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Função Investimento
Investimento: sumário

   Decisão de investir: expectativas e taxas de
    juros
   Investimento e poupança
       Modelos de longo prazo
       Modelos de curto prazo
Financiamento e investimento
Apêndice: o modelo keynesiano de
 determinação da renda e o multiplicador

                       PET-Economia FEAC-UFAL
Definições

   Investimento é o acréscimo do estoque de capital
    que possibilita a ampliação da produção futura
   O conceito de investimento é diferente de aplicação
    financeira
   Os gastos com investimento costumam ser mais
    voláteis do que os gastos com consumo
   Grande parte das flutuações econômicas depende
    do comportamento dos investimentos



                      PET-Economia FEAC-UFAL
Decisões de investir

   Expectativas
       O principal fator a influir na decisão de investir é o retorno
        esperado do investimento
       O retorno esperado depende do fluxos de receitas futuras
       O fluxo de receitas futuras depende das condições de
        mercado no momento (preços e quantidades)
       Na hora de tomar a decisão de investir o empresário
        compara o fluxo de receitas com o gasto
       O montante a ser gasto chama-se Preço de Oferta do
        Investimento (PoI) – custo de aquisição de uma máquina,
        por exemplo.



                             PET-Economia FEAC-UFAL
Decisões de investir

   O valor presente do fluxo de receita
    esperada é chamado de Preço de Demanda
    de Investimento (PdI)

              PdI =    ∑Rn
                      (1 + r)n
    Onde:
    Rn = receita esperada no período n
    r = taxa de juros

                       PET-Economia FEAC-UFAL
Decisões de investir

   Se PdI > PoI, então a taxa de retorno esperada
    do investimento é maior que a taxa de juros;
    logo compensa fazer o investimento;
   Se PdI > PoI, então a taxa de retorno
    esperada do investimento é menor qua a
    taxa de juros, e portanto não compensa
    investir



                    PET-Economia FEAC-UFAL
Eficiência Marginal do Capital (EMgK)

   John Maynard Keynes definiu uma variável
    denominada eficiência marginal do capital
    (EMgK) como a taxa de desconto que iguala
    PdI e PoI.
   O investimento se realiza sempre que a
    EMgK for maior que a taxa de juros, ou seja,
    tem-se investimento até o ponto em que as
    duas taxas se igualam


                    PET-Economia FEAC-UFAL
Gráfico da EMgK

  r, EMgK




                                             r




                                          EMgK


            I*                            Investimento




                 PET-Economia FEAC-UFAL
Conseqüências do aumento do investimento

   EMgK tende a diminuir
       Diminui a receita esperada, uma vez que o aumento do
        investimento tende a elevar a oferta futura de mercadorias,
        podendo pressionar o preço destas para baixo e, portanto,
        o retorno esperado do investimento;
       O aumento do investimento pressiona a demanda por
        máquinas, por exemplo, pressionando seu preço para
        cima, ou seja, eleva-se PoI
       Portanto, ao aumento do investimento pressiona tanto o PdI
        para baixo como o PoI para cima,, reduzindo a EMgK




                           PET-Economia FEAC-UFAL
Investimento e poupança

   Para que haja investimento é necessário a
    existência de poupança?
   Em situação de pleno emprego (todos os
    recursos sendo utilizados na produção), a
    poupança joga um papel importante na
    determinação dos investimentos
   Nesse caso o investimento é limitado pela
    poupança.


                   PET-Economia FEAC-UFAL
Investimento e poupança

   Entretanto, como o pleno emprego não é o
    caso geral, a economia quase sempre opera
    com desequilíbrio macroeconômico
    (demanda insuficiente)
   Nesse caso, mesmo havendo poupança o
    clima de incerteza e o nível de desemprego
    não estimula o investimento
   Portanto, a poupança não é condição para o
    investimento no curto prazo


                   PET-Economia FEAC-UFAL
Formação bruta de capital fixo/PIB – 1980/1995
        ANO         FBCF/PIB (%)           TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL


        1980            23,6                             9,3
        1981            21,6                             -4,3
        1982            20                               0,8
        1983            17,2                             -2,9
        1984            16,3                             5,4
        1985            16,4                             7,8
    MÉDIA 1980/85       19,2                             2,7
        1986            18,8                             7,5
        1987            17,9                             3,5
        1988            17                               -0,1
        1989            16,7                             3,2
        1990            15,5                             -4,3
    MÉDIA 1986/90       17,2                             2,0
        1991            15,2                             0,3
        1992            14                               -0,8
        1993            14,4                             4,2
        1994            15,3                              6
        1995            16,6                             4,3
    MÉDIA 1991/95       15,1                             2,8

                       PET-Economia FEAC-UFAL
Financiamento e investimento

   A medida que o crescimento econômico vai
    exigindo maiores dispêndios com investimentos a
    questão do financiamento passa ser crucial.
   O financiamento com recursos internos passa a ser
    preterido por outros instrumentos
   Quer dizer, o maior montante necessário para a
    realização dos investimentos faz com que a geração
    interna de lucro tenda a desempenhar papel cada
    vez menor, sendo, portanto, necessária a utilização
    de recursos de terceiros



                      PET-Economia FEAC-UFAL
Financiamento e investimento
   A intermediação financeira passa a ocorrer nos
    chamados mercados financeiros que podem ser de
    dois tipos:
       Mercado monetário (operações de curto prazo) e mercado
        de capitais (operações de longo prazo)
   As formas de repasse também podem ser de dois
    tipos:
       Financiamento direto (mercado de ações) e financiamento
        indireto (mercado bancário; sistema de crédito)
   Os instrumentos financeiros são dois:
       Instrumentos de dívida (obrigação de pagamento; renda
        fixa) e instrumentos de participação (dividendos; renda
        variável)


                           PET-Economia FEAC-UFAL
Financiamento e investimento

   Tipos financiadores
       Investidores institucionais (fundos de pensão e
        seguradoras)
       Bancos de investimentos
   No Brasil
       Praticamente a economia brasileira foi, ao longo do
        processo de industrialização (1930/1979), financiada
        através de bancos públicos estatais (BNDES, Banco do
        Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, bancos
        estaduais etc.) ou capitais estrangeiros (empréstimos e
        financiamentos e Investimentos Externos Diretos)


                           PET-Economia FEAC-UFAL
Crescimento econômico e investimento




   O investimento é a peça chave do
         crescimento econômico




               PET-Economia FEAC-UFAL
Modelo keynesiano de determinação da Renda
Nacional e o multiplicador (Y)
Supostos anteriores:
                                     Y=C+I                      (a)
                                     C = A + bY                 (b)

Substituindo (b) em (a), temos:

                                     Y = A + bY + I
                                     Y – bY = A + I
                                     Y(1 – b) = A + I
                                     Ye = (A + I)/(1 – b)
Conclusão:
A Renda Nacional de equilíbrio (Ye) será tanto maior quanto mais elevado forem os
gastos autônomos (A e I) e a propensão marginal a consumir (b)


                               PET-Economia FEAC-UFAL
Modelo keynesiano de determinação da Renda
Nacional e o multiplicador (Y)

Exemplo    empírico 1

Suponha-se determinada economia em que o volume de
investimento (I) seja R$ 100,00 e o consumo assuma a seguinte
função: C = 50 + 0,8Y. Nesse caso a renda nacional de equilíbrio
(Ye) será:

                        Ye = (A + I)/(1 – b)

              Ye = (50 + 100)/(1 – 0,8) = R$ 750,00



                          PET-Economia FEAC-UFAL
Modelo keynesiano de determinação da Renda
Nacional e o multiplicador (Y)
Exemplo    empírico 2
Suponha agora que o investimento (I) no país se elevou de R$
100,00 para R$ 200,00, ou seja 100%. Qual será a nova renda de
equilíbrio (Ye)?

             Ye = (50 + 200)/(1 – 0,8) = R$ 1.250,00

Observe que uma elevação de R$ 100,00 no nível de investimento
nacional, promoveu uma elevação de R$ 500,00 na renda nacional,
cinco vezes mais que o valor do investimento elevado (1.250 –
750)

Razão: o multiplicador dos gastos
                         PET-Economia FEAC-UFAL
Modelo keynesiano de determinação da Renda
Nacional e o multiplicador (Y)

   O multiplicador dos gastos
       O valor do multiplicador corresponde ao inverso
        da propensão marginal a poupar, ou seja:
                                             Propensão marginal a poupar
    Se S = - A + (1 – b)Y

    Então,
    Multiplicador =                                1
                        (1 – propensão marginal a consumir)
    Multiplicador = 1/(1 – b)

                          PET-Economia FEAC-UFAL
Ampliação do modelo de determinação da
renda
 Inclusão
   Setor público (gastos e arrecadação de impostos)

   Setor externo (exportação e importação)

Então:
T = tY (impostos em relação a renda nacional)
C = A + b(Y – T)
Renda Nacional (Ye)

            Ye = (A + I + G + X – M)
                      1 – b(1 – t)

                      PET-Economia FEAC-UFAL

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Investimento e Crescimento

  • 2. Investimento: sumário  Decisão de investir: expectativas e taxas de juros  Investimento e poupança  Modelos de longo prazo  Modelos de curto prazo Financiamento e investimento Apêndice: o modelo keynesiano de determinação da renda e o multiplicador PET-Economia FEAC-UFAL
  • 3. Definições  Investimento é o acréscimo do estoque de capital que possibilita a ampliação da produção futura  O conceito de investimento é diferente de aplicação financeira  Os gastos com investimento costumam ser mais voláteis do que os gastos com consumo  Grande parte das flutuações econômicas depende do comportamento dos investimentos PET-Economia FEAC-UFAL
  • 4. Decisões de investir  Expectativas  O principal fator a influir na decisão de investir é o retorno esperado do investimento  O retorno esperado depende do fluxos de receitas futuras  O fluxo de receitas futuras depende das condições de mercado no momento (preços e quantidades)  Na hora de tomar a decisão de investir o empresário compara o fluxo de receitas com o gasto  O montante a ser gasto chama-se Preço de Oferta do Investimento (PoI) – custo de aquisição de uma máquina, por exemplo. PET-Economia FEAC-UFAL
  • 5. Decisões de investir  O valor presente do fluxo de receita esperada é chamado de Preço de Demanda de Investimento (PdI) PdI = ∑Rn (1 + r)n Onde: Rn = receita esperada no período n r = taxa de juros PET-Economia FEAC-UFAL
  • 6. Decisões de investir  Se PdI > PoI, então a taxa de retorno esperada do investimento é maior que a taxa de juros; logo compensa fazer o investimento;  Se PdI > PoI, então a taxa de retorno esperada do investimento é menor qua a taxa de juros, e portanto não compensa investir PET-Economia FEAC-UFAL
  • 7. Eficiência Marginal do Capital (EMgK)  John Maynard Keynes definiu uma variável denominada eficiência marginal do capital (EMgK) como a taxa de desconto que iguala PdI e PoI.  O investimento se realiza sempre que a EMgK for maior que a taxa de juros, ou seja, tem-se investimento até o ponto em que as duas taxas se igualam PET-Economia FEAC-UFAL
  • 8. Gráfico da EMgK r, EMgK r EMgK I* Investimento PET-Economia FEAC-UFAL
  • 9. Conseqüências do aumento do investimento  EMgK tende a diminuir  Diminui a receita esperada, uma vez que o aumento do investimento tende a elevar a oferta futura de mercadorias, podendo pressionar o preço destas para baixo e, portanto, o retorno esperado do investimento;  O aumento do investimento pressiona a demanda por máquinas, por exemplo, pressionando seu preço para cima, ou seja, eleva-se PoI  Portanto, ao aumento do investimento pressiona tanto o PdI para baixo como o PoI para cima,, reduzindo a EMgK PET-Economia FEAC-UFAL
  • 10. Investimento e poupança  Para que haja investimento é necessário a existência de poupança?  Em situação de pleno emprego (todos os recursos sendo utilizados na produção), a poupança joga um papel importante na determinação dos investimentos  Nesse caso o investimento é limitado pela poupança. PET-Economia FEAC-UFAL
  • 11. Investimento e poupança  Entretanto, como o pleno emprego não é o caso geral, a economia quase sempre opera com desequilíbrio macroeconômico (demanda insuficiente)  Nesse caso, mesmo havendo poupança o clima de incerteza e o nível de desemprego não estimula o investimento  Portanto, a poupança não é condição para o investimento no curto prazo PET-Economia FEAC-UFAL
  • 12. Formação bruta de capital fixo/PIB – 1980/1995 ANO FBCF/PIB (%) TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL 1980 23,6 9,3 1981 21,6 -4,3 1982 20 0,8 1983 17,2 -2,9 1984 16,3 5,4 1985 16,4 7,8 MÉDIA 1980/85 19,2 2,7 1986 18,8 7,5 1987 17,9 3,5 1988 17 -0,1 1989 16,7 3,2 1990 15,5 -4,3 MÉDIA 1986/90 17,2 2,0 1991 15,2 0,3 1992 14 -0,8 1993 14,4 4,2 1994 15,3 6 1995 16,6 4,3 MÉDIA 1991/95 15,1 2,8 PET-Economia FEAC-UFAL
  • 13. Financiamento e investimento  A medida que o crescimento econômico vai exigindo maiores dispêndios com investimentos a questão do financiamento passa ser crucial.  O financiamento com recursos internos passa a ser preterido por outros instrumentos  Quer dizer, o maior montante necessário para a realização dos investimentos faz com que a geração interna de lucro tenda a desempenhar papel cada vez menor, sendo, portanto, necessária a utilização de recursos de terceiros PET-Economia FEAC-UFAL
  • 14. Financiamento e investimento  A intermediação financeira passa a ocorrer nos chamados mercados financeiros que podem ser de dois tipos:  Mercado monetário (operações de curto prazo) e mercado de capitais (operações de longo prazo)  As formas de repasse também podem ser de dois tipos:  Financiamento direto (mercado de ações) e financiamento indireto (mercado bancário; sistema de crédito)  Os instrumentos financeiros são dois:  Instrumentos de dívida (obrigação de pagamento; renda fixa) e instrumentos de participação (dividendos; renda variável) PET-Economia FEAC-UFAL
  • 15. Financiamento e investimento  Tipos financiadores  Investidores institucionais (fundos de pensão e seguradoras)  Bancos de investimentos  No Brasil  Praticamente a economia brasileira foi, ao longo do processo de industrialização (1930/1979), financiada através de bancos públicos estatais (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, bancos estaduais etc.) ou capitais estrangeiros (empréstimos e financiamentos e Investimentos Externos Diretos) PET-Economia FEAC-UFAL
  • 16. Crescimento econômico e investimento O investimento é a peça chave do crescimento econômico PET-Economia FEAC-UFAL
  • 17. Modelo keynesiano de determinação da Renda Nacional e o multiplicador (Y) Supostos anteriores: Y=C+I (a) C = A + bY (b) Substituindo (b) em (a), temos: Y = A + bY + I Y – bY = A + I Y(1 – b) = A + I Ye = (A + I)/(1 – b) Conclusão: A Renda Nacional de equilíbrio (Ye) será tanto maior quanto mais elevado forem os gastos autônomos (A e I) e a propensão marginal a consumir (b) PET-Economia FEAC-UFAL
  • 18. Modelo keynesiano de determinação da Renda Nacional e o multiplicador (Y) Exemplo empírico 1 Suponha-se determinada economia em que o volume de investimento (I) seja R$ 100,00 e o consumo assuma a seguinte função: C = 50 + 0,8Y. Nesse caso a renda nacional de equilíbrio (Ye) será: Ye = (A + I)/(1 – b) Ye = (50 + 100)/(1 – 0,8) = R$ 750,00 PET-Economia FEAC-UFAL
  • 19. Modelo keynesiano de determinação da Renda Nacional e o multiplicador (Y) Exemplo empírico 2 Suponha agora que o investimento (I) no país se elevou de R$ 100,00 para R$ 200,00, ou seja 100%. Qual será a nova renda de equilíbrio (Ye)? Ye = (50 + 200)/(1 – 0,8) = R$ 1.250,00 Observe que uma elevação de R$ 100,00 no nível de investimento nacional, promoveu uma elevação de R$ 500,00 na renda nacional, cinco vezes mais que o valor do investimento elevado (1.250 – 750) Razão: o multiplicador dos gastos PET-Economia FEAC-UFAL
  • 20. Modelo keynesiano de determinação da Renda Nacional e o multiplicador (Y)  O multiplicador dos gastos  O valor do multiplicador corresponde ao inverso da propensão marginal a poupar, ou seja: Propensão marginal a poupar Se S = - A + (1 – b)Y Então, Multiplicador = 1 (1 – propensão marginal a consumir) Multiplicador = 1/(1 – b) PET-Economia FEAC-UFAL
  • 21. Ampliação do modelo de determinação da renda  Inclusão  Setor público (gastos e arrecadação de impostos)  Setor externo (exportação e importação) Então: T = tY (impostos em relação a renda nacional) C = A + b(Y – T) Renda Nacional (Ye) Ye = (A + I + G + X – M) 1 – b(1 – t) PET-Economia FEAC-UFAL