SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 74
Baixar para ler offline
Fazendo contas
f a z e n d o c o n ta s




Caro(a) trabalhador(a),
As atividades deste módulo foram elaboradas para que você possa rever ou conhecer
alguns conteúdos importantes de matemática. Saber calcular, medir, raciocinar, an‑
tecipar resultados, resolver problemas, identificar e reconhecer formas geométricas,
entre outras coisas, ajudará você a perceber como a matemática está presente no nosso
dia a dia, sem nos darmos conta disso. Sabemos matemática e não sabemos que sa‑
bemos! Este módulo o ajudará não só a conhecer melhor essa disciplina tão temida,
como também a entender e se relacionar melhor com o mundo do trabalho.




                                                                                 57
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Unidade 1                Quem tem medo
                         da matemática?



                                          andré sarmento
                                                           A matemática está presente em muitas
                                                           situações de nosso dia a dia, como:
                                                            • quando fazemos um crediário e
                                                              calculamos os juros que pagaremos;
                                                            • quando pintamos a casa e compramos
                                                              a quantidade de tinta considerando a
                                                              área, ou seja, o tamanho do quarto, da
                                                              sala, da cozinha etc.;
                                                            • quando pesamos frutas numa balança e
                                                              lemos o número que aparece;
                                                            • quando pensamos na quantidade de
                                                              ingredientes de uma receita culinária e no
                                                              tempo de cozimento desse prato.
                                                           Isso significa que todos nós, de alguma
                                                           forma, temos conhecimentos matemáticos,
                                                           só que às vezes não percebemos. Se você
                                                           não está convencido disso, faça a atividade
                                                           a seguir.


Atividade 1 – A matemática no dia a dia
1   	A proposta é simples: forme dupla com um colega e, juntos, leiam o texto da pró‑
     xima página. No item 2, vocês vão completar os espaços em branco com valores
     que tornem o texto compreensível.

      Dica importante: vocês podem escolher qualquer valor inicial, mas é preci‑
      so que, no final, sua conta esteja correta, a fim de que o texto faça sentido
      para quem está lendo.

    Para entenderem melhor a proposta, analisem o exemplo. Fiquem atentos às pala‑
    vras e aos números destacados em negrito.

58
f a z e n d o c o n ta s




                                                                                                                           Reynaldo Stavale/SEFOT-Secom
 Congresso Nacional, Brasília.



   No dia 14 de fevereiro, uma segunda‑feira, cerca de 650 pessoas participaram
   de uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Os manifes‑
   tantes, a maioria de São Paulo, caminharam por 90 dias, aproximadamente 11
   quilômetros por dia, completando um trajeto de 900 quilômetros.
Observem: se os manifestantes caminharam 90 dias, aproximadamente 11 quilôme‑
tros por dia, eles teriam completado o percurso totalizando 990 (90 × 11) quilôme‑
tros, e não 900, como menciona o texto. Parece que os números foram colocados de
forma aleatória, sem reflexão sobre seu significado, deixando a conta final incorreta e
o texto sem sentido.
2 	Agora é a vez de vocês!

   No dia 14 de fevereiro, uma segunda‑feira, cerca de _____ pessoas participaram
   de uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Os manifes‑
   tantes, a maioria de São Paulo, caminharam ­­
                                               _____ dias, aproximadamente _____
   quilômetros por dia, completando uma caminhada de ______ quilômetros. Para
   comemorar a chegada do grupo de cerca de ________ pessoas a Brasília, um grupo
   assentado forneceu _______ bois, que foram abatidos e assados no local. Foram
   consumidos ainda _______ quilos de pão e ________ litros de água. Os organiza‑
   dores da manifestação armaram ________ barracas em frente ao Congresso, para
   que os participantes pernoitassem no local, utilizando ________ metros quadra‑
   dos de plástico. Também foram confeccionadas _________ faixas.
                          Adaptado de: Proposta curricular para a educação de jovens e adultos, Brasília, MEC/SEF, 2002.

Para realizarem essa atividade, você e seu colega tiveram de usar vários conhecimen‑
tos matemáticos: escrever números, multiplicar, reconhecer unidades de medida


                                                                                                                    59
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



(quilômetros, quilos e litros), estimar resultados e relacionar as informações. Isso
prova que a matemática não é apenas fazer contas; ela tem um caráter prático, pois
permite que as pessoas resolvam problemas cotidianos.
A resolução de um problema nem sempre necessita de um cálculo exato. Quando
vamos ao supermercado fazer compras e sabemos que só podemos gastar determina‑
da quantia, estimamos – ou seja, calculamos de forma aproximada – quanto vamos
gastar, arredondando os preços. Se um produto custa R$ 5,70, arredondamos para
R$ 6,00. Isso porque fazer contas usando números inteiros é mais simples. Também,
em algumas situações, não precisamos de lápis e papel para descobrir o resultado,
como, por exemplo, para saber quanto é 100 – 98 ou 50 + 5. Podemos fazer esses
cálculos simples “de cabeça”. Mas, se alguém nos perguntar quanto é 234,25 dividido
por 23 (234,25 ÷ 23), é muito difícil imaginarmos o resultado, e a forma mais rápida
de fazermos essa conta é usando uma calculadora.

                        O que são números inteiros?
     Os números naturais são formados pelos números inteiros não negativos
     (0, 1, 2, 3, 4 etc.). Esse conjunto de números é infinito e contável, ou seja,
     pode ser contado. Utilizamos os números naturais em diversas situações e,
     em cada uma delas, nós os lemos de diferentes formas. Quer ver só? Como
     você lê este número de telefone: 2234‑7788? E como você lê este ano:
     1968? Como você diz o número desta placa de automóvel: CII 2128? E este
     número: 13o andar? Viu só? Em diferentes situações, a forma de leitura dos
     números muda. Ela depende do que estamos falando.

Atividade 2 – Desafio
Preencha os espaços em branco, sem fazer contas, usando o sinal correspondente: >
(maior que), < (menor que) ou = (igual a).
47 + 28 _____ 47 + 31	                  77 – 31 _____ 71 – 37
24 + 75 _____ 25 + 74	                  145 – 68 _____ 145 – 74
Veja agora algumas respostas:
  •	 47 + 28 é menor que 47 + 31 porque o primeiro número das duas contas é o
     mesmo, mas na segunda estamos somando um número maior.
  •	 145 – 68 é maior que 145 – 74 porque o primeiro número das duas contas é
     o mesmo, mas na primeira estamos subtraindo um número menor.
Pense nisso quando deparar com uma situação que envolva cálculo.

60
f a z e n d o c o n ta s




           Unidade 2             Grandezas e
           	                     unidades de medida
                                 O que se pode medir? O que pode ser usado para medir?
                                 As medidas estão sempre presentes em nossas atividades:
                                 quando olhamos o relógio para saber as horas, quando
                                 vamos ao supermercado fazer compras e até mesmo
                                 quando calculamos o tempo que será gasto para realizar
                                 um trabalho.
                                 Quanto melhor soubermos usar as medidas, mais
                                 chances teremos de resolver situações práticas de modo
                                 satisfatório. Por exemplo: como os pintores de parede
andré sarmento




                                 cobram por seu serviço? Geralmente, o trabalho desses
                                 profissionais é cobrado por metro quadrado. Para tanto,
                                 eles precisam entender como é medida uma superfície
                                 ou área e, com isso, determinar o tamanho do espaço
                                 a ser pintado e quais instrumentos podem utilizar para
                                 facilitar a tarefa.

                                  O que é metro quadrado?
                 O metro quadrado é a medida correspondente à superfície ou área de um
                 quadrado com 1 metro de lado. Seu símbolo é m².

                           1 m




                                          1 m         Área = 1 m × 1 m = 1 m2




           Nesta unidade, vamos refletir sobre as coisas que podem ser medidas, conhecer as
           grandezas de medida, suas respectivas unidades e os instrumentos adequados para
           cada situação.

                                                                                         61
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Atividade 1 – Para cada medida, um instrumento
1   	Para começar, pense sobre as questões que abrem a unidade:
    a)	 O que se pode medir?

    b)	 O que pode ser usado para medir?

Escreva no quadro tudo aquilo de que você se lembrar. Se achar necessário, troque
ideias com seus colegas.
                                                               Unidades de medida
 O que se pode medir
                                                               que podem ser usadas
 Leite                                                         Litro




Para preencher o quadro, você teve de pensar em coisas que podem ser medidas, como
tempo, velocidade, massa (peso), comprimento, volume e temperatura. Na matemá‑
tica, essas “coisas” são chamadas de grandezas de medida (porque podem ser medidas
ou contadas). Você também precisou relacionar essas grandezas com suas unidades
de medida.
 Grandezas de medida                  Unidades de medida mais comuns
 Massa ou peso                        grama (g), quilograma (kg)
 Temperatura                          grau Celsius (ºC)
 Comprimento                          centímetro (cm), metro (m), quilômetro (km)
 Superfície, área                     metro quadrado (m2)
 Tempo                                segundo (s), minuto (min), hora (h)
 Capacidade                           litro (L), mililitro (mL)
 Velocidade                           quilômetro por hora (km/h), metro por segundo (m/s)


62
f a z e n d o c o n ta s




2 	No        dia a dia utilizamos vários instrumentos de medida. Qual grandeza pode ser
          medida com os instrumentos indicados no quadro?
Instrumentos                         Grandezas de medida

Cronômetro

Velocímetro

Termômetro

Trena ou metro
 andré sarmento




                                                                                                         to
                                                                                                  sarmen
                                                                                          andré




                                                                         Termômetro.




                         Trena.
                                                        andré sarmento




                                                                                                    to
                                                                                                  en
                                                                                                 rm
                                                                                               sa
                                                                                              é
                                                                                            dr
                                                                                          an




                                                                                 Cronômetro.




                                     Velocímetro.



                                                                                         63
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



                               Para saber mais…                    Atividade 2 – Contando o tempo
                             Você sabia que a
                             marcação do tempo já                  Além dos que estão mostrados na Atividade 1, existem
                             era feita antes da                    outros instrumentos de medida – é o caso do relógio. A
                             invenção do relógio?                  medida de tempo é utilizada de muitas formas, inclusive
                             A passagem do tempo                   para cobrar alguns serviços, como estacionamentos, lan
                             pode ser determinada
                                                                   houses, ligações telefônicas, diárias de hotel, locação de
                             pela posição do Sol.
                             Conforme essa posição                 DVDs e aluguel de carros, entre outros.
                             muda, também muda a                   1   	Vamos agora aproveitar a medida de tempo para calcu‑
                             projeção de sua sombra,                    lar quanto deveríamos cobrar das pessoas que deixas‑
                             ou seja, muda a forma
                             como a sombra aparece
                                                                        sem seus carros neste estacionamento.
                             na superfície da Terra,                2 	Agora calcule.
                             além de sua posição e
                             seu tamanho. Pela
                             manhã, a sombra de um
                             objeto é longa e está de
                             um lado dele; ao
                             meio‑dia, é mais curta
                             e fica bem embaixo
                             desse objeto; à tarde,
                             volta a alongar, mas do
                             outro lado.
                             Esse fato ou fenômeno
                             foi observado pelos povos
                             antigos, que colocavam
                             varas espetadas no chão
                             ou construíam
                                                                     Horário de entrada e                                            Total a ser
                             monumentos a fim de
                                                                     saída do estacionamento                                         cobrado
                             determinar as horas.
                             Esse princípio é a base
                             do funcionamento do
                                                                     Marina entrou no estacionamento
                             relógio de sol.                         às 9h00 e saiu às 11h00
Folha press/image source/
         simon battensby




                                                                     Júlio entrou no estacionamento
                                                                     às 15h00 e saiu às 15h50

                                                                     João deixou seu carro no
                                                                     estacionamento das 7h35 às 19h00

                            Relógio de sol.                          Carmem parou no estacionamento
                                                                     por 5 horas e meia


                            64
f a z e n d o c o n ta s




Unidade 3             Grandezas e unidades
                      de medida de massa
                      É comum encontrarmos anúncios, classificados e
                      rótulos que trazem grandezas e unidades de medida.
                      Mas será que entendemos o que elas representam?

Atividade 1 – Como ler etiquetas de produtos




1   	Observe a etiqueta acima e responda às questões a seguir. Se encontrar alguma
     dificuldade, discuta com seus colegas e com o professor.
    a)	 O que é peso (L) ou peso líquido?




    b)	 O que significa a escrita 0,200 kg?




    c)	 O que quer dizer R$/kg 16,00?




                                                                              65
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




     Um fato curioso é que, quando compramos queijo, por exemplo, pedimos
     em gramas. Então, por que a embalagem marca quilogramas? Porque as ba‑
     lanças indicam quilogramas, e não gramas, e essas unidades são equivalen‑
     tes: 1 kg equivale a 1.000 g. Para transformar quilogramas em gramas, basta
     multiplicar por 1.000 o número expresso em quilogramas. Por exemplo:
                                                0,200
                                              x 1.000
                                                     200 g
     E para transformar gramas em quilogramas, basta dividir o número por
     1.000:
     	
     		                                  200	 1.000
     		                                       0,200 kg


A principal unidade de medida de massa é o grama. Para medir quantidades de massa
pequenas, existem unidades menores, como o miligrama. Para medir grandes massas,
em vez do grama ou quilograma, usa‑se a tonelada (uma tonelada equivale a 1.000 kg).
O quadro a seguir apresenta algumas unidades usadas para medir quantidades de
massa maiores e menores do que o grama e suas equivalências.
                                                     Unidade
  × 1.000      × 100                × 10                                    ÷ 10               ÷ 100         ÷ 1.000
                                                     principal
Quilograma Hectograma Decagrama                        Grama           Decigrama           Centigrama        Miligrama
   (kg)       (hg)      (dag)                           (g)              (dg)                 (cg)             (mg)

  1.000 g      100 g                10 g                 1g                 0,1 g              0,01 g        0,001 g



     Quando utilizamos a palavra grama referindo‑nos à unidade de medida
     de massa, devemos pronunciá‑la no masculino. Por exemplo: 200 g lê‑se
     duzentos gramas.

2 	Ainda em relação às informações que estão na etiqueta apresentada na página an‑
  terior, responda no caderno.
  a)	 Para que serve saber que 1 kg de queijo custa R$ 16,00?

  b)	 Se eu comprar 0,200 kg, vou pagar mais ou menos do que R$ 16,00?

  c)	 Quanto, exatamente, eu vou pagar nesse caso?

  Se você achar melhor, pode usar a calculadora.

66
f a z e n d o c o n ta s




Atividade 2 – Como usar a calculadora




                                                                                             andré sarmento
Que tal conhecer melhor a calculadora?
Assim, você poderá pensar sobre as funções dela e obser‑
var suas características, o que o ajudará a usá‑la cada vez
mais e melhor.
1   	Pegue uma calculadora e responda:
    a)	 Quantas teclas há nela?




    b)	 Aperte a tecla de um número de 1 a 9 até preencher
       todo o visor. Quantos números (ou dígitos) apare‑
       cem? O que mais o visor mostra?

                                                              andré sarmento




    c)	 Compare   suas respostas com as de um colega. Elas
       são iguais?
                                                                               istockphoto




Não se preocupe se suas respostas forem diferentes das de
seu colega, pois existem variações entre uma calculadora
e outra. Algumas têm poucas funções e realizam apenas
as operações básicas (adição, subtração, multiplicação e
divisão); outras são bastante complexas e geralmente são
chamadas de calculadoras científicas, como aquelas uti‑
lizadas pelos economistas e matemáticos, por exemplo.

                                                                                                              67
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



                          2 	 Agora, verifique o que acontece nas situações apresen‑
                               tadas abaixo e anote os resultados que forem aparecen‑
                               do no visor.

                               a)	   3  ×  2  =                           =                 =

                               b)	   5  ×  =                        =                 =             =

                               c)	   1  ÷  6  =
                                 8   5   0   +   1   2  %   =
                               d)	
                          Na situação “a”, ao repetir o sinal =, o primeiro resulta‑
                          do que apareceu foi o número 6. Depois, continuando
                          a apertar a tecla =, podem ter aparecido os números 18 e
                          54. Isso ocorreu porque a calculadora continuou multi‑
                          plicando os resultados por 3: 3 × 2 = 6; 6 × 3 = 18; 18 × 3
                          = 54. Outras calculadoras continuam multiplicando os
                          resultados pelo segundo número e não pelo primeiro, ou
                          seja, nessa situação, o 2: 6 × 2 = 12; 12 × 2 = 24; 24 × 2 =
                          48. A isso chamamos de função constante. Você já havia
                          observado essa função da calculadora? E ela vale não só
                          para multiplicação, mas também para divisão, adição e
                          subtração. Agora você já sabe que, quando for realizar cál‑
                          culos em que precisar continuar multiplicando, dividin‑
                          do, somando ou diminuindo um mesmo número, basta
                          apertar a tecla =.
                          A situação “b” é outro exemplo de função constante: os re‑
                          sultados continuam a ser multiplicados por 5. Mas saber
                          o nome da função é o de menos. O importante é perceber
                          que as calculadoras, às vezes, realizam operações (ou con‑
                          tas) de modo diferente e que saber utilizar suas funções
                          pode nos ajudar a ganhar tempo na resolução de muitos
                          problemas. Usando a calculadora, também descobrimos
                          outras formas de cálculo (por exemplo, fazer a adição de
                          números iguais como 4 + 4 para calcular 40 + 40 ou 8 + 8
                          para calcular 7 + 9).
                          Na situação “c”, podem ter aparecido dois tipos de resulta‑
                          do: 0,166666 até o final do visor ou apenas 0,16. O resul‑
                          tado da operação 1 ÷ 6 é uma dízima periódica, número

68
f a z e n d o c o n ta s




em que um ou mais algarismos da parte decimal (ou seja,
aquela que vem depois da vírgula), a partir de certo ponto,
se repetem indefinidamente: 0,16666666…
Enquanto algumas calculadoras mostram o resultado
real, com a repetição do algarismo, outras simplificam o
resultado.
Até aqui você observou algumas regularidades da calcu‑
ladora e descobriu como ela faz para simplificar alguns
números racionais. Pode ser que você não use essas in‑
formações com muita frequência no dia a dia, mas com
certeza elas o ajudarão a descobrir algumas estratégias de
cálculo. Por exemplo: se você apertar as teclas 5, +, = e
continuar a apertar =, terá todos os resultados da tabuada
do 5. Por falar nisso, você já reparou que todos os números
dessa tabuada terminam com o algarismo 5 ou 0? Conti‑
nue a brincar com a calculadora e, com certeza, descobrirá
muitas curiosidades sobre os números e as operações.

     O que são números racionais?
    Números racionais são aqueles que podem ser
    escritos como frações. Por exemplo: quando le‑
    mos uma receita de bolo, vemos escrito: colo‑
    que de xícara de leite. Esse é a forma escrita
    de um número racional. Ele também pode ser
    escrito de outro modo, como número decimal,
    isto é, com vírgula. Quer ver? Quanto custa a
    passagem de ônibus? R$ 2,70.

Agora, fique atento à explicação da situação “d”, pois
esse procedimento poderá ser bastante usado em seu co‑
tidiano. Nessa situação, você usou uma tecla nova: a de
porcentagem (%). A porcentagem pode nos ajudar, por
exemplo, a calcular um aumento de salário. Imagine que
uma costureira ganha R$ 850,00 e receberá um aumento
de 12%. Quanto ela passará a receber? Para saber o resul‑
tado, basta fazer a operação 850 + 12%.

                                                              69
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Atividade 3 – Como calcular grandezas
Na atividade anterior, você conheceu melhor a calculadora. É hora, então, de pôr
mãos à obra.
1   	Observe novamente a etiqueta da atividade 1 e descubra quanto vai pagar se com‑
     prar 0,200 kg de queijo.
    a)	 Pense e escreva a conta em seu caderno, ou seja, elabore uma forma por escrito
       que o ajude a descobrir o valor total da compra com as informações da etiqueta.
       Depois, use a calculadora para conferir o resultado.
    b)	 Discutaa resposta com o professor e seus colegas. Converse, principalmente,
       sobre como você chegou a esse resultado.
    c)	 Maisadiante você vai comparar as soluções encontradas por sua turma com
       outros exemplos. Registre todas essas possibilidades em seu caderno.
2 	Compare    as soluções que você anotou no caderno com os exemplos a seguir.
    Não importa a forma como você resolveu o problema anterior – sobre o preço de
    0,200 kg de queijo –, desde que tenha chegado ao mesmo resultado.


      Antes, vamos relembrar o problema:
      O quilograma do queijo custa R$ 16,00. Se eu comprar 0,200 kg, quanto
      vou pagar?

      Exemplo 1
      Sabendo que o preço é calculado por quilograma, basta multiplicarmos
      o peso líquido pelo custo do quilo: 0,200 × 16,00 = 3,2.

      Exemplo 2
      Você já sabe que 0,200 kg equivale a 200 g e que 1 kg equivale a 1.000 g,
      certo? O preço está em quilograma; então, se dividirmos 16 por 1.000,
      saberemos o valor de 1 grama. Depois, será suficiente multiplicarmos por
      200 para saber o preço total da compra.
      Veja: 16 ÷ 1.000 = 0,016 × 200 = 3,2.

      Exemplo 3
      Para começarmos a resolver o problema, podemos organizar os dados que
      já sabemos e o que queremos saber. Observe a tabela.


70
f a z e n d o c o n ta s




                           Quilograma                      Valor
                                1                              16
                              0,200                            X

      A letra X representa o valor desconhecido do problema.
      Podemos dizer que, nesse caso, peso e valor são proporcionais. Isso por‑
      que, quando o peso aumenta, o preço aumenta na mesma proporção.
      Assim, é correto pensar que 1 quilograma corresponde ao preço de (ou
      está para) 16 reais, da mesma forma que 0,200 quilograma corresponde ao
      preço de (ou está para) X reais.
      Na matemática, essa ideia é representada da seguinte forma:
                                    1 ÷ 16 = 0,200 ÷ X
      Ou assim:
      	
      	                            1	 	 		 0,200
                                       =
      	                           16		 X
      Podemos, então, desdobrar essa operação nas seguintes:
                  1 × X = 0,200 × 16  Lembre-se de que 1 × X = X.
      			 		 0,200 × 16
      	  X=
      			        1
         X = 3,2
      Ou seja, 0,200 kg de queijo custa R$ 3,20.
      O exemplo 3 apresenta um processo de resolução que chamamos de regra
      de três. Esse é um método prático para resolver problemas que envolvem
      quatro valores, dos quais só não conhecemos um. Devemos, portanto,
      determinar um valor com base nos três já conhecidos.


Atividade 4 – Resolução de problemas com regra de três
1   	Forme um grupo com mais dois ou três colegas. Vocês vão resolver os próximos
     exercícios no caderno usando a regra de três. Utilizem as etapas do exemplo 3 como
     modelo de resolução. Se precisarem, peçam ajuda ao professor.
    a)	 Dois pintores gastam 18 horas (h) para pintar uma parede. Quanto tempo qua‑
       tro pintores levariam para fazer o mesmo serviço?



                                                                                   71
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



  b)	 Cinco operários constroem uma casa em 360 dias. Quantos dias serão necessá‑
     rios para que 15 operários concluam a mesma construção?
  c)	 Uma  equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada
     obra em 20 dias. Se o número de horas for reduzido para 5, em que prazo essa
     equipe fará o mesmo trabalho?
2 	Confiram os resultados com os dos demais grupos da classe.

Até o momento você realizou uma série de atividades nas quais usou vários conheci‑
mentos matemáticos. Refletiu sobre coisas que podem ser medidas, conheceu gran‑
dezas de medida, suas respectivas unidades e os instrumentos adequados para cada
situação. Aprendeu um pouco mais sobre como usar a calculadora e resolver proble‑
mas utilizando a regra de três.
Antes de continuar os estudos sobre outras grandezas e unidades de medida, pense se
restou alguma dúvida a respeito das unidades de medida de massa ou peso e esclare‑
ça‑as com o professor.




72
f a z e n d o c o n ta s




Unidade 4   Grandezas e unidades
            de medida de
            superfície ou área
            Com base na análise de um classificado e de um
            anúncio, você vai, nesta unidade, explorar as unidades
            de medida referentes à superfície ou área.
            Veja os anúncios destacados a seguir:




                                                                     73
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




     Nos dois classificados em destaque na página anterior aparece o sím‑
     bolo m², que, como você viu na Unidade 2, significa metro quadrado.
     Lembre‑se: o metro quadrado é a medida correspondente à superfície
     ou área de um quadrado com 1 metro de lado.
               1 m




                                        1 m               Área = 1 m × 1 m = 1 m2




Atividade 1 – Em quais situações é importante medir a área?
As medidas de superfície ou área servem para identificar o tamanho de um espaço e
respondem a algumas perguntas bem comuns em nosso dia a dia. Por exemplo: qual
é a área do apartamento a ser pintado? Quantos metros quadrados de azulejos são
necessários para revestir a cozinha? Qual é a área da parede que será pintada e quantos
litros de tinta serão necessários para isso? Quanto vou cobrar para pintar a casa do
meu amigo?
     As unidades de medida de superfície mais usadas no cotidiano são o metro
     quadrado e o quilômetro quadrado (km²). Na zona rural, são utilizados o
     hectare (ha) e o alqueire (que não tem símbolo).

                                                Vamos voltar ao anúncio do pintor. Imagine
                                                 que você quer pintar uma parede da sala de sua
                                                 casa e vai contratar esse profissional para fazer o
                                                serviço. O que você precisa saber para calcular
                                                quanto vai gastar? Você já sabe, pelo anúncio,
                                                 que o pintor cobra R$ 5,00 de mão de obra por
                                                  metro quadrado pintado. Sabe que a área da
                                                  superfície a ser trabalhada permitirá calcular
                                                     o custo total da mão de obra e a quantidade
                                                              de tinta necessária.



74
f a z e n d o c o n ta s




           Como se mede a área de uma superfície?
As paredes de uma casa normalmente têm a forma de um quadrado ou um retângulo.
Então, pense e responda:
  •	Como se mede a área de uma superfície quadrada?


  •	E uma área retangular?


Para medir a área de uma superfície quadrada, ou seja, em que todos os lados são
iguais, basta multiplicar as medidas de dois lados: lado × lado. Veja a ilustração:




                                     L       A=L×L
                                             Aqui, A simboliza área e L, lado.




No retângulo não há quatro lados iguais. Dois deles têm uma medida e dois, outra.
Mas o raciocínio não é diferente. Também é necessário multiplicar as medidas de
dois lados, porém utilizando o maior e o menor. E, em vez de “lado × lado”, usa‑se a
expressão “base × altura”.




            a                            a


                                                           b

                    b
A área do retângulo é o resultado (ou produto) da multiplicação da base (representada
por b) pela altura (a):
A=b×a

                                                                                 75
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



                                    Vamos supor que a parede que você precise medir (saber a
                                    área) tenha a forma retangular com as seguintes medidas:
                                    5 m de comprimento e 2,60 m de altura.
                                    Agora você já pode calcular a área em metros quadrados.
                                    Basta multiplicar a base pela altura: 5 × 2,60 = 13 m².
                                    1   	Quanto você terá de pagar para o pintor, lembrando
                                         que ele cobra R$ 5,00 de mão de obra por metro qua‑
                                         drado pintado? Utilize a regra de três.

                                    	                         está para                             , assim como

                                    	                         está para                           .
                                     2 	A qual resultado você chegou? Compare esse resultado
                                         com o de seus colegas e com o do professor e veja se você
                                         acertou.



                                     3 	Falta  calcular o custo da tinta. Supondo que 1 litro é
                                         suficiente para pintar 2 m² de superfície, quantos litros
                                         de tinta você vai precisar comprar? Sabendo também
  Para saber mais…                       que 1 litro de tinta custa em média R$ 3,00, qual será
O texto A história                       sua despesa total com a compra da tinta?
das medidas de
comprimento: do corpo
humano ao padrão
universal complementa
e amplia as discussões
realizadas até aqui. Leia            4 	Agora,  é só somar o custo da tinta com o da mão de
o texto BRASIL.
                                         obra para saber o gasto total para pintar a parede.
Grandezas e medidas.
Brasília: MEC/SEB,
2007, p. 46‑48.
(Pró‑letramento:
programa de formação
continuada de
professores dos anos/
séries iniciais do ensino
fundamental:                        	 Se você chegou ao valor total de R$ 84,50, muito bem.
matemática, 5.)                       Caso contrário, refaça suas contas.

76
f a z e n d o c o n ta s




Caso você resolva pintar a sala inteira, não é preciso calcular a área de to‑
das as paredes separadamente. É só somar o comprimento das paredes da
sala – isto é, o perímetro da sala – e multiplicar o resultado pela altura do
cômodo. Veja a ilustração:

                                  5 m




                                                                  3 m




5 m + 3 m + 5 m + 3 m = 16 m
16 × 2,60 = 41,60 m2




                                                                                77
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Unidade 5              Grandezas e unidades de
                       medida de comprimento
                       e capacidade
                       O que você já mediu hoje?
                       São muitas as situações em que é preciso medir
                       as coisas. Por isso, não é possível pensar em ser cidadão
                       e desconhecer um conteúdo tão importante.
                       Vamos agora conhecer as unidades de medida de
                       comprimento e de capacidade.

Um pouco de informação sobre
as medidas de comprimento




Para medirmos comprimentos em milímetros, centímetros e metros, podemos usar
a régua, a fita métrica, o metro de madeira e a trena. Para grandes distâncias, como a
distância entre São Paulo e Campinas, a medida a ser utilizada é o quilômetro.
               Quilômetro                 Metro              Centímetro               Milímetro
                  (km)                     (m)                  (cm)                    (mm)
                 1.000 m                    1m                   0,01 m                 0,001 m


78
f a z e n d o c o n ta s




Do mesmo modo que é possível transformar quilogramas em gramas, é possível
transformar quilômetros em metros, metros em centímetros, centímetros em milí‑
metros. E também o inverso: transformar milímetros em centímetros, centímetros
em metros, metros em quilômetros. Se eu preciso percorrer 2 km e quero saber
como expressar essa distância em metros, devo multiplicar o valor em quilômetros
por 1.000: 2 km × 1.000 = 2.000 m. Se eu quero saber quanto dá, em metros,
uma distância expressa em quilômetros, divido o valor em quilômetros por 1.000:
2.000 m ÷ 1.000 = 2 km.
Para transformar metros em centímetros, multiplica‑se o valor em metros por 100:
um tecido de 2 m de comprimento mede 200 cm (2 m × 100). Para transformar
centímetros em metros, divide‑se o valor em centímetros por 100: uma fita de 50 cm
mede 0,5 m de comprimento (50 cm ÷ 100).


Um pouco de informação sobre
as medidas de capacidade
A capacidade de um objeto é o volume que ele pode conter, ou seja, a quantidade de
algum produto que cabe dentro dele.
A principal unidade de medida de capacidade é o litro (L), mas alguns produtos são
medidos em mililitros (mL): 1 litro é igual a 1.000 mililitros e 1 mililitro equivale a
0,001 litro. Para transformar mililitros em litro, divide‑se o valor em mililitros por
1.000: uma lata de 350 mL de refrigerante tem 0,350 litro (350 mL ÷ 1.000). Para
transformar litros em mililitros, multiplica‑se o valor em litros por 1.000: uma garrafa
de 0,5 L de água tem 500 mL (0,5 L × 1.000).


    As medidas são um conhecimento construído há muito tempo pela huma‑
    nidade. Desde a Antiguidade, diferentes civilizações se dedicaram à com‑
    paração de grandezas. Entre tantas outras coisas, as antigas civilizações
    precisavam medir as terras que margeavam os rios e eram fundamentais
    para sua sobrevivência e expressar as medidas em números (de forma nu‑
    mérica). Na prática da medição, o homem percebeu que usar números
    inteiros (1, 2, 3, 4…) não era suficiente para o que eles precisavam. As
    unidades escolhidas como padrão raramente correspondiam a um número
    inteiro na grandeza a medir. Foi assim que surgiram os números racionais,
    um de nossos próximos assuntos.



                                                                                   79
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




                                   Atividade 1 – Vamos preparar um bolo?
                                   Você fará esta atividade em duas etapas, retomando a ideia
                                   de medidas de massa (peso) e capacidade (volume de lí‑
                                   quido). Primeiro, em sala de aula, vamos trabalhar com
                                   as medidas e, depois, em casa, você prepara este ou outro
                                   bolo ou pão. No dia seguinte, todos farão uma festa na
                                   classe! Cada um poderá trazer um pedaço do que prepa‑
                                   rou para que a turma inteira divida bons momentos.
                                   1   	Leia a receita.
                                        Bolo de fubá
                                        Ingredientes
                                        500 g de fubá
                                        250 g de farinha de trigo
                                        250 mL de óleo de milho
                                        500 mL de leite
                                        325 g de açúcar
                                        3 ovos
                                        1 colher de sopa de fermento químico em pó
                                        Como preparar
                                        •	 Bater tudo no liquidificador. Acrescentar o fermen‑
                                           to por último.
                                        •	 Untar uma assadeira grande com buraco no meio:
                                           passar óleo ou margarina e depois polvilhar com
   Para saber mais…
Como as informações
                                           farinha de trigo.
deste módulo não                        •	 Colocar a mistura em forno preaquecido. Manter
esgotam todas as                           o fogo médio.
possibilidades de                       •	 Assar por mais ou menos 20 minutos.
medidas, você deve
                                    2 	Agora, vamos transformar todas as medidas do bolo!
continuar seus estudos.
Sugerimos a leitura do             	 Cada item deve ser transformado em litro ou em gra‑
livro Medidas, escrito               ma, conforme o caso.
por Ivan Bulloch e
                                     Ingredientes                                                Litro       Grama
publicado pela Editora
Nobel em 1996. Nele                  500 g de fubá
você encontrará                      250 g de farinha de trigo
atividades interessantes
e diversificadas sobre               250 mL de óleo de milho
medidas de                           500 mL de leite
comprimento, de
massa e outras.                      325 g de açúcar

80
f a z e n d o c o n ta s




Unidade 6             A escrita dos números
                      Por que escrevemos 283 desse jeito?
                      O número 283 possui três algarismos. Nas atividades
                      desta unidade, você vai pensar na posição desses
                      algarismos e nos valores que eles representam.

Atividade 1 – A posição dos algarismos
1   	Você sabe o que significam as palavras unidade, dezena, centena e milhar? Con‑
     verse a respeito com os colegas e anote suas conclusões no caderno. Essa conversa
     ajudará você a responder ao exercício a seguir.
2 	O   número 45 tem dois algarismos. Onde devo colocar mais um algarismo 4
    para formar o maior número possível? Ele pode ser colocado antes ou depois
    do 45, formando dois novos números: 445 ou 454. Agora ficou fácil saber qual
    é o maior?
Para explicar sua resposta, você pode argumentar que, na sequência dos números
inteiros, o 454 vem depois do 445, por isso é maior. Mas a resposta não é tão simples.
Nosso sistema de numeração é decimal, ou de base 10. Isso quer dizer que utiliza dez
algarismos para representar os números reais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
      Os números reais são usados para representar uma quantidade contínua.
      Neles se incluem todos os números inteiros ou frações, o número zero e
      os números negativos. Encontramos os números reais todos os dias. Quer
      ver? Se vamos comprar um queijo e o preço é R$ 5,45, estamos diante de
      um número real…

Um aspecto importante da representação de um número é o valor posicional dos
algarismos que o compõem, ou seja, o valor de cada algarismo numa ou noutra
posição. Por exemplo: no número 445 (lê‑se: quatrocentos e quarenta e cinco), o
primeiro algarismo 4 possui valor posicional 400, o segundo algarismo 4 possui
valor posicional 40 e o algarismo 5 possui valor posicional 5.
Podemos escrever 234 assim: 200 + 30 + 4. O mesmo vale para o número 454. Pode‑
mos escrever: 400 + 50 + 4.
Dessa forma, é possível afirmar que os números podem ter muitos algarismos e cada
um deles ocupa uma posição ou ordem, representando valores diferentes, como mos‑
tra a tabela a seguir.

                                                                                  81
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




             7a ordem       6a ordem          5a ordem         4a ordem         3a ordem          2a ordem    1a ordem
 Número       Unidade Centena     Dezena   Unidade
                                                                                 Centena           Dezena     Unidade
             de milhão de milhar de milhar de milhar
        12                                                                                             1         2
       976                                                                            9                7         6
     5 432                                                           5                4                3         2
    31 450                                         3                 1                4                5         0
   341 600                        3                4                 1                6                0         0
 2 456 891       2                4                5                 6                8                9         1


                      Você já ouviu falar no ábaco?




O ábaco
O ábaco é um antigo instrumento de cálculo. Podemos dizer que foi a primeira má‑
quina de calcular criada pelo homem. Você sabia que ele possui a mesma lógica de
nosso sistema de numeração?
Há vários tipos de ábaco, mas todos obedecem basicamente aos mesmos princípios.
Vamos nos referir ao mais simples deles. Em uma moldura de madeira, são fixados
alguns fios de arame (ou pedaços de madeira). Dez bolinhas correm em cada fio. As
do primeiro fio representam as unidades; as do segundo fio, as dezenas; as do terceiro
fio, as centenas, e assim por diante.

82
f a z e n d o c o n ta s




                                                            unidades
                                                            dezenas
                                                            centenas
                                                            unidades de milhar
                                                            dezenas de milhar
                                                            centenas de milhar
                                                            unidades de milhão


Vamos imaginar que temos de contar as crianças que entram na escola, passando uma
a uma pelo portão. Inicialmente, todas as bolinhas devem estar do lado esquerdo do
ábaco.
1.	Para cada criança que passa, deslocamos uma bolinha do primeiro fio para a direita.




2.	Quando as dez bolinhas do primeiro fio estiverem à direita, deslocamos uma
   bolinha do segundo fio para a direita e voltamos as dez bolinhas do primeiro fio
   para a esquerda.




                                                                                  83
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



3.	Prosseguimos a contagem até as dez bolinhas do segundo fio ficarem à direita.




4.	Então, deslocamos uma bolinha do terceiro fio para a direita e as bolinhas do se‑
   gundo fio para a esquerda.




5.	Vamos supor que, ao terminar a contagem das crianças, esta seja a disposição das
   bolinhas no ábaco:




84
f a z e n d o c o n ta s




Podemos registrá‑la desse modo:
                               centenas        dezenas     unidades
                                  3               6            5
    O número total de alunos é:
    3 bolinhas que valem           6 bolinhas que valem               5 bolinhas que valem
       100 cada uma        +           10 cada uma                +       1 cada uma

    Ou seja:
	                              3 × 100	 +	 6 × 10	 +	 5 × 1	 =	 365
	                                300 	 +	 60	 +	 5 	 =	 365
Vejamos outro exemplo, agora de uma conta de adição utilizando um ábaco de vare‑
tas, em que a primeira vareta representa as centenas (c), a segunda as dezenas (d) e a
terceira as unidades (u).
Começaremos por um exemplo simples, adicionando (somando) 123 a 530.
1.	Representamos 530 no ábaco.




                               	          c	     d	       u

2.	A seguir, acrescentamos 123 aos 530 representados no ábaco, ou seja, acrescentamos
   1 centena, 2 dezenas e 3 unidades.



                                   	       + 1c	 + 2d	 + 3u




                               	          c	     d	       u

                                                                                             85
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



3.	Agora, lemos o resultado obtido: 6 centenas, 5 dezenas e 3 unidades ou
   600 + 50 + 3 = 653.




                                    	            c	        d	         u

É importante perceber a relação entre o que acontece no ábaco e o que fazemos com
os símbolos de nosso sistema de numeração:

	                                                 c	 d	 u
	                                              +	 5	 3	 0
	                                                 1	 2	 3
	                                                 6	 5	 3

Atividade 2 – Aprendendo um pouco mais sobre o ábaco
Agora é com você: vamos fazer um novo exercício.
1   	O número representado no ábaco é:                                               .




                                    	            c	        d	         u




86
f a z e n d o c o n ta s




2 	O número que está sendo acrescentado é:                     .

                               	       + 1c	 + 6d	 + 7u




                           	          c	     d	       u
3 	Qual é o resultado dessa adição?

  a)	 Primeiro, junte um grupo de dez unidades e troque por uma dezena.




                                                                             Dica
                                                                   Como nosso sistema de nu‑
                                                                   meração é decimal, você
                                                                      de
                                                                   po­­ ter no máximo nove
                                                                   anéis em cada ordem/vareta.




                           	          c	     d	       u

  b)	 Depois, junte um grupo de dez dezenas e troque por uma centena.




                           	          c	     d	       u

                                                                                87
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



   c)	 O resultado é:                                  .




                                    	            c	        d	         u
Vamos estabelecer agora uma relação entre o que foi feito com o ábaco e os cálculos
que fazemos usando a técnica do algoritmo. Algoritmo é uma forma prática de fazer
operações matemáticas, criada para facilitar a execução de uma tarefa. Entre as estraté‑
gias de cálculo, os algoritmos das quatro operações básicas (adição, subtração, divisão
e multiplicação) ocupam um lugar de destaque. Aproveite para ver se você acertou
o resultado da atividade 2, pois os números aqui usados são os mesmos que foram
representados no ábaco.
1.	Nessa técnica, o primeiro passo é somar as unidades:
			1
		2	6	 5
	
		                                   +	1	6	 7
				 2
	 Observe que “vai um” é, na verdade, “vai uma dezena”, pois 5 + 7 = 12, ou seja,
   10 + 2.
2.	Vamos agora somar as dezenas:
		1	1
		2	6	 5
	
		                                  +	1	6	 7
			3	 2
Observe que esse “vai um” é, na verdade, “vai uma centena”, pois 60 + 60 + 10 = 130,
ou seja, 100 + 30.
3.	Agora, somamos as centenas:
	                                  1	1
		2	6	 5
	
		                               +	1	6	 7
		4	3	 2
                            200 + 100 + 100 = 400
   Portanto, 265 + 167 = 432.
                                          Adaptado de: http://www.educar.sc.usp.br/matematica/matematica.html.


88
f a z e n d o c o n ta s




Pronto, você acabou de conhecer um grande segredo de
nosso sistema de numeração: o valor posicional.

O zero
São comuns opiniões sobre o zero afirmando que ele não
vale nada, não conta, é neutro. Mas será verdade? No nú‑
mero 10, por exemplo, o algarismo 0 não representa nada?
Como vimos antes, não é bem assim. No número 10, o
zero sinaliza uma posição da ordem das unidades. Se tirar‑
mos o algarismo 0 do número 10, ele se transforma em 1.
Então, não é verdade que o zero não vale nada.
E como o zero se comporta nas quatro operações? Quan‑
do somamos um número ao zero, obtemos sempre o mes‑
mo número:
0 + 5 = 5	     5+0=5
Na subtração, isso não acontece, porque o resultado da
primeira subtração é um número negativo.
0 – 5 = –5	    5–0=5
Um número negativo pode ser utilizado, por exemplo,
                                                               Para saber mais…
para calcularmos nossas dívidas. Se não tenho dinheiro
                                                             No livro Em busca dos
e faço uma compra fiada de R$ 5,00, passo a dever esses      números perdidos, o
R$ 5,00 para o dono da loja. Isso equivale a dizer que eu    leitor é responsável por
tinha 0 (zero) real e agora tenho –5 reais.                  descobrir por que os
                                                             números estão
Observe o papel do zero na multiplicação:
                                                             desaparecendo.
5×0=0+0+0+0+0=0                                              Utilizando as quatro
                                                             operações, você pode
0×3=3×0=0+0+0=0
                                                             desenvolver sua
a×0=0×a=0                                                    habilidade com os
                                                             números e descobrir o
A letra a, na expressão acima, representa qualquer número.
                                                             lado divertido da
E na divisão? Por exemplo: 0 ÷ 7 = 0, pois 0 × 7 = 0.        matemática. Vale a
                                                             pena ler! A obra foi
Agora, vamos analisar outro caso. Dividir 2 por 0 é en‑
                                                             escrita por Michael
contrar um número multiplicado por 0 que seja igual a 2.     Thompson e publicada
No entanto não existe um número que, multiplicado por        pela Editora
zero, seja igual a 2, pois todo número multiplicado por 0    Melhoramentos
dá 0. Logo, tal divisão é impossível.                        em 1997.


                                                                                 89
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



Como vimos, na adição, o zero é neutro. Acrescentar zero a qualquer número não
o altera. Na multiplicação, quem desempenha essa neutralidade é o 1, uma vez que
qualquer número multiplicado por 1 não se altera:
a×1=1×a=a
A letra a, aqui, representa qualquer número.

     Você sabia que é possível fazer multiplicações com os dedos das mãos?
     Esse método era usado, até pouco tempo, por camponeses de uma região
     da França. Eles sabiam de cor até a tabuada do 5 e, para multiplicar números
     compreendidos entre 5 e 10, como 6 × 9 ou 7 × 8, usavam os dedos. Quer
     ver como?
     Veja, por exemplo, como fazer a tabuada do 9 com os dedos das mãos.




     a) Coloque as mãos abertas                                 b) Abaixe o dedinho de uma
     sobre a mesa.                                              das mãos. Os 9 dedos que so‑
                                                                braram levantados é o resulta‑
                                                                do de 9 x 1.




     c) Agora, levante o dedinho                                d) Levante o anular e abaixe o
     e abaixe o anular. Saber a res‑                            médio. O dedinho e o anular
     posta de 9 x 2 é fácil: o dedi‑                            são as dezenas e os outros de‑
     nho que ficou sozinho significa                            dos, as unidades. Não esqueça:
     uma dezena e os outros dedos                               duas dezenas valem 20; 20 + 7
     das duas mãos, o número de                                 unidades = 27, que é o resulta‑
     unidades.                                                  do de 9 x 3.
                                                                e) E assim sucessivamente.


90
f a z e n d o c o n ta s




Unidade 7            A vírgula na
                     matemática
                     Qual número é maior: 0,1 ou 0,01?
                     Os números 0,5 0,2 0,01 e 11,7 são chamados
                     de números decimais. Nessas representações, verificamos
                     que a vírgula separa a parte inteira da parte decimal.
                                       0,01
                                          Parte decimal
                                          Parte inteira
                     Vamos conhecer melhor esses números? Para tanto,
                     comece respondendo à questão que abre esta unidade.

Atividade 1 – Números decimais
1   	Qual número é maior: 0,1 ou 0,01?
Talvez você esteja pensando em responder 0,01, porque, afinal, esse número possui
uma quantidade maior de algarismos. No entanto, no caso dos números decimais
com parte inteira igual a zero, o número de algarismos não é um bom indicador da
ordem de grandeza. Ou seja, enquanto nos números naturais inteiros quanto maior
a quantidade de algarismos maior o valor do número, nos números decimais a lógica
não é essa. Por exemplo: 0,1 é maior do que 0,01, porque 0,1 é um décimo, enquanto
0,01 é um centésimo! Vamos ver a seguir o que isso significa exatamente.

                                      0,1                   0,01




                     Qual pedaço de chocolate você prefere?


                                                                              91
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



                                         Com a ajuda da calculadora, responda:
                                          2 	Quantas vezes é preciso somar 0,1 + 0,1 para aparecer
                                              no visor o número 1 (uma unidade)?
                                         Com base no resultado encontrado, podemos dizer que,
                                         dividindo uma unidade em 10 partes iguais, cada parte
                                         é um décimo dessa unidade. Um décimo pode ser indi‑
                                         cado assim: 1/10. Ou então assim: 0,1. O primeiro nú‑
                                         mero que vem depois da vírgula representa os décimos, o
                                         segundo, os centésimos, o terceiro, os milésimos e assim
                                         por diante.
                                         Será que já não vimos isso nas unidades anteriores? Você
            Dica
Lembre‑se de que, para rea‑              se lembra de que o decigrama é a décima parte (0,1) de
lizar essa operação, basta               1 grama? E que o centímetro é a centésima parte (0,01)
fazer 0,1 + 0,1 = e ir apertan‑
do = até o visor mostrar o
                                         de 1 metro? E o mililitro é a milésima parte (0,001) de
número 1, contando quantas               1 litro?
vezes você apertou essa tecla.
                                         Os números decimais têm origem nas frações decimais.
                                         Por exemplo: a fração ½ equivale ao número decimal 0,5.
                                         Quer ver uma coisa interessante? Pegue sua calculadora e
                                         faça a seguinte operação: 1 ÷ 2 =
                                          3 	Que resultado apareceu no visor?

                                          4 	Ainda com a calculadora, divida agora o número 1 por
                                              3, por 4 etc. O que aconteceu? Será que todas as vezes
                                              que dividimos um número por outro maior o resultado
                                              será um número decimal? Faça vários testes com nú‑
                                              meros diversos, sempre observando o resultado. Só não
                                              esqueça que o número a ser dividido deve ser menor
                                              que o número pelo qual será dividido. Por exemplo:
                                              2 ÷ 3, 3 ÷ 4, 10 ÷ 20 etc.
                                          Em todas essas operações, o resultado foi um número
                                          decimal. Mas será que em todas as divisões encontramos
                                          um número decimal? Claro que não! Provavelmente nas
                                          divisões que sobram resto, sim. E quando sobra resto?
                                          E quando não sobra? Essas são algumas questões sobre as
                                          quais você pode conversar com seus colegas.



92
f a z e n d o c o n ta s




Nas Unidades 6 e 7, você teve a oportunidade de refletir um pouco mais sobre a natu‑
reza dos números. Para chegar até aqui, buscamos estratégias para resolver problemas
e relacionamos nossos conhecimentos com os conteúdos trabalhados.
Esperamos que esse estudo tenha ajudado você a construir atitudes mais favoráveis
à compreensão da construção dos conceitos matemáticos. Isso é muito importante,
uma vez que a matemática permite resolver muitos problemas do dia a dia. Ela tem
várias aplicações no mundo do trabalho e no exercício da cidadania. A compre‑
ensão e a tomada de decisões diante de questões políticas e sociais dependem da
leitura e da interpretação de informações complexas e muitas vezes contraditórias,
que incluem, por exemplo, dados estatísticos e índices divulgados pelos meios de
comunicação. Assim, para exercer a cidadania, é necessário saber calcular, medir,
raciocinar, argumentar etc.
E então, já perdeu o medo da matemática e quer continuar seus estudos? Você encon‑
tra a seguir algumas atividades (que podem ser feitas por você fora dos horários de
aula), sugestões de leitura e indicações de sites interessantes.




                                                                                93
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Atividades complementares
A aprendizagem de matemática desenvolve‑se melhor quando há interação, troca de
ideias. Convide alguns amigos a embarcar com você nessa viagem.


Quebrando a cabeça
1   	Um joalheiro tem nove pérolas, todas do mesmo tamanho, e uma delas é mais
     pesada. Para descobrir qual é a mais pesada, o joalheiro vai utilizar uma balan‑
     ça. Entretanto, só poderá usá‑la duas vezes. Ajude‑o a descobrir qual é a pérola
     mais pesada.




2 	Mariana  tem três chapéus: um amarelo e florido, um vermelho e outro azul. Ela
    empresta seus chapéus a Raquel, sua prima. As duas foram juntas, hoje, a uma festa
    usando chapéus.
    Siga as pistas e descubra que chapéu cada uma delas usou.
    •	 Quando chove, Mariana não usa seu chapéu predileto, que é o vermelho.
    •	 O chapéu com flores não serve para Raquel.
    •	 Hoje choveu o dia todo.
    •	 Quando Mariana usa seu chapéu amarelo, ela não sai com Raquel.
3 	Um elevador parte do andar térreo. No 3o andar, descem 5 pessoas; no 4o, descem
    2 pessoas e sobem 4; no 7o, desce 1 pessoa e sobem 3; no último andar, descem
    7 pessoas e o elevador fica vazio. Quantas pessoas estavam no elevador no andar
    térreo quando ele começou a subida?
4 	Em uma festa há dez convidados e todos eles se cumprimentam com um aperto de
    mão. Quantos apertos de mão serão dados?

94
f a z e n d o c o n ta s




Descobrindo regularidades na calculadora
1   	A partir de um número registrado no visor da calculadora, sem apagá‑lo, faça
     aparecer outro número por meio de operações. Transforme:
    a)	 459 em 409
    b)	 7.403 em 7.003
    c)	 354 em 954


2   Elimine o 7 das seguintes escritas numéricas, sem apagá‑las, por meio de operações.
    a)	 3.074
    b)	 32.479
    c)	 879


3 	Descubra o resultado das operações nas condições dadas.

    a)	 273 = 129, sem usar a tecla que indica a adição.
    b)	 Resolva  1.000 ÷ 43, primeiro usando só a tecla de adição, depois só a tecla de
        multiplicação e, finalmente, só a tecla de divisão.
    c)	 Partindo do número 572, com uma única operação, obtenha 502, depois 5.720,
        então 52 e, por fim, 2.
    d)	 Realize a operação 98 + 23, primeiro sem usar a tecla 9, depois sem usar a tecla
        8, em seguida sem usar a tecla 2 e, por último, sem usar a tecla 3.

4 	A  tecla da multiplicação está quebrada. Como você pode realizar a operação
    123 × 587?

5 	Indique os números obtidos quando se efetuam as operações a seguir.

    9–1=
    98 – 21 =
    987 – 321 =
    9.876 – 4.321 =
    98.765 – 54.321 =
    987.654 – 654.321 =
    9.876.543 – 7.654.321 =
    98.765.432 – 87.654.321 =
    987.654.321 – 987.654.321 =

                                                                                   95
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s



6 	Indique os números obtidos quando se efetuam as operações a seguir.

  0×9+8=
  9×9+7=
  98 × 9 + 6 =
  987 × 9 + 5 =
  9.876 × 9 + 4 =
  98.765 × 9 + 3 =
  987.654 × 9 + 2 =
  9.876.543 × 9 + 1 =
  98.765.432 × 9 + 0 =
  987.654.321 × 9 – 1 =
  9.876.543.210 × 9 – 2 =

7 	O número é 91. Que regularidades você observa analisando os resultados? Como
  você explica o que ocorreu?
  91 × 1 =
  91 × 2 =
  91 × 3 =
  91 × 4 =
  91 × 5 =
  91 × 6 =
  91 × 7 =
  91 × 8 =
  91 x 9 =




96
f a z e n d o c o n ta s




8 	O número 37 apresenta muitas curiosidades. Efetue os cálculos da primeira colu‑
     na. Uma vez preenchida a primeira coluna, é possível fazer os cálculos da segunda
     sem calculadora? Como? Utilizando qual regra?
     1a coluna	            2a coluna
     37 × 3 =	             37 × 18 =
     37 × 6 =	             37 × 21 =
     37 × 9 =	             37 × 24 =
     37 × 12 =	            37 × 27 =
     37 × 15 =	            37 × 30 =

9 	Efetue as divisões e escreva os resultados.

     9.000 ÷ 3.000 =
     900 ÷ 300 =
     90 ÷ 30 =
     45 ÷ 15 =
     30 ÷ 10 =
     9÷3=
     Explique o fato de todos os resultados terem sido iguais.

10   	Resolva as operações a seguir, analise os resultados e pense no papel do zero na
      multiplicação.
     2 x 3 =	                  2 x 30 =	                     2 x 300 =
     5 x 5 =	                  5 x 50 =	                     5 x 500 =
     6 x 1 =	                  6 x 10 = 	                    6 x 100 =
     12 x 4 =	                 12 x 40 =	                    12 x 400 =
     15 x 8 =	                 15 x 80 =	                    15 x 800 =
     20 x 9 =	                 20 x 90 =	                    20 x 900 =




                                                                                  97
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Descobrindo a tabuada
     X      1           2           3            4            5           6            7            8           9    10
     1      1          2            3            4            5           6            7            8           9    10
     2      2                                    8
     3      3                                   12
     4      4          8           12           16          20           24           28           32           36   40
     5      5                                   20
     6      6                                   24
     7      7                                   28
     8      8                                   32
     9      9                                   36
    10      10                                  40

1   	Analise as linhas e colunas preenchidas. O que você observa de interessante?

2 	Agora, complete o quadro da tabuada. Pinte de amarelo os números pares. Numa
    multiplicação, que fatores levam a um resultado par?

3 	No quadro a seguir, sem efetuar as contas, pinte de azul os quadrinhos que corres‑
    pondem a resultados ímpares. O que você descobriu com este exercício?

     X      1           2           3            4            5           6            7            8           9    10
     1      1
     2      2
     3      3
     4      4
     5      5
     6      6
     7      7
     8      8
     9      9
    10      10


98
f a z e n d o c o n ta s




                                   Respostas

Quebrando a cabeça
1.	Coloque três pérolas em cada prato da balança. Se os pratos ficarem equilibrados,
   a mais pesada é uma das três que ficaram de fora. Retire as seis pérolas da balança
   e escolha duas das três que ficaram de fora, colocando uma em cada prato. Se os
   pratos se equilibrarem, a mais pesada é a que ficou de fora. Caso os pratos não se
   equilibrem, a mais pesada está no prato que desceu. Se na primeira tentativa os
   pratos não se equilibrarem, a pérola mais pesada é uma das três que estão no prato
   que desceu. Escolha duas dessas pérolas e coloque uma em cada prato. Se os pratos
   se equilibrarem, a mais pesada é a que ficou de fora. Caso contrário, a mais pesada
   é a que está no prato que desceu.
2.	Mariana usou o chapéu azul e Raquel, o vermelho.
3.	8 pessoas.
4.	45 apertos de mão.

Indicações de livros e sites
A matemática é composta por uma série de regularidades, como as que você descobriu
aqui. Se você gostou e se divertiu com os livros indicados neste módulo, nas sugestões
a seguir você vai encontrar mais curiosidades sobre a matemática.
Enzensberger, Hans Magnus. O diabo dos números. São Paulo: Companhia das
Letras, 1997.
Tahan, Malba. Matemática divertida e curiosa. Rio de Janeiro: Record, 1991.
_____. Meu anel de sete pedras. Rio de Janeiro: Record, 1990.
_____. Novas lendas orientais. Rio de Janeiro: Record, 1990.
_____. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Se tiver acesso à internet, dê uma olhada nestes sites:
•	 www.bussolaescolar.com.br
•	 www.calculando.com.br/jogos
•	 www.profcardy.com/desafios




                                                                                 99
ABC da
informática
a b c d a i n f o r m Á T ICA




Caro(a) trabalhador(a),
Aprender a usar o computador é como aprender a nadar: você pode passar a vida
toda lendo sobre natação, mas só aprenderá a nadar se cair na água. Por isso este
módulo de nosso programa de formação é dado em salas de aula que possuem com‑
putadores. Para saber usar essa máquina, precisamos treinar vários procedimentos,
ou seja, o como fazer.
Com as orientações contidas aqui, você vai realizar uma série de atividades e vai
aprender a aprender com o computador. Você saberá:
  •	 criar textos, cartas, currículos e tabelas no Word;
  •	 trabalhar com planilhas no Excel, criando fórmulas para fazer cálculos, tabelas
     e gráficos, além de aprender caminhos para a exploração de outros recursos;
  •	 navegar na internet para buscar informações e, ao mesmo tempo, acessar sites
     (fala‑se “saites”; eles também são conhecidos como “sítios”) e páginas na rede de
     alcance mundial (www);
  •	 comunicar‑se por e‑mail, também conhecido como correio eletrônico.
Em muitos momentos, porém, este caderno e o computador à sua frente não serão
suficientes para tirar suas dúvidas. Por isso, procure sempre fazer perguntas ao pro‑
fessor que o acompanhará nessa jornada. O importante é olhar para o computador
como se ele fosse uma máquina de costura, um rádio‑relógio, uma serra elétrica ou
um fogão industrial. Como qualquer aparelho que vamos usar pela primeira vez, pre‑
cisamos, no início, compreendê‑lo para depois, aos poucos, irmos percebendo que
ele é simples e que alguns cuidados devem ser tomados para facilitar nosso trabalho.
O que diferencia o computador de outros equipamentos é que ele evolui muito rapi‑
damente e o tempo todo. Há sempre novas versões sendo colocadas no mercado, com
atualizações e aperfeiçoamentos significativos em relação aos modelos anteriores.




                                                                                103
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




                Unidade 1	 Como              é um
                                       computador?
                                       Quais peças o
                                       fazem funcionar?
João bacellar




                Antes de dar início às nossas atividades, que tal fazermos um levantamento na turma
                para termos ideia de quem já teve contato com computador?
                   •	 Quem tem contato diário ou frequente com a informática e faz uso dela vai para
                      perto da porta.
                   •	 Quem tem pouco contato com a informática, mas de vez em quando faz uso
                      dela, vai para perto da janela.
                   •	 Quem acha que tem um nível de conhecimento baixo de informática, não
                      conhece ou nunca usou um computador, vai para perto da lousa ou para o
                      centro da sala.
                Vamos, então, formar grupos misturados. O objetivo é realizar uma troca de opiniões
                e conhecimentos entre vocês.
                Leia a seguir e ouça, na internet, a interpretação de uma canção de Gilberto Gil
                sobre o tema.

                104
a b c d a i n f o r m Á T ICA




    Pela internet




                                                                                       Felipe Dana/fotoArena/folhapress
    Gilberto Gil
    Criar meu web site
    Fazer minha home page
    Com quantos gigabytes
    Se faz uma jangada
    Um barco que veleje…
    Que veleje nesse infomar
    Que aproveite a vazante da infomaré
                                                 Gilberto Gil.
    Que leve um oriki do meu orixá
    Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
    Um barco que veleje nesse infomar
    Que aproveite a vazante da infomaré
    Que leve meu e-mail até Calcutá
    Depois de um hot link
    Num site de Helsinque
    Para abastecer
    Eu quero entrar na rede
    Promover um debate
    Juntar via internet
    Um grupo de tietes de Connecticut
    De Connecticut acessar
    O chefe da Mac Milícia de Milão
    Um hacker mafioso acaba de soltar
    Um vírus para atacar os programas no Japão
    Eu quero entrar na rede para contatar
    Os lares do Nepal, os bares do Gabão
    Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
    Que lá na Praça Onze tem um videopôquer para se jogar…
                                               Fonte: http://j.mp/sert3003



Atividade 1 – Decifrando termos
Releia a letra da canção de Gilberto Gil e grife os termos relativos à internet e ao
computador. Discuta com a turma e com o professor o significado de cada um deles.



                                                                              105
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




                                                                   Atividade 2 ‑ O que sabemos sobre
                                                                   o computador?
   ISTOCKPHOTO




                                                                   Em grupo, vocês vão ler como é um computa‑
                                                                   dor. Durante a leitura, anotem numa folha de
                                                                   papel o que acharem interessante, difícil ou o
                                                                   que não entenderem.

                                                                   Os principais componentes 	
                                                                   do computador
                 O computador que conhecemos é chamado de PC – sigla de personal computer, termo
                 em inglês que significa computador pessoal. Ele é composto de:

                 Hardware
                 Hardware (pronuncia‑se “rarduer”) é o conjunto de peças e componentes que fazem
                 o computador funcionar. De certa forma, podemos chamar de hardware tudo o que
                 é possível tocar com as mãos, como o gabinete (parecido com uma caixa de metal), os
                 cabos e os dispositivos ligados ao computador (conexão). Vamos conhecer um pouco
                 mais sobre o hardware.
                   •	 Gabinete
                   	 O gabinete, também conhecido como torre, guarda a maioria das peças e com‑
                      ponentes do computador. Nele você poderá encontrar:
                   –	 a placa‑mãe
                   	 Nela são fixados componentes eletrônicos que trabalham em conjunto e de
                     modo lógico a fim de tornar possível o funcionamento do computador.
                                                                    –	a CPU (sigla de central processor unit, que em
                                                                      português significa unidade central de proces‑
ISTOCKPHOTO




                                                                      samento).
                                                                    	 Principal componente eletrônico fixado na
                                                                      placa‑mãe, é considerado o cérebro do com‑
                                                                      putador, pois controla todas as atividades das
                                                                      demais peças e componentes. A CPU é uma
                                                                      das maiores responsáveis pela rapidez com que
                                                                      a máquina é capaz de trabalhar. Isso depende,
                                                                      em parte, da velocidade com que a CPU conse‑
                                                                      gue executar suas tarefas e é medida em GHz.

                 106
a b c d a i n f o r m Á T ICA




  GHz é o símbolo utilizado para gigahertz. Giga, de origem grega, signi-
  fica bilhão e é usado na formação de palavras compostas. Hertz é igual
  à frequência de um evento por segundo. Assim, 3 GHz equivalem à
  capacidade de processar 3 bilhões de operações por segundo!


–	 memórias
	 O computador tem diversas memórias traba‑




                                                                                                    joão bacellar
  lhando ao mesmo tempo. Elas guardam infor‑
  mações, como a nossa memória: lembramos a
  data de aniversário do amigo, o telefone da casa
  da mãe, o número de nosso RG etc. Os prin‑
  cipais tipos de memória do computador são
  ROM, RAM e disco rígido. A capacidade das
  memórias do computador é medida em bytes.

•	 Teclado




                                                                                                      ISTOCKPHOTO
	 Muito parecido com os teclados das velhas
   máquinas de datilografar, é um dos princi‑
   pais instrumentos usados para informar ao
   computador o que você quer fazer.
•	 Mouse
	 É um aparelho que, ao ser movimentado no tampo
   da mesa, controla um cursor com o qual podemos
                                                                              joão bacellar




   selecionar textos e apontar objetos desenhados no mo‑
   nitor (um quadrado, um desenho, um botão etc.).

  Ao movimentar o mouse, é possível observar                 Você sabia?
  na tela o que chamamos de “cursor do mou-                  A palavra mouse (fala‑
                                                             -se “mausi”) é inglesa e
  se”. Geralmente o cursor aparece em forma                  significa rato.
  de seta, mas pode ter outras formas, como
  uma mão (quando for para abrir algum en-
  dereço na internet), ou um risco vertical para
  indicar a posição em que se pretende inserir
  uma letra no meio de uma palavra já digitada
  em programas como Word e Excel.


                                                                                              107
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




 Uma polegada tem                         •	 Monitor
 2,5399 centímetros. O                    	 Semelhante a uma televisão, o monitor pode ser de
 número de polegadas                         tubo (chamado CRT) ou de cristal líquido (chama‑
 da área de visualização
 do monitor é obtido                         do LCD). O tamanho da área de visualização do
 com a medição de sua                        monitor pode variar e sua medida é fornecida em
 diagonal.                                   polegadas. Um monitor geralmente tem 15 pole‑
                                             gadas, mas cada vez é mais comum o uso de moni‑
                                             tores maiores, de 17, 19, 21 ou mais polegadas.

                                                         •	 Impressora
                                                         	 Há muitos tipos de impressora, colorida
                                                            ou em preto e branco. As impressoras mais
                                                            comuns são as que imprimem por meio de
                                                            jato de tinta ou laser (fala‑se “leiser”).
                                                         	 Por exemplo: você escreve no computador
                                                           uma carta para um amigo. A impressora
                                                           vai fazer como a antiga máquina de es‑
                                                           crever, ou seja, ela vai
ISTOCKPHOTO
                                                           passar para o papel
                                                           aquilo que você
                                                           digitou no tecla‑
                                                           do e que apare‑




                                                                                                               João bacellar
 Programa é o equi‑                                        ceu no monitor.
 valente em português
 da palavra inglesa
 software (pronuncia‑se              Programas
 “softuer”), muito usada             O hardware não basta para
 em informática.
                                     que tudo no computador funcione.
                                     Algumas ferramentas também são necessárias. São os
                                     chamados programas. Imagine, por exemplo, que um
                                     cano da cozinha começou a vazar. Qualquer ferramenta
                                     serve para desatarraxá‑lo? Não. Você vai precisar de uma
                                     específica, que se encaixe no cano…
                                     No computador ocorre algo muito parecido: se você qui‑
                                     ser escrever uma carta, terá de usar um programa que per‑
                                     mita fazer isso; se quiser fazer um desenho, precisará utili‑
                                     zar outro, e assim por diante. Para cada finalidade deve‑se
                                     recorrer a um programa diferente.

 108
a b c d a i n f o r m Á T ICA




Quer ver que programa é usado para cada tarefa?

 Tarefa                       Programa
 Fazer seu currículo.          Word (fala‑se “uord”)
 Escrever uma carta.           Word
 Fazer uma tabela
                               Excel (fala‑se “equicel”)
 de gastos.
                               Explorer ou Firefox
 Usar a internet.
                               (fala‑se “fairefox”)


Atividade 3 – O resumo do grupo
1   	Você e seus colegas de grupo anotaram tudo em uma
     folha de papel? É hora, então, de fazer um resumo do
     que vocês julgaram mais interessante e apresentá‑lo às
     outras equipes. Para isso, escolham o relator, ou seja, a
     pessoa que vai contar à classe o resumo que fizeram.
2 	Em    plenária, o relator deve fazer a apresentação do
    resumo. No final, os outros participantes do grupo po‑       Plenária é a etapa do
                                                                 trabalho em que todos os
    dem complementar o que o colega disse ou mesmo               participantes de cada gru‑
    fazer suas perguntas ao professor.                           po se reúnem.




                                                                                    109
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Unidade 2	Usando                                                            o computador
                                                    Vamos até a sala dos computadores? Observe um deles e
                                                    localize as partes estudadas na atividade anterior: teclado,
                                                    mouse, monitor, impressora e gabinete.
                                                    Você percebeu que o computador não é ligado diretamen‑
                                                    te na tomada da rede elétrica? Entre um e outro há um
                                                    estabilizador, equipamento que tem a função de proteger
                                                    o computador contra a queda ou as variações de energia
                                                    elétrica que às vezes acontecem. Esse aparelho possui bo‑
                        llar




                                                    tão liga/desliga (em alguns modelos vem escrito on, que
                    bace




                                                    significa liga, e off, desliga).
                        joão




                                                    Para começar a usar o computador, basta ligar o estabiliza‑
                                                    dor e o monitor e, depois, apertar o botão liga/desliga do
                                                    gabinete (torre). Feito isso, aparece na tela de boa parte dos
                                                    modelos uma ampulheta, que marca o tempo para o com‑
                                                    putador começar a funcionar. Ao lado dela, há uma seta.
                                                    Quando a ampulheta e a seta desaparecem, o equipa‑
A ampulheta foi um dos primeiros
objetos criados pelo homem com                      mento está pronto para ser usado, e chega‑se à chamada
o intuito de contar o tempo. Ela
surgiu na Antiguidade.                              área de trabalho.

                                                    Atividade 1 – Trabalhando com o Word
                                                     1   	Crie um arquivo no Word.
                                                    	 Sente‑se em frente a um computador e ligue‑o.
                                                    	 Quando o equipamento estiver pronto para ser usado,
                                                      o cursor em forma de seta que aparece no monitor po‑
                                                      derá ser movido com o mouse. Experimente! Mexa o
                                                      mouse de um lado para o outro a fim de perceber como
Ícone é uma pequena                                   ele vai para onde você indicar.
figura que, no computa‑
                                                    	 Leve essa seta até o desenho do Word, chamado de
dor, representa um pro‑
grama ou uma função do                                ícone, e aperte, duas vezes e com rapidez, o botão
programa.                                             esquerdo do mouse.


                                                                                    Microsoft Word.Ink


110
a b c d a i n f o r m Á T ICA




              	 Quando o Word é aberto, geralmente já aparece uma
                                                                               Saiba mais
                página em branco para ser usada.                               A maioria dos programas
              	 Seu primeiro trabalho com o Word será escrever uma             tem diversas versões,
                                                                               lançadas pelo fabricante
                carta a uma pessoa contando que você está aprenden‑
                                                                               conforme ele aprimora o
                do a usar o computador. Conte sua experiência, suas            produto. As imagens que
                facilidades e dificuldades, e se está gostando ou não de       você verá neste material
                usar essa máquina. Ponha a imaginação para funcionar           correspondem à versão
                                                                               2003 do Word.
                e escreva!
              	 Após concluir o texto, revise o que escreveu, corrigindo o
                que for necessário, e, depois, peça ajuda ao professor para
                imprimir a carta, se possível.                                  Durante seu trabalho, se tiver
                                                                                dúvidas ou problemas a serem
              •	 Criando o arquivo para salvar a sua carta no                   resolvidos, recorra ao professor.
                                                                                Lembre‑se de que o computa‑
                 computador                                                     dor pode ser um objeto novo pa‑
                                                                                ra você e seus colegas. Portanto,
                                  Sempre que escrevemos algo no Word,           não tenha vergonha de fazer per‑
                                                                                guntas. Todos podem aprender
                                    devemos salvar o trabalho criando           com sua dúvida!
                                       um arquivo.
ISTOCKPHOTO




                                         Você pode pensar num arquivo
                                         de metal, como os encontrados
                                         em escritórios. Ele tem várias ga­­
                                       vetas e em cada uma delas cabem
                                     muitas pastas. Uma dessas gavetas
                                     é usada, por exemplo, para seus
                                     documentos pessoais. E as pastas?
                                    Uma é para seus diplomas, outra
                                para seu currículo, outra para modelos
              de carta para procurar emprego, e assim por diante.
              No computador é a mesma coisa. Quer ver?
              No alto da janela há uma série de palavras e ícones. Cada
              um tem uma tarefa diferente. Por exemplo: lá você en‑
              contrará a palavra Arquivo e, clicando com o botão es‑
              querdo do mouse sobre ela, verá uma lista de diversas
              tarefas que você pode realizar no Word. Na lista, clique                     Dica
                                                                                Para digitar letras maiúsculas,
              no item Salvar como. Na janela que foi aberta, clique no          aperte ao mesmo tempo a te‑
              ícone Criar nova pasta e crie uma pasta com seu nome              cla da letra e a tecla Shift.
              – por exemplo: João de Almeida.

                                                                                                              111
P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s




Agora, na parte de baixo da janela, digite o nome do arquivo: minha primeira
carta. Em Salvar como tipo, escolha Documento do Word. Em seguida, clique
na opção Salvar.

•	 O arquivo está salvo!

Isso significa que o arquivo está guardado no computador e que você poderá voltar
a ele quando quiser, inclusive para fazer mudanças e imprimir mais cópias.
2 	Agora é hora de configurar a página.

	 O que é isso? Quando vamos escrever uma carta à mão, costumamos deixar mar‑
  gens no papel a fim de que o resultado final se torne elegante. Também deixamos
  um local para a data, um recuo para indicar os parágrafos (muitos professores in‑
  dicavam dois dedos, o indicador e o médio, na linha, para medir o parágrafo…),
  um espaço para a assinatura etc.
	 Configurar a página é a mesma coisa. O programa vai deixar sua carta com um
  formato elegante e correto, com margens, tamanho da letra adequado etc.
	 Vamos ver como se faz?
	 Clique em Arquivo e na opção Configurar página. Na aba Margens, digite 2,0 cm
  em Superior, Inferior e Direita; em Esquerda, digite 2,5 cm, depois posicione o
  cursor do mouse sobre a tecla OK e aperte‑a.

•	 	 página está configurada!
   A

112
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia
Contas no dia a dia

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Contas no dia a dia

Expensmat icap2
Expensmat icap2Expensmat icap2
Expensmat icap2con_seguir
 
Projeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso LinuxProjeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso Linuxguest1ff5d4f
 
Projeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso LinuxProjeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso Linuxguest1ff5d4f
 
Apresentação oficial pnaic completo parte 4
Apresentação oficial pnaic  completo   parte 4Apresentação oficial pnaic  completo   parte 4
Apresentação oficial pnaic completo parte 4Julio de Pontes
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicRaquel Caparroz
 
Escola estadual são josé camila
Escola estadual são josé   camilaEscola estadual são josé   camila
Escola estadual são josé camilaweleslima
 
História da matemática
História da matemáticaHistória da matemática
História da matemáticacorrea.edelzia
 
História da matemática atps
História da matemática atpsHistória da matemática atps
História da matemática atpscorrea.edelzia
 
Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02João Alberto
 
Aula 06 de matemática e suas tecnologias
Aula 06 de matemática e suas tecnologiasAula 06 de matemática e suas tecnologias
Aula 06 de matemática e suas tecnologiasHomero Alves de Lima
 
Gestar 1 mat tp4
Gestar 1 mat tp4Gestar 1 mat tp4
Gestar 1 mat tp4weleslima
 
Matemática_caderno de atividades pedagógicas 1º ano
Matemática_caderno de atividades pedagógicas  1º anoMatemática_caderno de atividades pedagógicas  1º ano
Matemática_caderno de atividades pedagógicas 1º anoIsa ...
 
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01NILDA Leite Leite
 
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJ
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJMaterial Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJ
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJValéria Poubell
 

Semelhante a Contas no dia a dia (20)

1129
11291129
1129
 
Sistema de medida de tempo
Sistema de medida de tempoSistema de medida de tempo
Sistema de medida de tempo
 
Expensmat icap2
Expensmat icap2Expensmat icap2
Expensmat icap2
 
Projeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso LinuxProjeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso Linux
 
Projeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso LinuxProjeto Do Curso Linux
Projeto Do Curso Linux
 
Apresentação oficial pnaic completo parte 4
Apresentação oficial pnaic  completo   parte 4Apresentação oficial pnaic  completo   parte 4
Apresentação oficial pnaic completo parte 4
 
LIVRO_UNICO.pdf
LIVRO_UNICO.pdfLIVRO_UNICO.pdf
LIVRO_UNICO.pdf
 
Slide matemática ok
Slide   matemática okSlide   matemática ok
Slide matemática ok
 
Formação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaicFormação de professores alfabetizadores pnaic
Formação de professores alfabetizadores pnaic
 
Escola estadual são josé camila
Escola estadual são josé   camilaEscola estadual são josé   camila
Escola estadual são josé camila
 
História da matemática
História da matemáticaHistória da matemática
História da matemática
 
História da matemática atps
História da matemática atpsHistória da matemática atps
História da matemática atps
 
Matemática 4º ano
Matemática   4º anoMatemática   4º ano
Matemática 4º ano
 
Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02Grandezas e medidas 20 02
Grandezas e medidas 20 02
 
Aula 06 de matemática e suas tecnologias
Aula 06 de matemática e suas tecnologiasAula 06 de matemática e suas tecnologias
Aula 06 de matemática e suas tecnologias
 
Gestar 1 mat tp4
Gestar 1 mat tp4Gestar 1 mat tp4
Gestar 1 mat tp4
 
Matemática - 1º ano.pdf
Matemática - 1º ano.pdfMatemática - 1º ano.pdf
Matemática - 1º ano.pdf
 
Matemática_caderno de atividades pedagógicas 1º ano
Matemática_caderno de atividades pedagógicas  1º anoMatemática_caderno de atividades pedagógicas  1º ano
Matemática_caderno de atividades pedagógicas 1º ano
 
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01
Matemtica 1ano-150412091152-conversion-gate01
 
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJ
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJMaterial Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJ
Material Pedagógico Alfabetização Matemática - Prefeitura de Duque de Caxias/ RJ
 

Último

Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuaisFilipeDuartedeBem
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................CarlosJnior997101
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxRoseLucia2
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 

Último (17)

Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuaisG6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE  de efeitos intelectuais
G6 - AULA 7.pdf ESDE G6 - MEDIUNIDADE de efeitos intelectuais
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................TEMPERAMENTOS.pdf.......................
TEMPERAMENTOS.pdf.......................
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 

Contas no dia a dia

  • 2.
  • 3. f a z e n d o c o n ta s Caro(a) trabalhador(a), As atividades deste módulo foram elaboradas para que você possa rever ou conhecer alguns conteúdos importantes de matemática. Saber calcular, medir, raciocinar, an‑ tecipar resultados, resolver problemas, identificar e reconhecer formas geométricas, entre outras coisas, ajudará você a perceber como a matemática está presente no nosso dia a dia, sem nos darmos conta disso. Sabemos matemática e não sabemos que sa‑ bemos! Este módulo o ajudará não só a conhecer melhor essa disciplina tão temida, como também a entender e se relacionar melhor com o mundo do trabalho. 57
  • 4. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Unidade 1 Quem tem medo da matemática? andré sarmento A matemática está presente em muitas situações de nosso dia a dia, como: • quando fazemos um crediário e calculamos os juros que pagaremos; • quando pintamos a casa e compramos a quantidade de tinta considerando a área, ou seja, o tamanho do quarto, da sala, da cozinha etc.; • quando pesamos frutas numa balança e lemos o número que aparece; • quando pensamos na quantidade de ingredientes de uma receita culinária e no tempo de cozimento desse prato. Isso significa que todos nós, de alguma forma, temos conhecimentos matemáticos, só que às vezes não percebemos. Se você não está convencido disso, faça a atividade a seguir. Atividade 1 – A matemática no dia a dia 1 A proposta é simples: forme dupla com um colega e, juntos, leiam o texto da pró‑ xima página. No item 2, vocês vão completar os espaços em branco com valores que tornem o texto compreensível. Dica importante: vocês podem escolher qualquer valor inicial, mas é preci‑ so que, no final, sua conta esteja correta, a fim de que o texto faça sentido para quem está lendo. Para entenderem melhor a proposta, analisem o exemplo. Fiquem atentos às pala‑ vras e aos números destacados em negrito. 58
  • 5. f a z e n d o c o n ta s Reynaldo Stavale/SEFOT-Secom Congresso Nacional, Brasília. No dia 14 de fevereiro, uma segunda‑feira, cerca de 650 pessoas participaram de uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Os manifes‑ tantes, a maioria de São Paulo, caminharam por 90 dias, aproximadamente 11 quilômetros por dia, completando um trajeto de 900 quilômetros. Observem: se os manifestantes caminharam 90 dias, aproximadamente 11 quilôme‑ tros por dia, eles teriam completado o percurso totalizando 990 (90 × 11) quilôme‑ tros, e não 900, como menciona o texto. Parece que os números foram colocados de forma aleatória, sem reflexão sobre seu significado, deixando a conta final incorreta e o texto sem sentido. 2 Agora é a vez de vocês! No dia 14 de fevereiro, uma segunda‑feira, cerca de _____ pessoas participaram de uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Os manifes‑ tantes, a maioria de São Paulo, caminharam ­­ _____ dias, aproximadamente _____ quilômetros por dia, completando uma caminhada de ______ quilômetros. Para comemorar a chegada do grupo de cerca de ________ pessoas a Brasília, um grupo assentado forneceu _______ bois, que foram abatidos e assados no local. Foram consumidos ainda _______ quilos de pão e ________ litros de água. Os organiza‑ dores da manifestação armaram ________ barracas em frente ao Congresso, para que os participantes pernoitassem no local, utilizando ________ metros quadra‑ dos de plástico. Também foram confeccionadas _________ faixas. Adaptado de: Proposta curricular para a educação de jovens e adultos, Brasília, MEC/SEF, 2002. Para realizarem essa atividade, você e seu colega tiveram de usar vários conhecimen‑ tos matemáticos: escrever números, multiplicar, reconhecer unidades de medida 59
  • 6. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s (quilômetros, quilos e litros), estimar resultados e relacionar as informações. Isso prova que a matemática não é apenas fazer contas; ela tem um caráter prático, pois permite que as pessoas resolvam problemas cotidianos. A resolução de um problema nem sempre necessita de um cálculo exato. Quando vamos ao supermercado fazer compras e sabemos que só podemos gastar determina‑ da quantia, estimamos – ou seja, calculamos de forma aproximada – quanto vamos gastar, arredondando os preços. Se um produto custa R$ 5,70, arredondamos para R$ 6,00. Isso porque fazer contas usando números inteiros é mais simples. Também, em algumas situações, não precisamos de lápis e papel para descobrir o resultado, como, por exemplo, para saber quanto é 100 – 98 ou 50 + 5. Podemos fazer esses cálculos simples “de cabeça”. Mas, se alguém nos perguntar quanto é 234,25 dividido por 23 (234,25 ÷ 23), é muito difícil imaginarmos o resultado, e a forma mais rápida de fazermos essa conta é usando uma calculadora. O que são números inteiros? Os números naturais são formados pelos números inteiros não negativos (0, 1, 2, 3, 4 etc.). Esse conjunto de números é infinito e contável, ou seja, pode ser contado. Utilizamos os números naturais em diversas situações e, em cada uma delas, nós os lemos de diferentes formas. Quer ver só? Como você lê este número de telefone: 2234‑7788? E como você lê este ano: 1968? Como você diz o número desta placa de automóvel: CII 2128? E este número: 13o andar? Viu só? Em diferentes situações, a forma de leitura dos números muda. Ela depende do que estamos falando. Atividade 2 – Desafio Preencha os espaços em branco, sem fazer contas, usando o sinal correspondente: > (maior que), < (menor que) ou = (igual a). 47 + 28 _____ 47 + 31 77 – 31 _____ 71 – 37 24 + 75 _____ 25 + 74 145 – 68 _____ 145 – 74 Veja agora algumas respostas: • 47 + 28 é menor que 47 + 31 porque o primeiro número das duas contas é o mesmo, mas na segunda estamos somando um número maior. • 145 – 68 é maior que 145 – 74 porque o primeiro número das duas contas é o mesmo, mas na primeira estamos subtraindo um número menor. Pense nisso quando deparar com uma situação que envolva cálculo. 60
  • 7. f a z e n d o c o n ta s Unidade 2 Grandezas e unidades de medida O que se pode medir? O que pode ser usado para medir? As medidas estão sempre presentes em nossas atividades: quando olhamos o relógio para saber as horas, quando vamos ao supermercado fazer compras e até mesmo quando calculamos o tempo que será gasto para realizar um trabalho. Quanto melhor soubermos usar as medidas, mais chances teremos de resolver situações práticas de modo satisfatório. Por exemplo: como os pintores de parede andré sarmento cobram por seu serviço? Geralmente, o trabalho desses profissionais é cobrado por metro quadrado. Para tanto, eles precisam entender como é medida uma superfície ou área e, com isso, determinar o tamanho do espaço a ser pintado e quais instrumentos podem utilizar para facilitar a tarefa. O que é metro quadrado? O metro quadrado é a medida correspondente à superfície ou área de um quadrado com 1 metro de lado. Seu símbolo é m². 1 m 1 m Área = 1 m × 1 m = 1 m2 Nesta unidade, vamos refletir sobre as coisas que podem ser medidas, conhecer as grandezas de medida, suas respectivas unidades e os instrumentos adequados para cada situação. 61
  • 8. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Atividade 1 – Para cada medida, um instrumento 1 Para começar, pense sobre as questões que abrem a unidade: a) O que se pode medir? b) O que pode ser usado para medir? Escreva no quadro tudo aquilo de que você se lembrar. Se achar necessário, troque ideias com seus colegas. Unidades de medida O que se pode medir que podem ser usadas Leite Litro Para preencher o quadro, você teve de pensar em coisas que podem ser medidas, como tempo, velocidade, massa (peso), comprimento, volume e temperatura. Na matemá‑ tica, essas “coisas” são chamadas de grandezas de medida (porque podem ser medidas ou contadas). Você também precisou relacionar essas grandezas com suas unidades de medida. Grandezas de medida Unidades de medida mais comuns Massa ou peso grama (g), quilograma (kg) Temperatura grau Celsius (ºC) Comprimento centímetro (cm), metro (m), quilômetro (km) Superfície, área metro quadrado (m2) Tempo segundo (s), minuto (min), hora (h) Capacidade litro (L), mililitro (mL) Velocidade quilômetro por hora (km/h), metro por segundo (m/s) 62
  • 9. f a z e n d o c o n ta s 2 No dia a dia utilizamos vários instrumentos de medida. Qual grandeza pode ser medida com os instrumentos indicados no quadro? Instrumentos Grandezas de medida Cronômetro Velocímetro Termômetro Trena ou metro andré sarmento to sarmen andré Termômetro. Trena. andré sarmento to en rm sa é dr an Cronômetro. Velocímetro. 63
  • 10. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Para saber mais… Atividade 2 – Contando o tempo Você sabia que a marcação do tempo já Além dos que estão mostrados na Atividade 1, existem era feita antes da outros instrumentos de medida – é o caso do relógio. A invenção do relógio? medida de tempo é utilizada de muitas formas, inclusive A passagem do tempo para cobrar alguns serviços, como estacionamentos, lan pode ser determinada houses, ligações telefônicas, diárias de hotel, locação de pela posição do Sol. Conforme essa posição DVDs e aluguel de carros, entre outros. muda, também muda a 1 Vamos agora aproveitar a medida de tempo para calcu‑ projeção de sua sombra, lar quanto deveríamos cobrar das pessoas que deixas‑ ou seja, muda a forma como a sombra aparece sem seus carros neste estacionamento. na superfície da Terra, 2 Agora calcule. além de sua posição e seu tamanho. Pela manhã, a sombra de um objeto é longa e está de um lado dele; ao meio‑dia, é mais curta e fica bem embaixo desse objeto; à tarde, volta a alongar, mas do outro lado. Esse fato ou fenômeno foi observado pelos povos antigos, que colocavam varas espetadas no chão ou construíam Horário de entrada e Total a ser monumentos a fim de saída do estacionamento cobrado determinar as horas. Esse princípio é a base do funcionamento do Marina entrou no estacionamento relógio de sol. às 9h00 e saiu às 11h00 Folha press/image source/ simon battensby Júlio entrou no estacionamento às 15h00 e saiu às 15h50 João deixou seu carro no estacionamento das 7h35 às 19h00 Relógio de sol. Carmem parou no estacionamento por 5 horas e meia 64
  • 11. f a z e n d o c o n ta s Unidade 3 Grandezas e unidades de medida de massa É comum encontrarmos anúncios, classificados e rótulos que trazem grandezas e unidades de medida. Mas será que entendemos o que elas representam? Atividade 1 – Como ler etiquetas de produtos 1 Observe a etiqueta acima e responda às questões a seguir. Se encontrar alguma dificuldade, discuta com seus colegas e com o professor. a) O que é peso (L) ou peso líquido? b) O que significa a escrita 0,200 kg? c) O que quer dizer R$/kg 16,00? 65
  • 12. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Um fato curioso é que, quando compramos queijo, por exemplo, pedimos em gramas. Então, por que a embalagem marca quilogramas? Porque as ba‑ lanças indicam quilogramas, e não gramas, e essas unidades são equivalen‑ tes: 1 kg equivale a 1.000 g. Para transformar quilogramas em gramas, basta multiplicar por 1.000 o número expresso em quilogramas. Por exemplo: 0,200 x 1.000 200 g E para transformar gramas em quilogramas, basta dividir o número por 1.000: 200 1.000 0,200 kg A principal unidade de medida de massa é o grama. Para medir quantidades de massa pequenas, existem unidades menores, como o miligrama. Para medir grandes massas, em vez do grama ou quilograma, usa‑se a tonelada (uma tonelada equivale a 1.000 kg). O quadro a seguir apresenta algumas unidades usadas para medir quantidades de massa maiores e menores do que o grama e suas equivalências. Unidade × 1.000 × 100 × 10 ÷ 10 ÷ 100 ÷ 1.000 principal Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama (kg) (hg) (dag) (g) (dg) (cg) (mg) 1.000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g Quando utilizamos a palavra grama referindo‑nos à unidade de medida de massa, devemos pronunciá‑la no masculino. Por exemplo: 200 g lê‑se duzentos gramas. 2 Ainda em relação às informações que estão na etiqueta apresentada na página an‑ terior, responda no caderno. a) Para que serve saber que 1 kg de queijo custa R$ 16,00? b) Se eu comprar 0,200 kg, vou pagar mais ou menos do que R$ 16,00? c) Quanto, exatamente, eu vou pagar nesse caso? Se você achar melhor, pode usar a calculadora. 66
  • 13. f a z e n d o c o n ta s Atividade 2 – Como usar a calculadora andré sarmento Que tal conhecer melhor a calculadora? Assim, você poderá pensar sobre as funções dela e obser‑ var suas características, o que o ajudará a usá‑la cada vez mais e melhor. 1 Pegue uma calculadora e responda: a) Quantas teclas há nela? b) Aperte a tecla de um número de 1 a 9 até preencher todo o visor. Quantos números (ou dígitos) apare‑ cem? O que mais o visor mostra? andré sarmento c) Compare suas respostas com as de um colega. Elas são iguais? istockphoto Não se preocupe se suas respostas forem diferentes das de seu colega, pois existem variações entre uma calculadora e outra. Algumas têm poucas funções e realizam apenas as operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão); outras são bastante complexas e geralmente são chamadas de calculadoras científicas, como aquelas uti‑ lizadas pelos economistas e matemáticos, por exemplo. 67
  • 14. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s 2 Agora, verifique o que acontece nas situações apresen‑ tadas abaixo e anote os resultados que forem aparecen‑ do no visor. a) 3  ×  2  = = = b) 5  ×  = = = = c) 1  ÷  6  = 8   5   0   +   1   2  %   = d) Na situação “a”, ao repetir o sinal =, o primeiro resulta‑ do que apareceu foi o número 6. Depois, continuando a apertar a tecla =, podem ter aparecido os números 18 e 54. Isso ocorreu porque a calculadora continuou multi‑ plicando os resultados por 3: 3 × 2 = 6; 6 × 3 = 18; 18 × 3 = 54. Outras calculadoras continuam multiplicando os resultados pelo segundo número e não pelo primeiro, ou seja, nessa situação, o 2: 6 × 2 = 12; 12 × 2 = 24; 24 × 2 = 48. A isso chamamos de função constante. Você já havia observado essa função da calculadora? E ela vale não só para multiplicação, mas também para divisão, adição e subtração. Agora você já sabe que, quando for realizar cál‑ culos em que precisar continuar multiplicando, dividin‑ do, somando ou diminuindo um mesmo número, basta apertar a tecla =. A situação “b” é outro exemplo de função constante: os re‑ sultados continuam a ser multiplicados por 5. Mas saber o nome da função é o de menos. O importante é perceber que as calculadoras, às vezes, realizam operações (ou con‑ tas) de modo diferente e que saber utilizar suas funções pode nos ajudar a ganhar tempo na resolução de muitos problemas. Usando a calculadora, também descobrimos outras formas de cálculo (por exemplo, fazer a adição de números iguais como 4 + 4 para calcular 40 + 40 ou 8 + 8 para calcular 7 + 9). Na situação “c”, podem ter aparecido dois tipos de resulta‑ do: 0,166666 até o final do visor ou apenas 0,16. O resul‑ tado da operação 1 ÷ 6 é uma dízima periódica, número 68
  • 15. f a z e n d o c o n ta s em que um ou mais algarismos da parte decimal (ou seja, aquela que vem depois da vírgula), a partir de certo ponto, se repetem indefinidamente: 0,16666666… Enquanto algumas calculadoras mostram o resultado real, com a repetição do algarismo, outras simplificam o resultado. Até aqui você observou algumas regularidades da calcu‑ ladora e descobriu como ela faz para simplificar alguns números racionais. Pode ser que você não use essas in‑ formações com muita frequência no dia a dia, mas com certeza elas o ajudarão a descobrir algumas estratégias de cálculo. Por exemplo: se você apertar as teclas 5, +, = e continuar a apertar =, terá todos os resultados da tabuada do 5. Por falar nisso, você já reparou que todos os números dessa tabuada terminam com o algarismo 5 ou 0? Conti‑ nue a brincar com a calculadora e, com certeza, descobrirá muitas curiosidades sobre os números e as operações. O que são números racionais? Números racionais são aqueles que podem ser escritos como frações. Por exemplo: quando le‑ mos uma receita de bolo, vemos escrito: colo‑ que de xícara de leite. Esse é a forma escrita de um número racional. Ele também pode ser escrito de outro modo, como número decimal, isto é, com vírgula. Quer ver? Quanto custa a passagem de ônibus? R$ 2,70. Agora, fique atento à explicação da situação “d”, pois esse procedimento poderá ser bastante usado em seu co‑ tidiano. Nessa situação, você usou uma tecla nova: a de porcentagem (%). A porcentagem pode nos ajudar, por exemplo, a calcular um aumento de salário. Imagine que uma costureira ganha R$ 850,00 e receberá um aumento de 12%. Quanto ela passará a receber? Para saber o resul‑ tado, basta fazer a operação 850 + 12%. 69
  • 16. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Atividade 3 – Como calcular grandezas Na atividade anterior, você conheceu melhor a calculadora. É hora, então, de pôr mãos à obra. 1 Observe novamente a etiqueta da atividade 1 e descubra quanto vai pagar se com‑ prar 0,200 kg de queijo. a) Pense e escreva a conta em seu caderno, ou seja, elabore uma forma por escrito que o ajude a descobrir o valor total da compra com as informações da etiqueta. Depois, use a calculadora para conferir o resultado. b) Discutaa resposta com o professor e seus colegas. Converse, principalmente, sobre como você chegou a esse resultado. c) Maisadiante você vai comparar as soluções encontradas por sua turma com outros exemplos. Registre todas essas possibilidades em seu caderno. 2 Compare as soluções que você anotou no caderno com os exemplos a seguir. Não importa a forma como você resolveu o problema anterior – sobre o preço de 0,200 kg de queijo –, desde que tenha chegado ao mesmo resultado. Antes, vamos relembrar o problema: O quilograma do queijo custa R$ 16,00. Se eu comprar 0,200 kg, quanto vou pagar? Exemplo 1 Sabendo que o preço é calculado por quilograma, basta multiplicarmos o peso líquido pelo custo do quilo: 0,200 × 16,00 = 3,2. Exemplo 2 Você já sabe que 0,200 kg equivale a 200 g e que 1 kg equivale a 1.000 g, certo? O preço está em quilograma; então, se dividirmos 16 por 1.000, saberemos o valor de 1 grama. Depois, será suficiente multiplicarmos por 200 para saber o preço total da compra. Veja: 16 ÷ 1.000 = 0,016 × 200 = 3,2. Exemplo 3 Para começarmos a resolver o problema, podemos organizar os dados que já sabemos e o que queremos saber. Observe a tabela. 70
  • 17. f a z e n d o c o n ta s Quilograma Valor 1 16 0,200 X A letra X representa o valor desconhecido do problema. Podemos dizer que, nesse caso, peso e valor são proporcionais. Isso por‑ que, quando o peso aumenta, o preço aumenta na mesma proporção. Assim, é correto pensar que 1 quilograma corresponde ao preço de (ou está para) 16 reais, da mesma forma que 0,200 quilograma corresponde ao preço de (ou está para) X reais. Na matemática, essa ideia é representada da seguinte forma: 1 ÷ 16 = 0,200 ÷ X Ou assim: 1 0,200 = 16 X Podemos, então, desdobrar essa operação nas seguintes: 1 × X = 0,200 × 16  Lembre-se de que 1 × X = X. 0,200 × 16 X= 1 X = 3,2 Ou seja, 0,200 kg de queijo custa R$ 3,20. O exemplo 3 apresenta um processo de resolução que chamamos de regra de três. Esse é um método prático para resolver problemas que envolvem quatro valores, dos quais só não conhecemos um. Devemos, portanto, determinar um valor com base nos três já conhecidos. Atividade 4 – Resolução de problemas com regra de três 1 Forme um grupo com mais dois ou três colegas. Vocês vão resolver os próximos exercícios no caderno usando a regra de três. Utilizem as etapas do exemplo 3 como modelo de resolução. Se precisarem, peçam ajuda ao professor. a) Dois pintores gastam 18 horas (h) para pintar uma parede. Quanto tempo qua‑ tro pintores levariam para fazer o mesmo serviço? 71
  • 18. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s b) Cinco operários constroem uma casa em 360 dias. Quantos dias serão necessá‑ rios para que 15 operários concluam a mesma construção? c) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de horas for reduzido para 5, em que prazo essa equipe fará o mesmo trabalho? 2 Confiram os resultados com os dos demais grupos da classe. Até o momento você realizou uma série de atividades nas quais usou vários conheci‑ mentos matemáticos. Refletiu sobre coisas que podem ser medidas, conheceu gran‑ dezas de medida, suas respectivas unidades e os instrumentos adequados para cada situação. Aprendeu um pouco mais sobre como usar a calculadora e resolver proble‑ mas utilizando a regra de três. Antes de continuar os estudos sobre outras grandezas e unidades de medida, pense se restou alguma dúvida a respeito das unidades de medida de massa ou peso e esclare‑ ça‑as com o professor. 72
  • 19. f a z e n d o c o n ta s Unidade 4 Grandezas e unidades de medida de superfície ou área Com base na análise de um classificado e de um anúncio, você vai, nesta unidade, explorar as unidades de medida referentes à superfície ou área. Veja os anúncios destacados a seguir: 73
  • 20. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Nos dois classificados em destaque na página anterior aparece o sím‑ bolo m², que, como você viu na Unidade 2, significa metro quadrado. Lembre‑se: o metro quadrado é a medida correspondente à superfície ou área de um quadrado com 1 metro de lado. 1 m 1 m Área = 1 m × 1 m = 1 m2 Atividade 1 – Em quais situações é importante medir a área? As medidas de superfície ou área servem para identificar o tamanho de um espaço e respondem a algumas perguntas bem comuns em nosso dia a dia. Por exemplo: qual é a área do apartamento a ser pintado? Quantos metros quadrados de azulejos são necessários para revestir a cozinha? Qual é a área da parede que será pintada e quantos litros de tinta serão necessários para isso? Quanto vou cobrar para pintar a casa do meu amigo? As unidades de medida de superfície mais usadas no cotidiano são o metro quadrado e o quilômetro quadrado (km²). Na zona rural, são utilizados o hectare (ha) e o alqueire (que não tem símbolo). Vamos voltar ao anúncio do pintor. Imagine que você quer pintar uma parede da sala de sua casa e vai contratar esse profissional para fazer o serviço. O que você precisa saber para calcular quanto vai gastar? Você já sabe, pelo anúncio, que o pintor cobra R$ 5,00 de mão de obra por metro quadrado pintado. Sabe que a área da superfície a ser trabalhada permitirá calcular o custo total da mão de obra e a quantidade de tinta necessária. 74
  • 21. f a z e n d o c o n ta s Como se mede a área de uma superfície? As paredes de uma casa normalmente têm a forma de um quadrado ou um retângulo. Então, pense e responda: • Como se mede a área de uma superfície quadrada? • E uma área retangular? Para medir a área de uma superfície quadrada, ou seja, em que todos os lados são iguais, basta multiplicar as medidas de dois lados: lado × lado. Veja a ilustração: L A=L×L Aqui, A simboliza área e L, lado. No retângulo não há quatro lados iguais. Dois deles têm uma medida e dois, outra. Mas o raciocínio não é diferente. Também é necessário multiplicar as medidas de dois lados, porém utilizando o maior e o menor. E, em vez de “lado × lado”, usa‑se a expressão “base × altura”. a a b b A área do retângulo é o resultado (ou produto) da multiplicação da base (representada por b) pela altura (a): A=b×a 75
  • 22. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Vamos supor que a parede que você precise medir (saber a área) tenha a forma retangular com as seguintes medidas: 5 m de comprimento e 2,60 m de altura. Agora você já pode calcular a área em metros quadrados. Basta multiplicar a base pela altura: 5 × 2,60 = 13 m². 1 Quanto você terá de pagar para o pintor, lembrando que ele cobra R$ 5,00 de mão de obra por metro qua‑ drado pintado? Utilize a regra de três. está para  , assim como está para . 2 A qual resultado você chegou? Compare esse resultado com o de seus colegas e com o do professor e veja se você acertou. 3 Falta calcular o custo da tinta. Supondo que 1 litro é suficiente para pintar 2 m² de superfície, quantos litros de tinta você vai precisar comprar? Sabendo também Para saber mais… que 1 litro de tinta custa em média R$ 3,00, qual será O texto A história sua despesa total com a compra da tinta? das medidas de comprimento: do corpo humano ao padrão universal complementa e amplia as discussões realizadas até aqui. Leia 4 Agora, é só somar o custo da tinta com o da mão de o texto BRASIL. obra para saber o gasto total para pintar a parede. Grandezas e medidas. Brasília: MEC/SEB, 2007, p. 46‑48. (Pró‑letramento: programa de formação continuada de professores dos anos/ séries iniciais do ensino fundamental: Se você chegou ao valor total de R$ 84,50, muito bem. matemática, 5.) Caso contrário, refaça suas contas. 76
  • 23. f a z e n d o c o n ta s Caso você resolva pintar a sala inteira, não é preciso calcular a área de to‑ das as paredes separadamente. É só somar o comprimento das paredes da sala – isto é, o perímetro da sala – e multiplicar o resultado pela altura do cômodo. Veja a ilustração: 5 m 3 m 5 m + 3 m + 5 m + 3 m = 16 m 16 × 2,60 = 41,60 m2 77
  • 24. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Unidade 5 Grandezas e unidades de medida de comprimento e capacidade O que você já mediu hoje? São muitas as situações em que é preciso medir as coisas. Por isso, não é possível pensar em ser cidadão e desconhecer um conteúdo tão importante. Vamos agora conhecer as unidades de medida de comprimento e de capacidade. Um pouco de informação sobre as medidas de comprimento Para medirmos comprimentos em milímetros, centímetros e metros, podemos usar a régua, a fita métrica, o metro de madeira e a trena. Para grandes distâncias, como a distância entre São Paulo e Campinas, a medida a ser utilizada é o quilômetro. Quilômetro Metro Centímetro Milímetro (km) (m) (cm) (mm) 1.000 m 1m 0,01 m 0,001 m 78
  • 25. f a z e n d o c o n ta s Do mesmo modo que é possível transformar quilogramas em gramas, é possível transformar quilômetros em metros, metros em centímetros, centímetros em milí‑ metros. E também o inverso: transformar milímetros em centímetros, centímetros em metros, metros em quilômetros. Se eu preciso percorrer 2 km e quero saber como expressar essa distância em metros, devo multiplicar o valor em quilômetros por 1.000: 2 km × 1.000 = 2.000 m. Se eu quero saber quanto dá, em metros, uma distância expressa em quilômetros, divido o valor em quilômetros por 1.000: 2.000 m ÷ 1.000 = 2 km. Para transformar metros em centímetros, multiplica‑se o valor em metros por 100: um tecido de 2 m de comprimento mede 200 cm (2 m × 100). Para transformar centímetros em metros, divide‑se o valor em centímetros por 100: uma fita de 50 cm mede 0,5 m de comprimento (50 cm ÷ 100). Um pouco de informação sobre as medidas de capacidade A capacidade de um objeto é o volume que ele pode conter, ou seja, a quantidade de algum produto que cabe dentro dele. A principal unidade de medida de capacidade é o litro (L), mas alguns produtos são medidos em mililitros (mL): 1 litro é igual a 1.000 mililitros e 1 mililitro equivale a 0,001 litro. Para transformar mililitros em litro, divide‑se o valor em mililitros por 1.000: uma lata de 350 mL de refrigerante tem 0,350 litro (350 mL ÷ 1.000). Para transformar litros em mililitros, multiplica‑se o valor em litros por 1.000: uma garrafa de 0,5 L de água tem 500 mL (0,5 L × 1.000). As medidas são um conhecimento construído há muito tempo pela huma‑ nidade. Desde a Antiguidade, diferentes civilizações se dedicaram à com‑ paração de grandezas. Entre tantas outras coisas, as antigas civilizações precisavam medir as terras que margeavam os rios e eram fundamentais para sua sobrevivência e expressar as medidas em números (de forma nu‑ mérica). Na prática da medição, o homem percebeu que usar números inteiros (1, 2, 3, 4…) não era suficiente para o que eles precisavam. As unidades escolhidas como padrão raramente correspondiam a um número inteiro na grandeza a medir. Foi assim que surgiram os números racionais, um de nossos próximos assuntos. 79
  • 26. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Atividade 1 – Vamos preparar um bolo? Você fará esta atividade em duas etapas, retomando a ideia de medidas de massa (peso) e capacidade (volume de lí‑ quido). Primeiro, em sala de aula, vamos trabalhar com as medidas e, depois, em casa, você prepara este ou outro bolo ou pão. No dia seguinte, todos farão uma festa na classe! Cada um poderá trazer um pedaço do que prepa‑ rou para que a turma inteira divida bons momentos. 1 Leia a receita. Bolo de fubá Ingredientes 500 g de fubá 250 g de farinha de trigo 250 mL de óleo de milho 500 mL de leite 325 g de açúcar 3 ovos 1 colher de sopa de fermento químico em pó Como preparar • Bater tudo no liquidificador. Acrescentar o fermen‑ to por último. • Untar uma assadeira grande com buraco no meio: passar óleo ou margarina e depois polvilhar com Para saber mais… Como as informações farinha de trigo. deste módulo não • Colocar a mistura em forno preaquecido. Manter esgotam todas as o fogo médio. possibilidades de • Assar por mais ou menos 20 minutos. medidas, você deve 2 Agora, vamos transformar todas as medidas do bolo! continuar seus estudos. Sugerimos a leitura do Cada item deve ser transformado em litro ou em gra‑ livro Medidas, escrito ma, conforme o caso. por Ivan Bulloch e Ingredientes Litro Grama publicado pela Editora Nobel em 1996. Nele 500 g de fubá você encontrará 250 g de farinha de trigo atividades interessantes e diversificadas sobre 250 mL de óleo de milho medidas de 500 mL de leite comprimento, de massa e outras. 325 g de açúcar 80
  • 27. f a z e n d o c o n ta s Unidade 6 A escrita dos números Por que escrevemos 283 desse jeito? O número 283 possui três algarismos. Nas atividades desta unidade, você vai pensar na posição desses algarismos e nos valores que eles representam. Atividade 1 – A posição dos algarismos 1 Você sabe o que significam as palavras unidade, dezena, centena e milhar? Con‑ verse a respeito com os colegas e anote suas conclusões no caderno. Essa conversa ajudará você a responder ao exercício a seguir. 2 O número 45 tem dois algarismos. Onde devo colocar mais um algarismo 4 para formar o maior número possível? Ele pode ser colocado antes ou depois do 45, formando dois novos números: 445 ou 454. Agora ficou fácil saber qual é o maior? Para explicar sua resposta, você pode argumentar que, na sequência dos números inteiros, o 454 vem depois do 445, por isso é maior. Mas a resposta não é tão simples. Nosso sistema de numeração é decimal, ou de base 10. Isso quer dizer que utiliza dez algarismos para representar os números reais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Os números reais são usados para representar uma quantidade contínua. Neles se incluem todos os números inteiros ou frações, o número zero e os números negativos. Encontramos os números reais todos os dias. Quer ver? Se vamos comprar um queijo e o preço é R$ 5,45, estamos diante de um número real… Um aspecto importante da representação de um número é o valor posicional dos algarismos que o compõem, ou seja, o valor de cada algarismo numa ou noutra posição. Por exemplo: no número 445 (lê‑se: quatrocentos e quarenta e cinco), o primeiro algarismo 4 possui valor posicional 400, o segundo algarismo 4 possui valor posicional 40 e o algarismo 5 possui valor posicional 5. Podemos escrever 234 assim: 200 + 30 + 4. O mesmo vale para o número 454. Pode‑ mos escrever: 400 + 50 + 4. Dessa forma, é possível afirmar que os números podem ter muitos algarismos e cada um deles ocupa uma posição ou ordem, representando valores diferentes, como mos‑ tra a tabela a seguir. 81
  • 28. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s 7a ordem 6a ordem 5a ordem 4a ordem 3a ordem 2a ordem 1a ordem Número Unidade Centena Dezena Unidade Centena Dezena Unidade de milhão de milhar de milhar de milhar 12 1 2 976 9 7 6 5 432 5 4 3 2 31 450 3 1 4 5 0 341 600 3 4 1 6 0 0 2 456 891 2 4 5 6 8 9 1 Você já ouviu falar no ábaco? O ábaco O ábaco é um antigo instrumento de cálculo. Podemos dizer que foi a primeira má‑ quina de calcular criada pelo homem. Você sabia que ele possui a mesma lógica de nosso sistema de numeração? Há vários tipos de ábaco, mas todos obedecem basicamente aos mesmos princípios. Vamos nos referir ao mais simples deles. Em uma moldura de madeira, são fixados alguns fios de arame (ou pedaços de madeira). Dez bolinhas correm em cada fio. As do primeiro fio representam as unidades; as do segundo fio, as dezenas; as do terceiro fio, as centenas, e assim por diante. 82
  • 29. f a z e n d o c o n ta s unidades dezenas centenas unidades de milhar dezenas de milhar centenas de milhar unidades de milhão Vamos imaginar que temos de contar as crianças que entram na escola, passando uma a uma pelo portão. Inicialmente, todas as bolinhas devem estar do lado esquerdo do ábaco. 1. Para cada criança que passa, deslocamos uma bolinha do primeiro fio para a direita. 2. Quando as dez bolinhas do primeiro fio estiverem à direita, deslocamos uma bolinha do segundo fio para a direita e voltamos as dez bolinhas do primeiro fio para a esquerda. 83
  • 30. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s 3. Prosseguimos a contagem até as dez bolinhas do segundo fio ficarem à direita. 4. Então, deslocamos uma bolinha do terceiro fio para a direita e as bolinhas do se‑ gundo fio para a esquerda. 5. Vamos supor que, ao terminar a contagem das crianças, esta seja a disposição das bolinhas no ábaco: 84
  • 31. f a z e n d o c o n ta s Podemos registrá‑la desse modo: centenas dezenas unidades 3 6 5 O número total de alunos é: 3 bolinhas que valem 6 bolinhas que valem 5 bolinhas que valem 100 cada uma + 10 cada uma + 1 cada uma Ou seja: 3 × 100 + 6 × 10 + 5 × 1 = 365 300 + 60 + 5 = 365 Vejamos outro exemplo, agora de uma conta de adição utilizando um ábaco de vare‑ tas, em que a primeira vareta representa as centenas (c), a segunda as dezenas (d) e a terceira as unidades (u). Começaremos por um exemplo simples, adicionando (somando) 123 a 530. 1. Representamos 530 no ábaco. c d u 2. A seguir, acrescentamos 123 aos 530 representados no ábaco, ou seja, acrescentamos 1 centena, 2 dezenas e 3 unidades. + 1c + 2d + 3u c d u 85
  • 32. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s 3. Agora, lemos o resultado obtido: 6 centenas, 5 dezenas e 3 unidades ou 600 + 50 + 3 = 653. c d u É importante perceber a relação entre o que acontece no ábaco e o que fazemos com os símbolos de nosso sistema de numeração: c d u + 5 3 0 1 2 3 6 5 3 Atividade 2 – Aprendendo um pouco mais sobre o ábaco Agora é com você: vamos fazer um novo exercício. 1 O número representado no ábaco é:  . c d u 86
  • 33. f a z e n d o c o n ta s 2 O número que está sendo acrescentado é:  . + 1c + 6d + 7u c d u 3 Qual é o resultado dessa adição? a) Primeiro, junte um grupo de dez unidades e troque por uma dezena. Dica Como nosso sistema de nu‑ meração é decimal, você de po­­ ter no máximo nove anéis em cada ordem/vareta. c d u b) Depois, junte um grupo de dez dezenas e troque por uma centena. c d u 87
  • 34. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s c) O resultado é:  . c d u Vamos estabelecer agora uma relação entre o que foi feito com o ábaco e os cálculos que fazemos usando a técnica do algoritmo. Algoritmo é uma forma prática de fazer operações matemáticas, criada para facilitar a execução de uma tarefa. Entre as estraté‑ gias de cálculo, os algoritmos das quatro operações básicas (adição, subtração, divisão e multiplicação) ocupam um lugar de destaque. Aproveite para ver se você acertou o resultado da atividade 2, pois os números aqui usados são os mesmos que foram representados no ábaco. 1. Nessa técnica, o primeiro passo é somar as unidades: 1 2 6 5 + 1 6 7 2 Observe que “vai um” é, na verdade, “vai uma dezena”, pois 5 + 7 = 12, ou seja, 10 + 2. 2. Vamos agora somar as dezenas: 1 1 2 6 5 + 1 6 7 3 2 Observe que esse “vai um” é, na verdade, “vai uma centena”, pois 60 + 60 + 10 = 130, ou seja, 100 + 30. 3. Agora, somamos as centenas: 1 1 2 6 5 + 1 6 7 4 3 2 200 + 100 + 100 = 400 Portanto, 265 + 167 = 432. Adaptado de: http://www.educar.sc.usp.br/matematica/matematica.html. 88
  • 35. f a z e n d o c o n ta s Pronto, você acabou de conhecer um grande segredo de nosso sistema de numeração: o valor posicional. O zero São comuns opiniões sobre o zero afirmando que ele não vale nada, não conta, é neutro. Mas será verdade? No nú‑ mero 10, por exemplo, o algarismo 0 não representa nada? Como vimos antes, não é bem assim. No número 10, o zero sinaliza uma posição da ordem das unidades. Se tirar‑ mos o algarismo 0 do número 10, ele se transforma em 1. Então, não é verdade que o zero não vale nada. E como o zero se comporta nas quatro operações? Quan‑ do somamos um número ao zero, obtemos sempre o mes‑ mo número: 0 + 5 = 5 5+0=5 Na subtração, isso não acontece, porque o resultado da primeira subtração é um número negativo. 0 – 5 = –5 5–0=5 Um número negativo pode ser utilizado, por exemplo, Para saber mais… para calcularmos nossas dívidas. Se não tenho dinheiro No livro Em busca dos e faço uma compra fiada de R$ 5,00, passo a dever esses números perdidos, o R$ 5,00 para o dono da loja. Isso equivale a dizer que eu leitor é responsável por tinha 0 (zero) real e agora tenho –5 reais. descobrir por que os números estão Observe o papel do zero na multiplicação: desaparecendo. 5×0=0+0+0+0+0=0 Utilizando as quatro operações, você pode 0×3=3×0=0+0+0=0 desenvolver sua a×0=0×a=0 habilidade com os números e descobrir o A letra a, na expressão acima, representa qualquer número. lado divertido da E na divisão? Por exemplo: 0 ÷ 7 = 0, pois 0 × 7 = 0. matemática. Vale a pena ler! A obra foi Agora, vamos analisar outro caso. Dividir 2 por 0 é en‑ escrita por Michael contrar um número multiplicado por 0 que seja igual a 2. Thompson e publicada No entanto não existe um número que, multiplicado por pela Editora zero, seja igual a 2, pois todo número multiplicado por 0 Melhoramentos dá 0. Logo, tal divisão é impossível. em 1997. 89
  • 36. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Como vimos, na adição, o zero é neutro. Acrescentar zero a qualquer número não o altera. Na multiplicação, quem desempenha essa neutralidade é o 1, uma vez que qualquer número multiplicado por 1 não se altera: a×1=1×a=a A letra a, aqui, representa qualquer número. Você sabia que é possível fazer multiplicações com os dedos das mãos? Esse método era usado, até pouco tempo, por camponeses de uma região da França. Eles sabiam de cor até a tabuada do 5 e, para multiplicar números compreendidos entre 5 e 10, como 6 × 9 ou 7 × 8, usavam os dedos. Quer ver como? Veja, por exemplo, como fazer a tabuada do 9 com os dedos das mãos. a) Coloque as mãos abertas b) Abaixe o dedinho de uma sobre a mesa. das mãos. Os 9 dedos que so‑ braram levantados é o resulta‑ do de 9 x 1. c) Agora, levante o dedinho d) Levante o anular e abaixe o e abaixe o anular. Saber a res‑ médio. O dedinho e o anular posta de 9 x 2 é fácil: o dedi‑ são as dezenas e os outros de‑ nho que ficou sozinho significa dos, as unidades. Não esqueça: uma dezena e os outros dedos duas dezenas valem 20; 20 + 7 das duas mãos, o número de unidades = 27, que é o resulta‑ unidades. do de 9 x 3. e) E assim sucessivamente. 90
  • 37. f a z e n d o c o n ta s Unidade 7 A vírgula na matemática Qual número é maior: 0,1 ou 0,01? Os números 0,5 0,2 0,01 e 11,7 são chamados de números decimais. Nessas representações, verificamos que a vírgula separa a parte inteira da parte decimal. 0,01 Parte decimal Parte inteira Vamos conhecer melhor esses números? Para tanto, comece respondendo à questão que abre esta unidade. Atividade 1 – Números decimais 1 Qual número é maior: 0,1 ou 0,01? Talvez você esteja pensando em responder 0,01, porque, afinal, esse número possui uma quantidade maior de algarismos. No entanto, no caso dos números decimais com parte inteira igual a zero, o número de algarismos não é um bom indicador da ordem de grandeza. Ou seja, enquanto nos números naturais inteiros quanto maior a quantidade de algarismos maior o valor do número, nos números decimais a lógica não é essa. Por exemplo: 0,1 é maior do que 0,01, porque 0,1 é um décimo, enquanto 0,01 é um centésimo! Vamos ver a seguir o que isso significa exatamente. 0,1 0,01 Qual pedaço de chocolate você prefere? 91
  • 38. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Com a ajuda da calculadora, responda: 2 Quantas vezes é preciso somar 0,1 + 0,1 para aparecer no visor o número 1 (uma unidade)? Com base no resultado encontrado, podemos dizer que, dividindo uma unidade em 10 partes iguais, cada parte é um décimo dessa unidade. Um décimo pode ser indi‑ cado assim: 1/10. Ou então assim: 0,1. O primeiro nú‑ mero que vem depois da vírgula representa os décimos, o segundo, os centésimos, o terceiro, os milésimos e assim por diante. Será que já não vimos isso nas unidades anteriores? Você Dica Lembre‑se de que, para rea‑ se lembra de que o decigrama é a décima parte (0,1) de lizar essa operação, basta 1 grama? E que o centímetro é a centésima parte (0,01) fazer 0,1 + 0,1 = e ir apertan‑ do = até o visor mostrar o de 1 metro? E o mililitro é a milésima parte (0,001) de número 1, contando quantas 1 litro? vezes você apertou essa tecla. Os números decimais têm origem nas frações decimais. Por exemplo: a fração ½ equivale ao número decimal 0,5. Quer ver uma coisa interessante? Pegue sua calculadora e faça a seguinte operação: 1 ÷ 2 = 3 Que resultado apareceu no visor? 4 Ainda com a calculadora, divida agora o número 1 por 3, por 4 etc. O que aconteceu? Será que todas as vezes que dividimos um número por outro maior o resultado será um número decimal? Faça vários testes com nú‑ meros diversos, sempre observando o resultado. Só não esqueça que o número a ser dividido deve ser menor que o número pelo qual será dividido. Por exemplo: 2 ÷ 3, 3 ÷ 4, 10 ÷ 20 etc. Em todas essas operações, o resultado foi um número decimal. Mas será que em todas as divisões encontramos um número decimal? Claro que não! Provavelmente nas divisões que sobram resto, sim. E quando sobra resto? E quando não sobra? Essas são algumas questões sobre as quais você pode conversar com seus colegas. 92
  • 39. f a z e n d o c o n ta s Nas Unidades 6 e 7, você teve a oportunidade de refletir um pouco mais sobre a natu‑ reza dos números. Para chegar até aqui, buscamos estratégias para resolver problemas e relacionamos nossos conhecimentos com os conteúdos trabalhados. Esperamos que esse estudo tenha ajudado você a construir atitudes mais favoráveis à compreensão da construção dos conceitos matemáticos. Isso é muito importante, uma vez que a matemática permite resolver muitos problemas do dia a dia. Ela tem várias aplicações no mundo do trabalho e no exercício da cidadania. A compre‑ ensão e a tomada de decisões diante de questões políticas e sociais dependem da leitura e da interpretação de informações complexas e muitas vezes contraditórias, que incluem, por exemplo, dados estatísticos e índices divulgados pelos meios de comunicação. Assim, para exercer a cidadania, é necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar etc. E então, já perdeu o medo da matemática e quer continuar seus estudos? Você encon‑ tra a seguir algumas atividades (que podem ser feitas por você fora dos horários de aula), sugestões de leitura e indicações de sites interessantes. 93
  • 40. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Atividades complementares A aprendizagem de matemática desenvolve‑se melhor quando há interação, troca de ideias. Convide alguns amigos a embarcar com você nessa viagem. Quebrando a cabeça 1 Um joalheiro tem nove pérolas, todas do mesmo tamanho, e uma delas é mais pesada. Para descobrir qual é a mais pesada, o joalheiro vai utilizar uma balan‑ ça. Entretanto, só poderá usá‑la duas vezes. Ajude‑o a descobrir qual é a pérola mais pesada. 2 Mariana tem três chapéus: um amarelo e florido, um vermelho e outro azul. Ela empresta seus chapéus a Raquel, sua prima. As duas foram juntas, hoje, a uma festa usando chapéus. Siga as pistas e descubra que chapéu cada uma delas usou. • Quando chove, Mariana não usa seu chapéu predileto, que é o vermelho. • O chapéu com flores não serve para Raquel. • Hoje choveu o dia todo. • Quando Mariana usa seu chapéu amarelo, ela não sai com Raquel. 3 Um elevador parte do andar térreo. No 3o andar, descem 5 pessoas; no 4o, descem 2 pessoas e sobem 4; no 7o, desce 1 pessoa e sobem 3; no último andar, descem 7 pessoas e o elevador fica vazio. Quantas pessoas estavam no elevador no andar térreo quando ele começou a subida? 4 Em uma festa há dez convidados e todos eles se cumprimentam com um aperto de mão. Quantos apertos de mão serão dados? 94
  • 41. f a z e n d o c o n ta s Descobrindo regularidades na calculadora 1 A partir de um número registrado no visor da calculadora, sem apagá‑lo, faça aparecer outro número por meio de operações. Transforme: a) 459 em 409 b) 7.403 em 7.003 c) 354 em 954 2 Elimine o 7 das seguintes escritas numéricas, sem apagá‑las, por meio de operações. a) 3.074 b) 32.479 c) 879 3 Descubra o resultado das operações nas condições dadas. a) 273 = 129, sem usar a tecla que indica a adição. b) Resolva 1.000 ÷ 43, primeiro usando só a tecla de adição, depois só a tecla de multiplicação e, finalmente, só a tecla de divisão. c) Partindo do número 572, com uma única operação, obtenha 502, depois 5.720, então 52 e, por fim, 2. d) Realize a operação 98 + 23, primeiro sem usar a tecla 9, depois sem usar a tecla 8, em seguida sem usar a tecla 2 e, por último, sem usar a tecla 3. 4 A tecla da multiplicação está quebrada. Como você pode realizar a operação 123 × 587? 5 Indique os números obtidos quando se efetuam as operações a seguir. 9–1= 98 – 21 = 987 – 321 = 9.876 – 4.321 = 98.765 – 54.321 = 987.654 – 654.321 = 9.876.543 – 7.654.321 = 98.765.432 – 87.654.321 = 987.654.321 – 987.654.321 = 95
  • 42. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s 6 Indique os números obtidos quando se efetuam as operações a seguir. 0×9+8= 9×9+7= 98 × 9 + 6 = 987 × 9 + 5 = 9.876 × 9 + 4 = 98.765 × 9 + 3 = 987.654 × 9 + 2 = 9.876.543 × 9 + 1 = 98.765.432 × 9 + 0 = 987.654.321 × 9 – 1 = 9.876.543.210 × 9 – 2 = 7 O número é 91. Que regularidades você observa analisando os resultados? Como você explica o que ocorreu? 91 × 1 = 91 × 2 = 91 × 3 = 91 × 4 = 91 × 5 = 91 × 6 = 91 × 7 = 91 × 8 = 91 x 9 = 96
  • 43. f a z e n d o c o n ta s 8 O número 37 apresenta muitas curiosidades. Efetue os cálculos da primeira colu‑ na. Uma vez preenchida a primeira coluna, é possível fazer os cálculos da segunda sem calculadora? Como? Utilizando qual regra? 1a coluna 2a coluna 37 × 3 = 37 × 18 = 37 × 6 = 37 × 21 = 37 × 9 = 37 × 24 = 37 × 12 = 37 × 27 = 37 × 15 = 37 × 30 = 9 Efetue as divisões e escreva os resultados. 9.000 ÷ 3.000 = 900 ÷ 300 = 90 ÷ 30 = 45 ÷ 15 = 30 ÷ 10 = 9÷3= Explique o fato de todos os resultados terem sido iguais. 10 Resolva as operações a seguir, analise os resultados e pense no papel do zero na multiplicação. 2 x 3 = 2 x 30 = 2 x 300 = 5 x 5 = 5 x 50 = 5 x 500 = 6 x 1 = 6 x 10 = 6 x 100 = 12 x 4 = 12 x 40 = 12 x 400 = 15 x 8 = 15 x 80 = 15 x 800 = 20 x 9 = 20 x 90 = 20 x 900 = 97
  • 44. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Descobrindo a tabuada X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 2 8 3 3 12 4 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 5 5 20 6 6 24 7 7 28 8 8 32 9 9 36 10 10 40 1 Analise as linhas e colunas preenchidas. O que você observa de interessante? 2 Agora, complete o quadro da tabuada. Pinte de amarelo os números pares. Numa multiplicação, que fatores levam a um resultado par? 3 No quadro a seguir, sem efetuar as contas, pinte de azul os quadrinhos que corres‑ pondem a resultados ímpares. O que você descobriu com este exercício? X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 10 10 98
  • 45. f a z e n d o c o n ta s Respostas Quebrando a cabeça 1. Coloque três pérolas em cada prato da balança. Se os pratos ficarem equilibrados, a mais pesada é uma das três que ficaram de fora. Retire as seis pérolas da balança e escolha duas das três que ficaram de fora, colocando uma em cada prato. Se os pratos se equilibrarem, a mais pesada é a que ficou de fora. Caso os pratos não se equilibrem, a mais pesada está no prato que desceu. Se na primeira tentativa os pratos não se equilibrarem, a pérola mais pesada é uma das três que estão no prato que desceu. Escolha duas dessas pérolas e coloque uma em cada prato. Se os pratos se equilibrarem, a mais pesada é a que ficou de fora. Caso contrário, a mais pesada é a que está no prato que desceu. 2. Mariana usou o chapéu azul e Raquel, o vermelho. 3. 8 pessoas. 4. 45 apertos de mão. Indicações de livros e sites A matemática é composta por uma série de regularidades, como as que você descobriu aqui. Se você gostou e se divertiu com os livros indicados neste módulo, nas sugestões a seguir você vai encontrar mais curiosidades sobre a matemática. Enzensberger, Hans Magnus. O diabo dos números. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Tahan, Malba. Matemática divertida e curiosa. Rio de Janeiro: Record, 1991. _____. Meu anel de sete pedras. Rio de Janeiro: Record, 1990. _____. Novas lendas orientais. Rio de Janeiro: Record, 1990. _____. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record, 1990. Se tiver acesso à internet, dê uma olhada nestes sites: • www.bussolaescolar.com.br • www.calculando.com.br/jogos • www.profcardy.com/desafios 99
  • 46.
  • 48.
  • 49. a b c d a i n f o r m Á T ICA Caro(a) trabalhador(a), Aprender a usar o computador é como aprender a nadar: você pode passar a vida toda lendo sobre natação, mas só aprenderá a nadar se cair na água. Por isso este módulo de nosso programa de formação é dado em salas de aula que possuem com‑ putadores. Para saber usar essa máquina, precisamos treinar vários procedimentos, ou seja, o como fazer. Com as orientações contidas aqui, você vai realizar uma série de atividades e vai aprender a aprender com o computador. Você saberá: • criar textos, cartas, currículos e tabelas no Word; • trabalhar com planilhas no Excel, criando fórmulas para fazer cálculos, tabelas e gráficos, além de aprender caminhos para a exploração de outros recursos; • navegar na internet para buscar informações e, ao mesmo tempo, acessar sites (fala‑se “saites”; eles também são conhecidos como “sítios”) e páginas na rede de alcance mundial (www); • comunicar‑se por e‑mail, também conhecido como correio eletrônico. Em muitos momentos, porém, este caderno e o computador à sua frente não serão suficientes para tirar suas dúvidas. Por isso, procure sempre fazer perguntas ao pro‑ fessor que o acompanhará nessa jornada. O importante é olhar para o computador como se ele fosse uma máquina de costura, um rádio‑relógio, uma serra elétrica ou um fogão industrial. Como qualquer aparelho que vamos usar pela primeira vez, pre‑ cisamos, no início, compreendê‑lo para depois, aos poucos, irmos percebendo que ele é simples e que alguns cuidados devem ser tomados para facilitar nosso trabalho. O que diferencia o computador de outros equipamentos é que ele evolui muito rapi‑ damente e o tempo todo. Há sempre novas versões sendo colocadas no mercado, com atualizações e aperfeiçoamentos significativos em relação aos modelos anteriores. 103
  • 50. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Unidade 1 Como é um computador? Quais peças o fazem funcionar? João bacellar Antes de dar início às nossas atividades, que tal fazermos um levantamento na turma para termos ideia de quem já teve contato com computador? • Quem tem contato diário ou frequente com a informática e faz uso dela vai para perto da porta. • Quem tem pouco contato com a informática, mas de vez em quando faz uso dela, vai para perto da janela. • Quem acha que tem um nível de conhecimento baixo de informática, não conhece ou nunca usou um computador, vai para perto da lousa ou para o centro da sala. Vamos, então, formar grupos misturados. O objetivo é realizar uma troca de opiniões e conhecimentos entre vocês. Leia a seguir e ouça, na internet, a interpretação de uma canção de Gilberto Gil sobre o tema. 104
  • 51. a b c d a i n f o r m Á T ICA Pela internet Felipe Dana/fotoArena/folhapress Gilberto Gil Criar meu web site Fazer minha home page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje… Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Gilberto Gil. Que leve um oriki do meu orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu e-mail até Calcutá Depois de um hot link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut acessar O chefe da Mac Milícia de Milão Um hacker mafioso acaba de soltar Um vírus para atacar os programas no Japão Eu quero entrar na rede para contatar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na Praça Onze tem um videopôquer para se jogar… Fonte: http://j.mp/sert3003 Atividade 1 – Decifrando termos Releia a letra da canção de Gilberto Gil e grife os termos relativos à internet e ao computador. Discuta com a turma e com o professor o significado de cada um deles. 105
  • 52. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Atividade 2 ‑ O que sabemos sobre o computador? ISTOCKPHOTO Em grupo, vocês vão ler como é um computa‑ dor. Durante a leitura, anotem numa folha de papel o que acharem interessante, difícil ou o que não entenderem. Os principais componentes do computador O computador que conhecemos é chamado de PC – sigla de personal computer, termo em inglês que significa computador pessoal. Ele é composto de: Hardware Hardware (pronuncia‑se “rarduer”) é o conjunto de peças e componentes que fazem o computador funcionar. De certa forma, podemos chamar de hardware tudo o que é possível tocar com as mãos, como o gabinete (parecido com uma caixa de metal), os cabos e os dispositivos ligados ao computador (conexão). Vamos conhecer um pouco mais sobre o hardware. • Gabinete O gabinete, também conhecido como torre, guarda a maioria das peças e com‑ ponentes do computador. Nele você poderá encontrar: – a placa‑mãe Nela são fixados componentes eletrônicos que trabalham em conjunto e de modo lógico a fim de tornar possível o funcionamento do computador. – a CPU (sigla de central processor unit, que em português significa unidade central de proces‑ ISTOCKPHOTO samento). Principal componente eletrônico fixado na placa‑mãe, é considerado o cérebro do com‑ putador, pois controla todas as atividades das demais peças e componentes. A CPU é uma das maiores responsáveis pela rapidez com que a máquina é capaz de trabalhar. Isso depende, em parte, da velocidade com que a CPU conse‑ gue executar suas tarefas e é medida em GHz. 106
  • 53. a b c d a i n f o r m Á T ICA GHz é o símbolo utilizado para gigahertz. Giga, de origem grega, signi- fica bilhão e é usado na formação de palavras compostas. Hertz é igual à frequência de um evento por segundo. Assim, 3 GHz equivalem à capacidade de processar 3 bilhões de operações por segundo! – memórias O computador tem diversas memórias traba‑ joão bacellar lhando ao mesmo tempo. Elas guardam infor‑ mações, como a nossa memória: lembramos a data de aniversário do amigo, o telefone da casa da mãe, o número de nosso RG etc. Os prin‑ cipais tipos de memória do computador são ROM, RAM e disco rígido. A capacidade das memórias do computador é medida em bytes. • Teclado ISTOCKPHOTO Muito parecido com os teclados das velhas máquinas de datilografar, é um dos princi‑ pais instrumentos usados para informar ao computador o que você quer fazer. • Mouse É um aparelho que, ao ser movimentado no tampo da mesa, controla um cursor com o qual podemos joão bacellar selecionar textos e apontar objetos desenhados no mo‑ nitor (um quadrado, um desenho, um botão etc.). Ao movimentar o mouse, é possível observar Você sabia? na tela o que chamamos de “cursor do mou- A palavra mouse (fala‑ -se “mausi”) é inglesa e se”. Geralmente o cursor aparece em forma significa rato. de seta, mas pode ter outras formas, como uma mão (quando for para abrir algum en- dereço na internet), ou um risco vertical para indicar a posição em que se pretende inserir uma letra no meio de uma palavra já digitada em programas como Word e Excel. 107
  • 54. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Uma polegada tem • Monitor 2,5399 centímetros. O Semelhante a uma televisão, o monitor pode ser de número de polegadas tubo (chamado CRT) ou de cristal líquido (chama‑ da área de visualização do monitor é obtido do LCD). O tamanho da área de visualização do com a medição de sua monitor pode variar e sua medida é fornecida em diagonal. polegadas. Um monitor geralmente tem 15 pole‑ gadas, mas cada vez é mais comum o uso de moni‑ tores maiores, de 17, 19, 21 ou mais polegadas. • Impressora Há muitos tipos de impressora, colorida ou em preto e branco. As impressoras mais comuns são as que imprimem por meio de jato de tinta ou laser (fala‑se “leiser”). Por exemplo: você escreve no computador uma carta para um amigo. A impressora vai fazer como a antiga máquina de es‑ crever, ou seja, ela vai ISTOCKPHOTO passar para o papel aquilo que você digitou no tecla‑ do e que apare‑ João bacellar Programa é o equi‑ ceu no monitor. valente em português da palavra inglesa software (pronuncia‑se Programas “softuer”), muito usada O hardware não basta para em informática. que tudo no computador funcione. Algumas ferramentas também são necessárias. São os chamados programas. Imagine, por exemplo, que um cano da cozinha começou a vazar. Qualquer ferramenta serve para desatarraxá‑lo? Não. Você vai precisar de uma específica, que se encaixe no cano… No computador ocorre algo muito parecido: se você qui‑ ser escrever uma carta, terá de usar um programa que per‑ mita fazer isso; se quiser fazer um desenho, precisará utili‑ zar outro, e assim por diante. Para cada finalidade deve‑se recorrer a um programa diferente. 108
  • 55. a b c d a i n f o r m Á T ICA Quer ver que programa é usado para cada tarefa? Tarefa Programa Fazer seu currículo. Word (fala‑se “uord”) Escrever uma carta. Word Fazer uma tabela Excel (fala‑se “equicel”) de gastos. Explorer ou Firefox Usar a internet. (fala‑se “fairefox”) Atividade 3 – O resumo do grupo 1 Você e seus colegas de grupo anotaram tudo em uma folha de papel? É hora, então, de fazer um resumo do que vocês julgaram mais interessante e apresentá‑lo às outras equipes. Para isso, escolham o relator, ou seja, a pessoa que vai contar à classe o resumo que fizeram. 2 Em plenária, o relator deve fazer a apresentação do resumo. No final, os outros participantes do grupo po‑ Plenária é a etapa do trabalho em que todos os dem complementar o que o colega disse ou mesmo participantes de cada gru‑ fazer suas perguntas ao professor. po se reúnem. 109
  • 56. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Unidade 2 Usando o computador Vamos até a sala dos computadores? Observe um deles e localize as partes estudadas na atividade anterior: teclado, mouse, monitor, impressora e gabinete. Você percebeu que o computador não é ligado diretamen‑ te na tomada da rede elétrica? Entre um e outro há um estabilizador, equipamento que tem a função de proteger o computador contra a queda ou as variações de energia elétrica que às vezes acontecem. Esse aparelho possui bo‑ llar tão liga/desliga (em alguns modelos vem escrito on, que bace significa liga, e off, desliga). joão Para começar a usar o computador, basta ligar o estabiliza‑ dor e o monitor e, depois, apertar o botão liga/desliga do gabinete (torre). Feito isso, aparece na tela de boa parte dos modelos uma ampulheta, que marca o tempo para o com‑ putador começar a funcionar. Ao lado dela, há uma seta. Quando a ampulheta e a seta desaparecem, o equipa‑ A ampulheta foi um dos primeiros objetos criados pelo homem com mento está pronto para ser usado, e chega‑se à chamada o intuito de contar o tempo. Ela surgiu na Antiguidade. área de trabalho. Atividade 1 – Trabalhando com o Word 1 Crie um arquivo no Word. Sente‑se em frente a um computador e ligue‑o. Quando o equipamento estiver pronto para ser usado, o cursor em forma de seta que aparece no monitor po‑ derá ser movido com o mouse. Experimente! Mexa o mouse de um lado para o outro a fim de perceber como Ícone é uma pequena ele vai para onde você indicar. figura que, no computa‑ Leve essa seta até o desenho do Word, chamado de dor, representa um pro‑ grama ou uma função do ícone, e aperte, duas vezes e com rapidez, o botão programa. esquerdo do mouse. Microsoft Word.Ink 110
  • 57. a b c d a i n f o r m Á T ICA Quando o Word é aberto, geralmente já aparece uma Saiba mais página em branco para ser usada. A maioria dos programas Seu primeiro trabalho com o Word será escrever uma tem diversas versões, lançadas pelo fabricante carta a uma pessoa contando que você está aprenden‑ conforme ele aprimora o do a usar o computador. Conte sua experiência, suas produto. As imagens que facilidades e dificuldades, e se está gostando ou não de você verá neste material usar essa máquina. Ponha a imaginação para funcionar correspondem à versão 2003 do Word. e escreva! Após concluir o texto, revise o que escreveu, corrigindo o que for necessário, e, depois, peça ajuda ao professor para imprimir a carta, se possível. Durante seu trabalho, se tiver dúvidas ou problemas a serem • Criando o arquivo para salvar a sua carta no resolvidos, recorra ao professor. Lembre‑se de que o computa‑ computador dor pode ser um objeto novo pa‑ ra você e seus colegas. Portanto, Sempre que escrevemos algo no Word, não tenha vergonha de fazer per‑ guntas. Todos podem aprender devemos salvar o trabalho criando com sua dúvida! um arquivo. ISTOCKPHOTO Você pode pensar num arquivo de metal, como os encontrados em escritórios. Ele tem várias ga­­ vetas e em cada uma delas cabem muitas pastas. Uma dessas gavetas é usada, por exemplo, para seus documentos pessoais. E as pastas? Uma é para seus diplomas, outra para seu currículo, outra para modelos de carta para procurar emprego, e assim por diante. No computador é a mesma coisa. Quer ver? No alto da janela há uma série de palavras e ícones. Cada um tem uma tarefa diferente. Por exemplo: lá você en‑ contrará a palavra Arquivo e, clicando com o botão es‑ querdo do mouse sobre ela, verá uma lista de diversas tarefas que você pode realizar no Word. Na lista, clique Dica Para digitar letras maiúsculas, no item Salvar como. Na janela que foi aberta, clique no aperte ao mesmo tempo a te‑ ícone Criar nova pasta e crie uma pasta com seu nome cla da letra e a tecla Shift. – por exemplo: João de Almeida. 111
  • 58. P ro g ra m a d e Q u a l i f i ca ç ã o P ro f i s s i o n a l • Co n te ú d o s G e ra i s Agora, na parte de baixo da janela, digite o nome do arquivo: minha primeira carta. Em Salvar como tipo, escolha Documento do Word. Em seguida, clique na opção Salvar. • O arquivo está salvo! Isso significa que o arquivo está guardado no computador e que você poderá voltar a ele quando quiser, inclusive para fazer mudanças e imprimir mais cópias. 2 Agora é hora de configurar a página. O que é isso? Quando vamos escrever uma carta à mão, costumamos deixar mar‑ gens no papel a fim de que o resultado final se torne elegante. Também deixamos um local para a data, um recuo para indicar os parágrafos (muitos professores in‑ dicavam dois dedos, o indicador e o médio, na linha, para medir o parágrafo…), um espaço para a assinatura etc. Configurar a página é a mesma coisa. O programa vai deixar sua carta com um formato elegante e correto, com margens, tamanho da letra adequado etc. Vamos ver como se faz? Clique em Arquivo e na opção Configurar página. Na aba Margens, digite 2,0 cm em Superior, Inferior e Direita; em Esquerda, digite 2,5 cm, depois posicione o cursor do mouse sobre a tecla OK e aperte‑a. • página está configurada! A 112