O documento discute como diferentes meios de transporte influenciam a percepção da cidade, enfatizando a importância de se ter múltiplas perspectivas. Ele também reflete sobre como medir a mobilidade de forma mais abrangente, levando em conta o bem-estar das pessoas.
2. Exercício 1
Desenhe o mapa de um trajeto que você percorreu hoje. O ideal é não
utilizar mapas ou referências, mas sim desenhar a partir de sua lembrança.
Marque pontos de referência importantes para o seu percurso no mapa.
Destaque as coisas/pessoas/paisagens que te chamaram a atenção ao
longo do trajeto.
Indique qual meio de transporte usou.
4. Esse mapa mostra muito sobre sua
relação com a cidade
Veja alguns exemplos ...
(se ainda não tiver feito seu exercício,
pule os 5 próximos slides, pois eles podem te influenciar)
5. O percurso começa a pé e são notadas a escola, a padaria e a floricultura.
Ao entrar no taxi, a cidade deixa de ser percebida.
6. De metrô, as trajetórias são lineares e ficam evidentes as grandes concentrações
de pessoas e a presença de ar condicionado.
7. De carro, o percurso é uma linha do ponto de partida até a chegada.
8. De carro por um bairro desconhecido as avenidas estruturais do entorno ficam bem
marcadas, mas a trajetória é sinuosa e confusa.
9. O caminho feito a pé por um morador do bairro tem como resultado o mapa mais
estruturado, com pontos de referência de diversas naturezas.
10. O meio de transporte é um fator importante
na maneira como enxergamos o entorno.
11. O meio de transporte é um fator importante
na maneira como enxergamos o entorno.
O problema é quando nos viciamos em uma única
maneira de ver a cidade.
12. O meio de transporte é um fator importante
na maneira como enxergamos o entorno.
O problema é quando nos viciamos em uma única
maneira de ver a cidade.
Pois há várias respostas possíveis para a mesma
questão. Por exemplo...
16. se pensarmos em
quanto é 4
dividido por 2?
matemática abstrata
uma tábua de madeira de 4 cm
serrada ao meio
2
17. se pensarmos em
quanto é 4
dividido por 2?
matemática abstrata
uma tábua de madeira de 4 cm
serrada ao meio
2
1,99cm
(por causa do desgaste)
18. se pensarmos em
quanto é 4
dividido por 2?
matemática abstrata
uma tábua de madeira de 4 cm
serrada ao meio
4 ideias compartilhadas
entre 2 pessoas
2
1,99cm
(por causa do desgaste)
19. se pensarmos em
quanto é 4
dividido por 2?
matemática abstrata
uma tábua de madeira de 4 cm
serrada ao meio
4 ideias compartilhadas
entre 2 pessoas
2
1,99cm
(por causa do desgaste)
4 projetos
28. Apesar de parecer que a
maioria das pessoas
está dentro dos carros...
29. Apesar de parecer que a
maioria das pessoas
está dentro dos carros...
A maioria dos deslocamentos em
cidades brasileiras é feita
30. Apesar de parecer que a
maioria das pessoas
está dentro dos carros...
A maioria dos deslocamentos em
cidades brasileiras é feita
a pé
31. Apesar de parecer que a
maioria das pessoas
está dentro dos carros...
A maioria dos deslocamentos
em São Paulo é feita
A maioria dos deslocamentos em
cidades brasileiras é feita
a pé
32. Apesar de parecer que a
maioria das pessoas
está dentro dos carros...
A maioria dos deslocamentos
em São Paulo é feita
A maioria dos deslocamentos em
cidades brasileiras é feita
de transporte público
a pé
34. Esse mapa mostra alguns pontos de alagamento que
se formaram em um dia chuvoso, em São Paulo
35.
36. Comparando com um
mapa da década de 30,
época em que boa
parte dos rios ainda
não tinha sido
canalizada, vemos que
esses pontos se
formam onde há cursos
d’água.
37. Comparando com um
mapa da década de 30,
época em que boa
parte dos rios ainda
não tinha sido
canalizada, vemos que
esses pontos se
formam onde há cursos
d’água.
38. Comparando com um
mapa da década de 30,
época em que boa
parte dos rios ainda
não tinha sido
canalizada, vemos que
esses pontos se
formam onde há cursos
d’água.
Não é a chuva que se
acumulou, é o rio que
transbordou.
43. Mobilidade
medimos
não medimos
Vazão de veículos
(quantos carros passam numa via por hora)
Vazão de pessoas
(quantas pessoas passam numa via por hora)
Índice de congestionamento
nas vias
(média de todos os veículos)
44. Mobilidade
medimos
não medimos
Vazão de veículos
(quantos carros passam numa via por hora)
Vazão de pessoas
(quantas pessoas passam numa via por hora)
Índice de congestionamento
nas vias
(média de todos os veículos)
Índice de congestionamento nos
corredores de ônibus
(média dos coletivos, que levam a maioria das pessoas)
46. Informações sobre São Paulo
Cidade que mais cresce em
competitividade no mundo
The Economist
47. Informações sobre São Paulo
Cidade que mais cresce em
competitividade no mundo
Cidade com mais transtornos
mentais no mundo
The Economist
OMS
48. Informações sobre São Paulo
Cidade que mais cresce em
competitividade no mundo
Cidade com mais transtornos
mentais no mundo
The Economist
OMS
Gastos com doenças do trabalho
cresceram mais do que com
aposentadoria
INSS
49. Informações sobre São Paulo
Cidade que mais cresce em
competitividade no mundo
Cidade com mais transtornos
mentais no mundo
The Economist
OMS
Gastos com doenças do trabalho
cresceram mais do que com
aposentadoria
INSS
ESSES DADOS NÃO SÃO CRUZADOS
PARA UMA VISÃO INTERDISCIPLINAR DA CIDADE
52. As vantagens econômicas do uso de carros e bicicletas na cidade?
A prefeitura de
Copenhague mediu
53. As vantagens econômicas do uso de carros e bicicletas na cidade?
A prefeitura de
Copenhague mediu
A cada km percorrido de carro
a cidade perde R$ 0,30
54. As vantagens econômicas do uso de carros e bicicletas na cidade?
A prefeitura de
Copenhague mediu
A cada km percorrido de bicicleta a
cidade ganha R$ 0,70
A cada km percorrido de carro
a cidade perde R$ 0,30
56. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
57. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
As linhas coloridas
mostram a circulação
de pessoas, que é
maior em vias de
trânsito mais leve.
58. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
As linhas coloridas
mostram a circulação
de pessoas, que é
maior em vias de
trânsito mais leve.
Quanto menos carros
passando pela rua,
maior o número de
conhecidos e amigos
por pessoas.
59. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
As linhas coloridas
mostram a circulação
de pessoas, que é
maior em vias de
trânsito mais leve.
Quanto menos carros
passando pela rua,
maior o número de
conhecidos e amigos
por pessoas.
Trânsito intenso
0.9 amigos
3.1 conhecidos
60. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
As linhas coloridas
mostram a circulação
de pessoas, que é
maior em vias de
trânsito mais leve.
Quanto menos carros
passando pela rua,
maior o número de
conhecidos e amigos
por pessoas.
Trânsito intenso
0.9 amigos
3.1 conhecidos
Trânsito moderado
1.3 amigos
4.1 conhecidos
61. Como a mobilidade interfere nas relações entre as pessoas?
O urbanista Donald
Appleyard mediu
As linhas coloridas
mostram a circulação
de pessoas, que é
maior em vias de
trânsito mais leve.
Quanto menos carros
passando pela rua,
maior o número de
conhecidos e amigos
por pessoas.
Trânsito intenso
0.9 amigos
3.1 conhecidos
Trânsito moderado
1.3 amigos
4.1 conhecidos
Trânsito leve
3.0 amigos
6.3 conhecidos
66. mas o início devia
ser aqui
é comum começar
por aqui
mapear problemas
e potenciais
com precisão
projetos
de larga escala
67. mas o início devia
ser aqui
é comum começar
por aqui
mapear problemas
e potenciais
com precisão
projetos
de larga escala
repertório de ideias
para resolver
os problemas
e ativar os potenciais
68. mas o início devia
ser aqui
é comum começar
por aqui
mapear problemas
e potenciais
com precisão
projetos
de larga escala
repertório de ideias
para resolver
os problemas
e ativar os potenciais
permitir que essas
ideias sejam testadas
na prática
69. mas o início devia
ser aqui
é comum começar
por aqui
mapear problemas
e potenciais
com precisão
projetos
de larga escala
repertório de ideias
para resolver
os problemas
e ativar os potenciais
permitir que essas
ideias sejam testadas
na prática
70. mas o início devia
ser aqui
é comum começar
por aqui
mapear problemas
e potenciais
com precisão
projetos
de larga escala
repertório de ideias
para resolver
os problemas
e ativar os potenciais
tudo isso
com foco
nas pessoas
permitir que essas
ideias sejam testadas
na prática
72. Há dois tipos de projetos/ideias
para as cidades
– Hardware: infraestrutura construída
73. Há dois tipos de projetos/ideias
para as cidades
– Hardware: infraestrutura construída
– Software: novos usos para infraestruturas existentes
74. Esse é um hardware
que possui um único
software possível: carros
passando. É como se essa
ponte fosse um iPad de
última geração com um
único aplicativo
75. Essa praia artificial é montada durante o verão à beira no rio Sena e transforma o
uso dessa avenda expressa de Paris. Um exemplo de projeto de software.
76. Aos domingos, algumas avenidas de São Paulo rodam um software diferente:
a ciclofaixa de lazer ocupa uma das faixas dos carros.
77. Nessa via de Amsterdam há espaço para pedestres, ciclistas, carros e transporte
público sobre trilhos. Um hardware com vários softwares rodando.
78. Em algumas vias de
Manhatan, em Nova
Iorque, o hardware
foi modificado para
permitir novos
softwares. Antigas
faixas de carro foram
convertidas em espaços
de convivência e ciclovias.
79. Esses totens de sinalização
para pedestres nas cidades de
Londres, Portland e Cidade do
México são hardwares
que encorajam o software
dos deslocamentos a pé.
80. Os parklets são estruturas construídas em antigas vagas públicas de carros na cidade de São Francisco.
Novos Hardwares para novos softwares.
81. Baixo Centro: festival de ocupação artística da região central de São Paulo que transformou
esse viaduto para carros...
82. ...em uma festa para pessoas
Um belo exemplo de como o software pode transformar o hardware
foto: Bruno Fernandes
83. Exercício 2:
analise um espaço público de sua cidade com base nos 12 critérios abaixo
1. Tráfego
5. Permanecer
6. Sentar-se
ausência de obstáculos,
superfícies regulares e
acessíveis
espaços públicos e
paisagens para
contemplar
mobiliário urbano
confortável
7. Observar
8. Conversar
9. Exercitar-se
baixo nível de ruído,
mobiliário que convide
à interação
equipamentos públicos
para a prática de esportes
10. Escala Humana
Ambiente
circulação de pessoas,
abrigo da chuva, áreas
atividades diurnas e noturnas, verdes que amenizem o
boa iluminação
calor e a poluição
vistas e paisagens que
não estejam
escondidas
Conforto
pedestres em
segurança
4. Caminhar
Proteção
2. Violência
11. Clima
12. Natureza
construções e percursos que
respeitem a escala das
pessoas
espaços para aproveitar o
clima e a topografia da
cidade
árvores, plantas e cursos
d’água acessíveis
3. Sensações ruins
84. Faça assim:
Escolha um local público movimentado e observe durante alguns minutos como as pessoas se relacionam entre si
e com o espaço.
Depois, analise esse local de acordo com os 12 critérios.
Por fim, pense em um projeto de software que possa melhorar esse local. O importante do exercício é a percepção
de como a ocupação das pessoas pode transformar um espaço.
85. Exemplo: o Largo da Batata, em São Paulo, poderia se beneficiar de novos softwares
como uma feira de alimentos e um sistema de sinalização para pedestres.
86. As ferramentas dessa aula têm como objetivo te ajudar a
perceber e pensar a cidade
87. As ferramentas dessa aula têm como objetivo te ajudar a
perceber e pensar a cidade
Lembre-se: não há uma única resposta certa
88. As ferramentas dessa aula têm como objetivo te ajudar a
perceber e pensar a cidade
Lembre-se: não há uma única resposta certa
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89. Para mais informações, acesse
www.cidadesparapessoas.com
por Juliana Russo e Natália Garcia