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Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
     Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação
         Disciplina de Estatística – Porfª: Roseli T. Gatti




    A imagem do bibliotecário no cinema
                  Ficção ou realidade?




                                                              Giese Jardim

                                                              Leidieice Santos

                                                              Luciana Souza

                                                              Nayara Cabral

                                                              Tamara Leoni



                            São Paulo
                               2010



                                                                              1
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo
       Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação
           Disciplina de Estatística – Porfª: Roseli T. Gatti




    A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?




                                                                Giese Jardim

                                                                Leidieice Santos

                                                                Luciana Souza

                                                                Nayara Cabral

                                                                Tamara Leoni


                                Trabalho apresentado como requisito para a
                         conclusão da disciplina semestral de Estatística, na
                Faculdade de Biblioteconomia e Ciências da Informação da
                    Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
                          Orientado pela Professora Rosely Terezinha Gatti.




                      São Paulo, maio de 2010.



                                                                                2
       

           A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade? 
                   A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?/ Giese 
           Jardim... [et.al]  ‐ ‐  São Paulo: Fundação Escola de Sociologia e Política de 
           São Paulo, 2010. 
                    x, 90 f. : il.  
     
                  Orientador: Roseli Terezinha Gatti. 

                       Trabalho apresentado como requisito para a conclusão da   
               Disciplina semestral de estatística, na Faculdade de Biblioteconomia   
               e Ciências da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política   
               de São Paulo. 
                         Outros autores: Leidieice Santos, Luciana Souza, Nayara Cabral,  
               Tamara Leoni.  
                     
                                        

                   1. Bibliotecário  2. Imagem profissional  3. Cinema  I. Jardim, Giese II. 
           Gatti, Roseli Terezinha  III. Fundação Escola de Sociologia e Política de São 
           Paulo, Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Disciplina 
           de Estatística.                             




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1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 7

3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 7

4 METODOLOGIA................................................................................................... 8

    4.1 Filmes ........................................................................................................................................ 8

    4.2 Entrevistas ................................................................................................................................. 8

5 A IMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO....................................................................... 10

    5.1 O estereótipo clássico da bibliotecária: origens ..................................................................... 10

    5.2 Estereótipos ............................................................................................................................ 12

    5.3 Análise dos filmes.................................................................................................................... 14

       5.3.1 Profissional bibliotecário: 1940‐2009 .............................................................................. 16

           5.3.1.1 Período 1940-1969 ............................................................................................... 16

           5.3.1.2 Período: 1970-1989 .............................................................................................. 18

           5.3.1.3 Período: 1990-2009 .............................................................................................. 19

6 ANÁLISE DOS PERFIS DOS ENTREVISTADOS.............................................. 22

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 26

APÊNDICE .............................................................................................................. 1

APÊNDICE A .......................................................................................................... 1

    Filmes .............................................................................................................................................. 1

APÊNDICE B .......................................................................................................... 2

    Modelo do questionário aplicado ................................................................................................... 2




                                                                                                                                                         4
A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?




Resumo: O trabalho se propõe a estudar a forma como a (o) bibliotecária (o) é
retratada (o) no cinema, de forma a discutir e a estabelecer os estereótipos da
profissão. Para tanto, entrevistas foram realizadas com diversas pessoas a fim de
determinarmos se tais estereótipos mostrados nos cinemas são confirmados, de
fato, na realidade.


Palavras-chave: bibliotecário; imagem profissional; estereótipos; cinema.




                                                                                    5
1 INTRODUÇÃO


      São poucas as profissões marcadas com estereótipos femininos tão fortes
quanto à profissão de secretária, professora e enfermeira. No entanto, a este
grupo, podemos adicionar mais uma profissão: a de bibliotecária. Desde o término
da segunda guerra mundial, com a emancipação feminina, os avanços femininos
foram vistos de maneira preconceituosa pelos mais tradicionais, ou, simplesmente,
pelos mais machistas.
      Sendo assim, as profissões que, a primeiro momento, puderam ser
chamadas de mais tradicionalmente femininas, como a do bibliotecário, foram
sendo marcadas, ao longo do tempo, com preconceitos e críticas.
      No entanto, hoje em dia, esta imagem do bibliotecário tende a modificar-se.
O campo de atuação nesta área está se expandindo para diversos outros setores,
e os homens, até então, poucos neste ramo, estão, cada vez mais, interessando-
se pela carreira; trazendo, assim, podemos, dizer maior equilíbrio de gêneros para
esta profissão.
      Ainda assim, devemos nos perguntar: as mudanças que estão ocorrendo
nesta área de trabalho, nesta profissão estão acarretando, também, mudanças
nas visões que as pessoas e a mídia têm do bibliotecário? Este trabalho tenta
responder a esta pergunta. Cabe a nós, então, descobrirmos se a tradicional
imagem da mulher carrancuda e solteira, de óculos, cabelos presos e aspecto
sério terá sido perdida ou esquecida ao longo destas décadas, ou não.




                                                                                 6
2 OBJETIVOS


      Como levantado anteriormente, o trabalho se propõe a discutir a imagem do
profissional de biblioteconomia na mídia e como esta imagem é refletida na
sociedade.
      Para tanto, foi realizado um levantamento de filmes de diversas décadas,
desde a década de 40 até a década de 2000, juntamente com uma série de
entrevistas que visam a confirmar se a imagem retratada no cinema é igualmente
imaginada na realidade.
      O objetivo do trabalho é, portanto, vislumbramos se existe a possibilidade
de mudança da imagem deste profissional sem que seja aquela tão tradicional e já
mencionada da típica e sexualmente frustrada, mulher solteirona.




3 JUSTIFICATIVA


      Como estudantes de biblioteconomia e futuras bibliotecárias, é de nosso
interesse contemplarmos este assunto que a tanto nos afeta. Também é desta
forma que vislumbraremos se é possível conceber uma boa imagem deste
profissional cujo objetivo maior não pode ser o de transmitir a devida e desejada
informação ao seu usuário.
      Assim, tentamos compreender se nossa imagem é capaz de influenciar
nosso trabalho e a forma como a sociedade retrata nossa importância dentro da
mesma.
      Consideramos o bibliotecário, portanto, um profissional qualificado e
altamente necessário. Resta-nos saber, no entanto, se o mesmo conceito é
contemplado, na realidade, pelas outras pessoas e pelos outros profissionais.




                                                                                    7
4 METODOLOGIA


         O trabalho consiste em uma análise de dois tipos de materiais: filmes e
entrevistas.



4.1 Filmes


         Foram utilizados para a realização do trabalho, 20 filmes (vide apêndice A)
em que o bibliotecário aparece, seja como protagonista, coadjuvante ou figurante.
Os filmes são todas produções norte-americanas, com exceção de “O nome da
rosa”, cuja produção é alemã. Estes filmes estão divididos pelos seguintes
períodos:


    - 2 filmes da década de 40: A sombra de uma dúvida; A felicidade não se compra;
- 1 filme da década de 50: Amor eletrônico;
- 1 filme da década de 60: Bonequinha de luxo;
- 1 filme da década de 70: Debbie does Dallas;
- 3 filmes da década de 80: O óleo de Lorenzo; O nome da rosa; Indiana Jones e a
última cruzada;
- 6 filmes da década de 90: A bela e a fera; Pagemaster: o mestre da fantasia;
Matilda; Matrix 1; A múmia;
- 6 filmes da década de 2000: Star Wars 2: o ataque dos clones; A máquina do
tempo; O dia depois de amanhã; O guardião 1: em busca da lanç sagrada; O
guardião 2: retorno às minas do rei Salomão; Ninja assassino.



4.2 Entrevistas


         Foram realizadas entrevistas com 23 pessoas, compreendendo uma faixa
etária desde os 17 anos até os 55 anos (vide apêndice B).




                                                                                       8
Entre as diversas questões abordadas, foi perguntado se havia o
conhecimento de como seria e o que faria um bibliotecário. Além disto, foram
perguntados aos entrevistados se lembravam-se de terem visto o bibliotecário nos
filmes citados acima, ou, simplesmente, se sua presença fora lembrada em
alguma produção cinematográfica.




                                                                               9
5 A IMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO



5.1 O estereótipo clássico da bibliotecária: origens


      A idéia da bibliotecária como uma solteirona já nos é conhecida. No
entanto, cabe a nós agora perguntar de onde terá surgido esta imagem da
solteirona e porque ela está associada a algumas profissões tidas como, ao
menos, inicialmente, tipicamente femininas.
      A emancipação feminina inicia-se após o término da segunda guerra
mundial. Com os homens na guerra, as mulheres foram obrigadas a assumir
funções e trabalhos antes exclusivamente masculinos. Desta forma, mesmo após
a guerra, quando os homens já podiam eles mesmos realizar suas tradicionais
funções, ficou claro que, a mulher também, era capaz de cumpri-las. Portanto, não
demorou muito para que, pouco a pouco, as mulheres reivindicassem, em todo
continente americano e europeu direitos iguais aos dos homens.
      No Brasil, não foi diferente: aqui, também, as mulheres reivindicaram seu
espaço e seus direitos. E, assim como no restante do mundo que sofria esta
mudança, no Brasil foi encontrada uma enorme resistência por parte dos homens;
e, posteriormente, também, por parte de algumas mulheres. Desta forma, os
problemas e dogmas citados no artigo de Rachel Soilet: “Pisando no “sexo frágil””
(NOSSA HISTÓRIA, 2004) ocorridos no país não foram diferentes daqueles
enfrentados no restante do mundo ocidental.
      A mídia, também incomodada com as novas solicitações femininas, refletiu
sua preocupação tradicional e paternalista de todas as maneiras que poderia,
inclusiva e, principalmente, utilizando-se das charges. É através dela que, no
Brasil, nos deparamos e entramos em contanto com um tipo feminino hoje tão
banal para nós e talvez, até, fora de moda: a solteirona.
      Vejamos a descrição abaixo:


             Em outra caricatura de Raul Paderneiras, intitulada “Miss Alma”, tipo feminista, vê-
      se uma mulher magra e feia usando chapéu e sapatos masculinos e portando um livro –


                                                                                               10
estereótipo da intelectual solteirona. E outra mulher mais gorda, de ar arrogante, apresenta
      as mesmas características: feiúra, masculinização e o inevitável livro... (NOSSA
      HISTÓRIA, 2004, p.19)


      Desta forma, podemos compreender o porquê da imagem da mulher
intelectual ser associada à mulher solteirona: esta era a forma como a mídia e a
sociedade tentavam justificar as necessidades de igualdade femininas.
      Para esta sociedade, a mulher, cujo papel sempre fora o de delicada,
submissa, dependente do homem, não havia o porquê da mudança. Assim sendo,
com a exigência de uma igualdade maior entre os sexos, esta imagem frágil e
delicada poderia desaparecer e o homem poderia perder seu lugar e ser
subjugado pela mulher. A grande preocupação da sociedade da época era esta: a
mulher dominasse o homem e todo o papel por ele representado.
      Por conta disto, a mídia começou a vincular uma campanha crítica contra
estas tentativas feministas.
      Ao mesmo tempo em que o homem era mostrado como submisso e
dominado pela mulher, enquanto ela desempenhava agora suas funções
masculinas, e ele, suas femininas (cuidar e sua casa e criar seus filhos);
vinculava-se a imagem da mulher emancipada como uma mulher feia, velha ou
solteirona. Foi esta a propaganda negativa criada contra as idéias feministas: a
idéia de que a mulher que não conseguisse desempenhar o seu papel principal
(casar e ter filhos) se sentisse rejeitada e quisesse outro papel, neste caso, o
papel masculino para si. Sendo assim, apenas as mulheres que fracassassem ao
desempenharem seu papel principal, por serem feias ou indelicadas ou solteiras,
iriam querer tal mudança.
      Tal visão criou um desconforto para as outras mulheres e muitas
começaram a repudiar o movimento, ao mesmo tempo em que o estereótipo da
solteirona feminista tornava-se mais e mais forte. Esta disseminação da imagem
da mulher solteirona acabou por perseverar e influenciar a sociedade durante
muitas gerações. Desta forma, é fácil imaginar como a mídia foi e é sempre capaz
de influenciar e representar uma sociedade, com seus estigmas, tabus e
estereótipos.


                                                                                               11
Portanto, ao imaginarmos o cinema como uma fonte de difusão da imagem
da mulher intelectualizada como uma solteirona frustrada, (e, neste caso,
bibliotecária), vislumbramos, então, toda uma razão e pertinência para a temática
sugerida e a ser tratada neste trabalho.



5.2 Estereótipos


              Estereótipo, (do grego Stéreos, sólido, firme, e Túpos, molde, modelo) Conceito
       obtido por estereotipia; Conceito padronizado sobre pessoas, raças, povos, etc.

              Estereotipia, técnica de reprodução de uma composição tipogáfica em chapa
       metálica, o clichê, mediante moldagem de uma matriz. (XIMENES, 2000).




       Tendo como base esses conceitos de dicionário, podemos perceber que o
estereotipo, é uma imagem preconcebida, geralmente usada para limitar e rotular
grupos de pessoas na sociedade. As formas usadas para isso normalmente são
abusivas, extremamente superlativas e trazem pouca percepção, o que possibilita
maior facilidade para a criação dos estereótipos negativos mais do que dos
positivos.

       Mesmo com mudanças sociais constante e a evolução tecnológica, o
bibliotecário ainda carrega o estereótipo dos monges medievais, retratado no filme
“O nome da rosa” como guardiões, leitores assíduos, conservadores e
preocupados com a conservação e guarda da informação. Esses valores ainda
podem ser identificados facilmente nos atuais profissionais da área. No entanto a
falta de divulgação da profissão e a dificuldade de definir o campo de atuação
nesse novo contexto, conjuntamente com as atitudes e comportamentos de alguns
profissionais, a falta de atualização e mobilidade diante do vasto campo de
atuação da biblioteconomia, ajuda a perpetuar a imagem clássica do estereótipo
do bibliotecário: mulher séria de coque, óculos, ranzinza e que dedica seu tempo a
guardar livros e a confecção de fichinhas para seu catálogo alem exigir silêncio


                                                                                                12
aos usuários. Outro fator que contribui para essa visão deturpada do profissional é
a mídia, que se apega a estereótipos a fim de causar maior identificação ao
telespectador, causando ao mesmo tempo a perpetuação da imagem negativa do
profissional bibliotecário.

       Para saber o tamanho da responsabilidade da mídia, mas propriamente do
cinema, na difusão do estereótipo, perguntamos aos nossos entrevistados, qual
idéia que faziam do profissional bibliotecário. Dentre as respostas encontramos o
seguinte perfil:

       Aparência externa: Pessoa muito magra, de óculos, cabelos presos em
coque, roupas desatualizadas ou sociais, remetendo a uma pessoa conservadora
e geralmente de meia idade, Apenas um dos entrevistados citou o bibliotecário
como uma pessoa sexy, e a maioria associa o profissão a mulher.

       Aparência interna (personalidade): nesse ponto as respostas se dividiram
em dois pólos distintos:

       Positivo: O bibliotecário segundo a opinião pública é inteligente, estudioso,
       curioso e atualizado, ou seja, a imagem que perpetua é a de intelectual. No
       comportamento o bibliotecário aparece como alguém educado, pontual,
       culto, concentrado, calmo, atencioso, e responsável, amante dos livros.
       Embora a primeira instância esse adjetivos possam parecer muito bons,
       eles nada mais são do que fruto de um estereotipo, que rotula o
       bibliotecário, como alguém que vive em volta a leitura, e está sempre
       estudando, o que causa a impressão de serem chatos e “nerds”, e também
       um dos aparentes motivos do uso de óculos.

       Negativo: Por outro lado aparece uma imagem nada agradável do
       bibliotecário e que está mais ligado ao estereótipo clássico, citado mais
       acima, ou seja, pessoa Carrancuda, anti-social, Séria e brava, geralmente
       tímida, e extremamente preocupada com o silencio.




                                                                                   13
Funções do bibliotecário: Quando questionados sobre as funções dos
bibliotecários, novamente podemos dividir em dois nichos de opiniões distintos:

      Clássico: Aqui as funções dos bibliotecários se limitam a biblioteca, ou seja,
      as funções se resumem a arrumar os livros na estante “em ordem
      alfabética” (um quadro clássico da desinformação a respeito da profissão,
      foram muitos os casos em que o entrevistado não fazia a mínima idéia
      sobre o que fazia ou era um bibliotecário), administrar a biblioteca,
      catalogar e conservar os livros.

      Moderno: Uma parcela de proporções menores, mas significativa, vê o
      bibliotecário como um profissional da informação, que tem como maior
      função disponibilizar e recuperar informação e conhecimento para seus
      usuários seja em uma biblioteca física ou virtual. Foram citados termos
      como, gestor da informação e pesquisador para descrever suas funções.
      Vale ressaltar que esse pedaço da amostra foi extraído de pessoas com
      nível cultural mais alto, graduação e em um dos casos pós-graduação, e
      que tem um conhecimento prévio, seja por conhecer ou utilizar os serviços
      de um bibliotecário.




5.3 Análise dos filmes



      Analisamos o perfil dos bibliotecários no cinema, para isso tomamos por
base 20 filmes que cobrem o período da década de 40 até os anos 2000, como
podemos visualizar no quadro.

      Através dessa analise, veremos quais os estereótipos mais utilizados e
como a sétima arte lida com esses personagens. Nos filmes encontramos
personagens que tem uma participação modesta, alguns não têm nem falas,
enquanto em outros os bibliotecários são protagonistas, como em A múmia, O
guardião, e Amor eletrônico, veremos mais detalhes a seguir, no quadro abaixo:


                                                                                  14
Período               Títulos

                A sombra de uma dúvida
                A felicidade não se compra
    1940-1969
                Amor eletrônico (Desk set)
                Bonequinha de luxo
                Debbie does Dallas
                O óleo de Lorenzo
    1970-1989   O nome da rosa
                Indiana Jones e a última
                cruzada
                A bela e a fera
                Perfume de mulher
                Pagemaster: o mestre da
                fantasia
                Matilda
                Matrix
                A múmia
                Star Wars II: ataque dos
    1990-2009
                clones
                A máquina do tempo
                O dia depois de amanhã
                O guardião: em busca da
                lança sagrada
                O guardião 2 : retorno as
                minas do rei Salomão
                Ninja assassino




                                             15
O quadro mostra que dos filmes analisados 20% pertencem ao período de
1940 à 1969, de 1970 à 1989 são mais 20%. Os outros dois períodos que vão de
1990 à 1989 e 2000 à 2009 contem 30% dos filmes vistos cada.




5.3.1 Profissional bibliotecário: 1940-2009



      5.3.1.1 Período 1940-1969


      Segundo (ROCHO, 2007) nessa época (1940-1960), o profissional
bibliotecário aprece como: Guardião e amigo dos livros; simpático; inteligente;
organizado; trabalhador; dinâmico e pró-ativo; altruísta, detalhista e com boa
memória, que não dá muita importância a sua remuneração, pelo contrário,
trabalha por prazer.

      O envolvimento emocional e pessoal assim como sua preocupação com o
usuário e sua própria satisfação são umas das características marcantes
ressaltadas por (OLIVEIRA, 1980), nesses profissionais, além de demonstrarem
autonomia, criatividade e disposição para mudanças, o bibliotecário desse período
possui consciência social.

      Conforme mostrado no quadro, foram 4 filmes analisados nesse período,
deles 50% são dramas, 25% comédia e 25% Suspense. 75% das bibliotecas são
públicas e 25% são departamento de referência.

      Todos os filmes contem bibliotecárias, 29% delas são idosas e 71% são
jovens. A aparência conservadora e séria faz parte de 43% delas, 29% usam os
cabelos preso num coque e 30% usam óculos.

      O filme mais representativo do período, por retratar o perfil do bibliotecário
difundido na época é “Amor eletrônico” ou no original “Desk set” (LANG, 1957). O
filme se passa na Nova Iorque da década de 50; a comédia romântica faz um
paralelo entre a moderna tecnologia e mundo antigo.


                                                                                   16
A história se passa na rede de TV Federal Broadcasting Network, e nosso
foco será sobre o departamento de referencia, onde trabalha a bibliotecária chefe,
Bunny Watson, interpretada por Katharine Hepburn. Todas as profissionais
retratadas no filme são jovens e atraentes, e parecem possuir qualidades como
beleza, inteligência e senso de humor, no entanto, apenas a bibliotecária chefe
possui uma relação amorosa, as demais parecem estar solteiras por opção. A pró-
atividade é, sem dúvida, umas das características mais presentes nessas
profissionais, que realizam seus trabalhos de maneira organizada e eficiente. Isso
fica claro nos atendimentos feitos por elas, a maioria por telefone, onde procuram
disponibilizar a informação exata de forma rápida.

      Na história o departamento de referencia passa por um momento de
informatização, no entanto, isso causa certo desconforto para as bibliotecárias,
que embora muito receptivas e desenvoltas, sentem-se ameaçadas pela máquina
que ocupa uma parede inteira. A única que parece contente com a nova
ferramenta de trabalho é Bunny, as demais temem o fim de suas vidas
profissionais, imaginando que com o computador, já não serão necessárias. A
máquina é instalada com intuito de agilizar e modernizar o atendimento, no
entanto, ela não poderia responder a todas as perguntas dos usuários porque
necessitava da inserção dos dados que a priori deveriam ser feito por
bibliotecários. Nesse momento, as bibliotecárias temerosas percebem que o
computador pode ser usado de forma a complementar seu trabalho, uma vez que
com o uso correto o atendimento será melhorado com mais rapidez e precisão.
Podemos notar que até o ambiente fica mais organizado.

      “Amor eletrônico” torna-se um filme visionário através da imagem de Bunny,
bibliotecária chefe que incorpora uma postura profissional que só viria a aparecer
anos depois, que é a de liderança, cooperação e integração entre demais setores
de uma empresa, alem do uso da informática a fim de aperfeiçoar os serviços
prestados, o trabalho em equipe e a pró-atividade na lida com a informação
demonstra preocupação em levar ao cliente final de forma ágil e eficaz um serviço
de qualidade.



                                                                                   17
Nos demais filmes, a imagem que perpetua é a da bibliotecária, jovem ou
não, tradicional que trabalha em biblioteca pública, não tem grandes ambições e
se encaixa perfeitamente no estereotipo da bibliotecária, embora nem todas sejam
ranzinzas ou absolutamente sérias, perpetua o comportamento anti-social e
arredio, a falta de interesse e de curiosidade pelo trabalho, a desatualização e o
conformismo. Embora o profissional desse período apareça como inteligente,
dinâmico, cortez, culto, pontual, organizado dentre outros aspectos, o cinema o
retrata na maioria das vezes com características negativas como as citadas acima.




      5.3.1.2 Período: 1970-1989


      Nesse período o profissional bibliotecário é retratado como tecnicista por
influencia das escolas americanas. A biblioteconomia começou a ser tratada como
profissão de fato no Brasil a partir da década de 70; dos motivos que incentivaram
esse progresso podem ser citados, as publicação dos primeiros periódicos
científicos da área, a criação dos cursos de pós-graduação, o desenvolvimento a
pesquisa e a reformulação curricular do curso de biblioteconomia.

      Embora as décadas de 70 e 80 tenham mantido parte do espírito das
décadas anteriores, isto foi prosseguindo de maneira que aumentou o número de
pesquisas feitas com base nos usuários, afim de encontrar maneiras que
tornassem o atendimento mais eficiente e que as exigências dos mesmos fossem
atendidas de maneira rápida e satisfatória. Esse novo perfil do profissional
bibliotecário não foi devidamente incorporado pelo cinema, como veremos a seguir
no tipo de bibliotecário encontrado nas telas. Portanto, não condiz com a
modernização pela qual passava os bibliotecários reais, e em nenhum dos filmes
vistos neste período são encontrados vestígios de informatização, por exemplo.

      Nesse período o número de bibliotecários homens interpretados no cinema,
aumentou significativamente, comparado com o período anterior. Em nossa
amostra 75% dos filmes contam com bibliotecários homens, e apenas 25% de



                                                                                     18
personagens femininas. Todos os personagens aparentam idade avançada, com
cabelos grisalhos, 50% usam óculos e são carrancudos, o uso de roupas formais e
sociais está presentes em toda a amostra. Esses profissionais são apegados a
normas e regras, de comportamento metódico e introspectivo. Os profissionais do
sexo masculino tende a ser representados como homens inteligentes e cultos,
passando pela linha tênue do mistério como acontece em o “Nome da rosa”; outra
característica em comum é a função de guarda e preservação no acervo.

      A biblioteca especializada está presente em todos os filmes, são grandes,
bem iluminadas e com muitas estantes cheias de livros.

      Nenhum gênero se repete nessa amostra: “Indiana Jones” é um filme de
aventura, “O nome da rosa” ficção, e “Óleo de Lorenzo” um drama, enquanto
“Debbie dos Dallas” é um clássico pornô americano da década de 70.




      5.3.1.3 Período: 1990-2009


      No inicio da década de 90, a globalização trouxe a tona um novo conceito
profissional mais abrangente e funcional, o profissional da informação. A partir daí
a informação não está mais restrita as paredes da biblioteca. A difusão de novas
tecnologias e o avanço da web quebraram o muro institucional e físico que
guardavam toda a informação. (MASON apud GUIMARÃES, [1997?]).
Caracterizava o profissional da informação como aquele que é capaz de fornecer
a informação certa, ao cliente certo, no momento certo, da forma certa e a um
custo que justifique seu uso.

      O grande salto da internet, com o crescimento da web, desencadeou a
necessidade da atualização do profissional bibliotecário. O usuário desse período
inicia sua jornada rumo à autonomia. O bibliotecário passa a ter um perfil
dinâmico, líder, comunicativo, político, empreendedor, criativo, interdisciplinar e
globalizado, entre outros. Ao longo dos anos 2000, no bibliotecário, essas
características foram ficando cada vez mais latentes.


                                                                                      19
O bibliotecário precisou encontrar novas formas de prestar seus serviços
usando os recursos disponíveis e interagindo com os mais diversos sistemas
culturais e organizacionais, a internet e mais especificamente as redes sociais,
encurtaram as distâncias entre o profissional e seus usuários, fazendo com que o
entendimento entre ambos fosse facilitado, otimizando assim o serviço.

      Nesse período foram analisados 12 filmes, o gênero ficção cientifica e
aventura aparecem em 33% dos filmes, o restante se divide em drama, ação,
animação e fantasia ficando com 8% cada. Novamente o numero de personagens
masculinos é maior do que o feminino ficando com 58% dos títulos selecionados
contra 42% das mulheres. O local de trabalho se divide em 50% de bibliotecas
gerais, 33% de bibliotecas especializadas, aparece também centro de
documentação em “Ninja assassino” e em 16% dos filmes não possui um local
especifico.

      Um perfil inteligente aparece em 75% da amostra geral, sendo que os
homens demonstram essa característica em 86% dos títulos. 58% dos
bibliotecários são solteiros e 33% tímidos, sendo que nas mulheres a timidez
recorre em 60% dos casos. A aparência jovem e bela são 50% da amostra,
ficando mais explícitos nos homens que agregam a bela um charme extra. No
outro lado 33% dos profissionais são ou parecem idosos.

      Observando essa nova postura do bibliotecário diante as novas tecnologias,
vê-se que em apenas 42% da amostra aparece algum tipo de tecnologia ou
serviços informatizado. Por outro lado, a dedicação profissional, o amor pelo que
faz e a busca por novos conhecimentos são retratados em 67% dos filmes. Uma
parcela de 17% da amostra tem uma postura intransigente, ultrapassada e mal
humorada.

      No filme “Perfume de mulher” o jovem Charlie Simms para pagar o colégio,
trabalha na biblioteca da própria escola, para aumentar sua renda o jovem é
levado a infringir uma das regras da biblioteca onde trabalha, quando permite que
um dos jovens ricos leve um livro com saída proibida da biblioteca.



                                                                                   20
Em “ Ninja assassino” não há biblioteca, Mika Coretti se autodenomina
“detetive forense”, mas, ao fim, ela revela que isto nada mais representa do que
um nome bonito para sua profissão: bibliotecária. Ela trabalha em uma empresa
de investigações e auxilia seu chefe, sendo, desta forma, não uma bibliotecária
tradicional, mas sim, o que nós denominamos “cientista da informação”, atuando,
desta forma, em outros campos de trabalho dentro da biblioteconomia.

      O bibliotecário aparece em forma de uma máquina, mas precisamente um
andróide conectado a todas as bases de dados do mundo, o “bibliotecário virtual”
torna-se um compendio de todas as informações do mundo em “A máquina do
tempo”, (Simom Wells, 2002).

      Entre os filmes que demonstram boas características do bibliotecário do
século XXI estão “O guardião: em busca da lança sagrada” e o “O guardião 2:
retorno as minas do rei Salomão”. O jovem e destemido Flynn consegue um
emprego como bibliotecário na biblioteca Metropolitan, esse se revela um
emprego muito especial: ser o guardião de maravilhosos tesouros guardados
numa área secreta do edifício. Flynn apresenta um perfil profissional que condiz
com a evolução da profissão: dinamismo, inteligência, pró-atividade, interesse pelo
trabalho, responsabilidade social, atualizado e capaz de dominar as ferramentas
tecnológicas disponíveis. No entanto, no primeiro filme, o jovem bibliotecário
aparece introvertido, calado, formal e tímido, aspectos que o prejudicam na
comunicação com o usuário, essas características negativas desaparecem no
segundo filme, quando Flynn, mais maduro, se mostra mais desenvolto.

      Por fim podemos notar que parte dos filmes analisados mostra profissionais
modernos e atualizados que indicam o novo perfil profissional do bibliotecário, no
entanto outra parte também significativa dos filmes ainda retrata uma imagem
obsoleta do bibliotecário, mantendo vivo o estereótipo negativo da profissão.




                                                                                   21
6 ANÁLISE DOS PERFIS DOS ENTREVISTADOS



      Foram realizadas entrevistas com 23 pessoas, compreendendo uma faixa
etária desde os 17 anos até os 55 anos com um desvio padrão de 4 anos entre
eles. Os jovens entre 17 e 25 anos são a maioria ocupando 48% da amostra, logo
em seguida vem os também jovens de 26 a 34 anos com 30% de freqüência. De
35 a 43 anos são modestos 13%, em ultimo lugar porem não menos importante
aparem as classes de 44-61 anos com 9% de freqüência.
As mulheres são 52% da amostra contra 48% dos homens.
      Em relação ao nível de escolaridade, o número de pessoas com apenas o
ensino médio é maioria com 45%, seguido de 36% com nível superior e 18% com
pós-graduação. Quanto ao cinema, 100% da amostra diz gostar de cinema e
freqüentá-lo, ao menos, uma vez a cada dois meses.


      A seguir um gráfico dos filmes mais vistos pelos entrevistados:



                                    Mais vistos              Amor eletrônico
                          1%                                 Bonequinha de luxo
                                                             O óleo de Lorenzo
                       1% 
                                1%3% 3%                      O nome da rosa
                   10%                    6%                 Indiana Jones 
                                                             A bela e a fera 
             9%                                10%           Perfume de mulher
                                                             Pagemaster 
                                                             Matilda 
            7% 
                                                10%          Matrix
                                                             A múmia 
                                               3%            Star Wars II 
              13% 
                                               2%            A máquina do tempo
                                          7%                 O dia depois de amanhã
                           14%
                                                             O guardião 
                                                             O guardião 2




                                                                                  22
Vemos que os filmes mais vistos correspondem aos da década de 90,
sendo eles: “A múmia”, “Matrix” e a“A bela e a fera”. Isto se justifica pela grande
maioria de jovens entrevistados neste trabalho, cuja faixa etária corresponde ao
períodos filmes citados.


A seguir os filmes em que foi notada a presença de bibliotecários:



                           Bibliotecários reconhecidos


                              23%                              Amor eletrônico
                                                               O óleo de Lorenzo
                                            2%
                   9%                                          O nome da rosa
                                               4%
                                                               Indiana Jones
                                                               A bela e a fera
              9%
                                                               Matilda
                                               17%             Matrix
              6%                                               A múmia
                                                               Star Wars II
                                            2%
                    9%                                         A máquina do tempo
                                          2%
                               17%                             O dia depois de amanhã




      Quanto aos mais lembrados, os filmes “A múmia”, “O dia depois de
amanhã” e o “O nome da rosa”. Novamente, os três filmes correspondem aos
períodos do cinema mais recente pesquisados: as décadas de 90 e 2000. O que é
justificado pela mesma afirmação anterior relativa aos gráficos. Além disso, em
níveis de popularidade e bilheteria, os filmes citados são largamente conhecidos e
divulgados.
      Por fim, estes filmes também se destacam pela forma como o bibliotecário
atua em cada um deles: em comparação com “O óleo de Lorenzo”, por exemplo,
em que a bibliotecária é apenas uma figurante; em, “A múmia”, ela é a
personagem principal do filme, conferindo-lhe grande destaque. Em “O dia depois



                                                                                      23
de amanhã”, o desespero dos bibliotecários, preocupados com a informação, ante
o caos reinante, cativa a atenção dos telespectadores. E, finalmente, “O nome da
rosa”, pelo próprio enredo do filme esta baseado em uma série de livros de um
monastério, cujos conteúdos são poibidos, tornam impossível de não serem
associados com a presença do bibliotecário do local, neste caso, um homem sério
e carrancudo.




                                                                                24
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS


      Tendo em consideração o que foi levantando na introdução, sobre como as
mudanças tecnólogicas e de mercado tem influenciado e modificado a mídia,
neste caso, o cinema, e a sociedade, concluímos que, infelizmente, as mudanças
não geraram alterações significativas nos antigos estereótipos já tão arraigados
em nossa cultura.
      No cinema, ao longo das décadas, a imagem evolui: o bibliotecário deixa de
ser apenas a mulher velha e solteirona para se tornar também o homem, já idoso,
bibliotecário ou a mulher jovem e desastrada. Na visão dos entrevistados, não é
muito diferente: quando o bibliotecário não é retratado como seu estereótipo
clássico, é visto como excessivamente estudioso, mais novo e caracterizado tal
qual um “nerd”. Desta forma, vê-se que por mais que a imagem se modifique ao
longo das décadas no cinema e varie nos levantamentos realizados com os
entrevistados, eles seguem estereotipos e, muitas vezes ainda, ridicularizando ou
desconsiderando este profissional.
      Assim, concluímos que sim, a mídia tem enorme influência sobre toda a
visão de uma sociedade sobre determinado assunto e ela ressalta sempre, o
máximo possível, uma visão estereotipoca, mesmo que esta seja ao longo dos
tempos, não muito significantimente, modificada. O público, por outro lado,
desconhece boa parte do perfil e campo de atuação deste profissional, reforçando,
assim, as visões clássicas da solteirona e da pessoa apaixonada por livros;
justificando, assim, o porquê da mídia utilizar-se de uma imagem tão ainda aceita
pelas pessoas, mesmo nos dias de hoje. Afinal, como visto anteriormente, boa
parte dos entrevistados são mais jovens, entre 20 e 30 anos; mas, mesmo assim,
não fogem dos padrões já marcados colocados nas décadas anteriores pelas
gerações passadas.




                                                                                   25
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OLIVEIRA, Zita Catarina Prates de. Um estudo de auto-imagem profissional do
bibliotecário.              1982.               Disponível              em:             <
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/1368/000013602.pdf?sequence=
1 >. Acesso em: 03 de junho de 2010.

[1] SOIHET, Rachel. Pisando no “sexo frágil”. In: Nossa história. Rio de Janeiro,
ano 1, nº 3, p.14-20, jan. 2004.




                                                                                        26
XIMENES, Sergio. Minidicionário ediouro da língua portuguesa. 2. ed. reform.
São Paulo: Ediouro, 2000.




                                                                          1
APÊNDICE




               1
APÊNDICE A

Filmes


1 – Amor eletrônico (Desk set); 1957; EUA; Walter Lang; Comédia/Romance;
2 – A bela e a fera; 1991; Walt Disney Pictures; Animação
3 – Bonequinha de luxo; 1961; EUA; Blake Edwards; Drama;
4 – Debbie does Dallas; 1978; EUA; Jim Clark; Adulto/comédia;
5 – O dia depois de amanhã; 2004; EUA; Roland Emmerich; Ficção cientifica;
6 – A felicidade não se compra; 1946; EUA; Frank Capra; Drama;
7 – O guardião: em busca da lança sagrada; 2004; Peter Winter; Ação/comédia;
8 – O guardião 2 : retorno as minas do rei Salomão; 2006; Jonathan Frakes;
Aventura;
9 – Indiana Jones e a última cruzada; 1989; EUA; direção Steven Spielberg;
Aventura;
10 – A máquina do tempo; 2002; EUA; Simon Wells; Ficção Científica;
11 – Matilda; 1996, EUA; Danny DeVito; Aventura/Comédia/Fantasia;
12 – Matrix 1; 1999, EUA, Andy Wachowski , Larry Wachowski; Ficção científica;
13 – A múmia; 1999; EUA; Stephen Sommers; Aventura; Rachel Weisz (Evelyn
"Evie" Carnahan);
14 - Ninja assassino; 2009; EUA; James McTeigue; Ação.
15 – O nome da rosa; 1986; Alemanha; Jean-Jacques Annaud; Ficção;
16 – O óleo de Lorenzo; 1984; EUA; George Miller; Drama;
17 – Pagemaster: o mestre da fantasia; 1994; EUA; Pixote Hunt / Joe Johnston;
Aventura;
18 – Perfume de mulher; 1992; EUA; Martin Brest; Drama;
19 – Star Wars II: ataque dos clones; 2002; EUA, George Lucas; Ficção científica ;
20 – A sombra de uma dúvida; 1943; EUA; Alfred Hitchcock; Suspense;




                                                                                 1
APÊNDICE B



                         Modelo do questionário aplicado


Idade ____ F ( ) M ( )     Estado civil: Solteiro [ ] Casado [ ] Viúvo [ ] Separado
[ ]
Escolaridade: Fundamental [ ] Médio [ ] Superior [ ] Pós-graduação [ ]
Profissão: ___________________________________________________
Você sabe o que é um bibliotecário? Quais suas funções?
Descreva sua idéia de bibliotecário. (estereótipo)
Você gosta de cinema? Sim [ ] Não [ ]
Quantas vezes por mês você costuma freqüentar o cinema?
Você se recorda de ter visto algum filme com bibliotecário no elenco? Sim[ ] Não[ ]
Qual ?______________________________________________________
Já assistiu algum dos filmes abaixo:
Indiana Jones e a última cruzada [ ]        Matrix [ ]
A sombra de uma dúvida [ ]                  Matilda [ ]
O nome da rosa [ ]                          Pagemaster: o mestre da fantasia [ ]
O óleo de Lorenzo [ ]                       A máquina do tempo [ ]
Ninja assassino [ ]                         Debbie does Dallas [ ]
A múmia [ ]                                 Amor eletrônico (Desk set); [ ]
A felicidade não se compra [ ]              O guardião: em busca da lança
O dia depois de amanhã [ ]                  sagrada[ ]
Bonequinha de luxo [ ]                      O guardião 2 : Retorno as minas do
Perfume de mulher Star Wars II:             rei Salomão [ ]
ataque dos clones [ ]                       A bela e fera [ ]




Dos filmes vistos, em qual deles você se recorda de ter visto um bibliotecário?
Defina o bibliotecário em uma frase

                                                                                   2
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A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?

  • 1. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação Disciplina de Estatística – Porfª: Roseli T. Gatti A imagem do bibliotecário no cinema Ficção ou realidade? Giese Jardim Leidieice Santos Luciana Souza Nayara Cabral Tamara Leoni São Paulo 2010   1
  • 2. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação Disciplina de Estatística – Porfª: Roseli T. Gatti A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade? Giese Jardim Leidieice Santos Luciana Souza Nayara Cabral Tamara Leoni Trabalho apresentado como requisito para a conclusão da disciplina semestral de Estatística, na Faculdade de Biblioteconomia e Ciências da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Orientado pela Professora Rosely Terezinha Gatti. São Paulo, maio de 2010.   2
  • 3.         A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?    A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade?/ Giese  Jardim... [et.al]  ‐ ‐  São Paulo: Fundação Escola de Sociologia e Política de  São Paulo, 2010.           x, 90 f. : il.             Orientador: Roseli Terezinha Gatti.         Trabalho apresentado como requisito para a conclusão da               Disciplina semestral de estatística, na Faculdade de Biblioteconomia               e Ciências da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política               de São Paulo.                       Outros autores: Leidieice Santos, Luciana Souza, Nayara Cabral,              Tamara Leoni.                                  1. Bibliotecário  2. Imagem profissional  3. Cinema  I. Jardim, Giese II.  Gatti, Roseli Terezinha  III. Fundação Escola de Sociologia e Política de São  Paulo, Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Disciplina  de Estatística.                                3
  • 4.   1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 7 3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 7 4 METODOLOGIA................................................................................................... 8 4.1 Filmes ........................................................................................................................................ 8 4.2 Entrevistas ................................................................................................................................. 8 5 A IMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO....................................................................... 10 5.1 O estereótipo clássico da bibliotecária: origens ..................................................................... 10 5.2 Estereótipos ............................................................................................................................ 12 5.3 Análise dos filmes.................................................................................................................... 14 5.3.1 Profissional bibliotecário: 1940‐2009 .............................................................................. 16 5.3.1.1 Período 1940-1969 ............................................................................................... 16 5.3.1.2 Período: 1970-1989 .............................................................................................. 18 5.3.1.3 Período: 1990-2009 .............................................................................................. 19 6 ANÁLISE DOS PERFIS DOS ENTREVISTADOS.............................................. 22 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 26 APÊNDICE .............................................................................................................. 1 APÊNDICE A .......................................................................................................... 1 Filmes .............................................................................................................................................. 1 APÊNDICE B .......................................................................................................... 2 Modelo do questionário aplicado ................................................................................................... 2   4
  • 5. A imagem do bibliotecário no cinema: ficção ou realidade? Resumo: O trabalho se propõe a estudar a forma como a (o) bibliotecária (o) é retratada (o) no cinema, de forma a discutir e a estabelecer os estereótipos da profissão. Para tanto, entrevistas foram realizadas com diversas pessoas a fim de determinarmos se tais estereótipos mostrados nos cinemas são confirmados, de fato, na realidade. Palavras-chave: bibliotecário; imagem profissional; estereótipos; cinema.   5
  • 6. 1 INTRODUÇÃO São poucas as profissões marcadas com estereótipos femininos tão fortes quanto à profissão de secretária, professora e enfermeira. No entanto, a este grupo, podemos adicionar mais uma profissão: a de bibliotecária. Desde o término da segunda guerra mundial, com a emancipação feminina, os avanços femininos foram vistos de maneira preconceituosa pelos mais tradicionais, ou, simplesmente, pelos mais machistas. Sendo assim, as profissões que, a primeiro momento, puderam ser chamadas de mais tradicionalmente femininas, como a do bibliotecário, foram sendo marcadas, ao longo do tempo, com preconceitos e críticas. No entanto, hoje em dia, esta imagem do bibliotecário tende a modificar-se. O campo de atuação nesta área está se expandindo para diversos outros setores, e os homens, até então, poucos neste ramo, estão, cada vez mais, interessando- se pela carreira; trazendo, assim, podemos, dizer maior equilíbrio de gêneros para esta profissão. Ainda assim, devemos nos perguntar: as mudanças que estão ocorrendo nesta área de trabalho, nesta profissão estão acarretando, também, mudanças nas visões que as pessoas e a mídia têm do bibliotecário? Este trabalho tenta responder a esta pergunta. Cabe a nós, então, descobrirmos se a tradicional imagem da mulher carrancuda e solteira, de óculos, cabelos presos e aspecto sério terá sido perdida ou esquecida ao longo destas décadas, ou não.   6
  • 7. 2 OBJETIVOS Como levantado anteriormente, o trabalho se propõe a discutir a imagem do profissional de biblioteconomia na mídia e como esta imagem é refletida na sociedade. Para tanto, foi realizado um levantamento de filmes de diversas décadas, desde a década de 40 até a década de 2000, juntamente com uma série de entrevistas que visam a confirmar se a imagem retratada no cinema é igualmente imaginada na realidade. O objetivo do trabalho é, portanto, vislumbramos se existe a possibilidade de mudança da imagem deste profissional sem que seja aquela tão tradicional e já mencionada da típica e sexualmente frustrada, mulher solteirona. 3 JUSTIFICATIVA Como estudantes de biblioteconomia e futuras bibliotecárias, é de nosso interesse contemplarmos este assunto que a tanto nos afeta. Também é desta forma que vislumbraremos se é possível conceber uma boa imagem deste profissional cujo objetivo maior não pode ser o de transmitir a devida e desejada informação ao seu usuário. Assim, tentamos compreender se nossa imagem é capaz de influenciar nosso trabalho e a forma como a sociedade retrata nossa importância dentro da mesma. Consideramos o bibliotecário, portanto, um profissional qualificado e altamente necessário. Resta-nos saber, no entanto, se o mesmo conceito é contemplado, na realidade, pelas outras pessoas e pelos outros profissionais.   7
  • 8. 4 METODOLOGIA O trabalho consiste em uma análise de dois tipos de materiais: filmes e entrevistas. 4.1 Filmes Foram utilizados para a realização do trabalho, 20 filmes (vide apêndice A) em que o bibliotecário aparece, seja como protagonista, coadjuvante ou figurante. Os filmes são todas produções norte-americanas, com exceção de “O nome da rosa”, cuja produção é alemã. Estes filmes estão divididos pelos seguintes períodos: - 2 filmes da década de 40: A sombra de uma dúvida; A felicidade não se compra; - 1 filme da década de 50: Amor eletrônico; - 1 filme da década de 60: Bonequinha de luxo; - 1 filme da década de 70: Debbie does Dallas; - 3 filmes da década de 80: O óleo de Lorenzo; O nome da rosa; Indiana Jones e a última cruzada; - 6 filmes da década de 90: A bela e a fera; Pagemaster: o mestre da fantasia; Matilda; Matrix 1; A múmia; - 6 filmes da década de 2000: Star Wars 2: o ataque dos clones; A máquina do tempo; O dia depois de amanhã; O guardião 1: em busca da lanç sagrada; O guardião 2: retorno às minas do rei Salomão; Ninja assassino. 4.2 Entrevistas Foram realizadas entrevistas com 23 pessoas, compreendendo uma faixa etária desde os 17 anos até os 55 anos (vide apêndice B).   8
  • 9. Entre as diversas questões abordadas, foi perguntado se havia o conhecimento de como seria e o que faria um bibliotecário. Além disto, foram perguntados aos entrevistados se lembravam-se de terem visto o bibliotecário nos filmes citados acima, ou, simplesmente, se sua presença fora lembrada em alguma produção cinematográfica.   9
  • 10. 5 A IMAGEM DO BIBLIOTECÁRIO 5.1 O estereótipo clássico da bibliotecária: origens A idéia da bibliotecária como uma solteirona já nos é conhecida. No entanto, cabe a nós agora perguntar de onde terá surgido esta imagem da solteirona e porque ela está associada a algumas profissões tidas como, ao menos, inicialmente, tipicamente femininas. A emancipação feminina inicia-se após o término da segunda guerra mundial. Com os homens na guerra, as mulheres foram obrigadas a assumir funções e trabalhos antes exclusivamente masculinos. Desta forma, mesmo após a guerra, quando os homens já podiam eles mesmos realizar suas tradicionais funções, ficou claro que, a mulher também, era capaz de cumpri-las. Portanto, não demorou muito para que, pouco a pouco, as mulheres reivindicassem, em todo continente americano e europeu direitos iguais aos dos homens. No Brasil, não foi diferente: aqui, também, as mulheres reivindicaram seu espaço e seus direitos. E, assim como no restante do mundo que sofria esta mudança, no Brasil foi encontrada uma enorme resistência por parte dos homens; e, posteriormente, também, por parte de algumas mulheres. Desta forma, os problemas e dogmas citados no artigo de Rachel Soilet: “Pisando no “sexo frágil”” (NOSSA HISTÓRIA, 2004) ocorridos no país não foram diferentes daqueles enfrentados no restante do mundo ocidental. A mídia, também incomodada com as novas solicitações femininas, refletiu sua preocupação tradicional e paternalista de todas as maneiras que poderia, inclusiva e, principalmente, utilizando-se das charges. É através dela que, no Brasil, nos deparamos e entramos em contanto com um tipo feminino hoje tão banal para nós e talvez, até, fora de moda: a solteirona. Vejamos a descrição abaixo: Em outra caricatura de Raul Paderneiras, intitulada “Miss Alma”, tipo feminista, vê- se uma mulher magra e feia usando chapéu e sapatos masculinos e portando um livro –   10
  • 11. estereótipo da intelectual solteirona. E outra mulher mais gorda, de ar arrogante, apresenta as mesmas características: feiúra, masculinização e o inevitável livro... (NOSSA HISTÓRIA, 2004, p.19) Desta forma, podemos compreender o porquê da imagem da mulher intelectual ser associada à mulher solteirona: esta era a forma como a mídia e a sociedade tentavam justificar as necessidades de igualdade femininas. Para esta sociedade, a mulher, cujo papel sempre fora o de delicada, submissa, dependente do homem, não havia o porquê da mudança. Assim sendo, com a exigência de uma igualdade maior entre os sexos, esta imagem frágil e delicada poderia desaparecer e o homem poderia perder seu lugar e ser subjugado pela mulher. A grande preocupação da sociedade da época era esta: a mulher dominasse o homem e todo o papel por ele representado. Por conta disto, a mídia começou a vincular uma campanha crítica contra estas tentativas feministas. Ao mesmo tempo em que o homem era mostrado como submisso e dominado pela mulher, enquanto ela desempenhava agora suas funções masculinas, e ele, suas femininas (cuidar e sua casa e criar seus filhos); vinculava-se a imagem da mulher emancipada como uma mulher feia, velha ou solteirona. Foi esta a propaganda negativa criada contra as idéias feministas: a idéia de que a mulher que não conseguisse desempenhar o seu papel principal (casar e ter filhos) se sentisse rejeitada e quisesse outro papel, neste caso, o papel masculino para si. Sendo assim, apenas as mulheres que fracassassem ao desempenharem seu papel principal, por serem feias ou indelicadas ou solteiras, iriam querer tal mudança. Tal visão criou um desconforto para as outras mulheres e muitas começaram a repudiar o movimento, ao mesmo tempo em que o estereótipo da solteirona feminista tornava-se mais e mais forte. Esta disseminação da imagem da mulher solteirona acabou por perseverar e influenciar a sociedade durante muitas gerações. Desta forma, é fácil imaginar como a mídia foi e é sempre capaz de influenciar e representar uma sociedade, com seus estigmas, tabus e estereótipos.   11
  • 12. Portanto, ao imaginarmos o cinema como uma fonte de difusão da imagem da mulher intelectualizada como uma solteirona frustrada, (e, neste caso, bibliotecária), vislumbramos, então, toda uma razão e pertinência para a temática sugerida e a ser tratada neste trabalho. 5.2 Estereótipos Estereótipo, (do grego Stéreos, sólido, firme, e Túpos, molde, modelo) Conceito obtido por estereotipia; Conceito padronizado sobre pessoas, raças, povos, etc. Estereotipia, técnica de reprodução de uma composição tipogáfica em chapa metálica, o clichê, mediante moldagem de uma matriz. (XIMENES, 2000). Tendo como base esses conceitos de dicionário, podemos perceber que o estereotipo, é uma imagem preconcebida, geralmente usada para limitar e rotular grupos de pessoas na sociedade. As formas usadas para isso normalmente são abusivas, extremamente superlativas e trazem pouca percepção, o que possibilita maior facilidade para a criação dos estereótipos negativos mais do que dos positivos. Mesmo com mudanças sociais constante e a evolução tecnológica, o bibliotecário ainda carrega o estereótipo dos monges medievais, retratado no filme “O nome da rosa” como guardiões, leitores assíduos, conservadores e preocupados com a conservação e guarda da informação. Esses valores ainda podem ser identificados facilmente nos atuais profissionais da área. No entanto a falta de divulgação da profissão e a dificuldade de definir o campo de atuação nesse novo contexto, conjuntamente com as atitudes e comportamentos de alguns profissionais, a falta de atualização e mobilidade diante do vasto campo de atuação da biblioteconomia, ajuda a perpetuar a imagem clássica do estereótipo do bibliotecário: mulher séria de coque, óculos, ranzinza e que dedica seu tempo a guardar livros e a confecção de fichinhas para seu catálogo alem exigir silêncio   12
  • 13. aos usuários. Outro fator que contribui para essa visão deturpada do profissional é a mídia, que se apega a estereótipos a fim de causar maior identificação ao telespectador, causando ao mesmo tempo a perpetuação da imagem negativa do profissional bibliotecário. Para saber o tamanho da responsabilidade da mídia, mas propriamente do cinema, na difusão do estereótipo, perguntamos aos nossos entrevistados, qual idéia que faziam do profissional bibliotecário. Dentre as respostas encontramos o seguinte perfil: Aparência externa: Pessoa muito magra, de óculos, cabelos presos em coque, roupas desatualizadas ou sociais, remetendo a uma pessoa conservadora e geralmente de meia idade, Apenas um dos entrevistados citou o bibliotecário como uma pessoa sexy, e a maioria associa o profissão a mulher. Aparência interna (personalidade): nesse ponto as respostas se dividiram em dois pólos distintos: Positivo: O bibliotecário segundo a opinião pública é inteligente, estudioso, curioso e atualizado, ou seja, a imagem que perpetua é a de intelectual. No comportamento o bibliotecário aparece como alguém educado, pontual, culto, concentrado, calmo, atencioso, e responsável, amante dos livros. Embora a primeira instância esse adjetivos possam parecer muito bons, eles nada mais são do que fruto de um estereotipo, que rotula o bibliotecário, como alguém que vive em volta a leitura, e está sempre estudando, o que causa a impressão de serem chatos e “nerds”, e também um dos aparentes motivos do uso de óculos. Negativo: Por outro lado aparece uma imagem nada agradável do bibliotecário e que está mais ligado ao estereótipo clássico, citado mais acima, ou seja, pessoa Carrancuda, anti-social, Séria e brava, geralmente tímida, e extremamente preocupada com o silencio.   13
  • 14. Funções do bibliotecário: Quando questionados sobre as funções dos bibliotecários, novamente podemos dividir em dois nichos de opiniões distintos: Clássico: Aqui as funções dos bibliotecários se limitam a biblioteca, ou seja, as funções se resumem a arrumar os livros na estante “em ordem alfabética” (um quadro clássico da desinformação a respeito da profissão, foram muitos os casos em que o entrevistado não fazia a mínima idéia sobre o que fazia ou era um bibliotecário), administrar a biblioteca, catalogar e conservar os livros. Moderno: Uma parcela de proporções menores, mas significativa, vê o bibliotecário como um profissional da informação, que tem como maior função disponibilizar e recuperar informação e conhecimento para seus usuários seja em uma biblioteca física ou virtual. Foram citados termos como, gestor da informação e pesquisador para descrever suas funções. Vale ressaltar que esse pedaço da amostra foi extraído de pessoas com nível cultural mais alto, graduação e em um dos casos pós-graduação, e que tem um conhecimento prévio, seja por conhecer ou utilizar os serviços de um bibliotecário. 5.3 Análise dos filmes Analisamos o perfil dos bibliotecários no cinema, para isso tomamos por base 20 filmes que cobrem o período da década de 40 até os anos 2000, como podemos visualizar no quadro. Através dessa analise, veremos quais os estereótipos mais utilizados e como a sétima arte lida com esses personagens. Nos filmes encontramos personagens que tem uma participação modesta, alguns não têm nem falas, enquanto em outros os bibliotecários são protagonistas, como em A múmia, O guardião, e Amor eletrônico, veremos mais detalhes a seguir, no quadro abaixo:   14
  • 15. Período Títulos A sombra de uma dúvida A felicidade não se compra 1940-1969 Amor eletrônico (Desk set) Bonequinha de luxo Debbie does Dallas O óleo de Lorenzo 1970-1989 O nome da rosa Indiana Jones e a última cruzada A bela e a fera Perfume de mulher Pagemaster: o mestre da fantasia Matilda Matrix A múmia Star Wars II: ataque dos 1990-2009 clones A máquina do tempo O dia depois de amanhã O guardião: em busca da lança sagrada O guardião 2 : retorno as minas do rei Salomão Ninja assassino   15
  • 16. O quadro mostra que dos filmes analisados 20% pertencem ao período de 1940 à 1969, de 1970 à 1989 são mais 20%. Os outros dois períodos que vão de 1990 à 1989 e 2000 à 2009 contem 30% dos filmes vistos cada. 5.3.1 Profissional bibliotecário: 1940-2009 5.3.1.1 Período 1940-1969 Segundo (ROCHO, 2007) nessa época (1940-1960), o profissional bibliotecário aprece como: Guardião e amigo dos livros; simpático; inteligente; organizado; trabalhador; dinâmico e pró-ativo; altruísta, detalhista e com boa memória, que não dá muita importância a sua remuneração, pelo contrário, trabalha por prazer. O envolvimento emocional e pessoal assim como sua preocupação com o usuário e sua própria satisfação são umas das características marcantes ressaltadas por (OLIVEIRA, 1980), nesses profissionais, além de demonstrarem autonomia, criatividade e disposição para mudanças, o bibliotecário desse período possui consciência social. Conforme mostrado no quadro, foram 4 filmes analisados nesse período, deles 50% são dramas, 25% comédia e 25% Suspense. 75% das bibliotecas são públicas e 25% são departamento de referência. Todos os filmes contem bibliotecárias, 29% delas são idosas e 71% são jovens. A aparência conservadora e séria faz parte de 43% delas, 29% usam os cabelos preso num coque e 30% usam óculos. O filme mais representativo do período, por retratar o perfil do bibliotecário difundido na época é “Amor eletrônico” ou no original “Desk set” (LANG, 1957). O filme se passa na Nova Iorque da década de 50; a comédia romântica faz um paralelo entre a moderna tecnologia e mundo antigo.   16
  • 17. A história se passa na rede de TV Federal Broadcasting Network, e nosso foco será sobre o departamento de referencia, onde trabalha a bibliotecária chefe, Bunny Watson, interpretada por Katharine Hepburn. Todas as profissionais retratadas no filme são jovens e atraentes, e parecem possuir qualidades como beleza, inteligência e senso de humor, no entanto, apenas a bibliotecária chefe possui uma relação amorosa, as demais parecem estar solteiras por opção. A pró- atividade é, sem dúvida, umas das características mais presentes nessas profissionais, que realizam seus trabalhos de maneira organizada e eficiente. Isso fica claro nos atendimentos feitos por elas, a maioria por telefone, onde procuram disponibilizar a informação exata de forma rápida. Na história o departamento de referencia passa por um momento de informatização, no entanto, isso causa certo desconforto para as bibliotecárias, que embora muito receptivas e desenvoltas, sentem-se ameaçadas pela máquina que ocupa uma parede inteira. A única que parece contente com a nova ferramenta de trabalho é Bunny, as demais temem o fim de suas vidas profissionais, imaginando que com o computador, já não serão necessárias. A máquina é instalada com intuito de agilizar e modernizar o atendimento, no entanto, ela não poderia responder a todas as perguntas dos usuários porque necessitava da inserção dos dados que a priori deveriam ser feito por bibliotecários. Nesse momento, as bibliotecárias temerosas percebem que o computador pode ser usado de forma a complementar seu trabalho, uma vez que com o uso correto o atendimento será melhorado com mais rapidez e precisão. Podemos notar que até o ambiente fica mais organizado. “Amor eletrônico” torna-se um filme visionário através da imagem de Bunny, bibliotecária chefe que incorpora uma postura profissional que só viria a aparecer anos depois, que é a de liderança, cooperação e integração entre demais setores de uma empresa, alem do uso da informática a fim de aperfeiçoar os serviços prestados, o trabalho em equipe e a pró-atividade na lida com a informação demonstra preocupação em levar ao cliente final de forma ágil e eficaz um serviço de qualidade.   17
  • 18. Nos demais filmes, a imagem que perpetua é a da bibliotecária, jovem ou não, tradicional que trabalha em biblioteca pública, não tem grandes ambições e se encaixa perfeitamente no estereotipo da bibliotecária, embora nem todas sejam ranzinzas ou absolutamente sérias, perpetua o comportamento anti-social e arredio, a falta de interesse e de curiosidade pelo trabalho, a desatualização e o conformismo. Embora o profissional desse período apareça como inteligente, dinâmico, cortez, culto, pontual, organizado dentre outros aspectos, o cinema o retrata na maioria das vezes com características negativas como as citadas acima. 5.3.1.2 Período: 1970-1989 Nesse período o profissional bibliotecário é retratado como tecnicista por influencia das escolas americanas. A biblioteconomia começou a ser tratada como profissão de fato no Brasil a partir da década de 70; dos motivos que incentivaram esse progresso podem ser citados, as publicação dos primeiros periódicos científicos da área, a criação dos cursos de pós-graduação, o desenvolvimento a pesquisa e a reformulação curricular do curso de biblioteconomia. Embora as décadas de 70 e 80 tenham mantido parte do espírito das décadas anteriores, isto foi prosseguindo de maneira que aumentou o número de pesquisas feitas com base nos usuários, afim de encontrar maneiras que tornassem o atendimento mais eficiente e que as exigências dos mesmos fossem atendidas de maneira rápida e satisfatória. Esse novo perfil do profissional bibliotecário não foi devidamente incorporado pelo cinema, como veremos a seguir no tipo de bibliotecário encontrado nas telas. Portanto, não condiz com a modernização pela qual passava os bibliotecários reais, e em nenhum dos filmes vistos neste período são encontrados vestígios de informatização, por exemplo. Nesse período o número de bibliotecários homens interpretados no cinema, aumentou significativamente, comparado com o período anterior. Em nossa amostra 75% dos filmes contam com bibliotecários homens, e apenas 25% de   18
  • 19. personagens femininas. Todos os personagens aparentam idade avançada, com cabelos grisalhos, 50% usam óculos e são carrancudos, o uso de roupas formais e sociais está presentes em toda a amostra. Esses profissionais são apegados a normas e regras, de comportamento metódico e introspectivo. Os profissionais do sexo masculino tende a ser representados como homens inteligentes e cultos, passando pela linha tênue do mistério como acontece em o “Nome da rosa”; outra característica em comum é a função de guarda e preservação no acervo. A biblioteca especializada está presente em todos os filmes, são grandes, bem iluminadas e com muitas estantes cheias de livros. Nenhum gênero se repete nessa amostra: “Indiana Jones” é um filme de aventura, “O nome da rosa” ficção, e “Óleo de Lorenzo” um drama, enquanto “Debbie dos Dallas” é um clássico pornô americano da década de 70. 5.3.1.3 Período: 1990-2009 No inicio da década de 90, a globalização trouxe a tona um novo conceito profissional mais abrangente e funcional, o profissional da informação. A partir daí a informação não está mais restrita as paredes da biblioteca. A difusão de novas tecnologias e o avanço da web quebraram o muro institucional e físico que guardavam toda a informação. (MASON apud GUIMARÃES, [1997?]). Caracterizava o profissional da informação como aquele que é capaz de fornecer a informação certa, ao cliente certo, no momento certo, da forma certa e a um custo que justifique seu uso. O grande salto da internet, com o crescimento da web, desencadeou a necessidade da atualização do profissional bibliotecário. O usuário desse período inicia sua jornada rumo à autonomia. O bibliotecário passa a ter um perfil dinâmico, líder, comunicativo, político, empreendedor, criativo, interdisciplinar e globalizado, entre outros. Ao longo dos anos 2000, no bibliotecário, essas características foram ficando cada vez mais latentes.   19
  • 20. O bibliotecário precisou encontrar novas formas de prestar seus serviços usando os recursos disponíveis e interagindo com os mais diversos sistemas culturais e organizacionais, a internet e mais especificamente as redes sociais, encurtaram as distâncias entre o profissional e seus usuários, fazendo com que o entendimento entre ambos fosse facilitado, otimizando assim o serviço. Nesse período foram analisados 12 filmes, o gênero ficção cientifica e aventura aparecem em 33% dos filmes, o restante se divide em drama, ação, animação e fantasia ficando com 8% cada. Novamente o numero de personagens masculinos é maior do que o feminino ficando com 58% dos títulos selecionados contra 42% das mulheres. O local de trabalho se divide em 50% de bibliotecas gerais, 33% de bibliotecas especializadas, aparece também centro de documentação em “Ninja assassino” e em 16% dos filmes não possui um local especifico. Um perfil inteligente aparece em 75% da amostra geral, sendo que os homens demonstram essa característica em 86% dos títulos. 58% dos bibliotecários são solteiros e 33% tímidos, sendo que nas mulheres a timidez recorre em 60% dos casos. A aparência jovem e bela são 50% da amostra, ficando mais explícitos nos homens que agregam a bela um charme extra. No outro lado 33% dos profissionais são ou parecem idosos. Observando essa nova postura do bibliotecário diante as novas tecnologias, vê-se que em apenas 42% da amostra aparece algum tipo de tecnologia ou serviços informatizado. Por outro lado, a dedicação profissional, o amor pelo que faz e a busca por novos conhecimentos são retratados em 67% dos filmes. Uma parcela de 17% da amostra tem uma postura intransigente, ultrapassada e mal humorada. No filme “Perfume de mulher” o jovem Charlie Simms para pagar o colégio, trabalha na biblioteca da própria escola, para aumentar sua renda o jovem é levado a infringir uma das regras da biblioteca onde trabalha, quando permite que um dos jovens ricos leve um livro com saída proibida da biblioteca.   20
  • 21. Em “ Ninja assassino” não há biblioteca, Mika Coretti se autodenomina “detetive forense”, mas, ao fim, ela revela que isto nada mais representa do que um nome bonito para sua profissão: bibliotecária. Ela trabalha em uma empresa de investigações e auxilia seu chefe, sendo, desta forma, não uma bibliotecária tradicional, mas sim, o que nós denominamos “cientista da informação”, atuando, desta forma, em outros campos de trabalho dentro da biblioteconomia. O bibliotecário aparece em forma de uma máquina, mas precisamente um andróide conectado a todas as bases de dados do mundo, o “bibliotecário virtual” torna-se um compendio de todas as informações do mundo em “A máquina do tempo”, (Simom Wells, 2002). Entre os filmes que demonstram boas características do bibliotecário do século XXI estão “O guardião: em busca da lança sagrada” e o “O guardião 2: retorno as minas do rei Salomão”. O jovem e destemido Flynn consegue um emprego como bibliotecário na biblioteca Metropolitan, esse se revela um emprego muito especial: ser o guardião de maravilhosos tesouros guardados numa área secreta do edifício. Flynn apresenta um perfil profissional que condiz com a evolução da profissão: dinamismo, inteligência, pró-atividade, interesse pelo trabalho, responsabilidade social, atualizado e capaz de dominar as ferramentas tecnológicas disponíveis. No entanto, no primeiro filme, o jovem bibliotecário aparece introvertido, calado, formal e tímido, aspectos que o prejudicam na comunicação com o usuário, essas características negativas desaparecem no segundo filme, quando Flynn, mais maduro, se mostra mais desenvolto. Por fim podemos notar que parte dos filmes analisados mostra profissionais modernos e atualizados que indicam o novo perfil profissional do bibliotecário, no entanto outra parte também significativa dos filmes ainda retrata uma imagem obsoleta do bibliotecário, mantendo vivo o estereótipo negativo da profissão.   21
  • 22. 6 ANÁLISE DOS PERFIS DOS ENTREVISTADOS Foram realizadas entrevistas com 23 pessoas, compreendendo uma faixa etária desde os 17 anos até os 55 anos com um desvio padrão de 4 anos entre eles. Os jovens entre 17 e 25 anos são a maioria ocupando 48% da amostra, logo em seguida vem os também jovens de 26 a 34 anos com 30% de freqüência. De 35 a 43 anos são modestos 13%, em ultimo lugar porem não menos importante aparem as classes de 44-61 anos com 9% de freqüência. As mulheres são 52% da amostra contra 48% dos homens. Em relação ao nível de escolaridade, o número de pessoas com apenas o ensino médio é maioria com 45%, seguido de 36% com nível superior e 18% com pós-graduação. Quanto ao cinema, 100% da amostra diz gostar de cinema e freqüentá-lo, ao menos, uma vez a cada dois meses. A seguir um gráfico dos filmes mais vistos pelos entrevistados: Mais vistos Amor eletrônico 1%  Bonequinha de luxo O óleo de Lorenzo 1%  1%3% 3% O nome da rosa 10%  6% Indiana Jones  A bela e a fera  9%  10% Perfume de mulher Pagemaster  Matilda  7%  10% Matrix A múmia  3% Star Wars II  13%  2% A máquina do tempo 7% O dia depois de amanhã 14% O guardião  O guardião 2   22
  • 23. Vemos que os filmes mais vistos correspondem aos da década de 90, sendo eles: “A múmia”, “Matrix” e a“A bela e a fera”. Isto se justifica pela grande maioria de jovens entrevistados neste trabalho, cuja faixa etária corresponde ao períodos filmes citados. A seguir os filmes em que foi notada a presença de bibliotecários: Bibliotecários reconhecidos 23% Amor eletrônico O óleo de Lorenzo 2% 9% O nome da rosa 4% Indiana Jones A bela e a fera 9% Matilda 17% Matrix 6% A múmia Star Wars II 2% 9% A máquina do tempo 2% 17% O dia depois de amanhã Quanto aos mais lembrados, os filmes “A múmia”, “O dia depois de amanhã” e o “O nome da rosa”. Novamente, os três filmes correspondem aos períodos do cinema mais recente pesquisados: as décadas de 90 e 2000. O que é justificado pela mesma afirmação anterior relativa aos gráficos. Além disso, em níveis de popularidade e bilheteria, os filmes citados são largamente conhecidos e divulgados. Por fim, estes filmes também se destacam pela forma como o bibliotecário atua em cada um deles: em comparação com “O óleo de Lorenzo”, por exemplo, em que a bibliotecária é apenas uma figurante; em, “A múmia”, ela é a personagem principal do filme, conferindo-lhe grande destaque. Em “O dia depois   23
  • 24. de amanhã”, o desespero dos bibliotecários, preocupados com a informação, ante o caos reinante, cativa a atenção dos telespectadores. E, finalmente, “O nome da rosa”, pelo próprio enredo do filme esta baseado em uma série de livros de um monastério, cujos conteúdos são poibidos, tornam impossível de não serem associados com a presença do bibliotecário do local, neste caso, um homem sério e carrancudo.   24
  • 25. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em consideração o que foi levantando na introdução, sobre como as mudanças tecnólogicas e de mercado tem influenciado e modificado a mídia, neste caso, o cinema, e a sociedade, concluímos que, infelizmente, as mudanças não geraram alterações significativas nos antigos estereótipos já tão arraigados em nossa cultura. No cinema, ao longo das décadas, a imagem evolui: o bibliotecário deixa de ser apenas a mulher velha e solteirona para se tornar também o homem, já idoso, bibliotecário ou a mulher jovem e desastrada. Na visão dos entrevistados, não é muito diferente: quando o bibliotecário não é retratado como seu estereótipo clássico, é visto como excessivamente estudioso, mais novo e caracterizado tal qual um “nerd”. Desta forma, vê-se que por mais que a imagem se modifique ao longo das décadas no cinema e varie nos levantamentos realizados com os entrevistados, eles seguem estereotipos e, muitas vezes ainda, ridicularizando ou desconsiderando este profissional. Assim, concluímos que sim, a mídia tem enorme influência sobre toda a visão de uma sociedade sobre determinado assunto e ela ressalta sempre, o máximo possível, uma visão estereotipoca, mesmo que esta seja ao longo dos tempos, não muito significantimente, modificada. O público, por outro lado, desconhece boa parte do perfil e campo de atuação deste profissional, reforçando, assim, as visões clássicas da solteirona e da pessoa apaixonada por livros; justificando, assim, o porquê da mídia utilizar-se de uma imagem tão ainda aceita pelas pessoas, mesmo nos dias de hoje. Afinal, como visto anteriormente, boa parte dos entrevistados são mais jovens, entre 20 e 30 anos; mas, mesmo assim, não fogem dos padrões já marcados colocados nas décadas anteriores pelas gerações passadas.   25
  • 26. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DÍAZ, Marley Sanches; VALDÉS, Juan Carlos Veja. El profesional de la información en el ámbito iberoamericano. 2004. Disponível em: < http://bvs.sld.cu/revistas/aci/vol12_2_04/aci05204.htm >. Acesso em 3 de junho de 2010. FRIDMAN, L. C. Pós-modernidade: sociedade da imagem e sociedade do conhecimento. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, VI(2), 353-75, jul.-out. 1999. GIMARÃES, José Augusto Chaves, Moderno profissional da informação: elementos para sua formação no Brasil. [1999?]. Disponível em : < http://www.congreso-info.cu/UserFiles/File/Info/Info97/Ponencias/007.pdf >. Acesso em: 3 de junho de 2010. LIMA, Maria Manoel. Considerações em torno do conceito de estereótipo: uma dupla abordagem. [1994?]. Disponível em: < http://www.scribd.com/doc/16944036/Consideracoes-em-torno-do-conceito-de- estereotipo >. Acesso em: 02 de junho de 2010-06-08 OCHOA, Paula; PINTO, Leonor Gaspar (org.). A imagem das competências dos profissionais de Informação-Documentação: relatório. 2006. Disponível em: < http://www.apdis.org/jornadas/2006/opid/relatorio.pdf >. Acesso em 02 de junho 2010. OLIVEIRA, Zita Catarina Prates de. Um estudo de auto-imagem profissional do bibliotecário. 1982. Disponível em: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/1368/000013602.pdf?sequence= 1 >. Acesso em: 03 de junho de 2010. [1] SOIHET, Rachel. Pisando no “sexo frágil”. In: Nossa história. Rio de Janeiro, ano 1, nº 3, p.14-20, jan. 2004.   26
  • 27. XIMENES, Sergio. Minidicionário ediouro da língua portuguesa. 2. ed. reform. São Paulo: Ediouro, 2000.   1
  • 29. APÊNDICE A Filmes 1 – Amor eletrônico (Desk set); 1957; EUA; Walter Lang; Comédia/Romance; 2 – A bela e a fera; 1991; Walt Disney Pictures; Animação 3 – Bonequinha de luxo; 1961; EUA; Blake Edwards; Drama; 4 – Debbie does Dallas; 1978; EUA; Jim Clark; Adulto/comédia; 5 – O dia depois de amanhã; 2004; EUA; Roland Emmerich; Ficção cientifica; 6 – A felicidade não se compra; 1946; EUA; Frank Capra; Drama; 7 – O guardião: em busca da lança sagrada; 2004; Peter Winter; Ação/comédia; 8 – O guardião 2 : retorno as minas do rei Salomão; 2006; Jonathan Frakes; Aventura; 9 – Indiana Jones e a última cruzada; 1989; EUA; direção Steven Spielberg; Aventura; 10 – A máquina do tempo; 2002; EUA; Simon Wells; Ficção Científica; 11 – Matilda; 1996, EUA; Danny DeVito; Aventura/Comédia/Fantasia; 12 – Matrix 1; 1999, EUA, Andy Wachowski , Larry Wachowski; Ficção científica; 13 – A múmia; 1999; EUA; Stephen Sommers; Aventura; Rachel Weisz (Evelyn "Evie" Carnahan); 14 - Ninja assassino; 2009; EUA; James McTeigue; Ação. 15 – O nome da rosa; 1986; Alemanha; Jean-Jacques Annaud; Ficção; 16 – O óleo de Lorenzo; 1984; EUA; George Miller; Drama; 17 – Pagemaster: o mestre da fantasia; 1994; EUA; Pixote Hunt / Joe Johnston; Aventura; 18 – Perfume de mulher; 1992; EUA; Martin Brest; Drama; 19 – Star Wars II: ataque dos clones; 2002; EUA, George Lucas; Ficção científica ; 20 – A sombra de uma dúvida; 1943; EUA; Alfred Hitchcock; Suspense;   1
  • 30. APÊNDICE B Modelo do questionário aplicado Idade ____ F ( ) M ( ) Estado civil: Solteiro [ ] Casado [ ] Viúvo [ ] Separado [ ] Escolaridade: Fundamental [ ] Médio [ ] Superior [ ] Pós-graduação [ ] Profissão: ___________________________________________________ Você sabe o que é um bibliotecário? Quais suas funções? Descreva sua idéia de bibliotecário. (estereótipo) Você gosta de cinema? Sim [ ] Não [ ] Quantas vezes por mês você costuma freqüentar o cinema? Você se recorda de ter visto algum filme com bibliotecário no elenco? Sim[ ] Não[ ] Qual ?______________________________________________________ Já assistiu algum dos filmes abaixo: Indiana Jones e a última cruzada [ ] Matrix [ ] A sombra de uma dúvida [ ] Matilda [ ] O nome da rosa [ ] Pagemaster: o mestre da fantasia [ ] O óleo de Lorenzo [ ] A máquina do tempo [ ] Ninja assassino [ ] Debbie does Dallas [ ] A múmia [ ] Amor eletrônico (Desk set); [ ] A felicidade não se compra [ ] O guardião: em busca da lança O dia depois de amanhã [ ] sagrada[ ] Bonequinha de luxo [ ] O guardião 2 : Retorno as minas do Perfume de mulher Star Wars II: rei Salomão [ ] ataque dos clones [ ] A bela e fera [ ] Dos filmes vistos, em qual deles você se recorda de ter visto um bibliotecário? Defina o bibliotecário em uma frase   2
  • 31.   3