3. Formação:
• Península Itálica (Região do Lácio)
• Teorias:
– Mitológica: Eneida (Virgílio)
– Histórica: Migração de povos indo-europeus
(fusão entre os povos)
• Século XI para o XVIII a.C.:
– Ao Norte: Etruscos (militarizados)
– Ao Centro: Latinos (culturalmente desenvolvidos)
– Ao Sul: Gregos (2ª diáspora grega – Magna Grécia)
4.
5. Sec. XVIII a.C.: Expansão etrusca para o Sul, já que
para o norte seria mais complicado devido à
geografia – Alpes.
Conquistaram uma fortificação latina conhecida
como cidade do rio (rio Tibre) – Roma. A partir daí se
unem com os latinos e com os gregos. Este período
seria o da MONARQUIA (1º período da História
Romana).
Etapas:
– Monarquia 753 a.C. – 509 a.C.
– República 509 a.C. – 27 a.C.
– Império 27 a.C. – 476 d. C.
6. MONARQUIA
• Carência de fontes históricas
• Sociedade censitária (divisão por renda), com
pequena mobilidade social, pautada na
propriedade da terra.
Patrícios
Plebeus
Clientes
Escravos
7. Por ser um sistema censitário, as camadas
sociais com mais terra tinham maior poder, mais
direitos.
*Semelhante à Grécia: quando os povos indo
europeus chegaram à região, formaram o genos,
que com o crescimento populacional foi se
desintegrando (escassez de terra, luta por terra:
gerando a propriedade privada da terra, assim os
grupos tiveram sua posse e maior poder político-econômico,
enquanto os grupos que não tiveram
acesso passaram a ser dominados.
8. • Patrícios: Latifundiários (era necessário ter a
terra por pelo menos duas gerações na família.
Portanto os romanos valorizavam a
hereditariedade – família tradicional).
• Plebeus: homens livres
– Clientes: homens livres agregados das famílias
patrícias. Tinham privilégios, mas eram
dependentes dos patrícios.
– Escravos: pequena parcela da população em
relação aos homens livres.
Não é pela quantidade de escravos que Roma é
considerada escravista, mas pela divisão social bem
marcada: Homens livres e não livres!
9. • Economia: pastoril
• DINASTIAS (Reis com função: executiva, judiciária,
legislativa e religiosa)
*Legislativa: aconselhada pelo SENADO (veto e sansão de
leis)
1. Rômulo
2. Numa Pompílio
3. Túlio Hostílio
4. Anco Márcio
5. Tarquínio Prisco
6. Sérvio Túlio
7. Tarquínio, o soberbo
10. O último rei, Tarquínio, o soberbo, de
origem etrusca, aproximou-se da plebe com
finalidade de anular a força do Senado; por esta
razão, os patrícios depuseram-no e implantaram
a República, órgão essencialmente aristocrático,
em 509 a.C.
11. República
República Romana: Sistema administrativo do
Estado, rompe com a noção de que o Estado é
uma propriedade do governante, como
acontecia com a monarquia.
RES = COISA PUBLICUS = DO POVO
O Estado é propriedade do povo e deve gerar
o bem coletivo e aquele que está incumbido do
poder público não pode exercê-lo de forma a
obter benefícios privados.
12. Diferença entre República Romana e Democracia
Grega:
A Democracia grega preocupa-se com a
participação política do cidadão. É igualitária (ao
cidadão ateniense). Uma vez cidadão, rico ou
pobre, tem os mesmos direitos.
A República Romana não se preocupava
com a igualdade. A participação política era
censitária. Aquele que vinha de família patrícia
tinha mais direitos políticos que aquele que era
de origem plebeia.
13.
14. A democracia se preocupa em
criar igualdade entre os
CIDADÃOS; a República se
preocupa principalmente com a
administração do Estado e com os
limites do poder público em
relação aos interesses privados.
15. República Romana:
• Senado (poder legislativo): órgão mais importante da
República. Poderia convocar uma ditadura. Composto
por 300 patrícios, cujos mandatos eram vitalícios.
Dirigia a política externa, o comando dos exércitos,
recrutamento de tropas, autorizava as despesas e
preparava as leis junto aos cônsules.
• Consulado (poder executivo): Eram eleitos dois
cônsules. Um permanecia dentro de Roma, exercendo o
poder civil e outro fora de Roma, com o poder militar
(imperium).
Em casos de crise eram substituídos por um ditador
(com poderes absolutos) por um período de 06 meses
(teoricamente).
16. Cargos Magistrados: cargos eleitos
Pretores: poder judiciário
Censores: Censo/ Divisão por renda- classificam
a sociedade
Edis: Administradores municipais
Questores: Tesoureiros
Assembleias centuriais: (agrupamento militar
de patrícios e plebeus). Dividida em centúrias
(grupos de centuriões – 100). Composta por 98
centúrias patrícias e 95 plebeias. *Como o voto
era por centúria, os patrícios mantinham o
controle das decisões.
18. Surgem os EQUESTRES: comerciantes que por não
terem terras, estavam abaixo dos patrícios
Sociedade na República:
Patrícios
Equestres
Plebeus
Clientes
Escravos (aumento significativo de
escravos, explicado pela expansão
militar durante a República)
19. • Homens livres: nasceram livres ou foram
libertos ou foros: têm direitos.
• Homens não livres: não têm direitos.
Além de ser uma sociedade censitária, era
Patriarcal (figura do pai): um cidadão completo
constitui família, tem domínio sobre a mulher e
sobre o filho (que é como propriedade, o pai
pode rejeitá-lo ou não colocá-lo no testamento).
Era normal um patrício afeiçoar-se a um filho de
escravo e colocá-lo no testamento, tendo todos
os direitos tanto quanto um filho legítimo.
20. A República foi marcada pela luta social entre
patrícios e plebeus pela distribuição de terras.
(*luta de classe). Os plebeus queriam mais terras,
mas não apenas para enriquecerem e sim para
terem direitos políticos. Questão agrária –
Reformas legislativas: levará a formação das
primeiras leis escritas de Roma.
494 a.C.: Greve. Os plebeus retiram-se de Roma
(eram importantes na economia e no exército).
Através desse pressão a aristocracia busca atendê-los
criando o cargo de Tribuno da plebe (tribunato
da plebe: órgão ocupado por 2 plebeus e depois por
10, com poder de veto sobre o Senado).
21. Em uma República Federativa:
Senado: interesse dos estados.
Câmara dos deputados: Representa diretamente o
povo.
Em Roma:
Senado: Câmara alta = câmara dos patrícios
(equivale ao Senado da República Federativa).
Tribunato da plebe (494 a.C.): Câmara baixa = “casa
do povo”. Equivale a câmara dos deputados. / Os
plebeus ganharam o direito de eleger o tribuno da
plebe, magistrado que tinha o poder de anular leis
contrárias aos plebeus.
22. 1º Código de Leis Romanas:
Lei das XII Tábuas: Código que inicia um processo de igualdade entre
patrícios e plebeus e que serve de base até hoje. 1ªs leis escritas (na
verdade eram inscrições em placas de bronze). Com as leis escritas
ficava muito difícil para os patrícios interpretá-las segundo seus
interesses. (450 a.C.)
Lei Canuleia: Permite o casamento entre patrícios e plebeus.
(445 a.C.)
Leis Licínias Sextias: Permitia que as terras conquistadas
fossem divididas entre os plebeus;. E que um dos cônsules deveria ser
plebeu. (367 a.C.)
Lei Poetélia Papiria: acabou com a escravidão por dívidas. (367
a.C.)
Lei Hortência: Todas as decisões tomadas pelos plebeus em
suas assembleias passaram a valer para todos os cidadãos.
Uma coisa é a lei ser aprovada, outra, praticada!
23. Com o fim da escravidão por dívidas,
houve a necessidade de conquistar mais
escravos. Sendo assim, o estrangeiro, o bárbaro
prisioneiro de guerra, tornou-se a principal mão
de obra. Roma não pode parar de expandir,
pois se parar, não terá mais escravos e sem
escravos terá uma crise econômica.
Lei Hortência: Cria plebiscitos: consultas
populares que se aprovassem algo, seriam
validas como uma lei.
24.
25. Projeto Mare Nostrum
Expansão Romana
Após a Lei das XII Tábuas, Roma faz sua
expansão pelo Mar Mediterrâneo.
Guerras Púnicas: Guerras contra Cartago (antiga
colônia fenícia)
1ª Guerra Púnica: 264 – 241 a.C.
Ataque dos romanos à Sicília (1ª província romana).
Entre guerras: 241-219 a.C.
Roma apodera-se de Córsega e Sardenha (2ª
província romana)
26.
27. Segunda Guerra Púnica: 218-201 a.C.
Conquista da Espanha, controle sobre o norte da África.
• Segunda Guerra Púnica;
• 218-202 a.C.
Amilcar, general de Cartado dominou o sul da Espanha e
seu filho Aníbal Barca –partiu da Espanha com elefantes
para atacar a Itália pelo norte;
Mas, ao final, o general Cipião consegue derrotar os
cartagineses e dominar a Espanha;
Terceira Guerra Púnica: 148-146 a.C.
Cipião Emiliano invadiu Cartago e a incendiou,
escravizando seus habitantes. Joga sal na terra (produto
caro: mostra o poder econômico) para que nada pudesse
brotar ali. Deixando a seguinte mensagem: quem
enfrentar Roma, terá o mesmo fim de Cartago.
28.
29.
30. Após a 3ªGP, Cartago e seus territórios
tornaram-se província romana.
31. Consequências:
• Roma passou a dominar o Mediterrâneo
• Concentração das novas terras nas mãos dos patrícios e
militares (aumento do latifúndio). Generais transformam-se
em patrícios ao manter a terra em sua família por mais de 2
gerações. Se os generais são patrícios, podem participar da
política, tornando-se senadores. Militarização da política
romana
• Aumento da escravidão por guerra. Aumentando o número
de escravos, diminuem as ofertas de emprego para os
homens livres. Quanto mais escravos, menos emprego.
Consequentemente, este camponês deixa o campo e vai
para a cidade.
• Êxodo rural: proletarização da plebe – urbanização
32. • Colonialismo: maior oferta de matéria-prima e
escravos, consequentemente menos preço dos
produtos em Roma e maior consumo.
• ROMA NÃO PODE PARAR DE EXPANDIR PORQUE
PRECISA DE ESCRAVOS, MATÉRIA-PRIMA,
PRODUTOS AGRÍCOLAS. SE PARAR, SUA
ECONOMIA CAIRÁ.
• Empobrecimento dos plebeus, impossibilitado de
concorrer com o latifundiário). Não ganham terra,
não têm empregos e não podem ser escravos.
Surgem os Tribunos da Plebe com a tentativa de
Reforma Agrária (131 – 121 a.C.)
• Política do pão e circo: para evitar revoltas
33.
34. Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas,
dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a
Germânia, a Síria e a Palestina.
O império romano passou a ser muito mais comercial do
que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou
passaram a pagar impostos e a enviar produtos para
Roma;
O PROBLEMA é que sem conseguir competir com os
produtos externos e a entrada de grande número de
escravos os CAMPONESES vendiam suas terras e partiam
para ROMA para engrossar as fileiras dos DESOCUPADOS.
35. Os irmãos Graco: Tibério e Caio
Tentativas de Reforma:
133 a.C.: Tibério: Lei Agrária: as terras do
Estado, em posse de latifundiários, deveriam ser
divididas em pequenos lotes e distribuídas entre
os pobres.
A lei foi aprovada, mas os patrícios conseguiram
anular todos os seus efeitos. Cercado no
Capitólio pelos senadores e patrícios, Tibério foi
assassinado.
36. 123 a.C.: Caio tenta levar adiante os projetos do
irmão. Foi encurralado fora da cidade e pediu para
seu escravo o matar.
Lei Frumentária: subsídios para o trigo: para que os
romanos pudessem comprar trigo por um preço
mais baixo. O trigo é a base da alimentação dos
plebeus., romanos comiam cerca de 1kg de pão por
dia. Mas choca-se com o interesse dos produtores –
patrícios.
*O enfraquecimento das instituições republicanas e
o fortalecimento de líderes militares colaboraram
para o fim do período republicano.
37.
38. Crise na República
A partir das revoltas republicanas (121-110 a.C.)
Guerra civil: convocação de ditadura: um general
assume o poder no lugar do consulado,
concentrado todo o poder em suas mãos. Ao final
da ditadura, o ditador seria avaliado pelo Senado e,
caso alguma de suas medidas fosse contrário ao
espírito da República (o bem comum), ele seria
punido (teoria). Na prática isso nunca acontecia,
geralmente os generais escolhidos eram ligados aos
patrícios, fazendo aquilo que o Senado queria.
39. Ditadura: 110-79 a.C.
• Gal. Mário (tio de Júlio César) – 24 anos de ditadura.
– Retira o poder do Senado
– Reforma militar – reestrutura o exército (pagamento de salários,
participação dos legionários nos espólios de guerra e
aposentadoria)
– Tenta resolver questões sociais relacionadas aos plebeus.
*Vínculo general-soldado: controle sobre a plebe.
– Abertura do exército à plebe: possibilidade de carreira militar.
Este soldado ganharia um soldo (salário – remuneração em sal),
pagos pelos próprios generais que aumentam seu poder, dão
ordens aos subalternos, que os obedecem, pois dependem
deles. (Maior parte de soldados = plebeus.
– Ao final da carreira militar, ganhava-se um pedaço de terra
– Ampliação da militarização da sociedade
– Oposição do Senado que o perseguirá – Júlio César abandona
Roma.
– Morte de Mário (assassinato)
40. • Gal Sila: 82-79 a.C. (3 anos de ditadura)
– Era mais conservador que o gal. Mário
– Ligado aos patrícios – devolveu o poder ao senado
– Perseguiu os seguidores de Mário
– Em 79 a.C. Sila abdica
Surgem novos líderes como Pompeu (abafou revolta
popular na Espanha), Crasso (abafou a famosa
revolta de escravos liderada por Spartacus em
Cápua) e Júlio César (general de destaque, sobrinho
do gal. Mário).
41. Espartaco e a Revolta dos escravos
Nascido na Trácia (N da Grécia), Espartaco foi
um soldado capturado e escravizado pelos
romanos para tornar-se gladiador.
73 a.C.: dirigiu-se ao monte Vesúvio onde
formou um exército com 60 mil soldados, mas
foram vencidos em 71 a.C.
42. Os generais são vistos como responsáveis
pela manutenção da ordem. Controlam revoltas.
A impressão que se passa é que somente os
generais conseguem manter a ordem dentro de
Roma.
60 a.C.: Eleições. Dois generais ganham: Crasso e
Pompeu
Eleição para o consulado. Segundo a Lei
Licínia Sextia 1 cônsul deveria ser patrício e o
outro plebeu, mas nessas eleições, os dois
cônsules são generais: Ruptura da lei = golpe.
43. Pompeu e Crasso chegam ao poder de forma
ilegal, pois nenhum era plebeu. Para
conseguirem legitimidade procuram o apoio do
povo, da massa. Resolveram chamar o general
Júlio César, que era adorado pela população.
Nesta época, Júlio César começava a desenvolver
a prática do Pão e Circo (distribuía $ e trigo entre
os mais pobres) e também costumava realizar
espetáculos para entreter os mais pobres.
Ao invés de um Consulado, teremos um
TRIUNVIRATO (60-31 a.C.) – 3 generais no poder.
44. O triunvirato dividiu o território romano em
três partes: são 3 generais comandando a
República, o Senado é deixado de lado.
Foi aprovada lei onde um triunviro não
poderia invadir as terras do outro. Houve disputa
entre os generais.
O 1º a sair foi Crasso em 54 a.C.
Pompeu declara Júlio César fora da lei e o
proíbe de entrar na região da Itália. Foi neste
“momento” que Júlio César pronunciou a famosa
frase: A sorte está lançada.
Júlio César vence Pompeu, entrando em Roma
como um vencedor, assumindo o poder.
45. JÚLIO CÉSAR começou a receber apoio da PLEBE. O
senado, com medo, tentou nomear POMPEU como
único CÔNSUL.
Sentindo-se traído, Júlio César e suas tropas saíram
da GÁLIA e marcharam sobre ROMA em 49 a.C.;
POMPEU fugiu para o Egito, onde foi morto.
JÚLIO CÉSAR depôs o Faraó e colocou em seu lugar
CLEÓPATRA, que se tornaria sua amante;
JÚLIO CÉSAR foi recebido em ROMA como ditador
vitalício, como sumo sacerdote e comandante do
exército.
46. Principado de César – 49-44 a.C.
César foi um autocrata (concentrou os poderes em
sua mão) e começou a acumular títulos:
Ditador perpétuo
Cônsul vitalício
Princeps
1º Cônsul
Queria mais dois títulos: Imperator (chefe supremo
de todo exército) e Augustus (divindade/ deus
vivo), esta ideia foi influencia egípcia (FARAÓ).
47. Júlio César promoveu um amplo programa de
reformas:
• Distribuiu terras a milhares de ex-soldados;
• Coibiu abusos dos governadores de províncias
e dos cobradores de impostos;
• Melhorou a distribuição de tribo à plebe
romana;
• Introduziu o calendário Juliano, que divide o
ano em 365 dias;
• Promoveu a construção do fórum.
48. César estava submetendo todo o Senado a seu poder. Sendo
assim, a solução encontrada foi matá-lo. Por volta de Março de
44 a.C. Júlio César foi assassinado por 40 senadores liderados
por seu filho Caio Brutus (Até tu, Brutus?)
Júlio César NUNCA FOI IMPERADOR ROMANO.
Assim que César foi assassinado, houve comoção social, já que
ele era adorado pela população (plebeus) e quase uma guerra
civil em Roma. Para acalmar os ânimos, o Senado prende e
executa os 40 assassinos e os executa, inclusive Brutus.
*Descobriu-se que ele havia deixado em seu testamento uma
quantia em dinheiro a cada romano, o que aumentou ainda
mais a sua popularidade e motivou uma violenta perseguição
aos seus assassinos.
Em sua homenagem foi criado o título de César: amigo do povo.
Saudação: Ave, César. (Salve amigo do povo).
*A Alemanha nazista inspirou-se nesta saudação.
52. 2º Triunvirato
Com a morte de César, o senado continuou a
perder força e outros três militares formaram o
segundo triunvirato, eram eles: Caio Otávio
(filho adotivo de César), Marco Antônio (braço
direito de César) e Lépido. Otávio ficou com o
ocidente, Marco Antônio, com o oriente e
Lépido com a África.
53. Marco Antônio, seguindo os passos de Júlio
César, vai até o Egito (*César conquistou o Egito
devido às plantações de trigo – aplacar a fome
em Roma. Lá, César apaixona-se por Cleópatra e
tem um filho, Cesário, nomeado seu herdeiro).
Marco Antônio também se apaixona por
Cleópatra, coloca em seu testamento Cesário, p
que gera a Questão do Egito (Lépido o acusa de
traição por se casar com Cleópatra).
Otávio divulga que Marco Antônio declarou
Cesário, um egípcio, como seu herdeiro.
54. Marco Antônio utiliza-se da xenofobia sentida
pelos romanos, afirmando que Cesário era
egípcio, um estrangeiro, um bárbaro. Levanta,
inclusive, dúvidas sobre a paternidade de Cesário,
difundindo a ideia de que Cleópatra era
promíscua ( a mulher dos 100 homens por noite).
Também difunde que Marco Antônio dará o
poder aos egípcios, causando revolta e medo em
Roma, assim, o exército deixou de apoiar M.A.
31 a.C. : Caio Otávio venceu Marco Antônio na
Batalha do Ácio (Actium).
Cesário foi morto por Cleópatra. Marco Antônio e
Cleópatra cometem suicídio.
55.
56.
57. Principado de Otávio 31-27 a.C.
Ao assumir o poder, Otávio se apresentou como
defensor da paz e conservou a instituições
republicanas, procurando dar aparência de
legalidade ao regime.
Teoria de Maquiavel: para se manter no poder, o
príncipe ou governante tem que ter o apoio de um
tripé: 1- poder militar; 2- poder político e
econômico e 3- poder religioso.
Otávio se apoia no Senado, não se nomeará
prínceps ou ditador perpétuo, mas sim PRÍNCEPS
SENATUS: 1º senador.
58. Cria a lei de que todo e qualquer título dado a um
cidadão romano, deverá ser aprovado pelo
Senado (mantém a aparência de poder do
senado).
2º Título: Tribuno da plebe: como a maior parte
dos soldados vêm da plebe, estes apoiam Otávio.
3º Título: Sumo Pontífice: 1º Sacerdote
Tendo este tripé de apoio, consegue o que Júlio
César almejou: os títulos de Imperator (chefe
supremo do exército) e Augustus (divino).
59. O IMPÉRIO ROMANO
Otávio Augustus vira IMPERADOR e CÉSAR
27 a.C.: Império romano. Mantém o Senado aberto
e a ideia de que tudo o que o imperador fizesse, o
senado deveria aprovar (manter a aparência de
poder do Senado, embora o poder, de fato,
estivesse nas mãos do imperador). Seus atos
passam a ser encarados como divinos e não como
de um ditador!
Só Augusto tinha o poder de mandar emitir
moedas de ouro e prata;
Augusto criou uma guarda pessoal –a GUARDA
PRETORIANA.
60. Alto império: 1 a.C. – 3 d.C.
Características:
• Militarização de Roma
– Hierarquia militar = hierarquia social
– Verticalização da sociedade
– Exército: principal instituição social
– Personificação do poder.
*Com um general no poder, há transformação da
estrutura social como a de um exército.
61. EXÉRCITO ROMANO
Imperador
Generais
Soldados
(Chefe supremo do exército)
Civis (controlados por toda
a estrutura militar)
62. SOCIEDADE ROMANA
SENATORIAIS
EQUESTRES
(MUITAS VEZES LIGADOS
DIRETAMENTE AO EXÉRCITO)
(COMERCIANTES)
INFERIORES (SEM PODER)
63. Na República Romana há uma divisão clara entre
homens livres e não livres, já no Império, ainda
há escravos, entretanto o que acontece é que
nos inferiores há uma mistura entre homens
livres e escravos, portanto, apesar da
continuação do escravismo, na estrutura social
se diluiu um pouco a separação entre homens
livres e não livres.
Há uma cultura militar (vestimentas, corte de
cabelo, comportamento, ainda que não se
participe do exército).
64. Para alguns autores, o Império romano é o
embrião do Estado totalitário, onde não há
separação entre Estado e governante, há sim
uma personificação do poder pelo imperador.
A vontade do imperador
é vista como a vontade do
Estado.
Símbolos: Águia.
65.
66. • Tibério(14-37), genro de Otávio Augusto era o
Imperador – Herodes governava Jerusalém mas a
região foi dividida entre outros governadores como –
Pôncio Pilatos que era governador da Judéia, época em
que Jesus Cristo foi crucificado;
• Calígula(37-41), com problemas mentais, nomeou
como cônsul seu cavalo incitatus; manteve
relacionamento incestuoso com sua irmã Drusila;
acabou assassinado por um complô da guarda
pretoriana;
• Cláudio (41-54) morto pela esposa que queria fazer
imperador seu filho que teve com outro marido;
• Nero (54-68),mandou matar a mãe, o irmão e as duas
primeiras esposas; colocou fogo em Roma e culpou
cristãos;
67. • Vespasiano (69 –72) –começou a construir
o COLISEU –anfiteatro flaviano;
• Tito (80 d.C.) filho de Vespasiano
inaugurou o COLISEU;
• Marco Aurélio(161-180) Época em que se
passa o filme (GLADIADOR)
• Comodus(180-192). (Época do filme
GLADIADOR –início crise de ROMA);
68. Até o século II d.C.: Expansão (exército forte).
Guerras de conquista/Ampliação do
território;
Ampliação do nº de escravos (prisioneiros)
Diminuição da oferta de emprego para a
plebe
Maior oferta de produtos, logo estes têm
menor preço. Controle da inflação e aumento do
comércio.
Quanto menor a inflação, maior poder de
compra da moeda romana.
69. Fins do século II a.C.: Roma para de expandir:
PAX ROMANA: muitos generais começam a ter
mais terras do que poderiam ocupar. As guerras
eram bancadas pelos generais, o imperador dava
a ordem e os generais as bancavam. *A guerra era
um investimento (terras, escravos).
Roma não é capitalista. Ainda não existe
capitalismo. Então não está preocupada em
expandir o capital; com isso, muitos generais
afirmam: não vale mais a pena a expansão, já
temos terras suficientes, é hora de parar.
Problema: I d.C.: Nasce Jesus => Cristianismo
30 d.C.: A pregação de Cristo se opõe ao Império.
Ideologia de subversão à ordem imperial.
MONOTEÍSMO CRISTÃO X POLITEÍSMO PAGÃO
70. A César o que é de César. Ao homem o que é
do homem. Cristo prega que o imperador não é
um deus vivo e sim um homem e que o único
deus é seu pai que está no reino dos céus,
opondo-se ao paganismo romano, que era
extremamente materialista. Se a pessoa era
rica em vida, seria rica após a morte, por toda a
eternidade, Cristo inverte isso (vida eterna de
paz). De materialista para espiritualista (filosofia
platônica/plotina: mundo da luz e mundo da
treva).
Oposição de valores.
Valores positivos em Roma: gula, luxúria
(bacanais), ócio (preguiça/ escravos), ira
(expansão).
71. O império passa a perseguir estes cristãos. Quanto mais
cristãos morriam, mais o cristianismo se expandia.
Pão e Circo: Solução para o grande número de
desocupados. Controle social.
Realização de grandes eventos, feriados longos,
distribuição de pão e vinho àqueles que iam aos circos.
*Comparação com a Copa do Mundo/Olimpíadas
Política de controle social que evitava revoltas na
medida em que dava diversão, comida, vinho. O que o
Estado fazia era um paternalismo/populismo (diminuía a
sensação de pobreza daqueles que eram mais carentes;
mas não resolvia a origem desses problemas, pelo
contrário, o mecanismo em si era a manutenção desta
pobreza. Enquanto essa população for pobre, haverá uma
forma muito simples de controlá-la, assim os mais pobres
tornam-se dependentes do Estado.
72. A prática do pão e circo dava aos cidadãos romanos a noção
de superioridade: quem morria no coliseu eram os
gladiadores, que eram estrangeiros, escravos, bárbaros; ou
seja, eles não eram romanos, ou pelo menos não eram
cidadãos romanos. O coliseu decide quem vive e quem
morre; assim, a plebe se sente superior. (ópio do povo.
Alienante?)
73. Diocleciano (284-305)
Divisão do império
Perseguiu Cristãos
Criou a TETRARQUIA:
O governo do Ocidente ficou, assim, dividido
entre Maximiano, a quem coube a Itália e a
África, e Constâncio Cloro, que recebeu a
Bretanha, a Gália e a Espanha. Enquanto no
Oriente, a maior parte, inclusive o Egito, ficava
com o próprio Diocleciano, e as regiões do
Danúbio e Ilíria –Grécia -eram confiadas a
Galério.
74.
75.
76. Baixo Império
Período de crise: III d.C. até V d.C.
Crise estrutural: anarquia militar: o Império é
marcado pela hierarquia militar, pelo respeito a
ordem, entretanto, os generais passaram a
desrespeitar ordens. Ao tornarem-se grandes
latifundiários, começaram a desrespeitar tais
hierarquias: colocavam em cheque a posição do
próprio imperador. Fragmentação do exército
que deixa de expandir.
77. Muitos generais, descumprindo a ordem do
imperador, retiraram os soldados das
fronteiras (onde ficavam para evitar as
invasões dos bárbaros) e os colocaram
dentro de suas terras. Os generais
começaram a dividir suas terras em
pequenas propriedades ofertadas aos
militares que seriam incumbidos de protegê-las
e de produzir nelas em troca de um
aumento de fidelidade. Enfraquecimento
das fronteiras – abertura.
78. A consequência imediata foi o declínio do
expansionismo e a perda de alguns
territórios: os bárbaros que viviam além das
fronteiras começaram a entrar no Império.
Com menor quantidade de colônias, menos
oferta de produtos dentro de Roma, assim
os preços aumentaram – inflação – menor
poder de compra pela moeda romana.
Entretanto, as trocas continuaram em Roma,
mas não pelas moedas. A este tipo de troca
feita por produtos chamamos de Escambo.
Declínio do comércio = troca natural de
produtos.
79. 287 d.C.: Imperador Dioclesiano
Para controlar a inflação, cria o Édito
Máximo: tabelamento de preços. Impõe
preços máximos aos produtos para controlar
a inflação. O que não funcionou. Cada vez
mais o comércio declina e a agricultura de
subsistência se estabelece.
Sem expansão não há escravos. Crise.
Para isso Roma toma duas atitudes:
1. Patrocínio
2. Colonato
80. Patrocínio
Os pequenos proprietários de terra, que viviam
na zona rural, arruinados, podem trabalhar nas
terras dos grandes proprietários mediante
pagamento de impostos.
Colonato
Em troca do uso da terra (usufruto) – não da
posse – e da proteção militar, os latifundiários
ofereceram àqueles que moravam nas cidades,
que não tinham terra, que trabalhassem em
suas fazendas, assim receberiam parte da
produção e pagariam uma outra parte em
impostos.
81. O colonato dará origem à servidão: quando Roma
deixar de existir, a escravidão no ocidente também
deixará, dando origem à servidão (origem do colonato
romano).
Ruralização da economia/ ruralização da sociedade
(êxodo urbano)
Roma: Crise econômica/ Sensação de pobreza.
CRISTIANISMO: expandiu muito mais entre os pobres
que entre os ricos, havia entre os pobres (plebeus)
muitos soldados. Com o aumento da crise econômica,
aumentou o número de cristãos – consequentemente
entre os próprios soldados. Com isso grande parte do
exército deixa de acreditar na autoridade do imperador
como divina.
82. 315 d.C. Constantino: Édito de Milão
Liberdade de culto ao cristianismo. Para
ganhar apoio do exército, Constantino
permitiu a ampliação da fé cristã.
Aboliu a TETRARQUIA e transferiu a capital
do Império para CONSTANTINOPLA (hoje
Istambul) Capital : Bizâncio
83. Teodósio (Sec. IV d.C.) Édito Tessalônico
Cria oficialmente a Igreja Católica Apostólica
Romana como religião oficial do Estado. Tirou
a função de “divino” do Imperador.
Surge em Roma uma divisão entre o
cristianismo e o catolicismo.
Assim, Teodósio trouxe para si o exército e ele
tornou-se chefe da igreja também:
CESAROPAPISMO: César = poder político /
Papa = poder religioso
• Império Oriental (Constantinopla)
• Império Ocidental (Roma)
84.
85.
86. Invasão dos bárbaros.
HUNOS: Expandem-se do leste para o oeste,
pressionando outros bárbaros a invadirem
Roma. As invasões começam na verdade como
uma migração.
Germânicos: fogem dos hunos e entram no
Império Romano, já que as fronteiras estavam
enfraquecidas. Parte destes bárbaros se alia ao
exército contra os hunos, mas sem grandes
efeitos e acontece então a invasão dos
bárbaros (alamanos, francos, anglos e saxões =
germânicos). São eles que darão origem ao
feudalismo, deixando algumas características:
87.
88. Características dos bárbaros:
1. Maior ruralização da economia
2. Fragmentação política (tinham estrutura
tribal, sem noção de ESTADO)
3. Relação de COMITATUS: entre o líder
bárbaro e os guerreiros. O líder ofertava
terra e os guerreiros ofereciam fidelidade
militar. Em Roma: no lugar do líder bárbaro
aparece o rei, o grande nobre, proprietário
de terras e os guerreiros serão a nobreza.
Os reis darão terra aos nobres e os nobres
prestarão fidelidade militar. Suserania e
Vassalagem.
89. 476 d.C.: O último grande líder bárbaro, Odoaclo, invade
Roma, que acaba ruindo. Era governada por Rômulo
Augusto.
O Império Romano havia se dividido em 395 a.C.
Império Romano do Ocidente
Império Romano do Oriente (que continuará a existir
como Império Bizantino)
No lugar do Império Romano do Ocidente surgirá o
feudalismo (síntese dialética entre romanos e bárbaros
germânicos).
ROMANOS: Latim, catolicismo, militarismo, colonato
(servidão) e a Lei das 12 Tábuas
BARBAROS: Fragmentação política, ruralização da
economia (agricultura de subsistência), militarismo,
comitatus (suserania e vassalagem) e o direito
consuetudinário.