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Proteção e higiene das Radiações: principais conceitos
1. Proteção e higiene das Radiações
RESUMO PARA ESTUDO DA
PRIMEIRA PROVA
Prof. Tecgo em Radiologia Nathanael Mel. Brancaglione.
Disciplina: Radioproteção e Higiene das Radiações
Curso Técnico em Radiologia Médica
COLÉGIO TÉCNICO RENASCER-2013
2. A importância da Radioproteção aos profissionais da
Radiologia
Para os profissionais que atuam na área de radiologia médica, é de extrema
importância o conhecimento sobre radioproteção.
A radioproteção tem a finalidade de fornecer condições seguras para atividades
que envolvam radiações ionizantes.
Condições básicas de segurança devem ser observadas no exercício profissional.
3. Breve Histórico
•A radiobiologia surgiu para estudar aqueles efeitos, e trazendo à luz da
ciência os efeitos determinísticos, estocásticos e o risco fetal.
•A partir desse conhecimento fez-se necessário criar princípios de proteção
radiológica.
•Já os princípios de radioproteção fornecem diretrizes básicas para as
atividades operacionais que utilizam radiação ionizante.
•São eles:
•Justificativa, Otimização e Limitação da dose, todos baseados no princípio
fundamental conhecido como ALARA acrômio para As Low As reasonable
Achievable, que significa: tão baixo quanto possivelmente exeqüível.
4. Em consonância com esses princípios (ALARA), desenvolveram se formas de
radioproteção baseadas no:
Tempo de exposição,
Distância da fonte de radiação e
Blindagem com a finalidade de reduzir ao máximo os efeitos deletérios da
radiação.
Breve Histórico
5. ICRU (“International Commission on radiological Units and Measurements”)
Criado em 1925, este órgão propõe grandezas e unidades relacionadas aos níveis de
radiação estabelecidos e recomenda procedimentos para sua medição.
Breve Histórico
•ICRP (“International Commission on Radiological Protection”)
•Criado em 1928, este órgão estabelece limites de dose e princípios
básicos para proteção contra a radiação.
Comissões Internacionais
Fis.Roberta Giglioti - CNEN MN 1159
6. Breve Histórico
Comissões Nacionais
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear:
CNEN NN 3.01- “Diretrizes e Básicas de Proteção Radiológica”
Janeiro de 2006 (primeira versão de dezembro de 1988). g
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
PORTARIA 453 de 1 de Junho de 1998
Resolução RE 1016 de 3 de abril de 2006
Radiodiagnóstico Médico e Odontológico
Fis.Roberta Giglioti - CNEN MN 1159
7. O que é radioatividade?
Algumas vezes o centro de um átomo, seu núcleo, possui muita energia. Um átomo
não pode deter esta energia para sempre. Mais cedo ou mais tarde, o átomo deve
livrar-se deste excesso de energia e retornar ao seu estado normal, estável.
Os átomos que possuem muita energia em seu núcleo são chamados de radioativos.
Livram-se do excesso de energia emitindo radiação. Alguns átomos radioativos
existem naturalmente no planeta, outros são produzidos artificialmente pelo homem.
8. O que é radiação?
Um átomo radioativo emite radiação para livrar-se do excesso
de energia. A radiação pode ser emitida na forma de
partículas que se movimentam em alta velocidade, ou na forma
de energia pura.
9. Qual é o significado do sievert?
O sievert é a unidade de dose de radiação.
Normalmente é usado para descrever a quantidade de
energia que é depositada em algum material ou em alguma
pessoa.
10. Sievert
Quando comparado com a dose de radiação que uma pessoa
recebe, normalmente, todos os dias de sua vida proveniente
das fontes de ocorrência natural, ele é uma dose de radiação
muito grande.
11. Sievert
Existem unidades menores que o sievert
os sub múltiplos do sievert, o
centisievert, o milisievert e o
microsievert. Um centisievert é a
centésima parte do sievert, 1/100, 1
cSv; o milisievert é a milésima parte do
sievert, 1/1000, 1 mSv; e o microsievert
é a milionésima parte do sievert,
1/1000000, 1 μSv.
12. Bequerel
Portanto, é mais conveniente usarmos unidades
menores para indicar a quantidade de
radioatividade.
13. Milisievert e bequerel
Uma boa chama para aquecimento numa lareira é um bom exemplo para explicar
a diferença entre estes dois termos. Numa lareira, a madeira que está sendo
queimada irradia calor, neste caso, a quantidade de madeira que está sendo
queimada, combustível da lareira, é similar à quantidade de bequerel de
radioatividade.
A quantidade de calor liberada pela lareira, energia, é similar à quantidade de
milisievert, energia da radiação.
Quando são observadas 60
desintegrações por minuto tem-
se a medida de 1 becquerel de
radioatividade, 1 desintegração
por segundo.
14. Radiação natural
Um outro tipo de radiação natural é a radiação cósmica proveniente do sol e das estrelas.
Devido a atmosfera terrestre absorver parte desta radiação
Geralmente para cada aumento de 30 metros na altitude existe um incremento na dose anual de 10
microsievert
Em Ohio, nos Estados Unidos 600 microsievert por ano
Brasil, apresenta uma taxa de 50 microsievert por hora.
15. Não é possível prever quando um átomo
radioativo irá decair
A taxa de decaimento é simplesmente a ocorrência do número de
átomos radioativos decaindo durante um período específico.
A taxa de decaimento é
convencionalmente conhecida como a
atividade ou radioatividade de um
material, amostra ou meio.
As unidades de atividade incluem
desintegração por segundo, dps,
desintegração por minuto, dpm,
bequerel, Bq, e curie,
16. Radiação X
Os raios X são radiações eletromagnéticas geradas fora do núcleo atômico.
Tanto a radiação X como a radiação gama são altamente penetrantes e podem produzir
doses de radiação de corpo inteiro.
Um tipo de radiação X que oferece um risco a segurança nos laboratórios de pesquisa é
aquele denominado radiação de frenamento (bremsstrahlung).
Estes fótons são emitidos quando os elétrons são desacelerados rapidamente ao interagir com
o campo elétrico ao redor do núcleo atômico.
A energia do fóton resultante está relacionada com a energia do elétron incidente ou β- bem
como com a intensidade do campo elétrico
átomos de baixo número atômico, tais como o hidrogênio, carbono e oxigênio, a energia e a
intensidade da radiação de frenamento (bremsstrahlung) é minimizada. Portanto, o lucite
(plexiglass) deve ser escolhido como material para blindagem da radiação beta.
17. Como se caracteriza um Radionuclídeo
Basicamente, existem três fatores que separam um radionuclídeo
de outro.
a meia vida,
a energia da partícula ou fóton associado com o decaimento,
e o tipo de emissão.
A meia vida é definida como o tempo necessário para que
metade ou 50% dos átomos radioativos sofram decaimento
radioativo.
é conhecida como meia vida radioativa ou física. meia vida biológica..
Uma vez que a meia vida é definida para o tempo em que 50%
dos átomos decairão, porque não podemos prever quando um
átomo individualmente irá decair.
•meia vida biológica
18. Radionuclídios de vida curta e longa
Os radionuclídeos de meia vida curta são usados frequentemente
em aplicações médicas.
O tecnécio-99 na forma metaestável e o iodo-131, usados em
medicina nuclear, possuem meia vida de 6 horas e 8 dias,
respectivamente.
Radionuclídeos de meia vida longa sendo usados em aplicações
médicas, é o caso do plutônio-239 utilizado em marcapassos
cardíacos, com uma meia vida de 87,7 anos.
A meia vida deve ser suficientemente longa, pois para o implante é
necessário fazer uma intervenção cirúrgica.
19. Meia vida biológica e meia vida física
Comparando com a meia vida física, a meia vida biológica é a medida do
tempo necessária para que a metade da radioatividade seja eliminada do
corpo por processos biológicos, por exemplo, pela excreção.
A meia vida física do césio-137 é aproximadamente 30 anos quando fora
do corpo.
Quando dentro do corpo, o césio-137 possui uma meia vida biológica de
70 dias. Isto indica que o processo biológico acelera a taxa de eliminação
associada com o radionuclídeo em comparação à meia vida física.
Metade da radioatividade será eliminada em 70 dias.
20. Como medir a radioatividade
Podemos medir indiretamente
fazendo uso dos efeitos causados por
ela.
Ao contrário da luz solar que
podemos ver, a radiação nuclear
invisível produz um efeito elétrico em
materiais pelos quais ela passa.
Se medirmos o efeito elétrico,
podemos determinar quanta radiação
passou através do material.
Este meio é o principio operacional
básico para a medida da
radioatividade.
21. Instrumentos para medida da
radioatividade
O método definitivo para verificar a
presença da radioatividade é fazer
medidas com um instrumento adequado,
empregando procedimentos
adequados.
Não existe um instrumento universal que
trabalha em todas as circunstâncias.
A contribuição da radiação de
ocorrência natural deve ser
considerada quando for determinar a
existência de radioatividade.
22. Ionização
Ionização é o processo onde a radiação possui
energia suficiente para arrancar elétrons do átomo.
O processo de ionização resulta na formação de um
elétron livre e um átomo residual positivo com falta
de um elétron orbital. A radiação que é capaz de
iniciar o processo de ionização é conhecida como
radiação ionizante.
Exemplos deste tipo de radiação incluem as
partículas radioativas, com massa, tais como
partículas alfa e beta; e as radiações fotônicas,
energia pura, tais como a radiação gama e X.
Os nêutrons e prótons são exemplos adicionais de
radiações ionizantes.
23. Excitação
A excitação está relacionada com o
processo onde a radiação não possui
energia suficiente para arrancar elétrons
dos átomos porém excita-os ou promove-
os para um estado energético superior
dentro do átomo.
Os elétrons não são removidos
fisicamente do átomo.
Uma vez excitado, os elétrons retornarão
para o estado fundamental ou original,
emitindo a energia associada com esta
transição na forma de radiação X.
24. Radioterapia (terapia)
Nesta prática, a irradiação do paciente, a fim de destruir as células
cancerígenas de um órgão, pode ser feita de três formas distintas:
a) A fonte radioativa é posicionada a certa distância do paciente e a
irradiação se dá por feixe colimado (teleterapia).
b) A fonte radioativa é posicionada em contato direto com o tumor ou
inserida no mesmo (braquiterapia).
c) A substância radioativa é injetada no paciente, a qual se
instala no órgão de interesse por compatibilidade bioquímica.
25. Aplicações na medicina
O uso de materiais radioativos na medicina engloba
tanto o diagnóstico como a terapia, sendo eles
ferramentas essenciais na área de oncologia
Pode-se dizer que este tipo de ensaio é utilizado para
todos os órgãos e sistemas do corpo humano,
destacando-se, entre muitos, os estudos do miocárdio,
da função renal e tireoidiana e a detecção de
neuroblastomas
26. Aplicações na indústria
Na indústria, os materiais radioativos têm uma grande variedade de usos,
destacando-se, principalmente, o controle de processos e produtos, o
controle de qualidade de soldas e a esterilização.
Medidores de nível, espessura, densidade e detectores de fumaça utilizam
princípios semelhantes.
Uma fonte radioativa é colocada em posição oposta a um detector e o
material a ser controlado, que passa entre a fonte e o detector, age como
blindagem da radiação, fazendo com que o fluxo detectado varie.
Fontes radioativas de alta atividade são utilizadas, principalmente, para
esterilização de materiais cirúrgicos, tais como suturas, luvas, seringas,
esterilização de alimentos e produção de polímeros.
27. Aplicações na agricultura
Na agricultura, os materiais radioativos são
utilizados para controle de pragas e pestes,
ibridação de sementes, preservação de aimentos,
estudos para aumento de produção etc.
28. Unidades para atividades
No Sistema Internacional de Unidades (SI), o becquerel (Bq) é
definido como uma transformação nuclear atômica por
segundo, ou seja Dps( desintegrações por segundos)
O curie (Ci) foi definido como a atividade de 1 g de Ra-226,
porém foi redefinido mais tarde como a atividade de material
radioativo em que o núcleo de 3,7x10 à 10 átomos se
desintegra por segundo (dps).
Conseqüentemente, um Curie é igual a 2,2x10 a 12
desintegrações por minuto (dpm).
30. Unidades para exposição a Radiação
O coulomb por quilograma (C/kg) é
a unidade do SI usada para medir
a ionização induzida pela radiação
num volume cuja massa é unitária
O roentgen (R) é a unidade antiga
definida como a quantidade de
radiação que produz íons, portando
um coulomb de carga de ambos os
sinais por centímetro cúbico de ar
31. Unidades para dose absorvidadas
A unidade do SI usada para medir a energia cedida para a matéria
irradiada é chamada de gray (Gy). É definida como a dose de
radiação absorvida de um joule por Kg.
O RAD (Radiação Absorvida Dose) era a unidade usada
anteriormente e, portanto, é mais conhecida que o gray, e é definida
como uma dose de radiação absorvida de 100 ergs/g ou 0,01
Joules/kg.
1 gray (Gy) = 1 J/kg
1 gray = 100 rads
32. Unidade de Eficácia Biológica Relativa
EBR
O sievert (Sv) é a unidade do SI que leva em conta o efeito
biológico de um tipo de emissão de radiação na dose absorvida
O sievert substitui a unidade antiga Roentgen Equivalente ao Homem
ou REM (RAD x Q). DOSE EQUIVALENTE NO HOMEM
O fator de qualidade Q relaciona o efeito de diferentes tipos de
radiação em termos de danos aos tecidos
1 Sv =100 rem
1 mSv = 100 mrem
1μSv = 0,1 mrem
33. Monitoração individual externa
A dosimetria termo luminescente é o método mais preciso utilizado para determinar a exposição individual
a radiação externa.
Os componentes funcionais de um dosímetro termo luminescente (DTL) são as pastilhas de fluoreto de lítio
que possuem uma estrutura cristalina que varia quando ionizada pela radiação.
Esta alteração estrutural aprisiona os elétrons livres num estado metaestável até que a pastilha seja
aquecida, com a conseqüente emissão de um foco de luz.
A quantidade de luz produzida é proporcional à quantidade de radiação absorvida, e pode ser medida e
registrada.
34. Monitoração individual externa
Qualquer indivíduo que for trabalhar com mais de 50MBq necessita
portar um dosímetro para extremidades.
Evitar a contaminação do dosímetro e leituras de exposição não
recebida pelo indivíduo.
35. Monitoração individual externa
As câmaras de ionização de bolso são usadas em áreas com altos
níveis de radiação onde uma estimativa imediata da dose é
necessária após períodos de exposição bastante curtos. Estes
dosímetros podem ser do tipo leitura direta, ou com um sinal de
alarma pré-estabelecido e deve ser utilizado juntamente com o
dosímetro termoluminescente. Em condições específicas são fornecidos
pelo SRP.
37. Exposição interna
A dosimetria interna é mais difícil de ser avaliada com precisão que as
doses externas, portanto, em muitos casos a medida direta da quantidade e
distribuição dos radioisótopos é praticamente impossível, especificamente se
os isótopos ingeridos ou inalados forem emissores de radiação beta.
Os cálculos para a dose interna estão baseados nas quantidades destes
isótopos que podem ser encontradas no ar exalado ou na urina.
38. Efeitos biológicos das Radiações
Ionizantes
Em geral, resulta uma das duas coisas seguintes:
Primeiro a célula pode morrer, isto é conhecido
como efeito agudo;
Segundo a célula pode ser danificada.
Se a célula danificada for reparada, não existirá
efeito.
Se a célula não for reparada, porém, as funções
da célula não foram alteradas, continuará a não
existir efeito.
Porém, se o dano causado à célula provocar uma
disfunção, a célula sofre uma mutação.
Algumas mutações podem dar origem ao câncer.
39. Características gerais dos efeitos biológicos
das radiações
Tempo de latência: É o tempo que decorre entre o momento da irradiação e o
aparecimento de um dano biológico visível.
Reversibilidade: A reversibilidade de um efeito dependerá do tipo de célula
afetada e da possibilidade de restauração desta célula. Existem, porém, os
danos irreversíveis como o câncer e as necroses.
Transmissibilidade: A maior parte das alterações causadas pelas radiações
ionizantes que afetam uma célula ou um organismo não são transmitidos a
outras células ou outros organismos a não ser danos causados aos ovários e aos
testículos, esses danos podem ser transmitidos através da reprodução.
Limiar de dose: Certos efeitos biológicos necessitam de pelo menos 1 Sv para se
manifestar.
41. Efeitos agudos
Efeitos determinísticos ou (agudo) são aqueles para os quais
existe uma relação causal clara entre a quantidade de
exposição e o efeito observado.
Uma certa dose mínima deve ser excedida antes que um efeito
em particular seja observado, em cujo ponto a intensidade ou
gravidade do efeito aumenta com o valor da dose.
42. Efeitos tardios
Os efeitos estocásticos são aqueles para os quais um aumento na dose aumenta a
probabilidade de ocorrência de um efeito ao invés de sua amplitude ou
gravidade.
Ocorrem por acaso e aparecem entre as pessoas expostas bem como em
indivíduos não expostos.
Quando estamos considerando a radiação ionizante, os principais efeitos
estocásticos são as enfermidades malignas e os efeitos genéticos.
Estudos epidemiológicos indicam que estes efeitos surgem alguns anos após a
exposição a radiação e não possuem limiar de dose para o seu aparecimento, o
que significa dizer que até mesmo para pequenas doses existe
proporcionalmente um aumento pequeno na probabilidade de ocorrência do
efeito.
43. Exposição a Radiação
Menos de 250 mSv, não existem efeitos observáveis
diretos.
Existem variações em algumas células que podem ser
observadas com um microscópio em exposições acima
de 100 mSv.
De 250 mSv a 500 mSv, não ocorrerá sintomas, mas
pode existir alterações na química do sangue do
indivíduo.
44. Síndrome Aguda da Radiação
Para doses de aproximadamente 2 Sv (200 rem), as células mais danificadas serão
aquelas com maior sensibilidade, como as células da medula óssea.
Desta forma, os efeitos observáveis durante a manifestação deste estágio da
síndrome são relativos a danos nessas células. Temos então a observação de anemia,
leucopenia, plaquetopenia, infecção, febre e hemorragia. Esta é conhecida como
forma hematopoiética da síndrome aguda da radiação.
Com doses mais altas, acima de 8 Sv (800 rem), as células mais danificadas serão as
células do tecido epitelial (mucosa) que revestem o trato gastrointestinal.
Para doses acima de 50 Sv (5000 rem), as células relativamente resistentes do
sistema nervoso central serão danificadas e o indivíduo afetado rapidamente
apresentará sintomas de dano nesse órgão, apresentando convulsões, estado de
choque, desorientação.
45. Dose equivalente (H T)
Para um mesmo valor de dose absorvida , observa se que algumas radiações são mais efetivas do que
outras em causar efeitos estocásticos.
Para considerar isto, foi introduzida uma grandeza mais apropriada, a dose equivalente, Ht definida como
o produto da dose absorvida média em um órgão ou tecido pelo fator de peso da radiação, wR.
Foi então definida a grandeza dose equivalente, cujo símbolo é H.
A dose equivalente é numericamente igual ao produto da dose absorvida (D) pelos fatores de qualidade
Q e N.
46. Dose equivalente (H T)
Para um mesmo valor de dose absorvida , observa se que algumas radiações são mais
efetivas do que outras em causar efeitos estocásticos.
Para considerar isto, foi introduzida uma grandeza mais apropriada, a dose equivalente, Ht
definida como o produto da dose absorvida média em um órgão ou tecido pelo fator de
peso da radiação, wR.
Foi então definida a grandeza dose equivalente, cujo símbolo é H.
A dose equivalente é numericamente igual ao produto da dose absorvida (D) pelos fatores de
qualidade Q e N.
47. Dose equivalente efetiva (E )
A dose recebida em cada
órgão do corpo humano é
multiplicada por um fator
de ponderação (WT), o
qual leva em conta o risco
de efeitos estocásticos.
HE = ∑ WT. HT
WT - fator de ponderação: considera o grau
de dano que um órgão causaria
independentemente para o corpo todo
48. Na tabela é apresentado um resumo das principais
unidades e grandezas usadas em radioproteção.
49. PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA
A principal finalidade da proteção radiológica é
proteger os indivíduos, seus descendentes e a
humanidade como um todo dos efeitos danosos das
radiações ionizantes, permitindo, desta forma, as
atividades que fazem uso das radiações.
Para atingir essa finalidade, três princípios básicos da
proteção radiológica são estabelecidos: Justificação,
Limitação de dose e Otimização.
50. Limites de dose
Limites de dose representam um valor máximo de dose,
abaixo do qual os riscos decorrentes da exposição à
radiação são considerados aceitáveis. No caso das
radiações ionizantes, são estabelecidos limites de dose
anuais máximos admissíveis (LAMA),
Para o estabelecimento dos limites máximos admissíveis
para trabalhadores foram considerados os efeitos
somáticos tardios, principalmente o câncer.
51. Limites primários
As medidas adotadas para situações normais de operação devem ser tais
que os limites de dose para trabalhadores e para indivíduos do público não
excedam aos níveis recomendados pela CNEN.
52. Limites Derivados para Irradiação
Externa
São função da fração de tempo gasto para executar as tarefas projetadas
para o ano nos locais de trabalho. Por exemplo, o limite derivado para um
trabalhador, baseado numa semana de 40 horas trabalhadas, para 50 semanas
em um ano de trabalho, equivale a 25 mSv/h.
Este limite garante a concordância com o limite de 50 mSv por ano, conforme
mostrado a seguir.
53. Tipos de fonte (eletromagnéticas)
As fontes de radiação ionizante de maior interesse para a radioproteção são os
aparelhos de raios X, os aceleradores de partículas, as substâncias radioativas e os
reatores nucleares.
Nos aparelhos de raios X, um filamento de lâmpada produz um feixe de elétrons que
é acelerado num campo elétrico e lançado contra um alvo metálico de número
atômico elevado e densidade alta.
Ao atingir o alvo, os elétrons são freados, emitindo sua energia na forma de radiação
de frenamento que é o raios X.
Nos aceleradores de partículas, gases ionizados são injetados em um campo
magnético onde são acelerados e lançados contra um alvo onde provocam reações
nucleares.
Estes dois tipos de aparelhos são fontes de radiação somente enquanto estão
conectados à rede elétrica
54. Tipos de fonte (nucleares)
As fontes de radiação constituídas de substâncias radioativas, ao
contrário, emitem radiação contínua e independentemente da ação
do homem, até que todos os átomos da fonte tenham se
desintegrado.
Radiações emitidas depende da massa do radionuclídeo na amostra
e varia continuamente, de acordo com as leis do decaimento
radioativo.
55. Proteção contra a irradiação externa
Desta forma existem duas maneiras para se reduzir a dose
equivalente do trabalhador, ou seja, fornecer-lhe proteção
adequada.
A primeira considera a variação do tempo de irradiação
A segunda considera a redução da taxa de dose, conseguida por
redução da atividade da fonte.
O aumento da distância fonte-indivíduo.
Blindagem.
Será examinado a seguir, com mais detalhes, como esta redução da
dose pode ser conseguida.
56. Proteção contra a irradiação externa
Desta forma existem duas maneiras para se reduzir a dose
equivalente do trabalhador, ou seja, fornecer-lhe proteção
adequada.
A primeira considera a variação do tempo de irradiação
A segunda considera a redução da taxa de dose, conseguida por
redução da atividade da fonte.
O aumento da distância fonte-indivíduo.
Blindagem.
Será examinado a seguir, com mais detalhes, como esta redução da
dose pode ser conseguida.
57. MODOS DE EXPOSIÇÃO
Entende-se por exposição interna
aquela em que a fonte de
radiação está dentro do corpo
da
pessoa irradiada
Entende-se por exposição
externa aquela em que a
fonte de radiação, aparelhos
de raios X ou fontes
radioativas, estão fora do
corpo da pessoa irradiada.
Exposição internaExposição externa
58. Aumento da distância fonte-indivíduo
A dose de radiação
recebida por um indivíduo
é inversamente
proporcional ao quadrado
da distância, entre o
indivíduo e a fonte.
A medida que um
indivíduo se afasta da
fonte de radiação, a dose
por ele recebida diminui
H1 / H2 = (d2)2 / (d1)2
59. Uso de blindagem
Particulas
alfa
• Não é necessário proteção externa para radiação alfa
Partículas
Beta
• tem por objetivo evitar a irradiação da pele, cristalino dos olhos e
gônadas
Radiação
Gama ou X
• A camada semiredutora de um material utilizado para blindagem é a
espessura necessária para reduzir a intensidade de radiação à
metade.
60. Materiais para blindagem Proteção
contra a contaminação
y , X
• Usa-se chumbo, a espessura dependerá da atividade da fonte e da
energia da radiação emitida. Também são usados concreto, ferro e
outros materiais de alta densidade
Beta
• Normalmente usa-se 1 cm de lucite ou outro material plástico
seguido de uma folha de chumbo de 1 cm de espessura, que é
usado para blindar a radiação de freiamento (bremsstrahlung).
• Para fontes de baixa atividade pode ser dispensável o uso desta
folha de chumbo.
61. Proteção contra a contaminação
Os EPIs tais como: luvas botas, aventais, óculos
pumbliferos e máscaras ou fazendo o controle de
acessos a áreas contaminadas
O confinamento dos materiais radioativos deve ser feito
utilizando uma capela ou “glove box” (caixa de luvas),
com sistema de exaustão e filtração adequados.
A contaminação interna acontece quando o material
radioativo é incorporado pelo indivíduo por inalação,
ingestão ou absorção através da pele.
62. Proteção contra a inalação de materiais
radioativos
Ao trabalhar com substâncias radioativas na forma de pó, voláteis e
gasosas deve se ter o cuidado para evitar sua dispersão no ar e manipulá-
las em locais apropriados, como capelas e caixas com luvas.
Além disso, pode ser necessário o uso de máscaras ou outros equipamentos
de proteção respiratória.
63. Proteção contra a ingestão de material radioativo.
Na manipulação de substâncias radioativas devem ser
utilizadas luvas e os materiais de laboratório não devem ser
levados à boca.
A higiene das mãos após a saída da área de trabalho é
fundamental para se evitar uma contaminação interna.
64. Controle de acesso em áreas restritas
A entrada numa área com potencial de contaminação exige o uso
de roupas de proteção, as quais devem ser removidas ao deixar o
local.
As roupas de proteção são basicamente compostas por sapatilhas,
galochas, macacões, luvas, toucas, e máscaras de proteção
respiratória.
Nas áreas de trabalho onde é necessário um controle mais rigoroso,
o acesso é feito através de vestiários, que devem contar com, pias
para lavar as mãos, recipientes para recolher as roupas de
proteção utilizadas na área, instruções para operação normal e em
emergência e monitores para detectar a contaminação.
65. Detectores por ionização
A radiação incidente cria pares de
íons no volume de medida do
detector.
Este volume de medida geralmente é
preenchido com um gás ou uma
mistura de gases.
A quantidade de pares de íons
criados são contados em um
dispositivo de medida da corrente
elétrica.
Ex: Camara de ionização, contador
proporcional e o contador Geiger-
Muller
66. Detectores à cintilação
O iodeto de sódio (NaI); o sulfeto de zinco
(ZnS); e cintiladores plásticos são exemplos
de
instrumentos com meio de detecção sólido.
Os detectores de iodeto de sódio e sulfeto
de
zinco são sólidos cristalinos inorgânicos que
respondem a radiação gama e alfa,
respectivamente, produzindo lampejos de
luz. Por isso, é que são chamados de
cintiladores.
67. Tubo Geiger-Mueller
O detector mais comum para radiação alfa, beta e
gama é o tubo Geiger-Mueller (G-M), e é
particularmente adequado para as monitorações em
radioproteção.
68. Dosímetros
As principais características que um bom dosímetro deve apresentar
são:
Deve cobrir um grande intervalo de dose deve medir todos os tipos de
radiação ionizante, ser pequeno, leve, de fácil manuseio, confortável
para o uso e econômico quanto à fabricação.
Até hoje não existe um dosímetro que preencha todos esses
requisitos de forma ideal, mas apenas parcialmente. Os principais
tipos de dosímetros são: fotográfico,
termoluminescente (TLD) e câmara de ionização de bolso (caneta
dosimétrica
69. Dosímetros
Dosímetro fotográfico: Os
filmes dosimétricos utilizam à
propriedade das radiações
ionizantes de impressionarem
chapas fotográficas.
Os filmes dosimétricos
oferecem a vantagem de
assegurar uma informação
permanente (podem ser
guardados).
70. Dosímetros
Dosímetro termoluminescente (TLD): Se este dosímetro for
aquecido, a uma certa temperatura, após ter sido irradiado,
a energia armazenada será liberada com emissão de luz,
fenômeno conhecido como termoluminescência.
A quantidade de luz emitida durante o aquecimento é
proporcional à dose absorvida pelo dosímetro.
Os dosímetros TLD têm o formato de pastilhas e, geralmente,
são utilizados num
Estojo que acomoda vários filtros, com a mesma finalidade
daqueles utilizados nos dosímetros fotográficos
A grande vantagem desses dosímetros é que podem ser
reutilizados.
A desvantagem é que uma vez lido, não pode ser feita a
leitura novamente.
71. Câmara de ionização de bolso
caneta dosimétrica: são utilizados
como dosímetros complementares,
quando é necessário uma medida
direta e rápida, permitindo ao
usuário verificar a dose a que foi
submetido durante um determinado
trabalho. O princípio de
funcionamento deste dosímetro é
semelhante do dosímetro
fotográfico.
72. PROGRAMAS E PROCEDIMENTOS DE
MONITORAÇÃO.
Para que as monitorações atinjam
suas finalidades, devem ser
racionalmente planejadas e
realizadas dentro de um programa.
Um programa de monitoração inclui:
a obtenção de medidas,
a interpretação das medidas
obtidas,
registro dos dados e
as providências, quando necessário.
73. Monitoração individual
Monitoração individual externa: tem como objetivo a
obtenção de dados para avaliar as doses equivalentes
recebidas pelo corpo inteiro, pela pele ou pelas
extremidades, quando o indivíduo é irradiado
externamente.
Monitoração individual interna: Pode ser feita pela
análise de excretas (técnica “in vitro”) ou pela
contagem direta (técnica “in vivo”), quando irradiado
internamente
74. Monitoração de área
Monitoração do nível de radiação: É utilizada para dar
uma indicação dos níveis de radiação existentes em locais
de trabalho, sendo eles câmaras de ionização, detectores
Geiger- Muller, cintiladores etc.
Medem taxas de taxas de dose (mSv/h ou mGy/h) ou as
taxas de exposição (mC / (kg.h)).
Os detectores antigos possuem escala em mrad/h ou mR/h.
Podem ser portáteis ou fixos.
75. Sinais e avisos de radiação
Os equipamentos, os recipientes, as áreas ou os
recintos, que possuam riscos potenciais de
radiações ionizantes, devem ser marcados com
sinais de advertência de radiação.
O sinal consiste de um trifólio que representa a
radiação, juntamente com dizeres apropriados.
Os dizeres mais comuns são:
PERIGO: - ÁREA RADIOATIVA
PERIGO: - MATERIAL RADIOATIVO
PERIGO: - RISCO DE RADIAÇÃO