O documento discute a natureza e características de projetos, o ciclo de vida típico de um projeto, as funções do gestor de projetos e as qualidades necessárias para um gestor de projetos ser bem-sucedido. O documento define projetos como instrumentos de mudança com objetivos específicos e caracteriza as principais etapas de um projeto como início, especificação, concepção, construção, implementação e operação.
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O Projecto, Gestão de Projectos e o Gestor de Projectos - Parte 1
1. DEETC EGP 2006/07
O projecto, a gestão de projectos e o Gestor de Projectos
Antes de iniciar o estudo da gestão de projectos é necessário proceder ao estudo do que é um projecto e
por que razão é a gestão de projectos uma actividade diferente das actividades rotineiras de gestão.
Ter um projecto sob a nossa responsabilidade pode parecer um pouco assustador. Na maioria das vezes
o seu relatório não passa de página escrita na agenda, outras vezes é o resultado de uma reunião de
gabinete. Está nas suas mãos transformar estes elementos em algo concreto, algo de imediatamente
identificável e objectivo, algo que está sobre o seu controlo.
A natureza do projecto
A característica mais óbvia de um projecto é que este possui uma dada finalidade, finalidade esta que
normalmente se pode identificar pelo próprio nome do projecto: projecto do túnel da avenida X, projecto
Airbus, projecto da nova ponte Y. É isto que distingue os projectos das actividades de rotina de
determinada empresa, como seja assegurar os ordenados, a publicação de um jornal diário ou a
produção de mais de dez mil latas de feijão cozido.
Mesmo ainda sem realizar a análise das intenções e objectivos de um projecto é possível referir um
projecto como um instrumento de mudança.
Quando é levado a cabo com sucesso, o projecto tem impacto na vida das pessoas porque vai alterar os
padrões de trabalho ou porque vai modificar o meio em que se move. A gestão da mudança é muitíssimo
diferente (e, por vezes, muito mais difícil) da gestão do status quo e é por esta razão que os projectos são
planeados para provocar a mudança de uma forma controlada.
Os projectos podem variar enormemente tanto em assunto como na sua dimensão. Um projecto pode ter
objectivos tão diferentes como levar um foguetão até à lua ou decidir qual a máquina de café a comprar
para o escritório. Existem projectos em todos os tipos de actividade, seja nos media, na construção civil,
no mundo da alta finança, no marketing, na pesquisa industrial ou mesmo na governação.
E não existem dois projectos iguais. O projecto para o chá de caridade deste ano pode parecer
tremendamente igual ao do ano passado, mas os seus objectivos não serão os mesmos, as
circunstâncias já serão outras e vai envolver outro grupo de pessoas.
Características principais de um projecto
- É um instrumento de mudança
- Tem um princípio e um fim claramente identificáveis
- Tem um objectivo específico
- Acaba por ter resultados
- É único
- Da responsabilidade de uma pessoa ou grupo de pessoas
- Envolve custos, recursos e tempo
- Emprega uma larga variedade de meios e apetências
Nem todas estas características têm de ser óbvias na altura em que se dá início ao projecto. Podemos
saber qual é o objectivo específico, mas vamos descobrir que há planos escondidos. Mesmo que nos
dêem um orçamento e um prazo, ainda não se possui uma ideia muito concreta do custo real do projecto
nem dos meios nem do tempo de execução. Todos estes pontos terão de ser averiguados logo no início
do projecto.
Possivelmente a única coisa de que o Gestor de Projectos pode ter a certeza é que a responsabilidade é
sua e que vai ser julgado pelo sucesso ou pelo falhanço do projecto.
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O ciclo de vida típico do projecto
Se queremos aplicar alguma forma de estrutura ao projecto, é melhor pensarmos nele como tendo
sempre a mesma estrutura de base. Independentemente do projecto em questão, ele vai ter de passar
sempre por determinado número de etapas distintas.
As características destas etapas vão depender naturalmente do tipo de projecto que se tem entre mãos.
E o período de tempo que o projecto vai demorar a percorrer essas etapas pode variar entre minutos e
anos.
Normalmente, o projecto resulta de um relatório ou estudo de viabilidade do mesmo. (O trabalho
desenvolvido para chegar a alguma conclusão sobre a viabilidade do projecto pode ter sido desenvolvido,
ele próprio, como um projecto autónomo).
O estudo de viabilidade definirá o problema em questão (por exemplo, "demora demasiado tempo a
atravessar a ponte X" ou "não conseguiremos fechar o mês senão seis semanas depois do fim do mês").
O mesmo estudo vai apurar as necessidades reais (por exemplo, "devíamos poder atravessar a ponte X
em menos de meia hora"). Este estudo terá avaliado soluções alternativas e poderá indicar o tipo de
acção a pôr em curso.
Etapas típicas de um projecto
- início
- especificação
- desenho
- construção
- implementação
- operação e revisão
Início
O início é a etapa mais importante de qualquer projecto. Se o projecto não começa bem, poucas
hipóteses tem de ser bem sucedido. No início tem que se definir os assuntos em geral, os objectivos, tem
que se acordar orçamentos e conseguir a aprovação do projecto. É no início do projecto que se
estabelecem as suas próprias bases. A forma como é conduzido o início do projecto vai determinar toda a
sua evolução.
Pode ser também a etapa mais intensa para o Gestor de Projectos e é por isso que a formação de um
Gestor de Projectos deve ser cuidadosa, em especial, nesta etapa.
Especificação
A especificação é a etapa em que se definem detalhadamente as condições de projecto. É a altura em
que o Gestor de Projectos vai estar em contacto próximo com aqueles que vão usufruir directamente dos
resultados do projecto.
A equipa de projecto vai analisar detalhadamente as necessidades dos utilizadores que ficarão registadas
num documento denominado especificação de condições, que será assinado pelo utilizador. A partir
daqui são definidas as etapas restantes do projecto. É neste ponto que o utilizador diz exactamente o que
pretende.
Como o Gestor de Projectos tem uma ideia mais definida daquilo que o projecto envolve, também vai ter
uma ideia mais definida do seu peso em termos de custos e de tempo. Como é natural, a atenção
máxima é para com o patrocinador do projecto - com informações e planos mais detalhados - para
procurar o apoio necessário à continuação do mesmo.
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Concepção
É na etapa da concepção que gradualmente, o produto final começa a tomar forma. Depois de
conseguidos todos os meios necessários, os peritos técnicos - arquitectos, analistas de sistemas,
engenheiros, físicos - vão chegar à solução do problema em questão.
Esta etapa é como o esboço da etapa seguinte. E pode surgir sob as mais diversas formas: diagramas,
uma maqueta, um protótipo ou um relatório detalhado. Tal como na etapa anterior, o desenho é acordado
em conjunto com o utilizador de que resulta o desenvolvimento de planos mais detalhados para a etapa
seguinte.
Construção
Finalmente cria-se algo tangível: cavou-se um túnel, erigiu-se o edifício, construiu-se o sistema. A etapa
de construção é o período que se esperou com mais impaciência. Existirá sempre a tentação de passar
por cima do início do projecto, da especificação e do desenho só para ver algo produzido. Deve-se resistir
a esta tentação.
Implementação
É nesta etapa, também referida como instalação, que o produto que foi concebido e construído está
quase pronto a passar à acção. Apesar de termos vindo a comprovar que aquilo que estamos a construir
corresponde exactamente ao que o utilizador pretende, existe mais um processo de aprovação nesta
etapa.
É também nesta etapa que os procedimentos de transição, eventualmente necessários, vão ocorrer. Não
esqueça que a gestão de projectos tem a ver com a gestão da mudança.
Operação
Esta etapa é muitas vezes esquecida e nem sequer é pensada como parte integrante do projecto. No
entanto, não deve ser omitida. Depois de termos a certeza de que o produto funciona, que o navio não foi
ao fundo quando a garrafa de champanhe o baptizou, então o projecto está concluído. Como em todas as
etapas anteriores, algo foi produzido: um relatório final onde se encontram detalhadas as despesas do
projecto, já revistas.
Ciclo de vida do projecto
Algum tempo depois de o nosso produto estar em utilização - e provavelmente não vai demorar muito
tempo - vão surgir novos problemas, novas necessidades, e todo o processo se vai reiniciar.
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As funções do Gestor de Projectos
As funções do gestor
Planear
Organizar
Coordenar
Controlar
Liderar
Todas as funções referidas para um gestor fazem igualmente parte das atribuições do Gestor de
Projectos. A diferença entre ele e os outros gestores é que o Gestor de Projectos desempenha estas
funções tendo em vista a mudança e não a preservação da ordem estabelecida.
O planeamento, a organização, a coordenação e o controlo fora de um ambiente de projecto, como, por
exemplo, a gestão de um departamento que opera um papel funcional (como no caso das vendas, da
produção ou da contabilidade), são frequentemente limitados pelo próprio processo, pelas actividades
dos outros departamentos ou pelos conflitos e exigências dentro do próprio departamento.
Embora tudo isto não seja menos válido para a gestão de projectos, há, no entanto, uma alteração das
prioridades, tendo agora as funções anteriormente referidas um alvo comum e imediato que é o de atingir
os objectivos do projecto e garantir que este siga muito de perto os objectivos da organização.
Uma grande parte do esforço do Gestor de Projectos vai manifestar-se no papel de comunicador.
Conseguir patrocínios e garantir a sua continuação
Ter um patrocinador influente é decisivo para o sucesso do projecto. E é particularmente importante no
caso dos projectos de longa duração.
Muito provavelmente o seu projecto vai ter que competir com muitos outros projectos e outras actividades
para conseguir alguma atenção dos gestores da empresa. Um gestor sénior influente que o apoie a si e
ao seu projecto vai garantir o devido apoio dos outros gestores seniores. Desta forma, quando necessitar
que se tomem decisões, que se aprove algo ou que se disponibilizem meios, o seu projecto não vai ficar
esquecido no fundo da agenda.
Em especial nas organizações dinâmicas onde tudo muda rapidamente, é natural que o seu projecto seja
ultrapassado por um mundo de coisas. Mesmo que o seu projecto inicialmente tenha sido a grande
novidade do mês, pode já não o ser um ano depois - mesmo que ele continue a ser tão necessário como
no principio - porque vão surgir muitos projectos novos e mais estimulantes.
Publicitar o projecto
Esta acção está directamente relacionada com a conquista de um patrocinador, mas aplica-se a todos os
níveis da organização. O Gestor de Projectos tem a responsabilidade de garantir que a credibilidade do
seu projecto será sempre defendida e que, durante todo o tempo de vida do mesmo, vai manter um alto
nível de qualidade.
É provável que o Gestor de Projectos seja o elo de ligação entre a equipa do projecto e o mundo exterior,
e é importante que ele se esforce por promover o projecto.
Gerir as expectativas do utilizador
Nos grandes projectos é inevitável - especialmente naqueles que se prolongam no tempo - que o
utilizador tenha uma percepção diferente da sua no que diz respeito ao produto final. Revisões regulares
e verificações de controlo (muito especialmente no fim de cada etapa) são essenciais para evitar
desencontros.
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Lembre-se que é a reacção do utilizador ao produto final que vai determinar se o seu projecto é um
sucesso ou um falhanço total.
As funções da comunicação do Gestor de Projectos:
- procurar e garantir um patrocínio
- valorizar a imagem do projecto
- gerir as expectativas do utilizador
Qualidades pessoais do Gestor de Projectos
Um dos factores de maior importância no sucesso de um projecto são os seus recursos humanos. De
facto, as pessoas envolvidas no desenrolar do projecto constituem um tópico que exige uma grande e
constante atenção; Importa assim considerar as qualidades pessoais que o próprio Gestor de Projectos
deve possuir. O Gestor de Projectos deve saber:
• motivar
• delegar
• comunicar
• liderar
Motivar
Por muito bem planeado e organizado que esteja um projecto, as hipóteses de ser bem sucedido sem o
empenhamento da equipa do projecto são limitadas. Está muito nas mãos do Gestor de Projectos garantir
que o projecto goze de uma cultura e de uma atmosfera que leve à boa conclusão dos objectivos.
Quando anda à procura de pessoas para a equipa, vai naturalmente procurar pessoas dinâmicas,
empenhadas, responsáveis, inteligentes, empreendedoras, experientes e que saibam trabalhar em
equipa.
Todas estas qualidades são admiráveis, sem dúvida, mas são qualidades que precisam de ser
alimentadas pelo Gestor de Projectos. Pode parecer banal afirmar que uma equipa de projecto feliz
resulta num projecto bem sucedido - o que não é obrigatoriamente verdade. Mas de qualquer forma
temos de tentar assegurar que a equipa quer realmente fazer trabalho e, mais, que o quer fazer como o
gestor o quer feito.
A chave para motivar as pessoas é atingir um grau de alinhamento entre os objectivos pessoais dos
elementos da equipa e os objectivos do projecto. Tem de demonstrar às pessoas que elas vão ter o que
querem se fizerem o que você quer.
É claro que perceber o que cada uma das pessoas quer é um processo difícil. Muito já se escreveu
acerca do assunto da motivação em geral.
Teorias da motivação
Maslow
uma hierarquia de necessidades que vão das físicas às existenciais
Herzberg
distingue entre o que motiva e o que desmotiva
Pope
"teoria do pecado mortal"; as pessoas são motivadas pelo orgulho,
luxúria, ira, gula, inveja, preguiça e cobiça
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O que estas e outras teorias dizem é que pessoas diferentes são motivadas por coisas diferentes. Talvez
não seja surpresa, mas isto significa que devemos conhecer e compreender os indivíduos que estamos a
tentar motivar se queremos descobrir o que é que os faz correr.
Pagamentos
Ao contrário do que habitualmente se pensa, o pagamento não é grande motivador. Grandes aumentos
de ordenado podem levar a uma sensação de bem estar temporário, mas esta sensação rapidamente se
esvai.
É uma sorte que seja assim, uma vez que os pagamentos não estão directamente nas mãos do Gestor
de Projectos. No entanto, um pagamento justo é um pré-requisito para conseguir que o seu pessoal
trabalhe e mais ainda para conseguir que trabalhe com qualidade.
Por esta razão deve assegurar-se que o pagamento que o seu pessoal está a receber é competitivo (para
impedir que eles saiam para outro lado) e justo (para evitar divisões internas). O pagamento é uma
medida quantificável que permite avaliar o que a organização acha da qualidade do trabalho
desempenhado por cada um dos elementos da equipa do projecto.
Os bónus pela conclusão de projectos dentro de prazo também não são grandes motivadores. No
entanto, podem ser empregues se estiver com problemas de falta de pessoal e quiser estabilizar a
situação pelo menos até ao fim do projecto.
Incentivos não pecuniários
Os incentivos não pecuniários, no entanto, estão na mão do Gestor de Projectos. Este deve procurar
formas de ir ao encontro das seguintes necessidades que as pessoas têm:
Factores de motivação
- qualidade de trabalho (interessante, motivador e útil)
- sentimento de integração (na equipa de projecto)
- sentimento de envolvimento
- sentimento de realização
- reconhecimento do sucesso e do esforço
- oportunidade de evoluir e progredir
- realização das capacidades profissionais
- aumento da responsabilidade
Encontrar forma de satisfazer estas necessidades varia de indivíduo para indivíduo e é claramente
importante que conheça bem a sua equipa a nível pessoal.
Delegar
O acto de delegar tem como resultados a longo prazo uma maior libertação do Gestor de Projectos e um
maior envolvimento do pessoal do projecto que se sente responsável pelo trabalho.
A arte de delegar é muito delicada e é necessário manter um equilíbrio entre a abdicação das suas
responsabilidades pessoais e a ditadura.
Existe uma relutância natural em muitas pessoas quando chegam ao acto de delegar. Esta reacção tem
normalmente por base uma certa falta de confiança ou a convicção de que sozinho conseguiria fazer o
trabalho. Mesmo que este seja o caso, não é desculpa para não delegar.
Algumas das tarefas não devem ser delegadas (especialmente aquelas que envolvem assuntos de
pessoal), mas para muitos é uma forma de ter o trabalho feito.
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Quando delegar, deve especificar claramente o que necessita de ser feito e porquê, quando deve ser feito
e os limites de autoridade que está a delegar.
Comunicar
Analisamos a necessidade de o Gestor de Projectos ser um comunicador quando devemos as suas
funções. Num espaço fechado, comunicamos para influenciar o comportamento de outras pessoas.
Circunstâncias diversas ditam o estilo apropriado para o fazer e o Gestor de Projectos tem se ser sensível
à natureza da sua mensagem e ao seu público, isto é, deve atender e adaptar o seu discurso à audiência.
Acima de tudo, ele deve ser suficientemente flexível na sua abordagem e deve adoptar o estilo
apropriado de entre o imperativo, negociador, persuasor, conselheiro e ouvidor atento (porque não
podemos esquecer que a comunicação eficaz é um processo de dois sentidos).
A capacidade de comunicar eficazmente - em todas as circunstâncias - é vital para qualquer Gestor de
Projectos. Enquanto o gestor tradicional pode confiar em grande medida na sua posição dentro da
organização para influenciar os outros, o Gestor de Projectos tem de contar com a sua personalidade
para o fazer.
Liderança
A capacidade de liderança é um dos aspectos da gestão mais difíceis de ensinar. Para ser eficaz, um
gestor tem de ser capaz de liderar, de inspirar confiança aos outros que o seguem. Isto é tanto mais
importante quanto o projecto depende do empenhamento e lealdade daqueles que estão envolvidos.
Lamentavelmente, o carisma não pode ser armazenado para, posteriormente, ser aplicado quando
necessário. No entanto, vêm à mente uns quantos adjectivos que caracterizam os líderes.
Qualidades de liderança
- dinâmico
- visionário
- flexível
- criativo
- paciente
- persistente
- afirmativo
- persuasivo
- confiante
- imaginativo
- analítico
- decidido
- compreensivo
- organizado
- com objectivos
- carismático
Cada uma destas qualidades entrará em acção no decurso do projecto; o líder de sucesso saberá
instintivamente qual a abordagem correcta para cada circunstância específica.
Coloca-se então a questão de como escolher um Gestor de Projectos uma vez que a função do Gestor de
Projectos é determinante para o bom termo de um projecto. Desta forma a escolha da pessoa deve ser
realizada segundo as suas características próprias que completam as qualidades pessoais atrás
referidas. Independentemente da qualidade do profissional escolhido, justifica-se como complemento e
reforço, um programa de formação específica sobre a função.
Importa referir que a função de Gestor de Projectos não é necessariamente bem efectuada por um gestor
tradicional, devendo a sua escolha ter em linha de conta a observação da actividade, do comportamento
e do potencial de experiência que foi sendo acumulado pelo profissional. O grande investimento que
exige do ponto de vista de formação e do ponto de vista humano faz com que, em muitas instituições, se
considere a Gestão de Projectos como uma disciplina profissional de pleno direito.
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[BRO93] Mark Brown. A gestão de projectos com sucesso. Editorial Presença, colecção Gestão
Essencial. 1993.
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