genética
Novas genomas virais
–Coberta rapidamente com proteína
–Cria núcleos
Copyright: Russell Kightley Media, Australia
33. Órgõs de Alvo e Métodos de Danos
Os alvos são principalmente os vasos capilares pequenos. O vírus se afixa as paredes, e a sangue e soro pingam nos tecidos vizinhos.
As células sanguíneas brancas se dissolvem quando atacam o vírus, que libera um produto químico na sangue que sinaliza a liberação de outros químicos (citokines pro inflamatórios, pro coagulantes, e anticoagulantes)
Isso danifica ainda mais os vasos sanguíneos, resultando em sangramento permanente.
Eventualmente, o corpo inteiro pinga e se dissolve
Febre Hemorrágica de Ebola
34. Sintomas da infecção começam com febre, dor de cabeça e estomago, e diarrea -- sintomas iguais a várias infecções.
Dentro de uma semana, a maioria dos vitimas também manifestam dores peitorais. Alguns ficam cegos, sangrem do nariz, olhos, e outros orifícios.
O sangramento resulta do bloqueio do vírus da coagulação sanguínea além de promover o sanguimento de vasos sanguíneos.
A doença é letal: 70 a 90% das pessoas infectadas morrem
Ebola
35. Período de incubação: 2 a 21 dias
Estágio I (não específico):
-Astenia extrema (fraqueza geral)
-diarrhea, náusea e vomito, anorexia
dor abdominal
- dores de cabeça
- artralgia (dor neurálgico nas junções)
- mialgia (dor ou sensibilidade muscular), dor de costa
- vermelhão da mucosa da cavidade oral, disfagia (dificuldade de engolir)
- conjuntivite.
- erupção cutânea com exceção da face
Se os pacientes não se recuperam gradualmente até aqui, existe uma probabilidade elevada de que a doença passará a segundo estágio com complicações que eventualmente levam a morte (Mupapa et al., 1999).
Observações Clinicas
36. Estágio II (Especifico):
- Hemorragia
- anormalidades neuropsicopatricas
- anuíra (a ausência da formação de urina)
- hipo
- taquipnea (respiração rápida).
Os pacientes que atingiram esse estágio quase sempre morrem. (Ndambi et al., 1999)
Complicações tardias:
-Artralgia
- Doenças oculares (dor ocular, fotofobia e hiperlacrimação)
- Perda de audição
- Orquite unilateral (inflamação de um ou ambos os testículos)
** These conditions are usually relieved with the treatment of 1% atropine and steroids
Observações Clinicas
37. Sintomas iniciais
–Dores musculares, febre, vomito
–Olhos vermelhos, erupções cutâneas, diarrhea, dores estomacais
Sintomas agudas
–Sangramento e hemorragia da pele, orifícios, órgãos internos
Diagnose precoce
Difícil
Sintomas e signos similares a outras infecções
Testes de laboratório Detecção por PCR Teste de ELISA (enzyme-linked immuno-absorbant)
Sintomas e testes diagnósticas
38. Diagnose Clínico:
Difícil porque os sintomas iniciais (olhos vermelhos, erupção cutânea) não são específicos ao vírus.
Requer uma combinação de vários sintomas característicos da Ebola.
Teste e Diagnose de Laboratório:
-Antigen-capture enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA)
-Teste ELISA IgM
-Realçai de Cadeia de Polimerasa (PCR) – um teste de DNA para comparar o DNA da amostra para DNA de Ebola conhecido
-Precisam ser realizados dentro de poucos dias do começo dos sintomas
Teste de Estágio Avançado:
Teste para anticorpos IgM e IgG
Teste Retrospectivo: (Ocorre após a morte)
Testes imunohistoquímicos
Isolamento do vírus
PCR
Cultura
Somente cresce em células
Febre Hemorrágica de Ebola
39. Nenhum tratamento padrão disponível
Pacientes recebem terapia de apoio
Tratamento de infecções que complicam
Balançando os fluidos e eletrólitos do paciente
Manutenção do oxigênio e pressão sanguínea
Tratamento
40. Prevenção da Ebola
Sem vacinas!
Pacientes precisam ser isolados em quarentena
Treinamento de Funcionários Médicos
Práticas sanitárias ocidentais Entrada Cuidado durante a hospitalização uso de luvas Uso de vários níveis de roupa de proteção (até 4) para cobrir o corpo inteiro Técnicas de barreiras de enfermagem
41. Medidas de controle de infecção
Precauções detalhadas para lidar com casos de suspeito de Ebola para limitar a transmissão
Esterilização completa da área e equipamento
Relatar qualquer doença questionável a autoridade
Prevenção da Ebola
42. Prevenção
Após a morte o vírus fica contagioso nos fluidos por vários dias
Enterros precisam exercer cuidados
Manuseio e transporte: colocar em sacos e enterrar fora da cidade
–Práticas culturais e crenças religiosas
–Não pode lavar ou tocar cadáver
–Precisa de incinerar todo !!!!
43. Epidemiologia da Ebola
Reservatórios na Natureza
–Desconhecidos
–Podem ser animais infectados (primatas?)
Transmissão
–Contato direto com sangue ou secreções das pessoas infectadas
–Possivelmente por via aérea (Centro de Pesquisas de Primatas de Reston)
Começo abrupto da doença
–Período de incubação: 2 a 21 dias
–Infecções são agudas e fatais
44. Transmissão
A cepa Ebola-Reston pode ser transmitida de forma aérea (respiratória)
As outras cepas se transmitam pelo contato de qualquer tipo (fluidos ou pele)
Grupos alvos
Qualquer pessoa que entre em contato com um animal ou pessoa infectado corre riscos de contrair a doença.
Porém, algumas pessoas demonstram defesas naturais do sistema imunológica que permitam combater o vírus. Ainda os cientistas não sabem como isso ocorre.
Febre Hemorrágica de Ebola
45. A febre hemorrágica de Ebola foi descrita pela primeira vez em 1976
Apareceu em dois países em 1976
Sudão – num vilarejo chamado N’zara
Zaire, agora chamado a República Democrática do Congo
Nessas duas instancias a taxa de mortalidade ficou entre 50 e 90%
Epidemiologia
Após essas epidemias, a Ebola atacou a África in em 2000 quando infectou mais de 400 pessoas em Uganda e em 2014 quando infectou até agora maus de 7000 pessoas e matou mais de 3500 pessoas em vários países.
46. Surtos de Ebola
Em 1976- Primeiro Surto Grande (ZEBOV)
Em 1976 em Sudão (SEBOV)
Ocorrem esporadicamente.
Veja www.cdc.gov para maiores informações
47. Ano
Vírus
Localidade Geográfica
Casos/mortes
1976
SEBOV
Juba, Maridi, Nzara, e Tembura, Sudão
284/151 (53%)
1976
EBOV
Yambuku, Zaire
318/280 (88%)
1977
EBOV
Bonduni, Zaire
1/1 (100%)
1979
SUDV
Nzara, Sudão
34/22 (65%)
1988
EBOV
Porton Down, Reino Unido [acidente]
1/0 (0%)
1994
TAFV
Parque Nacional Taï, Costa de Marfim
1/0 (0%)
1994–1995
EBOV
Províncias de Woleu-Ntem e Ogooué-Ivindo, Gabão
52/32 (62%)
1995
EBOV
Kikwit, Zaire
317/245 (77%)
1996
EBOV
Mayibout 2, Gabão
31/21 (68%)
1996
EBOV
Sergiyev Posad, Rússia [acidente]
1/1 (100%)
1996–1997
EBOV
Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo
62/46 (74%)
2000–2001
SUDV
Distritos de Gulu, Mbarara, e Masindi, Uganda
425/224 (53%)
2001–2002
EBOV
Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo
124/97 (78%)
2002
EBOV
Província de Ogooué-Ivindo, Gabão; Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo
11/10 (91%)
2002–2003
EBOV
Departamento de Cuvette-Ouest , Republica do Congo; Província de Ogooué-Ivindo, Gabão
143/128 (90%)
2003–2004
EBOV
Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo
35/29 (83%)
2004
EBOV
Koltsovo, Rússia [acidente]
1/1 (100%)
2004
SUDV
Condado de Yambio, Sudão
17/7 (41%)
2005
EBOV
Departamento de Cuvette-Ouest, Republica do Congo
11/9 (82%)
2007
EBOV
Província de Kasai Ocidental, Republica Democrática do Congo
264/186 (71%)
2007–2008
BDBV
Distrito de Bundibugyo, Uganda
116/39 (34%)
2008–2009
EBOV
Província de Kasai Ocidental, Republica Democrática do Congo
32/15 (47%)
2011
SUDV
Distrito de Luweero , Uganda
1/1 (100%)
2012
SUDV
Distrito de Kibaale, Uganda
24/17 (71%)
2012
BDBV
Província de Orientale, Republica Democrática do Congo
72/32 (44%)
2012 (hoje)
EBOV
Distritos de Luweero e Kampala, Uganda
6/4 (80%)
Surtos de Ebola
48. Febre hemorrágica de Ebola
Taxas de Mortalidade:
Ebola-Sudan – 60%
Ebola-Zaire – 77-88%
Ebola-Reston – Isolado de macacos, ainda sem fatalidade humana registrada
Ebola-Costa de Marfim – Somente um caso humano registrado e o paciente sobreviveu
Pouco conhecimento sobre a resposta do corpo devido aos perigos de manuseio de amostras das pessoas infectadas e o intervalo temporal breve para a pesquisa.
49. A ética biogeográfica se defina como motivação baseada nas ideias de certo e errado ao lidar com a distribuição geográfica dos animais e plantas.
Esse conceito talvez explique a resposta devagar do mundo a vírus da febre hemorrágica de Ebola.
Porque existia pouco intercambio com essa região com regiões mais desenvolvidos, não houve impulso econômico para vacinas, tratamentos, e assistência na sua prevenção.
Ética
50. O vírus mata gorilas, chimpanzés e outros macacos. Porque registra alta mortalidade dos primatas, eles provavelmente não são os hospedeiros naturais.
De onde vem a Ebola?
51. A ligação entre a infecção humana pelo vírus de Ebola e sua proximidade aos primatas é evidente.
Os surtos ocorrem em países que abrigam 80 % das populações selvagens de gorilas e chimpanzés do mundo.
Os surtos coincidiram com surtos em animais selvagens.
As mesmas cepas virais distintas foram isoladas das carcaças animais e nos corpos das pessoas que manusearam as carcaças.
Esses surtos foram precedidos por mortalidade elevada anormal em populações selvagens de gorilas.
De onde vem a Ebola?
53. Três expedições de captura em áreas próximas de carcaças infectadas de gorila e chimpanzé no Gabon e no Congo.
1,030 animais foram testados: 679 morcegos, 222 aves e 129 vertebrados terrestres pequenos (PCR).
Nucleotídeos virais foram detectados em 3 espécies de morcegos.
De onde vem a Ebola?
54. De onde vem a Ebola?
2002 com Morcegos frutíferos
Anticorpos contra Ebola
Sequencias do gene de Ebola no fígado e baço
Os morcegos frutíferos não demonstram sintomas
Melhor candidato de ser o reservatório
Carecemos de mais pesquisas
55. Analise Bayesiana e MP apoiam que o vírus são parentes do vírus que infecta o Homem
= animais
= humano
56. Reservatório Natural
Suspeito ser um zoonose
Porem, não conhecemos qual organismo infecta naturalmente
Nunca encontrado na flora normal do Homem Nenhum Benefício mas é uma arma biológica Potencial (sem usos)
Vetores suspeitos
Morcegos frutívoros
Primatas (em alguns casos confirmados)
Basicamente qualquer outro animal nativo a África, incluindo mosquitos, carrapatas, aves, repteis
57. Morfologia sob o microscópio eletrônico
–Vírus filamentosa de RNA com envelope
–aproximadamente 19 kb de comprimento (1 kb = 1000 bases/ nucleotídeos de RNA) ou 60-80 nm de diâmetro
–Fio único, linear, não segmentado
–RNA de sentido negativo (codificado num sentido 3’ a 5’)
–Aparenta ter “espinhos” devido a glicoproteica da membrana exterior
Estrutura Molecular
58. Vírus de cadeias de RNA
–RNA encolhido num envelope coberto com espinhos da célula hospedeira
Bastões compridos (800-1000 nm)
Replicação = 8 horas
–Por isso, transmita rapidamente
Estrutura Molecular
59. Estrutura da genoma e proteínas da Ebola
–Transcrito em 8 proteínas subgenómicas de mRNA: 7 estruturais e 1 não estrutural
–7 proteínas estruturais:
–nucleoproteín a(NP)
–4 proteínas virais (VP35, VP40, VP30, VP24)
–glicoproteína (GP)
–polimerase RNA dependente de RNA ( proteína L) NP, VP35, VP30, L proteína: necessária para a transcrição e replicação VP40, GP, VP24: associadas com a membrana
Estrutura Molecular
61. Patogênese da Ebola
Núcleos virais
–Se amontam na célula
–Migram a superfície da célula
–Produzem proteínas transmembranicas
–Emergem na superfície celular
–São cobertos pela membrana celular
Mutações da Genoma ssRNA-
–Capaz de mutação rápida
–Adaptação para evadir defesas do hospedeiro e mudança ambiental
Teoricamente
– o vírus evoluiu para ocupar nichos especializados
62. Infecção de vírus de Ebola-Reston em primatas não humanos em quarentena em Texas em 1996
–Publicação descreve a morte e testes de sangue de um macaco importado das Filipinas e mantido numa facilidade particular de quarentena no Texas
Surto de febre hemorrágica de Ebola em Uganda em agosto de 2000 até janeiro de 2001
–Publicação descreve atividades de vigilância e controle desse surto de ebola e apresenta descobertos clínicos e epidemiológicos preliminares
Exemplos de Publicações Recentes
63. A assembleia do nucleocápsideos do vírus de Ebola requer as proteínas 35 e 24 associadas com o vírus e a modificação após a translação do nucleoproteína
•Descreve mecanismo distinto de regulação das proteínas VP35 e VP24 da assembleia do filovirus
•Sugere novas maneiras para terapias e vacinas para Ebola e vírus relacionados
A detecção de anticorpos dos quatro four subtipos do vírus de Ebola no soro de qualquer espécie usa um teste anticorpo-fago indicador Avalia a presencia de anticorpos específicos no soro Descreve o desenvolvimento de um teste novo para a detecção da soro conversão independente do subtipo de vírus de Ebola ou espécie animal
Pesquisa Básica Atual
64. Possibilidades futuras
Numa pesquisa com macacos infectados publicada em dezembro de 2003 demonstrou uma possibilidade de aumentar a taxa de sobrevivência.
100% dos macacos infectados morreram!
Macacos foram injetados com rNAPc2, um fator conhecido de inibir a coagulação da sangue, uma característica da febre hemorrágica de Ebola
33% dos macacos sobreviveram e se recuperam. Todo macaco não tratado morreu.
rNAPc2 é relativamente seguro ao Homem e esse método está sob mais pesquisas.
Febre Hemorrágica de Ebola
65. Provavelmente não será uma arma terrorista potencial
O vírus é tão letal para ser classificado como um agente do Tipo IV, e requer proteção máxima (roupas de cobertura total, ambientes laboratoriais completamente controlados) para proteção segura. [Veja os acidentes]
Outros agentes são mais fáceis produzir e mas seguro para ser manipulado.
Ebola como Arma Biológica
66. Reemergence of Ebola Virus in Africa; Anthony Sanchez et al,EID Volume 1 * Number 3 July-September 1995
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Referencias