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CONSIDERAÇÕES DE: SEMIÓTICA, ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E
MELHORIAS URBANAS.

                                                                                           Por Nilton Assis

SEMIÓTICA



        A semiótica, ciência nova porém enraizada desde a criação das coisas pelo
homem, é o estudo dos signos, dos sinas, da relação de comunicação que pode haver
entre algo do meio físico, seja uma obra de arte, um edifício, um elemento natural, um
símbolo e o ser humano. Ou seja é a absorção desse elemento físico, o signo, pelo
intelecto pessoal e sua compreensão como emblema, como representação ou o que
firme uma justificação existencial, seja origem, consequência, função, forma, definição
para com o meio social de inserção.

        Nos posicionamos perante os outros seres do planeta como racionais, sendo
um dos pressupostos básicos, e até mesmo o mais conhecido da racionalidade a
capacidade de comunicação através da linguagem. Tal condição nos coloca num
patamar de comodidade que nos leva a não considerar a complexidade da
comunicação, ou apenas observar superficialmente, sem considerar seus efeitos e
atual proporção de valor em nossa sociedade e tempo.

         Pelo princípio moderno de globalização entramos no campo da comunicação
ou linguagem não verbal, esta quando divida em verbal e não verbal pode ser
considerada a chave do desenvolvimento humano e precussora dos campos
científicos.

                     É tal a distração que a aparente dominância da língua provoca em nós que, na
                     maior parte das vezes, não chegamos a tomar consciência de que o nosso
                     estar-no-mundo, como indivíduos sociais que somos, é mediado por uma rede
                     intrincada e plural de linguagem, isto é, que nos comunicamos também através
                     da leitura e/ou produção de formas, volumes, massas, interações de forças,
                     movimentos; que somos também leitores e/ou produtores de dimensões e
                     direções de linhas, traços, cores... Enfim, também nos comunicamos e nos
                     orientamos através de imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes...Através
                     de objetos, sons musicais, gestos, expressões, cheiro e tato, através do olhar, do
                     sentir e do apalpar. Somos uma espécie animal tão complexa quanto são
                     complexas e plurais as linguagens que nos constituem como seres simbólicos,
                     isto é, seres de linguagem.(SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São
                     Paulo, 1983, p. 02)

       É nessa área que a semiótica se faz ciência. Estudando todas linguagens
possíveis. Nessa investigação das linguagens os signos têm vários significados, e
pode ser bem resumido como diz Pierce:

                     "Um signo intenta representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo
                     sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto
                     falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto implica que ele afete uma
                     mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é
                     mediatamente devido ao objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o
                     signo, e da qual a causa mediata é o objeto, pode ser chamada o
                     Interpretante".(SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São Paulo, 1983, p. 02)
Voltando ao início da conversa, o papel do signo está na mediação entre o
objeto, e sua interpretação por alguém. É o que resulta do extrato mental do
interpretante, indivíduo ou observador ao se deparar com o signo; que não é o objeto
em si, mas sua representação emblemática por algum meio, por exemplo, o projeto
desenho técnico de um barco, a foto desse barco ou uma música que fale de
barco...em nenhum desses temos o barco tangível, ou talvez nem esteja escrito, mas
na mente de quem viu, ouviu ou sentiu, nessa mediação, chegamos ao objeto “barco”.

        Assim como resultado pode-se abstrair da sutileza referências do
subconsciente do interpretante, atingindo um grau de representatividade e valor em
diferentes escalas, tanto individual (pessoal), ou social (coletiva).



ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA



        Quando dizemos da arquitetura contemporânea estamos nos referindo ao
presente, ao jogo que está em curso e não terminou, isto torna a tarefa interessante
por nos fazer pensar no futuro, avaliar o passado ou nos afogar em meio a nossas
próprias críticas, se pensarmos que somente as gerações futuras terão condições de
falar desse tempo assim como fazemos com o passado, sob o entendimento que o
fazemos da melhor forma.

        Todo estilo arquitetônico, formado ou em formação após um período histórico
ao qual chamamos de modernismo ou modernidade é arquitetura contemporânea. De
interpretação mais funcional, essa fase da arquitetura é também marcada pela ampla
difusão, aplicação e fomentação de novas técnicas construtivas com novos materiais
bem como novas combinações de influências anteriores. De certa forma, assim como
foi com todas as transformações da humanidade, tais inovações e experimentações no
ramo das concepções arquitetônicas são recebidas com estranheza e desconfiança,
primeiramente por estarem à frente de seu tempo, por resultarem em edificações de
formas e aparência desafiadoras e pelo desconhecimento da massa popular sobre o
tempo e tecnologia vividos atualmente.

        Tecnicamente a arquitetura contemporânea tem gozo pleno dos processos
industrializados, fruto do constante aperfeiçoamento da produção e formação de
profissionais, que cada vez amis aderem a uma postura de produção tão veloz e
dinâmica como a tecnologia de nossos dias.



MELHORIAS URBANAS



       Pensar em melhorias urbanas, nos remete a mudanças, obras públicas,
transtornos, responsabilidade administrativa do poder publico e enfim, é como se
surgisse uma placa de trânsito impedido em nossas mentes, talvez seja também isso,
mas antes de pensarmos em sistemáticos problemas, e entraves do desafio de
sobrevivência das cidades é necessário que tenhamos em mente o que somos na
cidade e o que a cidade é para nós.

                    Efectivamente, uma cidade é algo mais do que o somatório de seus habitantes:
                    é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e de facilidades que
                    leva a maioria das pessoas a preferirem – independentemente de outras razões
                    – viver em comunidade a viveram isoladas.(CULLEN, Gordon, Paisagem
                    Urbana, Lisboa, 1983)

        Dentro desse pensamento podemos extrair que as transformações ocorridas
num espaço comum, ou seja no âmbito da cidade, refletem nossa preocupação com a
vivência em coletividade. Logo se temos efeitos indesejados, conclui-se que não
damos importância ao usufruto do espaço público, ou este não tem feito parte do
planejamento de intervenções urbanas. Pode parecer contraditório, mas espaços
inóspitos ou sem apreciação coletiva foram criados por nós e para nós, mas com que
finalidade? Para quem? Cabe a remediação a uma próxima geração? Ou talvez seja
melhor pensar numa forma de planejamento que permita próximas gerações
continuarem o desenvolvimento, garantindo ao público presente participar
harmonicamente do processo de crescimento da cidade?

                    ...não se pretende ditar uma forma para o aglomerado urbano ou meio-
                    ambiente. Apenas se deseja descobrir meios que permitam manobrar dentro
                    dos limites de tolerância. O que significa que há que procurar mias além do
                    campo estritamente científico, novos valores e novos critérios.(CULLEN,
                    Gordon, Paisagem Urbana, Lisboa, 1983)



ENFIM



        Para a conclusão da reflexão ao propormos algo nesse mundo, nosso estrito
dever enquanto arquitetos, podemos nos situar usando das fontes da semiose, no
tocante à comunicação e sua relação com o ser humano, onde podemos buscar no
seu íntimo através da expressão da intervenção ou arquitetura apresentada, da vasta
gama de conceitos experimentações da arquitetura contemporânea desde matérias,
tecnologias a formas de experimentação espacial e num caso específico de meu
interesse – que podem ser quase infinitos quando tratamos de arquitetura – qual
nossa relação com o espaço coletivo, o que queremos dele, ou o que queremos
causar com proposições arquitetônicas de uso coletivo, que contribuição a
interpretação de signos, ou dos sinais, ou mesmo da própria arquitetura com toda sua
exuberância da contemporaneidade dará ao meio de inserção, ou ao público destinado
e até mesmo na compreensão do papel dos arquitetos na sociedade.



                                                                                  Nilton Assis

                                                     é graduando em arquitetura e Urbanismo

                                           do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São Paulo, 1983, p. 02, 12
CULLEN, Gordon, Paisagem Urbana, Lisboa, 1983, p. 09, 10

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Arquitetura, semiótica e melhorias urbanas

  • 1. CONSIDERAÇÕES DE: SEMIÓTICA, ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E MELHORIAS URBANAS. Por Nilton Assis SEMIÓTICA A semiótica, ciência nova porém enraizada desde a criação das coisas pelo homem, é o estudo dos signos, dos sinas, da relação de comunicação que pode haver entre algo do meio físico, seja uma obra de arte, um edifício, um elemento natural, um símbolo e o ser humano. Ou seja é a absorção desse elemento físico, o signo, pelo intelecto pessoal e sua compreensão como emblema, como representação ou o que firme uma justificação existencial, seja origem, consequência, função, forma, definição para com o meio social de inserção. Nos posicionamos perante os outros seres do planeta como racionais, sendo um dos pressupostos básicos, e até mesmo o mais conhecido da racionalidade a capacidade de comunicação através da linguagem. Tal condição nos coloca num patamar de comodidade que nos leva a não considerar a complexidade da comunicação, ou apenas observar superficialmente, sem considerar seus efeitos e atual proporção de valor em nossa sociedade e tempo. Pelo princípio moderno de globalização entramos no campo da comunicação ou linguagem não verbal, esta quando divida em verbal e não verbal pode ser considerada a chave do desenvolvimento humano e precussora dos campos científicos. É tal a distração que a aparente dominância da língua provoca em nós que, na maior parte das vezes, não chegamos a tomar consciência de que o nosso estar-no-mundo, como indivíduos sociais que somos, é mediado por uma rede intrincada e plural de linguagem, isto é, que nos comunicamos também através da leitura e/ou produção de formas, volumes, massas, interações de forças, movimentos; que somos também leitores e/ou produtores de dimensões e direções de linhas, traços, cores... Enfim, também nos comunicamos e nos orientamos através de imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes...Através de objetos, sons musicais, gestos, expressões, cheiro e tato, através do olhar, do sentir e do apalpar. Somos uma espécie animal tão complexa quanto são complexas e plurais as linguagens que nos constituem como seres simbólicos, isto é, seres de linguagem.(SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São Paulo, 1983, p. 02) É nessa área que a semiótica se faz ciência. Estudando todas linguagens possíveis. Nessa investigação das linguagens os signos têm vários significados, e pode ser bem resumido como diz Pierce: "Um signo intenta representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu objeto implica que ele afete uma mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é mediatamente devido ao objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o signo, e da qual a causa mediata é o objeto, pode ser chamada o Interpretante".(SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São Paulo, 1983, p. 02)
  • 2. Voltando ao início da conversa, o papel do signo está na mediação entre o objeto, e sua interpretação por alguém. É o que resulta do extrato mental do interpretante, indivíduo ou observador ao se deparar com o signo; que não é o objeto em si, mas sua representação emblemática por algum meio, por exemplo, o projeto desenho técnico de um barco, a foto desse barco ou uma música que fale de barco...em nenhum desses temos o barco tangível, ou talvez nem esteja escrito, mas na mente de quem viu, ouviu ou sentiu, nessa mediação, chegamos ao objeto “barco”. Assim como resultado pode-se abstrair da sutileza referências do subconsciente do interpretante, atingindo um grau de representatividade e valor em diferentes escalas, tanto individual (pessoal), ou social (coletiva). ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA Quando dizemos da arquitetura contemporânea estamos nos referindo ao presente, ao jogo que está em curso e não terminou, isto torna a tarefa interessante por nos fazer pensar no futuro, avaliar o passado ou nos afogar em meio a nossas próprias críticas, se pensarmos que somente as gerações futuras terão condições de falar desse tempo assim como fazemos com o passado, sob o entendimento que o fazemos da melhor forma. Todo estilo arquitetônico, formado ou em formação após um período histórico ao qual chamamos de modernismo ou modernidade é arquitetura contemporânea. De interpretação mais funcional, essa fase da arquitetura é também marcada pela ampla difusão, aplicação e fomentação de novas técnicas construtivas com novos materiais bem como novas combinações de influências anteriores. De certa forma, assim como foi com todas as transformações da humanidade, tais inovações e experimentações no ramo das concepções arquitetônicas são recebidas com estranheza e desconfiança, primeiramente por estarem à frente de seu tempo, por resultarem em edificações de formas e aparência desafiadoras e pelo desconhecimento da massa popular sobre o tempo e tecnologia vividos atualmente. Tecnicamente a arquitetura contemporânea tem gozo pleno dos processos industrializados, fruto do constante aperfeiçoamento da produção e formação de profissionais, que cada vez amis aderem a uma postura de produção tão veloz e dinâmica como a tecnologia de nossos dias. MELHORIAS URBANAS Pensar em melhorias urbanas, nos remete a mudanças, obras públicas, transtornos, responsabilidade administrativa do poder publico e enfim, é como se surgisse uma placa de trânsito impedido em nossas mentes, talvez seja também isso, mas antes de pensarmos em sistemáticos problemas, e entraves do desafio de
  • 3. sobrevivência das cidades é necessário que tenhamos em mente o que somos na cidade e o que a cidade é para nós. Efectivamente, uma cidade é algo mais do que o somatório de seus habitantes: é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem – independentemente de outras razões – viver em comunidade a viveram isoladas.(CULLEN, Gordon, Paisagem Urbana, Lisboa, 1983) Dentro desse pensamento podemos extrair que as transformações ocorridas num espaço comum, ou seja no âmbito da cidade, refletem nossa preocupação com a vivência em coletividade. Logo se temos efeitos indesejados, conclui-se que não damos importância ao usufruto do espaço público, ou este não tem feito parte do planejamento de intervenções urbanas. Pode parecer contraditório, mas espaços inóspitos ou sem apreciação coletiva foram criados por nós e para nós, mas com que finalidade? Para quem? Cabe a remediação a uma próxima geração? Ou talvez seja melhor pensar numa forma de planejamento que permita próximas gerações continuarem o desenvolvimento, garantindo ao público presente participar harmonicamente do processo de crescimento da cidade? ...não se pretende ditar uma forma para o aglomerado urbano ou meio- ambiente. Apenas se deseja descobrir meios que permitam manobrar dentro dos limites de tolerância. O que significa que há que procurar mias além do campo estritamente científico, novos valores e novos critérios.(CULLEN, Gordon, Paisagem Urbana, Lisboa, 1983) ENFIM Para a conclusão da reflexão ao propormos algo nesse mundo, nosso estrito dever enquanto arquitetos, podemos nos situar usando das fontes da semiose, no tocante à comunicação e sua relação com o ser humano, onde podemos buscar no seu íntimo através da expressão da intervenção ou arquitetura apresentada, da vasta gama de conceitos experimentações da arquitetura contemporânea desde matérias, tecnologias a formas de experimentação espacial e num caso específico de meu interesse – que podem ser quase infinitos quando tratamos de arquitetura – qual nossa relação com o espaço coletivo, o que queremos dele, ou o que queremos causar com proposições arquitetônicas de uso coletivo, que contribuição a interpretação de signos, ou dos sinais, ou mesmo da própria arquitetura com toda sua exuberância da contemporaneidade dará ao meio de inserção, ou ao público destinado e até mesmo na compreensão do papel dos arquitetos na sociedade. Nilton Assis é graduando em arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais
  • 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica, São Paulo, 1983, p. 02, 12 CULLEN, Gordon, Paisagem Urbana, Lisboa, 1983, p. 09, 10