O Design Brasileiro um panorama do século XX à IV Bienal de Design.
01 design conceito _projeto 21_v2015.2
1. Cristiano Alves
Ivan Luiz de Medeiros
Luiz Fernando G. de Figueiredo
Francisco Gómez Castro
Ricardo Straioto
2015 . 2
Curso de Graduação em Design.
Módulo de Projetos XX.
CCE, UFSC. Florianópolis, Brasil.
projeto AULA 1
C O N T E Ú D O S
1. Design, A Palavra.
2. O Conceito.
3. A Historia.
4. Design Centrado No Usuário
(DCU).
2. design
...do latim designare, que não se traduz indife-
rentemente para designar ou desenhar, e tem o
sentido de designar, indicar, representar, marcar,
ordenar, regular. MOZOTA (2002)
A P A L A V R A
do latim designare
1. DESIGN, A PALAVRA
AULA 1
projeto
Os conteúdos dos apartados:
“1. Design, A Palavra”; “2. O Concei-
to”; e “3. A Historia” estão baseados
no “CAPITULO 2. Sobre Design” do
livro “A Gestão de Design como
estratégia Organizacional” dos
autores Fonseca de Freitas e Diaz
Merino.
*
3. designA P A L A V R A
do inglês design.
AULA 1
Em inglês, design traduz-se, indiferentemente, para
designar ou desenhar, mantendo este duplo significado, o
que indica que a origem da palavra que representa o que é a
atividade, vem do inglês.
E significa: plano, projeto, intenção, esquema, pro-
cesso esboço, modelo, motivo, decoração, composição
visual, estilo.
Design = desígnio + desenho
1. DESIGN, A PALAVRA
projeto
4. Design = desígnio + desenho, que podem, ainda, ser
reagrupados segundo dois esquemas que esclarecem o
conteúdo do conceito de design:
• Design significando desígnio implica uma intenção e um
processo.
• Design significando desenho implica a concretização de
um projeto em um esboço, um motivo, uma composição
visual.
MOZOTA (2002)
designA P A L A V R A
do inglês design.
AULA 1
1. DESIGN, A PALAVRA
projeto
5. designA P A L A V R A
Signum, do latim, e
secnon do grego.
AULA 1
… a palavra de-sign vem do latim signum,
que significa sinal, indício, e que deu origem a significado,
significação.
secnon do grego – extrair, separar, tirar de, dividir,
acrescida da preposição de, que significa falar conforme o
signo, de acordo com o signo, segundo ou a respeito de.
Assim, de + sign envolve uma operação crítica sobre as
atividades do signo, com respeito a, ou conforme um
sinal, um indício ou uma representação.
FERRARA (2002)
1. DESIGN, A PALAVRA
projeto
6. designO C O N C E I T O
AULA 1
O objetivo do design consiste em pensar e
pesquisar a coerência do sistema de objetos. Concebe
marcas, espaços ou objetos para satisfazer necessidades
específicas segundo um processo lógico.
Cada problema colocado implica desco-
brir um equilíbrio entre toda uma gama de produtos
impostos sobre os planos da tecnologia, da ergonomia, da
produção e do mercado. (Mozota 2002)
Independentemente de sua origem, entretanto, não possui
tradução para o português e compreende a noção de projeto
em seu sentido mais amplo. (Martins e Merino, 2011).
... O design é uma atividade voltada à resolução de pro-
blemas, criação, atividades coordenadoras e sistêmicas
e está próxima à atividade da gestão, que igualmente é
orientada na direção de resolução de problemas, atividade
de inovação, atividade sistêmica e coordenadora.
1. DESIGN, A PALAVRA
projeto
7. designO C O N C E I T O
AULA 1
... design é a melhoria dos aspectos funcionais,
ergonômicos e visuais de produtos, de modo a atender às
necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a
segurança e a satisfação dos usuários, sendo um dos prin-
cipais instrumentos de competição nos mercados nacio-
nal e internacional.
É a atividade que atua nas fases de definição de
necessidades, concepção e desenvolvimento de projetos
de produtos, visando sua adequação às necessidades do
usuário e às possibilidades de produção da empresa.
BAHIANA (1998)
... o design consiste na melhoria da qualidade de uso do
produto, da forma de um novo produto, do seu processo de
fabricação, da sustentabilidade ambiental e social, da
forma de acesso a um
produto socialmente inclusivo, da aplicação de novos
materiais e da qualidade estética.
BONSIEPE (1997)
2. O CONCEITO
projeto
8. designO C O N C E I T O
AULA 1
Em relação à tarefa: busca descobrir e avaliar relaciona-
mentos estruturais, organizacionais, funcionais, expressivos
e econômicos, com a tarefa de: realçar a sustentabilidade
global e a proteção ambiental (ética global); proporcionar
benefícios e liberdade à comunidade humana, individual e
coletivamente; usuários, produtores e protagonistas finais do
mercado (ética social); dar suporte à diversidade cultural
apesar da globalização (ética cultural); e fornecer produtos,
serviços e sistemas, de forma expressiva (semiologia) e
coerente (estética) com suas complexidades peculiares” .
A associação internacional de design de produto, Interna-
cional Council of Societies of Industrial Design – ICSID
(2003), apresenta a seguinte definição de Design:
“Em relação ao alvo: atividade criativa cujo objetivo é esta-
belecer qualidades multi-facetadas de objetos, processos,
serviços em todo ciclo de vida. Conseqüentemente (...) é o
fator central de humanização inovadora de tecnologias e o
fator crucial de mudança cultural e econômica.
2. O CONCEITO
projeto
9. designA H I S T O R I A
AULA 1
Para Mozota (2002), a história do design está dividida em
cinco grandes etapas, que são:
1. Precursores (1850-1907);
2. Profissão do Design (1930-1945);
3. O novo pluralismo do Design (1950-1975);
4. O retorno do ornamentalismo (1975 -1990);
5. O design de 1990 à atualidade.
1. Precursores (1850-1907);
Entretanto, a idéia de especializar o artesão em produtor em
série, do Deutscher Werkbund,encontra sua maior expres-
são na Bauhaus (escola Alemã, fundada por Walter Gro-
pius, em 1919), com projetos sem ornamentos e de fácil
execução pela máquina, que prega o funcionalismo (a
forma segue a função).
“A forma segue a função”
Bauhaus, funcionalismo.
3. A HISTORIA
projeto
10. designA H I S T O R I A
AULA 1
2. Profissão do Design (1930-1945);
Styling, EUA
Os skin designers se preocupam em tornar o produto mais
atraente aos olhos do consumidor.
Streamlining
Estilo aerodinâmico - processo do projeto completamente
oposto ao do funcionalismo.
“A o feio não vende”
Styling, EUA.
O projeto transforma-se em uma profissão independente que se
preocupa em colocar a estrutura do objeto de acordo com a moda:
"redesign" ou "styling".
Os primeiros designers desenvolvem um Estilo – streamlining -
ou aerodinâmica, que aplica o simbolismo das formas da aviação
comercial (que por sua vez buscou uma analogia com formas naturais,
por meio da biônica) a outros setores industriais.
O aerodinamismo, sinônimo do dinamismo e modernidade,
síntese estética e tecnologia, conduz ao projeto dos objetos formas
arredondadas que fascinam o publico.
3. A HISTORIA
projeto
11. designA H I S T O R I A
AULA 1
Design racional
3. O novo pluralismo do design (1950-1975);
Design de formas
livres
EUA: a Pop Art e sua cultura
maciça; The lndependent Group
Inglaterra: renascimento do crafts;
livro: Design for lhe Real World
(lançando o conceito de design
social).
Itália: os movimentos Radical
Design e Archizoom.
Formação
acadêmica
(década de 60)
A diversidade do momento
histórico internacional justifica a
diversidade de currículos dos
cursos de Design no mundo, cuja
formação pode estar voltada às
Artes ou a escola politécnica.
intenso debate cultural entre os adeptos de um
design racional e funcionalista e dos adeptos do
simbolismo.
A estética
neo-acadêmica não se
justifica para produtos
de grande consumo,
para os quais se busca
uma "estética transitó-
ria", fundada nos
símbolos da época.
França: União dos artistas
modernos - “Formas Úteis”.
Alemanha: a Escola de UIm
(Hochschulefur Geslaltung)
continua o espírito da Bauhaus,
e defende um design racionalis-
ta.
EUA: Enginering Design:
engenheiros buscam conceber
produtos práticos.
3. A HISTORIA
projeto
12. designA H I S T O R I A
AULA 1
4. O retorno do ornamentalismo (1975 - 1990)
O Design invade todos os campos
Estética chocante privilegia o símbolo à função.
Revival do artesanato
Estilo pós-moderno em torno de sentenças como o
“menos é um furo”.
É o renascimento da ornamentação
“menos é um furo”
Revival do artesanato
Durante a evolução houve momentos em que o design represen-
tava claramente a cultura de um país ou região: design italiano, design
japonês, design americano, design alemão. BAHIANA (1998)
Com a troca de informações e a rede internacional, as dife-
renças entre produtos de diversos países foram diminuindo, levando à
projeção de um produto aceito internacionalmente.Atualmente está se
chegando a um equilíbrio, com a busca de uma identidade nacional
que represente aspectos positivos do país. Ele vem evoluindo como
ferramenta das empresas em busca de um produto melhor, firmando-
se a idéia de que “a forma segue a função”: aquilo que éprojetado
do ponto de vista funcional acaba tendo uma forma agradável,
atraindo o público, o que é questionado pelos anos 80.
3. A HISTORIA
projeto
13. designA H I S T O R I A
AULA 1
Relação entre o
designe a tecnologia
5. O Design de 1990 até a atualidade;
O designer pode trabalhar com o
ambiente externo sem envolver a
estrutura interna.
PDV virtual.
Limites de produção minimizados.
Progresso da eletrônica.
Formas orgânicas.
Materiais sintéticos e inteligentes.
Repercussões recentes da
microeletrônica,miniaturização.
Produto aceito no mundo todo.
Busca de identidade nacional.
Linguagem universal.
Design Inclusivo.
Mídias interativas.
Internet e seus reflexos.
Desmaterialização dos
produtos.
Globalização Importância do
design
Exportação, inovação, proximidade
à administração, ferramenta compe-
titiva.
Gestão de Design,
Design estratégico.
A forma segue a mensagem (função
simbólica).
A arte fica na História do Design.
Excesso de oferta
Preocupação com o meio ambiente
e causas sociais.
Conscientização do papel social e
ecológico.
Produtos personalizados.
Customização.
Inovação.
3. A HISTORIA
projeto
14. designA H I S T O R I A
AULA 1
5. O Design de 1990 até a atualidade;
A substituição de processos
mecânicos por eletrônicos
permitiu maiores possibilidades
ao design: atualmente a forma
pode determinar a função.
MOZOTA (2002)
“O design não é uma expressão artística, pois
não é uma“expressão da alma”e não se valoriza
mais a emoção do que a técnica, como na arte.”
Yoshia Ferreira
“O design não é uma expressão
artística, pois não é uma “expres-
são da alma” e não se valoriza
mais a emoção do que a técnica,
como na arte.”
Yoshia Ferreira
Esta discussão continuará por
muito tempo ainda. Por um lado,
o racionalismo advindo da
tecnologia, e por outro, a
emoção vinda das artes.
Ambas tendências acabaram se
complementando.Considerando
o efeito emocional que os
objetos causam nos seus
usuários, as relaçoes estableci-
das de fidelidade quanto a
algum, serviço ou marca.
É necessária uma maior
flexibilidade e adequação às
diferentes realidades e
comportamentos adotados,
ainda considerando que o
Design é um processo siste-
matizado e organizado, e não
pode ser confundido com uma
expresão individual.
O Design deveria focar de
forma direita seu usuário, o
processo, e tentar se aproximar
de um processo de
desenvolvimento mais
participativo, no qual aspectos
como a usabilidade estejam
presentes, evitando-se
produtos com a “cara” do
designer.
3. A HISTORIA
projeto
15. designD C U
AULA 1
4. Desing Centrado no Usuario (DCU)
O que é centrado?
“Experiência de usuário é a qualidade da expe-
riência que uma pessoa tem quando interage com
um design específico.”
http://uxnet.org/
“Centrado” é colocar algo no
centro. Colocar em foco, focar.
Estar em equilíbrio.
O que é experiência do
usuário?
4. DESING CENTRADO NO USUARIO (DCU)
projeto
O que é usuário?
Os usuários são pessoas que
“utilizam” ou “fazem uso” de
alguma coisa!
Cada contexto e disciplina de
design vai definir quem é o
usuário, qual o perfil dele, e como
ocorre o“uso”nos diferentes
cenários.
O usuário sempre será o utiliza-
dor de um produto ou serviço;
... roupas,computador, celular,
medicamento ...
“Experiência de usuário é a
qualidade da experiência que
uma pessoa tem quando intera-
ge com um design específico.
Isto pode ter um alcance desde
objetos específicos como uma
caneca, brinquedo ou web site
até algo mais abrangente com
experiências integradas como
um museu ou aeroporto!”.
http://uxnet.org/
16. designD C U
AULA 1
4. Desing Centrado no Usuário (DCU)
“Experiência de usuário é a qualidade da expe-
riência que uma pessoa tem quando interage com
um design específico.”
http://uxnet.org/
Os artefatos, construídos
artificialmente, se transfor-
mam em objetos apropria-
dos a uso do ser humano,
quando damos valores a
eles.
4. DESING CENTRADO NO USUARIO (DCU)
projeto
O Design Centrado no
Usuário como visão
contemporânea do
design considera que o
design seja funcional,
formal, emocional e que
tenha usabilidade.
Segundo D. NORMAN,
além de forma física e
funções mecânicas, os
objetos assumem forma
social e funções
simbólicas.
17. designD C U
AULA 1
4. Desing Centrado no Usuário (DCU)
4. DESING CENTRADO NO USUARIO (DCU)
projeto
Design é uma atividade,
uma práxis pautada no
intelecto humano que
participa da configuração
de objetos, sejam eles
bidimensionais,
tridimensionais ou virtuais.
BOMFIM
O designer dá forma (con‐
forma) algo que antes
existia apenas no mundo
das ideias, dos desejos,
das necessidades; ou
trans‐forma algo já exis-
tente, incorporando novos
valores e tecnologias.
BOMFIM
DCU: É o processo de design
em que as necessidades, desejos
e limitações do ser humano são
levados em conta durante todas
as fases de concepção e
desenvolvimento de um projeto.
“O design Centrado no Usuario é um enfoque
diferente ao Design Centrado no Designer onde a
emoção é mais importante”
18. designD C U
AULA 1
4. Desing Centrado no Usuário (DCU)
4. DESING CENTRADO NO USUARIO (DCU)
projeto
DESIGN DE INTERAÇÃO
O foco está nas
relações humanas
tecidas através dos
artefatos e serviços
interativos
Empresas que são
orientadas pelo DCU
possuem a inovação
em seu DNA e atuam
de forma diferenciada
em seus segmentos