OS FENÍCIOS – “O POVO DO MAR ”
Os Fenícios são considerados os maiores navegadores da
Antiguidade
Profª Silvana Marques Moreira
Localização:
Os fenícios
localizavam-se
na bacia
oriental do
Mediterrâneo,
numa estreita
faixa de terra
ao norte da
Palestina, ond
e hoje está o
Líbano.
Localizados entre o mar e as montanhas, os
fenícios dispunham de poucas terras férteis para a
prática da agricultura e logo, portanto, voltaram
suas principais atividades econômicas para o
comércio marítimo, transformando em grandes
navegadores.
Possuidores de uma madeira de
qualidade, produziram excelentes embarcações
com as quais empreenderam viagens marítima de
longa duração.
Os fenícios teriam vindo ao Brasil, por volta do século VII
a.C. Conforme registros, estiveram na Baía da Guanabara no
atual estado do Rio de Janeiro.
São considerados oficialmente como precursores de Pedro
Álvares Cabral.
LAABHTEJ BAR RIZDAB
NAISINEOF RUZT” como os
fenícios escreviam da direita
para esquerda entendemos
que essa mesma inscrição lida
na língua ocidental ficaria:
“TZUR FOENISIAN BADZIR
RAB JETHBAAL” que traduzido
significa: “Tyro
Phoenicia, Badezir
primogênito de Jethbaal”.
Inscrição na Pedra da Gávea - RJ
Os gregos os chamavam de Phoini, que significa
“vermelho”, tendo em vista serem os únicos a
produzir tecidos tingidos na cor púrpura (vermelho
intenso). O pigmento era retirado do molusco
Múrici, encontrado no Mediterrâneo.
Na Antiguidade, tecidos na cor vermelha só
eram usados pelos nobres
(reis, imperadores, faraós), pois era muito
caro.
Do Múrici (Morex
trunculus) era extraído o
pigmento que tingia de
vermelho os tecidos de
lã tão apreciados pelos
nobres e que eram uma
exclusividade da
indústria artesanal dos
fenícios.
Cedro de Olíbano, a
madeira de qualidade com
a qual os fenícios
fabricavam suas resistentes
embarcações e hoje
símbolo da bandeira do
Líbano.
Organização Política:
Os fenícios organizaram-se em cidades-
Estados, sendo as mais importantes:
Biblos, Sidon, Tiro, Ugarit, Beritos (atual Beirute).
Todas eram governadas por um sufeta (um tipo de
juiz) . Os governantes vinham da elite, constituída
por homens de negócios ligados às atividades
marítimas. Era uma talassocracia.
Talassocracia – (do grego: talassos = mar e cracia =
poder) tipo de governo em que a elite que o
controla está ligada diretamente às atividades
ligadas ao mar (comércio, construção de
barcos, donos de embarcações).
Tiro, foi considerada durante muitos séculos como a mais importante
cidade fenícia, com um dos portos mais movimentados do oriente.
Ao longo da orla do Mediterrâneo e do Mar Negro, os fenícios
estabeleceram intensas rotas comerciais e fundaram inúmeras
colônias, sendo a mais próspera, a cidade de Cartago no norte da
África.
Cartago no norte da África, se tornou importante centro comercial
e passou a rivalizar com os romanos. Foram travadas três longas
guerras até os romanos destruírem a cidade.
Sociedade
A sociedade fenícia era constituída por
aristocratas, sacerdotes, grandes comerciantes, chefes
militares. A população era formada por
marinheiros, artesãos, camponeses e escravos.
Os camponeses viviam em condições
miseráveis, tendo que entregar a quarta parte da
produção ao Estado.
Quem trabalhava nas cidades era empregado nas
oficinas artesanais que eram controladas pelo
Estado.
Economia
Vendiam o azeite, cereais, vinho e artigos
de luxo como pratos de ouro, garrafas de
marfim, enfeites de prata ou de bronze, fina
cerâmica e perfumes. No entanto, para povos
guerreiros, vendiam também lanças e escudos de
ferro.
A maior parte dos produtos exportados pelos fenícios era
feita nas oficinas dos artesãos controladas pelo Estado, que se
dedicavam à:
metalurgia (armas de bronze e ferro, jóias de ouro e
prata, etc.);
fabricação de vidros (teriam sido eles os descobridores do
método de fabricação de vidro transparente);
fabricação de tecidos finos na cor púrpura (tintura obtida
com uma substância avermelhada extraída do múrice;
molusco do Mediterrâneo);
madeiras (incluindo embarcações).
Fervilhante
comércio era
Pequeno pingente de praticado nos
vidro colorido. portos das
Habilidade artesanal principais
fenícia. cidades.
Boa Fama? Nem sempre...
Em alguns locais ponde onde passaram não
gozaram de boa fama de honrados comerciantes.
Isso porque atraíam os filhos dos nativos de uma
determinada região onde atracavam para fazer suas
vendas, para conhecer os barcos, e os capturavam
para vendê-los como escravos.
Também eram acusados de copiar as “tecnologias
de outros povos” e de distribuir como se fossem
suas...
Religião
No campo religioso, os fenícios incorporaram o
predominante politeísmo das sociedades antigas. Baal
era o deus associado ao sol e às chuvas. Aliyan, seu
filho, era a divindade das fontes. Astarteia era uma
deusa vinculada à riqueza e à fecundidade. Durantes
seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios costumavam
oferecer o sacrifício de animais e seres humanos
(bebês recém nascidos).
Cultura
A maior herança cultural desse povo foi a invenção
do alfabeto com 22 consoantes. Este alfabeto foi a
base para o alfabeto grego, ao qual foram
acrescentadas cinco vogais.
O alfabeto nasceu da necessidade comercial de se
achar um modo prático que facilitasse o registro das
compras e vendas.
Os fenícios não foram muito originais em termos
culturais, pois foram influenciados por várias
culturas.
E se não ficaram famosos por deixarem sua própria
marca registrada, foram importantes por expandir as
culturas pelos diversos lugares por onde passaram.
Um conhecimento que foi importante, para o
desenvolvimento dos povos da antiguidade.
Decadência
Entraram em decadência depois da conquista de Tiro
pelos romanos em 332 a.C.
Em 330 a.C, Alexandre, o Grande incorporou a Fenícia
às suas inúmeras conquistas.
Depois disso, o seu maior império, Cartago, foi
destruído em 146 a.C. Nessa época, eles já nem
falavam sua língua de origem e sim, uma mistura de
grego e aramaico.