1. Informação
Foi no passado dia 16 de Dezembro que a recém eleita Direção Regional dos Açores do Sindicato dos
Enfermeiros Portugueses tomou posse. O próximo quadriénio adivinha-se o mais complicado dos últimos anos,
não fôssemos nós “bombardeados” diariamente com a palavra crise e não estivéssemos a vivenciar a maior
mudança de paradigmas a vários níveis, nomeadamente no campo do trabalho.
A Direção Regional tem imensos desafios pela frente, contamos com todos vós para que o dia de amanhã
possa ser melhor. Não basta estar na expetativa. Há que ir à luta procurar novos desafios e novas soluções.
Esta newsletter, que tem como objectivo divulgar informações, acontecimentos, protocolos, reflexões, entre
outras coisas, é um novo desafio, e contamos com as vossas sugestões e opiniões, assim como com artigos e
reflexões.
A 1ª edição dá a conheçer os elementos da Direção Regional. Temos ainda uma reflexão pessoal. Se tiver
facebook, seja nosso amigo e fique a par das noticias da profissão, e das actividades realizadas pelo SEP
Açores.
Pedro Rosa
(Dirigente Regional SEP-Açores)
pedro.rosa@hdes.pt
www.facebook.com/sepacores
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2. Quanto vale um sorriso?
artigo de reflexão
Quanto acha que vale um sorriso? Como
poderemos determinar o valor de um sorriso? Em
circunstâncias normais, um sorriso vale aquilo que
vale para a pessoa a quem é dirigido e também para
quem o dá, consoante a mensagem transmitida e a
que se pretende que seja recebida.
Quero antes de mais esclarecer que este é
um artigo de reflexão e como tal vale o que vale. Não
é um artigo de opinião. Opinião, cada um tem a sua e
ninguém é obrigado a aceitar a do outro. Quero
também referir que o propósito deste texto não é
fazer juízos de valor ou incutir ideias. Cada um que se
julgue a si próprio e procure por si as suas próprias
ideias. O intuito deste texto é o da simples partilha de
uma história que faz refletir sobre a prática da Alguns de vós irão rever-se na atitude da
profissão e o momento que os enfermeiros vivem colega, não por já a terem tido, mas por muitas vezes
atualmente. Este texto também não pretende fazer sentirem o mesmo. Agora volto à minha questão
generalizações e é somente a forma como uma inicial e que deu mote a este texto “Quanto vale um
pessoa percepciona determinadas situações. sorriso?”
Agora volto ao Sorriso. Falo-vos neste texto Todos aprendemos a importância das
sobre esta expressão facial, tão natural na técnicas de comunicação, empatia, escuta activa,
comunicação, por um motivo especial e não por linguagem não verbal… mas será que precisávamos
simples falta de assunto. de aprender que uma pessoa em situação de doença
Conto-vos uma história que se não me tivesse ou cuidando de uma pessoa nestas circunstâncias
sido contada por quem foi, provavelmente não precisa de algum conforto e de um simples Sorriso?
acreditaria ser verdade. Passo a explicar: contaram- Não deveria ser uma capacidade inata? Se nos
me há dias, que uma cuidadora de um utente dos colocarmos na pele do outro, será que não ficaríamos
serviços de saúde, confrontada com uma situação gratos por um simples sorriso?
particularmente delicada para si e sua família, dirigiu- Para além do clima negativo que o país vive,
se a uma colega enfermeira, desagradada pela as circunstâncias que rodeiam o exercício da
constante “carranca” da mesma, perguntando-lhe profissão neste momento são, sem sombra de
porque estava sempre com tão má cara, porque não dúvida, particularmente difíceis. A maioria de nós
era capaz de dar um sorriso a quem tanto precisava sente cansaço e desmotivação no exercício de uma
de um pouco de conforto. A resposta da colega foi no profissão que nos leva não só as forças físicas, mas
mínimo curiosa (a meu ver): “Não me pagam para acima de tudo, e em muitas situações, a “sanidade
sorrir”. A referida cuidadora ficou tão incrédula como mental”. Cuidar dos outros é muito gratificante mas
muitos de vós estarão neste preciso momento e também difícil e desgastante – ninguém nos disse
como eu fiquei quando me contaram. essa parte quando fomos tirar o curso.
continua…
3. Quanto vale um sorriso? (continuação)
Depois da negociação da carreira finalizada Não sei se ainda se lembram do início do
de uma forma que não agradou por completo, muitos texto. Eu não me perdi. Foi propositado.
colegas desmotivam perante a desvalorização do seu Assim volto à pergunta inicial “Quanto vale
trabalho. E quando digo desvalorização quero mesmo um sorriso?”
referir-me a desvalorização económica. Vamos ser Acho que concordaríamos que um sorriso
frontais, ninguém trabalha só por “paixão”. Muitos nosso vale muito para um utente que dele precisa.
referem que não foi feito o suficiente por quem o Não podemos avaliar um sorriso em termos
deveria ter feito (…???) Quem devia ter feito mais económicos, mas podemos avaliar o conforto que um
pela Enfermagem? Só me ocorre uma resposta: os sorriso nosso proporciona a alguém que está
Enfermeiros! assustado, fora do seu ambiente e que vivencia uma
De nada serve agora dizer que os Sindicatos situação de fragilidade física e emocional. Se a
não fizeram o suficiente, a Ordem não fez o remuneração que auferimos não é a que
suficiente, o Governo não fez o suficiente… o que desejávamos, não é com toda a certeza uma
aconteceu, é que os enfermeiros não fizeram o “carranca” que vai resolver a situação e proporcionar
suficiente. Há uma frase que ouvimos com muita um aumento no vencimento. Um utente só irá
frequência em muitas situações difíceis da vida em compreender os motivos das nossas lutas se os
sociedade e em sociedades: “A união faz a força”. associar a cuidados que o marquem pela qualidade e
Caros colegas, nenhum de nós pode esquecer que os humanidade com que foram prestados.
Sindicatos e a Ordem, e até o Governo, em certa Assim sendo, mesmo que muitas vezes, por
medida, são os Enfermeiros. Não são grupinhos circunstâncias diversas, nos custe sorrir, talvez fosse
isolados de pessoas, completamente alienadas das bom lembrar que sorrir não custa e tem um impacto
pessoas que representam e que os escolheram para positivo enorme na vida de alguém.
os representar. Todos nós temos responsabilidades Embora os cêntimos não sejam muitos, dar
relativamente a estes grupos e todos nós fazemos um sorriso não custa um cêntimo!
parte deles, com os direitos e deveres que isso
implica. Todos nós temos o direito e o dever a uma Carolina Cabral
vivência activa e participativa na vida em sociedade, (Dirigente Regional SEP-Açores)
em vários contextos – políticos, sociais, associativos, fusguita@hotmail.com
entre outros. E deveríamos exercê-los para depois
podermos “cobrar”.
4. - Apoio Jurídico para assuntos laborais
-Atendimento personalizado ou através de telefone ou mail nas
diversas Delegações em todo o pais
-Acesso privilegiado à informação Sindical e profissional através da
revista “Enfermagem em Foco”, página da web (www.sep.org.pt) e por
CTT/Mail/Delegados Sindicais
- Centro de Documentação e Informação (www.cdi.sep.pt) para
consulta
- Acesso exclusivo a um conjunto de benefícios resultante de
protocolos que o SEP nacional ou regionalmente estabeleceu
- Direito a uma bonificação de 50% no IRS sobre os descontos sindicais