O documento discute a história e modelos de atendimento pré-hospitalar (APH) no Brasil e no mundo, e como a enfermagem pode contribuir para o desenvolvimento da área. Refere brevemente sobre a normatização do APH pelo Ministério da Saúde e a necessidade de revisar as legislações para oferecer melhores condições de saúde. Conclui que os serviços de APH devem estar integrados ao SUS para dar resposta rápida a emergências e produzir conhecimento sobre a área.
História e perspectivas do atendimento pré-hospitalar no Brasil
1. SERVIÇO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR: CAMINHOS E PERSPECTIVAS
1. Pedro Paulo Scremin Martins
2. Marta Lenise do Prado
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Introdução
O presente estudo refere-se a uma reflexão teórica sobre a história do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e respectivos modelos que
tornaram referência no mundo, bem como, os reflexos destes nos diversos serviços de assistência a emergências pré-hospitalares no
Brasil. Nesse sentido, ao traçarmos esta trajetória através dos tempos, apontamos para algumas perspectivas desta modalidade de
assistência a saúde, em nosso país. Abordamos respectivamente, o desenvolvimento dos modelos de APH no Brasil e no mundo,
refletindo sobre o compromisso social de inserção da assistência de Enfermagem nestes serviços
Objetivo Metodologia
Teve como objetivo conhecer a história do atendimento pré-hospitalar, a O estudo foi realizado através de investigação
fim de oferecer subsídios para as instituições e àqueles envolvidos bibliográfica sobre o tema e discussões na
neste campo específico do conhecimento em saúde. disciplina.
Resultados
Os resultados demonstram que os modelos de APH no Brasil, há pouca investigação científica na área pelos setores
desde o surgimento, assumem características próprias; porém, responsáveis, especialmente as universidades, exigindo
trazem em comum a metodologia assistencial com base no buscar tecnologias em outros países, especialmente nos
paradigma biomédico; EUA e França;
a recente normatização do APH pelo Ministério a Enfermagem pode contribuir engajando-se
da Saúde define arbitrariamente os papéis dos nessas atividades com vistas a assumir seu
profissionais que se inserem nesses serviços; papel e produzir conhecimento para a área;
as legislações atuais precisam ser revistas a partir da preocupação de oferecer melhores condições de saúde para a população;
os serviços de APH devem estar interligados aos serviços de saúde, integrados ao SUS e às instituições de pesquisa, favorecendo
a produção de conhecimento, a prevenção dos eventos, assim como o processo de reabilitação e retorno das vítimas à sociedade, no
sentido de superar também, a deficiência e fragmentação dos serviços de assistência à saúde.
Considerações Finais
A realização do estudo mostra que o APH – com origem nas guerras – em meados do século passado, passa a ser implementado nos
grandes centros urbanos, sobretudo nos EUA e Europa de onde originaram os dois principais modelos que se espalham pelo mundo como
referência. É condição, portanto, iniciar por aprofundar conhecimentos sobre os diferentes modelos, organização e normatização do
atendimento pré-hospitalar no Brasil e no mundo, bem como a importância desses serviços para a sociedade a fim de dar resposta
imediata aos altos índices de morbimortalidade, reflexo do aumento exacerbado da violência, acidentes, doenças cardiovasculares e
respiratórias, responsáveis pela maioria das ocorrências de urgência/emergência. Devido a necessidade de atendimento imediato dessas
vítimas no local da ocorrência e transporte adequado, os Serviços de Atendimento Pré-hospitalar possibilitam intervenção precoce no
sentido reduzir os índices de mortes e minimizar seqüelas.
Referências Bibliográficas:
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PRADO, Marta Lenise do. Caminhos perigosos: violência e saúde à luz das ocorrências de trânsito. Pelotas: Universitária, 1998.
1. Enfermeiro. Aluno do Curso de Mestrado em Enfermagem da UFSC. Autor do Trabalho. Endereço: Rua Aníbal Pedro de Oliveira, 120/
Ingleses – Florianópolis/SC. Cep: 88058-324. E-mail: pedro@nfr.ufsc.br ou ppsm@zipmail.com.br Tel: (0xx48) 269-2929
2. Enfermeira. Doutora em Filosofia da Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-graduação em Enfermagem
da UFSC. Orientadora do Trabalho.