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Copa do Mundo FIFA 2014

Relatório Técnico-Científico

O Legado em Telecomunicações
Jan/2014 – Curitiba
Eng. Paulo Silveira
1.0 Introdução
Legado pode significar coisas diferentes para diferentes partes interessadas, e as
maneiras pelas quais os vários significados de legado podem ser interpretados às
vezes podem ser confusas, e muitas vezes difíceis de quantificar. Em termos gerais,
para a Copa do Mundo, o planejamento do legado significa a criação de estruturas,
ações e processos que, após os jogos, deve ser de longa duração e de benefício
permanente para as cidades sede e direta ou indiretamente a todas as regiões do
Brasil. Os benefícios para a sociedade são difíceis, mas um importante componente
para medir em qualquer investimento que alega ter um valor de legado para além do
seu retorno puramente econômico. Esta é uma área onde valorações subjetivas e
reivindicações mal fundamentadas são encontradas com mais frequência do que as
estimativas robustas do valor que suscitarão do público e dos turistas estrangeiros.
Parte do dilema neste tipo de medição é o papel da retrospectiva: o impacto dos jogos
não é claramente conhecido até depois que eles estejam concluídos. Há também
muitas diferenças entre as cidades sede que só é possível fazer comparações diretas
com uma rica quantidade de informações para cada situação da cidade. O legado
pode assumir duas formas principais:


Tangível:

por

exemplo,

instalações

desportivas,

infraestrutura,

regeneração urbana e econômica, o emprego, a promoção da
sustentabilidade, ambientes sem barreiras, e turismo cultural;


Intangível: por exemplo, a prática de esportes, inclusão, habilidades,
experiência, compreensão internacional, o espírito de comunidade,
amizade, a promoção local, o voluntariado, e memórias.

O risco de opção da ineficiência econômica do Brasil para sediar a Copa do Mundo
representa uma decisão de incorrer em investimentos significativos, fazendo uso de
recursos públicos e privados que poderiam ser alocados para outros fins - escolas,
hospitais, distribuição de renda, a liquidação da dívida interna, etc. Esta troca carrega
um custo subjacente, ou seja, o custo de oportunidade. Estudos internacionais indicam
que o custo de oportunidade implícito em sediar um evento emblemático pode ser
significativo. Na verdade, uma vez que os impactos do evento por si próprios são
temporários, o retorno sobre o investimento depende fundamentalmente de quanto o
país anfitrião capitaliza em legados do evento. A questão de retorno é ainda mais
ampliada pelo fato de que, muitas vezes, uma grande parte dos investimentos públicos
em questão é financiada através da expansão da dívida pública, que incorpora os seus
próprios custos e efeitos macroeconômicos adversos. Para o Brasil obter o maior
retorno social sobre os investimentos e ações da Copa do Mundo, devem ser
realizadas de forma eficiente, ou seja, com o menor custo possível (em termos de
recursos e de tempo) para obter os resultados desejados. Em termos concretos, isto
significa que as obras e ações dentro dos orçamentos e prazos estritamente
necessários para assegurar o desempenho de resultados de qualidade.
1.1 Sistemas de Telecomunicações para a COPA 2014 em Curitiba
O Governo Brasileiro assumiu diversas responsabilidades com a FIFA para execução
de serviços na área de telecomunicações para realização da COPA 2014. As
especificações técnicas e ações definidas na Matriz de Responsabilidades
especificadas pelo Governo Brasileiro são apresentadas a seguir.
1.2 Especificações técnicas exigidas pela FIFA
A disponibilidade de infraestrutura de telecomunicações para o evento foi a Garantia
11 prestada à FIFA. Esta garantia foi suportada pelo Ministério de Comunicações, são
assegurados:



Disponibilidade (sem custo específico à FIFA ou aos usuários) de uma
infraestrutura de telecomunicações, inclusive, mas não limitado a, todas
as redes necessárias, todo o hardware de rede associado (inclusive
equipamentos terminais), todos os codecs necessários e todos os
componentes passivos e ativos; que emitirão todas as formas de
telecomunicação, inclusive telefones internacionais e nacionais com o
“seu fio”, comunicações de dados, áudio e vídeo para as competições e
eventos auxiliares.

A garantia oferecida ainda indica que a infraestrutura de telecomunicações estará
conforme os mais altos padrões e requisitos internacionais e com os requisitos
específicos que a FIFA poderá garantir. Também foram garantidos circuitos de alta
velocidade entre cada um dos estádios, centros de transmissão internacional (IBC,
International Broadcasting Center) e portais internacionais a taxas de transmissão
adequadas. As conexões internacionais de áudio e vídeo devem oferecer conexões
redundantes (backup) entre o IBC as redes de transmissão internacionais, incluindo as
conexões satelitais e de ligação entre o IBC e estações terrestres fixas.
Foi garantida a instalação de infraestrutura de telecomunicações à sede dos árbitros,
aos hotéis de hospedagem da FIFA, às delegações, ao IBC e ao IMC (International
Media Center), bem como uma largura de banda suficiente para tais usuários.
A garantia é finalizada afirmada que a infraestrutura estará disponível antes das
competições e eventos auxiliares.
1.3 Evolução das ações da Matriz de Responsabilidades
O governo brasileiro estruturou ações do estado distribuindo responsabilidades entre
os diversos envolvidos em uma Matriz de Responsabilidades.
A Resolução GECOPA No 08, de 17 de abril de 2012, autoriza a revisão da Matriz de
Responsabilidades,

com

a

inclusão

de anexo

referente

às

atividades

de

Telecomunicações e discrimina as ações do Orçamento Geral da União vinculadas a
essas atividades. Finalmente, a Resolução GEOCOPA No 24, publicada no Diário
Oficial da União em 12 de junho de 2013, autoriza a revisão da Matriz de
Responsabilidades, com a alteração do anexo referente às atividades de
Telecomunicações e discrimina as ações do Orçamento Geral da União vinculadas a
essas atividades. A versão atual da matriz de responsabilidades é apresentada na
Tabela 1.
TABELA 1. Matriz de responsabilidades para área de Telecomunicações. Fonte:
Resolução GEOCOPA N⁰ 24

Desta forma, foram especificadas ações, orçamento (com origem do recurso) e
responsabilidades de execução para 6 ações na área. As ações de fiscalização,
monitoração de equipamentos e uso de radiofrequência, segurança e infraestrutura
foram atribuídas à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A empresa
Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás) recebeu a responsabilidade de implantar
a infraestrutura necessária para rede de fibra óptica metropolitana, links satelitais para
estruturas chave da Copa e ligação via rádio nos campos base das diversas equipes
participando da competição, com prazo de execução em dezembro de 2013.
A Anatel, respondendo a ação TLC-E.01/01 especificou 4 subprojetos prioritários: (1)
Uso temporário do espectro, para atender a demanda de solicitações de uso
temporário do espectro, comuns em grandes eventos internacionais, que implicará na
aquisição de sistema de apoio para o gerenciamento do espectro, de forma a garantir
o sucesso das transmissões de som e imagem dos jogos esportivos; (2) Fiscalização e
monitoração do espectro, para planejar, gerenciar e coordenar os recursos de
espectro, para garantir que os diversos segmentos atuarão no evento em
conformidade com a regulamentação brasileira, além de viabilizar ações coordenadas
de fiscalização para imprimir maior eficiência na localização e neutralização de fontes
interferentes; (3) Acesso a banda larga e mobilidade, para possibilitar solução rápida e
precisa de problemas ocorridos durante os eventos internacionais, com a possibilidade
de acesso, em tempo real, às transformações e dados constantes das bases de dados
da Anatel; possibilitar mobilidade das equipes de fiscalização para solucionar
problemas de interferências dentro ou fora dos estádios, no menor tempo possível;
garantir a integridade do perímetro da rede de dados da Anatel e a recuperação
imediata no caso de incidentes de segurança da informação; e divulgação (em
português, inglês e espanhol) das informações e atos normativos da Anatel, aplicáveis
aos operadores de serviços de telecomunicações e (4) Projeto de prevenção de
situações de emergência e desastres (infraestrutura crítica), com o objetivo de
dimensionar os recursos para atender as necessidades de modernização e
atualização do setor de telecomunicações, com vistas a atender a demanda de
infraestrutura de telecomunicações prevista para a Copa do Mundo e Copa das
Confederações.
Para executar a ação TLC-E.01/02, o Conselho de Administração da Telebrás aprovou
em 2 de outubro de 2012 a criação da empresa subsidiária Telebrás Copa, que terá
como objetivo a prestação de serviços de telecomunicações à FIFA durante a Copa
das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A nova empresa será a
responsável por essa prestação de serviços, podendo receber os benefícios fiscais
concedidos pelo Governo Federal, determinados pela Lei n°12.350, de 20 de
dezembro de 2010.
A ação TLC-E.01/06 foi incluída pela resolução Resolução GEOCOPA No 24 em 12
junho de 2013 e especifica ações para disponibilizar serviços de telecomunicações
para realização da Copa das Confederações. Os jogos da Copa das Confederações
iniciaram em 15 de junho de 2013 e já foram encerrados. A responsabilidade por esta
ação foi do Ministério das Comunicações.
Além das ações listadas, ministério das comunicações está realizando um grande
esforço para possibilitar a implementação da rede 4G de telefonia celular nas cidades
sede.
2.0 Telefonia Celular 4G

2.1 O cenário da alocação do espectro no Brasil
Dentro das iniciativas do governo para alocar mais espectro para a telefonia móvel, a
principal delas é a necessidade de promover a inovação tecnológica através da
implantação de novas tecnologias como o sistema LTE. Isto irá fornecer maiores taxas
de transferências o que permitira aos consumidores o uso de serviços de Internet de
banda larga móvel e aplicações centradas em vídeo. Vários estudos têm mostrado que
o investimento em banda larga móvel tem um impacto positivo sobre o PIB. A banda
larga móvel é capaz de acabar com a exclusão digital e oferecer novas oportunidades
de transformação nas áreas da educação, saúde, governo e transporte. Isto é
especialmente importante em áreas rurais e remotas, onde a infraestrutura com cabos
dos prestadores de serviços de telefonia fixa não estão presentes, fazendo com que
as tecnologias sem fio sejam a única alternativa viável para oferecer serviços de
banda larga para a população em favor da redução da lacuna da exclusão digital. O
Brasil atingiu, em novembro de 2012, 260 milhões de conexões de telefonia móvel
ativas e uma penetração dos serviços móveis de mais de 130%, como mostrado na
Figura 2.

Figura 2: Conexões, penetração e população
Figura 3: Proporção de Conexões por tecnologia
2.2 Acesso à banda larga móvel
O espectro de radiofrequências é um recurso essencial para as redes de acesso sem
fio. O desenvolvimento nacional da capacidade móvel de banda larga é uma área de
alta prioridade para o governo que tem como objetivos:


Atribuir e definir um espectro de utilização para o maior benefício nacional.



Ser um elemento chave da politica do PNBL, utilizando as novas
tecnologias do sistema LTE de banda larga móvel a ser disponibilizado
pelas operadoras para poder fornecer o acesso às redes de banda larga.

2.3 Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)

O PNBL é uma iniciativa do governo brasileiro que tem o objetivo de massificar a
oferta de acessos de banda larga à Internet até o ano de 2014, através da combinação
de diferentes ofertas, devido a realização no Brasil da Copa do Mundo de futebol da
FIFA.
Figura 4: Dimensões econômicas do PNBL
A telefonia móvel não foi tratada diretamente como parte do plano. Porém, como a
banda larga móvel ajuda o governo a expandir a cobertura da banda larga, os serviços
móveis agregados ao sistema LTE, contribuiriam para alcançar as metas
estabelecidas pelo governo (60 milhões de usuários individuais, incluindo dispositivos
móveis de voz/dados e terminais de dados até 2014).

Figura 5: Conexões de banda larga fixas e móveis
A telefonia móvel com o sistema LTE no Brasil será o elemento impulsionador chave
da inclusão social e econômica e poderia ter sido incluída de forma explícita no PNBL,
pois a banda larga móvel é no Brasil a ferramenta mais eficaz para alcançar o acesso
universal à banda larga deixando como legado:



Um aumento na cidadania ativa e a inclusão de um indivíduo na
sociedade como interlocutor, não apenas como receptor.



Universalizar o uso do computador e das tecnologias de comunicações
para estimular o aprendizado autônomo e contínuo.



Possibilitar aos cidadãos operar computadores, usar aplicações comuns
(editores de texto, planilhas, etc.) e acessar a Internet como leitor ou
navegador.



Promover a cidadania ao dar voz a segmentos da população que não
têm acesso à mídia.

2.4 Recomendações de alocação do espectro pelo ITU

Usando os requisitos de espectro determinados pelo ITU que é de 1.300 MHz de
espectro total, o qual esta recomendada até 2015 como uma referência, a situação
regional na América do Sul pode ser resumida como se segue: cinco países alocaram
mais de 300 MHz; nove estão no intervalo entre 200 MHz e 300 MHz, enquanto que o
resto dos países oscila entre 130 MHz e 200 MHz (o Brasil atingiu 30% dessas
finalidades). Há interesse da Anatel para leiloar mais espectro, e isso é levado em
consideração no relatório efetuado pelo ITU para a América Latina, mesmo depois de
ocorrerem às alocações do espectro de frequência efetuada pela Anatel para as
Operadoras. Com esse objetivo de alocar mais espectro, a Anatel deve passar do
interesse e planejamento para a ação de leiloar mais espectro conforme
recomendações do ITU (a reguladora manifestou interesse no leilão da frequência de
700 MHz do espectro).

2x
Mais espectro
(Hz)

1.5

x

Aumento da
Capacidade >10x

Mais eficiência
espectral
(Bits/seg/Hz)

Mais eficiência
Espacial
(Bits/seg/Hz/Usuár
io)
Figura 6: Melhoria da capacidade de banda em função da liberação espectro
A recomendação “ITU-R M. 2078” é dada no contexto da crescente pressão sobre as
redes das operadoras móveis a partir do rápido aumento no tráfego de dados móveis,
que esta ocorrendo mundialmente, assim, a UIT estabeleceu um valor mínimo de
espectro alocado para o IMT-2000 e, IMT- Advanced, para os anos de 2010, 2015 e
2020, dependendo da situação de desenvolvimento do mercado.

A demanda por maior trafego de dados exigira mais espectro, sendo que, a
“Consultoria Signals Telecom” pesquisou a alocação de espectro de 19 mercados do
Caribe e América Latina. Os resultados desta pesquisa mostram que, no melhor dos
casos, apenas 39% da meta de alocação do espectro para 2015 será cumprida. A
necessidade para a alocação de espectro adicional é demonstrada pelo lançamento
de redes LTE em todas as regiões, em um novo espectro, como mostrado a seguir:
Figura 7: Bandas candidatas para o LTE
2.5 Necessidades de espectro e harmonização
A banda de 700 MHz, pode se tornar uma oportunidade de atribuir um espectro
comum harmonizado em todas as regiões do Brasil. O principal obstáculo enfrentado
pela Anatel é garantir que essas frequências estejam livres de interferência e, que
eventualmente estejam disponíveis após a migração dos sinais da TV analógica para o
formato digital, para liberar esse espectro e obter o que é comumente chamado de
dividendo digital.

Figura 8: Arranjo de frequência P694-790 MHz da Região 2

As alocações de espectro alvo representam a quantidade total de espectro em um
determinado mercado do país. Estas recomendações da UIT permitem que as
operadoras de telefonia móvel atendam às crescentes demandas da sociedade que
estão usando dispositivos conectados a uma taxa crescente.
Figura 9: Síntese de atribuição de frequências de 300MHz a 6GHz
Muitos analistas preveem até 1.200% de aumento no tráfego de dados móveis no
agregado global durante os próximos cinco a seis anos, como mostrado na figura 10.
Novos serviços e aplicativos, novos dispositivos e aumentos contínuos no uso dos
smartphones, tablets e computadores conectados estão afetando todas as áreas da
vida dos assinantes, incluindo o governo, educação, transporte e saúde. No Brasil o
trafego de dados moveis deve aumentar 12 vezes, entre 2012 e 2017 segundo
resultados da Cisco.

Figura 10: Previsão do aumento do trafego móvel
Fonte: Morgan Stanley

e Wireless Intelligence

A Europa, com um forte foco na harmonização conseguiu definição de bandas
importantes de frequência para o LTE na faixa de 2,6 GHz, o qual também pode ser
usado fora da Europa. O enfoque dos EUA com cinco definições de banda para a faixa
de 700 MHz dedicadas, no entanto, levou a uma fragmentação do mesmo dentro do
mercado dos EUA. A compatibilidade com este plano de banda é uma grande
oportunidade de harmonização para o Brasil quando abrir a faixa de 700 MHz para o
LTE.

Figura 11: Cinco definições de bandas dedicadas para a frequência de 700MHZ

Figura 12: Plano de banda de 700MHz iniciado no APAC: Uma simples banda comum
2.6 Alocação das bandas de frequência para o LTE
Com foco nas recomendações do ITU a Anatel realizou em 2012 uma licitação de
frequências em 2.500 Mhz para a implantação de redes 4G. As empresas que
adquiriram estas frequências foram: Vivo, Tim, Claro, Oi, Sky e Sunrise.

Figura 13: Bandas de frequencia
As faixas de frequências entre 2.500-2.570 MHz e 2.620-2.690 MHz (P, W, V e X)
foram destinadas para operação FDD (canais separados para transmissão e recepção
que está entre 2.570 e 2.620 MHz). Já as sub-faixas T e U para a operação TDD
(transmissão e recepção no mesmo canal).
O regulamento do edital de licitação destas faixas estabeleceu um valor máximo de
espectro que uma operadora poderia possuir em uma região geográfica (Cap): 60 MHz
(2.500-2.570 MHz e 2.620-2.690 MHz) ou 50 Mhz (2.570 e 2.620 MHz). As operadoras
de MMDS possuem parte deste espectro, entre elas está a Telefônica, que adquiriu as
operações da Abril e a Sky que em 2011 passou a oferecer LTE (TDD) em Brasília.

Como vimos nas recomendações do ITU, a melhor faixa de frequência para a
implantação do 4G é a frequência de 700 MHz, o qual será liberado com o fim da
transição da TV aberta analógica para a TV aberta digital. No Brasil isto deve ocorrer
em 2016. A Anatel divulgou no dia 21/02/2013 uma regulamentação sobre a nova
destinação da faixa de 700 MHz, onde ela recomenda a adoção do plano de banda da
APT que permite o uso de 90 MHz (45 + 45 MHz) de espectro.
Figura 14: Plano de banda de 700 Mhz da APT
Os sistemas LTE podem ser implantados nas frequências de 700/800/1800/2600 MHz,
embora a faixa de 700 MHz seja a mais vantajosa. As redes LTE já implantadas
utilizam em sua maioria um par de canais separados para a transmissão e recepção
(FDD), embora existam também redes em que a transmissão e recepção
compartilhem o mesmo canal (TDD).

Existem dois planos de frequências diferentes para a faixa de 700 MHz (dividendo
digital). O primeiro a surgir foi o plano de banda (FDD-canais 12, 13, 14 e 17) dos EUA
e o segundo é o modelo da Ásia-Pacífico (APT) que possui dois planos de banda,
sendo um plano FDD (canal 28) e outro TDD (canal 44). A adoção do plano de banda
dos Estados Unidos traz a vantagem de vários equipamentos e terminais já estarem
disponíveis no mercado, enquanto que a adoção de um dos planos de banda da APT
ainda não possuem terminais compatíveis com sua alocação de frequência.
Figura 15: Distribuição do plano de banda de 700 Mhz dos EUA e da APT
No Brasil, o órgão regulador de telecomunicações do país, a Anatel, está concentrado
na elaboração do edital de licitação desta faixa de 700 MHz. A transição definitiva para
a TV digital permitirá maior adensamento na faixa dedicada à radiodifusão (UHF
canais 14-51) e isso viabilizará a futura liberação da faixa de 700 MHz (UHF canais
52-69) para serviços de telecomunicações, o chamado dividendo digital.

Figura 16: Alocação da faixa de 700 MHz dentro do Plano de Dividendo Digital
A nova destinação da faixa de 700MHz aos serviços de telecomunicações está
internacionalmente harmonizada e visa atender à crescente demanda:


O arranjo definido na recomendação UIT-R M.1036-4 (arranjo A5: APT)
permite o uso de 90 MHz (45 + 45 MHz) para serviços de banda larga
móvel (IMT), com ganhos de escala associados ao uso da infraestrutura
e terminais produzidos em escala global.



O limite de radiofrequências de até 20 MHz proposto poderá ser
reduzido no procedimento licitatório da faixa para permitir a participação
de um número maior de interessados na prestação de serviços na faixa
de 700 MHz.

Figura 17: Distribuição da faixa de 700 MHz para as Telecomunicações

Um dos problemas que teremos durante a Copa do Mundo em 2014 é a não
interoperabilidade em termos da frequência alocada para o sistema LTE implantado no
Brasil e o que esta sendo utilizado em outros Países, conforme mostra a figura 18
atraves da distribuição de banda por região.

Figura 18: Distribuição das bandas de operação do LTE no Mundo
2.7 Comparação de cobertura de diferentes frequências
O efeito da frequência sobre a cobertura de redes de celulares significa que diferentes
frequências servem melhor para diferentes usos. Baixas frequências, como 450 MHz
servem muito bem para a cobertura de zonas rurais.

Figura 19: Distribuição das frequências de operação do LTE no Mundo
Frequências mais altas é uma desvantagem quando se trata de cobertura, mas é uma
vantagem decisiva quando se trata de capacidade. Femto Cell, abrangendo, por
exemplo, a cobertura de um andar de um edifício, torna-se possível, e a mesma
frequência pode ser usada para células que são praticamente vizinhas.

Figura 20: Melhoria da área de cobertura indoor com Femto Cell
2.8 A banda de 2,6 GHz
No Brasil, o espectro total utilizado pelas operadoras de serviços móveis é de
aproximadamente 500 MHz, particularmente após o recente leilão das faixas de 2,5
GHz e 450 MHz (área rural). Um estudo realizado pela União Internacional de
Telecomunicações (UIT) estima que em 2015, os serviços de telecomunicações
móveis precisarão de mais de 1 GHz de espectro para atender às demandas do
mercado (a Anatel definiu 140 MHz de espectro adicional para os serviços móveis na
faixa de 2,5 GHz (2.500 MHz a 2.690 MHz). As características técnicas da faixa de 2,5
GHz são tais que ela poderá ser usada para aumentar a capacidade em áreas
urbanas densas, mas não é adequada para prover a cobertura para banda larga móvel
em todo o país.

Figura 20: Distribuição de frequência na faixa de 2,5 GHz

Impactos na utilização dessa frequência:


Essa frequência mais alta implica em um comprimento de onda menor.
A transmissão desse sinal tem consequências numa área de cobertura
menor e custos maiores, havendo maior perda de sinal em espaços
livres. Em shoppings e estádios, por exemplo, é necessária a instalação
de antenas internas.



Um estudo apresentado na SET mostra claramente que, em áreas
densamente povoadas, como o interior de São Paulo, o plano de
canalização da TV digital não é otimizado, e há um excesso de
estações em SFN (Single Frequency Network) operando na mesma
frequência, o que gera possibilidades de interferência que impactam na
cobertura. Outros estudos comprovam a interferência do sinal LTE no
sinal da TV Digital. Isso pode implicar num atraso no cronograma de
liberação das frequências da TV Analógica para a utilização do espectro
de 700 MHz.


Os celulares e tablets oriundos dos Estados Unidos e Europa não
funcionarão aqui durante o evento da Copa do Mundo.

2.9 A banda de 700 MHz

A faixa de 700 MHz, conhecida como “Dividendo Digital”, possui as propriedades
ideais para a cobertura de banda larga móvel e combina-se de forma eficaz com a
faixa de 2,5 GHz para prover a disponibilidade de serviços 4G. Ela é usada atualmente
pelas emissoras de televisão, mas ela poderá ser disponibilizada após a transição da
televisão analógica. A Anatel está realizando um estudo, que ela planeja concluir em
meados de 2013, para decidir se deverá ou não tornar essa frequência disponível para
as provedoras de serviços de telecomunicações ou para as emissoras de televisão.
Para os serviços móveis essa frequência geraria um maior número de benefícios para
a economia e a sociedade brasileira do que se a faixa fosse atribuída para a
radiodifusão.

Figura 21: Distribuição de frequência na faixa de 700 MHz
Vantagens na utilização dessa frequência:


A provisão de maior capacidade para os serviços sem fio para atender o
crescimento do tráfego de dados, aumentando ao mesmo tempo a
cobertura da banda larga móvel, facilitará a oferta de serviços de banda
larga nas áreas rurais do Brasil.



Permitiria aumentar a velocidade de implantação dos serviços de banda
larga: se essa faixa não estiver disponível para os serviços de banda
larga móvel, a implantação da tecnologia 4G terá de ser realizada
usando faixas mais elevadas (1.800 MHz, 1.900 / 2.100 MHz, 2.500
MHz), que exigirão um maior número de estações.


Um menor número de instalações também resultaria em menores
custos operacionais e de manutenção.



Os potenciais benefícios também fluiriam para o Governo Federal,
devido ao licenciamento de espectro para mais empresas do setor
privado, ao passo que o efeito positivo das economias com as redes
contribuiria para reduzir os preços de varejo, o que beneficiaria os
consumidores.

3.0 Qualidade do sinal na implantação do sistema 4G no Brasil

A divulgação dos indicadores de qualidade por parte da Anatel no mês de setembro de
2013, através do EAC, tem como função principal ajudar o usuário a avaliar a
qualidade do serviço prestado pelas operadoras o qual envolve varias especificações
definidas pelo 3GPP.
Nos testes publicados pela Anatel para os sistemas (2G, 3G, 3G+, 4G) das
operadoras de telefonia móvel em set/2013, foram medidas as taxas de download e
upload com os seguintes resultados:



Velocidade instantânea de upload e download: aferida no momento
de utilização da internet pelo usuário, sendo no mínimo 20% da
velocidade contratada em 95% das medições. A meta não foi atendida
pela Vivo em SP (94,5%), PR (93,8%) e RJ (93,7%) e pela TIM em SP
(92,1%) e RJ (94,6%).



Velocidade média de upload e download: corresponde a média das
medições de velocidade instantânea apuradas durante o mês sendo no
mínimo 60% da velocidade contratada. A meta não foi atendida pela Oi
em MG (56,7%).
Figura 22: Exemplo de medições de velocidade de banda larga
Requerimento e desempenho do sinal:

 Para que as medições sejam de utilidade para o usuário seria
importante segmentá-las por tecnologia (2G, 3G, 3G+ e 4G), mas isso
não foi divulgado pela agencia reguladora, o que impede de termos
dados com confiabilidade do sistema 4G ratificados pela Anatel.


Como as operadoras de celular do Brasil não se comprometem em
seus planos de serviço com velocidades, de que adianta os parâmetros
de aceitação da qualidade de serviço recomendado pelo 3GPP, já que
não foram divulgadas as velocidades medidas, nem as velocidades
consideradas como contratadas por cada operadora em seus planos.
Resultados dos testes do sistema 4G em Curitiba:

•

Nos testes publicados pela Tecmundo (jun/2013) utilizando um aparelho
Motorola Razr HD e o aplicativo “Simet” no aparelho, com as medições
sendo realizadas “outdoor” e sem movimento obteve-se a seguinte
velocidade para download e upload:

Tanto nos testes publicados pela Tecmundo, assim como pela Gazeta do Povo,
verificou-se uma grande oscilação no nível do sinal principalmente indoor. Apesar de
ser esperado, como comentou o diretor da Claro, as operadoras tinham conhecimento
dos problemas em termos de área de cobertura indoor que a frequência de 2,5 GHz
acarreta, e a Anatel deve fiscalizar as recomendações do 3GPP para que não fique
nenhum ponto com “sombra” (Park Shopping Barigui ficou em torno de 2,3 Mbps).

3.1. Instalação do Sistema de Recepção Indoor nos Estádios da Copa
Nenhum dos doze estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo está com a
instalação concluída de todos os equipamentos de telecom necessários para permitir a
conexão à internet móvel nas redes 3G e 4G, além do Wi-Fi. O levantamento foi feito
pelo SindiTelebrasil. O problema, no entanto, é comercial. As empresas que
administram as arenas pedem um valor maior para que as teles possam equipar os
estádios com suas redes de fibra óptica e antenas. A situação mais grave está em São
Paulo, onde ocorre a abertura do Mundial, e em Curitiba, onde não há ainda previsão
para o início das obras do sistema 4G.
4.0 Telefonia Fixa
4.1. Objetivos do Plano Nacional de Banda Larga - PNBL
Além da corrida pelo acesso móvel, as operadoras de telecomunicações e os
fabricantes e instaladores de infraestrutura concentram-se nas etapas finais das redes
fixas, sendo que a Telebrás esta encarregada de construir a rede de fibra óptica que
será utilizada para a transmissão de imagens e áudio em alta definição (HDTV) entre
os estádios e o Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC)
estabelecido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A empresa afirma que a infraestrutura dos estádios que receberam jogos da Copa das
Confederações (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro)
está completamente pronta. Para as demais cidades sede (Cuiabá, Curitiba, Manaus,
Natal, Porto Alegre e São Paulo), o plano da Fifa prevê a conclusão das obras de
infraestrutura e de salas técnicas até 31 de dezembro. A partir dessa etapa, a Telebrás
e as outras empresas contratadas terão até a primeira quinzena de abril de 2014 para
finalizar a instalação dos equipamentos, permitindo a realização, por empresa
contratada pela FIFA, dos testes de transmissão de imagens. Para atender à demanda
do evento, a Telebrás expandiu a rede de fibra óptica para mais de 25 mil quilômetros
em todo o país conforme mostra a figura 23.

Figura 23
Dentro do legado em Telecomunicações após a Copa do Mundo, o Programa Nacional
de Banda Larga (PNBL) se insere nesse contexto, com o objetivo de ampliar o acesso
à Internet em banda larga no país. Neste cenário, a banda larga é uma importante
ferramenta de inclusão, que contribui para reduzir as desigualdades e garantir o
desenvolvimento econômico e social brasileiro. As ações do Programa estão
organizadas em quatro grandes dimensões:



Ações regulatórias que incentivem a competição e normas de
infraestrutura que induzam à expansão de redes de telecomunicações;



Ações de incentivos fiscais e financeiros à prestação do serviço de
acesso em banda larga, com o objetivo de colaborar para a redução do
preço ao usuário final;



Ações de política produtiva e tecnológica, capazes de atender
adequadamente à demanda gerada pelo PNBL;



Ações de implantação de uma Rede Nacional de Telecomunicações,
com foco de atuação no atacado, neutra e disponível para qualquer
prestadora que queira prestar o serviço de acesso em banda larga.

Especificamente, em relação à última dimensão do PNBL, cabem à Telebrás a
implantação e gestão desta rede de telecomunicações:



Implementar a rede privativa de comunicação da administração pública
federal;



Prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em
banda larga para as universidades, centros de pesquisa, escolas,
hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros
pontos de interesse público;



Prover

infraestrutura

e

redes

de

suporte

a

serviços

de

telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito
Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos;


Prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários
finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta
adequada daqueles serviços.

O PNBL tem como objetivo fomentar e difundir o uso e o fornecimento de bens e
serviços de tecnologias de informação e comunicação, de modo a:


Massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga;



Acelerar o desenvolvimento econômico e social;



Promover a inclusão digital;



Reduzir as desigualdades social e regional;



Promover a geração de emprego e renda;



Promover a capacitação da população para o uso das tecnologias de
informação;



Aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade brasileira.

4.2. Estrutura da Rede da Telebrás (Rede Nacional de Telecomunicações)

Para atingir todos os objetivos do PNBL a Telebrás elaborou um projeto de
implantação de uma rede de transporte de dados que contempla:



A utilização das fibras ópticas disponíveis nas empresas do Governo
Federal;



Uma solução baseada na tecnologia DWDM (Dense Wavelength
Division Multiplexing), que cria um meio de transporte de dados óptico
(Backbone Óptico);



Uma solução baseada na tecnologia Ethernet/IP/MPLS que permite a
rede ter flexibilidade e qualidade para a implementação de diversos
serviços de transporte de dados;



Uma solução baseada na tecnologia sem fio, que possibilite a
capilarização da Rede Nacional de Telecomunicações, por meio da
implantação de Backhaul, que são redes de transporte de dados que
interligam os municípios ao Backbone;



Contratação de empresas de telecomunicações para o fornecimento de
saídas de Internet que permitem que a rede da Telebrás tenha acessos
às demais redes em operação no Brasil e no mundo;



Dois Centros Integrados de Gerência de Rede - CIGR/PNBL,
localizados em Brasília e no Rio de Janeiro.

A migração e massificação de vários serviços baseados na Rede Mundial (World Wide
Web), a convergência de tecnologias e a estratégia de utilizar a Internet como
ferramenta importante para o Governo interagir com o próprio Governo, com as
empresas e principalmente com o cidadão, tem elevado a demanda por infraestrutura
de redes de telecomunicações, tanto para o transporte de alta capacidade de dados,
quanto para a entrega dos dados em diversos locais, a chamada “última milha”. O
cenário atual de telecomunicações do País é caracterizado por uma oferta deficitária
de infraestrutura em vários municípios, baixa concorrência, cobertura limitada e prática
de preços elevados, fatores que restringem o acesso à banda larga a muitos cidadãos
e não permite a adoção da estratégia de utilizar a Internet como instrumento para
fomentar o desenvolvimento e a integração da sociedade. A implantação de uma rede
de

telecomunicações

de

abrangência

nacional

proporcionara

benefícios

ao

desenvolvimento do Brasil, cujos principais valores agregados serão:



Maior integração dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal
proporcionando agilidade, eficiência e transparência nos processos,
como a troca de informações (cadastros), convênios para repasse de
verbas, etc.



Maior integração e compartilhamento de infraestrutura de rede com os
Governos – Federal, Estadual, Distrital e Municipal;



Maior oferta de serviços de governo eletrônico proporcionando uma
maior interação e atendimento das necessidades do cidadão, como
serviços

relacionados

à

saúde,

educação,

segurança

pública,

previdência, entre outros;


Maior

desenvolvimento

regional

(interiorização)

proporcionando

alternativas de emprego e renda, como a instalação de unidades de
“Call Center” no interior, o desenvolvimento de pequenos prestadores
locais de serviço de internet;


Oferta de uma infraestrutura alternativa de transporte de dados para
governos e iniciativa privada, dotando o país de uma malha de
transporte robusta, interconectando diversas redes e proporcionando,
em casos de falhas, rotas físicas distintas para o transporte dos dados;



Oferta de acessos à Internet, em banda larga, a preços acessíveis às
classes menos favorecidas, apoiados pela implantação da infraestrutura
de Backbone e Backhaul da Rede Nacional de Telecomunicações e
pela parceria com prestadores de serviços de telecomunicações.

Para as finalidades já descritas, uma parte da rede entrou em operação nos estados
que foram sedes durante a Copa das Confederações conforme mostra a figura 24 e
25, sendo que o restante da Rede Nacional de Telecomunicações está em fase de
implantação nos estados que sediarão a Copa do Mundo cujas características incluem
alta escalabilidade, modularidade e capacidade técnica, mediante a instalação e
configuração de equipamentos de altíssima capacidade de tráfego no seu núcleo,
rádios de comunicação de alta capacidade nas infraestruturas de derivação
intermediárias, bem como de equipamentos IP/MPLS para modelar os serviços e para
suportar toda a eletrônica implantada. As infraestruturas de cabos ópticos, que
compõem as redes da ELETROBRAS e da PETROBRAS, instalados em diversas
regiões do país, foram disponibilizadas à Telebrás. Essa diretriz norteou a decisão do
Governo Federal no sentido de instituir o Programa Nacional de Banda Larga, haja
vista que reduzem de forma significativa os custos e os prazos para a sua
implantação.

Figura 24: Diagrama de interligação por rota/trecho que atende todas as Sedes
O projeto da Rede Nacional de Telecomunicações considerou como principais
premissas a confidencialidade de informações estratégicas governamentais, a alta
capacidade de transporte de dados, a flexibilidade e, principalmente, a disponibilidade
da rede, visando suprir as demandas do PNBL. A solução baseada na tecnologia
DWDM foi escolhida por estar alinhada com estas premissas e ser tecnologia atual
para redes de transporte de dados de alta capacidade, pois possibilita a transmissão
de dados da ordem de alta capacidade por segundo em um único par de fibras
ópticas. A flexibilidade e a escalabilidade possibilitam a expansão gradual de sua
capacidade, por meio da adição de novos canais ópticos, atendendo as demandas de
crescimento do tráfego de dados conforme as necessidades. A topologia em anéis,
provendo rotas redundantes e a qualidade dos equipamentos DWDM, destacando-se
seu baixo índice de falhas, possibilitam uma alta disponibilidade para a Rede Nacional
de Telecomunicações.

Figura 25: Equipamentos por rota/trecho que atende todas as Sedes
Os Pontos de Presença (POPs) são considerados pontos de maior relevância. A partir
de um POP é derivado o sinal de rede do Backbone DWDM com taxa de transmissão
necessária para atender ao volume de tráfego demandado pelos municípios da área.
Os municípios são conectados ao POP por enlace rádio, usando rádios ponto-a-ponto
de alta velocidade, ou por enlace óptico em anéis metropolitanos para atendimento à
grandes cidades e capitais. O conjunto formado pelos equipamentos, infraestrutura e
demais sistemas corporativos, que compõem o Backbone, o Backhaul e redes de
acesso, são monitorados por um Sistema de Gerência de Redes que suporta os
CIGR/PNBL no processo de operação da rede.
O Backbone Óptico usa como a base a topologia em anéis e é composto de 3 (três)
anéis DWDM interconectados: Anel Sudeste, Anel Nordeste, Anel Sul e ramificações
denominadas de Rede Norte.
As redes cedidas à Telebrás pelas empresas de geração e transmissão de energia
elétrica (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL, FURNAS) e a PETROBRÁS, foram
feitos acordos e contratos específicos, celebrados pela Telebrás com as entidades
proprietárias. Apesar de ter sido um fator determinante para a implantação do PNBL
com a utilização da infraestrutura de fibra dessas empresas (OPGW - Optical Ground
Wire), não foram divulgados as clausulas e condições desses contratos o que gerou
uma ação penal por parte dos sindicatos das categorias que exigem uma maior
transparência no processo.
Para garantir a infraestrutura de telecomunicações para a oferta de serviços à FIFA e
às suas empresas afiliadas, pelas operadoras de telecomunicações instaladas no
Brasil, é necessária uma solução técnica que garanta o transporte de diversos
serviços desde o Estádio até os seus pontos de interconexão mais próximos. Os
serviços de telecomunicações exigidos pela FIFA e suas empresas afiliadas possuem
diferentes tipos de níveis de qualidade acordados (SLA) como mostrado na figura 26:
GMTR
GMTR
Guaranteed Maximum Time to Restore - GMTR

Bronze

98.36%
CE

12 hr

PE

Silver

99.18 % 6 hr
Diginet etc..

Gold

99.45 % 4 hr

-

Platinum
Customer
Customer
Specific
Specific
Solutions
Solutions

Platinum +

99.73 % 2 hr
Diginet etc..

99.93 % .5 hr

Figura 26: Acordo de nível de serviço com a Fifa
Na região norte do país será utilizado à tecnologia SDH, visto que naquela região o
protocolo SDH é o padrão vigente. Como a Telebrás utiliza IP na sua rede de fibra
óptica, haverá necessidade de equipamento gateway para adaptação das tecnologias
acima mencionadas para aplicabilidade no atendimento ao Plano Nacional de Banda
Larga daquela região. O transporte dos sinais síncronos e assíncronos de forma
agregada terá interface STM-n (n= 1, 4, 16 e 64 - voz tradicional interface E1 síncrona
e voz agregada em interface STM-1 síncrona).
A solução de transporte síncrono é o conjunto de equipamentos e meios físicos de
transmissão que compõem um sistema digital síncrono de transporte de informações.
Este sistema tem o objetivo de fornecer uma infraestrutura básica para as redes de
dados e voz, e atualmente é utilizado por muitas empresas que prestam serviços de
Telecomunicações. A tecnologia comumente adotada é a SDH sendo utilizada para
multiplexação TDM com altas taxas de bits, tendo a fibra óptica como meio físico
preferencial

de

transmissão.

A tecnologia SDH

permite ainda implementar

mecanismos variados de proteção nos equipamentos e na própria rede de
telecomunicações, oferecendo serviços com alta disponibilidade e efetiva segurança
no transporte de informações. Os equipamentos da rede de transporte síncrono serão
conectados em anel como mostrado na figura 27. Em relação à dispersão cromática
(dispersão por modo de polarização e atenuação), para cada tributário STM-n (n = 1,
4, 16 ou 64) considerou-se uma compensação de dispersão acumulada por enlace de
até 40 km.

Figura 27
A implantação de Backhaul, que são redes de transporte de dados que irão interligar
os municípios ao Backbone dentro do PNBL, é uma solução de enlace de rádio digital
ponto a ponto, com capacidade mínima de 320 Mbps, a serem utilizadas na rede
Telebrás. Esta rede foi dividida em grupos (grupo 1, grupo 2 e grupo 3), onde a
Telebrás dispõe de acesso aos seus anéis (Backbone óptico) de transporte do PNBL
(Anel Sudeste, Anel Nordeste, Anel Sul e Anel Norte e ramificações). As ramificações
na região Norte e Centro-Oeste do Brasil está incluído na Rede Norte. Os trajetos são
mostrados na figura 28. A partir do Backbone óptico foram considerados os municípios
cujas sedes situam-se até 50 km e até 100 km dos PoP, como potenciais locais de
atendimento por meio do PNBL.

Figura 28

A partir do Backbone óptico foram considerados os municípios cujas sedes situam-se
até 50 km e até 100 km dos PoP, como potenciais locais de atendimento por meio do
PNBL. Na tabela 1 estão apresentados os quantitativos de PoP, municípios e a
extensão do Backbone óptico instalado.
Áreas

Extensão das Fibras Ópticas
(km)
Compartilhadas
3.872
5.941
2.892
6.364
19.069

2.372
2.240
1.464
1.120
7.196

POPs

Próprias

Anel Sudeste
Anel Nordeste
Anel Sul
Rede Norte
Total

Qtde. Municípios Potenciais
(distância do Backbone)
entre 50 km e
até 50 km
100 km

59
73
32
77
241

472
783
547
224
2.026

517
502
0
0
1.019

Tabela 1: Quantitativo de Anéis, POPs e Municípios
Na composição do Backhaul, os PoP's efetuarão a agregação do tráfego conforme
mostra a figura 29. Nessa topologia, o PoP é o ponto de partida do enlace de rádio
digital na derivação do tráfego, pois será o local onde a infraestrutura do anel óptico
será aberta para a coleta e distribuição de tráfego. Com origem nos PoP's, serão
implementados enlaces de rádio digital full-duplex, com capacidade mínima de 320
Mbps, com destino à sede dos municípios distantes do Backbone óptico. Para essa
contratação, foram consideradas 3 (três) topologias básicas de enlace de rádio digital:




Backbone óptico.
Núcleo principal da
rede Telebrás.




Conexão das sedes de
municípios ao Backbone.
Estudo de aplicação de
novas tecnologias para as
áreas de cobertura em
locais onde a conexão não
for viável.
Figura 29





Conexão da rede de
distribuição ao usuário
final.
A ser realizado através de
provedores de serviço
parceiros.


Rota com um enlace de rádio ponto-a-ponto como mostrado na figura
30:

POP do Backbone

Sede do Município
Figura 30



Rota ponto-a-ponto com repetição como mostrado na figura 31:

Estação Repetidora

POP do Backbone

Recepção
Sede do Município

Figura 31


Rota com radio enlaces ponto-multiponto como mostrado na figura 32:

Sede do Município
Sede do Município

POP
Sede do Município
Sede do Município

Sede do Município

Sede do Município

Figura 32
4.3. A Rede Nacional de Telecomunicações vinculada ao PNBL

Após a Copa do Mundo com a implantação da Rede Nacional de Telecomunicações
nas cidades sedes e a continuidade do escopo do projeto vinculado ao PNBL, haverá
um crescimento da malha fixa no Brasil, a qual é fundamental para modernizar e
ampliar a capacidade da banda larga, uma vez que as conexões de fibra ampliam o
poder de vazão das redes móveis, ao conectar as estações rádio base a uma rede
fixa. A proximidade do mundial de futebol também acelerou a passagem da fibra em
locais onde, apesar de existir procura por banda larga, a infraestrutura era deficiente.
Exemplo são as cidades de Cuiabá e Manaus, que precisavam conectar sua malha a
outros pontos para formar os anéis óticos. Só com uma estrutura em anel é possível
garantir disponibilidade dos serviços de telecomunicações e criar rotas alternativas
caso uma parte da rede falhe.
No cenário mundial a velocidade de banda larga do Brasil caiu pela terceira vez
consecutiva, no ranking de velocidade média de conexões de Internet divulgadas pela
empresa de Internet americana Akamai. Segundo o estudo publicado, os brasileiros
acessaram a Internet com uma velocidade de 2,7 megabits por segundo (Mbps) no 3º
trimestre de 2013. O resultado coloca o país na 84ª posição do ranking, que
considerou 140 países. No 1º trimestre do ano passado, o Brasil estava no 73º lugar.
Com esta velocidade média, o Brasil fica atrás de países como a Turquia (4 Mbps),
Cazaquistão (3,5 Mbps) e Iraque (3,1 Mbps). A posição do Brasil também é pior que a
da maioria dos vizinhos da América do Sul analisados no estudo. O Equador, país
latino-americano com melhor posição no ranking global, registrou velocidade média de
3,6 Mbps no período. O Chile, a Colômbia e a Argentina também têm conexões de
internet mais velozes que o Brasil.
O Brasil ainda está na fase de inclusão digital (dez conexões de banda larga por cada
grupo de cem habitantes), mas com a Rede Nacional de Telecomunicações vinculadas
ao PNBL, o número de conexões tem aumentado. A maioria delas tem velocidade
baixa, o que faz o país cair no ranking global, explica Jonas Silva, diretor de canais e
programas para a América Latina da Akamai. A empresa analisou as conexões de
34,2 milhões de endereços IP únicos usados para acessar a Internet no Brasil no 3º
trimestre de 2013 – 30% a mais que no 1º trimestre do ano passado. Outros países
emergentes também enfrentam fenômeno semelhante, já que o número de conexões
nesses países cresce continuamente, mas a velocidade é, em geral, baixa. No estudo
da Akamai, a China ficou em 75º lugar, com velocidade média de 2,9 Mbps no terceiro
trimestre. A Índia ficou bem atrás do Brasil, no 123º lugar, com conexão de Internet de
apenas 1,1 Mbps. Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a
sua plataforma de entrega de conteúdo, que a empresa afirma representar entre 20%
e 30% do tráfego de Internet global. Para o ranking de 2013, a empresa considerou
140 dos 239 países onde atua. Somente os países que possuem mais de 25 mil
endereços de IP únicos acessando a Internet por meio da plataforma da Akamai são
considerados pelo estudo. A figura 33 mostra este ranking.
De acordo com o estudo da Akamai, apenas 20% das conexões de Internet no Brasil
possuem velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps. Quando se trata das conexões mais
rápidas, com velocidade acima de 10 Mbps, a fatia é ainda menor: apenas 0,9% da
amostra considerada pela empresa. Os outros 79% da amostra são formados por
conexões de baixa velocidade, abaixo de 4 Mbps. O número de conexões de Internet
mais velozes tem aumentado rapidamente no país, o que pode contribuir para
melhorar a posição do Brasil nos próximos anos. Segundo a Akamai, a quantidade de
conexões de Internet acima de 10 Mbps cresceu 61% e as conexões com velocidade
entre 4 Mbps e 10 Mbps aumentaram 65%, no período de um ano. As operadoras
querem que os usuários contratem conexões mais rápidas para que elas possam
oferecer outros serviços, como pacotes de TV pela Internet. “Os preços estão caindo e
a tendência é que, no futuro, mais pessoas utilizem conexões de Internet mais
rápidas”, diz Silva, da Akamai. O Brasil vai parar de cair no ranking em algum
momento no futuro conforme o PNBL é implantado.
O segmento de televisão também vai herdar importante legado do mundial. De acordo
com a Telebrás, para cumprir as exigências da FIFA, o Brasil instalou tecnologia que
permite a produção e edição remota de imagens geradas em eventos ao vivo. Nesse
modelo, os ganhos são enormes. Atualmente, as emissoras de televisão precisam
deslocar para os estádios uma unidade móvel com equipamentos e profissionais que
fazem a edição e transmissão das imagens. É o que acontece, por exemplo, na
cobertura do Campeonato Brasileiro. Essa necessidade limita a quantidade de eventos
cobertos por empresa. Durante a Copa do Mundo, as imagens serão geradas de forma
descentralizada, em cada estádio, mas editadas em um só local. Serão enviadas
imediatamente para o IBC, no Rio de Janeiro, onde estará localizada a emissora fonte
da FIFA, que redistribuirá para as demais emissoras. Tudo trafegará pela rede de
fibras, com velocidade e capacidade de transmissão muito superior à infraestrutura de
satélite. Com isso será possível gerar de cada central, as imagens em alta definição
de todos os jogos. Após a Copa, a tecnologia ficará disponível para a cobertura de
qualquer evento realizado nos estádios. O mais importante em termos de legado será
o entorno das sedes, que possibilitara disponibilizar pontos de acesso livre para a
Internet nos locais de concentração que ficarão disponíveis a comunidade local após a
Copa do Mundo.

Figura 33
Durante o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo o secretário-executivo do
Ministério das Comunicações, Genildo Lins declarou sobre o legado em infraestrutura
de telecomunicações que ficará para o Brasil após a Copa do Mundo, durante a
apresentação dos preparativos em tecnologia da informação para o Mundial à
imprensa nacional e internacional. “Nós calculávamos que para distribuir toda essa
rede de fibras pelo Brasil demoraria de cinco a dez anos, mas nós demoramos três. A
Copa permitiu adiantarmos isso”. O secretário-executivo citou exemplos específicos de
benefícios que serão consequência dos investimentos, o que inclui todas as regiões do
Brasil e não apenas os estados e cidades que vão receber jogos do Mundial. “No
Amapá, até hoje a Internet é provida pela Guiana Francesa. Em Roraima, pela
Venezuela. São estados em que a estrutura de banda larga brasileira não chega, mas
ela vai chegar ainda este ano. A Telebrás chegará aonde as empresa privadas que
prestam serviços de telecomunicações não têm interesse em chegar”. Segundo
informações do Ministério das Comunicações, a rede nacional da Telebrás está mais
de 70% concluída e chegará a 3.570 municípios até o fim de 2014. São 16 mil
quilômetros de cabos e um investimento de R$ 116 milhões até 2014.
A retorica do secretario na teoria parece bastante promissora, mas infelizmente não
existe divulgação com os laudos técnicos dos projetos já concluídos ou em instalação
dentro do plano de implantação da Rede Nacional de Telecomunicações vinculado ao
PNBL, bem como os dados de aceitação da rede que deveriam ser publicados pelo
Ministério das Telecomunicações, Telebrás ou Anatel, reforçando a transparência para
que o legado não seja apenas uma utopia.

5.0. A Rede Nacional de Telecomunicações no Paraná
No Paraná a Telebrás fechou acordo com a Eletrosul, subsidiária da Eletrobrás para
implantar a rede de fibra ótica dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no
Sul do País. A parceria de cooperação técnica é para o uso recíproco de serviços e a
correspondente integração de infraestruturas de telecomunicações naquela região. O
anel Sul sairá de Campinas em São Paulo, e irá até Gravataí no Rio Grande do Sul,
passando pelo interior do Paraná, Santa Catarina e voltará pelo litoral, passando por
Florianópolis e Curitiba, até fechar com o ponto de partida, no interior paulista. Na
concepção esse anel abrangerá cerca de 400 municípios no Sul do Brasil. O
Backbone principal do Sul usará a estrutura da Eletrosul e Petrobras, as linhas da
Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE) e a Sulgás
(Companhia de Gás do Rio Grande do Sul) complementarão o atendimento.
Nesse cenário onde a inclusão digital é o principal objetivo, o Ministério das
Comunicações deveria ter feito uma parceria com a Companhia de Energia Elétrica do
Paraná (COPEL), a qual possui muito mais capilaridade em termos de rede fibra óptica
do que a Eletrosul (figura 34), e que dentro do projeto de atingir o maior número de
municípios possíveis a partir do Backbone num raio de 50 Km, teríamos mais famílias
carentes com acesso ao PNBL dentro desse contexto.
O sistema de rede de fibra óptica (DWDM) implantado pela Eletrosul tem alta
capacidade, com dois canais que somam 80 Gbps a serem utilizados pela Telebrás,
em um sistema que sai de Araraquara (SP) e passa pelo Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul e já está em curso uma ampliação da capacidade de telecomunicações
da rede para 400 Gbps. A Eletrosul ainda disponibilizou à Telebrás um par de fibras
ópticas apagadas, de Gravataí (RS) a Curitiba (PR), que atenderá o litoral dos três
estados.

Figura 34: Rede de Energia Elétrica da Eletrosul no Paraná
A Telebrás iniciou as obras civis no segundo semestre de 2013 nas subestações de
Curitiba, Joinville, Blumenau e Itajaí, necessárias para a instalação dos equipamentos
eletrônicos. A expectativa é de que a rota litorânea do PNBL esteja em operação até o
final de 2013. Nessa operação conjunta, o uso das fibras que fazem parte dos cabos
OPGW – ou para-raios, aqueles mais altos nas torres de transmissão de energia –
continuará com finalidades separadas. Assim, o mesmo par de fibras que era
partilhado para a banda larga será usado para tal, sendo o restante para os fins da
própria Eletrosul – e para acordos de aluguel já existentes com teles privadas. A
gestão será compartilhada. “O que pagávamos de aluguel” vai virar investimentos. “E
na medida em que temos uma integração operacional, significa redução de custo, e
toda essa redução também será revertida em investimento na região”, disse Caio
Bonilha presidente da Telebrás. Também conjuntamente serão feitos investimentos na
rede para ampliação de Backhaul.
Houve atraso na entrega dos estádios que não participaram da Copa das
Confederações, sendo que Curitiba tem a situação mais critica pela possibilidade de
ser excluída como cidade sede e sem previsão de cronograma para o termino das
instalações de infraestrutura de telecomunicações para a realização dos testes pela
empresa contratada pela FIFA entorno do estádio.
Somente no dia 31/01/2014 a Prefeitura de Curitiba publicou o edital de licitação para
a estrutura de transmissão dos jogos para a Copa do Mundo no estádio Joaquim
Américo, sendo que as propostas das empresas interessadas em construir a ponte de
cabos serão recebidas até o dia 17/02/2014, em total desconformidade com o que foi
planejado na planilha de responsabilidades do Ministério das Comunicações, cujo
prazo final seria Dez/2013.
Todos os equipamentos utilizados para transmitir os jogos ficarão instalados em um
terreno de 4.971,10 metros quadrados, na Rua Madre Maria dos Anjos. O espaço,
conhecido pelos profissionais de imprensa como Broadcast Compound, fica a uma
distância de 180 metros da entrada do estádio.
A ponte de cabos é uma estrutura metálica com mais de cinco metros de altura que
ligará o Broadcast Compound à Arena da Baixada. “As imagens que são captadas no
estádio chegam ao Broadcast Compound pelos cabos. De lá, esse material é tratado e
enviado por satélite ao International Broadcast Center (IBC), no Rio de Janeiro”,
explica Susana Lins Costa, engenheira do Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba (IPPUC) e representante da Secretaria Municipal da Copa. O valor
máximo da ponte será de R$ 1.530.310,00 e a obra deve ficar pronta em 45 dias,
depois de finalizada a licitação.
Os trabalhos no Broadcast Compound ficarão sob a responsabilidade da Host
Broadcast Services (HBS), a empresa contratada pela FIFA para captar e transmitir as
imagens dos jogos para as emissoras de TV de todo o mundo. Cerca de 100
profissionais da HBS devem trabalhar no Broadcast Compound de Curitiba.
As informações veiculadas pela mídia sobre o projeto de interligação da sede de
Curitiba a Rede Nacional de Telecomunicações, tem no escopo do projeto a utilização
da rede de fibra óptica da Eletrosul que foi atualizada para se adequar aos padrões de
transmissão exigidos pela Fifa, sendo que o Backbone ficaria localizado nas
instalações da subestação de energia elétrica existente em Curitiba. A Telebrás não
divulgou o cronograma de instalação e a atual situação do projeto, os quais dentro das
diretrizes de transparência delineados pelo Governo Federal ajudariam a mostrar
resultados com base em vários cenários de risco, que podem assegurar que decisões
ótimas foram ou serão tomadas perante a opinião publica.

6.0. Os Provedores de Internet Inseridos na Rede Nacional de
Telecomunicações

Pesquisa realizada com cerca de 1000 provedores de internet de pequeno e médio
porte no país revela que há um temor - por falta de conhecimento do plano oficial do
Programa Nacional de Banda Larga - com o modelo de atuação no mercado da
Telebrás. A maior parte deles aposta na estatal para ampliar o acesso ao Backbone
óptico, mas receia que a empresa possa vir a ser concorrente na oferta ao consumidor
final. Apesar do clima de indefinição, os ISPs sustentam suas apostas no mercado de
Internet. Tanto que, em 2011, 64,9% dos provedores dizem que vão investir para
aumentar os clientes na faixa de 5,8GHz, não licenciada pela Anatel. O levantamento,
realizado pela WDC Networks, fornecedora de equipamentos de rádio para os
provedores Internet de pequeno e médio porte, apura ainda um fato significativo: nas
cidades mais distantes, e não servidas pela rede das concessionárias, os provedores
estão se unindo em cooperativas e associações para construírem redes via rádio.
Tanto que 43,3% dos ISPs informaram que estão indo buscar conexão de Internet nos
POPs (ponto de presença) por meio de rádios licenciados. Outros 35,1% têm planos
de se conectarem aos PTTs (pontos de troca de tráfego) para montarem redes
próprias. "Há um Backbone paralelo sendo construído no país e em cidades onde não
havia a oferta de Internet. Com a ampliação dos POPs por parte das concessionárias nas cidades de maior porte - os provedores de Internet de cidades menores passaram
a ter maior opção. Nunca se vendeu tanto rádio em 2,4GHz e 5,8GHz como em 2010.
E esse ritmo está sendo mantido este ano", destaca Vanderlei Rigatieri, diretor da
WDC Networks.
A importância desse movimento é que no estudo, apenas 22% atuam em mais de 10
cidades. A maior parte, 38,3% tem presença entre duas e cinco cidades. Para
Rigatieri, a pesquisa foi importante para sinalizar o momento atual dos ISPs. Há falta
de conhecimento da parte deles do efeito concreto do PNBL e o uso efetivo da
Telebrás. "O governo já falou tanto do PNBL que os provedores, especialmente os do
interior do país, se ressentem agora de transparência e de dados concretos. A
Telebrás vai oferecer acesso ao consumidor final? Essa pergunta preocupa porque
90% dos entrevistados têm o cliente residencial como base da sua carteira",
acrescenta Rigatieri. Nessa parte ligada à Telebrás, o levantamento apura que 40,3%
têm medo que a estatal cause algum efeito negativo nos seus negócios. Já 20,1%
afirmam que a Telebrás não terá qualquer impacto no seu negócio. Outros 6,7% são
mais radicais e garantem que serão bastante prejudicados. Apenas 5,2% garantem
que serão bastante beneficiados. Para o executivo, há uma grande expectativa por
parte dos ISPs que a presença da Telebrás amplie a oferta de conexão nos POPs com
preços mais competitivos. Mas o estudo também comprova: os provedores não estão
à espera do governo. "Eles se uniram em regiões menos favorecidas e estão
comprando um link, dividindo a infraestrutura e usando rádios para levar o acesso à
internet. Não digo que a oferta seja de banda larga - a velocidade pode ficar entre 600
Kbps e 700 Kbps - mas para essas cidades, com pouca oferta de Telecom, é muito
mais do que o esperado. Até porque a grande busca é pelos sites como Orkut, MSN e,
agora o Facebook", observa Rigatieri. E se não esperam pelo governo, menos ainda
pela Anatel. Sem previsão para usar a faixa de 3,5GHz, os provedores sustentam sua
aposta na faixa de 2,4GHz (Wi-Fi) e na 5,8GHz - ambas não licenciadas pelo órgão
regulador. "O mundo real não espera o da legislação. O Brasil aposta muito pouco no
Wi-Fi porque as concessionárias não querem. O Wi-Fi agora, na versão 802.11 é
absolutamente confiável e oferece ultravelocidade (300Mbits)", completa o diretor da
WDC Networks.
A demanda nacional por serviços da Telebrás é mostrada na figura 35.

Figura 35
No inicio de 2014 o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e
Telecomunicações (ABRINT) assinou um termo de compromisso com a Telebrás e o
Ministério das Comunicações que prevê a adesão dos provedores regionais ao PNBL.
O

texto

do

acordo

prevê

que

"a

empresa

Prestadora

de

Serviços

de

Telecomunicações deverá fornecer um produto popular para acesso a internet aos
seus assinantes a velocidade nominal de 1 Mbs, pelo preço máximo de R$ 35,00
mensais".
O presidente da ABRINT declarou que os valores dos links para acesso à Internet
oferecido aos provedores pelas concessionárias são variáveis e, dependendo da
região, tem preços abusivos. "O grande problema do nosso modelo é que as
concessionárias, que compraram concessões de telefonia fixa mudaram seu foco e
tornaram-se ao mesmo tempo fornecedoras de insumos aos provedores e suas
principais concorrentes, já que atuam no mercado final". Ele observa que a Telebrás,
por sua vez, além de praticar valores mais justos, próximos a R$ 100,00 por megabit
contratado, tem o compromisso de não atuar no varejo. "Eles usarão a capilaridade
dos provedores regionais para fomentar o PNBL".
O Ministério das Comunicações deveria regulamentar todo esse processo entre as
Concessionarias e os ISPs em cada região, para que tenhamos transparência no que
foi promulgado dentro do PNBL, evitando concorrência desleal que não se enquadre
no que foi determinado por lei, e que atenda a área de cobertura com qualidade de
serviço. Isso só será possível com uma fiscalização através da Anatel para a
verificação se os equipamentos e as frequências que estão sendo utilizadas pelos
ISPs são homologados pela agencia reguladora, evitando uma poluição no espectro
de frequência e garantindo que a velocidade da banda contratada corresponde ao que
deve ser entregue ao usuário final.

7.0. O Programa das Cidades Digitais no Paraná Inserido na Rede Nacional de
Telecomunicações

Como um legado para o PNBL a Rede Nacional de Telecomunicações pode fomentar
uma aceleração no programa do governo federal que dá a infraestrutura de fibra óptica
para conectar órgãos públicos municipais e oferecer pontos de internet gratuita. Do
total, nove cidades são paranaenses, que agora se somam aos oito municípios do
estado selecionados no projeto-piloto do programa. A nova etapa das Cidades Digitais
inclui municípios com até 50 mil habitantes e vai contar com um investimento de
R$ 201 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ibaiti, Imbituva,
Jacarezinho, Jaguariaíva, Pinhão, Piraí do Sul, Reserva, Santo Antônio da Platina e
São Mateus do Sul foram às escolhidas no Paraná. Oito cidades paranaenses foram
selecionadas ainda na primeira fase do programa Cidades Digitais, em 2012. Além de
Toledo, no Oeste do estado, foram contemplados os municípios de Assis
Chateaubriand, Bandeirantes, Ibiporã, Palmas, Quatro Barras, Santa Cecília do Pavão
e São Miguel do Iguaçu. Nesta segunda etapa, puderam se inscrever cidades de até
50 mil habitantes, distantes até 50 km do Backbone (rede principal) da Telebrás ou
que tivessem compromisso firmado com operadoras privadas para a conexão à
Internet. A rede das Cidades Digitais é composta por um anel de fibra óptica que
interliga os órgãos públicos locais. O modelo proposto pelo Ministério das
Comunicações para o programa é conectar órgãos públicos; implantar aplicativos de
gestão; capacitar servidores públicos no uso específico dos softwares e nas TICs; dar
acesso à população aos serviços de governo eletrônico; e ofertar pontos de acesso à
Internet em espaços públicos. A cidade de Toledo, no Oeste do estado, foi uma das 80
selecionadas em todo o país para a primeira fase do programa. Robson Vozniak,
diretor do departamento de informática da prefeitura da cidade, conta que o projeto
local está em fase de implantação, mas que já há mudanças significativas na
infraestrutura. “Tínhamos uma linha de 10 MB e agora vamos ter uma de 100 MB, o
que significa mais velocidade no setor público. Além disso, vamos distribuir o sinal em
parques e praças da cidade. O anel de conexão deve estar completo até março”,
avalia José Marinho, diretor da Rede Cidades Digital, e lembra que além das cidades
contempladas pelo programa, pelo menos outros 60 municípios do estado se
encaixam no conceito de cidade digital. “Essas cidades podem não ter a envergadura
das contempladas, mas mostram indicativos de que estão preocupadas com a
inclusão digital, seja com recurso próprio ou com leis municipais. Informatizar serviços
públicos ajuda a dar um salto de qualidade na máquina administrativa”.

8.0. Ampliação da Cobertura da Rede Nacional de Telecomunicações Utilizando
Satélite

Para melhorar a estrutura de acesso ao PNBL nas regiões onde o sistema de fibra
óptica não for viável, a Telebrás vai estimular a indústria nacional de equipamentos
para satélites, e elaborou um modelo de negócio para comercializar a capacidade do
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) que seja capaz de dar
volume a esses equipamentos. Em vez de a Telebrás entregar o link de satélite para o
provedor, que depois distribuiria o sinal por rede própria para os seus clientes finais, o
modelo será diferente. O cliente final do provedor é que receberá as antenas VSATs,
mas o provedor terá plena capacidade para gerenciar a banda que ele tenha
contratado da Telebrás.
"O sistema de gerência que a gente está desenvolvendo para o satélite permite que
seja criada uma operação virtual. Ou seja, em vez de levar um link para o provedor e
ele distribuir como ele faz hoje, ele pode atender direto os usuários dele com as
VSATs. E aquela banda que ele necessita, ele gerencia. O sistema de gerência
permite esse seccionamento", explica o gerente do projeto de Satélite da Telebrás,
Sebastião do Nascimento Neto. Segundo ele, o objetivo é que os equipamentos
tenham uma escala tal que despertem o interesse da indústria nacional em
desenvolvê-los. Além disso, a Telebrás já deu entrada do projeto no Regime Especial
de Tributação da Banda Larga (REPNBL) para que os gateways e terminais sejam
adquiridos com isenção de impostos. O SGDC terá um total de cinco gateways nas
cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Campo Grande, Florianópolis e Salvador. Os
gateways são equipamentos que estão conectados ao Backbone da Telebrás e
recebem o sinal do satélite. "Cinco gateways é um número otimizado. Tivemos
também propostas de sete a nove gateways", afirma o executivo. Sebastião Neto
acaba de voltar da reunião de kick off do projeto com a Alenia Space na França.
Segundo ele, como não há muitos satélites operando em banda Ka no mundo, e
portanto poucos projetos como referência, o desenvolvimento é sempre mais
trabalhoso. A figura 36 mostra um esboço do projeto.
Além disso, desde a criação das especificações até o momento já se passaram quatro
anos, período em que a demanda estimada pela Telebrás mudou. Por isso, o trabalho
inicial será acertar junto com o fabricante um "remanejamento de massa" para
adequar a cobertura à demanda atual. "A gente está trabalhando nessa otimização.
Esse é um processo que deve demorar uns oito meses até que a fabricação dos
elementos que dependem dessa definição seja concluída. Isso não quer dizer que o
satélite está parado", explica Sebastião Neto. O satélite terá cobertura sobre o Brasil
inteiro, sendo que a capacidade de cada spot beam depende da demanda esperada
para aquela região. Também será coberto todo o mar territorial brasileiro e o Pré-Sal.
Apesar de o momento atual ser de ajustes em relação à especificação, a expectativa
do executivo é que se os trabalhos se mantiverem nesse ritmo o satélite pode ser
entregue com um ou dois meses de antecedência, em relação aos 30 meses
previstos.
O Ministério das Telecomunicações através da Telebrás deveria fazer convênios com
as operadoras de telefonia celular para o PNBL, sendo que algumas fizeram contratos
apenas para a utilização da Rede Nacional de Telecomunicações para servir como

Figura 36
Backhaul e disponibilizar seu sinal em Estações de Radio Base nos locais de difícil
acesso. Acordos com contratos de parceria possibilitariam termos a banda larga móvel
inseridas no PNBL, nos mesmos termos de compromisso assumidos pelas
concessionárias de telefonia fixa para oferecer banda larga à velocidade de 1 Mbps a
R$ 35,00 em todos os municípios do País até o fim de 2014 (Programa Banda Larga
Popular).
Como é de conhecimento o custo de transmissão por satélite é o mais caro e uma
parceria publica-privada viabilizaria um acordo. Estes acordos possibilitariam aumentar
o numero de municípios com acesso a banda larga, diminuindo os prazos para
disponibilizar esse sinal nos municípios que são viáveis do ponto de vista técnico, já
que o projeto de implantação por satélite será de longo prazo.
9.0 Conclusão
O efeito da mudança de uma infraestrutura bem planejada para dar suporte a um
megaevento como a Copa do Mundo no Brasil tem longa duração e implicações
econômicas, demográficas e sociais para todas as regiões. Como o governo nacional,
regional ou municipal projeta esse legado de infraestrutura de apoio possibilitando
criar um cenário, com efeito, cascata sobre o desenvolvimento de uma região para as
próximas décadas é um risco econômico que deve ser mitigado, porque a
infraestrutura é à base da prosperidade e da resiliência de uma região.
A governança e o planejamento - monitoramento, controle e transparência - sempre
representou um desafio para um país com pouca tradição de expor os gastos públicos
e responsabilidades relacionadas. O momento é oportuno para se criar um legado
institucional que possibilite uma mudança na credibilidade perante a comunidade
nacional e internacional, criando evidencias que somos um país trilhando o caminho
do desenvolvimento. Infelizmente no ano da Copa do Mundo o Brasil ainda não
conseguiu atingir esse patamar, apesar dos vários portais (federal, estadual e
municipal) virtuais terem sido criados com o principal objetivo de total transparência no
desenvolvimento dos projetos, mas que se tornaram uma vitrine de um merchandiser
onde o produto principal que seria a gestão na sua plenitude não é exposto.
Como a inclusão digital é o maior legado na área de Telecomunicações devido à
construção da Rede Nacional de Telecomunicações para a Copa do Mundo, que ela
seja a metamorfose para sedimentar o gerenciamento de reputação – transparência e
sustentabilidade - nos próximos cinco anos, e possa alavancar a difusão do
conhecimento para as comunidades carentes em todas as regiões do Brasil,
desobstruindo o alcance limitado que possibilite alcançar uma herança social que se
traduza numa melhora da auto-estima, e um ganho na educação e formação dessas
comunidades e economias locais.

Bibliografia:
[1] B. Baldrati, “4G voa na rua, mas sofre em casa”, Gazeta do Povo no caderno de
economia, disponível: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?
id=1367345&tit=4G-voa-na-rua-mas-sofre-em-casa, abr/2013.
[2] V. Karasinsky, “Testamos a rede 4G Claro em Curitiba”, Tecmumdo, disponível:
http://www.tecmundo.com.br/4g/40574-testamos-a-rede-4g-da-claro-em-curitiba.htm,
Jun/2013.
[3] Redação, “Falta de harmonização de espectro coloca 4G risco”, Internet Movel 3G
4G UOL, disponível: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
infoid=28765&sid=17#.UmHryvmkolQ, dez/2011.
[4] Redação, “4G: Frequência e licitações, Teleco na seção 4G, disponível:
http://www.teleco.com.br/4g_freq.asp, fev/2013
[5] Redação, “Anatel: teles podem usar a faixa de 1,8 GHz para LTE” Tele.sintese no
caderno Plantão do Noticias, disponível: http://www.telesintese.com.br/index.php/
plantao/45-telesintese-analise/telesintese-analise/22737-anatel-teles-podem-usarfaixa-de-1-8-ghz-para-lte, abr/2013.
[6] “4G”, Wikipédia no Portal: Tecnologia de Informação, disponível: http://pt.wikipedia.
org /wiki/4G, out/2013.
[7] Redação, “LTE Quick Guide”, Tutorialspoint, disponível: http://www.tutorialspoint.
com/lte/lte_quick_guide.htm, 2013.
[8] ITU, “Analysis of ITU Spectrum Recommendations in the Latin America Region –
4G Americas”, Relatório, Ago/2013.
[9] Delloite, “Observatorio Movel Brasil 2012”, Estudo baseado em uma pesquisa
conjunta entre a GSMA, a Deloitte e a Wireless Intelligence, fev/2013
[10] Huawei, “Whitepaper Spectrum”, Estudo da necessidade de espectro na telefonia
móvel, fev 2013
[11] Report ITU-R M.2078(2006), “Estimated spectrum bandwidth requirements for the
future development of IMT-2000 and IMT-Advanced”.
[12]

Recommendation

implementation

of

ITU-R
the

M.1036-4(03.12),

terrestrial

“Frequency

component

of

arrangements

International

for

Mobile

Telecommunications (IMT) in the bands identified for IMT in the Radio Regulations
(RR)”.
[13] Report ITU-R M.2078(2006), “Estimated spectrum bandwidth requirements for the
future development of IMT-2000 and IMT-Advanced”.
[14] Report ITU-R M.2024(2000), “Summary of spectrum usage survey results”
[15] Telebrás, “Transparência Pública-PE_052-2012”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, out/2012.
[16] Telebrás, “Transparência Pública-PE-03-2013”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, jan/2013.
[17] Telebrás, “Transparência Pública-PE10-2013”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, jan/2013.
[18] Telebrás, “Transparência Pública-PE12-2013”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, fev/2013.
[19] Telebrás, “Transparência Pública- PE18-2013”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, fev2013.
[20] Telebrás, “Transparência Pública- PE19-2013”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, mar/2013.
[21] Telebrás, “Transparência Pública- PE-044-2012”, pagina de licitações, disponível:
http://www.telebras.com.br/licitacoes, mar/2013.
[22] Redação, “PNBL: Telebrás e Eletrosul farão gestão de fibras ópticas”,
Convergência Digital, disponível: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe
/sys/start.htm?infoid=25969&sid=14
[23] Redação, “Infraestrutura de telecomunicações foi acelerada por causa da Copa,
diz secretário-executivo do MiniCom”, Portal da Copa, disponível:
http://www.copa2014.gov.br/
[24] Redação, “Infraestrutura de telecomunicações foi acelerada por causa da Copa,
diz secretário-executivo do MiniCom”, Portal da Copa, disponível:
http://www.copa2014.gov.br/
[25] Redação, “Telebras fecha acordo com Eletrosul para PNBL”, ComputerWorld,
disponível: http://computerworld.com.br/
[26] Redação, “Eletrosul conclui rede para que PNBL possa chegar ao Sul do país”,
Reuters, disponível: [24] Redação, “Eletrosul conclui rede para que PNBL possa
chegar ao Sul do país”, Reuters, disponível: http://br.reuters.com/
[27] Redação, “Cidades Digitais”, Fórum de Transparência, Participação e Controle
Social disponível: http://www.consocial.com.br/
cidadesDigitais.asp
[28] Redação, “Cidades Digitais chega a mais nove municípios do PR”, Gazeta do
Povo, disponível: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?
id=1416895&tit=Cidades-Digitais-chega-a-mais-nove-municipios-do-PR
[29] Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, “Relatório Final
da Subcomissão Especial destinada a acompanhar as ações do Programa Nacional de
Banda Larga”, Relatório, Dez/2013.
[30] Ernst&Young Terco, “Social and Economic Impacts of the 2014 World Cup”,
Relatório, Dez/2011.
[31] Telebrás, “Programa Nacional de Banda Larga 36 Meses Depois”, Relatório,
Ago/2013.
[32] M. V. Cardoso; F.A.Fleury, “O Legado da Copa e seu Impacto no Futuro da
Cidade de São Paulo”, Paper, Jun/2013.
[33] Anatel, “Relatório Analítico Ouvidoria da Anatel”, Relatório, Dez/2013.
[34] Deloitte, “A lasting legacy how major sporting events can drive positive change for
host communities and economies”, Relatório, Fev/2010.
[35] P.R.R. Soares,“ Megaeventos esportivos e o urbano: a copa do mundo de 2014 e
seus impactos nas cidades brasileiras”, Paper, Set/2013.
[34] PwC, “Mega-event infrastructure opportunities”, Relatório, Abr/2011.
[35] J.P. Campos, Visiona “O Programa SGDC e seu Legado”, Paper, Set/2013.

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Legado em Telecomunicações da Copa 2014

  • 1. Copa do Mundo FIFA 2014 Relatório Técnico-Científico O Legado em Telecomunicações Jan/2014 – Curitiba Eng. Paulo Silveira
  • 2. 1.0 Introdução Legado pode significar coisas diferentes para diferentes partes interessadas, e as maneiras pelas quais os vários significados de legado podem ser interpretados às vezes podem ser confusas, e muitas vezes difíceis de quantificar. Em termos gerais, para a Copa do Mundo, o planejamento do legado significa a criação de estruturas, ações e processos que, após os jogos, deve ser de longa duração e de benefício permanente para as cidades sede e direta ou indiretamente a todas as regiões do Brasil. Os benefícios para a sociedade são difíceis, mas um importante componente para medir em qualquer investimento que alega ter um valor de legado para além do seu retorno puramente econômico. Esta é uma área onde valorações subjetivas e reivindicações mal fundamentadas são encontradas com mais frequência do que as estimativas robustas do valor que suscitarão do público e dos turistas estrangeiros. Parte do dilema neste tipo de medição é o papel da retrospectiva: o impacto dos jogos não é claramente conhecido até depois que eles estejam concluídos. Há também muitas diferenças entre as cidades sede que só é possível fazer comparações diretas com uma rica quantidade de informações para cada situação da cidade. O legado pode assumir duas formas principais:  Tangível: por exemplo, instalações desportivas, infraestrutura, regeneração urbana e econômica, o emprego, a promoção da sustentabilidade, ambientes sem barreiras, e turismo cultural;  Intangível: por exemplo, a prática de esportes, inclusão, habilidades, experiência, compreensão internacional, o espírito de comunidade, amizade, a promoção local, o voluntariado, e memórias. O risco de opção da ineficiência econômica do Brasil para sediar a Copa do Mundo representa uma decisão de incorrer em investimentos significativos, fazendo uso de recursos públicos e privados que poderiam ser alocados para outros fins - escolas, hospitais, distribuição de renda, a liquidação da dívida interna, etc. Esta troca carrega um custo subjacente, ou seja, o custo de oportunidade. Estudos internacionais indicam que o custo de oportunidade implícito em sediar um evento emblemático pode ser significativo. Na verdade, uma vez que os impactos do evento por si próprios são temporários, o retorno sobre o investimento depende fundamentalmente de quanto o país anfitrião capitaliza em legados do evento. A questão de retorno é ainda mais ampliada pelo fato de que, muitas vezes, uma grande parte dos investimentos públicos em questão é financiada através da expansão da dívida pública, que incorpora os seus próprios custos e efeitos macroeconômicos adversos. Para o Brasil obter o maior retorno social sobre os investimentos e ações da Copa do Mundo, devem ser
  • 3. realizadas de forma eficiente, ou seja, com o menor custo possível (em termos de recursos e de tempo) para obter os resultados desejados. Em termos concretos, isto significa que as obras e ações dentro dos orçamentos e prazos estritamente necessários para assegurar o desempenho de resultados de qualidade. 1.1 Sistemas de Telecomunicações para a COPA 2014 em Curitiba O Governo Brasileiro assumiu diversas responsabilidades com a FIFA para execução de serviços na área de telecomunicações para realização da COPA 2014. As especificações técnicas e ações definidas na Matriz de Responsabilidades especificadas pelo Governo Brasileiro são apresentadas a seguir. 1.2 Especificações técnicas exigidas pela FIFA A disponibilidade de infraestrutura de telecomunicações para o evento foi a Garantia 11 prestada à FIFA. Esta garantia foi suportada pelo Ministério de Comunicações, são assegurados:  Disponibilidade (sem custo específico à FIFA ou aos usuários) de uma infraestrutura de telecomunicações, inclusive, mas não limitado a, todas as redes necessárias, todo o hardware de rede associado (inclusive equipamentos terminais), todos os codecs necessários e todos os componentes passivos e ativos; que emitirão todas as formas de telecomunicação, inclusive telefones internacionais e nacionais com o “seu fio”, comunicações de dados, áudio e vídeo para as competições e eventos auxiliares. A garantia oferecida ainda indica que a infraestrutura de telecomunicações estará conforme os mais altos padrões e requisitos internacionais e com os requisitos específicos que a FIFA poderá garantir. Também foram garantidos circuitos de alta velocidade entre cada um dos estádios, centros de transmissão internacional (IBC, International Broadcasting Center) e portais internacionais a taxas de transmissão adequadas. As conexões internacionais de áudio e vídeo devem oferecer conexões redundantes (backup) entre o IBC as redes de transmissão internacionais, incluindo as conexões satelitais e de ligação entre o IBC e estações terrestres fixas. Foi garantida a instalação de infraestrutura de telecomunicações à sede dos árbitros, aos hotéis de hospedagem da FIFA, às delegações, ao IBC e ao IMC (International Media Center), bem como uma largura de banda suficiente para tais usuários.
  • 4. A garantia é finalizada afirmada que a infraestrutura estará disponível antes das competições e eventos auxiliares. 1.3 Evolução das ações da Matriz de Responsabilidades O governo brasileiro estruturou ações do estado distribuindo responsabilidades entre os diversos envolvidos em uma Matriz de Responsabilidades. A Resolução GECOPA No 08, de 17 de abril de 2012, autoriza a revisão da Matriz de Responsabilidades, com a inclusão de anexo referente às atividades de Telecomunicações e discrimina as ações do Orçamento Geral da União vinculadas a essas atividades. Finalmente, a Resolução GEOCOPA No 24, publicada no Diário Oficial da União em 12 de junho de 2013, autoriza a revisão da Matriz de Responsabilidades, com a alteração do anexo referente às atividades de Telecomunicações e discrimina as ações do Orçamento Geral da União vinculadas a essas atividades. A versão atual da matriz de responsabilidades é apresentada na Tabela 1. TABELA 1. Matriz de responsabilidades para área de Telecomunicações. Fonte: Resolução GEOCOPA N⁰ 24 Desta forma, foram especificadas ações, orçamento (com origem do recurso) e responsabilidades de execução para 6 ações na área. As ações de fiscalização, monitoração de equipamentos e uso de radiofrequência, segurança e infraestrutura foram atribuídas à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A empresa Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás) recebeu a responsabilidade de implantar
  • 5. a infraestrutura necessária para rede de fibra óptica metropolitana, links satelitais para estruturas chave da Copa e ligação via rádio nos campos base das diversas equipes participando da competição, com prazo de execução em dezembro de 2013. A Anatel, respondendo a ação TLC-E.01/01 especificou 4 subprojetos prioritários: (1) Uso temporário do espectro, para atender a demanda de solicitações de uso temporário do espectro, comuns em grandes eventos internacionais, que implicará na aquisição de sistema de apoio para o gerenciamento do espectro, de forma a garantir o sucesso das transmissões de som e imagem dos jogos esportivos; (2) Fiscalização e monitoração do espectro, para planejar, gerenciar e coordenar os recursos de espectro, para garantir que os diversos segmentos atuarão no evento em conformidade com a regulamentação brasileira, além de viabilizar ações coordenadas de fiscalização para imprimir maior eficiência na localização e neutralização de fontes interferentes; (3) Acesso a banda larga e mobilidade, para possibilitar solução rápida e precisa de problemas ocorridos durante os eventos internacionais, com a possibilidade de acesso, em tempo real, às transformações e dados constantes das bases de dados da Anatel; possibilitar mobilidade das equipes de fiscalização para solucionar problemas de interferências dentro ou fora dos estádios, no menor tempo possível; garantir a integridade do perímetro da rede de dados da Anatel e a recuperação imediata no caso de incidentes de segurança da informação; e divulgação (em português, inglês e espanhol) das informações e atos normativos da Anatel, aplicáveis aos operadores de serviços de telecomunicações e (4) Projeto de prevenção de situações de emergência e desastres (infraestrutura crítica), com o objetivo de dimensionar os recursos para atender as necessidades de modernização e atualização do setor de telecomunicações, com vistas a atender a demanda de infraestrutura de telecomunicações prevista para a Copa do Mundo e Copa das Confederações. Para executar a ação TLC-E.01/02, o Conselho de Administração da Telebrás aprovou em 2 de outubro de 2012 a criação da empresa subsidiária Telebrás Copa, que terá como objetivo a prestação de serviços de telecomunicações à FIFA durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. A nova empresa será a responsável por essa prestação de serviços, podendo receber os benefícios fiscais concedidos pelo Governo Federal, determinados pela Lei n°12.350, de 20 de dezembro de 2010. A ação TLC-E.01/06 foi incluída pela resolução Resolução GEOCOPA No 24 em 12 junho de 2013 e especifica ações para disponibilizar serviços de telecomunicações para realização da Copa das Confederações. Os jogos da Copa das Confederações
  • 6. iniciaram em 15 de junho de 2013 e já foram encerrados. A responsabilidade por esta ação foi do Ministério das Comunicações. Além das ações listadas, ministério das comunicações está realizando um grande esforço para possibilitar a implementação da rede 4G de telefonia celular nas cidades sede. 2.0 Telefonia Celular 4G 2.1 O cenário da alocação do espectro no Brasil Dentro das iniciativas do governo para alocar mais espectro para a telefonia móvel, a principal delas é a necessidade de promover a inovação tecnológica através da implantação de novas tecnologias como o sistema LTE. Isto irá fornecer maiores taxas de transferências o que permitira aos consumidores o uso de serviços de Internet de banda larga móvel e aplicações centradas em vídeo. Vários estudos têm mostrado que o investimento em banda larga móvel tem um impacto positivo sobre o PIB. A banda larga móvel é capaz de acabar com a exclusão digital e oferecer novas oportunidades de transformação nas áreas da educação, saúde, governo e transporte. Isto é especialmente importante em áreas rurais e remotas, onde a infraestrutura com cabos dos prestadores de serviços de telefonia fixa não estão presentes, fazendo com que as tecnologias sem fio sejam a única alternativa viável para oferecer serviços de banda larga para a população em favor da redução da lacuna da exclusão digital. O Brasil atingiu, em novembro de 2012, 260 milhões de conexões de telefonia móvel ativas e uma penetração dos serviços móveis de mais de 130%, como mostrado na Figura 2. Figura 2: Conexões, penetração e população
  • 7. Figura 3: Proporção de Conexões por tecnologia 2.2 Acesso à banda larga móvel O espectro de radiofrequências é um recurso essencial para as redes de acesso sem fio. O desenvolvimento nacional da capacidade móvel de banda larga é uma área de alta prioridade para o governo que tem como objetivos:  Atribuir e definir um espectro de utilização para o maior benefício nacional.  Ser um elemento chave da politica do PNBL, utilizando as novas tecnologias do sistema LTE de banda larga móvel a ser disponibilizado pelas operadoras para poder fornecer o acesso às redes de banda larga. 2.3 Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) O PNBL é uma iniciativa do governo brasileiro que tem o objetivo de massificar a oferta de acessos de banda larga à Internet até o ano de 2014, através da combinação de diferentes ofertas, devido a realização no Brasil da Copa do Mundo de futebol da FIFA.
  • 8. Figura 4: Dimensões econômicas do PNBL A telefonia móvel não foi tratada diretamente como parte do plano. Porém, como a banda larga móvel ajuda o governo a expandir a cobertura da banda larga, os serviços móveis agregados ao sistema LTE, contribuiriam para alcançar as metas estabelecidas pelo governo (60 milhões de usuários individuais, incluindo dispositivos móveis de voz/dados e terminais de dados até 2014). Figura 5: Conexões de banda larga fixas e móveis A telefonia móvel com o sistema LTE no Brasil será o elemento impulsionador chave da inclusão social e econômica e poderia ter sido incluída de forma explícita no PNBL,
  • 9. pois a banda larga móvel é no Brasil a ferramenta mais eficaz para alcançar o acesso universal à banda larga deixando como legado:  Um aumento na cidadania ativa e a inclusão de um indivíduo na sociedade como interlocutor, não apenas como receptor.  Universalizar o uso do computador e das tecnologias de comunicações para estimular o aprendizado autônomo e contínuo.  Possibilitar aos cidadãos operar computadores, usar aplicações comuns (editores de texto, planilhas, etc.) e acessar a Internet como leitor ou navegador.  Promover a cidadania ao dar voz a segmentos da população que não têm acesso à mídia. 2.4 Recomendações de alocação do espectro pelo ITU Usando os requisitos de espectro determinados pelo ITU que é de 1.300 MHz de espectro total, o qual esta recomendada até 2015 como uma referência, a situação regional na América do Sul pode ser resumida como se segue: cinco países alocaram mais de 300 MHz; nove estão no intervalo entre 200 MHz e 300 MHz, enquanto que o resto dos países oscila entre 130 MHz e 200 MHz (o Brasil atingiu 30% dessas finalidades). Há interesse da Anatel para leiloar mais espectro, e isso é levado em consideração no relatório efetuado pelo ITU para a América Latina, mesmo depois de ocorrerem às alocações do espectro de frequência efetuada pela Anatel para as Operadoras. Com esse objetivo de alocar mais espectro, a Anatel deve passar do interesse e planejamento para a ação de leiloar mais espectro conforme recomendações do ITU (a reguladora manifestou interesse no leilão da frequência de 700 MHz do espectro). 2x Mais espectro (Hz) 1.5 x Aumento da Capacidade >10x Mais eficiência espectral (Bits/seg/Hz) Mais eficiência Espacial (Bits/seg/Hz/Usuár io) Figura 6: Melhoria da capacidade de banda em função da liberação espectro
  • 10. A recomendação “ITU-R M. 2078” é dada no contexto da crescente pressão sobre as redes das operadoras móveis a partir do rápido aumento no tráfego de dados móveis, que esta ocorrendo mundialmente, assim, a UIT estabeleceu um valor mínimo de espectro alocado para o IMT-2000 e, IMT- Advanced, para os anos de 2010, 2015 e 2020, dependendo da situação de desenvolvimento do mercado. A demanda por maior trafego de dados exigira mais espectro, sendo que, a “Consultoria Signals Telecom” pesquisou a alocação de espectro de 19 mercados do Caribe e América Latina. Os resultados desta pesquisa mostram que, no melhor dos casos, apenas 39% da meta de alocação do espectro para 2015 será cumprida. A necessidade para a alocação de espectro adicional é demonstrada pelo lançamento de redes LTE em todas as regiões, em um novo espectro, como mostrado a seguir:
  • 11. Figura 7: Bandas candidatas para o LTE 2.5 Necessidades de espectro e harmonização A banda de 700 MHz, pode se tornar uma oportunidade de atribuir um espectro comum harmonizado em todas as regiões do Brasil. O principal obstáculo enfrentado pela Anatel é garantir que essas frequências estejam livres de interferência e, que eventualmente estejam disponíveis após a migração dos sinais da TV analógica para o formato digital, para liberar esse espectro e obter o que é comumente chamado de dividendo digital. Figura 8: Arranjo de frequência P694-790 MHz da Região 2 As alocações de espectro alvo representam a quantidade total de espectro em um determinado mercado do país. Estas recomendações da UIT permitem que as operadoras de telefonia móvel atendam às crescentes demandas da sociedade que estão usando dispositivos conectados a uma taxa crescente.
  • 12. Figura 9: Síntese de atribuição de frequências de 300MHz a 6GHz Muitos analistas preveem até 1.200% de aumento no tráfego de dados móveis no agregado global durante os próximos cinco a seis anos, como mostrado na figura 10. Novos serviços e aplicativos, novos dispositivos e aumentos contínuos no uso dos smartphones, tablets e computadores conectados estão afetando todas as áreas da vida dos assinantes, incluindo o governo, educação, transporte e saúde. No Brasil o trafego de dados moveis deve aumentar 12 vezes, entre 2012 e 2017 segundo resultados da Cisco. Figura 10: Previsão do aumento do trafego móvel Fonte: Morgan Stanley e Wireless Intelligence A Europa, com um forte foco na harmonização conseguiu definição de bandas importantes de frequência para o LTE na faixa de 2,6 GHz, o qual também pode ser usado fora da Europa. O enfoque dos EUA com cinco definições de banda para a faixa de 700 MHz dedicadas, no entanto, levou a uma fragmentação do mesmo dentro do
  • 13. mercado dos EUA. A compatibilidade com este plano de banda é uma grande oportunidade de harmonização para o Brasil quando abrir a faixa de 700 MHz para o LTE. Figura 11: Cinco definições de bandas dedicadas para a frequência de 700MHZ Figura 12: Plano de banda de 700MHz iniciado no APAC: Uma simples banda comum 2.6 Alocação das bandas de frequência para o LTE Com foco nas recomendações do ITU a Anatel realizou em 2012 uma licitação de frequências em 2.500 Mhz para a implantação de redes 4G. As empresas que adquiriram estas frequências foram: Vivo, Tim, Claro, Oi, Sky e Sunrise. Figura 13: Bandas de frequencia As faixas de frequências entre 2.500-2.570 MHz e 2.620-2.690 MHz (P, W, V e X) foram destinadas para operação FDD (canais separados para transmissão e recepção que está entre 2.570 e 2.620 MHz). Já as sub-faixas T e U para a operação TDD (transmissão e recepção no mesmo canal).
  • 14. O regulamento do edital de licitação destas faixas estabeleceu um valor máximo de espectro que uma operadora poderia possuir em uma região geográfica (Cap): 60 MHz (2.500-2.570 MHz e 2.620-2.690 MHz) ou 50 Mhz (2.570 e 2.620 MHz). As operadoras de MMDS possuem parte deste espectro, entre elas está a Telefônica, que adquiriu as operações da Abril e a Sky que em 2011 passou a oferecer LTE (TDD) em Brasília. Como vimos nas recomendações do ITU, a melhor faixa de frequência para a implantação do 4G é a frequência de 700 MHz, o qual será liberado com o fim da transição da TV aberta analógica para a TV aberta digital. No Brasil isto deve ocorrer em 2016. A Anatel divulgou no dia 21/02/2013 uma regulamentação sobre a nova destinação da faixa de 700 MHz, onde ela recomenda a adoção do plano de banda da APT que permite o uso de 90 MHz (45 + 45 MHz) de espectro.
  • 15. Figura 14: Plano de banda de 700 Mhz da APT Os sistemas LTE podem ser implantados nas frequências de 700/800/1800/2600 MHz, embora a faixa de 700 MHz seja a mais vantajosa. As redes LTE já implantadas utilizam em sua maioria um par de canais separados para a transmissão e recepção (FDD), embora existam também redes em que a transmissão e recepção compartilhem o mesmo canal (TDD). Existem dois planos de frequências diferentes para a faixa de 700 MHz (dividendo digital). O primeiro a surgir foi o plano de banda (FDD-canais 12, 13, 14 e 17) dos EUA e o segundo é o modelo da Ásia-Pacífico (APT) que possui dois planos de banda, sendo um plano FDD (canal 28) e outro TDD (canal 44). A adoção do plano de banda dos Estados Unidos traz a vantagem de vários equipamentos e terminais já estarem disponíveis no mercado, enquanto que a adoção de um dos planos de banda da APT ainda não possuem terminais compatíveis com sua alocação de frequência.
  • 16. Figura 15: Distribuição do plano de banda de 700 Mhz dos EUA e da APT No Brasil, o órgão regulador de telecomunicações do país, a Anatel, está concentrado na elaboração do edital de licitação desta faixa de 700 MHz. A transição definitiva para a TV digital permitirá maior adensamento na faixa dedicada à radiodifusão (UHF canais 14-51) e isso viabilizará a futura liberação da faixa de 700 MHz (UHF canais 52-69) para serviços de telecomunicações, o chamado dividendo digital. Figura 16: Alocação da faixa de 700 MHz dentro do Plano de Dividendo Digital A nova destinação da faixa de 700MHz aos serviços de telecomunicações está internacionalmente harmonizada e visa atender à crescente demanda:  O arranjo definido na recomendação UIT-R M.1036-4 (arranjo A5: APT) permite o uso de 90 MHz (45 + 45 MHz) para serviços de banda larga móvel (IMT), com ganhos de escala associados ao uso da infraestrutura e terminais produzidos em escala global.  O limite de radiofrequências de até 20 MHz proposto poderá ser reduzido no procedimento licitatório da faixa para permitir a participação
  • 17. de um número maior de interessados na prestação de serviços na faixa de 700 MHz. Figura 17: Distribuição da faixa de 700 MHz para as Telecomunicações Um dos problemas que teremos durante a Copa do Mundo em 2014 é a não interoperabilidade em termos da frequência alocada para o sistema LTE implantado no Brasil e o que esta sendo utilizado em outros Países, conforme mostra a figura 18 atraves da distribuição de banda por região. Figura 18: Distribuição das bandas de operação do LTE no Mundo
  • 18. 2.7 Comparação de cobertura de diferentes frequências O efeito da frequência sobre a cobertura de redes de celulares significa que diferentes frequências servem melhor para diferentes usos. Baixas frequências, como 450 MHz servem muito bem para a cobertura de zonas rurais. Figura 19: Distribuição das frequências de operação do LTE no Mundo Frequências mais altas é uma desvantagem quando se trata de cobertura, mas é uma vantagem decisiva quando se trata de capacidade. Femto Cell, abrangendo, por exemplo, a cobertura de um andar de um edifício, torna-se possível, e a mesma frequência pode ser usada para células que são praticamente vizinhas. Figura 20: Melhoria da área de cobertura indoor com Femto Cell
  • 19. 2.8 A banda de 2,6 GHz No Brasil, o espectro total utilizado pelas operadoras de serviços móveis é de aproximadamente 500 MHz, particularmente após o recente leilão das faixas de 2,5 GHz e 450 MHz (área rural). Um estudo realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) estima que em 2015, os serviços de telecomunicações móveis precisarão de mais de 1 GHz de espectro para atender às demandas do mercado (a Anatel definiu 140 MHz de espectro adicional para os serviços móveis na faixa de 2,5 GHz (2.500 MHz a 2.690 MHz). As características técnicas da faixa de 2,5 GHz são tais que ela poderá ser usada para aumentar a capacidade em áreas urbanas densas, mas não é adequada para prover a cobertura para banda larga móvel em todo o país. Figura 20: Distribuição de frequência na faixa de 2,5 GHz Impactos na utilização dessa frequência:  Essa frequência mais alta implica em um comprimento de onda menor. A transmissão desse sinal tem consequências numa área de cobertura menor e custos maiores, havendo maior perda de sinal em espaços livres. Em shoppings e estádios, por exemplo, é necessária a instalação de antenas internas.  Um estudo apresentado na SET mostra claramente que, em áreas densamente povoadas, como o interior de São Paulo, o plano de canalização da TV digital não é otimizado, e há um excesso de estações em SFN (Single Frequency Network) operando na mesma frequência, o que gera possibilidades de interferência que impactam na
  • 20. cobertura. Outros estudos comprovam a interferência do sinal LTE no sinal da TV Digital. Isso pode implicar num atraso no cronograma de liberação das frequências da TV Analógica para a utilização do espectro de 700 MHz.  Os celulares e tablets oriundos dos Estados Unidos e Europa não funcionarão aqui durante o evento da Copa do Mundo. 2.9 A banda de 700 MHz A faixa de 700 MHz, conhecida como “Dividendo Digital”, possui as propriedades ideais para a cobertura de banda larga móvel e combina-se de forma eficaz com a faixa de 2,5 GHz para prover a disponibilidade de serviços 4G. Ela é usada atualmente pelas emissoras de televisão, mas ela poderá ser disponibilizada após a transição da televisão analógica. A Anatel está realizando um estudo, que ela planeja concluir em meados de 2013, para decidir se deverá ou não tornar essa frequência disponível para as provedoras de serviços de telecomunicações ou para as emissoras de televisão. Para os serviços móveis essa frequência geraria um maior número de benefícios para a economia e a sociedade brasileira do que se a faixa fosse atribuída para a radiodifusão. Figura 21: Distribuição de frequência na faixa de 700 MHz Vantagens na utilização dessa frequência:  A provisão de maior capacidade para os serviços sem fio para atender o crescimento do tráfego de dados, aumentando ao mesmo tempo a cobertura da banda larga móvel, facilitará a oferta de serviços de banda larga nas áreas rurais do Brasil.  Permitiria aumentar a velocidade de implantação dos serviços de banda larga: se essa faixa não estiver disponível para os serviços de banda larga móvel, a implantação da tecnologia 4G terá de ser realizada usando faixas mais elevadas (1.800 MHz, 1.900 / 2.100 MHz, 2.500 MHz), que exigirão um maior número de estações.
  • 21.  Um menor número de instalações também resultaria em menores custos operacionais e de manutenção.  Os potenciais benefícios também fluiriam para o Governo Federal, devido ao licenciamento de espectro para mais empresas do setor privado, ao passo que o efeito positivo das economias com as redes contribuiria para reduzir os preços de varejo, o que beneficiaria os consumidores. 3.0 Qualidade do sinal na implantação do sistema 4G no Brasil A divulgação dos indicadores de qualidade por parte da Anatel no mês de setembro de 2013, através do EAC, tem como função principal ajudar o usuário a avaliar a qualidade do serviço prestado pelas operadoras o qual envolve varias especificações definidas pelo 3GPP.
  • 22. Nos testes publicados pela Anatel para os sistemas (2G, 3G, 3G+, 4G) das operadoras de telefonia móvel em set/2013, foram medidas as taxas de download e upload com os seguintes resultados:  Velocidade instantânea de upload e download: aferida no momento de utilização da internet pelo usuário, sendo no mínimo 20% da velocidade contratada em 95% das medições. A meta não foi atendida pela Vivo em SP (94,5%), PR (93,8%) e RJ (93,7%) e pela TIM em SP (92,1%) e RJ (94,6%).  Velocidade média de upload e download: corresponde a média das medições de velocidade instantânea apuradas durante o mês sendo no mínimo 60% da velocidade contratada. A meta não foi atendida pela Oi em MG (56,7%).
  • 23. Figura 22: Exemplo de medições de velocidade de banda larga Requerimento e desempenho do sinal:  Para que as medições sejam de utilidade para o usuário seria importante segmentá-las por tecnologia (2G, 3G, 3G+ e 4G), mas isso não foi divulgado pela agencia reguladora, o que impede de termos dados com confiabilidade do sistema 4G ratificados pela Anatel.  Como as operadoras de celular do Brasil não se comprometem em seus planos de serviço com velocidades, de que adianta os parâmetros de aceitação da qualidade de serviço recomendado pelo 3GPP, já que não foram divulgadas as velocidades medidas, nem as velocidades consideradas como contratadas por cada operadora em seus planos.
  • 24. Resultados dos testes do sistema 4G em Curitiba: • Nos testes publicados pela Tecmundo (jun/2013) utilizando um aparelho Motorola Razr HD e o aplicativo “Simet” no aparelho, com as medições sendo realizadas “outdoor” e sem movimento obteve-se a seguinte velocidade para download e upload: Tanto nos testes publicados pela Tecmundo, assim como pela Gazeta do Povo, verificou-se uma grande oscilação no nível do sinal principalmente indoor. Apesar de ser esperado, como comentou o diretor da Claro, as operadoras tinham conhecimento dos problemas em termos de área de cobertura indoor que a frequência de 2,5 GHz acarreta, e a Anatel deve fiscalizar as recomendações do 3GPP para que não fique nenhum ponto com “sombra” (Park Shopping Barigui ficou em torno de 2,3 Mbps). 3.1. Instalação do Sistema de Recepção Indoor nos Estádios da Copa Nenhum dos doze estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo está com a instalação concluída de todos os equipamentos de telecom necessários para permitir a conexão à internet móvel nas redes 3G e 4G, além do Wi-Fi. O levantamento foi feito pelo SindiTelebrasil. O problema, no entanto, é comercial. As empresas que administram as arenas pedem um valor maior para que as teles possam equipar os estádios com suas redes de fibra óptica e antenas. A situação mais grave está em São Paulo, onde ocorre a abertura do Mundial, e em Curitiba, onde não há ainda previsão para o início das obras do sistema 4G.
  • 25. 4.0 Telefonia Fixa 4.1. Objetivos do Plano Nacional de Banda Larga - PNBL Além da corrida pelo acesso móvel, as operadoras de telecomunicações e os fabricantes e instaladores de infraestrutura concentram-se nas etapas finais das redes fixas, sendo que a Telebrás esta encarregada de construir a rede de fibra óptica que será utilizada para a transmissão de imagens e áudio em alta definição (HDTV) entre os estádios e o Centro Internacional de Coordenação de Transmissão (IBC) estabelecido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). A empresa afirma que a infraestrutura dos estádios que receberam jogos da Copa das Confederações (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro) está completamente pronta. Para as demais cidades sede (Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo), o plano da Fifa prevê a conclusão das obras de infraestrutura e de salas técnicas até 31 de dezembro. A partir dessa etapa, a Telebrás e as outras empresas contratadas terão até a primeira quinzena de abril de 2014 para finalizar a instalação dos equipamentos, permitindo a realização, por empresa contratada pela FIFA, dos testes de transmissão de imagens. Para atender à demanda do evento, a Telebrás expandiu a rede de fibra óptica para mais de 25 mil quilômetros em todo o país conforme mostra a figura 23. Figura 23
  • 26. Dentro do legado em Telecomunicações após a Copa do Mundo, o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) se insere nesse contexto, com o objetivo de ampliar o acesso à Internet em banda larga no país. Neste cenário, a banda larga é uma importante ferramenta de inclusão, que contribui para reduzir as desigualdades e garantir o desenvolvimento econômico e social brasileiro. As ações do Programa estão organizadas em quatro grandes dimensões:  Ações regulatórias que incentivem a competição e normas de infraestrutura que induzam à expansão de redes de telecomunicações;  Ações de incentivos fiscais e financeiros à prestação do serviço de acesso em banda larga, com o objetivo de colaborar para a redução do preço ao usuário final;  Ações de política produtiva e tecnológica, capazes de atender adequadamente à demanda gerada pelo PNBL;  Ações de implantação de uma Rede Nacional de Telecomunicações, com foco de atuação no atacado, neutra e disponível para qualquer prestadora que queira prestar o serviço de acesso em banda larga. Especificamente, em relação à última dimensão do PNBL, cabem à Telebrás a implantação e gestão desta rede de telecomunicações:  Implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal;  Prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão à Internet em banda larga para as universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público;  Prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos;  Prestar serviço de conexão à Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços. O PNBL tem como objetivo fomentar e difundir o uso e o fornecimento de bens e serviços de tecnologias de informação e comunicação, de modo a:
  • 27.  Massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga;  Acelerar o desenvolvimento econômico e social;  Promover a inclusão digital;  Reduzir as desigualdades social e regional;  Promover a geração de emprego e renda;  Promover a capacitação da população para o uso das tecnologias de informação;  Aumentar a autonomia tecnológica e a competitividade brasileira. 4.2. Estrutura da Rede da Telebrás (Rede Nacional de Telecomunicações) Para atingir todos os objetivos do PNBL a Telebrás elaborou um projeto de implantação de uma rede de transporte de dados que contempla:  A utilização das fibras ópticas disponíveis nas empresas do Governo Federal;  Uma solução baseada na tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing), que cria um meio de transporte de dados óptico (Backbone Óptico);  Uma solução baseada na tecnologia Ethernet/IP/MPLS que permite a rede ter flexibilidade e qualidade para a implementação de diversos serviços de transporte de dados;  Uma solução baseada na tecnologia sem fio, que possibilite a capilarização da Rede Nacional de Telecomunicações, por meio da implantação de Backhaul, que são redes de transporte de dados que interligam os municípios ao Backbone;  Contratação de empresas de telecomunicações para o fornecimento de saídas de Internet que permitem que a rede da Telebrás tenha acessos às demais redes em operação no Brasil e no mundo;  Dois Centros Integrados de Gerência de Rede - CIGR/PNBL, localizados em Brasília e no Rio de Janeiro. A migração e massificação de vários serviços baseados na Rede Mundial (World Wide Web), a convergência de tecnologias e a estratégia de utilizar a Internet como ferramenta importante para o Governo interagir com o próprio Governo, com as
  • 28. empresas e principalmente com o cidadão, tem elevado a demanda por infraestrutura de redes de telecomunicações, tanto para o transporte de alta capacidade de dados, quanto para a entrega dos dados em diversos locais, a chamada “última milha”. O cenário atual de telecomunicações do País é caracterizado por uma oferta deficitária de infraestrutura em vários municípios, baixa concorrência, cobertura limitada e prática de preços elevados, fatores que restringem o acesso à banda larga a muitos cidadãos e não permite a adoção da estratégia de utilizar a Internet como instrumento para fomentar o desenvolvimento e a integração da sociedade. A implantação de uma rede de telecomunicações de abrangência nacional proporcionara benefícios ao desenvolvimento do Brasil, cujos principais valores agregados serão:  Maior integração dos Governos Federal, Estadual, Distrital e Municipal proporcionando agilidade, eficiência e transparência nos processos, como a troca de informações (cadastros), convênios para repasse de verbas, etc.  Maior integração e compartilhamento de infraestrutura de rede com os Governos – Federal, Estadual, Distrital e Municipal;  Maior oferta de serviços de governo eletrônico proporcionando uma maior interação e atendimento das necessidades do cidadão, como serviços relacionados à saúde, educação, segurança pública, previdência, entre outros;  Maior desenvolvimento regional (interiorização) proporcionando alternativas de emprego e renda, como a instalação de unidades de “Call Center” no interior, o desenvolvimento de pequenos prestadores locais de serviço de internet;  Oferta de uma infraestrutura alternativa de transporte de dados para governos e iniciativa privada, dotando o país de uma malha de transporte robusta, interconectando diversas redes e proporcionando, em casos de falhas, rotas físicas distintas para o transporte dos dados;  Oferta de acessos à Internet, em banda larga, a preços acessíveis às classes menos favorecidas, apoiados pela implantação da infraestrutura de Backbone e Backhaul da Rede Nacional de Telecomunicações e pela parceria com prestadores de serviços de telecomunicações. Para as finalidades já descritas, uma parte da rede entrou em operação nos estados que foram sedes durante a Copa das Confederações conforme mostra a figura 24 e 25, sendo que o restante da Rede Nacional de Telecomunicações está em fase de
  • 29. implantação nos estados que sediarão a Copa do Mundo cujas características incluem alta escalabilidade, modularidade e capacidade técnica, mediante a instalação e configuração de equipamentos de altíssima capacidade de tráfego no seu núcleo, rádios de comunicação de alta capacidade nas infraestruturas de derivação intermediárias, bem como de equipamentos IP/MPLS para modelar os serviços e para suportar toda a eletrônica implantada. As infraestruturas de cabos ópticos, que compõem as redes da ELETROBRAS e da PETROBRAS, instalados em diversas regiões do país, foram disponibilizadas à Telebrás. Essa diretriz norteou a decisão do Governo Federal no sentido de instituir o Programa Nacional de Banda Larga, haja vista que reduzem de forma significativa os custos e os prazos para a sua implantação. Figura 24: Diagrama de interligação por rota/trecho que atende todas as Sedes O projeto da Rede Nacional de Telecomunicações considerou como principais premissas a confidencialidade de informações estratégicas governamentais, a alta capacidade de transporte de dados, a flexibilidade e, principalmente, a disponibilidade da rede, visando suprir as demandas do PNBL. A solução baseada na tecnologia DWDM foi escolhida por estar alinhada com estas premissas e ser tecnologia atual para redes de transporte de dados de alta capacidade, pois possibilita a transmissão de dados da ordem de alta capacidade por segundo em um único par de fibras ópticas. A flexibilidade e a escalabilidade possibilitam a expansão gradual de sua capacidade, por meio da adição de novos canais ópticos, atendendo as demandas de crescimento do tráfego de dados conforme as necessidades. A topologia em anéis,
  • 30. provendo rotas redundantes e a qualidade dos equipamentos DWDM, destacando-se seu baixo índice de falhas, possibilitam uma alta disponibilidade para a Rede Nacional de Telecomunicações. Figura 25: Equipamentos por rota/trecho que atende todas as Sedes
  • 31. Os Pontos de Presença (POPs) são considerados pontos de maior relevância. A partir de um POP é derivado o sinal de rede do Backbone DWDM com taxa de transmissão necessária para atender ao volume de tráfego demandado pelos municípios da área. Os municípios são conectados ao POP por enlace rádio, usando rádios ponto-a-ponto de alta velocidade, ou por enlace óptico em anéis metropolitanos para atendimento à grandes cidades e capitais. O conjunto formado pelos equipamentos, infraestrutura e demais sistemas corporativos, que compõem o Backbone, o Backhaul e redes de acesso, são monitorados por um Sistema de Gerência de Redes que suporta os CIGR/PNBL no processo de operação da rede. O Backbone Óptico usa como a base a topologia em anéis e é composto de 3 (três) anéis DWDM interconectados: Anel Sudeste, Anel Nordeste, Anel Sul e ramificações denominadas de Rede Norte. As redes cedidas à Telebrás pelas empresas de geração e transmissão de energia elétrica (CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL, FURNAS) e a PETROBRÁS, foram feitos acordos e contratos específicos, celebrados pela Telebrás com as entidades proprietárias. Apesar de ter sido um fator determinante para a implantação do PNBL com a utilização da infraestrutura de fibra dessas empresas (OPGW - Optical Ground Wire), não foram divulgados as clausulas e condições desses contratos o que gerou uma ação penal por parte dos sindicatos das categorias que exigem uma maior transparência no processo. Para garantir a infraestrutura de telecomunicações para a oferta de serviços à FIFA e às suas empresas afiliadas, pelas operadoras de telecomunicações instaladas no Brasil, é necessária uma solução técnica que garanta o transporte de diversos serviços desde o Estádio até os seus pontos de interconexão mais próximos. Os serviços de telecomunicações exigidos pela FIFA e suas empresas afiliadas possuem diferentes tipos de níveis de qualidade acordados (SLA) como mostrado na figura 26: GMTR GMTR Guaranteed Maximum Time to Restore - GMTR Bronze 98.36% CE 12 hr PE Silver 99.18 % 6 hr Diginet etc.. Gold 99.45 % 4 hr - Platinum Customer Customer Specific Specific Solutions Solutions Platinum + 99.73 % 2 hr Diginet etc.. 99.93 % .5 hr Figura 26: Acordo de nível de serviço com a Fifa
  • 32. Na região norte do país será utilizado à tecnologia SDH, visto que naquela região o protocolo SDH é o padrão vigente. Como a Telebrás utiliza IP na sua rede de fibra óptica, haverá necessidade de equipamento gateway para adaptação das tecnologias acima mencionadas para aplicabilidade no atendimento ao Plano Nacional de Banda Larga daquela região. O transporte dos sinais síncronos e assíncronos de forma agregada terá interface STM-n (n= 1, 4, 16 e 64 - voz tradicional interface E1 síncrona e voz agregada em interface STM-1 síncrona). A solução de transporte síncrono é o conjunto de equipamentos e meios físicos de transmissão que compõem um sistema digital síncrono de transporte de informações. Este sistema tem o objetivo de fornecer uma infraestrutura básica para as redes de dados e voz, e atualmente é utilizado por muitas empresas que prestam serviços de Telecomunicações. A tecnologia comumente adotada é a SDH sendo utilizada para multiplexação TDM com altas taxas de bits, tendo a fibra óptica como meio físico preferencial de transmissão. A tecnologia SDH permite ainda implementar mecanismos variados de proteção nos equipamentos e na própria rede de telecomunicações, oferecendo serviços com alta disponibilidade e efetiva segurança no transporte de informações. Os equipamentos da rede de transporte síncrono serão conectados em anel como mostrado na figura 27. Em relação à dispersão cromática (dispersão por modo de polarização e atenuação), para cada tributário STM-n (n = 1, 4, 16 ou 64) considerou-se uma compensação de dispersão acumulada por enlace de até 40 km. Figura 27
  • 33. A implantação de Backhaul, que são redes de transporte de dados que irão interligar os municípios ao Backbone dentro do PNBL, é uma solução de enlace de rádio digital ponto a ponto, com capacidade mínima de 320 Mbps, a serem utilizadas na rede Telebrás. Esta rede foi dividida em grupos (grupo 1, grupo 2 e grupo 3), onde a Telebrás dispõe de acesso aos seus anéis (Backbone óptico) de transporte do PNBL (Anel Sudeste, Anel Nordeste, Anel Sul e Anel Norte e ramificações). As ramificações na região Norte e Centro-Oeste do Brasil está incluído na Rede Norte. Os trajetos são mostrados na figura 28. A partir do Backbone óptico foram considerados os municípios cujas sedes situam-se até 50 km e até 100 km dos PoP, como potenciais locais de atendimento por meio do PNBL. Figura 28 A partir do Backbone óptico foram considerados os municípios cujas sedes situam-se até 50 km e até 100 km dos PoP, como potenciais locais de atendimento por meio do PNBL. Na tabela 1 estão apresentados os quantitativos de PoP, municípios e a extensão do Backbone óptico instalado.
  • 34. Áreas Extensão das Fibras Ópticas (km) Compartilhadas 3.872 5.941 2.892 6.364 19.069 2.372 2.240 1.464 1.120 7.196 POPs Próprias Anel Sudeste Anel Nordeste Anel Sul Rede Norte Total Qtde. Municípios Potenciais (distância do Backbone) entre 50 km e até 50 km 100 km 59 73 32 77 241 472 783 547 224 2.026 517 502 0 0 1.019 Tabela 1: Quantitativo de Anéis, POPs e Municípios Na composição do Backhaul, os PoP's efetuarão a agregação do tráfego conforme mostra a figura 29. Nessa topologia, o PoP é o ponto de partida do enlace de rádio digital na derivação do tráfego, pois será o local onde a infraestrutura do anel óptico será aberta para a coleta e distribuição de tráfego. Com origem nos PoP's, serão implementados enlaces de rádio digital full-duplex, com capacidade mínima de 320 Mbps, com destino à sede dos municípios distantes do Backbone óptico. Para essa contratação, foram consideradas 3 (três) topologias básicas de enlace de rádio digital:   Backbone óptico. Núcleo principal da rede Telebrás.   Conexão das sedes de municípios ao Backbone. Estudo de aplicação de novas tecnologias para as áreas de cobertura em locais onde a conexão não for viável. Figura 29   Conexão da rede de distribuição ao usuário final. A ser realizado através de provedores de serviço parceiros.
  • 35.  Rota com um enlace de rádio ponto-a-ponto como mostrado na figura 30: POP do Backbone Sede do Município Figura 30  Rota ponto-a-ponto com repetição como mostrado na figura 31: Estação Repetidora POP do Backbone Recepção Sede do Município Figura 31  Rota com radio enlaces ponto-multiponto como mostrado na figura 32: Sede do Município Sede do Município POP Sede do Município Sede do Município Sede do Município Sede do Município Figura 32
  • 36. 4.3. A Rede Nacional de Telecomunicações vinculada ao PNBL Após a Copa do Mundo com a implantação da Rede Nacional de Telecomunicações nas cidades sedes e a continuidade do escopo do projeto vinculado ao PNBL, haverá um crescimento da malha fixa no Brasil, a qual é fundamental para modernizar e ampliar a capacidade da banda larga, uma vez que as conexões de fibra ampliam o poder de vazão das redes móveis, ao conectar as estações rádio base a uma rede fixa. A proximidade do mundial de futebol também acelerou a passagem da fibra em locais onde, apesar de existir procura por banda larga, a infraestrutura era deficiente. Exemplo são as cidades de Cuiabá e Manaus, que precisavam conectar sua malha a outros pontos para formar os anéis óticos. Só com uma estrutura em anel é possível garantir disponibilidade dos serviços de telecomunicações e criar rotas alternativas caso uma parte da rede falhe. No cenário mundial a velocidade de banda larga do Brasil caiu pela terceira vez consecutiva, no ranking de velocidade média de conexões de Internet divulgadas pela empresa de Internet americana Akamai. Segundo o estudo publicado, os brasileiros acessaram a Internet com uma velocidade de 2,7 megabits por segundo (Mbps) no 3º trimestre de 2013. O resultado coloca o país na 84ª posição do ranking, que considerou 140 países. No 1º trimestre do ano passado, o Brasil estava no 73º lugar. Com esta velocidade média, o Brasil fica atrás de países como a Turquia (4 Mbps), Cazaquistão (3,5 Mbps) e Iraque (3,1 Mbps). A posição do Brasil também é pior que a da maioria dos vizinhos da América do Sul analisados no estudo. O Equador, país latino-americano com melhor posição no ranking global, registrou velocidade média de 3,6 Mbps no período. O Chile, a Colômbia e a Argentina também têm conexões de internet mais velozes que o Brasil. O Brasil ainda está na fase de inclusão digital (dez conexões de banda larga por cada grupo de cem habitantes), mas com a Rede Nacional de Telecomunicações vinculadas ao PNBL, o número de conexões tem aumentado. A maioria delas tem velocidade baixa, o que faz o país cair no ranking global, explica Jonas Silva, diretor de canais e programas para a América Latina da Akamai. A empresa analisou as conexões de 34,2 milhões de endereços IP únicos usados para acessar a Internet no Brasil no 3º trimestre de 2013 – 30% a mais que no 1º trimestre do ano passado. Outros países emergentes também enfrentam fenômeno semelhante, já que o número de conexões nesses países cresce continuamente, mas a velocidade é, em geral, baixa. No estudo da Akamai, a China ficou em 75º lugar, com velocidade média de 2,9 Mbps no terceiro trimestre. A Índia ficou bem atrás do Brasil, no 123º lugar, com conexão de Internet de
  • 37. apenas 1,1 Mbps. Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a sua plataforma de entrega de conteúdo, que a empresa afirma representar entre 20% e 30% do tráfego de Internet global. Para o ranking de 2013, a empresa considerou 140 dos 239 países onde atua. Somente os países que possuem mais de 25 mil endereços de IP únicos acessando a Internet por meio da plataforma da Akamai são considerados pelo estudo. A figura 33 mostra este ranking. De acordo com o estudo da Akamai, apenas 20% das conexões de Internet no Brasil possuem velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps. Quando se trata das conexões mais rápidas, com velocidade acima de 10 Mbps, a fatia é ainda menor: apenas 0,9% da amostra considerada pela empresa. Os outros 79% da amostra são formados por conexões de baixa velocidade, abaixo de 4 Mbps. O número de conexões de Internet mais velozes tem aumentado rapidamente no país, o que pode contribuir para melhorar a posição do Brasil nos próximos anos. Segundo a Akamai, a quantidade de conexões de Internet acima de 10 Mbps cresceu 61% e as conexões com velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps aumentaram 65%, no período de um ano. As operadoras querem que os usuários contratem conexões mais rápidas para que elas possam oferecer outros serviços, como pacotes de TV pela Internet. “Os preços estão caindo e a tendência é que, no futuro, mais pessoas utilizem conexões de Internet mais rápidas”, diz Silva, da Akamai. O Brasil vai parar de cair no ranking em algum momento no futuro conforme o PNBL é implantado. O segmento de televisão também vai herdar importante legado do mundial. De acordo com a Telebrás, para cumprir as exigências da FIFA, o Brasil instalou tecnologia que permite a produção e edição remota de imagens geradas em eventos ao vivo. Nesse modelo, os ganhos são enormes. Atualmente, as emissoras de televisão precisam deslocar para os estádios uma unidade móvel com equipamentos e profissionais que fazem a edição e transmissão das imagens. É o que acontece, por exemplo, na cobertura do Campeonato Brasileiro. Essa necessidade limita a quantidade de eventos cobertos por empresa. Durante a Copa do Mundo, as imagens serão geradas de forma descentralizada, em cada estádio, mas editadas em um só local. Serão enviadas imediatamente para o IBC, no Rio de Janeiro, onde estará localizada a emissora fonte da FIFA, que redistribuirá para as demais emissoras. Tudo trafegará pela rede de fibras, com velocidade e capacidade de transmissão muito superior à infraestrutura de satélite. Com isso será possível gerar de cada central, as imagens em alta definição de todos os jogos. Após a Copa, a tecnologia ficará disponível para a cobertura de qualquer evento realizado nos estádios. O mais importante em termos de legado será o entorno das sedes, que possibilitara disponibilizar pontos de acesso livre para a
  • 38. Internet nos locais de concentração que ficarão disponíveis a comunidade local após a Copa do Mundo. Figura 33 Durante o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Genildo Lins declarou sobre o legado em infraestrutura de telecomunicações que ficará para o Brasil após a Copa do Mundo, durante a apresentação dos preparativos em tecnologia da informação para o Mundial à imprensa nacional e internacional. “Nós calculávamos que para distribuir toda essa rede de fibras pelo Brasil demoraria de cinco a dez anos, mas nós demoramos três. A Copa permitiu adiantarmos isso”. O secretário-executivo citou exemplos específicos de benefícios que serão consequência dos investimentos, o que inclui todas as regiões do Brasil e não apenas os estados e cidades que vão receber jogos do Mundial. “No Amapá, até hoje a Internet é provida pela Guiana Francesa. Em Roraima, pela Venezuela. São estados em que a estrutura de banda larga brasileira não chega, mas
  • 39. ela vai chegar ainda este ano. A Telebrás chegará aonde as empresa privadas que prestam serviços de telecomunicações não têm interesse em chegar”. Segundo informações do Ministério das Comunicações, a rede nacional da Telebrás está mais de 70% concluída e chegará a 3.570 municípios até o fim de 2014. São 16 mil quilômetros de cabos e um investimento de R$ 116 milhões até 2014. A retorica do secretario na teoria parece bastante promissora, mas infelizmente não existe divulgação com os laudos técnicos dos projetos já concluídos ou em instalação dentro do plano de implantação da Rede Nacional de Telecomunicações vinculado ao PNBL, bem como os dados de aceitação da rede que deveriam ser publicados pelo Ministério das Telecomunicações, Telebrás ou Anatel, reforçando a transparência para que o legado não seja apenas uma utopia. 5.0. A Rede Nacional de Telecomunicações no Paraná No Paraná a Telebrás fechou acordo com a Eletrosul, subsidiária da Eletrobrás para implantar a rede de fibra ótica dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no Sul do País. A parceria de cooperação técnica é para o uso recíproco de serviços e a correspondente integração de infraestruturas de telecomunicações naquela região. O anel Sul sairá de Campinas em São Paulo, e irá até Gravataí no Rio Grande do Sul, passando pelo interior do Paraná, Santa Catarina e voltará pelo litoral, passando por Florianópolis e Curitiba, até fechar com o ponto de partida, no interior paulista. Na concepção esse anel abrangerá cerca de 400 municípios no Sul do Brasil. O Backbone principal do Sul usará a estrutura da Eletrosul e Petrobras, as linhas da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE) e a Sulgás (Companhia de Gás do Rio Grande do Sul) complementarão o atendimento. Nesse cenário onde a inclusão digital é o principal objetivo, o Ministério das Comunicações deveria ter feito uma parceria com a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (COPEL), a qual possui muito mais capilaridade em termos de rede fibra óptica do que a Eletrosul (figura 34), e que dentro do projeto de atingir o maior número de municípios possíveis a partir do Backbone num raio de 50 Km, teríamos mais famílias carentes com acesso ao PNBL dentro desse contexto. O sistema de rede de fibra óptica (DWDM) implantado pela Eletrosul tem alta capacidade, com dois canais que somam 80 Gbps a serem utilizados pela Telebrás, em um sistema que sai de Araraquara (SP) e passa pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e já está em curso uma ampliação da capacidade de telecomunicações da rede para 400 Gbps. A Eletrosul ainda disponibilizou à Telebrás um par de fibras
  • 40. ópticas apagadas, de Gravataí (RS) a Curitiba (PR), que atenderá o litoral dos três estados. Figura 34: Rede de Energia Elétrica da Eletrosul no Paraná A Telebrás iniciou as obras civis no segundo semestre de 2013 nas subestações de Curitiba, Joinville, Blumenau e Itajaí, necessárias para a instalação dos equipamentos eletrônicos. A expectativa é de que a rota litorânea do PNBL esteja em operação até o final de 2013. Nessa operação conjunta, o uso das fibras que fazem parte dos cabos OPGW – ou para-raios, aqueles mais altos nas torres de transmissão de energia – continuará com finalidades separadas. Assim, o mesmo par de fibras que era partilhado para a banda larga será usado para tal, sendo o restante para os fins da própria Eletrosul – e para acordos de aluguel já existentes com teles privadas. A gestão será compartilhada. “O que pagávamos de aluguel” vai virar investimentos. “E na medida em que temos uma integração operacional, significa redução de custo, e toda essa redução também será revertida em investimento na região”, disse Caio Bonilha presidente da Telebrás. Também conjuntamente serão feitos investimentos na rede para ampliação de Backhaul. Houve atraso na entrega dos estádios que não participaram da Copa das Confederações, sendo que Curitiba tem a situação mais critica pela possibilidade de ser excluída como cidade sede e sem previsão de cronograma para o termino das instalações de infraestrutura de telecomunicações para a realização dos testes pela empresa contratada pela FIFA entorno do estádio. Somente no dia 31/01/2014 a Prefeitura de Curitiba publicou o edital de licitação para a estrutura de transmissão dos jogos para a Copa do Mundo no estádio Joaquim Américo, sendo que as propostas das empresas interessadas em construir a ponte de cabos serão recebidas até o dia 17/02/2014, em total desconformidade com o que foi
  • 41. planejado na planilha de responsabilidades do Ministério das Comunicações, cujo prazo final seria Dez/2013. Todos os equipamentos utilizados para transmitir os jogos ficarão instalados em um terreno de 4.971,10 metros quadrados, na Rua Madre Maria dos Anjos. O espaço, conhecido pelos profissionais de imprensa como Broadcast Compound, fica a uma distância de 180 metros da entrada do estádio. A ponte de cabos é uma estrutura metálica com mais de cinco metros de altura que ligará o Broadcast Compound à Arena da Baixada. “As imagens que são captadas no estádio chegam ao Broadcast Compound pelos cabos. De lá, esse material é tratado e enviado por satélite ao International Broadcast Center (IBC), no Rio de Janeiro”, explica Susana Lins Costa, engenheira do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) e representante da Secretaria Municipal da Copa. O valor máximo da ponte será de R$ 1.530.310,00 e a obra deve ficar pronta em 45 dias, depois de finalizada a licitação. Os trabalhos no Broadcast Compound ficarão sob a responsabilidade da Host Broadcast Services (HBS), a empresa contratada pela FIFA para captar e transmitir as imagens dos jogos para as emissoras de TV de todo o mundo. Cerca de 100 profissionais da HBS devem trabalhar no Broadcast Compound de Curitiba. As informações veiculadas pela mídia sobre o projeto de interligação da sede de Curitiba a Rede Nacional de Telecomunicações, tem no escopo do projeto a utilização da rede de fibra óptica da Eletrosul que foi atualizada para se adequar aos padrões de transmissão exigidos pela Fifa, sendo que o Backbone ficaria localizado nas instalações da subestação de energia elétrica existente em Curitiba. A Telebrás não divulgou o cronograma de instalação e a atual situação do projeto, os quais dentro das diretrizes de transparência delineados pelo Governo Federal ajudariam a mostrar resultados com base em vários cenários de risco, que podem assegurar que decisões ótimas foram ou serão tomadas perante a opinião publica. 6.0. Os Provedores de Internet Inseridos na Rede Nacional de Telecomunicações Pesquisa realizada com cerca de 1000 provedores de internet de pequeno e médio porte no país revela que há um temor - por falta de conhecimento do plano oficial do Programa Nacional de Banda Larga - com o modelo de atuação no mercado da Telebrás. A maior parte deles aposta na estatal para ampliar o acesso ao Backbone óptico, mas receia que a empresa possa vir a ser concorrente na oferta ao consumidor final. Apesar do clima de indefinição, os ISPs sustentam suas apostas no mercado de
  • 42. Internet. Tanto que, em 2011, 64,9% dos provedores dizem que vão investir para aumentar os clientes na faixa de 5,8GHz, não licenciada pela Anatel. O levantamento, realizado pela WDC Networks, fornecedora de equipamentos de rádio para os provedores Internet de pequeno e médio porte, apura ainda um fato significativo: nas cidades mais distantes, e não servidas pela rede das concessionárias, os provedores estão se unindo em cooperativas e associações para construírem redes via rádio. Tanto que 43,3% dos ISPs informaram que estão indo buscar conexão de Internet nos POPs (ponto de presença) por meio de rádios licenciados. Outros 35,1% têm planos de se conectarem aos PTTs (pontos de troca de tráfego) para montarem redes próprias. "Há um Backbone paralelo sendo construído no país e em cidades onde não havia a oferta de Internet. Com a ampliação dos POPs por parte das concessionárias nas cidades de maior porte - os provedores de Internet de cidades menores passaram a ter maior opção. Nunca se vendeu tanto rádio em 2,4GHz e 5,8GHz como em 2010. E esse ritmo está sendo mantido este ano", destaca Vanderlei Rigatieri, diretor da WDC Networks. A importância desse movimento é que no estudo, apenas 22% atuam em mais de 10 cidades. A maior parte, 38,3% tem presença entre duas e cinco cidades. Para Rigatieri, a pesquisa foi importante para sinalizar o momento atual dos ISPs. Há falta de conhecimento da parte deles do efeito concreto do PNBL e o uso efetivo da Telebrás. "O governo já falou tanto do PNBL que os provedores, especialmente os do interior do país, se ressentem agora de transparência e de dados concretos. A Telebrás vai oferecer acesso ao consumidor final? Essa pergunta preocupa porque 90% dos entrevistados têm o cliente residencial como base da sua carteira", acrescenta Rigatieri. Nessa parte ligada à Telebrás, o levantamento apura que 40,3% têm medo que a estatal cause algum efeito negativo nos seus negócios. Já 20,1% afirmam que a Telebrás não terá qualquer impacto no seu negócio. Outros 6,7% são mais radicais e garantem que serão bastante prejudicados. Apenas 5,2% garantem que serão bastante beneficiados. Para o executivo, há uma grande expectativa por parte dos ISPs que a presença da Telebrás amplie a oferta de conexão nos POPs com preços mais competitivos. Mas o estudo também comprova: os provedores não estão à espera do governo. "Eles se uniram em regiões menos favorecidas e estão comprando um link, dividindo a infraestrutura e usando rádios para levar o acesso à internet. Não digo que a oferta seja de banda larga - a velocidade pode ficar entre 600 Kbps e 700 Kbps - mas para essas cidades, com pouca oferta de Telecom, é muito mais do que o esperado. Até porque a grande busca é pelos sites como Orkut, MSN e, agora o Facebook", observa Rigatieri. E se não esperam pelo governo, menos ainda pela Anatel. Sem previsão para usar a faixa de 3,5GHz, os provedores sustentam sua
  • 43. aposta na faixa de 2,4GHz (Wi-Fi) e na 5,8GHz - ambas não licenciadas pelo órgão regulador. "O mundo real não espera o da legislação. O Brasil aposta muito pouco no Wi-Fi porque as concessionárias não querem. O Wi-Fi agora, na versão 802.11 é absolutamente confiável e oferece ultravelocidade (300Mbits)", completa o diretor da WDC Networks. A demanda nacional por serviços da Telebrás é mostrada na figura 35. Figura 35 No inicio de 2014 o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) assinou um termo de compromisso com a Telebrás e o Ministério das Comunicações que prevê a adesão dos provedores regionais ao PNBL. O texto do acordo prevê que "a empresa Prestadora de Serviços de Telecomunicações deverá fornecer um produto popular para acesso a internet aos seus assinantes a velocidade nominal de 1 Mbs, pelo preço máximo de R$ 35,00 mensais". O presidente da ABRINT declarou que os valores dos links para acesso à Internet oferecido aos provedores pelas concessionárias são variáveis e, dependendo da região, tem preços abusivos. "O grande problema do nosso modelo é que as concessionárias, que compraram concessões de telefonia fixa mudaram seu foco e tornaram-se ao mesmo tempo fornecedoras de insumos aos provedores e suas principais concorrentes, já que atuam no mercado final". Ele observa que a Telebrás, por sua vez, além de praticar valores mais justos, próximos a R$ 100,00 por megabit
  • 44. contratado, tem o compromisso de não atuar no varejo. "Eles usarão a capilaridade dos provedores regionais para fomentar o PNBL". O Ministério das Comunicações deveria regulamentar todo esse processo entre as Concessionarias e os ISPs em cada região, para que tenhamos transparência no que foi promulgado dentro do PNBL, evitando concorrência desleal que não se enquadre no que foi determinado por lei, e que atenda a área de cobertura com qualidade de serviço. Isso só será possível com uma fiscalização através da Anatel para a verificação se os equipamentos e as frequências que estão sendo utilizadas pelos ISPs são homologados pela agencia reguladora, evitando uma poluição no espectro de frequência e garantindo que a velocidade da banda contratada corresponde ao que deve ser entregue ao usuário final. 7.0. O Programa das Cidades Digitais no Paraná Inserido na Rede Nacional de Telecomunicações Como um legado para o PNBL a Rede Nacional de Telecomunicações pode fomentar uma aceleração no programa do governo federal que dá a infraestrutura de fibra óptica para conectar órgãos públicos municipais e oferecer pontos de internet gratuita. Do total, nove cidades são paranaenses, que agora se somam aos oito municípios do estado selecionados no projeto-piloto do programa. A nova etapa das Cidades Digitais inclui municípios com até 50 mil habitantes e vai contar com um investimento de R$ 201 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ibaiti, Imbituva, Jacarezinho, Jaguariaíva, Pinhão, Piraí do Sul, Reserva, Santo Antônio da Platina e São Mateus do Sul foram às escolhidas no Paraná. Oito cidades paranaenses foram selecionadas ainda na primeira fase do programa Cidades Digitais, em 2012. Além de Toledo, no Oeste do estado, foram contemplados os municípios de Assis Chateaubriand, Bandeirantes, Ibiporã, Palmas, Quatro Barras, Santa Cecília do Pavão e São Miguel do Iguaçu. Nesta segunda etapa, puderam se inscrever cidades de até 50 mil habitantes, distantes até 50 km do Backbone (rede principal) da Telebrás ou que tivessem compromisso firmado com operadoras privadas para a conexão à Internet. A rede das Cidades Digitais é composta por um anel de fibra óptica que interliga os órgãos públicos locais. O modelo proposto pelo Ministério das Comunicações para o programa é conectar órgãos públicos; implantar aplicativos de gestão; capacitar servidores públicos no uso específico dos softwares e nas TICs; dar acesso à população aos serviços de governo eletrônico; e ofertar pontos de acesso à Internet em espaços públicos. A cidade de Toledo, no Oeste do estado, foi uma das 80 selecionadas em todo o país para a primeira fase do programa. Robson Vozniak,
  • 45. diretor do departamento de informática da prefeitura da cidade, conta que o projeto local está em fase de implantação, mas que já há mudanças significativas na infraestrutura. “Tínhamos uma linha de 10 MB e agora vamos ter uma de 100 MB, o que significa mais velocidade no setor público. Além disso, vamos distribuir o sinal em parques e praças da cidade. O anel de conexão deve estar completo até março”, avalia José Marinho, diretor da Rede Cidades Digital, e lembra que além das cidades contempladas pelo programa, pelo menos outros 60 municípios do estado se encaixam no conceito de cidade digital. “Essas cidades podem não ter a envergadura das contempladas, mas mostram indicativos de que estão preocupadas com a inclusão digital, seja com recurso próprio ou com leis municipais. Informatizar serviços públicos ajuda a dar um salto de qualidade na máquina administrativa”. 8.0. Ampliação da Cobertura da Rede Nacional de Telecomunicações Utilizando Satélite Para melhorar a estrutura de acesso ao PNBL nas regiões onde o sistema de fibra óptica não for viável, a Telebrás vai estimular a indústria nacional de equipamentos para satélites, e elaborou um modelo de negócio para comercializar a capacidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC) que seja capaz de dar volume a esses equipamentos. Em vez de a Telebrás entregar o link de satélite para o provedor, que depois distribuiria o sinal por rede própria para os seus clientes finais, o modelo será diferente. O cliente final do provedor é que receberá as antenas VSATs, mas o provedor terá plena capacidade para gerenciar a banda que ele tenha contratado da Telebrás. "O sistema de gerência que a gente está desenvolvendo para o satélite permite que seja criada uma operação virtual. Ou seja, em vez de levar um link para o provedor e ele distribuir como ele faz hoje, ele pode atender direto os usuários dele com as VSATs. E aquela banda que ele necessita, ele gerencia. O sistema de gerência permite esse seccionamento", explica o gerente do projeto de Satélite da Telebrás, Sebastião do Nascimento Neto. Segundo ele, o objetivo é que os equipamentos tenham uma escala tal que despertem o interesse da indústria nacional em desenvolvê-los. Além disso, a Telebrás já deu entrada do projeto no Regime Especial de Tributação da Banda Larga (REPNBL) para que os gateways e terminais sejam adquiridos com isenção de impostos. O SGDC terá um total de cinco gateways nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Campo Grande, Florianópolis e Salvador. Os gateways são equipamentos que estão conectados ao Backbone da Telebrás e recebem o sinal do satélite. "Cinco gateways é um número otimizado. Tivemos
  • 46. também propostas de sete a nove gateways", afirma o executivo. Sebastião Neto acaba de voltar da reunião de kick off do projeto com a Alenia Space na França. Segundo ele, como não há muitos satélites operando em banda Ka no mundo, e portanto poucos projetos como referência, o desenvolvimento é sempre mais trabalhoso. A figura 36 mostra um esboço do projeto. Além disso, desde a criação das especificações até o momento já se passaram quatro anos, período em que a demanda estimada pela Telebrás mudou. Por isso, o trabalho inicial será acertar junto com o fabricante um "remanejamento de massa" para adequar a cobertura à demanda atual. "A gente está trabalhando nessa otimização. Esse é um processo que deve demorar uns oito meses até que a fabricação dos elementos que dependem dessa definição seja concluída. Isso não quer dizer que o satélite está parado", explica Sebastião Neto. O satélite terá cobertura sobre o Brasil inteiro, sendo que a capacidade de cada spot beam depende da demanda esperada para aquela região. Também será coberto todo o mar territorial brasileiro e o Pré-Sal. Apesar de o momento atual ser de ajustes em relação à especificação, a expectativa do executivo é que se os trabalhos se mantiverem nesse ritmo o satélite pode ser entregue com um ou dois meses de antecedência, em relação aos 30 meses previstos. O Ministério das Telecomunicações através da Telebrás deveria fazer convênios com as operadoras de telefonia celular para o PNBL, sendo que algumas fizeram contratos apenas para a utilização da Rede Nacional de Telecomunicações para servir como Figura 36
  • 47. Backhaul e disponibilizar seu sinal em Estações de Radio Base nos locais de difícil acesso. Acordos com contratos de parceria possibilitariam termos a banda larga móvel inseridas no PNBL, nos mesmos termos de compromisso assumidos pelas concessionárias de telefonia fixa para oferecer banda larga à velocidade de 1 Mbps a R$ 35,00 em todos os municípios do País até o fim de 2014 (Programa Banda Larga Popular). Como é de conhecimento o custo de transmissão por satélite é o mais caro e uma parceria publica-privada viabilizaria um acordo. Estes acordos possibilitariam aumentar o numero de municípios com acesso a banda larga, diminuindo os prazos para disponibilizar esse sinal nos municípios que são viáveis do ponto de vista técnico, já que o projeto de implantação por satélite será de longo prazo. 9.0 Conclusão O efeito da mudança de uma infraestrutura bem planejada para dar suporte a um megaevento como a Copa do Mundo no Brasil tem longa duração e implicações econômicas, demográficas e sociais para todas as regiões. Como o governo nacional, regional ou municipal projeta esse legado de infraestrutura de apoio possibilitando criar um cenário, com efeito, cascata sobre o desenvolvimento de uma região para as próximas décadas é um risco econômico que deve ser mitigado, porque a infraestrutura é à base da prosperidade e da resiliência de uma região. A governança e o planejamento - monitoramento, controle e transparência - sempre representou um desafio para um país com pouca tradição de expor os gastos públicos e responsabilidades relacionadas. O momento é oportuno para se criar um legado institucional que possibilite uma mudança na credibilidade perante a comunidade nacional e internacional, criando evidencias que somos um país trilhando o caminho do desenvolvimento. Infelizmente no ano da Copa do Mundo o Brasil ainda não conseguiu atingir esse patamar, apesar dos vários portais (federal, estadual e municipal) virtuais terem sido criados com o principal objetivo de total transparência no desenvolvimento dos projetos, mas que se tornaram uma vitrine de um merchandiser onde o produto principal que seria a gestão na sua plenitude não é exposto. Como a inclusão digital é o maior legado na área de Telecomunicações devido à construção da Rede Nacional de Telecomunicações para a Copa do Mundo, que ela seja a metamorfose para sedimentar o gerenciamento de reputação – transparência e sustentabilidade - nos próximos cinco anos, e possa alavancar a difusão do conhecimento para as comunidades carentes em todas as regiões do Brasil, desobstruindo o alcance limitado que possibilite alcançar uma herança social que se
  • 48. traduza numa melhora da auto-estima, e um ganho na educação e formação dessas comunidades e economias locais. Bibliografia: [1] B. Baldrati, “4G voa na rua, mas sofre em casa”, Gazeta do Povo no caderno de economia, disponível: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml? id=1367345&tit=4G-voa-na-rua-mas-sofre-em-casa, abr/2013. [2] V. Karasinsky, “Testamos a rede 4G Claro em Curitiba”, Tecmumdo, disponível: http://www.tecmundo.com.br/4g/40574-testamos-a-rede-4g-da-claro-em-curitiba.htm, Jun/2013. [3] Redação, “Falta de harmonização de espectro coloca 4G risco”, Internet Movel 3G 4G UOL, disponível: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm? infoid=28765&sid=17#.UmHryvmkolQ, dez/2011. [4] Redação, “4G: Frequência e licitações, Teleco na seção 4G, disponível: http://www.teleco.com.br/4g_freq.asp, fev/2013 [5] Redação, “Anatel: teles podem usar a faixa de 1,8 GHz para LTE” Tele.sintese no caderno Plantão do Noticias, disponível: http://www.telesintese.com.br/index.php/ plantao/45-telesintese-analise/telesintese-analise/22737-anatel-teles-podem-usarfaixa-de-1-8-ghz-para-lte, abr/2013. [6] “4G”, Wikipédia no Portal: Tecnologia de Informação, disponível: http://pt.wikipedia. org /wiki/4G, out/2013. [7] Redação, “LTE Quick Guide”, Tutorialspoint, disponível: http://www.tutorialspoint. com/lte/lte_quick_guide.htm, 2013. [8] ITU, “Analysis of ITU Spectrum Recommendations in the Latin America Region – 4G Americas”, Relatório, Ago/2013. [9] Delloite, “Observatorio Movel Brasil 2012”, Estudo baseado em uma pesquisa conjunta entre a GSMA, a Deloitte e a Wireless Intelligence, fev/2013 [10] Huawei, “Whitepaper Spectrum”, Estudo da necessidade de espectro na telefonia móvel, fev 2013 [11] Report ITU-R M.2078(2006), “Estimated spectrum bandwidth requirements for the future development of IMT-2000 and IMT-Advanced”. [12] Recommendation implementation of ITU-R the M.1036-4(03.12), terrestrial “Frequency component of arrangements International for Mobile Telecommunications (IMT) in the bands identified for IMT in the Radio Regulations (RR)”.
  • 49. [13] Report ITU-R M.2078(2006), “Estimated spectrum bandwidth requirements for the future development of IMT-2000 and IMT-Advanced”. [14] Report ITU-R M.2024(2000), “Summary of spectrum usage survey results” [15] Telebrás, “Transparência Pública-PE_052-2012”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, out/2012. [16] Telebrás, “Transparência Pública-PE-03-2013”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, jan/2013. [17] Telebrás, “Transparência Pública-PE10-2013”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, jan/2013. [18] Telebrás, “Transparência Pública-PE12-2013”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, fev/2013. [19] Telebrás, “Transparência Pública- PE18-2013”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, fev2013. [20] Telebrás, “Transparência Pública- PE19-2013”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, mar/2013. [21] Telebrás, “Transparência Pública- PE-044-2012”, pagina de licitações, disponível: http://www.telebras.com.br/licitacoes, mar/2013. [22] Redação, “PNBL: Telebrás e Eletrosul farão gestão de fibras ópticas”, Convergência Digital, disponível: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe /sys/start.htm?infoid=25969&sid=14 [23] Redação, “Infraestrutura de telecomunicações foi acelerada por causa da Copa, diz secretário-executivo do MiniCom”, Portal da Copa, disponível: http://www.copa2014.gov.br/ [24] Redação, “Infraestrutura de telecomunicações foi acelerada por causa da Copa, diz secretário-executivo do MiniCom”, Portal da Copa, disponível: http://www.copa2014.gov.br/ [25] Redação, “Telebras fecha acordo com Eletrosul para PNBL”, ComputerWorld, disponível: http://computerworld.com.br/ [26] Redação, “Eletrosul conclui rede para que PNBL possa chegar ao Sul do país”, Reuters, disponível: [24] Redação, “Eletrosul conclui rede para que PNBL possa chegar ao Sul do país”, Reuters, disponível: http://br.reuters.com/ [27] Redação, “Cidades Digitais”, Fórum de Transparência, Participação e Controle Social disponível: http://www.consocial.com.br/ cidadesDigitais.asp [28] Redação, “Cidades Digitais chega a mais nove municípios do PR”, Gazeta do Povo, disponível: http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml? id=1416895&tit=Cidades-Digitais-chega-a-mais-nove-municipios-do-PR
  • 50. [29] Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, “Relatório Final da Subcomissão Especial destinada a acompanhar as ações do Programa Nacional de Banda Larga”, Relatório, Dez/2013. [30] Ernst&Young Terco, “Social and Economic Impacts of the 2014 World Cup”, Relatório, Dez/2011. [31] Telebrás, “Programa Nacional de Banda Larga 36 Meses Depois”, Relatório, Ago/2013. [32] M. V. Cardoso; F.A.Fleury, “O Legado da Copa e seu Impacto no Futuro da Cidade de São Paulo”, Paper, Jun/2013. [33] Anatel, “Relatório Analítico Ouvidoria da Anatel”, Relatório, Dez/2013. [34] Deloitte, “A lasting legacy how major sporting events can drive positive change for host communities and economies”, Relatório, Fev/2010. [35] P.R.R. Soares,“ Megaeventos esportivos e o urbano: a copa do mundo de 2014 e seus impactos nas cidades brasileiras”, Paper, Set/2013. [34] PwC, “Mega-event infrastructure opportunities”, Relatório, Abr/2011. [35] J.P. Campos, Visiona “O Programa SGDC e seu Legado”, Paper, Set/2013.