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Curso de
 Capacitação em
Gestação Saudável
 12ª Coordenadoria Regional de Saúde


                               Prof. Claudio Alfredo Konrat
Assistência Pré Natal



                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Diagnóstico da Gravidez
• O diagnóstico da gravidez pode ser feito
  pelo médico ou pelo enfermeiro da
  unidade básica.
• Registrar os aspectos importantes para o
  início do acompanhamento pré-natal.
• A gestante deverá receber as orientações
  necessárias ao acompanhamento pré-
  natal – seqüência de consultas médicas e
  de enfermagem, visitas domiciliares e
  reuniões educativas.
                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Etapas do Diagnóstico
 ATRASO OU IRREGULARIDADE                       AVALIAR:
MENSTRUAL, NÁUSEAS, AUMENTO           Ciclo menstrual, data da última
   DO VOLUME ABDOMINAL                menstruação, atividade sexual


                                     Atraso em mulheres com atividade
                                                 sexual

                                       Solicitar Teste Imunológico de
                                                Gravidez (TIG)




        Resultado Positivo                        Resultado Negativo

       Gravidez confirmada                      Repetir TIG após 15 dias

Iniciar acompanhamento da gestante                Resultado Negativo


                                            Persistindo amenorréia – avaliar
                                                 causas ginecológicas
                                                                    Prof. Claudio Alfredo Konrat
O Acompanhamento Pré Natal
• Nome, idade e endereço da gestante.
• Idade gestacional.
• Trimestre da gravidez na primeira consulta:
  – Abaixo de 13 semanas = 1º trimestre
  – Entre 13 e 27 semanas = 2º trimestre
  – Acima de 28 semanas = 3º trimestre
• Avaliação nutricional.
• Vacinas e orientações de rotina.
                                       Prof. Claudio Alfredo Konrat
Idade Gestacional
• A gestação dura 40 semanas (280 dias)
• Gestação a termo: para fetos que nascem
  entre 38 e 42 semanas de gestação
• Parto Imaturo: abaixo de 30 semanas
• Parto Prematuro: entre 30 e 37 semanas
• Parto Pós maduro (serotino): acima de 42
  semanas.

                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Cálculo da Idade Gestacional
• Convenção: iniciar a contagem à partir do
  1º dia (início) da última menstruação.
• Contar 40 semanas (ou 280 dias) para fixar
  a data provável do parto.
• Dica: somar 7 ao dia do início da última
  menstruação e 9 ao mês da última
  menstruação (ou descontar 3, se for o
  caso).
• Contar a gestação em semanas completas.
                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Os Trimestres
• Primeiro Trimestre (até 13 semanas):
  – Desenvolvimento embrionário
  – Período gestacional crítico
• Segundo Trimestre (entre 14 e 27 semanas):
  – Crescimento fetal
  – Ultra-sonografia e diagnóstico precoce de
    malformações e alterações do desenvolvimento
• Terceiro Trimestre (acima de 28 semanas):
  – Preparação para o parto
  – Avaliação e controle da vitalidade fetal
                                          Prof. Claudio Alfredo Konrat
As Consultas Obstétricas

 Roteiro para Primeira Consulta




                              Prof. Claudio Alfredo Konrat
História Clínica I
• Identificação
• Dados sócio-econômicos
• Motivos da consulta (foi encaminhada?,
  tem problemas?)
• Antecedentes familiares
• Antecedentes pessoais (HAS,
  Cardiopatias, Diabete, Doenças Renais
  Crônicas, Anemia, Transfusões, TBC)

                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
História Clínica II
Antecedentes ginecológicos
• Ciclos menstruais, intervalo, regularidade
• Uso de métodos anticoncepcionais
• Infertilidade e esterilidade
• Doenças sexualmente transmissíveis
• Cirurgias ginecológicas
• Mamas
• Último citopatológico (Papanicolaou)
                                     Prof. Claudio Alfredo Konrat
História Clínica III
Sexualidade
• Início da atividade sexual
• Desejo sexual
• Libido
• Orgasmo
• Dispareunia
• Prática sexual nesta gestação ou em
  anteriores
• Número de parceiros
                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
História Clínica IV
Antecedentes Obstétricos
• Número de gestações (inclui abortamentos,
  gravidez ectópica e mola)
• Número de partos
• Número de abortamentos
• Número de filhos vivos
• Idade da primeira gestação
• Condições dos recém nascidos
• Complicações nos puerpérios e gestações
  anteriores
• Amamentação
                                       Prof. Claudio Alfredo Konrat
História Clínica V
Gestação atual
• DUM
• DPP
• Percepção dos primeiros movimentos
  fetais
• Sinais e sintomas na gestação em curso
• Medicamentos usados na gestação
• Hábitos: fumo, álcool, drogas ilícitas
• Ocupação habitual
                                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Exame Físico I
Geral
• Peso e estado nutricional – estatura
• FC – Temperatura – PA
• Inspeção de pele e mucosas
• Palpação da tireóide
• Ausculta cardiopulmonar
• Exame do abdome, gânglios inguinais
• Mis, edema (face, tronco e membros)
                                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Exame Físico II
Específico (gineco-obstétrico)
• Exame das mamas (orientado para
  aleitamento materno)
• Medida da altura uterina
• Ausculta dos batimentos cardiofetais
  (Sonar Doppler e/ou Pinard)
• Exame dos genitais externos e internos
• Exames de rotina
                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Exame Físico III

Exame da gestação
• Identificação da situação e apresentação
  fetal (3º trimestre)
• Inspeção do colo uterino (toque vaginal)
• Orientação quanto a citopatológico



                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Exames de Rotina
•   Hemograma e Tipagem Sangüínea
•   Coombs indireto
•   VDRL
•   Glicemia
•   EQU
•   Hbs-Ag e HCV
•   EPF
•   Bacterioscópico de conteúdo vaginal
•   HIV
                                          Prof. Claudio Alfredo Konrat
Ações Complementares
•   Referência para atendimento odontológico
•   Vacina antitetânica
•   Serviços especializados, quando indicado
•   Agendamento de consultas subseqüentes




                                    Prof. Claudio Alfredo Konrat
As Consultas Obstétricas

   Consultas Subseqüentes




                            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Roteiro Geral
• Revisão da ficha
• Cálculo e anotação da idade gestacional
• Exame físico geral e obstétrico
• Orientação quanto aos fenômenos
  evolutivos da gestação
• Interpretação dos exames laboratoriais
• Acompanhamento das condutas adotadas
  em serviços clínicos especializados
                                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Padronização de Procedimentos

• Métodos para cálculo da idade
  gestacional
  – UM conhecida (calendário ou gestograma)
  – UM desconhecida, mas sabe-se o mês
    (considerar como UM, os dias 5, 15 e 25)
  – UM desconhecia total (medida da altura
    uterina, toque vaginal e ultra-som)


                                       Prof. Claudio Alfredo Konrat
Padronização dos Procedimentos
Altura Uterina
• Fita métrica, toque vaginal
  – Até 6 semanas: sem alteração uterina
  – Até 8 semanas: dobro do tamanho
  – Na semana 10: triplo do tamanho
  – Na semana 12: é palpável na sínfise pubiana
  – Na semana 16: entre a sínfise e a cicatriz
    umbilical
  – Na semana 20: na altura da cicatriz umbilical
  – Após isso: relação aproximada entre as
    semanas de gestação e a medida da altura
    uterina.
                                         Prof. Claudio Alfredo Konrat
Fatores de Risco Reprodutivo
Individuais e Sociais:
  – Idade menor que 17 e maior que 35 anos
  – Ocupação: carga horária, rotatividade,
    exposição a agentes físicos, químicos, etc.
  – Situação conjugal insegura
  – Baixa escolaridade
  – Condições ambientais desfavoráveis
  – Altura menor que 145 cm
  – Peso menor que 45 kg e maior que 75 kg
  – Dependência de drogas lícitas e ilícitas

                                         Prof. Claudio Alfredo Konrat
Fatores de Risco Reprodutivo
História Reprodutiva Anterior:
  – Morte perinatal explicada ou inexplicada
  – Recém-nascido com CIUR, pré termo ou
    malformado
  – Abortamento habitual
  – Esterilidade/infertilidade
  – Intervalo menor que dois anos ou maior que
    cinco anos
  – Nuliparidade e multiparidade
  – Síndrome hemorrágica ou hipertensiva
  – Cirurgia uterina anterior
                                       Prof. Claudio Alfredo Konrat
Fatores de Risco Reprodutivo
Doença Obstétrica na Gravidez Atual:
  – Desvio quanto ao crescimento uterino, número
    de fetos e volume de líquido amniótico
  – Trabalho de parto prematuro e gravidez
    prolongada
  – Ganho ponderal inadequado
  – Pré-eclâmpsia – eclâmpsia
  – Amniorrexe prematura
  – Hemorragias da gestação
  – Isoimunização
  – Óbito fetal
                                       Prof. Claudio Alfredo Konrat
Fatores de Risco Reprodutivo
Intercorrências Clínicas
  – Cardiopatias
  – Pneumopatias
  – Nefropatias
  – Endocrinopatias
  – Hemopatias
  – Hipertensão arterial
  – Epilepsia
  – Doenças infecciosas
  – Ginecopatias
  – Doenças auto-imunes    Prof. Claudio Alfredo Konrat
Modificações Gravídicas

 Desenvolvimento Gestacional




                               Dr. Claudio Alfredo
                               Konrat
Primeiro Trimestre

Desenvolvimento Embrionário
    Alterações Maternas


                              Dr. Claudio Alfredo
                              Konrat
Desenvolvimento
     Fetal




        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal




Embrião de 1 a 6 semanas
                            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento
     Fetal


 Embrião de
 6 semanas




        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal
Período de 0 a 6 semanas
• No final do primeiro mês, o embrião tem o tamanho de
um grão de arroz
• O tubo neural, que formará o cérebro e a medula
espinhal, está em desenvolvimento
• O coração está em desenvolvimento e começará a
bater no 25º dia
• O trato digestivo está em desenvolvimento
• Braços e pernas iniciam o desenvolvimento
• O cordão umbilical inicia o desenvolvimento
                                                Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal


                Embrião de
                8 semanas




                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal



              Embrião de
              8 semanas




                    Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal



                Embrião de
                10 semanas




                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal
Embrião de 7 a 10 semanas
• O feto continua a se desenvolver
• O coração está batendo
• Dedos das mãos e dos pés estão se formando
• Desenvolvimento do estômago e fígado
• Estão se formando o nariz e as orelhas


                                           Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal



                Embrião de
                15 semanas




                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal
Embrião de 10 a 15 semanas
•Os órgãos genitais estão em desenvolvimento, mas ainda não
é possível identificar o sexo
• O sistema circulatório funciona normalmente
• Sua boca se abre e se fecha
• Os rins estão funcionando, produzindo urina, excretada para o
líquido amniótico
• A cor dos olhos está sendo determinada e as pálpebras estão
se desenvolvendo
• Os movimentos fetais são bastante amplos.

                                                 Prof. Claudio Alfredo Konrat
Alterações Maternas I
Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12)
• A taxa metabólica aumenta em 10-25%,
 acelerando todas funções corporais.
• Os ritmos cardíaco e respiratório
 aumentam à medida que mais oxigênio
 tem que ser levado para o feto e mais
 dióxido de carbono é exalado.
• Ocorre expansão uterina pressionando a
 bexiga e aumentando a vontade de urinar.
                                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Alterações Maternas II
Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12)
• Aumento do tamanho e peso dos seios, além de
  aumentar a sensibilidade dos mesmos logo nas
  primeiras semanas.
• Surgem novos ductos lactíferos
• As auréolas dos seios escurecem e as
  glândulas chamadas de tubérculo de
  Montgomery aumentam em número e tornam-se
  mais salientes.
• As veias dos seios ficam mais aparentes,
  resultado do aumento de sangue para essa
  região.
                                      Prof. Claudio Alfredo Konrat
Segundo Trimestre

 Desenvolvimento Fetal
  Alterações Maternas



                         Prof. Claudio Alfredo Konrat
Alterações Maternas I
Segundo Trimestre (Semana 13 a 28)
• Retardamento gástrico provocado pela diminuição das
  secreções gástricas, essa diminuição é resultado do
  relaxamento da musculatura do trato intestinal. Esse
  relaxamento também provoca um número menor de
  evacuações.
• Os seios podem formigar e ficar doloridos.
• Aumento da pigmentação da pele, principalmente em
  áreas já pigmentadas como sardas, pintas, mamilos.
• As gengivas podem se tornar esponjosas devido à
  ação


                                             Prof. Claudio Alfredo Konrat
Alterações Maternas II
Segundo Trimestre (Semana 13 a 28)
• As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação
  aumentada dos hormônios.
• O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao
  relaxamento do esfíncter no alto do estômago.
• O coração trabalha duas vezes mais do que uma
  mulher não grávida e faz circular 6 litros de sangue por
  minuto.
• O útero precisa de 50% a mais de sangue que o
  habitual.
• Os rins precisam de 25% a mais de sangue do que o
  habitual.

                                                Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal I
16ª semana
O feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o
mostrará por partes. A ossificação do esqueleto fetal progride
rapidamente nesse período.
17ª semana
A movimentação fetal nessa fase é intensa, porém a mãe ainda não
consegue percebê-la.
18ª semana
Nos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os
testículos, nos fetos masculinos, iniciam sua descida para a bolsa
escrotal.
19ª semana
Os sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam
harmoniosamente. O feto deglute parte do líquido amniótico e
elimina urina no líquido.


                                                         Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal II
20ª semana
A partir dessa época a maioria das gestantes começa a sentir as
movimentações fetais. As primigestas (primeira gestação) podem sentir
mais tardiamente, por volta de 22 semanas. Entre 20 e 24 semanas de
gestação pode se realizar o ultra-som morfológico, que é o exame não
invasivo mais detalhado que existe atualmente para o estudo da função
dos órgãos e sua morfologia. É a época apropriada para o
rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso
fetal está em torno de 500gramas.
21ª semana
O soluço fetal pode ser percebido freqüentemente até o fim da
gestação.
22ª semana
Os pêlos começam a tornar-se visíveis, inicialmente nas sobrancelhas,
nos lábios superiores e queixo, bem como os cabelos.



                                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal III
23ª semana
O feto mexe bastante nessa fase gestacional,
podendo dar cambalhotas, virar de um lado para
o outro e inclusive dormir no útero materno.

24ª semana
O comprimento céfalo-nádegas é em torno de
21cm, e o peso em torno de 650g.
25ª semana
As medidas do feto tornam-se mais
proporcionais a partir dessa fase.
                                     Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal IV

26ª semana
A partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da
gestação que se caracteriza pelo ganho de peso fetal,
além do amadurecimento de seus órgãos.

27ª semana
A pele encontra-se enrugada devido à escassez de
gordura subcutânea. Os olhos começam a abrir. O feto
tem aparência magra.

28ª semana
O peso fetal está em torno de 1kg.

                                               Prof. Claudio Alfredo Konrat
Terceiro Trimestre

Desenvolvimento Fetal
 Alterações Maternas
Alterações Maternas I
Terceiro Trimestre (Semana 29 a 40)
• A taxa de ventilação aumenta cerca de 40%,
  passando de 7 litros de ar por minuto da mulher
  não grávida para 10 litros por minuto, enquanto
  o consumo aumenta apenas 20%. A maior
  sensibilidade das vias respiratórias pode causar
  falta de ar.
• As costelas são empurradas para fora
  decorrente do crescimento fetal.
• Os ligamentos inclusive da pelve ficam
  distendidos, podendo causar desconforto ao
  andar.
                                         Prof. Claudio Alfredo Konrat
Alterações Maternas II
Terceiro Trimestre (Semana 29 a 40)
• Desconforto causado pelas mãos e pés
  inchados, podendo ser sinal de pré-eclâmpsia.
• Podem ocorrer dores nas costas devido a
  mudanças do centro de gravidade e por um
  ligeiro relaxamento das articulações pélvicas.
• Os mamilos podem secretar colostro.
• Aumenta a freqüência e vontade de urinar.
• Aumenta a necessidade de repousar e dormir.

                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal I
29ª semana
A gordura subcutânea já está desenvolvida, ou seja, a pele
enrugada desaparece. O sistema nervoso central atinge um
grau de desenvolvimento satisfatório, permitindo já um certo
controle de regulação térmica corporal. O feto já ensaia
movimentos respiratórios intra-uterinos.
30ª semana
Daqui para frente a implantação placentária é definitiva, ou
seja, não há mais deslocamento da mesma. Normalmente
após esse período o feto já fica na posição correta, que é de
ponta cabeça, ou seja, dificilmente dará uma cambalhota
para ficar sentado.
31ª semana
Os núcleos de ossificação do fêmur (osso principal do corpo
humano) já se formaram, indicando que o amadurecimento
ósseo está adequado.
                                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal II
32ª semana
As contrações uterinas fisiológicas, que preparam o
útero para o trabalho de parto, iniciam-se lentamente
nessa fase. A gestante pode sentir a barriga "endurecer"
por curtos períodos de tempo e não rítmicos.
33ª semana
A partir dessa semana é interessante que a gestante vá
preparando os últimos detalhes do enxoval do bebê, que
conheça a maternidade e o melhor caminho para chegar
lá.
34ª semana
O peso fetal está em torno de 2kg.

                                              Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal III
35ª semana
A partir dessa época, os pulmões já produzem surfactante,
uma substância fabricada pelo próprio organismo que faz
com que eles sequem, e eles deixam de ser imaturos.
36ª semana
A média de peso fetal é de 2,5kg. A partir dessa semana é
comum a realização de um exame chamado cardiotocografia
anteparto ou monitoragem fetal. É feito semanalmente e tem
o intuito de avaliar o bem estar fetal, ou seja, a sua
vitalidade.
37ª semana
Ao final desta semana o feto já é considerado maduro por
isso, caso a paciente entre em trabalho de parto
espontaneamente, o recém-nascido não será prematuro.
Porém nesse período o feto freqüentemente ainda está em
fase de ganho de massa corporal, em torno de 200-
250g/semana.
                                                 Prof. Claudio Alfredo Konrat
Desenvolvimento Fetal IV
38ª semana
As gestantes em geral apresentam contrações uterinas ainda
não rítmicas que preparam o organismo para o trabalho de
parto. Fique atenta às movimentações fetais e a uma
eventual perda de líquido.
39ª semana
No fim da gestação é importante o controle médico semanal.
Muitas mulheres já apresentam dilatação do colo uterino.
40ª semana
O final desta semana coincidirá com a data que o médico
calculou como a data provável do parto no início do pré-natal.
Em alguns casos, a duração da gestação pode ser superior a
40 semanas, mas o acompanhamento médico é fundamental
nesse período para garantir o bem estar materno e fetal.


                                                   Prof. Claudio Alfredo Konrat
Detalhes das Consultas

     Medida do Peso




                      Prof. Claudio Alfredo Konrat
Objetivo
Avaliar o aumento do peso durante a gestação
Para:
  – Identificar as gestantes com déficit nutricional ou
    sobrepeso, no início da gestação;
  – Detectar as gestantes com ganho de peso menor ou
    excessivo para a idade gestacional, em função do
    estado nutricional prévio;
  – Permitir, a partir da identificação oportuna das
    gestantes de risco, orientação para as condutas
    adequadas a cada caso, visando melhorar o estado
    nutricional materno, suas condições para o parto e o
    peso do recém-nascido.
                                               Prof. Claudio Alfredo Konrat
Atividade
Medida do peso e da altura materna. Cálculo
  do aumento de peso durante a gestação.
• Resultados perinatais ruins têm sido associados
  com peso materno pré-gravídico insuficiente,
  baixa estatura da mãe e aumento de peso
  insuficiente ou excessivo durante a gravidez.
• A variação do peso durante a gravidez é muito
  grande e oscila entre 6 e 16 kg ao final da
  gestação. O aumento máximo se dá entre a 12ª
  e a 24ª semana de amenorréia.

                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Técnicas da Medida
• Deve-se aferir o peso em todas as consultas
  pré-natais, com a gestante usando roupa leve e
  descalça. Recomenda-se a
• utilização de balança com pesos, pois podem
  ser calibradas regularmente .
• A estatura deverá ser medida na primeira
  consulta. A gestante deverá estar em pé,
  descalça, com os calcanhares juntos o mais
  próximo possível da haste vertical da balança,
  erguida, com os ombros para trás e olhando
  para frente.
                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Avaliação do Aumento Ponderal
• O aumento excessivo de peso materno predispõe à
  macrossomia fetal, e o aumento insuficiente está
  associado ao crescimento intra-uterino retardado.
• Deve-se suspeitar de desnutrição materna quando o
  aumento de peso for inferior a p25 ou o peso para altura
  for menor que o p10 dos respectivos padrões. Se algum
  valor for maior que o p90 do seu padrão, deve-se
  suspeitar de excesso de ingestão ou de retenção
  hídrica.
• Deve-se suspeitar de crescimento intra-uterino
  retardado (CIUR) quando os valores do aumento de
  peso materno forem inferiores aos que correspondem ao
  p25 (peso para altura menor que p10).
                                               Prof. Claudio Alfredo Konrat
Conduta
• Os casos com suspeita clínica de CIUR,
  excluindo os oligoidrâmnios, o erro da
  amenorréia, etc., deverão ser confirmados
  por ultra-sonografia para afastar os falsos
  positivos.
• A gestante deverá então ser referida para
  acompanhamento no pré-natal de alto
  risco.

                                     Prof. Claudio Alfredo Konrat
Detalhes das Consultas

 Controle da Pressão Arterial




                                Prof. Claudio Alfredo Konrat
Objetivo
Detectar precocemente estados hipertensivos que
 se constituam em risco materno e perinatal.
 Considera-se hipertensão arterial sistêmica na
 gestação:
1. O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão
   sistólica (máxima) e/ou de 15 mmHg ou mais na
   pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis
   tensionais previamente conhecidos.
2. A observação de níveis tensionais iguais ou
   maiores que 140 mmHg de pressão sistólica, e
   iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão
   diastólica.
Os níveis tensionais alterados devem ser
   confirmados em, pelo menos, duas medidas,
   com a gestante em repouso.
                                             Prof. Claudio Alfredo Konrat
Detalhes das Consultas

Verificação da Presença de Edema




                             Prof. Claudio Alfredo Konrat
Objetivo
Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico. Se:
Edema ausente (-): Acompanhar a gestante, seguindo o
  calendário de rotina.
Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito
  de peso, (+): Verificar se o edema está relacionado à postura,
  final do dia, temperatura ou tipo de calçado.
Edema limitado aos membros inferiores, com hipertensão ou
  aumento de peso (++): Aumentar repouso em decúbito lateral
  esquerdo. Deve ser avaliada pelo médico da unidade, de
  acordo com o calendário de rotina. Caso haja hipertensão, a
  gestante deve ser encaminhada para um serviço de alto risco.
Edema generalizado (face, tronco e membros), ou que já se
  manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou
  aumento súbito de peso (+++): Gestante de risco em virtude de
  suspeita de pré-eclâmpsia ou outras situações patológicas:
  referir ao pré-natal de risco.
                                                  Prof. Claudio Alfredo Konrat
Detalhes das Consultas

      Medida da Altura Uterina
Acompanhamento do Crescimento Fetal



                             Prof. Claudio Alfredo Konrat
Objetivos
• Identificar o crescimento normal do feto e
  detectar seus desvios;
• Diagnosticar as causas do desvio de
  crescimento fetal encontrado e orientar
  oportunamente para as condutas adequadas a
  cada caso.
  – Indicador: altura uterina em relação ao número de
    semanas de gestação.
  – Padrão de referência: curvas de altura uterina para
    idade gestacional desenhadas a partir dos dados do
    Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP).

                                              Prof. Claudio Alfredo Konrat
Técnica




          Prof. Claudio Alfredo Konrat
Detalhes das Consultas

   Vacinação Antitetânica




                            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Orientações Básicas
• Vacinação da Gestante
  – É realizada para prevenção do tétano no recém
    nascido e para a proteção da gestante, com a vacina
    do tipo adulto ou com o toxóide tetânico)
• Gestante Não-Vacinada
  – Três doses (60 em 60 dias)
• Gestante Vacinada
  – Aplicar mais uma ou duas doses. Reforços: de 10/10
    anos
• Efeitos Adversos
  – Dor, calor, vermelhidão e endurecimento local e febre
                                               Prof. Claudio Alfredo Konrat
Pequenos Desconfortos da
       Gravidez
  Condutas nas Queixas mais
         Freqüentes
Náuseas, Vômitos e Tonturas
• Explicar que esses são sintomas comuns no
  início da gestação.
• Orientar a gestante para: dieta fracionada (seis
  refeições leves ao dia); evitar frituras, gorduras
  e alimentos com cheiros fortes ou
  desagradáveis; evitar líquidos durante as
  refeições, dando preferência à ingestão nos
  intervalos; ingerir alimentos sólidos antes de
  levantar-se, pela manhã.
• Agendar consulta médica para avaliar a
  necessidade de usar medicamentos ou referir
  ao pré-natal de alto risco, em caso de vômitos
  freqüentes.
                                            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Pirose (Azia)
• Orientar a gestante para:
  – dieta fracionada, evitando frituras; ingerir leite
    frio;
  – evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e
    fumo.
Observação: em alguns casos, a critério
 médico, a gestante pode fazer uso de
 medicamentos antiácidos.

                                            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Sialorréia (Salivação Excessiva)
• Explicar que esse é um sintoma comum
  no início da gestação.
• Orientar dieta semelhante à indicada para
  náusea e vômitos.
• Orientar a gestante para deglutir a saliva e
  tomar líquidos em abundância
  (especialmente em épocas de calor).


                                      Prof. Claudio Alfredo Konrat
Fraquezas e Desmaios
• Orientar a gestante para que não faça
  mudanças bruscas de posição e evite a
  inatividade.
• Indicar dieta fracionada. Sugerir chá ou café
  com açúcar como estimulante, desde que não
  estejam contra-indicados.
• Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça
  abaixada ou deitar-se em decúbito lateral,
  respirando profunda e pausadamente, melhora
  a sensação de fraqueza e desmaio.

                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Dor Abdominal (Cólicas, Gases)
• Certificar-se de que não sejam contrações
  uterinas.
• Se a gestante apresentar flacidez da parede
  abdominal, sugerir o uso de cinta (com exceção
  da elástica) e exercícios apropriados.
• Se houver flatulências (gases) e ou obstipação
  intestinal:
  – orientar dieta rica em resíduos: frutas cítricas,
    verduras, mamão, ameixas e cereais integrais;
  – recomendar que aumente a ingestão de líquidos e
    evite alimentos de alta fermentação, tais como
    repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar;
  – recomendar caminhadas, movimentação e
    regularização do hábito intestinal;            Prof. Claudio Alfredo Konrat
Hemorróidas
Recomendar à gestante:
• fazer dieta, a fim de evitar a obstipação
  intestinal. Se necessário, prescrever
  supositórios de glicerina;
• não usar papel higiênico colorido ou áspero
  (molhá-lo) e fazer higiene perianal com água e
  sabão neutro, após defecação;
• fazer banhos de vapor ou compressas mornas;
• agendar consulta médica, caso haja dor ou
  sangramento anal persistente.

                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Corrimento Vaginal
Explicar que um aumento de fluxo vaginal é
  comum na gestação.
• Não prescrever cremes vaginais, desde que não
  haja diagnóstico de infecção vaginal.
• Agendar consulta médica, se ocorrer fluxo de
  cor amarelada, esverdeada ou com odor fétido,
  ou caso haja prurido. Nesses casos, ver
  condutas no Manual de Tratamento e Controle
  de Doenças Sexualmente Transmissíveis / DST-
  Aids/MS.

                                      Prof. Claudio Alfredo Konrat
Sintomas Urinários
• Explicar que, geralmente, o aumento do
  número de micções é comum no início e
  no final da gestação (aumento do útero e
  compressão da bexiga).
• Agendar consulta médica, caso exista dor
  ao urinar ou hematúria (sangue na urina),
  acompanhada ou não de febre.


                                    Prof. Claudio Alfredo Konrat
Falta de Ar
Esses sintomas são freqüentes na gestação, em
  decorrência do aumento do útero ou ansiedade
  da gestante:
• recomendar repouso em decúbito lateral;
• ouvir a gestante e conversar sobre suas
  angústias, se for o caso;
• estar atento para outros sintomas associados e
  para achados no exame cardiopulmonar pois,
  embora infreqüentemente, pode tratar-se de
  doença cardíaca ou respiratória. Agendar a
  consulta médica, caso haja dúvida ou suspeita.

                                        Prof. Claudio Alfredo Konrat
Mastalgia (Dor nas Mamas)
• Recomendar o uso constante de sutiã,
  com boa sustentação, após descartar
  qualquer alteração no exame das mamas.




                                 Prof. Claudio Alfredo Konrat
Dor Lombar
Recomendar à gestante:
• correção de postura ao sentar-se e ao
  andar;
• uso de sapatos com saltos baixos e
  confortáveis;
• aplicação de calor local;
• eventualmente, usar analgésico (se não
  for contra-indicado), por tempo limitado.
                                     Prof. Claudio Alfredo Konrat
Cefaléia (Dor de Cabeça)
• Afastar hipertensão arterial e pré-
  eclâmpsia (se tiver mais de 24 semanas
  de gestação).
• Conversar com a gestante sobre suas
  tensões, conflitos e temores.
• Referir à consulta médica, se persistir o
  sintoma.


                                     Prof. Claudio Alfredo Konrat
Sangramento nas Gengivas
• Recomendar o uso de escova de dentes
  macia e massagem na gengiva.
• Agendar atendimento odontológico,
  sempre que possível.




                                Prof. Claudio Alfredo Konrat
Varizes
Recomendar à gestante:
• não permanecer muito tempo em pé ou
  sentada;
• repousar (20 minutos), várias vezes ao
  dia, com as pernas elevadas;
• não usar roupas muito justas e nem ligas
  nas pernas, e, se possível, utilizar meia-
  calça elástica para gestante.

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Curso Gestação Saudável

  • 1. Curso de Capacitação em Gestação Saudável 12ª Coordenadoria Regional de Saúde Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 2. Assistência Pré Natal Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 3. Diagnóstico da Gravidez • O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro da unidade básica. • Registrar os aspectos importantes para o início do acompanhamento pré-natal. • A gestante deverá receber as orientações necessárias ao acompanhamento pré- natal – seqüência de consultas médicas e de enfermagem, visitas domiciliares e reuniões educativas. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 4. Etapas do Diagnóstico ATRASO OU IRREGULARIDADE AVALIAR: MENSTRUAL, NÁUSEAS, AUMENTO Ciclo menstrual, data da última DO VOLUME ABDOMINAL menstruação, atividade sexual Atraso em mulheres com atividade sexual Solicitar Teste Imunológico de Gravidez (TIG) Resultado Positivo Resultado Negativo Gravidez confirmada Repetir TIG após 15 dias Iniciar acompanhamento da gestante Resultado Negativo Persistindo amenorréia – avaliar causas ginecológicas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 5. O Acompanhamento Pré Natal • Nome, idade e endereço da gestante. • Idade gestacional. • Trimestre da gravidez na primeira consulta: – Abaixo de 13 semanas = 1º trimestre – Entre 13 e 27 semanas = 2º trimestre – Acima de 28 semanas = 3º trimestre • Avaliação nutricional. • Vacinas e orientações de rotina. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 6. Idade Gestacional • A gestação dura 40 semanas (280 dias) • Gestação a termo: para fetos que nascem entre 38 e 42 semanas de gestação • Parto Imaturo: abaixo de 30 semanas • Parto Prematuro: entre 30 e 37 semanas • Parto Pós maduro (serotino): acima de 42 semanas. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 7. Cálculo da Idade Gestacional • Convenção: iniciar a contagem à partir do 1º dia (início) da última menstruação. • Contar 40 semanas (ou 280 dias) para fixar a data provável do parto. • Dica: somar 7 ao dia do início da última menstruação e 9 ao mês da última menstruação (ou descontar 3, se for o caso). • Contar a gestação em semanas completas. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 8. Os Trimestres • Primeiro Trimestre (até 13 semanas): – Desenvolvimento embrionário – Período gestacional crítico • Segundo Trimestre (entre 14 e 27 semanas): – Crescimento fetal – Ultra-sonografia e diagnóstico precoce de malformações e alterações do desenvolvimento • Terceiro Trimestre (acima de 28 semanas): – Preparação para o parto – Avaliação e controle da vitalidade fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 9. As Consultas Obstétricas Roteiro para Primeira Consulta Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 10. História Clínica I • Identificação • Dados sócio-econômicos • Motivos da consulta (foi encaminhada?, tem problemas?) • Antecedentes familiares • Antecedentes pessoais (HAS, Cardiopatias, Diabete, Doenças Renais Crônicas, Anemia, Transfusões, TBC) Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 11. História Clínica II Antecedentes ginecológicos • Ciclos menstruais, intervalo, regularidade • Uso de métodos anticoncepcionais • Infertilidade e esterilidade • Doenças sexualmente transmissíveis • Cirurgias ginecológicas • Mamas • Último citopatológico (Papanicolaou) Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 12. História Clínica III Sexualidade • Início da atividade sexual • Desejo sexual • Libido • Orgasmo • Dispareunia • Prática sexual nesta gestação ou em anteriores • Número de parceiros Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 13. História Clínica IV Antecedentes Obstétricos • Número de gestações (inclui abortamentos, gravidez ectópica e mola) • Número de partos • Número de abortamentos • Número de filhos vivos • Idade da primeira gestação • Condições dos recém nascidos • Complicações nos puerpérios e gestações anteriores • Amamentação Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 14. História Clínica V Gestação atual • DUM • DPP • Percepção dos primeiros movimentos fetais • Sinais e sintomas na gestação em curso • Medicamentos usados na gestação • Hábitos: fumo, álcool, drogas ilícitas • Ocupação habitual Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 15. Exame Físico I Geral • Peso e estado nutricional – estatura • FC – Temperatura – PA • Inspeção de pele e mucosas • Palpação da tireóide • Ausculta cardiopulmonar • Exame do abdome, gânglios inguinais • Mis, edema (face, tronco e membros) Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 16. Exame Físico II Específico (gineco-obstétrico) • Exame das mamas (orientado para aleitamento materno) • Medida da altura uterina • Ausculta dos batimentos cardiofetais (Sonar Doppler e/ou Pinard) • Exame dos genitais externos e internos • Exames de rotina Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 17. Exame Físico III Exame da gestação • Identificação da situação e apresentação fetal (3º trimestre) • Inspeção do colo uterino (toque vaginal) • Orientação quanto a citopatológico Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 18. Exames de Rotina • Hemograma e Tipagem Sangüínea • Coombs indireto • VDRL • Glicemia • EQU • Hbs-Ag e HCV • EPF • Bacterioscópico de conteúdo vaginal • HIV Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 19. Ações Complementares • Referência para atendimento odontológico • Vacina antitetânica • Serviços especializados, quando indicado • Agendamento de consultas subseqüentes Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 20. As Consultas Obstétricas Consultas Subseqüentes Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 21. Roteiro Geral • Revisão da ficha • Cálculo e anotação da idade gestacional • Exame físico geral e obstétrico • Orientação quanto aos fenômenos evolutivos da gestação • Interpretação dos exames laboratoriais • Acompanhamento das condutas adotadas em serviços clínicos especializados Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 22. Padronização de Procedimentos • Métodos para cálculo da idade gestacional – UM conhecida (calendário ou gestograma) – UM desconhecida, mas sabe-se o mês (considerar como UM, os dias 5, 15 e 25) – UM desconhecia total (medida da altura uterina, toque vaginal e ultra-som) Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 23. Padronização dos Procedimentos Altura Uterina • Fita métrica, toque vaginal – Até 6 semanas: sem alteração uterina – Até 8 semanas: dobro do tamanho – Na semana 10: triplo do tamanho – Na semana 12: é palpável na sínfise pubiana – Na semana 16: entre a sínfise e a cicatriz umbilical – Na semana 20: na altura da cicatriz umbilical – Após isso: relação aproximada entre as semanas de gestação e a medida da altura uterina. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 24. Fatores de Risco Reprodutivo Individuais e Sociais: – Idade menor que 17 e maior que 35 anos – Ocupação: carga horária, rotatividade, exposição a agentes físicos, químicos, etc. – Situação conjugal insegura – Baixa escolaridade – Condições ambientais desfavoráveis – Altura menor que 145 cm – Peso menor que 45 kg e maior que 75 kg – Dependência de drogas lícitas e ilícitas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 25. Fatores de Risco Reprodutivo História Reprodutiva Anterior: – Morte perinatal explicada ou inexplicada – Recém-nascido com CIUR, pré termo ou malformado – Abortamento habitual – Esterilidade/infertilidade – Intervalo menor que dois anos ou maior que cinco anos – Nuliparidade e multiparidade – Síndrome hemorrágica ou hipertensiva – Cirurgia uterina anterior Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 26. Fatores de Risco Reprodutivo Doença Obstétrica na Gravidez Atual: – Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico – Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada – Ganho ponderal inadequado – Pré-eclâmpsia – eclâmpsia – Amniorrexe prematura – Hemorragias da gestação – Isoimunização – Óbito fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 27. Fatores de Risco Reprodutivo Intercorrências Clínicas – Cardiopatias – Pneumopatias – Nefropatias – Endocrinopatias – Hemopatias – Hipertensão arterial – Epilepsia – Doenças infecciosas – Ginecopatias – Doenças auto-imunes Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 28. Modificações Gravídicas Desenvolvimento Gestacional Dr. Claudio Alfredo Konrat
  • 29. Primeiro Trimestre Desenvolvimento Embrionário Alterações Maternas Dr. Claudio Alfredo Konrat
  • 30. Desenvolvimento Fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 31. Desenvolvimento Fetal Embrião de 1 a 6 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 32. Desenvolvimento Fetal Embrião de 6 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 33. Desenvolvimento Fetal Período de 0 a 6 semanas • No final do primeiro mês, o embrião tem o tamanho de um grão de arroz • O tubo neural, que formará o cérebro e a medula espinhal, está em desenvolvimento • O coração está em desenvolvimento e começará a bater no 25º dia • O trato digestivo está em desenvolvimento • Braços e pernas iniciam o desenvolvimento • O cordão umbilical inicia o desenvolvimento Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 34. Desenvolvimento Fetal Embrião de 8 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 35. Desenvolvimento Fetal Embrião de 8 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 36. Desenvolvimento Fetal Embrião de 10 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 37. Desenvolvimento Fetal Embrião de 7 a 10 semanas • O feto continua a se desenvolver • O coração está batendo • Dedos das mãos e dos pés estão se formando • Desenvolvimento do estômago e fígado • Estão se formando o nariz e as orelhas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 38. Desenvolvimento Fetal Embrião de 15 semanas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 39. Desenvolvimento Fetal Embrião de 10 a 15 semanas •Os órgãos genitais estão em desenvolvimento, mas ainda não é possível identificar o sexo • O sistema circulatório funciona normalmente • Sua boca se abre e se fecha • Os rins estão funcionando, produzindo urina, excretada para o líquido amniótico • A cor dos olhos está sendo determinada e as pálpebras estão se desenvolvendo • Os movimentos fetais são bastante amplos. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 40. Alterações Maternas I Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12) • A taxa metabólica aumenta em 10-25%, acelerando todas funções corporais. • Os ritmos cardíaco e respiratório aumentam à medida que mais oxigênio tem que ser levado para o feto e mais dióxido de carbono é exalado. • Ocorre expansão uterina pressionando a bexiga e aumentando a vontade de urinar. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 41. Alterações Maternas II Primeiro Trimestre (Semana 1 a 12) • Aumento do tamanho e peso dos seios, além de aumentar a sensibilidade dos mesmos logo nas primeiras semanas. • Surgem novos ductos lactíferos • As auréolas dos seios escurecem e as glândulas chamadas de tubérculo de Montgomery aumentam em número e tornam-se mais salientes. • As veias dos seios ficam mais aparentes, resultado do aumento de sangue para essa região. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 42. Segundo Trimestre Desenvolvimento Fetal Alterações Maternas Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 43. Alterações Maternas I Segundo Trimestre (Semana 13 a 28) • Retardamento gástrico provocado pela diminuição das secreções gástricas, essa diminuição é resultado do relaxamento da musculatura do trato intestinal. Esse relaxamento também provoca um número menor de evacuações. • Os seios podem formigar e ficar doloridos. • Aumento da pigmentação da pele, principalmente em áreas já pigmentadas como sardas, pintas, mamilos. • As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 44. Alterações Maternas II Segundo Trimestre (Semana 13 a 28) • As gengivas podem se tornar esponjosas devido à ação aumentada dos hormônios. • O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago. • O coração trabalha duas vezes mais do que uma mulher não grávida e faz circular 6 litros de sangue por minuto. • O útero precisa de 50% a mais de sangue que o habitual. • Os rins precisam de 25% a mais de sangue do que o habitual. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 45. Desenvolvimento Fetal I 16ª semana O feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o mostrará por partes. A ossificação do esqueleto fetal progride rapidamente nesse período. 17ª semana A movimentação fetal nessa fase é intensa, porém a mãe ainda não consegue percebê-la. 18ª semana Nos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os testículos, nos fetos masculinos, iniciam sua descida para a bolsa escrotal. 19ª semana Os sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam harmoniosamente. O feto deglute parte do líquido amniótico e elimina urina no líquido. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 46. Desenvolvimento Fetal II 20ª semana A partir dessa época a maioria das gestantes começa a sentir as movimentações fetais. As primigestas (primeira gestação) podem sentir mais tardiamente, por volta de 22 semanas. Entre 20 e 24 semanas de gestação pode se realizar o ultra-som morfológico, que é o exame não invasivo mais detalhado que existe atualmente para o estudo da função dos órgãos e sua morfologia. É a época apropriada para o rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso fetal está em torno de 500gramas. 21ª semana O soluço fetal pode ser percebido freqüentemente até o fim da gestação. 22ª semana Os pêlos começam a tornar-se visíveis, inicialmente nas sobrancelhas, nos lábios superiores e queixo, bem como os cabelos. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 47. Desenvolvimento Fetal III 23ª semana O feto mexe bastante nessa fase gestacional, podendo dar cambalhotas, virar de um lado para o outro e inclusive dormir no útero materno. 24ª semana O comprimento céfalo-nádegas é em torno de 21cm, e o peso em torno de 650g. 25ª semana As medidas do feto tornam-se mais proporcionais a partir dessa fase. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 48. Desenvolvimento Fetal IV 26ª semana A partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da gestação que se caracteriza pelo ganho de peso fetal, além do amadurecimento de seus órgãos. 27ª semana A pele encontra-se enrugada devido à escassez de gordura subcutânea. Os olhos começam a abrir. O feto tem aparência magra. 28ª semana O peso fetal está em torno de 1kg. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 50. Alterações Maternas I Terceiro Trimestre (Semana 29 a 40) • A taxa de ventilação aumenta cerca de 40%, passando de 7 litros de ar por minuto da mulher não grávida para 10 litros por minuto, enquanto o consumo aumenta apenas 20%. A maior sensibilidade das vias respiratórias pode causar falta de ar. • As costelas são empurradas para fora decorrente do crescimento fetal. • Os ligamentos inclusive da pelve ficam distendidos, podendo causar desconforto ao andar. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 51. Alterações Maternas II Terceiro Trimestre (Semana 29 a 40) • Desconforto causado pelas mãos e pés inchados, podendo ser sinal de pré-eclâmpsia. • Podem ocorrer dores nas costas devido a mudanças do centro de gravidade e por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas. • Os mamilos podem secretar colostro. • Aumenta a freqüência e vontade de urinar. • Aumenta a necessidade de repousar e dormir. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 52. Desenvolvimento Fetal I 29ª semana A gordura subcutânea já está desenvolvida, ou seja, a pele enrugada desaparece. O sistema nervoso central atinge um grau de desenvolvimento satisfatório, permitindo já um certo controle de regulação térmica corporal. O feto já ensaia movimentos respiratórios intra-uterinos. 30ª semana Daqui para frente a implantação placentária é definitiva, ou seja, não há mais deslocamento da mesma. Normalmente após esse período o feto já fica na posição correta, que é de ponta cabeça, ou seja, dificilmente dará uma cambalhota para ficar sentado. 31ª semana Os núcleos de ossificação do fêmur (osso principal do corpo humano) já se formaram, indicando que o amadurecimento ósseo está adequado. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 53. Desenvolvimento Fetal II 32ª semana As contrações uterinas fisiológicas, que preparam o útero para o trabalho de parto, iniciam-se lentamente nessa fase. A gestante pode sentir a barriga "endurecer" por curtos períodos de tempo e não rítmicos. 33ª semana A partir dessa semana é interessante que a gestante vá preparando os últimos detalhes do enxoval do bebê, que conheça a maternidade e o melhor caminho para chegar lá. 34ª semana O peso fetal está em torno de 2kg. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 54. Desenvolvimento Fetal III 35ª semana A partir dessa época, os pulmões já produzem surfactante, uma substância fabricada pelo próprio organismo que faz com que eles sequem, e eles deixam de ser imaturos. 36ª semana A média de peso fetal é de 2,5kg. A partir dessa semana é comum a realização de um exame chamado cardiotocografia anteparto ou monitoragem fetal. É feito semanalmente e tem o intuito de avaliar o bem estar fetal, ou seja, a sua vitalidade. 37ª semana Ao final desta semana o feto já é considerado maduro por isso, caso a paciente entre em trabalho de parto espontaneamente, o recém-nascido não será prematuro. Porém nesse período o feto freqüentemente ainda está em fase de ganho de massa corporal, em torno de 200- 250g/semana. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 55. Desenvolvimento Fetal IV 38ª semana As gestantes em geral apresentam contrações uterinas ainda não rítmicas que preparam o organismo para o trabalho de parto. Fique atenta às movimentações fetais e a uma eventual perda de líquido. 39ª semana No fim da gestação é importante o controle médico semanal. Muitas mulheres já apresentam dilatação do colo uterino. 40ª semana O final desta semana coincidirá com a data que o médico calculou como a data provável do parto no início do pré-natal. Em alguns casos, a duração da gestação pode ser superior a 40 semanas, mas o acompanhamento médico é fundamental nesse período para garantir o bem estar materno e fetal. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 56. Detalhes das Consultas Medida do Peso Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 57. Objetivo Avaliar o aumento do peso durante a gestação Para: – Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação; – Detectar as gestantes com ganho de peso menor ou excessivo para a idade gestacional, em função do estado nutricional prévio; – Permitir, a partir da identificação oportuna das gestantes de risco, orientação para as condutas adequadas a cada caso, visando melhorar o estado nutricional materno, suas condições para o parto e o peso do recém-nascido. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 58. Atividade Medida do peso e da altura materna. Cálculo do aumento de peso durante a gestação. • Resultados perinatais ruins têm sido associados com peso materno pré-gravídico insuficiente, baixa estatura da mãe e aumento de peso insuficiente ou excessivo durante a gravidez. • A variação do peso durante a gravidez é muito grande e oscila entre 6 e 16 kg ao final da gestação. O aumento máximo se dá entre a 12ª e a 24ª semana de amenorréia. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 59. Técnicas da Medida • Deve-se aferir o peso em todas as consultas pré-natais, com a gestante usando roupa leve e descalça. Recomenda-se a • utilização de balança com pesos, pois podem ser calibradas regularmente . • A estatura deverá ser medida na primeira consulta. A gestante deverá estar em pé, descalça, com os calcanhares juntos o mais próximo possível da haste vertical da balança, erguida, com os ombros para trás e olhando para frente. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 60. Avaliação do Aumento Ponderal • O aumento excessivo de peso materno predispõe à macrossomia fetal, e o aumento insuficiente está associado ao crescimento intra-uterino retardado. • Deve-se suspeitar de desnutrição materna quando o aumento de peso for inferior a p25 ou o peso para altura for menor que o p10 dos respectivos padrões. Se algum valor for maior que o p90 do seu padrão, deve-se suspeitar de excesso de ingestão ou de retenção hídrica. • Deve-se suspeitar de crescimento intra-uterino retardado (CIUR) quando os valores do aumento de peso materno forem inferiores aos que correspondem ao p25 (peso para altura menor que p10). Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 61. Conduta • Os casos com suspeita clínica de CIUR, excluindo os oligoidrâmnios, o erro da amenorréia, etc., deverão ser confirmados por ultra-sonografia para afastar os falsos positivos. • A gestante deverá então ser referida para acompanhamento no pré-natal de alto risco. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 62. Detalhes das Consultas Controle da Pressão Arterial Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 63. Objetivo Detectar precocemente estados hipertensivos que se constituam em risco materno e perinatal. Considera-se hipertensão arterial sistêmica na gestação: 1. O aumento de 30 mmHg ou mais na pressão sistólica (máxima) e/ou de 15 mmHg ou mais na pressão diastólica (mínima), em relação aos níveis tensionais previamente conhecidos. 2. A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140 mmHg de pressão sistólica, e iguais ou maiores que 90 mmHg de pressão diastólica. Os níveis tensionais alterados devem ser confirmados em, pelo menos, duas medidas, com a gestante em repouso. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 64. Detalhes das Consultas Verificação da Presença de Edema Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 65. Objetivo Detectar precocemente a ocorrência de edema patológico. Se: Edema ausente (-): Acompanhar a gestante, seguindo o calendário de rotina. Apenas edema de tornozelo, sem hipertensão ou aumento súbito de peso, (+): Verificar se o edema está relacionado à postura, final do dia, temperatura ou tipo de calçado. Edema limitado aos membros inferiores, com hipertensão ou aumento de peso (++): Aumentar repouso em decúbito lateral esquerdo. Deve ser avaliada pelo médico da unidade, de acordo com o calendário de rotina. Caso haja hipertensão, a gestante deve ser encaminhada para um serviço de alto risco. Edema generalizado (face, tronco e membros), ou que já se manifesta ao acordar, acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso (+++): Gestante de risco em virtude de suspeita de pré-eclâmpsia ou outras situações patológicas: referir ao pré-natal de risco. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 66. Detalhes das Consultas Medida da Altura Uterina Acompanhamento do Crescimento Fetal Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 67. Objetivos • Identificar o crescimento normal do feto e detectar seus desvios; • Diagnosticar as causas do desvio de crescimento fetal encontrado e orientar oportunamente para as condutas adequadas a cada caso. – Indicador: altura uterina em relação ao número de semanas de gestação. – Padrão de referência: curvas de altura uterina para idade gestacional desenhadas a partir dos dados do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP). Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 68. Técnica Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 69. Detalhes das Consultas Vacinação Antitetânica Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 70. Orientações Básicas • Vacinação da Gestante – É realizada para prevenção do tétano no recém nascido e para a proteção da gestante, com a vacina do tipo adulto ou com o toxóide tetânico) • Gestante Não-Vacinada – Três doses (60 em 60 dias) • Gestante Vacinada – Aplicar mais uma ou duas doses. Reforços: de 10/10 anos • Efeitos Adversos – Dor, calor, vermelhidão e endurecimento local e febre Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 71. Pequenos Desconfortos da Gravidez Condutas nas Queixas mais Freqüentes
  • 72. Náuseas, Vômitos e Tonturas • Explicar que esses são sintomas comuns no início da gestação. • Orientar a gestante para: dieta fracionada (seis refeições leves ao dia); evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis; evitar líquidos durante as refeições, dando preferência à ingestão nos intervalos; ingerir alimentos sólidos antes de levantar-se, pela manhã. • Agendar consulta médica para avaliar a necessidade de usar medicamentos ou referir ao pré-natal de alto risco, em caso de vômitos freqüentes. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 73. Pirose (Azia) • Orientar a gestante para: – dieta fracionada, evitando frituras; ingerir leite frio; – evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo. Observação: em alguns casos, a critério médico, a gestante pode fazer uso de medicamentos antiácidos. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 74. Sialorréia (Salivação Excessiva) • Explicar que esse é um sintoma comum no início da gestação. • Orientar dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos. • Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância (especialmente em épocas de calor). Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 75. Fraquezas e Desmaios • Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade. • Indicar dieta fracionada. Sugerir chá ou café com açúcar como estimulante, desde que não estejam contra-indicados. • Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 76. Dor Abdominal (Cólicas, Gases) • Certificar-se de que não sejam contrações uterinas. • Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugerir o uso de cinta (com exceção da elástica) e exercícios apropriados. • Se houver flatulências (gases) e ou obstipação intestinal: – orientar dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, mamão, ameixas e cereais integrais; – recomendar que aumente a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar; – recomendar caminhadas, movimentação e regularização do hábito intestinal; Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 77. Hemorróidas Recomendar à gestante: • fazer dieta, a fim de evitar a obstipação intestinal. Se necessário, prescrever supositórios de glicerina; • não usar papel higiênico colorido ou áspero (molhá-lo) e fazer higiene perianal com água e sabão neutro, após defecação; • fazer banhos de vapor ou compressas mornas; • agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 78. Corrimento Vaginal Explicar que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação. • Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção vaginal. • Agendar consulta médica, se ocorrer fluxo de cor amarelada, esverdeada ou com odor fétido, ou caso haja prurido. Nesses casos, ver condutas no Manual de Tratamento e Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis / DST- Aids/MS. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 79. Sintomas Urinários • Explicar que, geralmente, o aumento do número de micções é comum no início e no final da gestação (aumento do útero e compressão da bexiga). • Agendar consulta médica, caso exista dor ao urinar ou hematúria (sangue na urina), acompanhada ou não de febre. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 80. Falta de Ar Esses sintomas são freqüentes na gestação, em decorrência do aumento do útero ou ansiedade da gestante: • recomendar repouso em decúbito lateral; • ouvir a gestante e conversar sobre suas angústias, se for o caso; • estar atento para outros sintomas associados e para achados no exame cardiopulmonar pois, embora infreqüentemente, pode tratar-se de doença cardíaca ou respiratória. Agendar a consulta médica, caso haja dúvida ou suspeita. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 81. Mastalgia (Dor nas Mamas) • Recomendar o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer alteração no exame das mamas. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 82. Dor Lombar Recomendar à gestante: • correção de postura ao sentar-se e ao andar; • uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis; • aplicação de calor local; • eventualmente, usar analgésico (se não for contra-indicado), por tempo limitado. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 83. Cefaléia (Dor de Cabeça) • Afastar hipertensão arterial e pré- eclâmpsia (se tiver mais de 24 semanas de gestação). • Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e temores. • Referir à consulta médica, se persistir o sintoma. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 84. Sangramento nas Gengivas • Recomendar o uso de escova de dentes macia e massagem na gengiva. • Agendar atendimento odontológico, sempre que possível. Prof. Claudio Alfredo Konrat
  • 85. Varizes Recomendar à gestante: • não permanecer muito tempo em pé ou sentada; • repousar (20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas; • não usar roupas muito justas e nem ligas nas pernas, e, se possível, utilizar meia- calça elástica para gestante.