1.
1
Prof. Dr. José Carlos T. Oyadomari
oyadomari@mackenzie.br
Contabilidade Gerencial: Pesquisa
e Prática
Realização:
Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade
e Programa de Pós-Graduação em Administração de
Organizações

2.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 2
 Definições
 Caso Prático com conexão com teoria
 Situações Organizacionais
 Teorias
 Papel dos Cientistas Sociais – Proposta
de Kaplan
 Sugestões de oportunidades de
pesquisas
Agenda

3.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 3
 Management Accounting ou Contabilidade Gerencial é mais
focado nas técnicas
 Management Control é mais amplo e pode ser entendido como
um processo de gestão, envolvendo definição de metas e
aspectos comportamentais
 Controle Gerencial inclui todos artefatos, sistemas, regras,
práticas, valores e outras atividades utilizadas para assegurar
que o comportamento e decisões dos empregados sejam
consistentes com os objetivos organizacionais e estratégias
Definições
MALMI; BROWN (2008, p.290) com pequenas adaptações

4.
Contabilidade Gerencial
4
Indicadores de
Desempenho
Ferramentas de
Contabilidade/Controle
Gerencial
Influenciar comportamento
dos gestores a atingirem os
objetivos organizacionais
Técnicas utilizadas para
auxiliar os gestores no
processo decisório e na
execução de suas
atividades para atingirem
esses objetivos
Qual é o objetivo?
Como atingir esse
objetivo?
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

5.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 5
 Você trabalha na PICS, uma pequena empresa de
consultoria que atua implantando indicadores de
desempenho
 O único sócio da empresa, vai ficar fora de combate por
conta de uma cirurgia
 O sócio deixou alguns apontamentos dos clientes que você
terá que visitar nas próximas semanas e fazer a proposta
de indicador de desempenho
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services
(Oyadomari et al. 2015)

6.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Nós estamos ainda no início de operações, nosso objetivo é
vender mais para mais clientes, pois com isso podemos testar
e aperfeiçoar nosso produto, além de ocupar os espaços.
Empresa A – em crescimento
Indicador de Desempenho
- Vendas
- Market-Share
- Volume Vendido
- Quantidade de Clientes
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

7.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Empresa B - À venda
Nosso caso é um pouco diferente. Já temos uma operação
consolidada, mas não vejo possibilidade de crescimento, e
também não temos sucessores, ninguém na minha família
quer tocar o negócio, nosso objetivo é vender o negócio.
Indicador de Desempenho
- EBITDA em valor
- Ebitda é proxy para valor da empresa (valor
da empresa é múltiplos de EBITDA)
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

8.
Empresa C - Ineficiente
Já o meu caso é totalmente diferente, eu sou o novo CEO e
preciso melhorar a eficiência , já que o antigo CEO foi
dispensado por ter uma gestão leniente com os
desperdícios.
Indicador de Desempenho
- Margem Ebitda
- SG&A / Receitas
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

9.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Crescemos principalmente por aquisição, nosso foco era
“comprar” EBITDA, e para isso tivemos que tomar dívida, e
nossa alavancagem em EBITDA´s está acima do que os
bancos acham razoável.
Empresa D – endividada por crescimento por aquisição
Indicador de Desempenho
- ROI por unidade de negócio
- ROI versus WACC
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

10.
Empresa E – legitimar o recurso do acionista
Acabamos de fazer uma nova captação junto aos
investidores, com isso nossa estrutura de capital ficou bem
menos alavancada, agora é preciso “chacoalhar” os gestores
passando a ideia que o capital próprio tem um custo.
Indicador de Desempenho
- EVA
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

11.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Fizemos recentemente o IPO, mas já estamos nos
preparando para novas captações, até então éramos uma
empresa de um único dono. Agora não, a empresa não
tem dono, mas tem vários investidores, muitos não
sabem sequer o que fazemos, eles tem um foco bem
imediatista.
Empresa F – Sem Dono
Indicador de Desempenho
- Retorno total para o investidor
(variação do preço da ação mais dividendos
pagos)/ valor base da ação
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

12.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Nosso foco hoje está muito mais em ROI e EBITDA, mas
não vejo muita gente preocupada com o fluxo de caixa, e
no final é ele quem paga nossas dívidas e remunera os
acionistas por dividendos.
Empresa G – sem olhar para o caixa
Indicador de Desempenho
- Cash Conversion ( FCO / EBITDA)
- Fluxo de Caixa livre
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

13.
Empresa H – foco no longo prazo
Sinto que essa ênfase em resultados financeiros e valor da
ação não vai nos levar para um bom futuro, vejo que no
longo prazo vamos ter dificuldades, muitos gestores estão
cortando despesas com treinamento e P&D, os ativos
também estão ficando sucateados, precisamos passar outra
mensagem para os gestores, mesmo os analistas não estão
percebendo isso.
Indicador de Desempenho
- Não Monetário
- Preferência
- Satisfação
- Atratividade de pessoal
Caso PICS – Performance Indicators Consulting Services (Oyadomari et al. 2015)

14.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 14
Conexão com as teorias aplicáveis ao caso PICS
Teoria do Ciclo de Vida
Os objetivos organizacionais podem variar em função do estágio
de ciclo de vida organizacional
Teoria da Agência
Principal e Agente tem divergentes interesses, os indicadores de
desempenho e a remuneração variável funcionam como
alinhadores desses interesses

15.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
 “Depois que implantamos os KPIs a coisa mudou, o nível de
discussão, várias coisas que passavam batidas foram
identificadas, o pessoal começou a se mexer, a ter mais
iniciativa, muitos problemas foram resolvidos, melhorou a
comunicação, acho que modificamos a forma de utilizar os
controles, gerando vários benefícios.”
Mudança Organizacional
Teorias e construtos aplicáveis
- Aprendizagem Organizacional
- Efeitos do Uso do Sistema de Controle Gerencial

16.
Legitimação
 “Meu chefe me pediu para listar duas novas técnicas de
controle gerencial que eu ache importante implementar no
próximo ano. Na verdade, nós nem precisamos, ele mesmo
concorda, mas todo ano é assim, precisamos apresentar
alguma coisa nova. Penso que é até um pouco de desperdício
pois o desempenho da empresa vai muito bem, obrigado”
Teorias Aplicáveis
Nova Sociologia Institucional (legitimação)
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

17.
Estilo de Avaliação de Desempenho
 “Eu sempre acreditei que o orçamento deveria ser muito
rígido, mas nessa empresa que eu estou trabalhando agora,
percebo que isso precisa ser repensado. A empresa tem um
cenário muito instável e por exemplo, as despesas de
marketing é muito difícil acertar o orçamento, já que
freqüentemente somos obrigados a responder a alguma ação
do concorrente”
 Desabafo de um CFO de uma empresa de varejo, onde a
concorrência é acirrada.
Teorias Aplicáveis
Teoria da Contingência
Construto Incertezas Estratégicas
Construto Estilo de Avaliação de Desempenho
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

18.
Uma Visão de Modelo Teórico de
Pesquisa em Contabilidade Gerencial
Efeitos
-Desempenho
- Uso Disfuncional
-Decisões
-Mudança
Construtos de
Contabilidade
Gerencial
Desenho
 ferramentas
Uso
 Como são utilizadas
Características das
Organizações
-Ciclo de vida
- cultura
-Setor (complexidade)
-tamanho
Características das
Pessoas
-Aversão ao risco
- Empreendedor
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

19.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 19
 Pense em um problema que existe na sua empresa ou em
empresas que você trabalhou ou que ainda existe na profissão,
mas que não seja simples de resolver, quer dizer que já perdura
há algum tempo
 Verifique a aderência com a área de controladoria, contabilidade
gerencial e áreas afins
 Preferencialmente que seja algo que, quando estudado possa
gerar soluções para melhorar alguma coisa (processo, rotina,
desempenho) da empresa ou da profissão
Roteiro sugerido para identificar uma
questão relevante

20.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015
Papel dos Cientistas Sociais
20
 ”if social scientists truly wish to understand certain
phenomena, they should try to change then.
 Creating, not predicting, is the most robust test of
validity-actionability (Argyris, 1997)
 Kaplan (2006) discursando para American Accounting
Association ao ganhar prêmio pela relevância da obra
KAPLAN (2006)

21.
Teoria – Conexão entre Acadêmicos e
Práticos
21
•A missão central de acadêmicos e educadores em escolas de
negócios é conduzir pesquisas que gerem conhecimento para
uma disciplina e que esse conhecimento seja aplicável para
prática gerencial.
•Para isso necessitamos entender os problemas que afetam a
profissão
•Também necessitamos desenvolver uma boa teoria que permita
avançar o conhecimento para a disciplina e para a profissão
•Boa teoria é prática, pois avança o conhecimento numa
disciplina, orienta pesquisas em busca de questões cruciais e
gera mais conhecimento sobre a profissão
•Van de Ven ( 1989)
VAN DE VEN, A.H. Nothing is quite so practical as a good theory. Academy of
Management Review, vol.14, n.4, 486-489, 1989
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

22.
22
Teorias em Contabilidade Gerencial
 Teorias capazes de explicar e
predizer são susceptíveis de fornecer informações práticas,
uma vez que lidam com questões que são de interesse
prático, ou seja, tentam explicar e predizer fenômenos
relacionados aos objetivos profissionais
 Conjunto de premissas
 Quais ferramentas devem ser implementadas?
 Como devem ser utilizadas?
 Sob quais circunstâncias e com quais propósitos
(melhoria de eficiência, sustentabilidade, etc.)
MALMI, GRANDLUND , 2009
Construir melhores práticas de Contabilidade Gerencial
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

23.
Modelo de Fluxo
Identificar
Um
Problema
prático
Estudar
Cientifica-
mente
Propor
e
Desenvolver
Uma solução
Acompanhar
e
Implementar
a solução
Avaliar
Propor
Novas
aplicações
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015

24.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 24
Oportunidades de Pesquisas
Como funcionam os controles gerenciais em
empresas com a presença de:
 Fundos de private equity
 Fundos ativistas
 Covenants (externos ou internos)
 Transição de fundador para administração profissional
 Acionistas fundadores no comando
 Adoção das técnicas Falconi
 Consultorias operacionais e ou de reestruturação financeira
(turnaround)
 Filosofia 3G
 Forte monitoramento por pares (peer monitoring)
 Controles Culturais e Confiança

25.
Oyadomari, J.C.T – Evento FEA-RP 11-06-2015 25
Não recomendáveis
 Replicação de pesquisas internacionais sem nenhuma
justificativa plausível
 Não ir a campo previamente para verificar a aderência do
tema com a realidade
 Questionário por ajuda – viral
 Não fazer a devolutiva para organização pesquisada ou
respondentes
 Pesquisar somente controllers
 Não apresentar os resultados da pesquisa para os práticos

26.
26
Prof. Dr. José Carlos T. Oyadomari
oyadomari@mackenzie.br
Contabilidade Gerencial: Pesquisa
e Prática
Realização:
Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade
e Programa de Pós-Graduação em Administração de
Organizações