O documento discute métodos para compor esquemas de comandos pneumáticos, incluindo métodos intuitivos baseados na experiência e métodos sistemáticos baseados em diretrizes estabelecidas. Também fornece exemplos de representações gráficas e tabelas para diagramas de sequência de comandos pneumáticos, incluindo um dispositivo de dobra e estampagem com quatro cilindros e um microsequenciador Festo.
1. Pneumática Avançada – Prof. Luiz Sérgio M. Rabelo
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TÉCNICAS E MÉTODOS DE
COMANDOS PNEUMÁTICOS
METODOS DE COMPOSIÇÃO DE ESQUEMAS
Em princípio pode-se apresentar duas possibilidades principais para a composição de
esquemas.
1. Os métodos conhecidos como “intuitivos” também denominados de métodos
convencionais ou métodos de experimentação .
2. A composição metódica de esquemas segundo prescrições e diretrizes estabelecidas
A seguir considere-se como pertinentes ao primeiro grupo, todos os tipos de composição
de esquemas nos quais se trabalha segundo a intuição ou a experiência. Isto porém não
exclui a possibilidade de existir mesmo neste caso uma certa sistemática, a qual em
muitos casos até é indispensável. Entretanto, neste tipo de composição a influência da
sistemática será sempre menor do que as influências pessoais do projetista.
Enquanto que no primeiro caso são necessários muita experiência, intuição e
principalmente, em circuitos complexos, bastante tempo, as composições de esquemas
conforme o segundo tipo, necessitam de um trabalho sistemático assim como um certo
conhecimento teórico fundamental.
O objetivo, independente do tipo de composição do esquema, é de se obter no final, um
comando que apresenta bom funcionamento e transcurso seguro. Enquanto que
antigamente se dava valor à solução de maior vantagem econômica, hoje situam-se em
primeiro lugar a segurança de transcurso, a simplicidade de manutenção e com isto
também a facilidade de supervisão.
Isto leva necessáriamente mais e mais à composição metódica de esquemas, sempre
segundo a sistemática estabelecida, sendo portanto facilmente compreencível e possível
de ser verificado por outras pessoas que necessitem ocupar-se com o mesmo. Entretanto,
o volume tecnológico de um comando dêste tipo na maioria dos casos será maior do que
o de um comando desenvolvido segundo o método intuitivo.
Em muitos casos porém êste volume adicional de material é compensado rapidamente
através da economia de tempo no projeto e em seguida também na manutenção.
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Exemplo: dispositivo de dobra e estampagem
Manualmente, são colocadas chapas de metal no dispositivo e, mediante um cilindro
pneumático, a chapa e fixada. Com outros dois cilindros, a chapa e dobrada e outro
efetua a estampagem.
Esboço do dispositivo:
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO
Seqüência cronológica
Cilindro 1 – avança e fixa a peça.
Cilindro 2 – avança, primeira fase de dobra.
Cilindro 3 – avança, segunda fase de dobra.
Cilindro 3 – retorna à posição inicial.
Cilindro 4 – avança e executa um furo de 4 mm.
Cilindro 4 – retorna à posição inicial.
Cilindro 2 – retorna à posição inicial.
Cilindro 1 – retorna e solta à peça.
ANOTAÇÕES EM TABELA
Trabalho Cilindro 1 Cilindro 2 Cilindro 3 Cilindro 4
1 Avança - - -
2 - Avança - -
3 - - Avança -
4 - - Retorna -
5 - - - Avança
6 - - - Retorna
7 - Retorna - -
8 Retorna - - -
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INDICAÇÃO VETORIAL
Cilindro 1 →
Cilindro 2 →
Cilindro 3 →
Cilindro 3 ←
Cilindro 4 →
Cilindro 4 ←
Cilindro 2 ←
Cilindro 1 ←
REPRESENTAÇÃO ABREVIADA
Cilindro 1 + Cilindro 2 +
Cilindro 3 + Cilindro 3 -
Cilindro 4 + Cilindro 4 -
Cilindro 2 - Cilindro 1 -
PLANO DE SEQUÊNCIA
Passo
Válvula
de sinal
acionada
Por
Comutação
das válvulas
de comando
Elementos de
Trabalho Observações
Avança Recua
1
1.2 Man. 1.1 Z 1.0 - -
1.4 1.0 - - - -
2 2.2 1.0 2.1 Z 2.0 - -
3 3.2 2.0 3.1 Z 3.0 - -
4 3.3 3.0 3.1 Y - 3.0 -
5 4.2 3.0 4.1 Z 4.0 - -
6 4.3 4.0 4.1 Y - 4.0 -
7 3.2 4.0 2.1 Y - 2.0 -
8 1.3 2.0 1.1 Y - 1.0 -
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Diagrama de movimentos
No diagrama de movimentos, são indicados os movimentos e as condições operacionais
dos elementos de trabalho (cilindro, unidades hidropneumáticas, etc.).
Isto feito através de suas coordenadas: uma representa o trajeto dos elementos de
trabalho e a outra, o passo (diagrama trajeto passo).
Adicionalmente a este diagrama, existe a possibilidade de indicar também o tempo
(diagrama trajeto tempo).
Avança →
Recua ←
Avança +
Recua -
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MICROSEQUENCIADOR FESTO FSS-12-C
Vista Frontal do Microsequenciador pneumático
Fig. xxx
1. Indicador de passos
2. Indicador branco (P), acionado quando a saída coordenada com o passo indicado
estiver sob pressão.
3. Indicador azul indica o sinal de confirmação do último passo executado
4. Botão para acionamento manual passo a passo
5. Chave selecionadora: Na posição “0” desligado na posição “1” funciona automático
e manual passo a passo
A figura 2 mostra as conexões do dispositivo na parte trazeira onde se verifica as
conexões de entrada de sinais, saída das informações, alimentação de ar comprimido,
sinal de partida e o rearme (RESET).
Vista Trazeira do Microsequenciador pneumático.
1
2
3
4
5
ENTRADAS X1 – X12
SAÍDAS A1 – A12
PARTIDA
(START)AUTOMATICO OU
MANUAL
ALIMENTAÇÃO REPOSIÇÃO
(RESET)