Slides da primeira Aula de Teorias da Comunicação Digital do curso de pós-graduação lato sensu em Marketing e Comunicação Digital da PUC Minas em Poços de Caldas
1. Teorias da Comunicação Digital
Pós Graduação em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais
2012
Pablo Moreno Fernandes Viana
2. Teorias da Comunicação Digital
Ementa
Histórico do desenvolvimento das tecnologias de
comunicação digital. Constituição das redes
sociotécnicas. Cibercultura e contemporaneidade. Relação
públicos e redes. Midias sociais e a gestão de informações
on-line. Convergência midiática.
3. Teorias da Comunicação Digital
Objetivos
Problematizar a evolução Estudar a convergência
das tecnologias da midiática e as interações
comunicação digital e as dos meios de comunicação
transformações nas formas tradicionais a partir da
de sociabilidade dos inserção das tecnologias na
sujeitos. sociedade.
Discutir a sociedade em Analisar as interações
rede e a cibercultura. sociais entre os sujeitos e
as organizações no
contexto da web 2.0
4. Unidade 1
Panoramas da Comunicação 1.1 A pesquisa em
Digital Comunicação e a Comunicação
Digital
1.2 Surgimento e evolução das
tecnologias da informação e
da comunicação
1.3 Sociedade em rede:
Cibercultura
5. Unidade 2
Redes Sociotécnicas 2.1 A pesquisa em
Comunicação e a Comunicação
Digital
2.2 Surgimento e evolução das
tecnologias da informação e
da comunicação
2.3 Sociedade em rede:
Cibercultura
6. Unidade 3
Comunicação Digital e
Contemporaneidade
3.1 Mídias locativas e
territórios informacionais
3.2 Redes sociais e o sujeito
no ciberespaço
3.3 Convergência midiática
7. Sistema de avaliação
Exercícios de análise: Trabalho Final (Paper):
40 pontos 60 pontos
8. Por que se estudar a internet?
Qual a importância da Comunicação Digital na sua vida?
9. Quem acessa a
internet?
81 milhões de brasileiros com
mais de 16 anos.
85 milhões de brasileiros com
mais de seis anos.
Fonte: Internet Advertising Bureau Brasil (IAB)
10. Ações publicitárias em mídia digital
hoje representam 5,03% do total dos investimentos das
empresas em publicidade.
11. Ações publicitárias em mídia digital
Se os valores investidos pelas empresas nos mecanismos de
busca for agregado às contas, o percentual sobe para 9,58%.
16. e-commerce
atualmente, 20 milhões de
pessoas fazem compras
online.
No primeiro semestre de
2010, esse segmento
faturou R$ 6,7 bilhões. Esse valor sinaliza para um
aumento de 40% em relação
a 2009.
17. Mobile
Em abril de 2011, o país Em dezembro de 2010, 14,6
contava com 212 milhões milhões de celulares
de celulares. contava com conexão 3G à
internet.
Os modems 3G totalizavam
4,3 milhões.
19. E o que mudou com a internet?
Algo mudou, de fato?
20. As teorias da Comunicação…
O campo da comunicação vive em discussões
epistemológicas permanentes. Historicamente, observa-
se ajustes na forma de se olhar para o objeto de acordo
com as configurações sociais.
21. As teorias da comunicação…
Mass Comunication Teoria Hipodérmica
Research
Estímulo-resposta. Receptor
Estuda o efeito do rádio passivo (massa)
O modelo de Lasswell Teoria da persuasão
Insere o contexto. E-M-C-R Audiência (interesse) e
mensagem (credibilidade)
22. As teorias da comunicação…
Teoria empírica de campo Teoria Funcionalista
Teoria dos líderes de opinião. Estuda as funções exercidas
O público é capaz de fazer pelos meios
escolhas.
Teoria Crítica Estudos culturais
Cultura de massa > Indústria Estuda os fatores políticos e
Cultural. Entender a cultura econômicos na produção
como fenônomeno de midiática.
transformação social.
23. As teorias da comunicação
Teoria do agendamento Gatekeeper
(Agenda Setting)
Estuda o poder dos
Estuda o poder dos meios de profissionais de comunicação
comunicação na determinação em pautar a mídia.
dos assuntos midiáticos.
Newsmaking
Construção da realidade
através da mídia.
24. As teorias da Comunicação
O meio é a mensagem
Marshall McLuhan
Meios quentes e meios frios.
Participação sensorial do
receptor.
Aldeia Global
As tecnologias interligam o
mundo, que se torna uma teia Os meios de comunicação
de interdependência mútua como extensão do homem
Prótese técnica. novas formas
de sensorialização.
25. As teorias da comunicação
Cibercultura Flexibiliza o espaço de
comunicação em relação às
Relação entre tecnologia e mídias tradicionais.
modernidade.
Resgata manifestações
culturais baseadas em
trocas e influências
mútuas.
26. Para ler mais sobre Cibercultura…
André Lemos e Pierre Lévy possuem obras homônimas sobre o
tema.
28. Tecnologia, Sociedade e
transformação
A tecnologia não determina a
As transformações sociais são
sociedade. Nem a sociedade
resultado de um complexo
escreve o curso da
padrão interativo.
transformação tecnológica.
29. A tecnologia é a sociedade
e a sociedade não pode ser entendida ou representada sem suas
ferramentas tecnológicas.
30. A tecnologia é a sociedade
O paradigma tecnológico Até mesmo o fato de esse
concebido nos EUA nos anos paradigma surgir nos EUA se
70 veio em função de um relaciona à cultura da
segmento da sociedade norte- liberdade, inovação individual
americana que concretizou e iniciativa empreeendedora
um novo estilo de dos campi universitários
comunicação, produção e norte-americanos dos anos
gerenciamento. 60.
31. A tecnologia é a sociedade
A revolução da tecnologia da informação vai difundir o espírito
libertário dos anos 60 através da ênfase na interatividade e nos
dispositivos personalizados.
35. 1962-1965
ARPA Advanced Research Project
Agency
Entidade formada em 1958 pelo Departamento de Defesa dos EUA para
mobilizar recursos de pesquisa no mundo universitário.
36. ARPANET
Rede de computadores montada pela ARPA em 1969.
Objetivo: Estimular a pesquisa em comunicação interativa.
37. Arpanet
Mais de 15 nós em centros
1971 universitários de pesquisas nos
EUA.
38. Arpanet
define-se o protocolo padrão
TCP/IP.
1973 (Protocolo de Controle de
Transmissão/Protocolo de
Interconexão)
39. TCP/IP?
• que é?
o TCP/IP é o principal protocolo
de envio e recebimento de
dados, uma espécie de
comunicador que fornece o
endereço e o nome e permite a
localização do outro computador
devido ao recebimento das
mesmas informações, sendo
usado para estabelecer esta
relação tanto na internet quanto
em uma intranet.
http://www.tecmundo.com.br/780-o-que-e-tcp-ip-.htm
40. Arpanet
o controle é transferido para a
1975 Defense Communication Agency.
47. Outras redes
Final da década
de 1970
Bulletin Board
Systems (BBS) Movimento que surge da
interconexão de
computadores
48. BBS: o que faziam?
• Download de software e dados
Upload de software e dados
• Ler notícias
• Trocar mensagens com outros
utilizadores
• Participar em fóruns de
discussão
• Conversar (chat) com outros
utilizadores
• Divertir-se com jogos online
49. Outras redes
1977
MODEM Programa que permitia a
transferência de arquivos
entre computadores pessoais.
50. Outras redes
1978
Computer
Bulletin Board Programa que permitia o
Systems (CBS) armazenamento e transmissão
de mensagens.
51. Compartilhamento
Tanto o MODEM quanto o CBS
foram liberados para domínio
público pelos seus criadores,
Ward Christensen e Randy Suess,
da Universidade de Chicago.
52. Outras redes
1981
Bitnet Rede de computadores para
usuários de sistemas IBM.
54. Outras redes
1980
Usenet News Rede de comunicação entre
computadores com o sistema
UNIX, fora da Arpanet.
55. 1990
World Wide Web
O pesquisador Berners-Lee, em
parceria com Robert Cailliau
desenvolve um programa
navegador/editor, chamado
World Wide Web.
56. 1990
World Wide Web
Tratava-se de uma aplicação de compartilhamento de
informações para qualquer computador conectado através da
Internet (HTTP, MTML, URI-URL).
60. 1995
A Microsoft integra a Internet ao Windows 95, por meio
de seu próprio navegador, o Internet Explorer.
61.
62. O surgimento dos applets
Nesse mesmo ano, surge o Java,
1995 linguagem que permite a
transferência de mini aplicativos
entre computadores, expandindo
a esfera das aplicações web.
65. Cultura
Padrões repetitivos de comportamento geram costumes que são
repetidos por instituições, bem como por organizações sociais
formais.
66. Cultura
Construção coletiva que transcende preferências individuais, ao
mesmo tempo em que influencia as práticas das pessoas no seu
âmbito.
67. A cultura da internet
Os sistemas tecnológicos são socialmente produzidos.
68. A cultura da internet
A produção social é estruturada culturalmente.
69. A cultura dos produtores da
Internet moldou o meio.
Quem são os produtores mesmo?
70. As quatro camadas
Juntas, elas contribuem para uma ideologia da liberdade que é
amplamente disseminada no mundo da Internet.
71. Camada 1
Academia e Ciência;
Cultura
tecnomeritocrática
Crença no bem inerente ao
desenvolvimento científico;
72. Camada 1
A relevância das descobertas é
dada pelo reconhecimento dos
pares;
Cultura
tecnomeritocrática
A coordenação dos projetos é
assegurada por figuras de
autoridade.
73. Camada 2
Cooperação e comunicação livre;
Cultura hacker
Hacker ≠ Cracker
74. Camada 2
A autoridade é baseada na
excelência tecnológica para o
bem-estar da comunidade.
Cultura hacker
Compartilhamento como a forma
de reconhecimento.
75. Camada 3
Surge com os primeiros usuários
de redes de computadores.
Cultura comunitária
virtual
Moldou as formas sociais,
processos e usos da rede.
76. Camada 3
Tem origens muito semelhantes
aos movimentos contraculturais e
dos modos de vida alternativa
dos anos 60.
Cultura comunitária
virtual
77. Camada 4
Só se interessa pela Internet na
década de 1990.
Cultura empresarial
Com os investimentos, a Internet
se desenvolve muito
rapidamente.
78. Camada 4
A partir da Internet surge uma
nova economia.
Cultura empresarial
As organizações que investiram
em novas ideias ganharam em
termos financeiros.
79. Enfim, a cultura da internet
É feita de uma crença tecnocrática no
progresso dos seres humanos através da tecnologia,
levado a cabo por comunidades de hackers
que prosperam na criatividade tecnológica livre e
aberta, incrustrada em redes virtuais que
pretendem reinventar a sociedade, e materializada
por empresários movidos a dinheiro na nova
economia.
81. Cultura da internet
A cultura
tecnomeritocrátic
a especifica-se como uma
cultura hacker ao As camadas estão
incorporar normas e hierarquicamente dispostas
costumes a redes de
cooperação voltadas para
projetos tecnológicos.
82. Cultura da internet
A cultura comunitária
virtual acrescenta uma
dimensão social ao
As camadas estão
compartilhamento
hierarquicamente dispostas
tecnológico, fazendo da
internet um meio de
interação social seletiva e
de integração simbólica.
83. Cultura da internet
A cultura
empresarial
trabalha, ao lado da
cultura hacker e da
cultura As camadas estão
comunitária, para hierarquicamente dispostas
difundir práticas da
Internet em todos os
domínios da sociedade
como meio de ganhar
dinheiro.
84. Cultura da internet
Sem a cultura
tecnomeritocrátic
a os hackers não As camadas estão
passariam de uma hierarquicamente dispostas
comunidade contracultural
específica de geeks e
nerds.
85. Cultura da internet
cultura
Sem a
hacker, as redes
As camadas estão
comunitárias na Internet
hierarquicamente dispostas
não se distinguiriam de
muitas outras comunidades
alternativas.
86. Cultura da internet
Assim como, sem a
cultura hacker e os
valores comunitários, As camadas estão
hierarquicamente dispostas
a cultura empresarial
não pode ser caracterizada
como específica à Internet.
92. Rede
Compromisso entre dois extremos: uma ordem repetitiva
perfeitamente simétrica cujos cristais são os modelos físicos
mais clássicos e uma varidade infinitamente complexa e
imprevisível, como a das formas evanescentes da fumaça.
94. Rede
Estrutura de interconexão instável, composta de elementos em
interação, e cuja variabilidade obedece a alguma regra de
funcionamento.
95. Rede
Estrutura composta de Estrutura de interconexão
elementos em interação; instável no tempo. Sua
esses elementos são os nós dinâmica é inserida em sua
da rede, ligados entre si estrutura.
por caminhos ou ligações,
sendo o conjunto instável e
definido em um espaço de
três dimensões. A modificação de sua
estrutura obedece a alguma
regra de funcionamento.
96. Rede matriz técnica
Espacial temporal, ela desterritorializa e reterritorializa.
Adiciona ao espaço-tempo físico um espaço ampliado e um
tempo reduzido.
103. O virtual
Não se situa no tempo e no espaço. Esses elementos deixam de
ser importantes em sua abordagem.
104. O virtual
Virtual: Aquilo que existe
em potência, não em ato, O oposto ao virtual, segundo
aquilo que se torna Levy é o atual.
potência.
105. A semente da árvore
Dadas as condições ideais, irá se atualizar e transformar em
árvore. Portanto, a semente é a virtualização da árvore.
106. Uma conversa ao telefone
Pode suscitar emoções e interferir na realidade do interlocutor
tal qual se estivesse no mesmo ambiente físico.
107. Não confrontar real x virtual
Ambos fazem parte do cotidiano e não se opõem. As tecnologias
da comunicação digital atualizam as relações espaço-temporais,
tornando o virtual possível.
108. Rede
Telemática Sociotécnica
Aspecto tecnicista e Insere o sujeito como
reducionista. Não considera o elemento constitutivo da
sujeito como parte integrante rede. Ele é um dos nós que a
do processo. integra.
109. O que a rede representa?
Um rompimento com os modelos clássicos de comunicação por colocar
emissores e receptores integrados no mesmo nível hierárquico
potencialmente.